TFG ARQUITETURA- CENTRO CON[VIVER]

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO ARQUITETURA E

URBANISMO

CENTRO

Juliana Camargo Guedes RM 19200537

Trabalho Final de Graduação para obtenção do Grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Orientador: Profº Lotos Dias Medeiros São Paulo 2022

“Arquitetura é a arte científica de fazer as estruturas expressarem ideias” FRANK LLOYD WRIGHT

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me sustentado até aqui me capacitando em momentos em que eu já não me sentia capaz e me fortalecendo a cada objetivo alcançado durante todos os meus anos de estudo.

Aos meus pais, Ronaldo e Gisele, por serem pessoas inspiradoras e tão essenciais nessa caminhada. Por nos ensinarem a sermos pessoas melhores todos os dias e por embarcarem comigo em cada um dos meus sonhos. Obrigada toda renúncia necessária para torná-los possíveis e principalmente pelo pela paciência e palavras de incentivo em momentos de ansiedade, me dando forças que eu mesmo já não tinha.

Ao meu irmão, Vitor, pelo companheirismo e parceria.

Aos meus familiares, que sempre acreditarem em mim e meus maiores incentivadores. Agradeço por compreenderem minha ausência em alguns momentos durantes esses anos e por me fazerem a acreditar no quão alto podemos sonhar e que não importa o que aconteça, crer que no final vai brilhar!

Aos meus amigos pelo incentivo, apoio e compreensão nos momentos de ausência.

Agradeço ao meu orientador, Lotos Medeiros, por acreditar nesse projeto, me capacitar e auxiliar, além de nossa acalmar e nos direcionar sabiamente a soluções.

Ao Centro Universitário Belas Artes, e a todos os professores que contribuíram para minha formação ao longo desses anos.

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RESUMO

Este trabalho visa a inserção de um centro comunitário na subprefeitura de Ermelinho Matarazzo, zona leste de São Paulo, com estudo e a compreensão de como a arquitetura é capaz de integrar, incluir e gerar amabilidade urbana pelo bairro por meio de um contato direto com os moradores da região e um programa de necessidades multidisciplinar resultando em um espaço de aproximação que estimula o desenvolvimento individual e coletivo através da convivência diminuindo distâncias de acesso a equipamentos de cultura e lazer estimulando a conexão da população com o espaço da comunidade Vila União e do bairro .

Palacras Chaves: Convivialidade, Centro Comunitário, Identidade de Lugar, lazer, cultura, esporte, zona leste, periferia

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Keywords:

This project aims at the insertion of a community center in the subprefecture of Ermelinho Matarazzo, Sao Paulo East zone, with the study and understanding of how architecture is capable of integrating, including and generating urban friendliness in the neighborhood through direct contact with the residents of the region and a multidisciplinary needs program resulting in a space for approximation that stimulates individual and collective development through coexistence, reducing distances of access to culture and leisure equipment, stimulating the connection of the population with the space of the Vila Uniao community and the neighborhood .

Conviviality, Community Center, Place Identity, leisure, culture, sport, east zone, periphery

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ABSTRACT

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

1.1 Tema e Apresentação

1.2 Contexto Histório

1.3 Objetivos

1.4 Métodos

1.5 Justificativa

14 15 17 19 20 21

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Convivialidade

2.2 Identidade de Lugar

2.3 Centro Comunitário

24 25 27 29

3. REPERTÓRIO PROJETUAL

3.1 SESC Limeira

3.2 Edifício Projeto Viver

3.3 Sede do Sebrae

3.4 Centro Paula Souza

32 33 37 41 45

4. LUGAR

Ermelino Matarazzo- ZL, São Paulo

4.1 Contextualização do Local 4.2 Legislação

50 51 63

5. PROJETO

5.1 Condicionantes Projetuais 5.2 Programa de Necessidade 5.3 Partido Arquitetônico 5.4 O Projeto

68 69 75 77 79

6. Referências Bibliográficas

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1. INTRODUÇÃO

O CENTRO COMUNITÁRIO COMO AMBIENTE DE CONVÍVIALIDADE E INSTRUMENTO FORMADOR DE IDENTIDADE LOCAL DOS MORADORES DE ERMELINO MATARAZZO

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1.1 TEMA E APRESENTAÇÃO

Este trabalho visa a inserção de um centro comunitário na subprefeitura de Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo. Com estudo e a compreensão de como a arquitetura é capaz de integrar, incluir e gerar amabilidade urbana pelo bairro por meio de um contato direto com os moradores da região e um programa de necessidades multidisciplinar resultando em um espaço de aproximação que estimula o desenvolvimento individual e coletivo através da convivência diminuindo distâncias de acesso a equipamentos de cultura e lazer estimulando a conexão da população com o espaço da comunidade Vila União e do bairro .

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CONTEXTO HISTÓRICO

Ao analisar o contexto histórico é possível observar que o desenvolvimento da região da Zona Leste de São Paulo não foi priorizado ao longo da história. Tratando-se de uma área periférica, as indústrias Matarazzo adquiriram inúmeras propriedades que foram vendidas e povoada pela população de mais baixa renda que trabalhavam nas zonas centrais e iam para casa a noite, sendo denominadas de vilas operárias.

Nos anos 50 a população em Ermelino Matarazzo cresce com a chegada da Indústria Celosul, no entanto, ainda assim a maioria ainda trabalha na região central. Portanto, a prioridade nessa região sempre foi dada ao transporte, afim de facilitar essas grandes locomoções. Deixando em segundo plano outros usos como o acesso a cultura, esporte e ao lazer.

Só em 1990 essas áreas passam a ter usos mais

Inauguração da Linha ferroviária SP-RJ (Estrada de Ferro Central do Brasil) cruzando o leste do municipio

Indústria Matarazzo adquirem inúmeras propriedades totalzando cerca de 420.530 m² de propriedades

1926 1950

Estratégia Vila-operária:Venda de cerca de 10% das terras em torno na recém inaugurada Estação Comendador Ermelino Matarazzo, resultando em um pequeno vilarejo

1858 1940 1915

Ocupação da zona rural ao leste pelas vilas operárias com funções residencias, agrícolas e comerciais.

