Gazeta Rural nº 428

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www.gazetarural.com 1 www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 428 | Periodicidade Quinzenal | 15 de Abril de 2023 | Preço 4,00 Euros Há sabores de toiro bravo… a sul! Ovibeja 2023 sob o lema “Comunicar” • Há Sabores de Toiro Bravo em Coruche | • Mértola promove Mel, Queijo e Pão • Barrancos recebe a XV Feira do Presunto e dos Enchidos • AMPV elege Cidade do Vinho 2024 e assinala aniversário

MÉRTOLA PROMOVE

XXIII FEIRA DO MEL, QUEIJO E PÃO

Dá a conhecer e a provar o melhor dos produtos tradicionais produzidos no concelho é o objetivo da Câmara de Mértola, com a realização, de 28 a 30 de abril, da XXIII Feira do Mel, Queijo e Pão. Para além destes, a feira dá a conhecer outros produtos do concelho, como o vinho, as ervas aromáticas e os enchidos.

FICHA TÉCNICA

Ano XIX | N.º 428

Periodicidade: Quinzenal

Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A)

E-mail: jla.viseu@gmail.com

Telemóvel: 968 044 320 (chamada para rede móvel nacional)

Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda

Sede: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Redacção: Luís Pacheco

Opinião: Júlio Sá Rego | Gabriel Costa

Departamento Comercial: Ana Cristina Pinto

Sede de Redacção: Rua Laje Monte, 56 - 3500-891

Lourosa de Cima - Viseu

Telefone: 232 436 400 (chamada para a rede fixa nacional)

E-mail : gazetarural@gmail.com

Web: www.gazetarural.com

N.º ERC 124546

Propriedade:

Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda

Administrador: José Luís Araújo

Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social: 5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339

Detentor do Capital Social: José Luís da Cruz Araújo (100%)

Dep. Legal N.º 215914/04

Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda

R. Cap. Salomão, 121 - Viseu

Telefone: 232 411 299 (chamada para a rede fixa nacional)

Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/

Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

sumário

04 Festival ‘Sabor & Vilariça Balloon Fest’ será mágico num território inimitável

05 Feira Quinhentista recria passado medieval em Sever do Vouga

06 “Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” é o mote da Ovibeja 2023

08

09

Começou a contagem decrescente para a Festa dos Tabuleiros 2023

Congresso Nacional do Azeite regressa a Moura

10 Mértola dá a conhecer o mel, queijo e pão e outros produtos da terra

12 Coruche convida visitantes para “o lado bravo da vida”

14 Chaves aposta no Festival do Bacalhau para atrair turistas ao concelho

16 Produtos endógenos e território promovidos na Expovarosa

18 Barrancos promove “a grande feira da raia” onde os sabores convidam

19 Ruas de Aveiras de Cima são palco da ÁVINHO - Festa do Vinho e das Adegas

20 Produtores de vinho queixam-se da escassez e preço das garrafas

21 Câmara de Serpa promove “Vinhos no Castelo”

22 Congresso vitivinicultura sob o lema “Dê um passeio no lado do vinho”

23 Cientistas desenvolvem condicionador de cabelo a partir de resíduos de plantas invasoras

24 PrimavEira Fest homenageia cidadãos mais velhos de Penalva do Castelo

26 Projeto quer restaurar produtividade agrícola e florestal em zonas semiáridas do Alentejo

28 Estudantes do Politécnico de Bragança venceram 24H Agricultura Syngenta

31 Três municípios criam marca “Mondego - Bussaco”

32 Federação quer revitalizar peregrinação equestre nos Caminhos de Santiago

34

Município de Alcácer do Sal promove Rota do Arroz de 2023

35 Caldas da Rainha lança festival gastronómico para atrair visitantes

36 Municípios da Ilha Montanha promovem ‘Trilhos do Pico Fest’

37

AMPV elege Cidade do Vinho 2024 e assinala aniversário

38 Serra do Caramulo recebe corrida de obstáculos de montanha

Evento realiza-se de 26 a 30 de abril

Festival ‘Sabor & Vilariça Balloon Fest’ será mágico num território inimitável de cinco concelhos

Evento realiza-se de 26 a 30 de abril e envolve os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor, com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Do sonho à realidade, em poucos meses, com o intuito de fazer deste festival um acontecimento anual, internacional e mágico. A promessa foi deixada, em Alfândega da Fé, durante a apresentação do Sabor & Vilariça Balloon Fest - I Festival Internacional de Balonismo. A iniciativa resulta do esforço conjunto dos municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor, com a coordenação e apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

De 26 a 30 de abril os céus de Trás-os-Montes vão encher-se de balões de ar quente, num misto de cor e emoção. Para Luís Pedro Martins, presidente do Porto e Norte de Portugal, “este é um sonho que agora vejo concretizado e que reflete a missão da Entidade Regional de Turismo de alavancar todos os territórios, com produtos turísticos diferenciados e capazes de dinamizar, em especial, os territórios de baixa densidade populacional”. “Hoje nasce um novo produto turístico no Porto e Norte de Portugal”, defendeu Luís Pedro Martins, sublinhando a importância do trabalho conjunto entre a TPNP e os cinco municípios envolvidos no projeto.

Um evento que, nas palavras de Eduardo Tavares, presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor, “tem todas as condições para ser uma iniciativa anual e de cariz internacional”. Com uma localização estratégica determinante para captar turistas espanhóis, e em particular da região de Castela e Leão, o também presidente da Câmara de Alfândega da Fé releva a importância “destes projetos suprarregionais, onde aliamos a Bio-Região dos Lagos do Sabor, o território da Reserva da Biosfera Meseta Ibérica e as Terras de Cavaleiros”. “Não só temos um produto inovador, como o promovemos num território de excelência, onde se reúnem vários selos da UNESCO”, acrescentou.

Para Guido Santos, responsável da Windpassenger, empresa que integra a organização do festival, o objetivo central passa por “criar um evento mágico localizado num território, também ele, mágico”. “Acreditamos que este será um festival incrível e diferenciador, face ao que estamos habituados a ver não só em Portugal como na Península Ibérica”, concluiu ainda.

Ao longo de cinco dias, esclareceu o presidente da AMBS, os municípios que constituem a associação e Vila Flor, que participa enquanto município parceiro, “vão receber diversas iniciativas ligadas ao balonismo, aproveitando, naturalmente, para mostrarem o que de melhor os seus concelhos têm para apresentar aos turistas, ao nível da natureza, gastronomia, património, saúde e bem-estar. Uma oportunidade para alavancar internacionalmente um ativo turístico de grande potencial, que os responsáveis locais acreditam ainda ter muito por explorar, mas com condições para se afirmar, a médio prazo, como referência turística em toda a Península Ibérica”.

Um dos momentos mais aguardados da programação será o espetáculo Night Glow, que se irá realizar de noite, com balões de ar e música eletrónica, e terá uma duração aproximada de 45 minutos. O programa completo do festival pode ser conhecido na página oficial do Sabor & Vilariça Balloon Fest.

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Feira Quinhentista recria passado medieval em Sever do Vouga

O Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga recebe, nos dias 28, 29 e 30 de abril, a Feira Quinhentista, numa viagem no tempo, dando a conhecer histórias, costumes e tradições, Com entrada livre, serão dois dias e meio de recriação histórica, onde não faltará a gastronomia, música e danças da época. Com animação permanente, e num ambiente de festa, personagens do povo e da nobreza regressam ao passado, interpretando várias situações do quotidiano em interação com o público.

Da época dos visigodos e suevos, passando ao Conde de Sevéri, que veio a dar nome à terra, juntamente com o rio que lhe aleita, marca-se a 29 de abril a comemoração da Carta de Foral, atribuída por D. Manuel I, em 1514, que é um marco histórico e cultural para o município de Sever do Vouga.

O Foral traz consigo a importância de alguns dos produtos da terra para aquela que era à data a tributação aos Senhores, como são exemplo o sável ou a lampreia. Naquele tempo, como também o é agora, estimava-se e valorizava-se os produtos do campo.

A Feira Quinhentista é organizada pela Câmara de Sever do Vouga, com o envolvimento do movimento associativo concelhio. O certame abre portas a partir das 18 horas do dia 28, mas a cerimónia abertura do Auto da Feira está marcada para as 20,30 horas.

Nos dias 28, 29 e 30 de abril, no Parque Urbano da Vila

A decorrer de 27 de abril a 1 de maio, em Beja

“Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” é o mote da edição 2023 da Ovibeja

Palco privilegiado para a reflexão e debate sobre os grandes temas da atualidade, apresentados nas várias dezenas de colóquios, seminários e workshops realizados pelos organizadores e por várias outras entidades ao longo do evento, a trigésima nova edição da Ovibeja vai realizar-se este ano sob o signo da comunicação, de 27 de abril a 1 de maio.

“Comunicar, Um Grande Desafio para a Agricultura” é a proposta de reflexão da organização do evento, a ACOS – Associação de Agricultores do Sul, sedeada em Beja, e para a qual é urgente estreitar laços entre o campo e a cidade e, fundamentalmente, mais conhecimento sobre o mundo rural. Trata-se de objetivar o papel da agricultura, dos agricultores e do mundo rural como garante da alimentação humana, da conservação e salvaguarda dos ecossistemas rurais e biodiversos, da vitalidade social e económica das zonas de interior, da sustentabilidade.

Com a presença de mais de 150 mil visitantes, a Ovibeja conta com mais de mil expositores, vários pavilhões temáticos dedicados ao agroalimentar, pecuária, institucional e serviços, artesanato, restauração, cante alentejano, maquinaria agrícola, atividades pedagógicas e comunicação de boas práticas agrícolas.

Uma das imagens de marca da Ovibeja é ainda a abertura dos

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grandes festivais de primavera, com quatro grandes concertos e as inconfundíveis “ovinoites”. O cartaz de concertos vai abrir no dia 27, com o bejense Luís Trigacheiro. No dia 28, o palco da Ovibeja vai ser entregue aos Quatro e Meia. Xutos e Pontapés é a grande aposta para a noite de sábado, 29 de abril. A fechar o cartaz da XXXIX Ovibeja, a 30 de abril, a organização escolheu Bárbara Tinoco como forma de ir ao encontro das preferências dos mais novos. Pela noite dentro vão estar os Djs, que dão cor e dinâmica às “ovinoites”: DJ Groove (27 de abril), DJ Nuno Luz (Rádio Comercial), a 28, DJ Ana Isabel Arroja (Rádio Comercial), a 29 e DJ Sek Mintendes (Rádio Comercial), na noite de 30 de abril.

