parquinho
Os parques infantis surgiram no século XIX tanto na Europa quanto na América, e se popularizaram no século seguinte. Tinham como objetivo proporcionar às crianças das cidades o contato com elementos naturais em espaços amplos ao ar livre, com foco no exercício físico e exposição solar. Dessa Forma, os brinquedos tipicamente utilizados, como o escorregador e o balanço, visavam o desenvolvimento físico e propunham atividades com movimentos repetitivos, como correr, escalar, escorregar e balançar. (MARTINHO, 2014) A partir da década de 40, estudos sobre a infância, crescimento e bem-estar defendiam que o jogo era importante não só para o desenvolvimento físico da criança, mas também para os aspectos sociais, cognitivos e emocionais do seu comportamento. Foi nesse contexto do período pós-guerra que surgiram parques que recusaram os equipamentos pré-fabricados e incentivavam o uso da imaginação e exploração por parte da criança, que passa a assumir uma atitude criativa e participativa na dinâmica do parque. (MARTINHO, 2014) Entre 1947 e 1978, o arquiteto Aldo Van Eyck projetou uma rede de parquinhos em Amsterdã quando parte
da cidade havia sido destruída e houve o pico de natalidade com o baby boom após a Segunda Guerra Mundial. Na primeira fase de implantação, os parquinhos ocuparam lotes abandonados ou destruídos pelos bombardeamentos da guerra na parte central da cidade. Eram limitados pelas empenas dos lotes vizinhos, com apenas uma frente acessível pela rua, acentuada pela continuação do piso da calçada. Os parques inseridos em praças e parques existentes tinham limites ainda mais imprecisos, sem qualquer grade ou vedação, as árvores eram os elementos que delimitavam o espaço de brincar.