09 anos após a inauguração da indústria Celosul, a população cresce em vista dos empregos gerados. No entanto, a maioria ainda trabalha na zona central da cidade

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diversificados com a chegada de shopping centers e hipermercados. Porém, ainda assim é nítido a falta de desenvolvimento em relação as outras zonas da cidade, fazendo com que essa população consiga menos oportunidades e menor qualidade de vida.

para maior qualidade de vida, e melhores oportunidade de crescimento a essa população. Para tanto, é importante a implantação de equipamentos públicos que auxiliem nesse processo.

Dessa forma concluímos que é necessário promover políticas que priorizem o desenvolvimentos dessa região

1950-1962

Chegada da energia elétrica na região e quadriplicação da população

1970 1980 1960

Desenvolvimentos transporte afim de favorecer ideia “cidade- dormitório” Linha Leste Metrô; Periferização da zona leste e ocupação de áreas irregulares sem serviços básicos Políticas de direito a moradia; criação do plano “Minha casa minha vida”; Desenvolvimento da “região das construtoras”nova classe média no distrito. Falta de equipamentos publicos de educação.

1990

Desindustrialização da cidade e dispersão de pequenas indústrias inclusive na periferia ocupação dessas áreas por shopping centers, hipermercados e outros

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Gerais

OBJETIVOS

O objetivo é a inserção de um centro comunitário no contexto urbano de Ermelino Matarazzo, visando a potencialização e amabilidade urbana pelo bairro, por meio de uma arquitetura significativa a partir de um programa

Específicos

• Construir um espaço público visando a melhoria da qualidade de vida da população da comunidade da Vila União e arredores;

• Permitir fácil acesso da periferia a bens culturais, inserindo uma proposta de projeto não existente no local;

• Criar um equipamento que amplie as relações sociais por meio de atividades culturais, esportivas, lazer e de assitência social;

• Atender a todas as faixas etárias da região, integrando-as no mesmo espaço de convívio ainda que direcionando-as a atividades de seu próprio interesse;

inclusivo com atividades voltadas para a cultura, lazer, esporte e assistência social, além do estímulo a convivência e conexão direta a comunidade da Vila União.

• Transposição e conexão de acesso a comunidade local por meio de praça pública;

• Explorar a declividade do terreno de forma a trabalhar na escala do pedestre;

• Utilizar sistemas construtivos com desempenho sustentável, unindo estética e tecnologia para a criação da identidade do equipamento com o bairro.

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1.3

1.4 MÉTODOS

A metodologia de pesquisa utilizada para o desenvolvimento desse trabalho é um processo de pesquisas por meio de fontes bibliográficas, livros, artigos e documentos de pesquisa, além de estudos de caso e visitas técnicas a esses locais.

A pesquisa através de entrevistas aos moradores locais da região será feita para a melhor compreensão das necessidades e expectativas para o espaço. Investigar o contexto urbano através de levantamentos de dados no Geosampa, IBGE e visitas técnicas ao local de intervenção.

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1.5 JUSTIFICATIVAS

A subprefeitura de Ermelino Matarazzo localizada na Zona Leste de São Paulo, região periférica, e diante dos dados relativos a distribuição da população e da renda familiar, compreende-se que esta zona é a região com maior população e menor renda da cidade.

Além disso, por ter se desenvolvido a partir de

uma vila operária servindo às áreas centrais da cidade, o transporte teve prioridade em seu desenvolvimento visando a mobilidade da mão de obra até as indústrias, enquanto outros equipamentos como esporte, cultura e lazer públicos estão em déficit na região. Por isso a oferta desse tipo de equipamento beneficia os moradores da área, principalmente pelo fato de não ser necessário grande deslocamento para o acesso.

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Fonte: Pesquisa Origem Destino/OD 2007 -

Mapa de Acessos a Parques, equipamentos de esporte e cultura Equipamentos públicos e suas demandas

Projeção UTM/23S. DATUM Horizontal SAD69. Elaboração: Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

Fonte: Base Cartográfica PMSP: Mapa

Projeção UTM/23S. DATUM Horizontal Elaboração: Prefeitura Municipal de São Secretaria Municipal de Desenvolvimento

No mais, a assitência social, para a população de baixa renda também não é facilmente encontrada. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, há uma demanda por esse item na subprefeitura de Ermelino Matarazzo. No mesmo, a reafirmação de equipamentos esportivos aparecendo de forma pontual e não é possível encontrar nenhum acesso cultural.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONVIVIALIDADE

Segundo o pensador Ivan Illich, nós somos definidos pela relação com o outro e com o meio em que vivemos, dessa forma convivialidade é a ação de pessoas que participam da vida social. (ILLICH, 1976, pg. 11).

Outro grande tema foi o da convivialidade. Ele insistia na importância de criar espaços de diálogo na sociedade. Isso era muito bom para um tipo de sociedade com outro padrão de vida e com tempo livre. Eu via que, na América Latina, nós tínhamos que sobreviver antes de conviver. (SOUZA, 2002, pg. 11 apud ILLICH, 1976).

Nesse contexto, era importante a criação de espaços públicos que gerem diálogo na sociedade. Illich caracteriza essas insituições por sua vocação de servir a sociedade e por utilizarem-se de artefatos da participação voluntaria.

Além disso, em críticas ao modelo educacional atual, o autor propoe estruturas de rede de troca que poderiam conter todos os recursos precisos para uma verdadeira aprendizagem, dentre elas os serviços de consultas a objetos educacionais que seria destinada a dar acesso a estruturas utilizadas na aprendizagem formal, como bibliotecas, laboratórios e salas de exposição (museus e salas de espetáculos), acessíveis a todos que desejassem familiarizar- se com eles durante o período de aprendizagem ou mesmo de lazer. (SOUZA, 2002, pg. 26 apud ILLICH, 1976).

Wagner Carmo apoia-se nas ideias de Ivan Illich para definir a convivialidade como a capacidade de uma sociedade viver em harmonia, favorencendo o respeito, à tolerância e a trocas recíprocas entre seres humanos e os seres humanos em relação a natureza. Enquanto sua ausência resulta na falta de respeito e intolerância entre os seres vivos, ou quebra do pacto social (2019).

