Jornal Z Oeste - 22ª Edição (24/11/2017)

Jornal Z Oeste completa um ano e se consolida na região

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Novembro de 2017

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OESTE

Sem Estrutura 22

Sorocaba | 24 de Novembro de 2017 | Nº - Ano 2 www.jornalzoeste.com.br - Distribuição GRATUITA

Candidatos à prova da CNH sofrem com atrasos e falta de banheiros no local de prova

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POLÍTICA

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Sorocaba, 24 de Novembro de 2017

Editorial

Jornal Z Oeste completa um ano e se consolida na região

Parabéns, Zona Oeste! O

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Jornal Z Oeste está completando dois anos. E você, leitor, não pode imaginar a nossa alegria em fazer parte desta grande família que é a Zona Oeste de Sorocaba.

Porque sim, a Zona Oeste é uma grande família. E como toda família, tem seus contratempos e seus sucessos. Um grande sucesso da Zona Oeste é o seu crescimento populacional. É uma das regiões que mais crescem na cidade, com uma expansão comercial progressiva. No entanto, toda esta evolução também gera seu ônus: sistema de saúde pública ineficaz, transporte público ineficiente, desenvolvimento urbano desordenado, entre tantos outros. O mais importante, nisso tudo, porém, é não desistir.

A equipe do Jornal Z Oeste agradece a todos que prestigiam nosso trabalho e assume o compromisso de sempre proporcionar a união e a mediação de suas adversidades, prestando um serviço a você, leitor. Muito obrigado, Zona Oeste!

Jornal Z Oeste

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A Voz da Zona Oeste!

EDIÇÃO QUINZENAL Iperó Comunicação - CNPJ: 22.989.691/0001-30 Av. Itavuvu, 3373 - Piso L2 - Lj 2067 (Shop. Cidade) - Jd. Santa Cecília - Cep: 18078-005 Sorocaba/SP

Jornalista Responsável Guilherme Maganhato - MTB 81565/SP

Diretoria Fernando de Araujo Silva redacao@jornalzoeste.com.br cel (15) 98128.7921 Angela Aparecida Alves comercial@jornalzoeste.com.br cel (15) 98144.9091 As matérias e artigos assinados não representam necessariamente a opinião desse jornal, sendo de inteira responsabilidade dos seus autores

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Jornal Z Oeste chegou às bancas da Zona Oeste da cidade há um ano, e se consolidou como a principal publicação da região. Em todo este tempo em que estivemos com você, leitor, denunciando problemas no bairro, trazendo os bastidores da política sorocabana e prestando um serviço a todos aqueles que buscam informação de qualidade, com isenção.

A nossa primeira edição, publicada em 18 de novembro do ano passado, trazia como destaque a horta comunitária existente na avenida Santa Cruz, um dos principais corredores viários da região. A história das companheiras Florinda Silva, Creuzailda dos Santos e Nair da Rocha para transformar o local em um reduto rural causou comoção e mostrou aos nossos leitores a que viemos – para informar com sensibilidade.

O Jornal Z Oeste, ainda, publicou outras reportagens de grande repercussão. Entre elas, a que retratava os problemas enfrentados por quem utiliza a Estrada do Ipatinga, uma importante ligação entre a Zona Oeste e cidades da região.

Outro ponto da avenida Santa Cruz também foi alvo da reportagem, desta vez pelo mato alto que incomodou os moradores.

Regularização fundiária no Jardim Baronesa, criação de empregos na região e reuniões de associações de moradores também foram destaque.

Novos formatos Além da informação de qualidade impressa e entregue quinzenalmente nas residências da Zona Oeste, o Jornal Z Oeste também inovou, apostando nas redes sociais para levar nosso conteúdo. Com mais de 85 mil “curtidas” nas páginas do Facebook do Grupo Z de Comunicação, nossos leitores, principalmente através das nossas transmissões ao vivo, souberam em primeira mão, por exemplo, sobre a cassação do prefeito José Crespo (DEM), as primeiras ações de Jaqueline Coutinho (PTB) à frente do Paço, além do retorno do democrata às rédeas do Executivo sorocabano.

Relacionamento Neste primeiro ano, a exemplo do que o Jornal Z Norte e a Folha de Iperó já fazem, intensificamos a proximidade com os leitores, ouvindo seus principais anseios. Esta edição especial, por exemplo, traz os problemas que

enfrentam os moradores da região do Wanel Ville, onde acontecem todas as terças e quintas-feiras o exame prático para a categoria B da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Acreditamos que essa é a essência do jornalismo – dar voz à população. Este sempre será o nosso compromisso.

Missão cumprida, mas não finalizada A nossa missão está sendo cumprida, mas ela nunca acaba. Este é o sentimento dos

diretores Fernando Araújo e Angela Alves.

