Jornal laboratório - Saúde [página 1]

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A luta contra o câncer e a importância do Outubro Rosa Segundo uma pesquisa lidade por câncer de

feita em 2019 mama, ajustada

pelo pela

INCA (Instituto Nacional de Câncer) a taxa de mortapopulação mundial, foi de cerca de 100.000 mulheres.

- Por Daniela Begas Outubro Rosa é uma campanha feita anualmente, todo mês de outubro, que tem como objetivo a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama e recentemente o câncer do colo do útero. O câncer de mama começa com um simples nódulo no seio, que dependendo do tamanho, pode ser tratado com quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Aproximadamente uma mulher morre a cada 60 minutos de câncer do colo do útero no Brasil, esse tipo de câncer é o terceiro mais comum entre mulheres no país, conforme o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Imagem: Letícia Queiroz

O câncer no colo do útero começa com o aparecimento de um tumor na parte inferior do útero, que também pode ser tratado com quimioterapia, radioterapia, cirurgia e

existe também a vacina da HPV, que previne esse tipo de câncer. Muitas mulheres quando recebem o diagnóstico só conseguem sentir tristeza, preocupações e a partir disso começa uma luta diá-

ria. Uma luta contra o câncer, contra depressão, e contra autoestima baixa. O tratamento da quimioterapia faz com que tenha a queda de cabelo e sobrancelhas, o que mexe muito com a feminilidade, e também a retirada da

mama. Muitas dessas mulheres acabam procurando ajuda de psicólogos para ter todo o apoio necessário, além de familiares e amigos. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), existem algumas formas simples para prevenção da doença, como ter uma boa alimentação, manter o peso saudável e prática de exercícios físicos. Mulheres de 25 a 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos e meninas de 9 a 14 anos tomar a vacina contra o HPV. O hospital Pérola Byington é referência na cidade de São Paulo. É um hospital voltado para saúde da mulher, que dá todo o suporte necessário, desde o diagnóstico e tratamento até suporte psicológico. Suas especialidades são voltadas para endoscopia,

ginecologia, oncologia e reprodução humana. Além disso, tem um programa chamado Bem Me Quer, que propicia o atendimento especializado para crianças, adolescentes e mulheres em situação de violência sexual. “O câncer não é fácil e nunca vai ser, é uma luta onde precisamos de todo o apoio e auxílio necessário para passar por essa batalha, minha visão sobre a vida mudou completamente após a doença, devemos aproveitar cada segundo como se fosse o último, pois nunca saberemos o dia de amanhã”, diz Jacqueline Chagas de 47 anos, diagnosticada com câncer de mama em março de 2016. “Por isso é muito importante a campanha do Outubro Rosa, conscientização e ajuda de vários profissionais e relatos de outras mulheres”, completa.

79% dos brasileiros tiveram a saúde mental afetada pela pandemia

Estudo realizado a pedido do laboratório Pfizer, registra aumento nos casos de ansiedade e depressão no Brasil. - Por Darlene Azevedo e Kethlen Willmersdorf

Imagem: : eamesBot/Shutterstock.com

Segundo dados divulgados pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), no dia 1º de setembro, a pandemia apresentou um impacto negativo na saúde mental de grande parte dos brasileiros, sendo os jovens os mais afetados. Entre os entrevistados de 18 a 24 anos, 39% alegaram que a saúde mental ficou ruim durante esse período, enquanto 11%

disseram que ficou muito ruim. Na média total, 79% dos entrevistados afirmaram que a pandemia afetou sua saúde mental de alguma forma. A estudante Larissa Araújo, de 20 anos, relatou que o isolamento fez com que ela se tornasse autocrítica demais: “Passei a buscar exaustivamente ter o maior controle de tudo à minha volta e encarar

de perto meus problemas emocionais, que antes eu ignorava com as distrações do dia a dia. Isso ficou tão sério que desencadeou em mim algumas crises de ansiedade, e aumentou a frequência de momentos em que me sinto sozinha e deprimida. Por isso entrei para terapia”. Os transtornos psicológicos mais diagnosticados durante esse período foram a ansiedade (16%) e a depressão (8%). A psicóloga Helenice Alves Teixeira, do Hospital Samaritano, explica a relação entre o isolamento social e esses distúrbios: “A gente percebe um

aumento de violência doméstica e de uso abusivo de bebidas alcoólicas e de drogas ilícitas. Consequentemente, isso gera alteração no padrão do sono, o que mexe com toda a nossa parte cognitiva e aumenta o nível de estresse psico-orgânico, como as ansiedades, crises de pânico e quadros depressivos”. Além disso, o excesso de informação refletiu no estado psicológico geral das pessoas, por conta das notícias relacionadas à pandemia que são mostradas nos jornais: “A gente sempre orienta que essas notícias sejam filtra-

das de acordo com aquilo que a pessoa consegue lidar. Tem pessoas que preferem ouvir todos os tipos de notícia e para elas está tudo bem, tem outras que quando ouvem essas notícias ficam mais ansiosas”, diz Helenice. Dos entrevistados, apenas 21% chegaram a procurar ajuda profissional. Isso ocorre porque muitas pessoas acreditam que os sentimentos de tristeza, estresse e ansiedade são normais, principalmente durante a pandemia. De acordo com a psicóloga, o acompanhamento profissional se torna necessário quando um sentimento

passa a interferir na rotina de uma pessoa: “Quando você percebe que a sua ansiedade está interferindo na sua vida profissional, nos seus relacionamentos, em seu padrão do sono ou na alimentação, esse é o momento de buscar ajuda”. Helenice afirma que nada substitui o acompanhamento psiquiátrico e psicológico, que sempre deve ser realizado por um profissional formado em Psicologia. No entanto, alguns hábitos podem contribuir para a melhoria da saúde mental, tais como yoga, atividade física e técnicas de respiração.


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