O autor diferencia a convivialidade com convivência, já que o segundo limita-se aos relacionamentos sociais

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que estabelecem respeito . Porém a primeira busca estabelecer uma justiça equitativa. A convivialidpretende estabelecer o pacto do cuidado com tudo que existe e vive, limitando a ação de intervenção nos ambientes através da justiça equitativa. (CARMO, 2019)

A revista Etnográfica na matéria “Entre projeto e convivialidade: um exercício de reflexividade etnográfica em torno da socialidade juvenil em Cabo Verde” faz referência a definição de Convivialidade por Francis Nyamnjoh, cientista social. Para ele, esse processo é marcado pela negociação entre objetivos pessoais e interesses coletivos.

(...)a liberdade de perseguir objetivos individuais ou de grupo existe dentro de um quadro socialmente predeterminado, que enfatiza o convívio com interesses coletivos, ao mesmo tempo que permite a criatividade individual e a autorrealização (NYAMNJOH, 2002, p.115 apud MARTINS, 2016, p.98).

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2.2 IDENTIDADE DE LUGAR

O termo é comum na psicologia ambiental, que discute-se a ligação entre as pessoas e lugares geográficos. A partir do pensamento de Proshansky e Kaminoff (1983), identidade de lugar é definida como um espaço de reconhecimento de um cenário específico, por parte de um indivíduo, com o qual ele relaciona seus valores, significado e sentimentos.

Acredita-se que com a conquista de identidade do lugar ocorre a manutenção do bem-estar do indivíduo, reforçando ainda a identidade pessoal e a sensação de pertencimento ao meio em que é desejado atingir nessa arquitetura. (KUHNEN, 2010).

O conceito é reforçado no artigo de Valera (2015), quando define o surgimento do espaço, quando uma pessoa se relaciona com ele, e ela mesmo atribui significado a esta. Porém, apesar dessa individualidade, pode ser ressignificado quando compartilhado com outras pessoas. Essa relação ainda é relação do ambiente com o psicológico.

Ao dar um significafo ao espaço nos apegamos emocionalmente aos lugares, nos sentimos seguros, e obtemos bem estar psicológico, transformando o espaço para nossos interesses funcionais e simbólicos, o e delimitamos, gerimos e defendemos, nos identificamos com ele, nós nos unimos em grupo ou socialmente e incorporamos como um elemento a mais de nossa interação social. (VALERA, 2015 apud GUERRERO, 2020, p.26)

A psicóloga Ada Raquel Teixeira Mourão em seus estudos da cidade de Maracanau (2016) que foi inventada pelas leis, e reinventada pelos moradores, define o conceito de que na apropriação do espaço há uma relação de interação com o entorno que permite uma transformação mútua, tanto do espaço quanto do indivíduo.

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2.3 CENTRO COMUNITÁRIO

O Centro Comunitário é definido por Catarina Bonfim como:

O centro comunitário é uma estrutura polivalente onde se desenvolvem serviços e actividades que, de uma forma articulada, tendem a constituir um pólo de animação com vista à prevenção de problemas sociais e à definição de um projecto de desenvolvimento local, colectivamente assumido. (BONFIM, 2000. p.07)

Neste pensamento, o Centro Comunitário atua na educação, no esporte, no lazer e na cultura, oferecendo às comunidades ambientes para a formação de pessoas por meio de palestras, oficinas, minicursos, ensino profissionalizante, espaço para práticas culturais como dança, teatro e música, além de oferecer espaços de lazer e recreação, os quais oferecem momentos de prazer e convívio. Esses centros possuem o intuito de garantir o bem-estar social, proporcionando maior qualidade de vida para a comunidade local (BONFIM et al, 2000).

Em contraposto, Hertzberg (1999) critica os primeiros centros comunitários como uma tentativa sem sucesso de reunir todas as atividades que aconteceriam

no centro de uma cidade, em um único edifício. Nessa ideia, incluia-se toda e qualquer tipologia, incluindo comércios (shopping center dos anos 60). O que faz com que quanto melhor esse sistema de “caixas” funcionem, mais diminui-se a vida na rua. Portanto, definem-se por centros urbanos “artificiais”.

Além disso, para o autor, esses centros são considerados espaços públicos.

O segredo é dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, fazendo com que cada membro da comunidade contribua à sua maneira para uma ambiente com o qual possa se relacionar e se identificar. (HERTZBURG, 1999. p. 48)

Assim, o centro comunitário, como espaço público construído tem como função gerar na comunidade o sentimento de pertencimento do local, para que essa envolva-se nas atividades e sinta-se responsável pelo espaço contribuindo para sua manutenção e melhoria.

A definição de centro cultural para a arquiteta Laura Paes partiu do resultado de centenas de estudos de casos em sua dissertação de mestrado, e foi coompreendido por

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ela que são agentes transformadores do território que podem tornar-se locais de referência para a comunidade, capazes de proporcionar encontros que auxiliam na capacidade da população local e de resiliência frente a vulnerabilidade enfrentada pelas mesmas. (PAES, 2018, p. 198).

É importante evidenciar que o intuito primordial dessas edificações é fornecer um espaço livre que proporcione o encontro e o convívio. Para isso, muitas vezes, somente é necessário uma cobertura capaz de abrigar as pessoas do sol e da chuva. Um local onde possam estar protegidas e reunidas, com fácil acesso, e que a distância a ser percorrida não seja longa e possa ser feita caminhado, uma vez que o custo do transporte, quando existe, acarretaria em mais um empecilho para os habitantes frequentarem esses locais. (PAES, 2018, p.199)

Destaca-se em sua fala a importância da identificação por meio do processo de projeto e construção do centro comunitário, que em alguns casos houve a participação direta da comunidade. Além da escolha dos materiais e técnicas construtivas que em alguns casos partem da releitura de uma tradição, o que faz com que a arquitetura não seja um elemento estranho, mas que as pessoas a reconheçam, mesmo

que de forma inconsciente. Sendo no geral, toda sua pesquisa voltada para áreas de vulnerabilidade social em que é relevante a importância que esses espaços resultam nesses locais, um ganho no desenvolvimento social e na saúde da população.

A autora também estabelece concordância com os pensamentos de Hertzburg.

