Moção de Estratégia Global - Nossa Voz - 25|27

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A Mensagem do Candidato

Caros amigos e companheiros da JSD,

É com profunda determinação que me candidato a presidente da JSD Distrital de Setúbal. Num distrito onde a direita nunca conquistou uma câmara municipal, o desafio é imenso, mas acredito que os jovens de Setúbal têm a energia e a visão para mudar esta realidade. A minha candidatura tem um propósito claro: transformar a JSD no distrito de Setúbal numa verdadeira juventude partidária popular, que represente e mobilize a nossa geração.

Entrei na política movido por uma profunda convicção patriótica: a de que era o meu dever lutar pelo futuro do nosso país e combater as políticas fracassadas da esquerda, que nos colocaram na cauda da Europa e levaram mais de metade da minha geração a considerar emigrar. Em 2016, juntei-me à JSD Barreiro, onde tive a honra de assumir a presidência entre 2021 e 2025, uma experiência que me marcou profundamente pelo trabalho desenvolvido e pelos laços de camaradagem construídos com todos os que me acompanharam. Em 2018, fui convidado a participar nos órgãos distritais, onde tive a oportunidade de conhecer de perto a triste realidade do distrito de Setúbal.

Num território há décadas dominado pela esquerda, a JSD no distrito de Setúbal precisa de ser mais do que uma estrutura partidária: tem de ser uma alternativa viva, que lute por um distrito mais seguro, com habitação acessível para a nossa geração e empregos qualificados que ofereçam oportunidades reais aos jovens.

Para alcançar este objetivo, trago comigo uma equipa preparada, composta por elementos de múltiplas gerações e de várias zonas do distrito. Esta equipa reúne a frescura das novas ideias à sabedoria da experiência, refletindo a diversidade e a riqueza do nosso distrito. Juntos, garantimos que a JSD seja um projeto inclusivo e representativo, com uma visão ampla e enraizada nas necessidades da nossa comunidade.

A minha visão é tornar a JSD num movimento popular e dinâmico. Quero que a distrital seja um pilar de apoio às concelhias, ajudando-as a crescer e a implementarem-se em toda a região. Vamos trabalhar para fortalecer cada estrutura local, oferecendo recursos, formação e estratégias que permitam à JSD chegar a todos os jovens do distrito, consolidando a nossa presença e influência de forma sólida e sustentável.

O caminho será exigente. A história política do Distrito de Setúbal é um adversário de peso, mas também um convite à superação. Com trabalho, resiliência e união, podemos quebrar barreiras e mostrar que o PSD tem um projeto para este distrito. Como vosso presidente, empenhar-meei para que a JSD no Distrito de Setúbal passe a ser um movimento jovem, popular e influente, capaz de conquistar a confiança dos jovens do nosso distrito.

Conto convosco para esta missão. Juntos, vamos fazer da JSD Distrital de Setúbal a juventude que este distrito merece – uma juventude dinâmica, com visão, mas acima de tudo uma JSD que espalhe a Nossa Voz por todo o distrito!

Com Entusiasmo e Determinação,

José Miguel Guerreiro

A Equipa

Para um projeto de tamanha envergadura e ambição como o que propomos, é imperativo constituir uma equipa verdadeiramente multidisciplinar e com diversidade de opinião, que represente de forma equilibrada e eficaz todas concelhias do nosso distrito. A nossa visão não passa apenas por consolidar a força da JSD no presente, mas também por garantir a sua relevância e capacidade de adaptação a um futuro político e social cada vez mais exigente e dinâmico.

Queremos ser inovadores na forma como estruturamos e dinamizamos a nossa organização. Propomos uma reformulação estratégica que confere maior autonomia e responsabilidade à Secretaria-Geral, permitindo aos 4 membros desempenhar um papel decisivo na articulação entre as diversas vertentes da JSD, desde a coordenação das atividades internas até à comunicação externa e o fortalecimento da nossa presença junto dos militantes. Acreditamos que esta mudança permitirá uma maior eficiência na gestão da nossa ação política e facilitará a implementação de novas iniciativas com impacto real na gestão interna da nossa estrutura.

Este é, de facto, um projeto orientado para unir a experiência acumulada ao longo dos anos pelos nossos militantes mais veteranos com a irreverência, energia e criatividade dos jovens que se juntam à JSD com uma vontade renovada de fazer a diferença. Combinando essas duas vertentes, pretendemos compor a melhor lista possível, constituída por indivíduos preparados, dinâmicos e com a visão necessária para abraçar os desafios do futuro. A nossa equipa será, assim, um reflexo da diversidade, do talento e da determinação dos jovens que fazem parte desta estrutura, e será capaz de levar a JSD do Distrito de Setúbal a um novo patamar de influência e eficácia política. Juntos, queremos construir uma JSD mais forte, mais unida e, sobretudo, mais preparada para responder aos desafios e oportunidades que se nos apresentam.

1º Subscritor da CPD: Miguel Nunes

Mandatário da Lista: André Costa

A Comissão Política Distrital

A Mesa da Assembleia Distrital

Gabinetes

No âmbito da nossa candidatura à Comissão Política Distrital da JSD de Setúbal, apresentamos uma proposta inovadora e ambiciosa para a reestruturação organizacional. Compreendendo a necessidade de uma gestão mais eficiente e participativa, propomos a criação de uma estrutura composta por gabinetes especializados. Sob a tutela do Secretário-Geral, os gabinetes de Apoio à Permanente, Comunicação, Financeiro e Militância assumirão papéis fundamentais na nossa estratégia. Paralelamente, o conjunto de gabinetes de Team Building e Formação, designado Desenvolvimento, ficará sob a alçada de um Secretário-Geral Adjunto, promovendo a capacitação contínua dos nossos quadros. Adicionalmente, os gabinetes Operacionais (Ensino Secundário e Ensino Superior) e Externos (Estudos e Autárquicos), também sob a tutela dos Secretários-Gerais Adjuntos, asseguram o funcionamento eficaz e a expansão das nossas iniciativas. Com esta reestruturação, pretendemos não só otimizar as nossas operações, mas também proporcionar um ambiente propício ao crescimento e à inovação.

Gabinete Comunicação

Responsável por promover a imagem da JSD Distrital de Setúbal, este gabinete atua na divulgação das nossas ações, assegurando que a nossa mensagem alcance de forma eficaz os militantes e o público-alvo. Tem como foco o desenvolvimento de estratégias de comunicação, tanto digitais quanto tradicionais, para a Comissão Política Distrital. Além disso, presta todo o apoio necessário para garantir que as concelhias disponham dos melhores recursos e ferramentas para uma comunicação eficiente.

Gabinete Militância

Encarregado de dinamizar a participação dos militantes, este gabinete visa fortalecer o espírito de união e o envolvimento ativo dos membros nas atividades da JSD Distrital de Setúbal. Promovendo eventos, debates e ações de formação, este gabinete será o impulsionador do envolvimento dos novos militantes.

Gabinete Team Building

Este gabinete é dedicado ao fortalecimento do espírito de equipa entre os membros da JSD Distrital de Setúbal. Através de atividades que promovem a colaboração e o

trabalho em equipa, este gabinete visa criar um ambiente coeso e motivador, essencial para o sucesso coletivo das nossas iniciativas.

Gabinete Formação

Focado no desenvolvimento das competências dos nossos membros, o Gabinete de Formação oferece programas de capacitação contínua, preparando os jovens para os desafios políticos e sociais. Com uma oferta diversificada de workshops, palestras e cursos, este gabinete é fundamental para a formação de futuros líderes.

