capítulo 3.3 inserção urbana 3.3.1 localização e situação
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A área de estudo está localizada no centro da cidade de São Paulo, no antigo Bairro da Luz, em frente à estação ferroviária (inaugurada em 1867) onde há intensa circulação de pessoas e profusão de hotéis, o que se intensifica com a inauguração da rodoviária (1970) e da estação Luz de metrô da Linha Azul (1975), transformando-a em uma estação Intermodal. Essa movimentação gerou um declínio do uso residencial, atraindo público flutuante associado a atividades diárias. Devido a isso, e ao alto índice de uso do automóvel na cidade, mesmo com o avanço do transporte público, muitas pessoas ainda priorizam o uso do carro, o que significa um expressivo número de estacionamentos – territórios vazios subutilizados. Tanto o distrito da República quanto o da Sé apresentam diversas opções de equipamentos culturais, porém a área de enfoque abriga, apenas, o Museu na Língua Portuguesa (na Estação da Luz) e a Pinacoteca do Estado. Ambos edifícios fazem parte do Patrimônio Histórico da cidade e foram tombados pelo CONDEPHAAT nos anos de 1867 e 1905, respectivamente.
O Parque da Luz é a única área verde na região, ainda com remanescentes da Mata Atlântica. É um parque com muitos monumentos, é iluminado, e com elevada incidência de visitantes, porém cercado por grades desde 1905. É um território de fácil acesso, seja por veículo particular, bicicleta, trem, metrô ou ônibus. Apesar das calçadas serem muitas vezes precárias, a região também é acessada a pé com facilidade. Pode-se ainda, notar a falta de espaços públicos de permanência na região. Além do Parque da Luz, há uma praça junto à saída da estação de metrô, também cercada por grades e sem muita vegetação. A presença de vazios urbanos também é uma característica da área, muitas vezes utilizados como estacionamentos, além de muitos edifícios abandonados, algumas vezes bloqueados por paredes de alvenaria para impedimento de ocupações clandestinas.