“Estamos muito felizes com os resultados.

Isso mostra que a população da Zona Oeste carecia de um canal de informação sério.

Vamos continuar investindo para levar nosso trabalho a todos”, ressalta Fernando. Já para Angela, “expandimos em um momento em que todo o país passa por uma recessão econômica. Isso mostra que só fica em crise quem não tem a coragem suficiente para empreender”.

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Prefeitura quer terceirizar Arena Sorocaba, mas alguns vereadores discordam da ação Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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prefeito José Crespo (DEM) encaminhou Projeto de Lei (PL) para terceirizar a Arena Sorocaba. Inaugurado há pouco mais de um ano, o empreendimento custou R$ 14.174.466,90 aos cofres públicos e, segundo os vereadores afirmaram durante a sessão desta última quinta-feira (23), custa R$ 20 mil mensais ao Paço.

O PL, no entanto, sofreu resistência da ala esquerda da Câmara. Renan Santos (PCdoB), Iara Bernardi (PT) e Fernanda Garcia (PSOL) acabaram reclamando da falta de debate a respeito do assunto. Renan lembrou em plenário que, no primeiro semestre, houve um acordo entre o Executivo e Legislativo de que os projetos “polêmicos” seriam discutidos com mais calma. O parlamentar quer marcar uma audiência pública para tratar do tema.

Primeiro desafio - A discussão deste PL foi o primeiro desafio do vereador Irineu Toledo (PRB) como líder do governo Crespo na Câmara. Esta fora a primeira discussão da proposta, mas não pôde ser votada por fal-

ta de tempo regimental. Para o parlamentar, o resultado foi positivo. “Foi perfeito. Houve entendimento e diálogo. Uma vereadora fez oposição por fazer, mas tenho certeza de que se tivesse sido votado, seria aprovado”, afirma ele. Durante a discussão, diversos vereadores pediram a palavra. A última a falar foi Iara Bernardi, que teve seu discurso interrompido quando o tempo para que a sessão acabasse foi atingido. “Era isso o que eu esperava”, afirmou ela ao finalizar o discurso. O projeto recebeu emendas, e deve voltar para a pauta na próxima quinta-feira (30).

Bandeira branca Já no PMDB, tudo em paz. A vereadora Cíntia de Almeida (PMDB), vice-presidente do diretório municipal, afirmou que desde a cassação de José Crespo (DEM) – o que ela afirmou ter sido um golpe político, em retaliação a supostas negativas do prefeito em dar cargos a pessoas indicadas pelos parlamentares – o partido estava rachado. Vitão do Cachorrão, Péricles Régis e Hudson Pessini não obedeceram à recomendação do partido e votaram a favor da cassação, naquele 24 de agosto. No entanto, segundo ela, após

reunião em São Paulo, estas questões foram superadas e não há mais divisões na cúpula peemedebista. Pessini, inclusive, deve ser o líder do partido na Casa.

Zoológico em debate Outro motivo de debate acalorado – mas concordante – na última sessão da Câmara foi a respeito de uma audiência pública, marcada para esta segunda-feira (27), para deba-

ter a gestão do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros. Vereadores afirmam que o local não tem controle de portaria, nem videomonitoramento, colocando em risco os usuários e os animais. Renan Santos aproveitou a oportunidade para rebater supostos boatos de que a intenção da Câmara seria fechar o Zoo. “Vamos questionar a Prefeitura e discutir como melhorar essa situação”, ressaltou.

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Candidatos à prova da CNH sofrem com atrasos e falta de banheiros no local de prova Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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trasos, mesmo com o horário marcado, falta de lugar para sentar, falta de cobertura e apenas um banheiro.

Estes são os problemas enfrentados por alunos de autoescolas quando prestam o exame prático para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Quem também enfrenta problemas são os moradores do bairro Wanel Ville, onde são realizadas as aulas práticas, de segunda a sábado, e os exames, todas as terças e quintas.

Diferente do que acontece com quem postula a categoria A do documento, que habilita o condutor a pilotar motocicletas, as aulas e exames da categoria B acontecem em uma área residencial e comercial. Já para as motos, o percurso fica dentro das instalações da Feira da Barganha, no Horto Florestal.