Gabinete Ensino Superior

Com o objetivo de estar mais próximo dos estudantes universitários do distrito de Setúbal, o Gabinete de Ensino Superior pretende reforçar a sua presença nas instituições de ensino superior da região, nomeadamente no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-NOVA), na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS), na EGAS Moniz – Cooperativa de Ensino Superior, no Instituto Piaget de Almada e de Silves, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril – Polo de Setúbal, e na Universidade Sénior do Barreiro. Neste sentido, o Gabinete irá promover a criação dos Núcleos de Estudantes Sociais-Democratas (NESD) e estabelecer um diálogo próximo e contínuo com as Associações de Estudantes, com o intuito de compreender de forma mais direta os desafios, necessidades e aspirações dos jovens no seu percurso académico

Gabinete Ensino Secundário

Enquanto um dos gabinetes mais relevantes da futura Comissão Política Distrital, o Gabinete de Ensino Básico e Secundário assume a responsabilidade de reforçar a presença da JSD nas escolas do distrito de Setúbal, com o objetivo de atrair jovens do ensino básico e secundário a filiarem-se na JSD e, eventualmente, no PSD. É fundamental estarmos presentes nas escolas, dinamizando a imagem da JSD de forma a torná-la atrativa, interventiva e representativa para os jovens. Este esforço é complementar ao grande objetivo deste mandato: atingir os 1000 militantes no distrito. Para tal, será essencial desenvolver um trabalho de proximidade, promovendo conferências, sessões de esclarecimento e outras iniciativas que incentivem o espírito crítico, a participação cívica e o interesse dos jovens pela política.

Gabinete Autárquico

O Gabinete autárquico é responsável por estabelecer pontes entre a JSD Distrital de Setúbal e o poder local, garantindo que as nossas propostas e preocupações sejam ouvidas e consideradas nas decisões autárquicas através dos nossos jovens autarcas.

Todos temos ideias de como melhorar a nossa terra, mas é junto do poder local que conseguimos fazer a diferença, e todos os militantes devem olhar para a distrital como uma fonte de apoio. Este gabinete procura dar a qualquer autarca acesso às ferramentas que precisam para colocar no papel a sua ideia, onde e como apresentála, e como é que os diferentes órgãos locais funcionam.

A distrital procura também promover a presença de jovens nas listas a qualquer eleição e é através deste gabinete que os candidatos podem ser preparados para a campanha e o que precisam de saber até à primeira assinatura como representante local.

Por fim, o último objetivo do gabinete é encorajar a entreajuda das diferentes concelhias, alavancando o trabalho e permitindo um crescimento na maturidade política de cada autarca.

Gabinete de Estudos

O Gabinete de Estudos assume-se como um espaço estratégico de pensamento e ação, aberto a todos os jovens social-democratas que queiram contribuir ativamente para o futuro do país. Um ponto de encontro de ideias, onde cada jovem pode ter voz na construção de soluções.

Tem como objetivo desenvolver propostas fundamentadas que resultem de uma análise aprofundada da realidade do distrito, identificando não só os problemas, mas também as suas causas.

Neste mandato, vamos focar-nos em cinco áreas-chave para a juventude: habitação, segurança, mobilidade, emprego e educação sem excluir outros temas relevantes para a nossa geração.

Porquê “A Nossa Voz”?

A nossa candidatura à Comissão Política da JSD Distrital de Setúbal apresenta-se sob o nome "A Nossa Voz" porque acreditamos que a força de um distrito está na união de todas as suas concelhias. Queremos ser o reflexo das aspirações, desafios e ambições de cada estrutura local, garantindo que nenhuma voz fica por ouvir e que cada ideia tem espaço para crescer e ser concretizada.

Assegurar que as necessidades específicas de cada uma são representadas com determinação e empenho. Mais do que um nome, "A Nossa Voz" representa um propósito – o de construir uma estrutura distrital que trabalhe lado a lado com todos para alcançar o sucesso coletivo da JSD.

Com humildade, dedicação e proximidade, estaremos focados em capacitar cada concelhia, garantindo os recursos, apoio e espaço necessários para que cada uma alcance o seu máximo potencial. Trabalharemos incansavelmente pelo crescimento sustentável de todas as concelhias, reforçando a sua presença, influência e impacto.

Juntos, com voz ativa e representativa, tornaremos a JSD numa força política incontornável em todos os cantos do Distrito de Setúbal.

Os Desafios Atuais

Atualmente, os jovens portugueses enfrentam obstáculos consideráveis no mercado de trabalho e na sua realização pessoal. Dados recentes indicam que cerca de 30% dos nascidos em Portugal com idades entre 15 e 39 anos residem no estrangeiro, totalizando mais de 850 mil jovens que optaram por emigrar em busca de melhores oportunidades. Esta realidade reflete a necessidade urgente de criar condições mais atrativas no nosso país para reter o talento jovem.

Além disso, a situação salarial dos jovens em Portugal é preocupante. Em 2023, o salário médio mensal líquido de um jovem residente em Portugal aproximou-se dos 926 euros. Mais alarmante é o facto de que 75% dos jovens ganham até mil euros, o que dificulta a sua autonomia financeira e acesso a condições de vida dignas. A questão da habitação é igualmente crítica. No segundo trimestre de 2024, o preço mediano das casas em Portugal atingiu 1.736€ por metro quadrado, representando um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior. Esta escalada de preços torna a aquisição da primeira habitação um desafio quase impossível para muitos jovens.

Reconhecendo esta problemática, o governo do PSD, que tomou posse o ano passado, implementou medidas significativas para apoiar os jovens a emanciparemse. Entre estas medidas destacam-se:

● Isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo: Os jovens até aos 35 anos estão agora isentos do pagamento destes impostos na aquisição da sua primeira habitação.

● Alargamento do IRS Jovem dos 5 para 10 anos abrangendo todos os trabalhadores (por conta de outrem ou independentes) até aos 35 anos independentemente do seu grau de escolarização.

Estas iniciativas representam passos concretos na promoção da autonomia dos jovens e na facilitação do seu acesso à habitação própria. Aplaudimos o governo do PSD por estas medidas, que demonstram um compromisso real com a melhoria das condições de vida da juventude portuguesa.

A mobilidade no Distrito de Setúbal constitui outro desafio angustiante para os jovens, especialmente no que diz respeito às deslocações para Lisboa e dentro do próprio distrito. As dificuldades de acesso estão presentes em todos os meios de transporte, desde os privados aos públicos.

Por exemplo, um estudante residente na região do Montijo e Alcochete que pretenda frequentar instituições de ensino superior como a Faculdade de Ciências e Tecnologia, o Instituto Universitário Egas Moniz ou o Instituto Piaget enfrenta um percurso complexo. Este inclui a travessia de barco para Lisboa, seguida de outra travessia para Almada, e ainda a necessidade de apanhar um autocarro para alcançar o destino final. Este trajeto longo e dispendioso pode desincentivar a frequência do ensino superior e limitar as oportunidades académicas e profissionais dos jovens.

No que toca à questão da segurança, estamos profundamente preocupados com o aumento da criminalidade no distrito de Setúbal, conforme evidenciado no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) ano após ano. Exigimos uma mudança urgente nas políticas de segurança e um reforço imediato dos meios disponíveis para as forças de segurança na região.

O ano de 2025 apresenta-se como um período de desafios e oportunidades, com destaque para as eleições autárquicas. Estas eleições são cruciais para a afirmação da JSD e do PSD no distrito de Setúbal, oferecendo-nos a possibilidade de conquistar, pela primeira vez, uma câmara municipal na região. Esta vitória representará não apenas um marco histórico, mas também a oportunidade de implementar políticas que reflitam os anseios e necessidades dos jovens.

Com a candidatura "A Nossa Voz", comprometemo-nos a enfrentar os desafios da juventude no nosso distrito de forma abrangente e proativa. Sabemos que os problemas enfrentados pelos jovens de Setúbal são multifacetados e refletem a diversidade do território. Queremos atuar nos desafios ligados à educação, como a disparidade entre escolas em zonas rurais, como Canha e Pegões, onde o acesso a recursos e oportunidades é limitado, e escolas em zonas urbanas densas, como em Almada, onde os desafios incluem a superlotação e a necessidade de modernização de infraestruturas. Na área do emprego jovem, reconhecemos que a falta de oportunidades no sul do distrito, em concelhos como Santiago do Cacém e Sines, contrasta com a realidade do Barreiro, onde há uma maior concentração populacional, mas ainda subsistem dificuldades na criação de empregos qualificados que atendam às necessidades dos jovens.

