O grafismo nas obras de Burle Marx como arte pública: o passeio de Copacabana
Karolinne Gomes Carvalho Arquiteta e Urbanista, Centro Universitário 7 de Setembro
RESUMO
Este artigo busca analisar de que forma o grafismo dos projetos do paisagista Roberto Burle Marx contribui artisticamente para a vida urbana e identidade de um lugar, a partir da análise de um de seus projetos mais famosos: o passeio de Copacabana, no Rio de Janeiro. PALAVRAS-CHAVE: paisagem, arte, jardim.
Introdução
A primeira vista, a obra do paisagista Roberto Burle Marx pode remeter facilmente a uma pintura. Essa comparação acontece devido à enorme plasticidade de suas intervenções, pois seu legado abrangeu diversas vertentes do campo das artes. Entre suas habilidades e talentos múltiplos, ele explorou vários meios expressivos como a gravura, a pintura, a tapeçaria, a cerâmica, a cenografia, a escultura e o design.
Seus projetos paisagísticos e pinturas eram frutos do complexo e variado processo de pesquisa que Lúcio Costa descreveu como um “contínuo ir e vir entre botânica, jardinagem, arquitetura paisagista e belas artes, desenho e pintura”. (MOTTA apud. POLIZZO, 2010) Processo este que, provavelmente, se dava de maneira empírica, sem aplicação de nenhum método ou teoria específica, pois segundo o próprio artista “um jardim é resultado de um arranjo de materiais de acordo com as leis estéticas; as criações são os pontos de vista do artista sobre a vida, sua experiência passada, seus afetos, suas tentativas, seus erros e seus sucessos.” (MARX apud. POLIZZO, 2010)
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