Jornal Z Oeste - 6ª Edição (10/02/2017)

Líder do governo diz ter certeza que novo projeto de reforma administrativa será aprovado pela Câmara

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Sorocaba | 10 de Fevereiro de 2017 | Nº - Ano 1 www.jornalzoeste.com.br - Distribuição GRATUITA

Após o rompimento...

Após rompimento de adutora, Saae promete plano de ação preventiva

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POLÍTICA

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Editorial Oficina sem Saber

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ndependente dos motivos que levaram a Prefeitura de Sorocaba a excluir novos alunos das escolas que oferecem ensino em tempo integral, a situação precisa ser revista.

Não é justo que pais sejam pegos desprevenidos e tenham que se virar de uma hora para outra com relação a situação dos filhos, conforme relatado na reportagem. É um assunto que envolve várias vertentes como acesso a educação, qualidade de vida, entre outros.

Dizer que está dando continuidade no atendimento apenas aos 3.900 alunos que foram atendidos em 2016 e que novas turmas serão ativadas a partir de estudos do novo modelo para educação Integral a ser implantado futuramente não parece, ao menos em primeira análise, algo plausível. É preciso ponderar, sem a necessidade de abaixo-assinado.

A revolta e os questionamentos são compreensíveis. A revisão da decisão é plausível, pelos pais, pela educação, pela sociedade.

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Líder do governo diz ter certeza que novo projeto de reforma administrativa será aprovado pela Câmara Marcel Scinocca marcel@jornalznorte.com.br

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ntes mesmo do veto a uma emenda ao projeto de reforma administrativa aprovada pela Câmara no ano passado ter sido apreciado pelo Legislativo de Sorocaba, outro projeto que cria ao menos quarenta cargos de nível médio já havia sido protocolado na Casa. E o líder de governo, Fernando Dini (PMDB), diz ter certeza que o projeto será aprovado. As afirmações foram feitas em coletiva de imprensa logo após o fim da sessão ordinária desta quinta-feira (9).

“Eu acredito que os debates irão ocorrer, acredito que esses debates são sadios para a democracia. Agora, precisamos entender se esses debates são meramente oposicionistas, ou se realmente esses debater trarão entendimento aos colegas

da oposição e eles votação. Eu tenho certeza absoluta que essa situação da oposição é de polemizar e o voto, por mais explicações que tenha, ele será rejeitado pela oposição. Mas o projeto, com certeza, ele irá passar por essa Casa”, afirma.

Dini explicou os motivos. “Esse projeto traz readequações com relação ao projeto anterior. Nada do que fazemos é passível da exatidão. Então nós fizemos novos ajustes, novos debates. E o projeto que virá em discussão na próxima semana iremos explicar todos os pontos e adequações e vamos aqui fazer o nosso debate de forma democrática”, afirma.

“Nós entendemos a oposição do PT, que é uma oposição ferrenha aqui na nossa cidade, mas nós entendemos que mesmo nós dando todas as explicações, como da outra vez, não vai adiantar porque o papel deles é realmente este, ser a oposição”, diz Dini,

Oposição Em seguida, Iara Bernardi (PT) voltou a criticar a criação de novos cargos.“A cidade não espera isso do prefeito. A cidade espera ações concretas, obras, cursos, e não que fiquem mandando projeto. Esse é o terceiro. A Câmara já se manifestou na votação passada que não concordo com a criação de cargo de nível fundamental e médio. Sou contra a criação desses cargos. O meu posicionamento em duas votações anteriores”, expõe.

Iara ainda criticou o fato do prefeito já ter protocolado um novo projeto antes da derrubada do veto à emenda que suprimiu cargos de nível médio e fundamental. “Se os vereadores votarem nisso é porque algum acordo foi feito. Iara ainda afirmou que o fato dos salários terem caído de R$ 6,9 mil para R$ 4,8 mil não ameniza a situação. “Não ameniza. Eu não sei porque o prefeito fica insistindo. De nível médio precisa de cargos nas escolas, nos postos de saúde”, ressalta.

O cargo em situação semelhante havia sido extinto por uma emenda supressiva aprovada pela Câmara no mês passado. O novo projeto será votado na semana que vem.

O jurídico da Câmara deve emitir parecer sobre o projeto na segunda-feira (13), antes da reunião da Comissão de justiça, que acontece por volta das 10h.

RÁPIDAS

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Sindicato dos Servidores questiona decreto que muda ponto facultativo

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Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS) está questionando um decreto assinado pelo prefeito José Crespo (DEM) que altera o modo como é regido o ponto facultativo para os funcionários públicos municipais da cidade. O documento foi assinado na sexta-feira (3) e o sindicato se manifestou sobre o caso na quinta-feira (9).