Contudo, a mensagem que queremos transmitir é mais para fora do setor. Ou seja, nós, no setor agrícola, quase sempre comunicamos mal, ou não comunicamos, e não fazemos passar a nossa mensagem. Quando se fala mal da agricultura em geral, dos olivais ou da agricultura intensiva, isso passa logo. Nós temos de repensar o modo de comunicar, de fazer passar melhor a nossa mensagem, que tem a ver com a produção de alimentos; com a sustentabilidade da agricultura, que defendemos; o combate às alterações climáticas, entre outras. Nós temos de fazer passar bem a nossa mensagem, não só para o setor, mas especialmente para a grande cidade e para as pessoas que estão fora da agricultura. Daí o tema desta edição da Ovibeja.

A Ovibeja é uma feira agrícola, dos sabores e aromas da terra, mas também um evento urbano, eclético, com atrativos para todos os públicos-alvo, que dá pontos na inovação, no ambiente de festa e de partilha. É uma montra e uma mesa de produtos agroalimentares de qualidade superior, de restaurantes de carnes certificadas de raças autóctones nacionais. A oferta do evento inclui concursos, exposições de gado, demonstrações equestres, provas desportivas, exposições empresariais e institucionais, comércio.

GR: Numa altura em que, parece, voltámos a normalidade, que expectativa tem para esta edição da Ovibeja?

RG: O que posso dizer é que tivemos mais procura por parte dos expositores do que no ano passado, após dois anos em que não realizámos o certame. Temos bastantes expositores que vêm pela primeira à Ovibeja, o que é um bom sinal, pois vamos ter a ‘casa’ cheia. No programa de espetáculos temos um grande cartaz e no que às conferências diz respeito, penso que temos muitos e bons palestrantes, com temas muito interessantes e de grande relevância para o setor e para o país.

Com a ‘Comunicação’ com tema central da Ovibeja, o presidente da ACOS, à Gazeta Rural, sustenta a necessidade de rever o modo como o setor faz passar a sua mensagem. Para além de ser muito importante dar a conhecer o que a ciência produz para o setor, Rui Garrido diz que é de primordial importância saber comunicar para fora, pois “quase sempre comunicamos mal ou não comunicamos”. Sobre a edição 2023 do certame, o presidente da ACOS destaca a elevada procura dos expositores, superior ao ano passado.

Gazeta Rural (GR): Comunicar é o mote desta edição da Ovibeja. Porquê?

Rui Garrido (RG): A comunicação é em duas vertentes. Uma mais para dentro do setor, que reputamos de muito importante, e que tem a ver com aquilo que a ciência faz e descobre, o conhecimento que as universidades e politécnicos produzem para o setor, e o modo como isso chega aos agricultores.

GR: A Ovibeja é um dos primeiros grandes eventos do setor em Portugal. É o grande fórum para discutir o momento que a agricultura atravessa?

RG: A Ovibeja é todos os anos isso. Naturalmente que este ano há algumas oportunidades. Ou seja, vamos discutir a questão do Alqueva, pois neste momento é urgente que se fale sobre isto, uma vez que o ministério da agricultura quer aumentar brutalmente o preço da água e isso vai afetar muitas culturas. O PEPAC está aí. As inscrições abriram em março com portarias ainda em discussão, o que torna tudo isto muito mais difícil e complexo, além de estarmos mal preparados para isso. Temos uma certeza: é que vamos receber menos ajudas.

Há temas que são muito importantes para a região e para o país e, naturalmente, chegam à Ovibeja para serem discutidos.

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“No setor agrícola quase sempre comunicamos mal e não fazemos passar a nossa mensagem”

De 1 a 10 de julho, em Tomar

Começou a contagem decrescente para a Festa dos Tabuleiros 2023

O município de Tomar prepara a edição deste ano da Festa dos Tabuleiros, um acontecimento único no mundo. A contagem decrescente para a Festa dos Tabuleiros, que este ano se realiza de 1 e 10 de julho, aconteceu domingo de Páscoa com a primeira saída das coroas. O momento foi ainda mais especial por coincidir com a reabertura da igreja de S. João Baptista, que foi alvo de profundas obras de recu peração e reabilitação.

A saída das coroas e pendões do Espírito Santo marca a apresentação aos tomarenses da sua festa maior, suce dendo em diversos domingos até final de junho, sempre com percursos diferentes ao longo das ruas da cidade. Percursos que começam invariavelmente na igreja de Nossa Senhora da Graça, pertença da Santa Casa da Mi sericórdia que é a guardiã das coroas concelhias, tendo cada freguesia também as suas próprias coroas. Não faltaram as tradicionais colchas às janelas, algumas delas com motivos do Espírito Santo, ao longo das ruas por onde passou o cortejo.

A renovada igreja de S. João Baptista será o ponto de partida do cortejo dos tabuleiros, que se hão de perfilar, na tarde de 9 de julho, para a bênção, após a qual acontece o momento mágico do levantamento coletivo e simultâneo às batidas dos sinos que, também eles restaurados, repicam agora com renovada sonoridade, enchendo de trinados a cidade nabantina. Esse é o dia do cortejo principal, mas entre 1 a 10 de julho a cidade de Tomar vestir-se-á de flores e de papel, para acolher as diversas manifestações que fazem da Festa dos Tabuleiros um acontecimento único no mundo.

Nos dias 9, 10 e 11 de junho, em Aljustrel

Matias Damásio e Ivandro sobem ao palco principal da Feira do Campo Alentejano

A Feira do Campo Alentejano, que vai acontecer nos dias 09, 10 e 11 de junho, no Parque de Exposições e Feiras, regressa a Aljustrel para comemorar a sua vigésima primeira edição. Este ano, no palco principal, atuarão Matias Damásio e Ivandro, destacando-se muitos outros momentos musicais no Palco 2 e no Espaço Jovem.

O Município de Aljustrel encontra-se a preparar um grande certame e espera, nesta edição, voltar a atrair milhares de visitantes, sendo que o valor angariado na bilheteira, mais uma vez, reverterá a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros de Aljustrel. Uma edição que promete marcar positivamente este território e que mostrará todas as potencialidades do Concelho de Aljustrel, revelando uma terra próspera com um tecido económico diversificado. As inscrições, destinadas aos expositores, já se encontram abertas e na página eletrónica do Município de Aljustrel poderá ainda ser consultado o regulamento da feira.

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No dia 5 de maio, no Cine-Teatro Caridade

Congresso

Nacional do Azeite regressa a Moura

No dia 5 de maio decorre, em Moura, no Cine-Teatro Caridade, a sexta edição do Congresso Nacional do Azeite, organizado pelo Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), em parceria com a Câmara de Moura, no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura – Olivomoura. Esta iniciativa tem como objetivo dinamizar o sector Olivícola e Oleícola Nacional, enquanto fórum de excelência para o diálogo, promovendo um ponto de encontro para os profissionais do sector, palco de discussões e partilha de informação relativamente a temáticas relacionadas com o sector olivícola e oleícola privilegiando a divulgação de informação de cariz sobretudo técnico. Os trabalhos, como em edições anteriores, serão divididos em três painéis de temáticas específicas: “Olival Português e a Sociedade (Impacto Sociológico e Mediático)”, “Sustentabilidade”, e “Subprodutos do Setor Olivícola - Que Soluções Alternativas?” e contarão com os mais prestigiados oradores nacionais e internacionais, que irão integrar um programa de excelência.

O Congresso Nacional do Azeite é uma iniciativa integrada no Projeto OLI(V)ALL-IN, que é cofinanciado por fundos comunitários e nacionais através do PDR2020 e conta com um investimento 46.551,01€.

Feira decorre de 28 a 30 de abril

Mértola dá a conhecer o mel, o queijo, o pão e outros produtos do concelho

Dá a conhecer e a provar o melhor dos produtos tradicionais produzidos no concelho é o objetivo da Câmara de Mértola, com a realização, de 28 a 30 de abril, da XXIII Feira do Mel, Queijo e Pão. Para além destes, a feira dá a conhecer outros produtos, como o vinho, as ervas aromáticas e os enchidos.

O presidente da Câmara de Mértola, em entrevista à Gazeta Rural, mostra-se convicto de que o certame “vai ser um sucesso”, pois “é uma feira diferente, com uma grande aposta nos nossos produtos locais”. Mário Tomé salienta que o concelho “personifica a imagem de um território que vive a prática

cinegética”, mas tem mais do que isso. O autarca salienta a importância do queijo, do mel e do pão na economia do concelho.

Gazeta Rural (GR): Que perspetiva tem para a edição deste ano e o que mais destaca do programa da Feira?

Mário Tomé (MT): Esperamos realizar mais um certame com grande sucesso, como tem acontecido ao longo dos últimos anos. É uma feira diferente, com uma grande aposta nos nossos produtos locais, como o mel, o queijo e o pão.

São três áreas que nos valorizam, enquanto território, devido à qualidade que os nossos produtores conseguem colocar nos seus produtos. E isto é o que mais destaco nesta e em todas as edições da feira, que é a qualidade do nosso produto local.

Para além deste facto inquestionável, se me permitem a audá-

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cia, também contamos com um programa rico ao longo dos três dias, com conferências, tasquinhas, animação circulante e, claro, os concertos do Bubas Espinho e os Dona Zefinha, para fecharem os dias da melhor forma e a honrarem as nossas tradições. Tenho a certeza que será uma ótima feira.

GR: Sendo Mértola um concelho conhecido pela caça, o queijo é um produto que tem já alguma projeção. O que o torna diferente?

setor, no que à sua produção diz respeito?

MT: São produtos que vão à génese da nossa matriz identitária e com uma forte ligação ao mundo rural. Ao longo dos últimos meses, enquanto executivo municipal, realizamos uma agenda participativa descentralizada, onde, entre muitos outros assuntos, auscultamos os nossos empresários sobre os seus problemas e dificuldades diárias.