A nossa missão é clara: promover a coesão territorial e social no distrito, garantindo que cada jovem tenha acesso a oportunidades de qualidade, independentemente do local onde reside. Comprometemo-nos a trabalhar em políticas que promovam a fixação de jovens no nosso distrito, incentivando investimentos que criem emprego

qualificado do norte ao sul do distrito, e a melhorar as condições de ensino e formação em todo o território. Com "A Nossa Voz", queremos transformar o distrito de Setúbal num espaço de oportunidades, inclusão e progresso para todos os jovens.

Em conclusão, a candidatura "A Nossa Voz" surge com o objetivo de ser uma verdadeira plataforma de mudança e esperança para os jovens do Distrito de Setúbal. Estamos conscientes das diversas realidades que os nossos jovens enfrentam, desde os desafios educacionais até à escassez de oportunidades de emprego. Porém, acreditamos que, com a união e determinação da nossa geração, podemos superar essas dificuldades e construir um futuro mais próspero. A nossa candidatura não é apenas um projeto político, é um compromisso de ação concreta para garantir que todos os jovens, independentemente da sua localização ou contexto social, tenham as mesmas oportunidades para alcançar o seu potencial. Com o apoio de todos, vamos garantir que a voz dos jovens do nosso distrito seja ouvida, respeitada e, acima de tudo, valorizada. Juntos, faremos a diferença!

Habitação

A habitação é um direito constitucional, no entanto é cada vez mais um bem de luxo e inacessível aos jovens. Nos últimos cinco anos, o preço por m² registou um aumento de 41,9%, passando de 1.578€ para 2.714€, o que inviabiliza o processo de emancipação e prejudica o poder de compra das famílias, sobretudo porque os preços da habitação crescem a um ritmo superior ao dos salários, implicando um encargo financeiro adicional.

Paralelamente, a última década foi marcada pela redução da construção em 700 mil unidades. Este fenómeno, aliado à limitada oferta de habitação social e aos procedimentos excessivamente morosos nos licenciamentos, frequentemente criticados pela OCDE, elevou a idade em que os jovens saem de casa para os 30 anos, um dos piores valores da União Europeia. No distrito de Setúbal, esta crise habitacional não só afeta os jovens que querem emancipar-se, mas também quem estuda ou trabalha no distrito, afetando a sua qualidade de vida da população e comprometendo o desenvolvimento socioeconómico da região. Para tal, importa implementar um conjunto de medidas para colmatar esta situação, tais como:

1. Potenciar a construção em altura

A revisão dos instrumentos de gestão territorial, nomeadamente o Plano Diretor Municipal, permitirá um melhor aproveitamento do solo urbano, incentivando a construção em altura e aumentando a oferta habitacional nas áreas mais densificadas. Esta abordagem impulsiona uma resposta mais eficaz à crescente procura de habitação e garantindo um desenvolvimento sustentável do território.

2. Criação de uma reserva estratégica de habitação social

É essencial disponibilizar terrenos públicos e edificados, tanto do Estado central como das autarquias, para a construção de habitação social para combater a crise habitacional. Paralelamente, é necessário reaproveitar edifícios devolutos e imóveis públicos subutilizados, reintegrando-os no mercado de arrendamento acessível. Deve ainda ser definida uma reserva estratégica de habitação social a determinados grupos como os jovens, famílias da classe média e cidadãos em situação de vulnerabilidade, como as vítimas de violência doméstica, garantindo que todos os grupos sociais têm uma resposta adequada às suas necessidades.

3. Habitação para professores, policias e profissionais de saúde

A fixação de profissionais fundamentais para a comunidade, como professores, forças de segurança e profissionais de saúde, deve ser uma prioridade. Para isso, propõe-se a criação de comparticipação ao arrendamento para estes profissionais, permitindo atrair novos efetivos e aumentar o rendimento disponível destes setores.

4. Criação da Carta Municipal de Habitação

A habitação deve ser pensada de forma estratégica, colaborativa e com visão de longo prazo. Assim, torna-se essencial a elaboração da Carta Municipal da Habitação, um instrumento que promove a cocriação de políticas públicas que envolve cidadãos, autarquias e especialistas para a definição de prioridades, de medidas e a alocação de recursos às reais necessidades da população.

5. Promoção das cooperativas de habitação

O incentivo à criação e ao financiamento de cooperativas habitacionais pode desempenhar um papel fundamental na dinamização do mercado de habitação acessível. Estas iniciativas podem ser articuladas com as empresas do distrito como

forma de potenciar a captação e retenção de capital humano especializado e prioritário para as necessidades laborais da região.

6. Redução dos tempos de resposta administrativa

A burocracia excessiva continua a ser um dos entraves à construção e reabilitação de imóveis. É necessário reformular os procedimentos administrativos para acelerar os processos de licenciamento, garantindo respostas mais eficientes. Adicionalmente, é necessária a criação de uma plataforma integrada que monitorize os tempos médios de resposta para garantir a celeridade dos processos, bem como a medição da eficácia e qualidade das decisões tomadas.

Será relevante analisar a criação de uma Via Verde para o Licenciamento através do aceleramento dos processos administrativos e da adoção do termo de responsabilidade.

7. Dinamizar a reconversão e reabilitação urbana

A recuperação de imóveis de particulares para habitação deverá ser incentivada através da criação do Fundo REVOLVER (REabilitação para VOLtar a viVER). Este financiamento deverá impulsionar as barreiras de financiamento à reconversão e reabilitação de edifícios para o aumento de habitação a custos controlados, promovendo uma maior oferta no mercado de arrendamento acessível.

8. Apoio ao arrendamento jovem e à aquisição de habitação

O acesso à habitação por parte dos jovens deve ser facilitado através da comparticipação financeira ao arrendamento, permitindo a candidatura de todos os agregados com despesas de renda superiores a 30% do rendimento mensal disponível. Adicionalmente, os municípios devem alargar a isenção do IMI para todos os jovens que adquiram casa pela primeira vez.

9. Demolição de construções ilegais e reforço da fiscalização

A existência de construções ilegais compromete a qualidade do ordenamento urbano e representa um risco para a segurança e bem-estar das populações. Torna-se essencial reforçar a fiscalização para evitar novas construções clandestinas, bem como implementar programas de realojamento que permitam erradicar as barracas, de forma digna e estruturada.

10. Expansão da oferta de residências universitárias

A escassez de alojamento para estudantes deve ser combatida com a construção de novas residências universitárias, garantindo condições acessíveis e de qualidade para quem estuda no distrito.

11. Acesso aos fundos europeus por parte das Juntas de Freguesia

As Juntas de Freguesia enquanto entidades próximas da população e mais sensíveis aos problemas locais devem ter a possibilidade de aceder aos fundos europeus relacionados aos setores da habitação e alojamento estudantil. A entrada deste player local é uma forma de aumentar a concorrência por melhores respostas à crise habitacional, bem como uma maneira de impulsionar a execução das verbas e concluir objetivos estabelecidos com a União Europeia.

12. Alargar o IMI Familiar

Atualmente, os descontos referentes ao IMI Familiar são fixos e limitados ao número de filhos. No entanto, este modelo pode ser melhorado, tornando-o mais justo e eficaz, através da substituição dos valores fixos por intervalos ajustados ao valor do IMI pago e ao rendimento familiar.

Segurança

O distrito de Setúbal tem enfrentado um aumento alarmante de insegurança, comprometendo a qualidade de vida dos jovens e levando milhares a hesitar antes de escolherem este território para iniciar a sua vida adulta e construir as suas famílias.

Enquanto JSD Distrital de Setúbal, defenderemos uma abordagem pragmática e firme para restaurar a ordem e a confiança da população e dos jovens, promovendo políticas que conciliem liberdade individual com segurança coletiva. Acreditamos que o Estado, através do governo central e das câmaras municipais, deve assumir plenamente o seu papel de garante da segurança e da proteção dos cidadãos no distrito.