Na calada da noite Salatiel Hergesel, presidente da instituição, afirmou na manhã de quinta-feira como um assunto resolvido na calada da noite. “Tem sido hábito. Foi publicado na tarde de sexta-feira no átrio da Prefeitura Municipal, o que a gente diz que é publicação na calada da noite. Não tinha necessidade e urgência desse decreto.

Não estamos discutindo a legalidade disso. Isso é outra questão. O fato é como o prefeito fez, de forma arbitraria”, diz. Conforme ele, os servidores terão que pagar as horas dos pontos facultativos em 116 dias do ano.

Ação x reação A Prefeitura de Sorocaba reagiu as afirmações do sindicato. “Não há nada de escondido ou feito na calada da noite. O

decreto foi publicado no átrio, porque é local próprio para isto. Tanto se deu publicidade a ele que este jornal soube e está fazendo o questionamento. De qualquer forma, o mesmo decreto será publicado na edição desta sexta-feira (10) do Jornal do Município”, afirma.

Prerrogativa de Crespo A municipalidade também foi questionada se havia discutido o caso com o sindicato e a resposta é enfática.“Não foi por se tratar de uma prerrogativa do chefe do Poder Executivo definir quando serão os pontos facultativos. Mas eventuais alterações para a melhor adequação diante de eventuais conflitos poderão serão discutidas ainda.”

Podemos, menos no painel O novo painel da Câmara de Sorocaba mudou neste ano (inclusive custou mais de R$ 80 mil e tem avisos sonoros que tem chamado a atenção, mas agradado o presidente Rodrigo Manga (DEM), mas ainda ostenta a sigla do Podemos ainda como PTN. O partido lançou o novo nome no final do ano passado. Membros do partido, que usam o novo broche da sigla, parecem inconformados. Sabe-se que a questão é mais burocrática que

tecnológica.

Em Iperó O secretário de Meio Ambiente de Sorocaba, Jessé Loures, tem madrugado nos últimos. Além disso, ele tem cumprido extensa agenda. Na quarta-feira (8), por exemplo, ele representou o prefeito José Crespo na primeira reunião do Ceriso (Consórcio de Estudo, Recuperação e Desenvolvimento da Bacia do Rio Sorocaba e Médio Tiete). O evento foi realizado em Iperó A reunião ainda contou com diversas autoridades dos municípios que fazem parte do consórcio. Entre eles, estava o

prefeito de Araçoiaba da Serra, Dirlei Salas (PV), o prefeito de Iperó Vanderlei Polizeli (PSB) e o professor sorocabano da Universidade de São Carlos, Andre Cordeiro, que é uma das maiores autoridades do Brasil em se tratando de recursos hídricos.

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Em discussão sobre reforma administrativa, Dini chama Iara de sabichona e rainha da verdade R Marcel Scinocca

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ainha da verdade, rainha da cocada preta e sabichona foram os termos usados por Fernando Dini (PMDB) para definir a vereadora Iara Bernardi (PT) durante a discussão de vetos a emendas da reforma administrativa na sessão de quintafeira (9).

Iara falava sobre a reforma administrativa, quando Dini tentou interferir e foi impedido pela vereadora. “Eu estou com a palavra, presidente”, questionou por várias vezes a petista.

Quando chegou sua vez de falar, Dini disparou. “Chegou depois de alguns anos distantes se achando a rainha da cocada preta.

Que é a vereadora sabe tudo, que conversa com tudo. Vereadora Iara, acho que a senhora está um pouco em descompasso com a realidade que vivemos ao que vem acompanhando a pratica da nova política. A senhora está um pouco desatualizada”, afirma Dini.“Digo que tenho que dar satisfação, sim, defender o meu prefeito, o nosso prefeito, nessa Casa de leis quando for indagado sobre determinados assuntos. A vereadora Iara insiste em dizer (...) que as emendas não estavam sobre a mesa dos vereadores (...) que até parece convencer a todos. Nós estamos presenciando hoje um erro grotesco que a vereadora cometeu ao aceitar uma emenda sem ter conhecimento do que estava fazen-

do, já comprovado que a emenda estava na mesa de todos os vereadores”, acusa. “Quero dizer que a vereadora Iara não está com toda essa bola”, termina. Durante a fala, Dini reclamou do fato da vereadora estar conversando com o colega Francisco França (PT) e ao se retirar do plenário para ir ao banheiro enquanto ele fala.

Instantes depois, Renan Santos (PCdoB) também afirmou que teve problemas em localizar a emenda relatada por iara.