MT: Sem dúvida que Mértola personifica a imagem de um território que vive a prática cinegética de uma forma muito intensa, mas não se limita a ela. Sobre o queijo, é algo com muita história no nosso concelho. São muitas gerações a produzirem este produto e os seus derivados, a respeitarem o ciclo natural do leite e a aprimorarem técnicas tradicionais na sua produção. Só assim se torna possível o aparecimento das queijarias do concelho. Acredito também que o que nos diferencia é a paixão e o carinho com que os nossos produtores trabalham todos os dias, levando ao sabor excecional do nosso queijo.

GR: O mel e o pão são outros dois produtos em destaque neste evento?

O maior problema, transversal a todos os setores, é falta de mão de obra. Obviamente que existem outros problemas de difícil resolução. O setor atravessa um momento sensível no que diz respeito às políticas nacionais e europeias e estaremos cá para os ajudar naquilo que nos for possível, não deixando de dar uma nota sobre os empresários deste setor: o meu obrigado pela capacidade de se reinventarem e pela resiliência extraordinária que demonstram todos os dias no nosso território. Só assim conseguem fazer prevalecer estas atividades com o sucesso que lhes é reconhecido.

GR: Quem visitar o concelho nesta altura do ano, que conselhos daria?

MT: São três produtos que caminham lado a lado na valorização dos recursos endógenos do território. É unânime a qualidade do nosso pão, com vários prémios nacionais ao longo dos últimos anos. Por seu lado, a apicultura é um setor fortemente representado no nosso concelho, sendo responsável por exportações para todos os cantos do mundo. Portanto, são produtos a que devemos dar destaque e é o que fazemos através desta feira anual.

GR: Sendo três produtos ligados à terra, como está este

MT: Felizmente Mértola oferece várias opções para quem nos visita durante esta época do ano, mas aconselho a descobrirem o património deste concelho, tanto o natural como o histórico-cultural. Convido-os a conhecerem o Parque Natural do Vale do Guadiana, através das várias rotas pedestres existentes, ou a visitar a Mina de S. Domingos, com o seu património mineiro, e a praia fluvial da Tapada Grande, ou ainda a “perderem-se” nas ruas do nosso centro histórico e, ao mesmo tempo, visitar um museu ao ar livre, composto 11 dos 14 núcleos museológicos existente no concelho.

Poderia ainda referir um sem número de atividades que poderiam realizar, mas aí faltaria tempo para desfrutarem da nossa gastronomia, acompanhada por um dos fantásticos vinhos produzidos no concelho. Portanto motivos não faltam para nos visitarem.

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Com Sabores do Toiro Bravo, de 28 de abril a 1 de maio

Coruche convida visitantes a conhecer “o lado bravo da vida”

De 28 de abril a 1 de maio, Coruche recebe a décima nona edição dos Sabores do Toiro Bravo. Este evento gastronómico é um convite para viver o lado bravo da vida em típicas tasquinhas ribatejanas instaladas na Praça de Toiros de Coruche.

O mote é dado pela degustação de receitas cujo ingrediente central é a carne de toiro bravo, protagonista do evento gastronómico ribatejano, que é já uma celebração nacional das gentes, da cultura e dos sabores.

O certame Sabores do Toiro Bravo é um evento único no país e no mundo, tendo lugar assegurado nos principais roteiros gastronómicos. E Coruche sabe bem! Os sabores associam-se à festa, à tradição, à música e aos valores tradicionais da cultura tauromáquica para uma conjugação alquímica que anualmente faz rumar a Coruche milhares de pessoas.

As múltiplas receitas que serão apresentadas têm como ingrediente central a carne de toiro bravo - bandarilhas de lombinho de toiro bravo com camarão, espetada de bezerra brava em pau de louro verde, rabo de boi estufado, bife de touro bravo recheado, cachaço de toiro bravo com grão e hortelã, bravo à lagareiro ou miminhos de toiro bravo na telha são apenas algumas das muitas iguarias com ingredientes característicos da gastronomia ribatejana que deliciam os visitantes com um toque de bravura.

Além das múltiplas formas de provar a carne brava, os Sabores do Toiro Bravo estendem-se à doçaria e aos vinhos da região, que acompanham os man-

jares. A somar à gastronomia e a uma programação diversificada e multidisciplinar, - que alia habitualmente na Vila exposições, mostras de artesanato, folclore, atividade taurina ou animação com música tradicional e popular à hora das refeições, - os Sabores do Toiro Bravo são um dos momentos altos do ano na região.

Os corredores da Praça de Toiros enchem-se de gente e de tasquinhas que apresentam as melhores propostas da gastronomia ribatejana. Organizado pela Câmara de Coruche, o certame convida ainda a visitar o Núcleo Tauromáquico de Coruche ou o Posto de Turismo, não esquecendo a Loja do Montado para aquisição de produtos locais e artesanato. São, portanto, inúmeras as razões para uma visita a Coruche, a começar pelo Parque do Sorraia, onde se encontra a Praça de Toiros e onde os visitantes podem passear calmamente à beira rio e pelo Jardim 25 de Abril. Ali tão perto encontra-se o parque radical, entre o pavilhão desportivo e o rio, uma refrescante praça de água e um mural de homenagem à afición coruchense. Também o centro histórico de Coruche é digno de visita, nomeadamente pela traça das suas casas senhoriais, pelas magníficas fachadas das igrejas, assim como as intervenções de arte urbana. Por fim, não se dispensa um passeio à Praça da Liberdade, onde se encontra o Edifício dos Paços do Concelho e o Pelourinho, bem como à Ermida de Nossa Senhora do Castelo, donde se espraia a vista deslumbrante sobre o Vale do Sorraia.

A programação dos Sabores do Toiro Bravo inclui, também, mostras de artesanato, folclore, animação taurina de entrada livre e muita música, acontece ainda, a 29 e 30 de abril, a exposição Clássicos de Coruche - automobilia, carros motas e velocípedes -, organizada pelos Clássicos de Coruche.

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Festa das Cavacas acontece dias 22 e 23 de abril

Município

de Resende promove doce típico do concelho

Nos dias 22 e 23 de abril, o Município de Resende vai promover a Festa das Cavacas, num certame que vale a pena visitar para saborear este doce típico do concelho e um dos mais característicos da região.

A festa terá lugar no Largo da Feira de Resende, onde estarão presentes mais de 20 produtores que levarão aos visitantes o resultado de séculos de receitas passadas de geração em geração, além de outros produtos locais, nomeadamente os vinhos, artesanato, licores e compotas.

Durante os dois dias de festa haverá animação com grupos de música popular e os mais novos podem contar com animação infantil. O programa tem início no sábado, às 15 horas, com duração até à meia-noite, sendo que no domingo a festa decorre das 11 e as 19 horas, com destaque para a transmissão do programa “Aqui Portugal” da RTP1 que vai estar em direto do certame, a partir das 11 horas.

As doces cavacas são o pretexto ideal para visitar Resende. Aliá-las à degustação do bom vinho da região enquanto desfruta de toda a beleza da paisagem do rio Douro é, mais do que uma tentação, um fim de semana imperdível.

De 28 de abril a 1 de maio, em 60 restaurantes do concelho

Chaves aposta no Festival do Bacalhau para atrair turistas à região

Depois “do sucesso da primeira edição”, em 2022, o Festival do Bacalhau está de regresso a Chaves. De 28 de abril a 1 de maio, há muitas receitas com o mais icónico dos ingredientes portugueses para provar em 60 restaurantes do concelho.

“Face à dimensão da cidade, é uma adesão significativa”, representando “mais de metade dos restaurantes da área urbana e vila de Vidago”, sublinha Francisco Melo, vice-presidente da autarquia. Muitos dos espaços que integram o festival “já têm uma prática muito antiga na área do bacalhau”, com muitas e variadas receitas a serem confecionadas ao longo dos quatro dias. “Pode-se andar aqui uma semana a comer bacalhau sem repetir o modo como ele é feito”, garante.

Além dos pratos a provar nos restaurantes do concelho, o festival integra ainda um concurso gastronómico, no qual participam 20 chefs de cozinha. Serão avaliadas as entradas, os pratos principais, os jovens talentos mais promissores e as inovações gastronómicas mais criativas.

Integrada nos Fins-de-semana Gastronómicos promovidos pela Região de Turismo do Porto e Norte de Portugal, a segunda edição do Festival do Bacalhau de Chaves espera ultrapassar o número de visitantes nacionais e internacionais da estreia, que terá superado as “10 mil” pessoas. O objetivo do evento, além de promover a iguaria, passa por “potenciar a economia local nas mais diversas áreas”, utilizando a gastronomia também como mote para promover a hotelaria e o património do concelho e da região do Alto Tâmega e Barroso.

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Vai decorrer de 29 de abril a 28 de maio

Feira de Leiria 2023 sob o lema da ‘sustentabilidade’ e com cartaz atrativo

A Feira de Leiria está de volta, de 29 de abril a 28 de maio, com uma edição com um cartaz de concertos, de entrada gratuita, com grandes propostas: Bárbara Tinoco, Calema, Quatro e Meia, Paus, Wet Bad Bang, Emanuel, Nena, João Miguel, Elsa Gomes, Bagunçada, Banda Kroll, Francisca e Inês Apenas.

Tendo como lema a sustentabilidade, são esperados mais de 650 mil visitantes, num recinto com uma área superior a 45 mil metros quadrado. Esta será uma feira “sustentável e eco-friendly”, na qual, pela primeira vez, será introduzida “a proibição de copos de utilização única”.

“Vamos ter uma edição da Feira vibrante e sustentável, promovendo uma grande festa em comunidade sem comprometer o meio ambiente”, afirma o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes.

Das maiores feiras francas de Portugal, a Feira de Leiria,

que este ano promete também “dar vida ao rio Lis”, conta, nesta edição, com mais de 30 equipamentos de diversão, 230 expositores, mais de 50 espaços de restauração, prevendo-se que sejam servidas mais de 40 mil refeições e um impacto económico superior a seis milhões de euros.