1. Reforço significativo dos meios policiais

Propomos o aumento substancial do número de agentes policiais no distrito de Setúbal, garantindo que estejam equipados e bem preparados. Mais polícias nas ruas

constituem a base para uma resposta eficaz à criminalidade, promovendo a segurança e a ordem pública em todo o território.

2. Expansão da videovigilância em locais estratégicos

Defendemos a modernização tecnológica das forças de segurança com a instalação de sistemas de videovigilância em centros urbanos e áreas de maior incidência criminal. Estes sistemas dissuadem potenciais infratores e fornecem provas essenciais para a justiça, protegendo os cidadãos e apoiando a punição dos culpados.

3. Adoção generalizada de bodycams pelas forças de segurança

Propomos a adoção generalizada de bodycams pelos elementos policiais, uma medida já comprovada internacionalmente. Este equipamento assegura maior transparência nas interações entre polícias e cidadãos.

4. Policiamento regular em zonas críticas

É prioritário o policiamento regular em áreas problemáticas, como bairros sensíveis ou zonas isoladas. Sugerimos a criação de equipas dedicadas, com horários reforçados e presença visível, para prevenir a criminalidade antes que ela ocorra.

5. Investimento na iluminação pública

Propomos um investimento sério na melhoria da iluminação em ruas e espaços públicos. Áreas escuras são vulneráveis ao crime, enquanto uma iluminação adequada simboliza uma comunidade segura e viva.

6. Política de imigração humanista, seletiva e controlada

Lutaremos por uma abordagem equilibrada à imigração, promovendo uma política humanista, seletiva e controlada. Defendemos que o combate à imigração ilegal deve ser prioritário, tanto por razões de segurançacomo para prevenir a exploração laboral dos imigrantes e desmantelar as redes de tráfico humano, garantindo uma sociedade mais segura e justa.

A nossa visão assenta num compromisso claro: mais segurança sem comprometer as liberdades individuais. As medidas propostas – reforço policial, videovigilância, bodycams, policiamento direcionado e iluminação – são passos concretos para devolver ao distrito de Setúbal a tranquilidade que os seus habitantes merecem. É

tempo de agir, com determinação e visão, para construir um distrito mais seguro e próspero para as gerações atuais e futuras.

Mobilidade

O distrito de Setúbal continua a enfrentar sérios desafios ao nível da mobilidade, limitando o acesso ao emprego, à educação e à cultura, e comprometendo o desenvolvimento sustentável a nível económico, social e ambiental. A falta de transportes públicos eficazes, a ausência de ligações rápidas e fiáveis entre concelhos, e a desarticulação entre diferentes meios de transporte penalizam diariamente milhares de jovens e famílias.

Enquanto JSD Distrital de Setúbal, defenderemos uma estratégia integrada e ambiciosa para garantir que a mobilidade no distrito seja um verdadeiro motor de progresso e coesão social. Acreditamos que o Estado, através do governo central e das câmaras municipais, deve assumir plenamente a responsabilidade de investir em infraestruturas modernas, promover a intermodalidade e garantir um sistema de transportes públicos acessível, sustentável e eficiente para todos.

1. Aposta nos Transportes Públicos Flexíveis

Nas zonas de menor densidade populacional do distrito, como Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém, a escassez de transporte público compromete o acesso a serviços essenciais e aprofunda desigualdades. Propõe-se a implementação e o reforço de Transportes Públicos Flexíveis um modelo que funciona por marcação prévia, sem rotas ou horários fixos, adaptando-se às necessidades reais dos utilizadores. Este tipo de serviço, já adotado em vários municípios portugueses, têm registado boa aceitação pela população e revela-se uma solução eficaz em territórios dispersos. A medida deverá ser alargada a outras zonas do distrito com características semelhantes, acompanhada de campanhas de divulgação e de um diagnóstico local das necessidades.

2. Reforço da Capacidade Ferroviária na linha Roma-Areeiro – Setúbal

O número de passageiros que diariamente atravessa o Tejo em direção a Lisboa através da linha ferroviária Roma-Areeiro – Setúbal tem vindo a crescer de forma contínua. Atualmente, os comboios circulam frequentemente sobrelotados, e são

cada vez mais frequentes os relatos de passageiros que ficam apeados nas estações por falta de espaço, ou que realizam viagens de mais de 40 minutos em pé, em condições desconfortáveis, o que por vezes culmina em pessoas a sentirem-se mal. Além disso, a pressão crescente sobre o serviço ferroviário não apresenta sinais de estabilização. Assim, propõe-se a aquisição urgente de novas composições ferroviárias, reforçando a capacidade da linha operada pela Fertagus, de forma a garantir uma mobilidade segura e humanamente digna. Esta medida deve ser articulada com a Administração Central e integrada num plano estratégico de investimento que responda às necessidades reais da população da região.

3. Concessão do Transporte Marítimo no rio Tejo

Nos últimos anos, o monopólio da Transtejo/Soflusa tem condicionado os movimentos pendulares de milhares de moradores do distrito. São variados os desafios enfrentados pelos passageiros, desde avarias frequentes nas embarcações, supressões, atrasos e falta de alternativas viáveis para a mobilidade entre as margens do Tejo. Esta situação tem provocado um impacto negativo na qualidade de vida dos utentes, afetando a sua rotina profissional, académica e pessoal.

A concessão do transporte marítimo a outros operadores poderá trazer diversos benefícios, nomeadamente a melhoria dos padrões de serviço e uma maior eficiência operacional. Esta medida reduzirá a dependência dos utentes de um único prestador e assegurará uma maior qualidade nos transportes públicos para os residentes do distrito.

4. Acelerar a construção do Metro Transportes do Sul

A expansão do Metro Transportes do Sul (MTS) até Alcochete representa um passo fundamental para melhorar a mobilidade na região da Margem Sul, para a promoção do tecido empresarial e fomentar o descongestionamento das vias rodoviárias.

Esta infraestrutura é fundamental para reduzir os principais obstáculos na mobilidade que está circunscrita dentro da península de Setúbal, permitindo a integração de áreas industriais, habitacionais, de comércio e dos polos universitários

5. Fomentar a intermodalidade de transportes

Fomentar a utilização de transportes públicos e de modos suaves de transportes através de uma rede integrada de transportes públicos com rotas interconectadas de

diferentes modos de transportes, na qual todos os veículos devem estar capacitados para transportar bicicletas e trotinetes elétricas.

6. Criação de hábitos de mobilidade leve e ativa

A mobilidade leve é essencial para reduzir emissões, melhorar a qualidade do ar e diminuir o tráfego urbano. Apesar de já existirem ciclovias em várias zonas do país, estas continuam maioritariamente subutilizadas, refletindo a ausência de uma verdadeira cultura de utilização da bicicleta como meio de transporte. O distrito de Setúbal não é exceção, com várias infraestruturas subaproveitadas. Assim, é necessário investir em projetos que promovam hábitos desde cedo e incentivem a população a adotar a bicicleta no dia-a-dia. Devem, por isso, ser promovidos programas como o CicloExpresso, que organiza deslocações de bicicleta em grupo para a escola, criando rotinas de mobilidade ativa nas crianças e que já existe no concelho de Palmela. Desta forma, defendemos a implementação de iniciativas semelhantes no distrito de Setúbal, em articulação com escolas, autarquias e comunidade local, promovendo uma cultura de mobilidade mais sustentável e acessível.

7. Construção de variante à Estrada Nacional 252

A Estrada Nacional 252 (EN252), que liga o Montijo a Setúbal, é uma via estruturante do distrito de Setúbal, mas atualmente atravessa áreas urbanas densas, como o centro do Pinhal Novo, criando graves constrangimentos à mobilidade, à segurança rodoviária e à qualidade de vida das populações. A ausência de alternativas viárias leva à sobrecarga desta estrada, com impactos negativos ao nível do ruído, da poluição e da fluidez do tráfego, dificultando também o acesso a zonas industriais e outras infraestruturas estratégicas. A construção de uma variante àEN252 é, por isso, uma necessidade há muito identificada e consensual entre autarquias, cidadãos e agentes económicos. Desta forma, defendemos a concretização desta infraestrutura, instando a prioridade do investimento nesta infraestrutura.

