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PANORAMA

SEXTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 2014

TAQUARA Arquivo/Panorama

Novo padre assume a Paróquia Santa Teresinha O padre Fábio Luis Galle tomou posse como novo pároco da Paróquia Santa Teresinha. À frente dos trabalhos da Paróquia desde o último domingo, Fábio substitui o padre Francisco Buttenbender, que atuou no município por 14 anos. Natural de Gramado, padre Fábio, de 46 anos, cursa jornalismo e esteve no último ano em Parobé, na Paróquia São João

Batista. Padre Galle, que ainda está se inteirando sobre sua nova Paróquia, atuou por cinco anos em Três Coroas, onde implantou um projeto que pretende resgatar em Taquara, que é uma missa anual em homenagem a Santo Expedito. Na ocasião, a celebração contava com a participação de soldados da Brigada Militar, Polícia Civil e

do Corpo de Bombeiros, que eram convidados a participar do evento com o objetivo de aproximá-los da comunidade, explicou o religioso. Uma maior aproximação com a Paróquia Senhor Bom Jesus também é um dos objetivos do padre Galle. “Vamos tentar trabalhar mais em conjunto, aproximando as paróquias na medida do possível. A procissão de Corpus

Christi, por exemplo, pode ser realizada em conjunto entre as duas paróquias. As festividades promovidas pelas paróquias não devem ocorrer no mesmo dia, para que seus integrantes possam participar de ambas, interagindo mais entre si”, explicou. Atrair um número maior de jovens para a Igreja é outro propósito de novo pároco do bairro Santa Teresinha. Padre Galle disse que, atualmente, a sociedade apresenta diversas formas de entretenimento direcionadas exclusivamente ao público jovem. “Antigamente, uma das poucas formas de diversão eram as festas das paróquias, que funcionavam como ponto de encontro da juventude. Hoje, o shopping center se tornou o “templo” para os jovens. Temos que buscar novas formas de atrair o jovem para a Igreja, com projetos que apresentem algum tipo de desafio para eles. Todos os sábados, a Rádio Taquara transmite a missa da Paróquia Santa Teresinha, com início às 19 horas. A transmissão conta com o patrocínio de Ademacro, Ditaq, Posto Ipiranga e Salsichão Santo André.

nidade de Taquara, ao Corpo de Bombeiros de Taquara e toda a região, voluntários e comunidade em geral,

Marcio Renck

A Calçados Beira Rio S.A. agradece a toda a comu-

pelas manifestações de solidariedade, compreensão e apoio prestados ao ocorrido na nossa unidade da cidade de Taquara, no dia 02.02.14. Estamos tomando todas as providências necessárias para que tudo se resolva da melhor maneira possível. Padre Galle: é preciso buscar formas de atrair o jovem para a Igreja

Professora e poeta faleceu na quarta-feira, em Taquara

Morre Maria Eunice Müller Kauztmann

Faleceu, na quarta-feira, a historiadora Maria Eunice Müller Kauztmann, aos 89 anos. O legado deixado por Maria Eunice vai muito além de um rico acervo com documentos históricos sobre o município. Professora, poeta, historiadora, com diversos livros publicados, Maria Eunice integrou e presidiu várias entidades culturais e literárias. Nascida em Taquara, a escritora escreveu certa vez que tinha uma “leva” de dezessete irmãos, sendo criada por sua irmã mais velha, Adi. Em 1945, Maria Eunice dava aula no bairro Empresa, episódio que relatou no livro Raízes de Taquara. “O bairro Empresa era o único em que havia pobreza na época. Mas não havia roubo e mortes. Eram todos funcionários da Prefeitura que moravam lá, em cinco ou seis casinhas. Pela manhã eu lecionava no Colégio Santa Teresinha e à tarde ia de charrete ao bairro Empresa”, escreveu. Em 1950, Maria Eunice casou com Aristeu Cláudio Kauztmann. Na época, quando duas pessoas casavam e eram de religiões diferentes, era chamado de casamento misto. A escritora relatou, no mesmo livro, que o pároco católico realizava a cerimô-

nia com a mesma roupa que era usada nos enterros, para denotar um casamento misto. A escritora pediu ao padre da época, que, se possível, realizasse seu casamento com roupas enfeitadas, e teve seu pedido atendido, para a sua felicidade. Maria Eunice residiu em Montenegro por 38 anos. Em 1997 retornou para Taquara. Na ocasião de sua partida, em 1961, a escritora deixou um relato escrito. “Eu lecionava no colégio Rodolpho Dietschi, e havia plantado uma árvore em frente à escola. Quando ia saindo, vi aquela mudinha e pensei: será que vai vingar? Não sou de chorar, mas no caminho até Montenegro fui chorando”. A árvore, localizada à direita de quem entra na escola, está lá até hoje. Ao longo dos anos, Maria Eunice escreveu diversos textos publicados por Panorama, em que a escritora buscava homenagear pessoas do município através de seus poemas e crônicas. Recentemente, Maria Eunice planejava doar seu acervo para a prefeitura, que, em sua homenagem, criará o Arquivo Histórico Maria Eunice Müller Kauztmann. A escritora foi enterrada na quinta-feira, no cemitério municipal.


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