A programação musical, tão esperada pelo público, arranca com o concerto dos Calema, a 29 de abril, seguindo-se João Miguel, a 30 de abril. Em maio, os concertos têm início com os Paus, no dia 5. Bárbara Tinoco atua no dia 6, os Bagunçada no dia 12, Nena no dia 13 e Elsa Gomes no dia 14. Os Wet Bed Gang chegam a Leiria no dia 19, Emanuel no dia 20, e os Quatro e Meia no dia 21 de maio. No Dia do Município, 22 de maio, a Feira de Leiria recebe Francisca e Inês Apenas. A Banda Kroll atua no dia 26 de maio. O V Festival de Folclore de Leiria irá decorrer durante a feira, bem como diversos concertos coordenados pelo Inatel e pela Associação das Filarmónicas do Concelho de Leiria.

De 29 de abril a 1 de maio no Centro Cívico de Tarouca.

Produtos endógenos e um território de excelência promovidos na Expovarosa

Uma oportunidade única de dar a conhecer um destino turístico de excelência e um território rico em cultura, tradição, gastronomia, produtos endógenos e desporto aventura dão o mote para a realização da Expovarosa 2023, que se irá realizar de 29 de abril a 1 de maio no Centro Cívico da Cidade de Tarouca.

No reforço da valorização do património material e imaterial tarouquense, a Expovarosa relaciona-se

com a matriz identitária do território, procurando afirmar-se como um evento de referência para a promoção dos produtos locais de excelência que são produzidos no Concelho de Tarouca.

O certame dará palco aos empresários e produtores locais, dando a conhecer a gastronomia local, os produtos endógenos, alojamento e restauração. Cultura, gastronomia e desporto unem-se em torno da tradição para 3 dias de festa que contarão com a atuação de vários grupos culturais. O desporto aventura estará em destaque com a realização do III Trail Rota do Varosa, e a Resistência de BTT Urbano.

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De 21 a 23 de abril, no Parque de Feiras e Exposições

Barrancos promove

“a grande feira da raia” onde os sabores convidam

Promovido pela Câmara de Barrancos, a feira visa a promoção de produtos “de excelência” produzidos a partir de carne de porco de raça alentejana, como o presunto de Barrancos, de Denominação de Origem Protegida (DOP) e ‘ex-líbris’ do concelho, e os enchidos tradicionais. Afirma-se como um certame de importância relevante para promoção do concelho, em todas as suas vertentes, oferecendo o que de melhor tem aos seus visitantes, nomeadamente produtos regionais de eleição, com destaque para produtos de porco preto, presunto e enchidos, de qualidade superior.

A feira reúne empresas do sector agroalimentar, da região e de outros pontos de Portugal e Espanha. “O sector agroalimentar é uma das áreas mais importantes da economia local e regional, pelo que o certame constitui um instrumento de apoio, especialmente para as pequenas e médias

Barrancos recebe de 21 a 23 de abril a ExpoBarrancos - XV Feira do Presunto e dos Enchidos. Considerada “a grande feira da raia”, o evento vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições da vila alentejana, situada perto da fronteira com Espanha. O programa de animação conta com os D.A.M.A como os cabeça de cartaz, que sobem ao palco no dia 22, a que a juntam Os Romeros, no dia 21, e os Baila Maria, a encerrar o programa na tarde de domingo.

empresas, oferecendo às participantes a possibilidade de ampliar a carteira de negócio, o acesso a novos mercados e à internacionalização”, refere a autarquia de Barrancos, adiantando que a ExpoBarrancos “está fundamentalmente orientado para a dinamização da comercialização e para impulsionar a diversificação de mercados e o potencial de exportação da produção dos produtos da região. A oferta de produtos vai desde o gourmet a variedades regionais de presunto e enchidos”.

Esta edição receberá mais de seis dezenas de expositores, de atividades de excelência subordinadas ao tema da gastronomia, uma vez que Barrancos quer reforçar o seu posicionamento como a “Capital Nacional do Presunto”. Além destes, os visitantes podem encontrar mostras de azeite, vinhos, queijos e outros produtos típicos da zona. Haverá degustações de produtos locais, atuações musicais, exibições e atividades para toda a família, naquele que é considerado “O melhor Festival Gastronómico da Raia”, realça a autarquia alentejana. Durante todo o fim-de-semana, de 21 a 23 de abril, Portugal e Espanha vão estar à mesa em Barrancos, “com o melhor da gastronomia local a passar pelas tasquinhas”.

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Decorre até 16 de abril a décima sétima edição da ÁVINHO - Festa do Vinho e das Adegas, que acontece em Aveiras de Cima, no concelho de Azambuja. O evento, inaugurado pela Ministra da Agricultura, é já uma tradição em toda a região e afirma-se como uma das festas do vinho mais castiças de Portugal.

ÁVINHO decorre até 16 de abril, no concelho da Azambuja

Aveiras de Cima é o palco da festa do vinho mais castiça de Portugal

A Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes inaugura o certame, numa cerimónia contará, ainda, com intervenções da associação de produtores Vila Museu do Vinho, do presidente da Junta de Aveiras de Cima, António Torrão, e do presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Silvino Lúcio.

O arranque oficial da ÁVINHO 2023 terá lugar na Praça da República. Na visita inaugural às ruas do evento, haverá a tradicional oferta (só neste dia) de febras, pão e vinho. Por 2,50 euros o visitante adquire uma caneca de barro alusiva ao evento - que guardará como recordação - e tem acesso a provar, gratuitamente, os vinhos de mais de uma dezena de vitivinicultores participantes na festa, que abrem as suas portas, a todos, com a arte de bem receber e partilham muitos segredos do bom vinho ribatejano que produzem.

rá animação, na sexta-feira com o DJ Zezócas & Rod Tha Funk e no sábado com o DJ Vassalo.

No que toca ao vinho e à gastronomia, haverá dois momentos de prova de vinhos de produtores presentes no evento, às 18,30 horas na Rua do Rossio, sendo que ao sábado será acompanhado com harmonização de Torricado, numa ação de promoção da marca Azambuja Terras do Torricado. Na sexta-feira e no sábado, às 19 horas, terão lugar dois “Encontros de Chefs” seguidos de uma prova comentada de Vinhos Batoréu, iniciativas promovidas pela Adega Batoréu.

Além da constante animação com as bandinhas de rua, destaque para o fado amador itinerante pelas diversas adegas, na noite de sexta-feira, e para o desfile etnográfico “O Ciclo do Vinho”, às quatro da tarde de sábado. As varandas e fachadas enfeitadas sob o tema do vinho, fruto do envolvimento da população local, são outro atrativo da festa. Recorde-se que todas as atividades da Ávinho têm entrada livre.

A nível musical, a edição deste ano terá como cabeças de cartaz Rosinha, na sexta-feira, às 24 horas, e José Cid com Banda, no sábado, também à meia-noite. Após os concertos há duas novidades nesta edição, um “Baile à Moda Antiga” e atuações de DJ’s. Os bailes terão lugar à 1 horas, na sexta-feira com o Quarteto Nelson Pisco e ao sábado com o Grupo de Cantigas e Tradições da Lapa. No Largo da República, há 1,30 horas da madrugada, have-

No sábado, às 16 horas, as ruas de Aveiras de Cima são invadidas por centenas de visitantes para ver passar os grupos e carros alegóricos, com a demonstração das diversas fases do “Ciclo do Vinho”, desde a plantação do bacelo até à prova do vinho na taberna. Uma grande manifestação cultural com a participação dos diversos ranchos folclóricos do Concelho de Azambuja. No último dia, domingo, o Largo da República volta a atrair as atenções, com uma recriação etnográfica intitulada “A Adiafa, Fim de Safra”, mais uma vez com a participação dos grupos etnográficos do concelho, seguida da entrega de prémios às melhores ornamentações. Pelas 18 horas, a tradicional arruada da banda da Filarmónica Recreativa de Aveiras de Cima marcará o encerramento da décima sétima edição da ÁVINHO.

A organização da ÁVINHO, que acontece de 14 a 16 de abril, é uma parceria entre a Câmara de Azambuja, Junta de Freguesia de Aveiras de Cima e “Associação Vila Museu do Vinho”.

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Pedem a intervenção do Governo Produtores

de vinho queixam-se

da escassez e preço das garrafas

Os produtores de vinho alertam para a escassez e preço das garrafas de vidro, que chega a custar mais 55% do que antes da guerra na Ucrânia, pedindo a intervenção do Governo.

“A baixa gradual do custo da energia, que se refletiu positivamente nos fretes de transporte em navio, não teve lamentavelmente ainda qualquer reflexo no fornecimento de garrafas, que continuam a ser colocadas no mercado com preços recorde”, indicou, em comunicado, a Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE).

Segundo os dados divulgados pela associação, os custos do vidro estão, em média, 55% superiores aos valores aplicados antes da guerra na Ucrânia. Somam-se ainda os gastos com a energia, transporte, bem como a exigência de pagamento antecipado. “Se é certo que o custo energético teve um aumento, é inegável que está já

há vários meses a ser aliviado. Estranhamente, não há qualquer reflexo no custo das garrafas”, notou. Por outro lado, tem-se verificado a escassez de vários modelos de garrafas, obrigando os produtores a alterarem procedimentos e rotulagem.

A ANCEVE dirigiu, nas últimas semanas, um inquérito à fileira do vinho que revelou que as referências de garrafas que estão mais em rutura são as do tipo Bordalesa, Borgonha, Reno e para espumante, destacando-se as cores azulado, castanho e branco.

Neste sentido, a associação voltou a pedir ao Governo que “estabeleça urgentemente” uma plataforma de diálogo com os representantes dos setores do vinho e do vidro para analisar a atual situação e procurar formas de resolver o problema.

Dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) apontam que Portugal produziu, na última vindima, cerca de 688 milhões de litros de vinho, sendo a maior parte engarrafado.

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Câmara de Serpa promove “Vinhos no Castelo”

Apoiar, promover e valorizar os vinhos produzidos no concelho é o objetivo do Município de Serpa com a realização da iniciativa “Vinhos no Castelo”, nos dias 2 e 3 de junho.

Para esta mostra, na qual o vinho será parceiro de excelência do Cante Alentejano – Património Imaterial da UNESCO e de outros produtos emblemáticos, como o Queijo Serpa DOP, os enchidos e o pão, serão convidados a participar todos os produtores de vinho do concelho, bem como produtores selecionados da região e da raia espanhola.