Emprego

O emprego, e em particular o emprego jovem, deve ser uma prioridade estratégica para o distrito de Setúbal e para o país. Uma sociedade que não garante oportunidades para os seus jovens compromete o seu desenvolvimento, esvazia o seu potencial e perde capital humano essencial. Atualmente, e tal como referido anteriormente, 30% dos jovens nascidos em Portugal entre os 15 e os 39 anos

encontram-se fora do país. Portugal é o país da União Europeia com a maior taxa de emigração e continua a registar uma preocupante taxa de desemprego jovem de 20,4%, muito acima da taxa de 5,5% para maiores de 25 anos uma tendência que se mantém há anos sem resposta eficaz. A Península de Setúbal lidera, negativamente, com a maior taxa de desemprego do país.

Setúbal é um distrito marcado por um claro contraste entre áreas urbanas e rurais, o que exige uma abordagem política diferenciada e ajustada às especificidades de cada território. Apesar dos desafios, o potencial de desenvolvimento do distrito é imenso. A sua localização estratégica, a proximidade a Lisboa, dois portos com dimensão internacional, uma base industrial relevante, a riqueza natural, a capacidade agrícola e uma extensa frente costeira com elevado potencial para a economia azul, conferem ao Distrito de Setúbal vantagens competitivas únicas. Para que estas sejam plenamente aproveitadas, é igualmente essencial estar atento a novas tendências globais, como a transição digital e escassez de mão-de-obra em certos setores.

É fundamental que estas oportunidades sejam aproveitadas com visão e estratégia. Só através da valorização dos recursos locais, da aposta na inovação e na diferenciação produtiva poderemos gerar mais e melhores empregos, atrair talento qualificado e garantir salários dignos. Desenvolver a empregabilidade é criar futuro para o Distrito de Setúbal, para os seus jovens e para Portugal.

É urgente transformar estas vantagens competitivas em oportunidades concretas com visão e estratégia. Desta forma, é crucial valorizar as nossas vantagens competitivas através da diferenciação de produtos e serviços, para que seja possível produzir produtos com maior valor acrescentado e assim criar mais emprego, atrair e fixar talento, garantir salários mais elevados e assegurar condições de trabalho dignas. Posto isto, importa adotar um conjunto de medidas como as que de seguida se destacam:

1. Aposta na requalificação de profissionais

A falta de profissionais em áreas técnicas como canalização, eletricidade ou manutenção industrial afeta setores chave da economia. É fundamental desenvolver estudos que permitam perceber as necessidades do Distrito e apostar na criação de mais cursos de requalificação profissional, alinhados com as necessidades do território, envolvendo para isso atores locais e entidades como o IEFP.

2. Capacitação na era digital

A transição digital e o avanço da inteligência artificial estão a transformar profundamente o mercado de trabalho, afetando várias profissões e exigindo novas competências. Torna-se essencial criar programas de requalificação para profissionais em risco de obsolescência, permitindo-lhes adaptar-se às novas exigências tecnológicas e tirar partido das oportunidades emergentes, evitando situações de desemprego e exclusão laboral. Estes programas devem ser definidos em articulação com o IEFP, empresas e atores locais, garantindo uma resposta eficaz e ajustada ao território.

3. Formações de português para imigrantes

A imigração tem sido essencial para o funcionamento de setores chave da economia como a agricultura, a pesca e o turismo, garantindo mão-de-obra em contextos de escassez. Contudo, a barreira linguística continua a dificultar a integração plena destas comunidades. Torna-se assim fundamental reforçar os cursos de português para imigrantes e apostar no uso de novas tecnologias como ferramentas de apoio à aprendizagem, promovendo a inclusão social e profissional de forma eficaz.

4. Criação de parques empresariais

O distrito de Setúbal beneficia da presença de instituições de ensino superior e da proximidade a Lisboa, o principal centro económico do país. A criação de parques empresariais que articulem com as universidades e tirem partido das boas acessibilidades e da menor pressão demográfica representa uma oportunidade para atrair investimento, fixar talento jovem e impulsionar a inovação. Estes espaços devem ser pensados como pólos de desenvolvimento regional, integrando conhecimento, tecnologia e emprego qualificado.

5. Integração no mercado de trabalho

A realização de estágios curriculares facilita a transição dos jovens para o mercado de trabalho, permitindo-lhes adquirir experiência e explorar diferentes áreas profissionais. As autarquias devem assumir um papel ativo na oferta destes estágios, integrando-os na Bolsa de Emprego Público. Paralelamente, o IEFP deve também criar pontes com as empresas para que possa divulgar oportunidades de estágios curriculares em empresas, reforçando a ligação entre o sistema de ensino e o tecido económico local.

6. Reforço do cluster da economia azul

O desenvolvimento da economia azul representa uma oportunidade estratégica para o Distrito de Setúbal, dada a sua extensa frente marítima, o estuário do Sado e a riqueza das suas áreas naturais protegidas. Propõe-se o reforço do ecossistema de inovação já existente no distrito, através da criação de uma incubadora dedicada a startups nas áreas da biotecnologiamarinha, cosmética, alimentação“azul”e robótica subaquática. Este espaço deverá articular-se com estruturas como o Madan Parque, o Sines Tecnopolo e as universidades do Distrito (como a FCT NOVA e o IPS), promovendo estágios, bolsas de investigação aplicada e apoio a jovens empreendedores. O objetivo é consolidar o Distrito Setúbal como polo de inovação azul, gerador de emprego qualificado e desenvolvimento sustentável.

7. Criação de Incubadora Agrícola

A agricultura enfrenta um claro bloqueio geracional no distrito de Setúbal, com a idade média dos produtores a rondar os 54 (dirigentes das sociedades agrícolas) e 65 anos (produtores singulares). Apesar da proximidade a Lisboa e da existência de solos férteis, os jovens continuam a encontrar obstáculos no acesso à terra, formação e canais de escoamento de produtos. Propõe-se a criação de uma incubadora agrícola para jovens dos 18 aos 45 anos, com terrenos, apoio técnico e formação prática, promovendo projetos sustentáveis ligados ao mercado urbano e revitalizando o setor agrícola local.

Educação

A Educação no Distrito de Setúbal tem se deteriorado ao longo dos consecutivos executivos socialistas e comunistas, as extensas promessas de melhores condições foram se tornando utopias e a esperança dos nossos jovens na evolução do nosso distrito menor.

Queremos renovar as escolas, queremos mais associativismo, queremos mais ensino superior e jovens felizes, pois só assim garantimos a fixação dos mesmos e assim um dinamismo econômico que prometa a realização do sonho que a JSD idealiza.

1. Programa SOS Escola

Criação de um programa especial para requalificação de escolas básicas e secundárias, que inclua em primeira fase suprir necessidades básicas ao nível das infraestruturas, com isto referimo-nos à requalificação de campos e pavilhões desportivos, casas de banho, isolamento de salas e espaço geral, de norte a sul do país. A prioridade serão as escolas que não serão contempladas como as próximas a serem abrangidas pelos fundos do PRR.

A nosso ver tem sido criada uma disparidade nas condições das escolas a nível nacional, projetos milionários em certas escolas contrastam com a precariedade de outras. Não é isso que é um ensino igualitário. As escolas não precisam de projetos megalómanos, precisam de garantir condições dignas e funcionalidade aos alunos, é isso que pretendemos com a maior rapidez possível.

2. Literacia Financeira

Criação de uma disciplina que permita a criação de noções básicas e práticas sobre economia, contabilidade pessoal e empresarial, e investimentos pessoais. O principal objetivo é capacitar os alunos de autonomia financeira e económica, sendo capazes de entender a importância e como investir o seu dinheiro, ter uma noção de contas pessoas e impostos a pagar, erradicando mitos há muito enraizados na nossa sociedade. A nosso ver seria extremamente importante a implementação de tal medida com a maior brevidade possível.

Consideramos que esta deveria ser uma disciplina autónoma uma vez que significa desenvolver nos alunos uma autonomia e cultura prática muito pertinente para o mundo atual, indo assim mais longe do que a integração desta temática na disciplina de cidadania.