Uma área aberta, um quarto ou um espaço, podem ser concebidos como um lugar mais ou menos privado ou como uma área pública, dependendo do grau de acesso, da forma de supervisão, de quem o utiliza, de quem toma conta dele e de suas respectivas responsabilidades (HERTZBERGER, 1999, p.14 apud PAES, 2018, p.193)

No entanto, segundo L. Paes, por meio de um levantamento de estudo de caso, questiona a qualidade da administração dos centros culturais que em sua maioria não é claro por quem é feita essa supervisão, dentre os projetos levantados a minoria possuem salas administrativas, o que resulta na deteriorização e falta de segurança nos centros comunitários.(PAES, 2018, p. 193).

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3. REPERTÓRIO PROJETUAL

3.1 SESC Limeira

Apiacás Arquitetos, 2017

Localização Via Luís Varga - Jardim Anhanguera, Limeira - SP, Brasil Área Terreno 3 000m² Área Construída 14 000m²

O projeto que ganhou em 2º lugar o concurso para a implantação do SESC Limeira, é levantado como referência, principalmente por seu terreno de acesso a três vias e topografia que se assemelham ao estudado.

Pensando de forma a dialogar com o programa e seu entorno através de um único edifício com diferentes conexões de maneira horizontal, explorando cheios e vazios, espaços cobertos e descobertos com uma construção que se adapta a declividade.

A construção ocupa o terreno de forma linear organizando o programa de forma coesa, com intuito de aumentar ao máximo as áreas permeáveis com usos diversos voltados para lazer e convivência.

Os três volumes setorizam fisicamente as atividades oferecidas de cultura, esporte e lazer. Segundo os arquitetos, a própria volumetria e sua atmosfera resultam diretamente ao sentimento de pertencimento a população.

Outro destaque, é seu sistema construtivo que a medida que a estrutura se leva, os elementos acompanham essa leveza. Constituindo no térreo por estrutura convencional de concreto e lajes em patamares conforme os níveis e acima caixilhos são combinados por “peles” translúcidas e estrutura metálica.

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Imagens por Nelson Kon Fonte: Archdaily

Além de técnicas sustentáveis que poderão ser aplicadas, como coberturas com placas de captação de energia solar; espelho d’agua com função drenante afim de retardar a água acumulada no terreno. Quanto ao caráter do projeto como uma Unidade Tripartida, consolidada por três volumes. Sendo o primeiro a esquerda com acesso público contendo teatro, ensaios oficinas, odontologia, salas para internet e tecnologia, e administração. Com teatro disposto estrategicamente com acesso independente, direto para o estacionamento.

No volumee central, foram alocados o programa de vivência, exposição, biblioteca, e atendimento ao público interligagos entre si por rampas que permitem contato visual entre as paisagens externas e o interior do programa.

A distribuição geral de acessos permite passeios internos cruzando a unidade que poderão ser fechadas ao término do horário com portões metálicos fechando apenas a própria edificação, mas mantendo um convite aberto ao público.

Concluído que a concepção do projeto foi essencial na conceituação e desenvolvimento do projeto . As estratégias do projeto, foram inspirações essenciais para o desenvolvimento do partido do projeto

do Centro Conviver, destacando acesso independente a área de auditório e foyer além de uma circulação vertical conectando os extremos do terreno.

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3.2 Edifício Projeto Viver

FGMF Arquitetura, 2005

Localização Comunidade Jd. Colombo, Morumbi- São Paulo Área Terreno 1 500m²

Área Construída 1 000m²

O projeto viver é uma ONG assistencial que promove atividades que atuam no desenvolvimento humano para jovens desde 2005 e adultos e idosos, desde 2019.

do projeto já era um espaço utilizado pelas crianças para brincar. Por isso, diferente das edificações que possuem horário para abrir e fechar, esses pátios externos ficam sempre abertos para o acesso livre. Nessa área há também um vestiárioo no meio subsolo que atualmente fica fechado e utilizado como depósito de materiais.

O edifício sede foi o primeiro programa social dos arquitetos, segundo eles o maior contribuição do projeto deveria ser a criação de um espaço público qualificado, com objetivo de atrair a população. O projeto conta com dois blocos, perpendiculares entre si, sendo o do fundo suspendo por pilares de concreto. As áreas de uso interno e circulações são claramente definidas , ao explorar os limites entre o público e o privado.

O terreno possuí um grande desnível a partir do acesso principal, para isso, foi desenvolvida uma praça em patamares para vencê-lo. Os degraus possuem função de descanso e contemplação, assim como arquibancadas em dias de evento para espetáculos ao ar livre. No entanto, segundo a diretora do local, a quantidade de degraus torna o espaço perigoso, visto a quantidade de crianças que frequentam. Na lateral, existia uma viela para acesso a comunidade, que foi preservada e asfaltada. Aos fundos do terreno, há um acesso secundário junto a uma quadro poliesportiva, que antes

O edifício é estruturado em concreto armado com vedação em blocos de concreto aparentes pintados, a escada com malha expandida e estrutura metálica e acabamentos com materiais simples e que envolveram a participação de voluntários da comunidade. Além de uma cobertura verde que abriga a binquedoteca e é dirigida a atividades de lazer.

Desde sua inauguração, o projeto sofreu algumas alterações ao longo dos anos para melhor atendimento. Em visita técnica realizado no local foi possível detectar essas adaptações e a razão delas para cumprir obrigatoriedades para convênio com a prefeitura que foi vínculada ao projeto em 2013.

Quanto ao programa, principalmente no primeiro bloco, sofreram alterações ao longo dos anos em relação ao projeto original. O térreo foi projetado com a recepção, biblioteca, fachada em vidro afim de convidar a população a entrar, e espaço para oficina

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Fonte: Archdaily
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interdisiciplinar e a casa do caseiro ao fundo, hoje , abriga um grande refeitório com uma cozinha indutrial adaptada onde era a casa do caseiro. Enquanto nos outros pavimentos pensados com salas para atendimento odontológico, psicológicos e jurídico, além de uma cozinha experimental para treinamentos e acesso a rua para vena de produtos, gerando renda ao edifício. Hoje comportam a área administrativa do projeto e a cozinha transformouse em apoio ao a projetos externos de distribuição de alimentos.

quantidade e tamanho das salas não serem suficientes para o que o programa gostaria de atender.

