Jornal Z Oeste - 20ª Edição (20/10/2017)

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0 de Outubro de 2017

8º Feirão de Imóveis da Zona Norte acontece neste fim de semana

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OESTE 20

Virou rotina...

Sorocaba | 20 de Outubro de 2017 | Nº - Ano 1 www.jornalzoeste.com.br - Distribuição GRATUITA

Em 39 dias, 8 ônibus apresentam falhas mecânicas durante o trajeto Pág. 04

Plano Plurianual para 20182021 é aprovado na Câmara Pág. 03

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POLÍTICA

www.jornalzoeste.com.br Sorocaba, 20 de Outubro de 2017

Editorial

O legado de 2017

J

á passamos da metade do mês de outubro, algumas lojas já estão decoradas e vendendo produtos de Natal, mas Sorocaba parece que parou no tempo.

A 407ª edição do Jornal ZNorte, publicada em 22/09, trouxe quatro reportagens relatando problemas no sistema de saúde da cidade. A última edição retratou a dificuldade de quem mora no Residencial Carandá e precisa de ônibus para se locomover e esta, novamente, traz denúncia sobre o transporte público. Nos últimos 39 dias, pelos menos sete ônibus quebraram durante o trajeto, todos com fotos publicadas na página do Facebook do Jornal Z Norte.

O contrato firmado entre a Urbes e a Consórcio Sorocaba determina que os veículos não podem ter mais de dez anos de fabricação, enquanto que a frota toda deve ter no máximo cinco anos. Até o fechamento desta edição, a Urbes não nos enviou resposta aos questionamentos. Tudo isso soma-se à crescente revolta gerada pelo valor da tarifa do transporte em Sorocaba, que é considerada alta, principalmente para uma cidade como a nossa que, apesar de ser a sede de uma região metropolitana, mas ainda não se compara com a capital do Estado: lá, o Metrô custa R$ 3,80. Em Curitiba, referência nacional de transporte público, a passagem de ônibus custa R$ 4,25. É evidente o quanto o município de Sorocaba perdeu com a recente crise política que eclodiu em 2017, que forçou o Executivo municipal a esquecer do lema de campanha “bora trabalhar” e se preocupar em retomar a confiança do Poder Legislativo e, principalmente, dos cidadãos. Fica a dúvida de como essa estagnação vai nos atingir nos próximos anos.

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8º Feirão de Imóveis acontece neste final de semana Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

É

grande a expectativa para o início do 8º Feirão de Imóveis da Zona Norte, que começa hoje (20). Até domingo, as principais construtoras, incorporadoras e imobiliárias da cidade vão oferecer condições especiais. “A Zona Norte é uma das regiões que mais crescem na cidade, por isso este é uma oportunidade tão aguardada tanto para quem vende como para quem compra”, destaca Ângela Alves, organizadora do evento.

Já está confirmada a participação das empresas L. Furtado Construtora, Magnum Construtora, LGP Consultoria de Bens e Imóveis, Golden City Empreendimentos Imobiliários, Predial Novo Mundo e Loteamento Parque Vista Bárbara. Serão oferecidas condições especiais para o Feirão, tudo para garantir a melhor negociação para quem procura apartamentos, casas ou terrenos na região.

O Feirão acontece tradicionalmente, desde sua segunda edição, na praça de eventos do Shopping Cidade Sorocaba, no piso L2.

Atendendo na sexta-feira (20) das 14h às 22hs, sábado (21) das 10h às 22h, e no domingo das 12h às 20h com a participação das principais empresas da cidade no ramo imobiliário.

A 7ª edição do Feirão, que aconteceu em março, surpreendeu. Em apenas três dias, foram 46 negócios fechados, acumulando R$ 15 milhões em vendas. A liberação do FGTS inativo, que aconteceu durante todo o ano de 2017, foi um facilitador na última edição do evento, e promete continuar beneficiando os compradores agora.

Condições especiais As casas, apartamentos e terrenos ofertados no 8º Feirão de Imóveis da Zona Norte terão condições especiais e estão localizados por toda a cidade. Além de preços exclusivos e descontos especiais, uma grande promessa são as mudanças promovidas no Programa Minha Casa Minha Vida, do Go-

verno Federal, principalmente com a faixa conhecida como “um e meio”, que dá subsídios de até R$ 42.200. “Esta é uma oportunidade única, muito esperada na cidade.