A iniciativa, a realizar na Alcáçova do Castelo de Serpa e Largo dos Santos Próculo e Hilarião, integrará provas de vinhos, showcookings, concertos e animação musical.

Atualmente o vinho produzido no concelho encontra-se em comercialização em todos os continentes, mas destacam-se ainda outras excelentes produções vitivinícolas, caso dos espumantes, aguardentes vínicas, rosés e vinho da talha.

A aposta municipal na promoção deste setor é relevante, pela importância económica e pelo papel que desempenha enquanto embaixador na promoção das produções tradicionais de qualidade, do turismo e da cultura do território de Serpa.

Nos dias 2 e 3 de junho, na Alcáçova do Castelo de Serpa

Iniciativa da Vinideas decorre a 19 e 20 de abril na Régua

Congresso vitivinicultura sob o lema “Dê um passeio no lado do vinho”

O congresso bienal de vitivinicultura Infowine.forum, que se realiza entre 19 e 20 de abril na Régua, vai debater a neurociência aplicada ao vinho, a ciência aromática, mercados e a humanização do setor.

Organizado pela empresa Vinideas, sediada em Vila Real, o congresso tem como tema “Take a Walk on the Wine Side” (Dê um passeio no lado do vinho), conta com a participação de 39 oradores e realiza-se em formato híbrido, com transmissão em direto para cerca de 40 países.

Leonor Santos, responsável pela Vinideas, afirmou à Lusa que, nesta nona edição do evento, especialistas internacionais vão debater, no Douro, temas ligados ao vinho, destacando, como exemplo, a neurociência aplicada ao vinho, a ciência aromática, mercados e a humanização do setor.

Durante o congresso, vai ser apresentada a empresa Humanwinety, fundada com o objetivo de integrar grupos minoritários no mundo dos vinhos. Este projeto, dinamizado por Bento Amaral, enólogo, professor e atleta tetraplégico, pretende promover a integração de pessoas com deficiências físicas ou intelectuais e outras minorias no mundo do vinho e da hotelaria e, para o efeito, pretende dar-lhes formação e capacitá-las para que possam ser integradas no setor. O momento, segundo a responsável, será aproveitado para se lançar um apelo ao setor para o apoio à formação e para a integração destas pessoas nas empresas.

Leonor Santos destacou ainda a participação de François Chartier, diretor executivo (CEO) e cofundador do Chartier World Lab e criador da Ciência Aromática das Harmonias Moleculares, que irá apresentar “alguns dos mais inovadores conceitos

debatidos no mundo do vinho”. Chartier criou um laboratório multidisciplinar dedicado à área que atua “em campos cruzados como a gastronomia, tecnologia alimentar, inteligência artificial, arte e perfumaria”.

Depois, a responsável acrescentou, José Carlos Costa, CEO da JOOPY WWB, uma empresa internacional responsável por levar vinhos portugueses a novos mercados, vai falar sobre “os desafios do outro lado da equação”, ou seja, a “procura, quem compra os vinhos”. “Incluímos também a neurociência e convidamos Charles Spence, que vem da Universidade de Oxford e nos vai falar sobre os fatores externos que influenciam o gosto e a apreciação dos vinhos”, salientou. E apontou como fatores externos a rolha, a influência da música, o copo, os rótulos ou as garrafas. “Ou seja, imensos fatores que influenciam o gosto e a apreciação dos vinhos que vão ser discutidos neste seminário”, salientou.

Em debate estão ainda outros temas como o enoturismo, recursos humanos, castas resistentes, gestão sustentável de água, microbiologia e cadeias de valor. O programa do Infowine. forum conta ainda com quatro provas de vinhos.

O congresso inclui a participação de 25 empresas, sendo dirigido ao setor produtivo, aos investigadores, estudantes, escanções, agentes de enoturismo e enófilos.

O Infowine.forum tem o apoio institucional da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), a par da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Évora (UE).

A Vinideas, criada em 2002, é uma empresa que tem como missão difundir informação técnica e científica para o setor vitivinícola.

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Cientistas desenvolvem condicionador de cabelo a partir de resíduos de plantas invasoras

O interesse dos consumidores por produtos mais amigos do ambiente é cada vez maior e, consequentemente, a indústria está a investir em produções e métodos mais sustentáveis. Com foco nesta tendência, uma equipa de cientistas do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a desenvolver um condicionador de cabelo a partir de resíduos agroflorestais e de espécies invasoras.

gem sustentável, baseado no conceito de economia circular uma vez que um deles é obtido a partir da madeira”, revela a equipa do DEQ.

O projeto Lignin for hair “pretende preparar novos derivados catiónicos da lignina para serem usados como condicionadores nos produtos capilares e assim, constituírem uma melhor alternativa aos agentes tradicionais. A lignina será obtida por extração de materiais lignocelulósicos por via de procedimentos ambientalmente mais eficientes e sustentáveis”, explica Luís Alves, investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) do DEQ, acrescentando que a lignina, o segundo polímero mais abundante em materiais lignocelulósicos, como a madeira, serve como ‘cola’ de todos os constituintes desses materiais.

No entanto, para chegar ao produto final será necessário “extrair e caracterizar a lignina a partir de resíduos agroflorestais ou de espécies invasoras explorando solventes com componentes de origem natural. Numa segunda fase, a lignina extraída será quimicamente modificada de modo a interagir com as fibras capilares e promover o efeito condicionador. Nesta modificação também serão priorizadas metodologias sustentáveis. Já a terceira fase será dedicada à avaliação da eficácia do produto”, descreve a equipa da FCTUC.

Apesar de se encontrar ainda em fase inicial, o projeto já apresenta alguns avanços positivos. “Já temos resultados relacionados com o processo de fracionamento com recurso a solventes de ori-

Os investigadores acreditam que este produto “poderá ter um elevado impacto na indústria do cuidado capilar, uma vez que vai permitir a substituição de compostos produzidos a partir de matérias-primas não renováveis, como o petróleo, e outras obtidas a partir de matérias-primas necessárias na alimentação humana e animal, como o óleo palma”, concluem. O Lignin for hair, projeto que terá a duração de 18 meses, é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e conta com a participação de investigadores do DEQ e da Universidade do Algarve.

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Da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra

O PrimavEira Fest vai homenagear em junho os cidadãos mais velhos do concelho de Penalva do Castelo, com uma instalação na parede exterior da biblioteca municipal. “A nossa preocupação em envolver as pessoas do concelho no nosso festival levou-nos a fazer uma instalação, em parceria com um projeto internacional, que vai ficar na parede exterior da biblioteca”, adiantou à Lusa o presidente da Associação A Eira.

Carlos Rodrigues explicou que no primeiro dia do PrimavEira Fest, em 08 de junho, vai ser feita a instalação na parede com “a colocação de cerca de 50 fotografias de um tamanho bastante grande”. “Andamos a recolher as fotografias, porque, no fundo, é um enorme mural de retratos dos habitantes mais velhos, para lhes dar a visibilidade que merecem, porque, em algumas aldeias, são elas que ainda conseguem dar vida ao lugar”, destacou.

Carlos Rodrigues assumiu que este mural “é também uma forma de agradecimento e de homenagem às pessoas” do concelho de Penalva do Castelo, no distrito de Viseu. “A instalação ficará até o tempo a levar, o que acaba também por ser metafórico, porque o tempo também vai levando as pessoas, mas nós quisemos homenagear e agradecer aos nossos cidadãos que persistem em manter vida nos lugares”, defendeu.

Este responsável acrescentou que “as pessoas mais velhas também transportam a identidade dos lugares, através das histórias que contam e os ensinamentos que podem dar e, por isso, são pessoas

Com uma instalação na parede exterior da biblioteca municipal

PrimavEira Fest homenageia cidadãos mais velhos de Penalva do Castelo

muito importantes”.

Carlos Rodrigues lembrou que a criação da Associação A Eira teve “muito a ver com as pessoas mais velhas, porque têm muitas tradições a ensinar aos mais novos e também porque toda a gente, em todos os lugares, tem direito de ter acesso à cultura”.

O PrimavEira Fest vem substituir o festival “Verão na Eira”, que se prolongava nos meses de verão com “atividades dispersas” e, este ano, a associação resolveu “antecipar para a primavera e concentrar em menos de uma semana as atividades”. Além desta instalação no primeiro dia, o PrimavEira Fest exibe nessa noite, no interior da biblioteca o documentário “Olhares, Lugares, 2017”, de Agnès Varda. Haverá ainda uma exposição de pintura de Carla Pinto, “Humble”, no Antigo Mercado.

Durante o festival, há ‘workshops’, conversas sobre a sustentabilidade da vida, artes performativas, teatro, com “A viúva… mas pouco”, pelo Grupo Artola, e música com a presença do grupo Girafoles, o DJ Cheganahora e o músico e compositor M-Pex. “As nossas atividades são mais alternativas, pouco comerciais, porque também usam uma linguagem que os nossos cidadãos mais velhos usam, para que também possamos atraí-los e introduz novas linguagens e culturas, também para lhes dar a conhecer outras manifestações de arte”, esclareceu Carlos Rodrigues.

Os diversos eventos “são gratuitos, porque a ideia é democratizar o acesso à cultura, apesar de isso provocar danos orçamentais”, mas para colmatar essa lacuna, explicou, a associação conta com “a Câmara de Penalva do Castelo que tem apoiado sempre as iniciativas d’A Eira”.

Em três concelhos do distrito de Beja

Projeto quer restaurar produtividade agrícola e florestal em zonas semiáridas do Alentejo

A Associação de Defesa do Património de Mértola está a dinamizar, em parceria com entidades académicas e governamentais, um projeto para “restaurar a produtividade agrícola e florestal” em zonas semiáridas de três concelhos do distrito de Beja.

O projeto REA Alentejo, que arrancou em março, é promovido pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) e vai beneficiar 81,1 hectares nos municípios de Mértola, Beja e Barrancos, no Baixo Alentejo. “Este projeto pretende incrementar, em larga escala, aquilo que tem vindo a ser o trabalho da ADPM no combate à desertificação e restauro dos habitats de montado”, explicou a coordenadora do projeto Maria Bastídas.