O projeto sofre pela precariedade de acessibilidade, que foi preciso ser adaptada posteriormente, como uma rampa que viabiliza o acesso ao bloco de atividades e banheiros acessíveis que não existiam no projeto arquitetônico. Outro ponto que poderia ser repensado é quanto ao paisagismo que oferece diferentes riscos as crianças.

Os blocos se conectam por uma passarela metálica no primeiro pavimento. O programa do segundo, onde ficam quatros salas de atividades e informática, pensadas para 20 alunos junto aos banheiros foi mantido como o original, apesar de terem nos relatado que a

Em entrevista com jovens participantes do programa, observamos uma grande gratidão e satisfação pelo projeto. Além de uma constância pelos mesmos, os espaços fazem parte da rotina dessas pessoas que criam memórias afetivas importantes pelo espaço.

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3.3 Sede do SEBRAE

Grupo SP+Luciano Margotto, 2010 Localização Brasília

Área Terreno 10 000m²

Área Construída 20 000m²

O projeto possuí partido arquitetônico forte com ênfase na espacialidade interna integrando a paisagem construída a natural; flexibilidade na organização dos escritórios; e uma grande preocupação em obter-se o máximo desempenho ambiental e econômico.

O programa é distribuído em dois térreos públicos destinado as áreas verdes com funções coletivas, organizados e articulados por uma praça junto a presença do auditório. A área administrativa é ausente de pilares no meio do pavimento, o que permite alterações de arranjos, tanto para os espaços quanto para componentes de instalações prediais e infraestrutura.

O térreo aberto e livre oferece uma proteção na chegada, um tipo de sombreamento. “Ele resguarda um pouco esse caminho, que atravessa o terreno quase de ponta a ponta. É um edifício sem portas, o que reflete

essa ideia da extensão do chão ininterrupto da capital do Brasil”, analisa o arquiteto João Sodré. Ao redor desta praça interna, no térreo inferior, alojam-se o espaço de formação e treinamento, as salas multiuso, o auditório, a biblioteca e a cafeteria, enquanto no superior estão os principais acessos do conjunto, caracterizados por varandas abertas à cidade e ao lago. Sob esse térreo, ficam as áreas técnicas e de estacionamento; sobre ele, pairam os escritórios.

Para a conexão de todos os setores, foram criados dois eixos de circulação vertical junto a estruturas aparentes, evidenciando-se a plasticidade do aço combinado ao concreto.

Segundo o arquiteto do Grupo SP,o resultrado do conjunto é uma arquitetura austera, mas não monumental. Com uma escala serena que se encaixa a escala da paisagem urbana existente.

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Imagens por Nelson Kon Fonte: Archdaily Imagens por Nelson Kon Fonte: Archdaily

A composição do conjunto arquitetônico combinando o concreto com texturas leves com trasnparência resultando em melhores soluções

térmicas foram grandes inspirações para o desenvolvimento do centro Comunitário. Assim como suas soluções estruturais e distribuição de seu programa de necessidades..

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3.4 Centro Paula Souza

Francisco Spadoni e Pedro Taddei Neto, 2011

Localização Rua dos Andradas, 140- São Paulo Área Terreno 6 883m² Área Construída 29 490m²

O Centro Paula Souza, instituição responsável pelo ensino técnido no Estado , com grande relevância social e cultural teve a região da Luz, localizada no centro da cidade de São Paulo escolhida para abrigar sua sede. Cercada por uma área com abundante infraestrutura de transporte e outros equipamentos culturais de grande importância como a Pinacoteca do Estado e Museu da língua Portuguesa, projetados por Paulo Mendes da Rocha; Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Sesc.

O projeto foi implantado em uma quadra de aproximadamente 7 000m², ocupada por galpões e pequenas residências deterioradas, assim como um edificio comercial , sendo esse último, o único mantido na construção.

Considerando a localização como uma das mais densas da cidade, o conceito desde o início foi gerar um chão público como uma espécie de praça no miolo central da quadra articulando os dois principais setores pretendidos: a sede do Centro Paula Souza e uma

grande escola Técnica. Com o princípio de que os blocos “flutuassem” gerando um grande vazio resultando em um respiro urbano.

Na pré existência foi abrigado o programa administrativo e um museu de arqueologia no térreo. As demais edificações implantadas são destinados a escola, articulando o conjunto em vários níveis sobre a praça de forma a trazer a rua para dentro da quadra.

Quanto a estrutura prioritariamente em concreto armado composta por lajes em grelha e alguns elementos em estrutura metálica destacando as grandes massas da cobertura, passarela e o mezanino do museu. Em todo momento a estrutura aparente apresenta-se de forma expressiva e única como em grandes balanços, passarelas externas e o mezanino alinhado a pilotis.

Essas coberturas ganham destaque como elementos centrais, conectando os volumes mais altos do conjunto. Sua estrutura é composta por duas vigas vagões de aço.

Para as fachadas foram adotadas diferentes soluções de proteção visando atender a necessidade de cada face da quadra de acordo com a luz solar em cada uma delas. Brises soleil tubulares contornam os ediícios didáticos, assim como biblioteca e quadra de esportes.

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E cortinas de aço inox para áreas administrativas possibilitando controle constante e homogêneo da luminosidade.

propósito teórico como articulador para a transformação do espaço social e urbano da cidade, capaz de gerar qualidade de vida por meio do respiro urbano e interação da população com um meio tão adensado.

Acredita-se que o equipamento se pretende transformador da sociabilidade e da urbanidade, por se uma obra a par do plano da região, no entanto, faz com que a cidade vá se constituindo a partir desses fatos significativos, como a arquitetura implantada .

Podemos concluir a referência projetual, desde seu

Outro destaque vai para as soluções estruturais e arquitetônicas adotadas com a abundância do concreto aparente junto a laje nervurada para vencer maiores vãos combinados a estruturas metálicas para o coroamento do edifício .

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O LOCAL

ERMELINO MATARAZZO, ZL São Paulo

4.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL

Porcentagem de maior incidência de crianças e idosos no território

O público alvo são os moradores locais da Subprefeitura de Ermelino Matarazzo que tenham interesse em praticar esportes e participar de atividades socioculturais ou que precisem de atendimento assistencial, com destaque para os moradores da Ocupação Vila União que além de estarem no entorno imediato ao lote trabalhado, vivem em uma situação mais precária e com menor acesso a esses equipamentos em relação a outras regiões da cidade.