Sorocaba tem diversos lançamentos, de empreendimentos completos, com muitas opções de lazer e conforto. Ficamos felizes de colaborar para o desenvolvimento da cidade”, afirma Angela. Para saber mais infor-

mações ligue para (15) 3418-5285 ou (15) 98144-9091, e-mail: feirao@jornalznorte. com.br.

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Plano Plurianual para 2018-2021 é aprovado na Câmara Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

A

Câmara aprovou, com 41 emendas, o Projeto de Lei (PL) 213/2017, que estabelece o Plano Plurianual (PPA) da cidade. Com isso, nos próximos quatro anos, a receita do município será de R$ 12,272 bilhões, divididos da seguinte forma: para 2018, as receitas correntes totalizam R$ 2,766 bilhões; para 2019, R$ 2,957 bilhões; para 2020, R$ 3,158 bilhões; e para 2021, R$ 3,389 bilhões. Previsto na Constituição de 88, o PPA compreende a atuação de todos os órgãos da Administração Direta e Indireta, inclusive da Câmara Municipal, bem como das empresas em que o município detém o controle acionário.

Os programas e ações previstas no plano serão norteados pelas seguintes diretrizes:

“Cidade Humanizada”; “Infraestrutura Urbana”; “Inclusão Social e Cidadania”; e “Governança e Transparência”. Das 56 emendas apresentadas pelos vereadores, 41 foram aprovadas, todas levando em consideração o parecer técnico das comissões que analisaram o PL. O prefeito José Crespo ainda deve sancionar o projeto.

Liderança vazia O prefeito José Crespo está com dificuldades para “nomear” um novo líder de governo na Câmara, “cargo” responsável por defender os projetos do Executivo e intermediar demandas entre os dois poderes. Já foram convidados Cíntia de Almeida (PMDB) e Irineu Toledo (PRB), mas ambos recusaram.

Na primeira etapa do governo Crespo, quem assumiu essa posição foi Fernando

Dini (PMDB), agora secretário de Segurança e Defesa Civil. Já no governo Jaqueline, quem tinha a função era Francisco Martinez (PMDB).

Nova cassação A Câmara de Sorocaba arquivou um novo pedido de cassação do prefeito José Crespo (DEM), na sessão da última terçafeira (17). Protocolada em 6 de outubro pelo munícipe Aldry Tessaroto Almenara, morador do Parque São Bento, a denúncia apresentou ocasiões em que a vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) fora alvo de constrangimentos, quando teve a fechadura de sua sala trocada, quando teve um assessor direto do prefeito na sala da vice-prefeitura, e quando um Guarda Civil Municipal (GCM) esteve guardando a porta da sala.

As situações que tiveram pedido de investigação por Almenara são posteriores à formulação da Comissão Processante, que recomendou a cassação de Crespo.

Acusações Na peça protocolada, Almenara acredita ser “notório que o cargo de Prefeito impõe comportamento administrativo digno e repele procedimento indecoroso, manobras, esquemas, conchavos etc. que estigmatizam negativamente o Poder público.

Assim sendo, basta analisar sequência de atos praticados pelo Prefeito Municipal Sr. José Crespo, os quais envergonham o

povo Sorocabano!!!”. Crespo foi acusado de agir de maneira “incompatível com a dignidade e o decoro do cargo / Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência / Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura / Designar servidor, contra expressa disposição da lei / Deixar de cumprir ordem judicial”.

Nem foi para votação Em parecer técnico da Secretaria Jurídica da Câmara, o pedido foi considerado inconstitucional, já que o protocolo enquanto Jaqueline era prefeita de Sorocaba, ou seja: Crespo ainda não ocupava oficialmente nenhum cargo no Paço. O presidente da Câmara Rodrigo Manga (DEM) decidiu acatar o parecer e a decisão foi aprovada sem que fosse votado em painel.

Mais de um mês Em sessão ordinária em 14 de setembro foi aberta uma sindicância para apurar denúncia de funcionários da Câmara que teriam diploma falso.

A Casa, que tem 250 funcionários, comprometeu-se a investigar todos os diplomas, dando o prazo de um mês para que os trabalhos fossem concluídos. Isso, no entanto, não aconteceu. Questionado, o presidente da Câmara Rodrigo Manga (DEM) disse que iria cobrar a Secretaria Jurídica da Casa.