O projeto REA Alentejo está a ser implementado no Centro de Estudos e Sensibilização Ambiental do Monte do Vento e Herdade de Vale Formoso (ambos no concelho de Mértola), no Parque Biológico de Cabeça Gorda (Beja) e no Perímetro Florestal de Barrancos. Em comunicado, a ADPM adiantou que o objetivo é “restaurar a produtividade agrícola e florestal nas zonas semiáridas do sudeste de Portugal”.

O projeto ambiciona também “uma melhoria da

saúde do solo, do funcionamento dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida das comunidades rurais”, acrescentou a mesma fonte.

Trata-se de “um projeto muito prático, que coloca o foco maior na preservação e proteção dos solos”, reforçou Maria Bastídas, explicando que a iniciativa vai, “por um lado, melhorar o estado e a resiliência de algumas massas florestais e de montado que não estão em boas condições”. “Por outro lado, vai ajustar áreas cujas massas florestais não são adequadas à situação climática atual”, acrescentou. Para tal, “vamos implementar medidas que passam, por exemplo, pela conversão de eucaliptais em fim de produção em sistemas silvoagropastoris, ou outras medidas, em ambiente agrícola, que promovam uma melhor gestão que limite a erosão”, continuou. A coordenadora do REA Alentejo acrescentou que “grande parte das ações relacionadas com a plantação [de árvores] vai decorrer no fim deste ano”.

O REA Alentejo surgiu na sequência de outros programas dinamizados pela ADPM nesta área na região, tentando “implementar numa escala maior as ações que tem desenvolvido ao longo dos anos em diferentes projetos”, explicou Maria Bastídas. “Sendo um projeto profundamente prático, atuando no Baixo Alentejo, pretende, por um lado, a recuperação e a melhoria ambiental do território, mas também criar condições económicas aos proprietários, para dar uma sustentabilidade à região e combater a desertificação”, acrescentou.

Além da ADPM, o REA Alentejo conta com a parceria da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e da Câmara de Barrancos. A iniciativa tem também a colaboração do Centro de Experimentação do Baixo Alentejo da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo.

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a 7 de Setembro
agroglobal.pt Santarém
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2023

‘Agricultura Regenerativa’ foi o tema da sexta edição das 24H Agricultura Syngenta, que reuniu em Bragança cerca de 100 estudantes, de 11 instituições de ensino de Ciências Agrárias do país. Alunos da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança (ESA-IPB) foram os vencedores da maior competição formativa alguma vez realizada em Portugal nesta área.

Sexta edição reuniu cerca de 100 estudantes de 11 instituições de ensino

Estudantes do Politécnico de Bragança venceram

24H Agricultura Syngenta

O primeiro prémio da competição foi conquistado pelos estudantes Cristiano Moisés, Diogo Angélico, Miguel Sobral, Carlos Lopes e Santiago Fernandez, alunos da ESA-IPB, a escola anfitriã. A equipa composta pelos estudantes Leonor Jacob, Silvana Chaves, Francisco Duarte e José Neves, alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), foi a segunda classificada. No último lugar do pódio ficou a equipa composta pelos estudantes Gonçalo Costa, José Oliveira, Artur Morais, Joana Simões e António Ferreira, alunos da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viseu (ESA-IPV).

As 24H Agricultura Syngenta são um evento da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), em parceria com a IAAS Portugal - Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas e a empresa SFORI.

Nesta sexta edição participaram estudantes das Escolas Superiores Agrárias dos Institutos Politécnicos de Bragança, Viseu e Coimbra, da UTAD, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, da Universidade do Algarve, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e de quatro escolas profissionais agrícolas: Baixo Mondego, Vagos, Fermil (Eng.º Silva Nunes) e Carvalhais.

“A Associação Portuguesa de Horticultura orgulha-se de contribuir para a formação de várias centenas de estudantes, desde a primeira edição das 24H Agricultura em 2016, e de proporcionar aos futuros profissionais das Ciências Agrárias a apro-

ximação à realidade empresarial, através da promoção do intercâmbio de experiências e disseminação das boas práticas e avanços técnico-científicos”, afirma Ana Cristina Ramos, presidente da Associação Portuguesa de Horticultura. Durante 24 horas consecutivas, os estudantes realizaram 33 provas, de campo e teóricas, trabalhando competências comportamentais (gestão de tempo, trabalho em equipa, negociação, criatividade, entre outras) e competências técnicas de gestão agrícola.

Os cinco pilares da Agricultura Regenerativa

As provas técnicas foram organizadas em torno dos cinco pilares da Agricultura Regenerativa: Cobertura vegetal permanente do solo; Diversificação, consociação e rotação de culturas; Aplicação precisa de fatores de produção; Distúrbio mínimo do solo e Integração de animais no sistema agrícola.

O tema da competição foi introduzido com a apresentação, do Prof. Doutor Carlos Aguiar, de um caso prático de Agricultura Regenerativa em Trás-os-Montes e Alto Douro - o projeto LIFE MARONESA - que tem como principal objetivo melhorar a resiliência climática das explorações pecuárias extensivas da Raça Maronesa e promover o aumento da retenção de carbono na matéria orgânica do solo.

A organização e os patrocinadores da competição prepararam diversas provas para os estudantes relacionadas com os seus produtos e serviços e enquadradas nos pilares da Agricultura Regenerativa.

A Syngenta apresentou a armadilha eletrónica TRAP VIEW® para monitorização automática e em tempo real da traça-dos-cachos

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(Lobesia botrana), através de reconhecimento e contagem automática dos insetos. Esta ferramenta permite receber informação diária no telemóvel sobre a pressão da praga, ajudando os viticultores na tomada de decisão sobre o momento oportuno para iniciar os tratamentos.

Uma das provas mais emblemáticas da competição prende-se com a condução de tratores John Deere e a calibração de equipamentos da marca Pulverizadores Rocha, usando o equipamento Caliset da Syngenta. O objetivo desta prova tripartida é ensinar os estudantes a calibrar equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos, com recurso a fórmulas que têm por base a velocidade de avanço do trator e o débito de calda por bico de pulverização de forma eficiente, económica e segura para o ambiente.

Os estudantes aprenderam a identificar componentes de tratores e de motores em modelos didáticos e também num trator John Deere série 6M, numa prova proposta pelo fabricante e seu representante local - a empresa Afonso & Irmãos Lda. Em linha com um dos pilares da agricultura regenerativa – distúrbio mínimo do solo -, a John Deere desafiou os estudantes com uma prova sobre o trator de rastos 8RX.

Também no pilar da ‘Aplicação precisa de fatores de produção’, os estudantes identificaram anomalias simuladas em equipamentos da Pulverizadores Rocha, no âmbito da Inspeção Obrigatória de Pulverizadores, e aprenderam a regular/calibrar um distribuidor de adubo pendular.

E porque o uso eficiente da água na agricultura é incon tornável face às alterações climáticas, a Magos Irrigation Systems ensinou os estudantes a instalar um sistema de rega com fita gota-a-gota e a calcular a duração da rega para determinada dotação de água em couves, plantadas pelos estudantes.

A prova da Hubel Engenharia e Sustentabilidade recordou aos alunos que, para uma boa gestão da rega das culturas agrícolas, é essencial um conhecimento preciso dos solos da parcela, bem como a monitorização em tempo real do nível de humidade do solo a diversas profundidades.

O uso de biofertilizantes que contenham microrganismos é cada vez mais recorrente na agricultura e representa uma tentativa de se conseguir, mesmo num sistema intensivo, um solo mais vivo e resiliente, que por sua vez permite que as culturas se desenvolvam melhor, mais saudáveis e atingindo maiores produtividades. A Hubel Verde convidou os estudantes a descobrir diversos biofertilizantes à base de um ou vários tipos de microrganismos benéficos – micorrizas (MycoUp), tricodermas (Notaris), Pseudomonas (Natiphos), Methylobacterium (Utrisha N), Azospirillum e Azotobacter (VitaSoil) - elencando as suas vantagens para as plantas.

Preservar o solo foi também o que propôs a Cotesi com a sua prova sobre as novas telas de solo ‘Kraft Mulch’ em papel, 100% biodegradáveis, para controlo de infestantes em culturas hortícolas. Os estudantes observaram a tela, sobre a qual foram plantadas couves, e responderam a perguntas sobre as suas características e vantagens. Estas telas contêm na sua composição fibras de madeira 100% frescas e quando termina o seu ciclo de vida transformam se em fonte de nutrientes para o solo, numa abordagem de economia circular.

A Lipor, empresa responsável pela gestão de resíduos do Grande Porto, convidou os estudantes a identificar os substratos e corretivos orgânicos da sua gama Nutrimais, que derivam da valorização de resíduos vegetais produzidos nos municípios seus associados. Os alunos foram desafiados a escolher o produto –substrato ou corretivo - mais adequado ao desenvolvimento de vários materiais de propagação vegetativa e a aplicar a respetiva técnica de propagação vegetativa dos materiais identificados.

A prova prática da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA) foi ao encontro de dois dos cinco pilares da Agricultura Regenerativa: Cobertura vegetal permanente do solo e Distúrbio mínimo do solo. Através da demonstração com duas amostras de solo - nu e com cobertura vegetal – sobre as quais foi vertida água, a ANIPLA exemplificou as diferenças ao nível do escorrimento superficial do solo e alertou para a importância das boas práticas de proteção e conservação do solo, por meio de culturas de cobertura, com espécies semeadas ou espontâneas, ou com matéria/resíduos orgânicos. A Agricultura regenerativa é um exemplo de como a mobilização mínima tem demonstrado resultados, promovendo a manutenção de matéria orgânica em culturas não permanentes. A ANIPLA também desafiou os estudantes para uma prova sobre a Smart Farm Virtual a quinta modelo desta associação que pode ser visitada de forma virtual em https://anipla.com/sfv/.

Destaque ainda para as provas da Associação Portugue-

sa de Horticultura, um artigo para a Revista da APH e um pitch de gestão de crise, ambos sobre o tema Agricultura Regenerativa; do Município de Bragança, que levou os estudantes a conhecer o território e a riqueza natural deste concelho; da IAAS, um peddy paper noturno no campus da Escola Superior Agrária de Bragança; e para provas preparadas por vários docentes da ESA-IPB: cálculo de serviço animal como redutor de biomassa combustível presente nas regiões de montanha; medidas biométricas e avaliação corporal de ovinos e caprinos de raças autóctones de Trás-os-Montes; identificação de estruturas anatómicas de ruminantes, suínos e aves; técnicas de amostragem de “insetos com pancada”; insetos na ordem; cálculo da adubação da cultura do tomate em modo de produção biológico e montagem de uma colmeia. A Sfori apresentou uma prova no âmbito do concurso Horse Business Ideas, uma iniciativa do Horse Economic Forum que pretende reunir as ideias de negócio mais inovadoras para desenvolver o setor equestre em Portugal.