Fonte: Base Cartográfica PMSP: Mapa Digital da Cidade, 2004. Projeção UTM/23S. DATUM Horizontal SAD69. Elaboração: Prefeitura Municipal de São Paulo. Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

50 4.1

Além disso, conforme a grande porcentagem de crianças até 14 anos nos arredores do lote, esta será uma faixa etária de grande participação. Mas as atividades serão oferecidas para adultos e idosos também.

O projeto busca estabelecer uma relação direta com a Ocupação Vila União, por meio de espaços livres

de convivência internos e externos conectando esse acesso dos moradores do entorno. E por sua localização em uma importante avenida da Zona Leste e outros equipamentos públicos educacionais, como a ETEC e a FATEC, o acesso pela avenida permite também que essa população se sinta convidada a entrar e participar das atividades a utilizar-se do espaço para convívio.

51
Posto de Bombeiro Batalhão Polícia Militar Terminal AE. Carvalho Fatec Zona Leste Etec da Zona Leste Comunidade Vl. União Delegacia Policial 64º Rua 05 Rua 05 Imagens autorais do entorno. Vista Rua 05 Imagens autorais do entorno. Vista Rua 05

Imagens autorais do entorno. Vista Av. Águia de Haia

Imagens autorais do entorno. Vista Av. Águia de HaiaTerm. AE Carvalho

LEITURA URBANA

Índice de Vulnerabilidade Social

Segundo dados do Índice Paulista(IPVS), 16.3% dos habitantes da Subprefeitura de Ermelino Matarazzo vivem em situação de maior vulnerabilidade social, índice muito parecido com o do Município de Sã Paulo.

Quando analisado o entorno, observamos uma vulnerabilidade mais baixa ao oeste indo para o interior da subprefeitura. Enquanto, mais a leste, na Subprefeitura de São Miguel Paulista a vulnerabilidade geral é mais baixa. Com excessão ao entorno do terreno onde está localizada a Ocupação da Vl. União.

LEGENDA BAIXA

MUITO ALTA ALTA MÉDIA

56
100m 0m 500m
Ermelino Matarazzo I Ø1 km do Recorte Urbano

Áreas Verdes e Hidrografia

No geral, a região conta com uma cobertura arbórea abaixo da média do município e da região. 45% da população reside há mais de 1km de parques de áreas verdes, segundo dados da Prefeitura de São Paulo.

O distrito Ponte Rasa caracteriza-se pela baixíssima presença de cobertura vegetal em área de ocupação com boa estrutura urbana.

Bem próximo a localização do terreno passa também o córrego Ponte Rasa, atualmente canalizado previsto no Plano de Ação da Subprefeitura, sua abertura e extensão de parques verdes ao longo do mesmo.

LEGENDA

BAIXA COBERTURA ARBÓREA

MÉDIA E ALTA COBERTURA ARBÓREA VEGETAÇÃO ARBUSTIVA

Córregos

57
500m
100m 0m

Hierarquia Viária

É sabido que as subprefeituras centrais são mais ricas em viário estrutural, quanto as áreas mais periféricas refletindo no maior número de pessoas que levam mais de uma hora no deslocamento casatrabalho.

Em Ermelino Matarazzo, Zona Leste, área periférica da cidade, grande parte das vias estruturais configuram-se com ligação LesteOeste, exemplificando a falta de ligações arteriais na direção Norte-Sul, sendo a Av. Aguia de Haia uma delas, ocupando extrema importância nos limites da subprefeitura conectando â duas principais vias no sentido contrário, Estrada Mogi das Cruzes e a Av. São Miguel, além de chegar a Estação Metrô Artur Alvim e a Av. Radial Leste ao Sul.

LEGENDA

VIAS ARTERIAIS VIAS COLATERAIS

VIAS LOCAIS

58 100m 0m 500m

Transporte Público

Existe apenas um terminal de ônibus na Subprefeitura, o Terminal A. E. Carvalho, localizado no cruzamento entre a Av. Águia de Haia e a Estrada Mogi das Cruzes.

A Linha 12-Safira da CPTM, ao norte doterritório, possui duas estações de trem na subprefeitura, a Estação USP-Leste e Estação Comendador Ermelino, cumprindo o deslocamento de massa na direção Leste-Oeste, conectando o centro da cidade aos municípios a leste da cidade.

A Av. Águia de Haia também possui grande importância conectando essa região a estação de metrô mais próxima, Artur Alvim, a cerca de 3km.

Essas vias arteriais, são no geral bem abastecidas de linhas de ônibus, porém, as áreas mais extremas ainda são prejudicadas pela insuficiência de transporte.

LEGENDA

FAIXAS EXCLUSIVAS

LINHAS DE ÔNIBUS

TERMINAL AE. CARVALHO

PONTOS DE ÔNIBUS

59
100m 0m 500m

Uso Predominante do Solo e Equipamentos

A predominância de usos residências, apresentando baixíssimo nível de atividade econômica em seus dois distritos. O que além de fazer com que os moradores tenham um grande deslocamento diário, caracteriza-se essa subprefeitura ainda como um bairro-dormitório e a falta de comércios e serviços prejudica sua economia e desenvolvimento local favorecendo sempre regiões mais centralizadas da cidade, para onde esses trabalhadores se deslocam e concentram os equipamentos da cidade.

Especificamente na avenida Águia de Haia, onde está implantado o terreno, ao mesmo passo que existe uma grande concentração de equipamentos públicos, ao longo da via são tomadas por áreas subutilizadas que acabam causando a sensação de insegurança para quem caminha no local.

O recorte de intervenção possui predominância de escolas, no entanto carece de equipamentos de esporte, cultura e assistência social

LEGENDA EDUCAÇÃO

SAÚDE ESPORTE CULTURA ASSISTÊNCIA

LEGENDA

ESCOLAS

RESIDÊNCIA HORIZ. BAIXO PADRÃO

COMÉRCIO E SERVIÇO

RESIDÊNCIA HORIZ/MÉDIO PADRÃO

EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

RESIDENCIAL VERT. BAIXO PADRÃO

60 100m 0m 500m
CEU
61
DIAGNÓSTICO

LEGISLAÇÃO E INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

Lei Complementar Nº 16.050, de 31 de julho de 2014, que dispõe sobre o Plano Diretor Estratégico, da cidade de São Paulo.