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Em 39 dias, 8 ônibus apresentam falhas mecânicas durante o trajeto Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

O

s “carros” que atendem parte das linhas de ônibus em Sorocaba estão apresentando falhas mecânicas com frequência. Isto porque, somente neste mês, até o fechamento desta edição, a página oficial do Jornal Z Norte no Facebook publicou quatro fotos, registradas tanto pela equipe de reportagem quanto pelos próprios leitores.

No mês de setembro, foram outros quatro registros, tudo isso em 39 dias. Todos os ônibus pertenciam à empresa Consórcio Sorocaba (Consor), que desde 2011 presta o serviço emergencialmente na cidade, dividindo o serviço com a Sorocaba Transportes Urbanos (STU).

Tivemos acesso ao contrato firmado entre a Urbes – Trânsito e Transportes e a Consor. A sétima cláusula, que trata dos veículos e suas características, estabelece, no artigo 7.5, que a empresa “obriga-se a manter, durante a vigência deste contrato, frota com idade média máxima de três anos, no primeiro ano de operação, e de cinco anos a partir do segundo ano de operação, composta por veículos, microônibus e convencionais com idade entre zero e oito anos, e veículos do tipo “padron” (com três portas) e especial (articulados) com idade entre zero e dez anos”. O documento tem validade de oito anos, que podem ser renovados por mais oito.

O que chama atenção, no entanto, é que os registros publicados são de veículos que têm sua fabricação datada de 2011, informadas na lateral esquerda de todos os ônibus. O primeiro registro feito neste mês foi no dia 3, quando a leitora Paula Carolina nos enviou a foto de um ônibus quebrado na rua Castanho Taques,

próximo ao cruzamento com a avenida Santos Dumont. O próximo flagra foi do dia 14 de outubro, em que o leitor Cristiano Martines nos enviou a foto de um ônibus quebrado na avenida Independência, na Zona Industrial. Já o mais recente é do dia 17, em que um veículo da linha 58-Vitória Régia ficou parado na Área de Transferência da avenida Itavuvu.

Já em setembro, o primeiro flagra foi no dia 11, quando a equipe registrou outro veículo da linha 58-Vitória Régia parado na avenida Adhemar de Barros, no sentido bairro, às 12h57. O próximo foi no dia 15, por volta das 12h50, quando uma das faixas da avenida Itavuvu, no sentido Centro, ficou interditada por causa da falha. O terceiro registro foi no dia 22, mas desta vez com a linha 42-Laranjeiras, também no sentido Centro da avenida Itavuvu e o último, no dia 28 de setembro, quando um dos “carros” que rodam pela linha 25-Itavuvu, quebrou, também na avenida Itavuvu. O site oficial da Consor divulga que a frota tem 188 veículos zero quilômetro, equipados com câmeras de monitoramento e GPS. E os veículos da STU? Já sobre Sorocaba Transportes Urbanos (STU), que divide a prestação de serviço do transporte público em Sorocaba, embora não se tenha registros de falha mecânica dos ônibus, a situação também é preocupante. Um documento enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta semana mostra que a empresa disponibiliza 208 carros, divididos em cinco grupos: micro, convencional (duas portas), padron, articulado e van. De acordo com o documento, são oito micro-ônibus, 142 convencionais, 54 padron, 3 articulados e 1 van.

O documento ainda mostra o ano de fabricação de cada veículo: um deles é de 1998 (a van), outros dois de 1999, oito têm fabricação datada de 2000, 26 do ano 2001, 17 do ano 2002, 25 de 2003, trinta de 2004, cinco foram fabricados em 2007, 23 em 2008, 16 em 2009 e, por fim, 55 em 2010.

Desde Agosto, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investiga o transporte público em Sorocaba. O foco da averiguação é a qualidade do serviço prestado, questionando o subsídio dado pela Prefeitura: R$ 70 mi-

lhões, valor considerado alto pelos integrantes da Comissão.

Sem resposta No questionamento enviado à Urbes, perguntamos sobre quantas linhas cada empresa atende, quantas ocorrências de problemas mecânicos no trajeto foram registradas, a periodicidade da vistoria realizada pela Urbes e se há um canal de ouvidoria ao usuário do transporte público. Até o fechamento desta edição, não recebemos resposta.

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