A última prova da sexta edição das 24H Agricultura Syngenta consistiu na sementeira de uma margem multifuncional Operation Pollinator no recinto da ESA-IPB. Operation Pollinator é um programa internacional da Syngenta para atrair e fixar insetos polinizadores e auxiliares nos campos agrícolas e desde que foi criado, há mais de 15 anos, já beneficiou milhões de hectares de campos agrícolas a nível mundial. Este ato simbólico representa o compromisso das gerações futuras de agricultores e técnicos agrícolas para com o estímulo e a proteção da biodiversidade na agricultura. Em simultâneo, constitui-se como um ato de cidadania, pois contribui para o bem comum preservando e incrementando recursos fundamentais para a nossa sobrevivência.

Três municípios criam marca

- Bussaco”

Os municípios da Mealhada, Mortágua e Penacova vão criar a marca “Mondego-Bussaco” para promover e dinamizar a oferta turística destes três concelhos. Na base do projeto está a construção de uma marca que “identifique este território como destino turístico”, bem como a valorização de alguns dos seus produtos, no que respeita ao turismo de natureza ou aventura, a gastronomia e o património, informou a Câmara da Mealhada.

Nestes territórios vizinhos - Mealhada, Penacova e Mortágua, nos distritos de Aveiro, Coimbra e Viseu, respetivamente, - destacam-se o Palácio Hotel do Bussaco, o Mosteiro de Lorvão, o Mosteiro de Santa Cruz, o Museu Militar e os trilhos das Invasões Francesas, o Museu Vitorino Nemésio e os núcleos de moinhos de vento.

“A ligação entre estes três municípios é óbvia. Desde logo, por estarmos na zona de influência da serra do Bussaco. Há um património natural e histórico de grande relevância que é preciso potenciar e este projeto vai ao encontro desse objetivo”, sublinhou, citado na mesma nota, o presidente da Câmara da Mealhada, António Jorge Franco.

Os três municípios assinaram um protocolo de parceria. O projeto inclui a criação de um plano de comunicação, o desenvolvimento das ações que integram esta operação de dinamização cultural e turística e, numa fase posterior, a sua consolidação, com capacidade para ser utilizada enquanto ativo de promoção territorial.

A ideia é “estruturar toda esta oferta e formatá-la enquanto produto turístico”, justificou o presidente da Câmara de Mortágua, Ricardo Pardal. “Somos um território riquíssimo, com uma oferta muito diversificada. Basta olhar à nossa volta e ver, por exemplo, o potencial das albufeiras das barragens e o conjunto de atividades ao ar livre que permitem desenvolver, desde os desportos náuticos, às caminhadas, passando pelas praias fluviais”, acrescentou.

À riqueza patrimonial e natural junta-se ainda a diversidade da gastronomia, desde o leitão, aos vinhos da Bairrada, à lampantana, ao arroz de lampreia e à doçaria conventual.

O presidente da Câmara de Penacova, Álvaro Coimbra, sublinhou que “só unindo esforços e trabalhando em parcerias” é que se consegue afirmar aquela região enquanto destino turístico. “O turismo tem sido um motor da economia nacional e as estatísticas provam que há cada vez maior procura e curiosidade pelas regiões do interior. Temos de estruturar o nosso produto e darmos a conhecer um território que merece ser descoberto”, concluiu.

Projeto das Câmaras da Mealhada, Mortágua e Penacova
“Mondego

Peregrinar a cavalo até Santiago de Compostela

Federação quer revitalizar peregrinação equestre nos Caminhos de Santiago

A Federação Portuguesa do Caminho de Santiago quer promover a peregrinação equestre, revitalizando a tradição de peregrinar a cavalo até Santiago de Compostela, em Espanha. “A federação, neste momento, tem uma aposta forte na peregrinação a cavalo, precisamente porque já era uma tradição e sempre foi e continua a ser também uma maneira de peregrinar até Santiago de Compostela”, afirmou à Lusa a presidente da federação, Ana Rita Dias, a propósito do ‘workshop’ sobre peregrinação equestre, que se realiza na sexta-feira, na Golegã.

Segundo a dirigente, em Portugal, com a rede que existe de estabelecimentos que podem receber cavalos, seria “uma aposta boa, e também para o desenvolvimento sustentável dos caminhos, dar um ‘input’ na peregrinação a cavalo até Santiago de Compostela”.

No país, pelo levantamento feito junto dos seus parceiros, a federação constatou que, “ao longo de todos os caminhos, é possível fazer as etapas da peregrinação a cavalo, porque ou existem centros hípicos ou centros equestres que estão disponíveis para receber os cavalos”, explicou.

Ana Rita Dias realçou que o principal é ter, além das “acomodações para os cavalos, onde eles possam fazer a sua alimentação ou banho”, espaço de “descanso para os cavaleiros ou peregrinos perto dos centros equestres que existem”.

A presidente da federação reconheceu que há

ainda trabalho a fazer neste âmbito, como a sinalética apropriada nos Caminhos de Santiago para os peregrinos a cavalo, assim como a identificação dos estabelecimentos que os podem receber.

O ‘workshop’ Peregrinação Equestre, na Golegã, Capital do Cavalo e por onde passa um dos Caminhos de Santiago, decorreu no Equuspolis. Os objetivos passam por “identificar, articular e sensibilizar agentes e infraestruturas de apoio ao cavaleiro já existentes nos territórios ao longo dos Caminhos de Santiago, bem como reconhecer possíveis necessidades de investimento e parcerias futuras para colmatar a resposta atual e estruturar o produto, a nível nacional”.

Ana Rita Dias adiantou que na iniciativa vai ser apresentado o produto “peregrinação equestre nos caminhos em Portugal”, ou seja, o levantamento feito das “condições que os caminhos têm”, para “potenciar ou revitalizar os Caminhos de Santiago” junto de quem faz a peregrinação equestre. “O que nós queremos é, efetivamente, revitalizar essa tradição, essa cultura equestre e, também aqui em Portugal, voltar a dar a devida importância ou dar mais importância à parte dos cavalos e da equitação”, adiantou. A dirigente acredita que esta poderá ser uma alternativa para quem visita o país para fazer os vários caminhos que existem e “apreciar as várias diferenças tradicionais e culturais”. “A nível equestre, penso que será também aqui uma chamada de atenção positiva para que se aposte neste tipo de turismo sustentável, uma vez que não são precisos grandes recursos para conseguirmos fazer um passeio a cavalo ou uma peregrinação a cavalo ou uma experiência a cavalo”, declarou.

A Federação Portuguesa do Caminho de Santiago foi criada em 2019 e tem cerca de 50 associados, incluindo câmaras, associações de peregrinos, paróquias ou misericórdias.

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Tem lugar entre os dias 11 e 14 de maio

O Município de Alcácer do Sal promove, entre os dias 11 e 14 de maio de 2023, a terceira edição da Rota do Arroz. Realizada em conjunto com os restaurantes aderentes, a iniciativa dará a conhecer aos visitantes o que de melhor se cozinha com os produtos endógenos do território alcacerense.

A Rota do Arroz tem o objetivo de reforçar a atratividade do concelho de Alcácer, preservar a identidade, os sabores e os saberes tradicionais, valorizar os produtos endógenos, promover o território e estimular a visita à cidade e ao concelho.

A iniciativa gastronómica vai contar com a participação dos restaurantes do concelho, sendo que os interessados poderão aderir à Rota do Arroz mediante o preenchimento da ficha de inscrição, a ser enviada diretamente pelos técnicos do Município, e que deve ser entregue até ao próximo dia 28 de abril. Os restaurantes participantes devem obrigatoriamente garantir a disponibilização de pratos utilizando o arroz nos dias do evento e devem também ter preferência na disponibilização e sugestão de vinhos da região e outros produtos locais.

Município de Alcácer do Sal promove Rota do Arroz de 2023 Última

Hora

Apelam ao Governo que tome “as devidas providências”

Produtores de cereais preocupados com falta de chuva

A Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC) manifestou-se preocupada com a situação de seca no país e apelou ao Governo que tome “as devidas providências” para mitigar os efeitos da falta de chuva.

“A situação de seca que se vive em todo o território nacional, pelo segundo ano consecutivo, especialmente no sul do país, está a deixar os produtores de cereais de outono-inverno com enormes preocupações relativas à campanha em curso”, afirma a ANPOC em comunicado.

De acordo com a associação, depois de um inverno com recordes de precipitação, que dificultou a instalação das culturas de outono e inverno, segue-se “uma seca com proporções ainda mais devastadoras que a de 2022”.

“A ANPOC apela assim ao Governo e às entidades

competentes que atendam a esta conjuntura meteorológica altamente desfavorável e tomem as devidas providências para que, em tempo útil, se consiga mitigar os efeitos já esperados”, pode ler-se no comunicado.

A falta de chuva “já provocou danos irreparáveis nas culturas instaladas, nomeadamente trigo mole, trigo duro, triticale e cevada, sendo que, em muitas situações, está já em causa todo o potencial produtivo das culturas”, refere a ANPOC.

Segundo afirma, “a grave situação climática, dois anos seguidos, aliada aos elevados custos dos fatores de produção, irá certamente levar ao agravamento da já difícil situação vivida por muitos agricultores”. A associação realça que existem meios para ajudar os agricultores “que não implicam necessariamente reforços financeiros, nomeadamente através da alteração de algumas regras da Política Agrícola Comum, que inevitavelmente terão de ser implementados para colmatar esta quebra expectável de produtividade”.

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Caldas da Rainha lança festival gastronómico para atrair visitantes

A primeira edição do Festival da Lagoa vai realizar-se de 21 de abril a 1 de maio, em duas freguesias ribeirinhas das Caldas da Rainha, para promover a gastronomia e atrair visitantes durante a época baixa.

