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AGOSTO / SETEMBRO DE 2019 - ED. 10 (ANO 04) Patrocinador desta Edição
Resquício da Guerra Fria
Após a segunda metade do século XX, vivenciamos a Guerra Fria, período de confl ito político-ideológico entre os EUA e a extinta URSS simbolizava uma luta entre o capitalismo e sua democracia pautada no ideal da liberdade, e o socialismo e sua democracia popular cuja premissa seria a igualdade, vale lembrar que, estes ideais políticos eram mais propagandísticos do que valores práticos ou verdadeiros a serem efetivamente alcançados. Nas atividades políticas reais, assistimos diversas manifestações deste arranjo como, por exemplo, nas ditaduras latino-americanas, dentre elas a brasileira, mas, principalmente, em confl itos no continente asiático. Dentre estes, temos as guerras da Coreia e do Vietnã. Aqui podemos observar uma questão ideológica importante no confl ito do Vietnã, os EUA foram derrotados, mesmo com a negativa estadunidense e, por isso, esta guerra é exaustivamente retratada numa tentativa de fazer com que acreditemos que os estadunidenses venceram a guerra e que poderiam criar algo melhor no Vietnã. Hoje uma república socialista de partido único com abertura em alguns setores econômicos, devidamente superexplorados por empresas capitalistas ocidentais. Entretanto, nos últimos anos, assistimos o renascimento de um fantasma da Guerra Fria com as bravatas do ditador norte-coreano Kim Jong-un. A ameaça de ataques contra as bases Norte Americanas no Pacífi co e do fi m do armistício com a Coreia do Sul deixam claro que os problemas daquele período estão mais vivos e presentes do que gostariam as nações capitalistas que “venceram” aquele confl ito. O resquício norte-coreano é o mais recente dentre outros, tais como o Afeganistão e o Iraque, e pode ser visto como um ato irresponsável deste jovem ditador que foi alimentado por um sonho de grandeza e por ideal de justiça criado dentro de seu próprio país e que parece estar fora do contexto da política internacional contemporânea. É plausível pensar uma rápida teoria sobre as duas gerações de ditadores norte-coreanos.
O pai do atual ditador Kim Jong-il, morto em 2011, parecia estar mais consciente de seu papel na política internacional e a despeito de suas intimidações ele tendia a se preocupar, notadamente, com as questões internas de seu país. Como os líderes de sua geração, o peso histórico era grande em suas decisões e ainda que fosse tomado por imitação de grandeza, estas se mostravam como atos de provocação pura e simples, por vezes carregados de caráter caricato. Ou seja, a diferença entre este líder, morto em 2011, e seu fi lho, o atual ditador, é a visão e a consciência do peso histórico no governo de ambos. As gerações diferentes têm concepções diversas sobre o seu papel na política e na diplomacia internacional, e a geração atual é formada com ideais egocêntricos e com um desprezo pela História que fomentam uma irresponsabilidade política que se torna perigosa nas mãos de um jovem ditador. O arremedo de grandeza e a ideia de justiça defendidas por Kim Jong-un são perigosas por serem frutos de um delírio de um jovem que se julga com uma missão messiânica e histórica de acertos e de correção de um passado injusto contra aquele que representa a Verdade e a Justiça. As bravatas carregadas de armamentos, ou da propaganda sobre os armamentos, a manipulação das informações realizada pelos norte-coreanos, e pela mídia ocidental tornam o clima mais obscuro e alimentam o imaginário coletivo com imagens que nem sempre têm como função esclarecer o que está acontecendo. Para alguns, as bravatas do jovem e intrépido ditador são um recurso para disfarçar as péssimas condições de vida da população norte-coreana e uma tentativa de reforçar a imagem já desgastada de um líder jovem, mas que representa o que de pior foi criado, alimentado e mantido desde a Guerra Fria.
Pedro Marcelo Galasso Professor e Cientista Político.
Em épocas de crise, é necessária muita economia. Isso está sendo feito em muitas áreas e a educação vem sofrendo duros golpes. A redução dos investimentos no sistema educacional vem acontecendo de governo em governo, agravando ainda mais as condições de instrução da população. Justifi cando proporcionar redução dos gastos com o Enem, que no ano de 2018 custou cerca de 600 milhões de reais, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), anunciou mudanças para a prova deste ano e outras que deverão ser implementadas a partir de 2020, para adequar ao Programa de Redução dos Custos e Otimização de Recursos Logísticos, cuja economia pode chegar em até 42 milhões de reais. A primeira mudança refere-se a coleta da identifi cação dos candidatos que, desde de 2016, era feita com lâminas de grafi te. A partir deste ano, os fi scais utilizarão uma esponja biométrica que pode reunir dados de até 3000 candidatos. Outra mudança signifi cativa será a redução dos espaços em branco nos cadernos, otimizando-os para serem utilizados como rascunho no fi nal do caderno de questões. Assim, o número de páginas impressas será reduzido e o custo por candidato, diminuído. Uma ação interessante por parte do INEP é a intenção de criar uma área de orientação vocacional disponibilizando-a
no site ou em um aplicativo. Esse apoio ao candidato forneceria informações sobre carreiras e aptidões exigidas. Segundo o INEP, há muitas desistências nos cursos ofertados, situações de mudanças de curso ou de abandono. A intensão é diminuir este índice que gira em torno de 55%. O ônus provocado por esta realidade é imenso e interfere no investimento em outros setores educacionais. Interferindo menos na vida dos candidatos, outra mudança de impacto que promete muita economia é a diminuição do número de colaboradores e o seu treinamento via EAD, trazendo grande redução no custo operacional do exame. A partir do ano que vem, outras alterações serão continuadas como por exemplo, o teste do Enem Digital. Em 2020, cerca de 50 mil candidatos testarão a versão digital da prova. A ideia é fazer uma implementação gradativa de forma que, em 2026, toda prova seja neste formato. Quaisquer dúvidas e informações sobre o Enem podem ser tiradas em nossas plataformas digitais: Facebook, Instagram e Twitter. Acesse nosso site e tenha acesso a muito mais conteúdo. Grande abraço da nossa equipe.
Juliano Barboza Professor de Física e Diretor do Boletim do Enem.
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