O Capítulo 1, da Abrangência, dos Conceitos, Princípios e Objetivos, em seu Art. 1º consta:

A Política de Desenvolvimento Urbano é o conjunto de planos e ações que tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu território, de forma a assegurar o bem-estar e a qualidade de vida de seus habitantes.

O Capítulo II, Dos Princípios, Diretrizes e Objetivos, traz no Art. 5º traz os princípios que regem o PDE, entre eles a Função Social da Cidade, na Seção I: Função Social da Cidade compreende o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social, ao acesso universal aos direitos sociais e ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental, incluindo o direito à terra urbana, à moradia digna, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,

ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho, ao sossego e ao lazer.

O Título II, Da Ordenação Territorial, Capítulo I, Da Estruturação e Ordenação Territorial, discorre na Subseção III, da Rede de Estruturação Local, Art. 26º a compreensão do mesmo:

§ 1º A Rede de Estruturação Local compreende porções do território destinadas ao desenvolvimento urbano local, mediante integração de políticas e investimentos públicos em habitação, saneamento, drenagem, áreas verdes, mobilidade e equipamentos urbanos e sociais, especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade social e ambiental.

E seus objetivos no § 2º contribua para a ampliação e requalificação dos espaços públicos, da moradia, da rede de equipamentos urbanos e sociais e de parques lineares, existentes ou planejados; (...) V - garantir, em todos os distritos, no horizonte temporal previsto nesta lei, a implantação da rede básica de equipamentos e de serviços públicos de caráter local nas áreas de educação, saúde, cultura, esporte, lazer, segurança, áreas verdes e atendimento ao cidadão, dimensionados para atender à totalidade da população residente.

62 4.2

Para cumprir a legislação do Código de Obras e Edificações (Lei 16.442/2017) o projeto deve atender as condições de acessibilidade e rota acessível, equipamentos e espaços livres segundo a Norma de Acessibilidade NB9050. Além de seguir a lei de Combate de Incêndio (Lei 13.425/2017), para estabelecer diretrizes e medidas de prevenção a combate de incêndio, desastres em edificações e áreas de aglomeração.

A área de intervenção do terreno está classificada

em uma Zona de Centralidade ZC), que consta também no Plano Diretor Estratégico do município como porções de território localizadas em Macrozonas de Estruturação e Qualificação Urbana destinadas a atividades típicas de áreas centrais regionais ou do bairro, em que se pretende a promoção principalmente de usos não residenciais e com densidade construtiva média, afim de promover qualificação dos espaços públicos e paisagísticos.

O terreno de estudo segue as legislações vigentes relacionadas a sua zona, apresentadas na tabela do zoneamento.

Quadro 03- Parâmetros de ocupação Tabela de Zoneamento Fonte: Base de dados Gestão Urbana SP- modificado pela autora

63

Por estar no Perímetro de ação da Subprefeitura de Ermelino Matarazzo, ação que busca atender a essa população em situação de vulnerabilidade social; assim como promover a recuperação e conservação ambiental do curso d’agua do córrego Ponte Rasa; e a melhoria da segurança pública local.

Para tanto, as diretrizes do projeto contam com ó melhoramento do passeio público, incluindo calçamentos, mobiliário e iluminação adequados priorizando o pedestre e atividades de permanência por meio de equipamentos públicos gerando atratividade e fortalecendo a centralidade existente ao longo do eixo da Avenida.

NBR90/50/2020

A NBR9050 trata-se das normas para acessibilidade a edificação, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Todo o projeto busca atender a norma quanto a questões de acessibilidade

universal nos espaços em geral com a adoção de rampas e aberturas de portas e vãos que permitam a livre circulação de cadeiras de rodas e pessoas com mobilidade reduzida por toda a edificação.

CÓDIGO DE OBRAS

SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER DA CIDADE DE SÃO PAULO

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DA CIDADE DE SÃO PAULO

64

COMBATE A INCÊNDIO

Código de Obras e Edificações Lei nº 16.642, de 9 de maio de 2017, Decreto nº57.776, de 7 de julho de 2017

NORMAS ANVISA

RDC n° 63/2011 boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde, que devem ser seguidas por todos os estabelecimentos no Brasil, independente da sua especialização.

RDC 222/2018, trata de planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

RDC/ANVISA N.º 50/02

65

5. PROJETO

5.1 CONDICIONANTES PROJETUAIS

LOCALIZAÇÃO: Av. Águia de Haia, 2987- Jd. Soraia, São Paulo- SP ÁREA: 13 560m²

SUBPREFEITURA: Ermelino Matarazzo DISTRITO: Ponte Rasa ZONEAMENTO: ZC (Zona de Centralidade) MACROÁREA: Qualificação da Urbanização QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL: PA08- 0,20 RESTRIÇÃO DE TOMBAMENTO: Não ÁREA CONTAMINADA: Não ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL: Não

R. 05

CA MAX= 27 120m² TO= 9 492m²

AV. ÁGUIA DE HAIA

O local escolhido para a implantação do projeto está atualmente em um lote ocupado por um estacionamento e um campo de futebol, em seu entorno imediato nas mediações da Rua 05 existe uma área mais precária adentrando a comunidade da Vila União.

Na extremidade da cota de nível mais baixa do terreno, +789,00 a Rua 05 é sem saída acabando no encontro com o terreno da FATEC da Zona Leste. Já a fachada leste, com acesso pela Av. Águia de Haia, possuí a cota de nível mais alta de +798,00 e um ponto de ônibus na frente. Toda a área de terreno 13 560m².

68

Imagens autorais do Terreno. Vista Fachada Av. Águia de Haia.

Imagens autorais do terreno.

Imagens autorais do terreno.

Imagens autorais do terreno.

Imagens autorais do terreno.

5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES

As definições do programa de necessidades do projeto partem do princípio de três macro setores destinados ao público sendo Áreas de Esporte; Cultural e Lazer; Assistencial, além de áreas administrativas e de apoio descritas na tabela abaixo. Para efeitos de dimensionamento e definição de ambientes, foi considerado o estudo de caso do Projeto VIVER, do FGMF, o programa dos SESCs além da arquitetura e usos da Sede do SEBRAE e Centro Paula Souza visando melhor aproveitamento do espaço e satisfação dos usuários.