3.

Associações de Estudantes

3.1 Aumentar os Recursos das Associações de Estudantes

Aumentar a subvenção que o estado dirige às associações de estudantes no ensino secundário do atual 1,1 euros por aluno para o dobro, 2,2 euros, por cada aluno da escola, permitindo assim aumentar o número de recursos à disposição dos estudantes para dinamizar e transformar a sua escola.

3.2 Garantir um espaço físico de trabalho associações de estudantes

O ministério da educação deverá garantir, em conjunto com as direções das escolas, um espaço de trabalho digno e relativamente central, para o desempenho das funções das associações de estudantes

3.3 Apoio na Legalização da atividade das Associações de Estudantes

Criação de um grupo de trabalho que garanta que até 2027 todas as associações de estudantes se encontram legalizadas e que tenham atividade aberta nas finanças, contudo propomos que as associações não tenham que acarretar quaisquer custos de registo.

4. Digitalização das salas de aula.

Inclusão de computadores portáteis/tablets como ferramentas de trabalho e promoção do uso consciente de ferramentas digitais, como inteligência artificial (IA), incentivando o espírito crítico e a distinção de fake news

5. Teto máximo nas propinas em universidades públicas

Criação de um teto máximo nas propinas de mestrados em universidade públicas, uma vez que todos os estudantes devem ter acesso ao ensino superior público

6. Investimento em Alojamento Estudantil

Para que o distrito de Setúbal se desenvolva necessita de jovens que tenham condições para estudar nos seus estabelecimentos de ensino superior, sendo o alojamento um fator indispensável para o garantirmos. Assim sendo, consideramos que é necessária a criação de mais alojamento estudantil público, com a criação de residências para o efeito. Contudo propomos ainda, como alternativa ou complemento desta proposta, a criação de um fundo público que conceda empréstimos a estes estudantes com um teto máximo estipulado.

O Futuro do Nosso Distrito

Para nós, o ponto nuclear da nossa candidatura reside na revitalização da militância, que consideramos ser a verdadeira força propulsora de qualquer movimento político dinâmico. Infelizmente, o panorama atual do nosso distrito é profundamente preocupante, refletindo uma crise de adesão e renovação que afeta a nossa organização a nível local e nacional. A realidade é que, atualmente, assistimos a uma perda contínua de militantes, superando o número de novos militantes, o que coloca em risco a vitalidade e a continuidade da nossa estrutura. O défice de militância nas nossas concelhias, amplificado pela falta de mecanismos eficazes para captar e reter novos membros, é sintomático de um problema mais amplo: a fragilidade da nossa presença e implantação no distrito.

Este cenário é, em grande parte, o reflexo da distorcida relação que os jovens em particular, e a sociedade em geral, têm com a política. O desinteresse generalizado dos jovens pelas questões políticas, aliado à crescente desconexão entre as novas gerações e os partidos tradicionais, têm gerado uma apatia que prejudica a construção de uma militância forte e coesa. Não obstante, como uma distrital de pequena dimensão, temos de reconhecer as limitações logísticas, financeiras e, até, profissionais, que dificultam a nossa capacidade de competir com a presença massiva de outros partidos, que se beneficiam de recursos avultados e de uma estratégia digital amplamente desenvolvida.

No entanto, longe de aceitarmos esta realidade como inevitável, acreditamos que a nossa estrutura deve, de forma urgente e estratégica, inverter este paradigma. A sobrevivência da nossa organização e o fortalecimento da nossa visibilidade a nível nacional dependem da nossa capacidade de adaptação, inovação e, sobretudo, de ação concreta. É imperativo que estabeleçamos objetivos claros e ousados no que diz respeito à angariação e mobilização de novos militantes, criando uma dinâmica em que cada concelhia seja desafiada a atingir metas específicas, que nos permitam preencher as suas fileiras e torná-las mais representativas e ativas.

Sabemos que esta proposta é, sem dúvida, ambiciosa e exige um esforço contínuo e significativo. No entanto, o nosso propósito é claro: mobilizar todas as concelhias, proporcionando-lhes o apoio e os recursos necessários para enfrentar este desafio, através de uma estratégia de proximidade que envolva as bases e fortaleça a nossa presença local. Com o compromisso de todos, e uma estratégia política sólida, estamos convencidos de que podemos resgatar a força da nossa militância, renovar

as nossas estruturas e garantir uma nova dinâmica que possa posicionar-nos, com mais força, como uma distrital relevante no contexto nacional.

Para alcançar o objetivo de revitalizar e expandir a nossa militância, propomos um modelo baseado em dados concretos e na definição de metas realistas e atingíveis, mas que também sejam desafiadoras e motivadoras para as nossas concelhias. Tendo em conta as informações disponíveis sobre a população jovem no nosso distrito, identificámos o número de jovens residentes no Distrito de Setúbal, na faixa etária dos 14 aos 30 anos, que constitui o principal foco da nossa ação política.

A percentagem média de jovens (14 a 30 anos) em Portugal é geralmente estimada entre 18% e 20% da população total, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e de organizações internacionais, como a Eurostat. Este número, que varia de concelho para concelho, foi multiplicado por 0,01, ou seja 1%, com o intuito de definir uma meta proporcional ao tamanho de cada concelho.

A escolha deste fator de multiplicação procura estabelecer uma meta que seja realista e exequível, mas que também reflita a ambição de aumentar

significativamente o número de militantes em cada concelho, respeitando a dimensão de cada um. Esta fórmula visa equilibrar as exigências da nossa estratégia de crescimento com as capacidades operacionais e o potencial de cada concelhia, tendo em conta as diferentes realidades demográficas.

Para que a Juventude Social Democrata consiga concretizar um aumento exponencial no número de militantes e consolidar-se como uma força incontornável no panorama político do distrito, será absolutamente imperativo implementar uma estratégia audaz e profundamente transformadora, que ultrapasse a mera adesão de novos membros. A nossa organização precisa, urgentemente, de um processo de reestruturação e reconfiguração que não apenas fomenta o aumento do número de militantes, mas também promova uma integração inclusiva e participativa, de modo a assegurar que a JSD se torne uma plataforma dinâmica e, acima de tudo, representativa das reais aspirações e necessidades da juventude portuguesa. Este movimento de renovação, tanto a nível distrital quanto concelhio, deverá ter como objetivo a criação de uma rede sólida, bem estruturada e, fundamentalmente, capaz de promover a mobilização de jovens comprometidos, conscientes e politicamente ativos. Cada militante, em cada concelhia, deve sentir-se, não apenas como parte de uma organização maior, mas como elemento indispensável e ativo no processo de tomada de decisão, na construção de um futuro que representa as expectativas da Juventude Social Democrata.

Sem uma transformação profunda da JSD a nível local e distrital, sem um processo contínuo e coerente de reestruturação de estratégia, corremos o risco de ver a nossa organização perder a sua capacidade de intervenção política efetiva e de se tornar irrelevante para as novas gerações de jovens.

Não podemos subestimar a relevância da JSD Distrital de Setúbal no processo de consolidação e crescimento da nossa organização, e a sua continuidade depende diretamente da revitalização das concelhias. É absolutamente essencial que se adote uma abordagem estratégica e inovadora que promova o crescimento destas estruturas. Cada concelhia, com a sua particularidade, a sua estrutura e os seus desafios, representa uma célula vital dentro da JSD, sendo o ponto de partida para a construção de um projeto político sólido, robusto e de largo espectro, que possa representar, de forma genuína e eficaz, às preocupações e anseios da juventude portuguesa. A JSD, enquanto organização política, não se pode dar ao luxo de negligenciar o trabalho a nível local. Sem uma base sólida em cada concelho, não seremos capazes de exercer uma verdadeira representação da juventude e de

garantir que as nossas políticas e propostas correspondam efetivamente às necessidades no terreno.