Por causa disso, quem aguarda para fazer o exame tem apenas um ponto de ônibus improvisado (utilizado nas aulas de categoria D) para sentar, ou na própria calçada, em frente às residências. Apenas um par de banheiros químicos fica disponível, sendo um masculino e um feminino. Não há nenhum bebedouro público, por isso os alunos e acompanhantes acabam comprando de vendedores ambulantes que circulam por ali. As colegas Ingrid Possani, 19 anos, e Valdicéia Nogueira, de 34, chegaram ao local já com a expectativa da demora. “Chegamos há uns 20 minutos, mas vamos esperar muito ainda”, ressalta Ingrid. O exame de Valdicéia era o último, marcado para às 11h30. Ela e a amiga, no entanto, chegaram aproximadamente duas horas antes. “A gente vem para treinar um pouco antes do exame”,

afirma. Cada instrutor de autoescola pode agendar até cinco alunos por dia de exame e o veículo fica aguardando na fila, junto com todos os outros carros das instituições da cidade. Quando um dos alunos passa pelo percurso com um examinador do Departamento de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), o instrutor leva o carro até o fim da fila, novamente.

Para as colegas, o principal problema no local é a estrutura dos banheiros. “Esse é o pior de tudo. Eu não uso aquele negócio”, ressalta Ingrid, referindo-se aos banheiros químicos.

O preço pago pela reprova também é outra reclamação. “O meu é o segundo [exame]. Paguei R$ 295. Sou de Conchas (SP) e lá a reprova custa R$ 70”, lembra a estudante.

Controlar o nervosismo também é um grande desafio para quem vai fazer a prova. “Estou focado para passar. Tenho que me manter calmo”, afirma o pizzaiolo Célio Augusto de França, de 28 anos. É a primeira vez que ele passa pelo processo, e no momento em que conversou com a reportagem, já completava uma hora de espera em pé pela sua vez de ser examinado. “A estrutura é pouca, mas é o que tem”. Célio estava com a colega Eva Araújo, de 45 anos. Naquela ocasião, Eva tinha ido para uma aula prática, que marcou após ser reprovada no primeiro exame. Ela define o momento com apenas uma palavra: “Estressante. Hoje, a fila ainda está pequena, mas quando fui eu, estava percorrendo a rua inteira”, lembra.

Risco e irritação Quem mora por ali evidencia o risco e a irritação pelo que passam diariamente com a movimentação intensa dos veículos. Morador do bairro há 10 anos, Francis Paulo de

Sampaio, de 38 anos, já teve a árvore da frente de sua casa “atropelada” por um aluno. “Foi a construtora que tinha plantado a árvore. Um dia eu cheguei aqui e ela estava no chão, e o meu vizinho me contou que um carro tinha batido nela. Poderia ter sido um de nós”, relata.

Ele mora com a esposa e dois filhos, e conta que tem medo de ficar na calçada com a família. “Não dá para ficar andando com eles por aqui, porque é arriscado. Se não bastassem os veículos das autoescolas, muitos alunos vêm com os pais, aos finais de semana, para praticar”, revela. Os veículos utilizados pelas autoescolas são adaptados, com pedais de embreagem, freio e aceleração instalados também no assoalho do espaço para o passageiro, para que o instrutor domine o veículo durante a aula. “O carro de autoescola é preparado, mas os de passeio não. Já falei para a minha esposa que qualquer hora vai acontecer um acidente grave”. Ainda para o técnico de enfermagem, “pelo montante que é pago, eles deveriam comprar um local fechado, como acontece com o exame de moto”.

E os moradores que transitam com seus carros por ali também enfrentam dificuldades.

Isso porque os alunos acabam guiando pelas vias do bairro com a velocidade reduzida, atrapalhando os motoristas mais experientes.

“Quando a gente sai, dificulta um pouco. Tem que tomar mais cuidado para sair e quando estamos com pressa, tem que ter paciência”,

destaca o aposentado Willian Barsé, de 65 anos. Ele e a esposa, Carmen, têm horário para buscar a neta na escola, mas sempre acabam sendo prejudicados pelos alunos. “Eu chego a ficar nervoso. Não xingo e nem buzino, como já vi muita gente fazer, mas às vezes é complicado”. Para Carmen, um novo local de provas deveria ser repensado. “Aqui é uma zona muito residencial. Quando começaram [as aulas e exames], não tinha tanta gente. Era menos trânsito”.

Novo local Questionado, o Detran-SP informou que estuda um local fechado para a realização das provas mas que, enquanto isso não acontece, “recomenda que as autoescolas do município adotem, por meio do programa e-CNHsp, o agendamento dos candidatos para os exames, com o objetivo de evitar espera no local”.

No entanto, ainda segundo o órgão, cerca de 230 exames são realizados por dia. Ainda sobre as instalações, com o novo local, “a intenção é melhorar a infraestrutura, com mais banheiros, bebedouros e local para sentar”, informa a nota. Não há, porém, indicação de data ou possíveis novos locais de exame.

Já sobre a taxa para refazer o exame, o Detran-SP informou que cobra R$ 34,47 em todo o Estado, mas que o preço praticado pela autoescola pode variar, “por prestação de serviços específicos, por exemplo, porque levam os alunos aos locais de prova e/ou disponibilizam seus carros para o teste”.

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