"Lógica de remuneração do transporte é de que cada vez que a catraca roda o empresário ganha", afirma militante do MPL Em entrevista ao Brasil de Fato, Laura Viana, integrante do MPL, fala sobre mobilidade urbana, o aumento das passagens de ônibus e mêtro em São Paulo e as mobilizações pela cidade. 08/01/2015 Por José Coutinho Júnior, De São Paulo (SP)
Um dia antes da data marcada para o aumento das passagens de ônibus e mêtro em São Paulo (SP), o Movimento Passe Livre (MPL) volta às ruas. Para analisar o atual momento e explicar o início das mobilizações deste ano, o Brasil de Fato entrevistou Laura Viana, integrante do movimento A partir deste sábado (9), a tarifa na capital paulista passa de R$ 3,50 para R$ 3,80 . Sobre isso, a militante critica o posicionamento da prefeitura e do governo do estado que "estão escolhendo quem eles beneficiam'. "A lógica de remuneração atual é de que a cada vez que a catraca roda o empresário ganha [...] Sempre que se pensa o aumento a ideia é não comprometer o lucro de quem controla que são as empresas de ônibus, pessoas que financiam campanha eleitoral. Então o nosso ponto principal é que se corte do lado mais forte. Não é a população que tem que pagar por isso", disse. Marcada para hoje (8), no centro da cidade, a primeira manifestação do movimento pretende reunir cerca de cinco mil pessoas. Questionada se os atos continuam se o reajuste da tarifa prosseguir, Laura é categórica: "Sem dúvida. Hoje é só o 'avisinho'". A entrevista ocorreu antes do protesto. Confira a entrevista completa: