Jornal Z Oeste - 24ª Edição (26/01/2018)

Com mais de 180 mil atendimentos, Casa do Cidadão Ipiranga é a segunda mais requisitada em 2017

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SAMU

Sorocaba | 26 de Janeiro de 2018 | Nº - Ano 2 www.jornalzoeste.com.br - Distribuição GRATUITA

resgatando vidas através da compaixão

Disk Fraldas JK: há 16 anos prestando serviço rápido e de qualidade Pág. 02

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JP Miranda e Glauber Piva trocam farpas nas redes sociais Pág. 03

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Sorocaba, 26 de Janeiro de 2018

Disk Fraldas JK: há 16 anos prestando serviço Amar faz rápido e de qualidade

Editorial N

bem

esta edição do Jornal Z Oeste destacamos uma reportagem especial sobre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU. É verdade que já publicamos diversas reportagens relatando atrasos no atendimento, mas desta vez, é diferente: queremos convidar você a se colocar do outro lado da história.

Dever do (bom) jornalismo, pôr-se no lugar do outro é um ato, infelizmente, cada vez mais raro em nossa sociedade.

O motorista Reginaldo e a enfermeira Marli, porém, no último dia 6, fizeram diferente ao, além de transportar uma paciente acamada de 88 anos, deramlhe banho e comida. Dona Maria estava há dias com fome e sede, deitada sob o próprio xixi e, abandonada pela filha adotiva, literalmente gritou por socorro.

A dupla, diante da situação, não pôde fechar os olhos. Marli e Reginaldo são exemplos de como podemos, todos os dias, praticar um exercício que faz bem para corpo e a mente: a solidariedade.

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uncionando desde 2002, sempre nas imediações do Terminal Rodoviário, o Disk Fraldas JK é reconhecido pela praticidade dos seus serviços, entregando fraldas e produtos nutricionais e de higiene para crianças e adultos, como leite, xampus, cremes, além de cosméticos como maquiagem. “Eu trabalhava em uma empresa, meu irmão já fazia entregas. Aí nós tivemos a ideia de criar o Disk Fraldas”, lembra Ciriene Santos de Almeida, a diretora. E o sucesso se deu em pouco tempo.“Eu saí da empresa em que trabalhava, o meu irmão, que já estava no ramo de entregas, também aproveitou a oportunidade. Agora cada um tem sua empresa. A dele é uma distribuidora de cosméticos”, conta.

Ciriene identificou a oportunidade ao observar a dificuldade que suas amigas tinham em comprar fraldas. “Foi empreendedorismo. Começamos em uma lojinha em frente à rodoviária, depois fomos mudando, até vir para este endereço maior”. E se antes quem fazia as entregas era o irmão, agora Ciriene contratou uma empresa terceirizada de motoboys.

“Entregamos em toda a cidade e também em Votorantim, com pagamento em dinheiro e no cartão”. Atualmente o Disk Fraldas JK também vende no balcão. “O disque vende mais. Minha prioridade é o disque. Principalmente com produtos geriátricos. É o foco aqui”, afirma.

Crise E o Disk Fraldas JK está na contramão da recessão econômica que afeta todo o país. Hoje, além da empresa terceirizada, Ciriene conta com mais duas funcionárias. “O preço da fralda também depende do preço do petróleo. Muitas, também, são importadas. Já passamos momentos bem difíceis, de às vezes não ter produto.

Os preços também sobem muito, mas a gente vai continuando”, salienta. “A gente tenta não repassar esse custo para o

cliente, mas é difícil”. Agora, Ciriene compra direto das indústrias e tem cerca de dez fornecedores, que fazem entregas toda semana. “São muitos pedidos, às vezes cinco, seis por semana. Graças a Deus estamos bem”.

Inovação Além da mudança recente para o novo endereço, Ciriene também inovou no Disk Fraldas JK com a ampliação dos produtos. “Eu complementei a venda. Agora

temos os cosméticos, o leite, roupas infantis e outros acessórios. A mãe aproveita para comprar fraldas para o filho, por exemplo, e já leva outras coisas”. Em 2018, ainda, novos produtos devem ser adicionados ao catálogo. “Meus clientes estão sempre me acompanhando, e o diferencial é realmente a entrega. Tem gente que não sai mais para nada, graças a essa possibilidade de entregar a compra. O meu valor também é mais baixo do que os normalmente praticados”. O Disk Fraldas JK fica na avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1033, no Jardim Vergueiro. O atendimento também pode ser feito pelo WhatsApp 99651-9444.

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JP Miranda e Glauber Piva trocam farpas nas redes sociais Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

JP Miranda (PSDB) e Glauber Piva (PT) trocaram farpas em seus perfis no Facebook nesta semana. O petista criticou o tucano, que acabou saindo em uma publicação do blog do jornalista Renato Rovai, na Revista Forum. Na matéria, Rovai critica Paulo Mathias (PSDB), o prefeito regional de Pinheiros, que estava em viagem para a Disney nos últimos dias. Neste domingo (21), a região de Pinheiros ficou alagada por conta das chuvas.

Em seu perfil no Facebook, o petista citou uma suposta foto publicada por JP, falando sobre os altos impostos no Brasil, próximo a um aparelho televisor de alta tecnologia. “Só que ele não percebeu que a TV lá estava mais cara. Desmascarado, acabou apagando o post”, afirma Piva.

Resposta Miranda respondeu através de um vídeo, publicado em seu Facebook, enquanto voltava do aeroporto de Guarulhos a Sorocaba.

Nele, reafirmou que produtos eletrônicos no Brasil são mais caros que no exterior e ressaltou que Paulo Mathias viajou em férias constitucionais.“[O alagamento] é um problema que o senhor Haddad [ex-prefeito de São Paulo, do PT], que o Glauber Piva defende, teve a oportunidade de resolver e não fez. Então não é um problema simples. O prefeito regional que estava em viagem acionou as equipes da Defesa Civil e monitorou pela internet.”, defendeu. O

tucano, que também faz parte do Movimento Brasil Livre (MBL) em São Paulo, frisou que viajou com seu próprio dinheiro. “Eu não ocupo cargo púbico atualmente, e o dinheiro é meu, fruto do meu trabalho, diferente dos seus amigos mensaleiros, petroleiros, corruptos, do Lula, que rouba dinheiro da população, pra ir viajar”. O suplente de vereador finaliza o vídeo recomendando que Glauber Piva “que é sim a ala que ainda presta desse partido podre, que é o Partido dos Trabalhadores, deveria se preocupar com as boas ideias, com as propostas, ao invés da minha viagem”.

região onde ele vai administrar”. Depois, Glauber ressaltou a desigualdade social. “Eu preferia que você tivesse do lado daqueles que estão lutando contra a desigualdade social. É contra essa grande desigualdade que faz com que, uns tenham dinheiro para ir para Disney, e outros não tenham dinheiro nem para o transporte público aqui em Sorocaba”. Depois, o petista finaliza convidando JP a ir “para o lado daqueles que querem combater a desigualdade social. Você será bem vindo. Vamos lutar por uma Sorocaba mais justa”.

Fundação Casa O presidente da Câmara de Sorocaba, Rodrigo Manga (DEM), visitou as instalações do Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente de Sorocaba (Fundação Casa So-

Tréplica Diante das declarações do tucano, Piva também gravou um vídeo. Nele, esclareceu que não criticou JP pela viagem, mas sim o subprefeito Paulo Mathias.“Sabendo que esse problema é antigo, um subprefeito de Pinheiros não pode se dar ao luxo de ir para a Disney em janeiro, sabendo que vai chover, sabendo que pode ter um problema de enchente na

rocaba 3), para conhecer o local e viabilizar uma parceria entre essa instituição e o Legislativo local. O objetivo é promover ações conjuntas, em caráter piloto, voltadas à ressocialização dos adolescentes infratores. “A maioria dos custodiados nessa unidade tem relação com o uso ou tráfico de drogas. E, diante do meu trabalho de apoio ao dependente químico, mais a iniciativa da direção da Fundação Casa em reabilitar esse público, nasceu essa ideia de tentar aproximar as partes e potencializar a ajuda”, frisa Manga. O vereador foi recebido pelo diretor da Fundação Casa Sorocaba 3, Moisés Adriano Martins, e por uma equipe de profissionais que atuam na unidade. Segundo Manga, a intenção é utilizar a estrutura da Escola do Legislativo para a oferta de capacitação aos adolescentes infratores.

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SAMU: resgatando vidas através da compaixão Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

“A

vida é uma escola. Cada dia eu aprendo mais. E eu vejo a cada dia que o ser humano está difícil.

Não se tem mais aquele amor, da mãe cuidar do filho, do filho cuidar da mãe”. Estas são as lições que Marli Frias, de 50 anos, enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, tem aprendido. A sala de aula?

Uma ambulância, pilotada pelo companheiro de equipe, Reginaldo César de Oliveira, de 43 anos. Os dois iniciaram 2018 passando por uma prova difícil de esquecer: o resgate de uma senhora acamada, de 88 anos, identificada apenas como Dona Maria, no último dia 6. “A Polícia Militar foi chamada no local, porque os vizinhos ouviram os gritos dela.

Acho que eles arrombaram a porta, viram a situação e nos chamaram. Nós chegamos lá e nos deparamos com ela deitada na cama, em um colchão com um plástico, que era uma piscina de urina. Fazia dias que ela estava ali, com sede e fome”, lembra ele. Esta, inclusive, era a motivação dos gritos de Dona Maria.

Segundo informações, ela mora com a filha adotiva, de 22 anos – que seria usuária de drogas – em uma residência no Central Parque, na Zona Oeste. “Ela falava que estava sozinha, que tinha dor, que estava com sede. ‘Minha filha sai, não volta nunca. Eu comecei a gritar, alguém escutou e chamou a polícia’”, relata a enfermeira, que conversou com Dona Maria durante o atendimento. A situação chocou tanto os policiais quanto os profissionais da saúde. Eles, então, decidiram transportá-la até a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Norte, mas antes, sentiram que precisavam fazer algo além do resgate. “A Marli sugeriu que a gente desse um banho nela, e eu aceitei. Tentei ligar o chuveiro, mas estava queimado.

Enquanto a Marli tirava a roupa dela, eu lavei quatro panelas, coloquei água e esquentei no fogão”, conta o motorista. “Eu liguei para a Central, falei: doutor, pelo QTH [sigla utilizada em radiocomunicadores para tratar sobre o local da chamada], não tem condição. O médico me autorizou a fazer o que achasse melhor.

Avisamos os policiais, também, que eles precisariam esperar um pouco mais”, afirma Marli.

Ela, ainda, tirou algumas fotos do local, mas nos autorizou a publicar somente uma: a de Reginaldo, enquanto esquentava a água para o banho. Além das roupas espalhadas e muita bagunça, foi possível ver a geladeira suja, com comida aparentemente estragada, gatos em uma caixa de papelão, o banheiro sujo e portas corroídas. “Ela estava com um pãozinho, enrolado dentro de uma sacola, mas tinha

Marli Frias, de 50 anos, enfermeira e Reginaldo César de Oliveira, de 43 anos, motorista

mosquito verde dentro. A polícia também encontrou larvas em restos de comida. Ela estava há tanto tempo deitada em cima da urina, que a pele dela estava enrugada”, relata a dupla. Depois do banho improvisado, Reginaldo conta que encontrou, em meio as roupas no chão, um creme hidratante, que passou por todo o corpo de dona Maria. “Trouxemos ela aqui, ela estava com muita fome. Eu desci, ia dar meu lanche para ela, mas uma enfermeira viu e se prontificou a pagar um marmitex. Eu não vi, mas disseram que ela comeu muito rápido”, ressalta o motorista.

Dividir, multiplicar e compartilhar Segundo o dicionário Michaelis, uma das definições do substantivo feminino “compaixão” é: “participação da dor alheia com o intuito de dividi-la com o sofredor”. E esta foi a atitude de Marli e Reginaldo, que ficaram sensibilizados com a situação de Dona Maia. “É revoltante uma filha largar uma mãe, assim, ainda mais que ela pegou para criar. Ela quis a criança. Agora é a vez dela. Quantas fraldas ela não trocou da menina?”, questiona Marli, que tem duas filhas: uma de 24 anos, formada em Direito, e outra de 31 anos, formada em Administração. Reginaldo também tem duas filhas, uma de 20 anos, que trabalha com Turismo, e outra de dez. “Tudo que acontece aqui, eu relato em casa, principalmente para a minha mais nova, para que ela pense bem antes de reclamar de alguma coisa. Não está boa a comida? A roupa não está legal? Tem gente pior”, destaca ele. Já Marli orienta suas filhas a fazerem tudo com amor. “Eu trabalhei no Natal, trabalhei dia 31 [de dezembro], e em nenhum momento eu reclamei, porque eu que quis fazer isso. E eu falo pra elas que é mil vezes melhor estarem do lado de cá, do que do lado de lá. É muito melhor ver você cuidando, do que ser cuidada”.

Marli é enfermeira há 22 anos, e trabalha há cinco no SAMU. Reginaldo transporta os pacientes há sete anos. Para ambos, situações parecidas com a de Dona Maria acontecem com frequência. “Eu sempre quis isso. Fazer a diferença para aquela pessoa que está precisando, está acidentada. Mas essas questões sociais, eu não esperava”, afirma ele. “Eu estava no shopping, um moço veio de frente comigo, me cumprimentou e disse: ‘você não lembra de mim, mas eu nunca vou esquecer de você. Eu sou um que teve acidente de moto, no Campolim, você me atendeu no Santo An-

tonio [hospital público de Votorantim]. Marli, você foi tão importante na minha vida, eu nunca mais vou esquecer você’”. Reginaldo também já foi reconhecido. “Uma vez eu estava na Santa Casa, e uma morena ficou olhando para mim. Ela chegou perto, me pediu um abraço e me mostrou uma senhora, que era lá do Cajuru. ‘Ela quase morreu, e vocês atenderam ela tão bem. Ela agradece vocês’. E eu dei o abraço nela”. Como enfermeira, Marli também já trabalhou em hospitais, tratando de pessoas em coma.“Eu chegava e dava bom dia. O médico falava que estava em coma, e eu respondia ‘doutor, deixa eu falar com ele. Pode ser que esteja ouvindo’. Eu falava se estava sol, se estava chovendo, chamava para dar banho”.

Pressão, obstáculos e criatividade Quem trabalha no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência precisa lidar com as dificuldades, sob pressão. Muitas vezes, a falta (ou a falha) de um equipamento e o nervosismo da família durante o resgate podem, inclusive, atrapalhar os profissionais na hora de salvar uma vida. “A gente joga muito com o psicológico na hora de atender uma ocorrência. Os pais, a família, pressionam você”, conta Reginaldo. Marli lembra que, no caso de uma ocorrência envolvendo uma criança, a tensão pode ser maior ainda. “Eles [os pais] entregam na sua mão o que eles têm de maior valor, que é o filho. Uma vez eu estava aqui [na UPH Zona Norte, onde as ambulâncias ficam estacionadas, aguardando uma chamada], a moça com a criança no colo, ela deu a criança para mim, disse que não tava respirando. Já não tinha o que fazer, mas ela estava esperançosa. Nessas horas a gente tem que manter a calma, não entrar em desespero”. Os companheiros de equipe, no entanto, dizem lidar bem com isso.

“Para quem está esperando, 20 minutos são duas horas. Só que pelo bom trabalho, eles acabam se acalmando. Se bater de frente, a gente não atende o paciente e não resolve com quem reclama”. Para evitar problemas técnicos durante os atendimentos, Marli faz revisões diárias nos equipamentos, e Reginaldo faz a vistoria mecânica do veículo. “Eu olho tudo e, se precisar arrumar alguma coisa, eu já aviso que o carro não sai enquanto não arrumar”, salienta. “O trânsito de Sorocaba é uma tristeza. Eles não deixam a gente passar. Aí tem uma chamada no Cajuru. Como você vai sair daqui e chegar lá rapidamente?”. Além disso, a central de chamadas também sofre com trotes. “Acontece de a pessoa cair da moto, li-

garem pra nós, aí a pessoa levanta e vai embora, e não avisa a Central. Você abre a sirene, sai daqui, você pode causar um acidente. E eles [solicitantes do atendimento] exageram, para que você possa ir mais rápido”, contam eles.“Já aconteceu de pegar acidente, e a pessoa precisar daquele Head Block, o colar cervical, para ficar imóvel. São dois jogos que tem no carro, e aí tem três vítimas, e o apoio vai demorar. Aí a gente usa dois frascos de soro, amarra com a faixa e dá um jeito. Nunca deixamos nada pra trás”. Reginaldo conta que, atualmente, o SAMU conta com cinco viaturas de Unidade de Suporte Básico (USB), como a dele, e uma UTI móvel. “Até ano passado tínhamos duas, mas acharam que não tinha necessidade de uma cidade com quase 700 mil habitantes terem duas UTI, o que é um erro. Se eu pegar uma [ocorrência de] parada cardiorrespiratória, o paciente vai precisar ser entubado. Nós não temos esse aparato, o médico tem. E cadê o médico? Está ocupado, fazendo outro trabalho”.

Para o médico Paulo Sampaio, coordenador municipal do Serviço, “o SAMU tem uma característica: ele atende ao miserável e ao mais rico. A urgência não tem hora nem local para acontecer”, salienta. “Eu tenho muito orgulho da equipe que trabalha comigo. Em dez anos, foram poucas mudanças. São funcionários que prezam e gostam daquilo que fazem”. Sobre o número de ambulâncias na cidade, Paulo explica que a diminuição da frota aconteceu em março de 2016, mas que já foi pedido o aumento. “A gestão já nos autorizou a montar a segunda unidade avançada.

Só estamos precisando de mais profissionais, para completar a escala. Também já passamos a rodar com seis Unidades de Suporte Básico, e estamos pedindo ao Ministério da Saúde o aporte para mais uma. Aumentando a frota, conseguimos aumentar o tempo de resposta a uma ocorrência”.

E a Dona Maria?

Atendida em 6 de janeiro, um sábado, Dona Maria ficou em observação na UPH durante todo aquele final de semana, e depois foi transferida para o hospital da Santa Casa de Misericórdia, onde foi diagnosticada com anemia e, através de uma biópsia, câncer de mama. Até o fechamento desta reportagem, ela ainda estava internada. Já Marli e Reginaldo seguem com os atendimentos do SAMU, resgatando muito mais do que vidas. “A Dona Maria pegou na minha mão. Ela não parava de beijar a minha mão, chorando. Disse para a Marli: graças a Deus existem anjos como vocês. Quem deveria ser carinhosa com ela, largou ela na mão”. Horas depois, via WhatsApp, Marli enviou para Reginaldo a foto que mostra ele esquentando a água, com a legenda: “companheiro é companheiro. Obrigado pelo empenho. Se todos fossem assim o mundo seria melhor. Deus abençoe, em nome da dona Maria”.