Para que a JSD se mantenha viva, dinâmica e com capacidade de atrair e reter novos militantes, será necessário um reposicionamento estratégico da organização a todos os níveis. A revitalização das concelhias não é apenas uma prioridade, mas uma exigência para a sobrevivência política da JSD no contexto do século XXI. Precisamos de uma abordagem renovada e arrojada que reforce a importância de cada militante e de cada concelhia, estimulando o seu envolvimento e participação ativa, não apenas durante os períodos eleitorais, mas também no processo de construção do dia a dia da nossa organização. A nossa capacidade de atrair jovens para a JSD não se baseia apenas em promessas eleitorais ou em campanhas de curto-prazo, mas na criação de um ambiente de participação política real e tangível, que permita aos militantes influenciar e moldar as decisões que afetam as suas vidas.

Neste contexto, a nossa ambição é imensa. Acreditamos que temos uma oportunidade única de transformar a organização numa força verdadeiramente relevante, com uma presença marcante em todos os concelhos do Distrito de Setúbal, de modo a criar um movimento político vibrante e inovador, que represente os interesses da juventude de uma forma abrangente, inclusiva e eficaz. Para tal, será necessário trabalho árduo, uma dedicação sem limites e um compromisso inabalável com os valores da liberdade, da solidariedade e do patriotismo. Estamos determinados a garantir que a JSD continue a ser uma força política fundamental na vida dos jovens do Distrito de Setúbal e do país, com a capacidade de influenciar, inspirar e mobilizar as novas gerações de portugueses para um futuro mais justo, mais igualitário e mais próspero.

Medidas Estratégicas

Apoio Permanente Junto das Concelhias

Propomos uma estratégia robusta e estruturada para assegurar um apoio constante e eficaz às comissões políticas concelhias (CPC) no nosso distrito. Para tal, defendemos a atribuição de papéis claramente delineados aos vice-presidentes, delegando-lhes a responsabilidade de acompanhar o trabalho nos 13 concelhos do distrito. Esta divisão estratégica de responsabilidades visa garantir uma articulação eficiente, tanto no suporte às CPC já existentes, como na promoção da criação de comissões instaladoras em concelhos onde ainda não estejam estabelecidas estruturas políticas eleitas.

Com esta abordagem, pretendemos não apenas assegurar a presença ativa e constante junto das CPC, mas também fomentar uma proximidade operacional que permita identificar desafios e implementar soluções em tempo útil. O nosso objetivo estratégico vai além da mera assistência administrativa: é uma visão de expansão e consolidação política que procura alcançar a marca dos 1500 militantes no distrito, um passo essencial para fortalecer a nossa representatividade e influência local.

Este compromisso exige não apenas uma disponibilidade permanente, mas também uma atuação incisiva e articulada que contribua para o fortalecimento da base militante e para a dinamização da nossa estrutura política, de forma a responder eficazmente às necessidades dos militantes e às exigências políticas do território.

Como Vamos Passar a Mensagem

Propomos a introdução de um mecanismo inovador e estruturante para a melhoria da comunicação e dinamização da JSD Distrital de Setúbal, através da inclusão inerente dos Presidentes das Comissões Políticas de Concelhia nos grupos de comunicação e tomada de decisão oficiais da Distrital. Esta medida estratégica visa reforçar a articulação interna, fomentar a partilha de informações e assegurar que todas as decisões e atividades da estrutura distrital sejam do conhecimento direto e imediato das lideranças das concelhias.

Acreditamos que a inclusão sistemática dos Presidentes de Concelhia nestes espaços promoverá uma maior coesão territorial e funcional, garantindo que cada concelhia tenha acesso privilegiado a todas as informações relevantes para a ação política no distrito. Este fluxo de informação bidirecional permitirá que os Presidentes de

Concelhia não apenas recebam informações da Distrital, mas também contribuam ativamente com sugestões, partilhem boas práticas e relatem as especificidades e necessidades dos seus territórios.

Adicionalmente, esta proposta assume um caráter profundamente inclusivo e democrático, ao permitir que as lideranças locais estejam mais próximas do processo de decisão e do planeamento estratégico da Distrital. No entanto, em respeito ao princípio de separação de competências e para assegurar o equilíbrio interno da estrutura, o direito de voto destes representantes será reservado apenas às reuniões alargadas da Distrital, onde a presença de todas as partes interessadas é fundamental para decisões de maior amplitude. Nas restantes dinâmicas de comunicação e nas deliberações ordinárias da Comissão Política Distrital, a sua participação será de caráter consultivo, reforçando o papel de interlocutores privilegiados sem comprometer as prerrogativas estatutárias da Distrital.

Este modelo permitirá, ainda, a criação de uma dinâmica mais integrada e representativa, onde os Presidentes de Concelhia poderão, de forma direta e imediata, fazer chegar aos seus militantes todas as informações, eventos e decisões abordadas na Distrital. Tal prática não só reduzirá barreiras comunicativas como aumentará o envolvimento e o sentimento de pertença dos militantes, contribuindo para uma maior adesão e participação nas atividades da JSD a nível distrital.

Ao implementar esta medida, estamos a reafirmar o nosso compromisso com uma liderança distrital moderna, transparente e inclusiva, que reconhece o valor estratégico das concelhias na mobilização de militantes e na representação local. A articulação direta entre a Distrital e as estruturas concelhias será, sem dúvida, um pilar essencial para a consolidação de uma JSD mais forte, mais conectada e mais preparada para responder aos desafios políticos do presente e do futuro.

Reestruturação

da “marca” JSD no Distrito de Setúbal

No contexto contemporâneo marcado pela crescente digitalização e pela transformação acelerada das dinâmicas de comunicação, consideramos que a Juventude Social Democrata deve ocupar um papel de vanguarda no espaço digital, posicionando-se como uma organização que entende e se adapta às exigências de um mundo cada vez mais interligado. É imperativo que a JSD reforce a sua presença nas redes sociais, reconhecendo-as não apenas como ferramentas de comunicação,

mas como verdadeiros pilares estratégicos para a disseminação de ideias, mobilização de jovens e promoção de valores políticos junto das novas gerações.

A nossa visão para o futuro passa por tornar a JSD na juventude partidária mais inovadora, dinâmica e relevante do distrito, investindo numa abordagem moderna, criativa e impactante no universo digital. Este objetivo só será alcançado se compreendermos que a forma como comunicamos desempenha um papel central no modo como somos percecionados pelos jovens e pela sociedade em geral. Mais do que transmitir mensagens, queremos criar narrativas, envolver os jovens em debates e construir uma identidade digital que inspire confiança, pertença e participação ativa.

Estamos cientes de que, historicamente, a política tem enfrentado uma desconexão crescente com as novas gerações, muitas vezes percecionada como distante, obsoleta e desajustada às suas preocupações e realidades. A nossa missão é romper com este paradigma, transformando a comunicação política numa ferramenta de atração e envolvimento. Para tal, propomos uma revolução comunicacional que utilize as redes sociais não apenas como canais de divulgação, mas como plataformas de interação, escuta ativa e co-criação de soluções políticas.

Defendemos a criação de conteúdos visualmente apelativos e estrategicamente desenhados para captar a atenção do público jovem, utilizando uma linguagem adaptada, mas que nunca comprometa a profundidade ou a seriedade das mensagens. Queremos destacar os valores da JSD enquanto organização que luta por um futuro melhor, dialogando sobre temas que verdadeiramente importam para a juventude, como o acesso à habitação, educação de qualidade, emprego digno e igualdade de oportunidades.

Adicionalmente, propomos a constituição de um gabinete especializado em comunicação digital dentro da estrutura distrital, composto por militantes com experiência e competências nesta área, capaz de monitorizar tendências, avaliar métricas de impacto e definir campanhas que fortaleçam a presença digital da JSD. Este gabinete terá como função não só coordenar a atividade da JSD nas redes sociais, mas também apoiar as concelhias na construção das suas estratégias locais, promovendo uma comunicação integrada e coerente em todo o distrito.

