CONSOLAÇÃO
Basta fitar teu rosto pensativo, Basta pensar em ti, ou basta ver-te, Esta tristeza horrível se converte Logo em doirado cântico festivo. Longe de ti, ó meu amor, não vivo! Eu morro só de amar-te e de querer-te, E mal sabes as lágrimas que verte Meu triste coração contemplativo! Mas, quando eu meu olhar brinca e cintila O teu piedoso olhar – todo alegria – Minh’alma, – alado pássaro – pipila. E não me punge então esta agonia Esta dúvida atroz que me aniquila, Este correr atrás de uma utopia.
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