Oficinas e salas multiusos: 1,5m²/ pessoa

Convivência/Exposições/quadras e piscinas: 4m²/ pessoa

ADM/ Apoio: 7m²/ pessoa

A média de será de 1500 usuários.

74
75

5.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO

Área Construída

Fluxos _Setorização

Áreas de Convívio Externo

Espaços de permanência

76

O conceito proposto para o ediício é de ser um espaço acolhedor para o usuário que permite o envolvimento e o desenvolvimento do indivíduo consigo mesmo e com o meio coletivo gerando experiências capazes de contribuir com a formação pessoal resultando em memórias afetivas pelo espaço e seu entorno no dia a dia dos moradores locais.

Para tanto, busca-se um edífico horizontal com gabarito de altura conforme seu entorno de forma acolhedora e para a aproximação direta da comunidade da Vila União, propomos espaços ao ar livre de lazer e convivência e um edifício que além de conectar essa região a Av. Águia de Haia, convide as pessoas circularem e utilizarem o programa oferecido.

77
5.4
O PROJETO
79
80 IMPLANTAÇÃO esc 1:750 1. Placas Solares 2. Reservatório Superior 3. Cobertura translúcida 1 1 2 3
FATEC Zona Leste

36 37

FATEC Zona Leste 10.Depósito de Materiais recreativos 11.Almoxarifado 12.Concha Acústica de Eventos

+791,00 esc 1:750

1.Recepção 2.Estacionamento 3.Pátio Lúdico Coberto 4.Vestiário Público Feminino 5.Vestiário Público Masculino 6.Enfermaria 7.Exame Médico 8.Piscinas Semi Olímpica 9.Piscinas Recreativas

Público 15.Anfiteatro 16.Cabine

17.Camarim 18.Depósito De Materiais 19.Sala De Ensaio 20.Sanitário

ÁREA

TÉCNICA

21.Docas 22.Manutenção Predial 23.Recepção de Serviços 24.Controle

25.Recebimento de Serviços 26.Sala de CFTV 27.Copa de Serviços 28.Vestiário Funcionários Feminino 29.Vestiário Funcionários Masculino 30.DML 31.Almoxarifado

DEPÓSITO

DE

LIXO 32.Container Descarte 33.Manipulação e Separação 34.Compactador 35.Armazenamento de Resíduos 36. Pista de Skate 37. Playground

81
TEATRO 13.Foyer 14.Sanitário

CONVÍVIO

1.Comedoria 2.Lanchonete 3.Cozinha Experimental 4.Sala De Aula

CULTURA

5.Biblioteca 6.Exposição 7.Sanitários Público 8.Manutenção e Restauro Exposições 9.Oficinas Multiuso

10.Sala de Música 11.Sala de Danças 12.Fablab 13.Sala de Informática 14.Bicicletário 15.Recepção

ASSISTÊNCIA

16.Recepção 17.ADM. Atendimentos 18.Atendimento Jurídico 19.Consultório Psicologia 20.Consultório Psicopedagogia 21.Consultório Fisioterapia

22.Consultório Oftalmologia ODONTOLOGIA 23.Consultório Odontologia 24.Raio X 25.Lab. Prótese 26.Expurgo 27.Esterilização 28.Paramentação

82
+795,00 esc 1:750
FATEC Zona Leste

FATEC

1.Recepção

2.Brinquedoteca

3.Sanitários Públicos ADMINISTRAÇÃO

4.Staff

5.Sala de Reunião

6.Diretoria ESPORTES

7.Sala de Pilates

8.Sala de Artes Marciais 9.Academia

10.Sala Multiuso Ativ. Físicas

11.Ginásio 12.Quadras de Tênis 13.Vestiário Público Feminino

14.Vestiário Público Masculino 15.Espaço de Jogos de Mesa

83
+798,00 esc 1:750

CORTES

CORTE A esc. 1:500

CORTE B esc. 1:500

84
85

FACHADA LESTE- Vista Av. Águia de Haia escala gráfica

FATEC ZONA LESTE FACHADAS

COBERTURA COM ESTRUTURA METÁLICA E FECHAMENTO EM VIDRO INCOLOR COM PROTEÇÃO SOLAR

BRISES VERTICAIS METÁLICOS ARTICULÁVEIS COM FECHAMENTO EM EM CHAPA PERFURADA METÁLICA GALVANIZADA

ACABAMENTO EM CONCRETO ARMADO APARENTE

RUA
05

BRISES VERTICAIS METÁLICOS ARTICULÁVEIS COM FECHAMENTO EM EM CHAPA PERFURADA METÁLICA GALVANIZADA

FACHADA OESTE- Vista Rua 05 escala gráfica
RUA 05

COBERTURA COM ESTRUTURA METÁLICA E FECHAMENTO EM VIDRO INCOLOR COM PROTEÇÃO SOLAR

ACABAMENTO EM CONCRETO ARMADO APARENTE

FACHADA CEGA COM GRAFITE FATEC ZONA LESTE
90 T. 798 798,00 T. 791 791,00 5,23 1,00 PLACAS REBATEDORAS CABINE PALCO 3,40 TEMPO ÓTIMO DE REVERBERAÇÃO 100 Section 12 AMPLIAÇÃO AUDITÓRIO esc. 1100 CORTE AUDITÓRIO

DETALHES ESPECÍFICOS

BRISES FACHADA

CORTE S/escala

LAJE NERVURADA

CORTE esc. 1:25

SHEDS EM TELHA SANDUÍCHE

ILUMINAÇÃO ZENITAL

SHEDS COBERTURA QUADRA POLIESPORTIVA

CORTE S/escala

92

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARATTO, Romullo. Vencedor do Prêmio Rogelio Salmona: Projeto Viver/ FGMF. ArchDaily. 22 ago. 2014. Disponível em < https:// www. galeriadaarquitetura.com.br/projeto/fgmf-arquitetos_/edificiosede-do-projeto-viver/1206> Acesso em 03 abr. 2022

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GAJARDO, Marcela. Ivan Illich. Recife. Editora Massangana, 2010.

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114

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116

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