Acreditamos firmemente que alterar a forma como os jovens percebem a política requer audácia, criatividade e uma aposta decisiva na digitalização. Não queremos apenas estar presentes nas redes sociais; queremos liderar o discurso político no espaço digital, promovendo uma juventude partidária que seja sinónimo de inovação,

irreverência e compromisso com as causas que verdadeiramente transformam a sociedade. É este o futuro que propomos para a JSD: uma estrutura moderna, conectada e pronta para fazer a diferença no mundo digital e na vida dos jovens do nosso distrito.

Reestruturação da Formação dos Militantes

No âmbito do compromisso da Juventude Social Democrata com a capacitação e formação contínua dos seus militantes e autarcas, identificamos a necessidade de reformular profundamente as iniciativas formativas existentes, tais como a Academia Política, o EuroSet e o AGORA. Embora estas atividades tenham tido impacto relevante ao longo dos anos, consideramos imperativo adaptá-las às realidades e exigências do momento atual, de forma a torná-las mais inclusivas, abrangentes e eficazes na preparação de quadros políticos para os desafios futuros.

A nossa visão passa por transformar estas iniciativas numa plataforma de excelência formativa, capaz de cativar militantes de diferentes faixas etárias, desde os mais jovens, que dão os primeiros passos na política, até aos mais experientes, que procuram aprofundar competências e renovar conhecimentos. Reconhecemos que, no formato atual, estas formações carecem de uma maior capacidade de atração e envolvimento intergeracional, o que resulta numa experiência fragmentada e, muitas vezes, distante das expectativas e necessidades dos nossos militantes.

A Academia Política, enquanto espaço privilegiado de debate e aprendizagem, deverá ser reestruturada para integrar novasmetodologias pedagógicas, com recurso a tecnologias digitais e simulações práticas, permitindo uma formação mais interativa e participativa. Propomos que os temas abordados sejam ajustados à agenda política contemporânea, abrangendo questões políticas fraturantes, estratégias de comunicação política e de liderança em tempos de crise.

O programa EuroSet, dedicado à formação em matérias europeias, deverá ser ampliado para incluir uma componente prática mais robusta, como visitas de estudo às instituições europeias, simulações parlamentares e interação direta com eurodeputados. Pretendemos, assim, dotar os nossos jovens de um conhecimento aprofundado sobre os mecanismos da União Europeia e prepará-los para desempenhar um papel ativo na construção de uma Europa mais próxima dos cidadãos.

O AGORA, enquanto espaço de reflexão e ação, deverá ser reposicionado para se afirmar como uma plataforma de mobilização de ideias inovadoras, com enfoque nas autarquias locais. Dado que 2025 será um ano determinante para a Juventude Social Democrata, com a realização de eleições autárquicas, consideramos essencial que o AGORA se concentre na capacitação de jovens autarcas, fornecendo-lhes ferramentas práticas e teóricas que lhes permitam apresentar-se como líderes confiantes, competentes e visionários nos seus municípios.

A nossa ambição é clara: queremos eleger o maior número de autarcas jovens no distrito, demonstrando a força renovadora da JSD e a sua capacidade de representar os interesses das novas gerações a nível local. Para tal, será imprescindível preparar os nossos militantes e candidatos de forma rigorosa e estratégica, através de formações que combinam teoria e prática, aliadas a uma mentoria contínua por parte de quadros mais experientes do partido.

Por fim, destacamos a importância de criar uma dinâmica integradora entre estas formações, promovendo um ciclo formativo coerente e alinhado com os objetivos estratégicos da JSD. Queremos construir uma estrutura formativa que não só prepare os nossos militantes para os desafios políticos, mas que também os inspire a acreditar no potencial transformador da política como ferramenta de mudança e progresso. É este o compromisso que assumimos: formar líderes para o presente e o futuro, elevando a JSD enquanto referência na formação de jovens autarcas e políticos no nosso distrito

Reuniões Mensais e Descentralizadas

Defendemos, com firmeza e determinação, a implementação de um modelo estruturado de reuniões regulares no seio da JSD Distrital de Setúbal, que combine a periodicidade mensal com uma abordagem descentralizada e inclusiva. Acreditamos que esta prática, além de reforçar a coesão interna da estrutura, promove uma maior proximidade entre a Distrital e as diversas concelhias que integram o nosso distrito, refletindo o princípio basilar da democracia participativa e descentralizada que defendemos.

Historicamente, a realização de reuniões descentralizadas foi uma prática bemsucedida que fomentou uma maior conexão com as especificidades e realidades locais dos nossos militantes e dirigentes. Contudo, esta prática tem sido, infelizmente, descontinuada. A nossa proposta é clara: retomar e revitalizar esta

abordagem, garantindo que as reuniões da Distrital sejam realizadas de forma itinerante, percorrendo os 13 concelhos que compõem o nosso distrito. Este modelo permitirá que cada concelho seja palco de debate, partilha de ideias e tomada de decisões, sublinhando a importância de uma atuação política que valorize todas as regiões, independentemente da sua dimensão ou centralidade.

Reconhecemos, contudo, que a agenda política e o ritmo de vida dos nossos militantes podem ser particularmente desafiadores em determinados períodos do ano, como nos meses de agosto e dezembro, marcados pelas férias de verão e pelas festividades de final de ano. Para mitigar esta realidade e assegurar a continuidade dos trabalhos da Distrital, propomos a realização de reuniões online durante esses meses. Esta solução, além de prática e eficiente, responde à necessidade de adaptação às novas dinâmicas digitais, permitindo que todos os militantes e dirigentes possam participar, independentemente da sua localização geográfica ou disponibilidade presencial.

Por um lado, a descentralização das reuniões reforça a ligação da Distrital aos seus militantes e promove uma maior identificação com as questões locais; por outro, a utilização das plataformas digitais em períodos específicos assegura a continuidade dos trabalhos sem comprometer o bem-estar ou a disponibilidade dos nossos membros.

Esta abordagem não é apenas uma questão de logística ou organização; é uma declaração de intenções. Ao adotar este modelo, a JSD Distrital de Setúbal estará a demonstrar, de forma inequívoca, o seu compromisso com a inclusão, a inovação e a coesão territorial. Será um passo firme no sentido de uma atuação política mais próxima, mais representativa e mais alinhada com os desafios e exigências do nosso tempo.

Sala da Distrital e Moral de Militantes Honorários

Propomos uma reestruturação profunda da sala da JSD Distrital, de modo a transformá-la num espaço multifuncional, moderno e inspirador, que esteja em perfeita sintonia com os desafios do presente e as exigências do futuro. A nossa visão é criar uma sala que vá muito além de um simples espaço físico, tornando-se num verdadeiro centro de convergência para o pensamento político, a inovação e a construção de estratégias que definam o rumo da Juventude Social Democrata no distrito.

Acreditamos que este espaço deve ser acolhedor e inclusivo, projetado para que todos os militantes e dirigentes se sintam verdadeiramente representados e confortáveis. Não se trata apenas de uma sala funcional, mas de um ambiente que reflete os valores e a ambição da nossa estrutura. Pretendemos que esta sala sirva como palco para pequenas reuniões de Comissão Política Permanente, mas também como um espaço de trabalho colaborativo para os novos gabinetes temáticos que planeamos criar, permitindo que as diferentes equipas possam debater ideias, delinear projetos e implementar soluções num ambiente propício à criatividade e à eficiência.

Para além disso, o espaço deverá estar totalmente adaptado aos desafios da digitalização que a política moderna impõe. Defendemos a integração de tecnologias que facilitem o trabalho político digital através da instalação de equipamentos audiovisuais de última geração para tornar a sala num exemplo de modernidade e funcionalidade.

Adicionalmente, entendemos que este espaço deve também ser um local de celebração e valorização da nossa história. Por isso, propomos a criação de um mural de homenagem dedicado aos ex-presidentes e militantes honorários da JSD Distrital, onde constem as suas fotografias e um breve registo do seu contributo para a nossa estrutura. Esta iniciativa não só reforça o nosso compromisso com a memória institucional, como também inspira as gerações futuras a continuar o legado de dedicação e serviço que caracteriza a nossa organização.

Este espaço será, em última análise, o reflexo do nosso compromisso com a inovação, a inclusão e o respeito pela memória coletiva da nossa estrutura.

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