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Com mais de 180 mil atendimentos, Casa do Cidadão Ipiranga é a segunda mais requisitada em 2017 Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

A Casa do Cidadão Ipiranga, única da Zona Oeste, somou, em 2017, 180.054 mil atendimentos durante todo o ano de 2017. A relação foi divulgada pela Prefeitura. Com este número, a unidade fica em segundo lugar como a mais requisitada na cidade, através somente da unidade Itavuvu, que somou 201.390 mil solicitações no ano passado.

No ranking, quem fica em terceiro lugar é a unidade Ipanema, com 160.307 mil atendimentos. Logo depois ficam as unidades Nogueira Padilha (107.138), Éden (91.313), Brigadeiro Tobias (68,140) e, em último, a unidade Paço, com 40.892 mil atendimentos. No total, as unidades somam 849.234 mil atendimentos feitos durante o ano. “No ano passado foram ampliados os serviços em parceria com outras secretarias municipais, com a da Fazenda, que descentralizou os atendimentos relacionados à Dívida Ativa. O cidadão pode negociar seus débitos com a prefeitura nas Casas do Cidadão, além disso, é possível fazer a alteração cadastral de IPTU e a alteração de endereço.

Outra parceria importante foi com o órgão de Defesa ao consumidor, o Procon, que realiza atendimentos em três unidades: Ipiranga, Paço e Brigadeiro Tobias”, ressalta a nota enviada à imprensa.

Serviços mais requisitados.

Na unidade Ipiranga, o serviço mais requisitado foi o dos Correios, com 50.723 pedidos, seguido pela Prefeitura (39.264), Urbes (29.298), Saae (28.975), Centro Judiciário (597) e Procon (53), padrão semelhante com a unidade Itavuvu, que somou 45.956 atendimentos para os Correios, depois Prefeitura (39.658), CPFL (32.791), Saae (31.536), Procon (4.750) e

Centro Judiciário (573). Já na Ipanema, o serviço mais pedido foi em relação a Prefeitura, com 52.132 pedidos, depois Urbes (31.491), CPFL (29.034), Saae (25.624), Correios (17.785), Procon (3.339) e Centro Judiciário (902). No geral, de acordo com a Secretaria de Cidadania e Participação Popular (Secid), responsável pela gestão das unidades,“os serviços mais solicitados foram da Prefeitura (28%), seguido dos Correios (19%), Urbes (18%), CPFL (18%), e Saae (15%). Os atendimentos relacionados à Prefeitura foram, em sua maioria, sobre IPTU, inscrição em creches, solicitação de transporte para pacientes na cidade e para viagens a outras cidades e podas de árvores”, informa a nota.

Os mais de 105 mil atendimentos na Casa do Cidadão da Nogueira Padilha se concentraram, em sua maioria, em serviços da Urbes, com 24.569 demandas.

Logo depois vieram os serviços da Prefeitura (20.202), Saae (18.440), CPFL (17.803), Correios (9.220) e Procon (607).

Já no Éden, foram solicitados 24.569 atendimentos da Urbes, 20.292 da Prefeitura, 18.440 do Saae, 17.803 da CPFL, 607 do Procon e 382 do Centro Judiciário. Em Brigadeiro Tobias, foram 35.470 atendimentos dos Correios, 13.747 da Ur-

bes, 10.020 da Prefeitura, 4.743 do Saae, 3.786 da CPFL, 355 do Centro Judiciário e apenas 19 do Procon. A unidade do Paço, que ficou em último lugar, somou 29.397 atendimentos da Prefeitura, 7.988 de

Mobiliário, 1.181 da Urbes, 1.053 da CPFL, 959 do Saae e 314 do Procon. A relação completa dos serviços oferecidos está disponível no site da Casa do Cidadão: https://goo.gl/pBYM8w

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