A iniciativa, organizada pela Câmara das Caldas da Rainha em parceria com as juntas de freguesia do Nadadouro e de Foz do Arelho, visa “a promoção turística do território e do património gastronómico e cultural ligado à Lagoa de Óbidos”, afirmou o presidente da autarquia, Vítor Marques. O evento irá contar com a participação de estabelecimentos de alojamento local, restaurantes, bares, artistas e associações ligadas a atividades desportivas relacionadas com a Lagoa de Óbidos.

Nesta primeira edição, 11 restaurantes e bares (oito localizados na Foz do Arelho e três no Nadadouro) aderiram ao festival disponibilizando menus com “pratos ou petiscos confecionados com produtos da Lagoa”. No que toca à animação, o programa integra espetáculos musicais na Avenida do Mar, na Foz do Arelho, bem como espetáculos nos coretos e animação itinerante nas ruas das duas freguesias.

As ofertas em termos de programação passam ainda por aulas de vela, catamarã e windsurf, promovidas pela Escola de Vela, e passeios de stand-up paddle e de caiaque, promovidos pela Intertidal – Natureza & Aventura.

Uma caminhada interpretativa e uma experiência para conhecer a Lagoa de Óbidos “pelos olhos de um mariscador” são outras das propostas do festival que ao longo dos 11 dias promove vários workshops de cerâmica, aulas de pintura e provas de vinhos. “Este é o primeiro de um conjunto de eventos que se pretende consolidar em época baixa, quer nesta quer noutras freguesias do concelho”, vincou o autarca, desafiando o público a “participar numa exposição conjunta com a publicação de fotografias e vídeos das atividades”.

O festival tem um orçamento de cinco mil euros referentes aos custos de animação e divulgação, financiados pela Câmara das Caldas da Rainha. Com exceção da animação, as restantes atividades são pagas e sujeitas a inscrição.

Entre 21 de abril e 1 de maio, na zona da Lagoa de Óbidos

Organizada pelo Município do Fundão, Junta de Freguesia e Associação de Queijeiros

Feira do Queijo da Soalheira vai decorrer de 19 a 21 de maio

A Soalheira, no concelho do Fundão, vai receber de 19 a 21 de maio, a décima quinta edição da Feira do Queijo, num evento organizado pelo Município do Fundão, Junta de Freguesia local e Associação de Queijeiros.

Este certame terá diversos postos gastronómicos, que irão expor produtos de fabrico tradicional (queijos, enchidos, vinhos e pão), num evento que tem como objetivo prestigiar o queijo da Soalheira e os seus produtores.

Para além de queijos, os visitantes poderão encontrar na Feira do Queijo da Soalheira aulas de cozinha, degustação de queijos, prova de vinhos, animação, concertos e uma caminhada.

No Pico, de 29 de abril a 1 de maio

Municípios da Ilha Montanha promovem ‘Trilhos do Pico Fest’

De 29 de abril a 1 de maio todos os caminhos vão dar aos ‘Trilhos do Pico Fest’, evento que junta os três municípios da ilha do Pico, nos Açores. O desafio é que calce os ténis e parta à descoberta da Ilha Montanha. “Desafie-se e descubra nos três concelhos picarotos novos recantos, que espelham as nossas tradições, a resiliência das gentes do Pico e a beleza desta ilha moldada pelo fogo”, refere a nota de imprensa do evento.

Entre o hipnotizante azul do Atlântico e o verde

envolvente da natureza, os 21 quilómetros de beleza e encanto dão a conhecer esta nova iniciativa, que irá levar ao longo de três dias os participantes a descobrir novos recantos, em cada um dos concelhos picarotos, através de uma caminhada diária de sete quilómetros. Do mar à montanha, o trilho parte das Lajes, explorando a beleza paisagística do sul da ilha. Segue, no segundo dia, para Oeste em direção à Madalena, terminando esta aventura única no Concelho de São Roque.

De mãos dadas em prol da valorização do Pico e das suas gentes, esta é uma iniciativa conjunta dos três municípios da Ilha Montanha, que uniram esforços, aliando a promoção dos percursos pedestres ao combate ao sedentarismo, através desta iniciativa que pretende dar a conhecer o riquíssimo património natural do Pico e as nossas mais genuínas tradições.

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No dia 30 de abril, em Sabrosa

AMPV elege Cidade do Vinho 2024 e assinala aniversário

A Associação de Municípios Portugueses do Vinho assinala no próximo dia 30 de abril o seu décimo sexto aniversário. Neste dia, às 17 horas, em Sabrosa, a Assembleia Intermunicipal da AMPV irá reunir em sessão extraordinária, para votação e eleição da Cidade do Vinho 2024.

tas abertas nos municípios que integram os órgãos sociais da AMPV e vão disponibilizar todas as informações relacionadas com a associação e os seus projetos, mas também informações acerca de entidades parceiras, nacionais e internacionais, que desenvolvem trabalho de promoção e valorização dos territórios, como sendo a Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal, Associação Mundial de Enoturismo (AMETUR) e Iter Vitis.

As comemorações do aniversário da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) já começaram e vão estender-se a todo o mês de abril, com a realização de reuniões em todas as regiões do país para apresentação dos principais projetos da associação, nomeadamente a Rede das Freguesias Vinhateiras, Concurso enológico Cidades do Vinho, Festival Nacional da Canção Rural, Cidade do Vinho, Rainha das Vindimas de Portugal e Dia da Elevação da Gastronomia a Património Cultural e Imaterial de Portugal.

Projeto “Cidade do Vinho”

O prazo de candidaturas ao título de “Cidade do Vinho 2024” está a decorrer, sendo que os municípios associados interessados em concorrer têm até ao dia 21 de abril para apresentar a sua candidatura.

O projeto “Cidade do Vinho” é uma iniciativa promovida pela AMPV e que tem como objetivo valorizar a riqueza, a diversidade e as características comuns dos territórios associados à cultura do vinho e de todas as suas influências na sociedade, na paisagem, na economia, na gastronomia e no património. Destina-se aos municípios associados e pressupõe a elaboração de um programa anual de ações culturais, de formação e de sensibilização ligadas ao vinho, com visibilidade nacional.

Fazendo um balanço do percurso da associação ao longo destes 16 anos de atividade, José Arruda, secretário-geral da AMPV, revela que “tem conquistado um espaço muito determinante no panorama do enoturismo nacional, dando voz a mais de 120 municípios que têm no vinho e no enoturismo a sua principal força económica e turística, mas também liderando projetos promotores deste setor e que agregam agentes e municípios que valorizam a cultura vitivinícola”.

Está igualmente integrada no programa das comemorações do aniversário da AMPV a inauguração de 17 delegações regionais em todo o território continental e ilhas. Estes espaços estarão de por-

Já conquistaram o título de Cidade do Vinho: Pinhel (2020-2022), Peso da Régua (2019), Madalena do Pico (2017), Lagoa (2016), Barcelos (2014), Vidigueira (2013), Viana do Castelo (2011), Beja (2010) e Palmela (2009). Neste período, houve ainda cidades portuguesas que obtiveram o título de Cidade Europeia do Vinho, atribuído pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (Recevin), designadamente, Palmela (2012), Reguengos de Monsaraz (2015), Torres Vedras/Alenquer (2018) e neste ano de 2023 o conjunto de municípios que integram a CIM Douro.

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OCR Police Challenge acontece a 6 e 7 de maio

Serra do Caramulo recebe corrida de obstáculos de

montanha

“A serra do Caramulo, em Tondela, acolhe em 6 e 7 de maio a primeira de três etapas da corrida de obstáculos OCR Police Challenge, uma das mais desafiantes em Portugal”, anunciou Carla Antunes Borges. A autarca especificou que “o Caramulo vai ser palco da tirada dedicada à vertente de montanha do campeonato Trichallenge 2023” e, com esta iniciativa, o concelho receberá “inúmeros atletas” que praticam esta modalidade. “Esta é a primeira vez que Tondela vai receber este evento desportivo. É uma novidade. É deste tipo de provas que queremos que se realizem aqui no Caramulo”, enfatizou na apresentação da iniciativa. Segundo Carla Antunes Borges, o Caramulo “é uma das principais marcas” do concelho, “não só do ponto de vista turístico, no desporto automóvel, mas também no desporto mais radical e de lazer” e, desta forma, “está sempre no mapa”.

A OCR Police Challenge é uma prova acessível a todas as idades e está dividida em três categorias: Fun, Open e Elite, que vai da lúdica à mais competitiva, respetivamente. O circuito a percorrer tem dez qui-

A Serra do Caramulo, no concelho de Tondela, vai receber a primeira de três etapas da corrida de obstáculos OCR Police Challenge, uma das mais desafiantes em Portugal. O Caramulo vai ser palco da tirada dedicada à vertente de montanha do campeonato Trichallenge 2023. A presidente da Câmara de Tondela espera ter um retorno “muito claro” na vila onde se realiza.

lómetros, com a partida e a chegada a acontecerem junto ao Museu do Caramulo. Pelo meio, os participantes vão encontrar 30 obstáculos.

“Os atletas sobem a encosta junto às eólicas, aproveitando as melhores vistas da serra, fazem toda a encosta, descem à zona dos viveiros, também isto para conhecerem um pouco da região, e depois dos viveiros terminam a prova aqui junto ao Museu”, afirmou Nelson Correia, da empresa organizadora da competição. O encontro é aberto à participação de toda a comunidade e já conta com as inscrições abertas através da internet (https:// waitastart.com/caramulo-ocr-police-23/). “Já temos várias inscrições, inclusive de atletas internacionais, o que demonstra bem o interesse que esta prova tem. Pelo nível de inscrições já percebemos que vai ser muito participada”, previu a presidente, Carla Antunes Borges.

Da parte da organização, Nelson Correia explicou que “80% dos atletas participam na vertente mais lúdica, em grupo de amigos ou mesmo do ginásio”, já que se trata de “pessoas normais, que gostam de correr e que pretendem um desafio diferente”.

A Câmara de Tondela e a Junta de Freguesia do Guardão, onde se situa o Caramulo, vão investir “cerca de 25 mil euros” o que, para a presidente da autarquia, a iniciativa irá provocar “um retorno muito claro para a vila do Caramulo”.

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