Segundo dados da Associação Nacional de Proprietários Rurais
Potencial económico do setor da caça pode ser superior a mil milhões de euros anuais A atividade económica gerada anualmente pelo setor da caça em Portugal cifra-se em 320 milhões de euros, um valor muito aquém do seu potencial, de acordo com um levantamento efetuado pela Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC).
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Associação estima que o setor, com a adoção de políticas adequadas, possa vir a ter um potencial económico na ordem dos 1,14 mil milhões de euros anuais. Atualmente, as 5100 zonas de Caça existentes em Portugal, a que correspondem sete milhões de hectares, garantem 7300 postos de trabalho permanentes, a que se somam 108300 empregos temporários. Uma maior aposta no setor cinegético, e a adoção de políticas públicas adequadas, iria ampliar significativamente o já muito relevante papel da Caça na criação e manutenção de empregos nas zonas rurais: a exploração sustentável da Caça poderia gerar até 21400 postos de trabalho permanentes e 317000 empregos temporários. De acordo com João Carvalho, secretário-geral da ANPC, “atualmente aproveitamos apenas cerca de 30% do potencial do setor da caça, o que nos convoca para a necessidade urgente de dinamização do setor cinegético através da implementação de uma estratégia nacional de promoção e valorização dos recursos cinegéticos, à semelhança do que ocorre noutros países, como por exemplo Espanha. O setor da caça pode ser um aliado efetivo no esforço de recuperação económica de Portugal, permitindo que com uma adequada e sustentável valorização dos recursos endógenos se criem dezenas de milhares de postos de trabalho no interior do país, contribuindo para a dinamização e coesão territorial, a par da promoção da biodiversidade e da valorização dos habitats. A caça é um setor que, com uma estratégia adequada, pode ser crescentemente inovador e tecnológico e ter um efeito indutor positivo em setores complementares, como são os casos do turismo, gastronomia e restauração, hotelaria, comércio, cultura, entre outros.” De acordo com o mesmo levantamento efetuado pela ANPC, a título comparativo, em Espanha 30
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