Na rede A petista se pronunciou mais tarde em sua página pessoal no Facebook. Iara iniciou o texto com letras garrafais e em tom de desabafo. “GRITOS E GROSSERIAS PRA QUÊ?”, questiona. “Hoje, foi realizada a 3ª Sessão Ordinária na Câmara. A pauta, mais uma vez, foi a polêmica Reforma Administrativa proposta pelo prefeito Crespo (DEM) e a manobra do líder do governo, vereador Fernando Dini (PMDB), que recriou 40 cargos de diretores de área”, lembra a petista. “Como já era de se esperar, mais uma vez o vereador em questão não soube defender os interesses do prefeito perante os colegas. Em vez disso, preferiu ser grosseiro, irônico e demonstrou destemperamento frente aos vereadores de oposição, em especial a mim e a vereadora Fernanda Garcia (Psol) - As duas únicas mulheres da Casa”, escreve. “Bem, cara feia e berros sem sentido nunca me intimidaram.

Inclusive, já vi coisas piores no Congresso Nacional e até achava graça”, continua.

“O que precisa ficar claro é que nunca tive medo de me posicionar e defender as bandeiras e causas que acredito, diferentemente do colega vereador Fernando Dini, que além de não saber defender os interesses do governo que ele representa, não tem coragem de assumir suas posições diante da população. Ora, se é líder, se posicione, mostre as intenções do governo, debata, convença os

seus pares. Respeito todos os meus colegas, mas não aceitarei imposição, gritos e ironias!

Querem debater? Então tenham coragem e argumentos!”, termina. Questionado, Fernando Dini afirmou através de sua Assessoria de Imprensa que mantém tudo que foi dito no plenário da Câmara. Importante ressaltar que há duas definições para a palavra sabichona: aquela que se concentra nos estudos e literata ou mulher que se vangloria de seus próprios conhecimentos.

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Pais relatam exclusão de alunos de educação de tempo integral e fato gera revolta e abaixo-assinado Marcel Scinocca marcel@jornalznorte.com.br

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possível exclusão de alunos da educação de tempo integral oferecido pela Prefeitura de Sorocaba deve fazer com que não haja novos alunos em 2017 e manterá apenas o quadro do ano passado. A situação tem preocupado e revoltado pais de várias regiões da cidade.

“Ao contrário do que o prefeito anunciou em sua campanha eleitoral, ao invés de expandir as escolas em tempo integral (Oficina do Saber), no dia de ontem (terça-feira, dia 7) a SEDU (Secretaria de Educação) enviou um ofício as unidades de oficina, avisando de um corte em cerca de 45 turmas já previstas para começarem no dia 13 de fevereiro. Gostaria

muito da ajuda da mídia para nos ajudar a cobrar no mínimo uma explicação da Prefeitura”, escreveu uma funcionária de uma das unidades de educação de período integral.

Mudança gerou revolta “Estou revoltada. Estava contando os dias para começar as aulas pois tenho uma criança de seis anos especial. Por esse motivo não consigo trabalhar com registro por causas dos vários médicos. Trabalho como consultora de beleza e ela ficando na oficina iria me ajudar muito”, desabafa a mãe Edmara Vidal, que reside no Santa Cecília. “Eu fui cedo levar ela avisaram q voltaria dia 13 por causa da merenda.

Eu vim embora aí uma funcionária da Escola me ligou avisando. Foi excluído para as crianças do 1° ano”, conta.

Abaixo-assinado Pais de alunos da Escola Municipal Dr. Hélio Rosa Baldy estão organizando um abaixo-assinado contra a situação. O documento tem dezenas de assinaturas e deverá ser entregue ao prefeito José Crespo.

Na câmara na Câmara de Sorocaba a situação foi levantada pelo vereador Renan Santos (PCdoB), que falou da situação na tribuna da Casa e repudiou a situação.

A prefeitura de Sorocaba confirmou que não há novos alunos em 2017. “A Secretaria da Educação está dando continuidade no atendimento aos 3.900 alunos que foram atendidos em 2016. Novas turmas serão ativadas a partir de estudos do novo modelo para Educação Integral a ser implantado nesta

administração”, disse a Sedu via Secretaria de Comunicação. A pasta completa afirmando que inovações e decisões colegiadas. “As inovações serão implementadas a partir de um fórum com a participação de diretores, vicediretores, orientadores pedagógicos, supervisores, gestores educacionais e lideranças da Secretaria da Educação.

O novo modelo de política pública, o ensino em período integral, será desenhado a partir das decisões colegiadas entre esses profissionais.”

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Após rompimento de adutora, Saae promete plano de ação preventiva Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

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pós sucessivos rompimentos em adutoras que servem o abastecimento de água em Sorocaba, o último deles de segunda-feira (31) para terça-feira (1º) e que deixou ao menos 70% da cidade sem água, alguns bairros até a quinta-feira (9), o Saae promete que fará ações preventivas para evitar que a situação se repita.

A informação é da própria autarquia e foi repassada para o Z Oeste após questionamentos sobre o tema na tarde desta quinta-feira.

Conforme a Assessoria de Imprensa da entidade, o diretor-geral da autarquia, Ronald Pereira da Silva, convocou reunião para a próxima segunda-feira (13) para tratar do assunto.

A reunião contará com a participarão dos engenheiros da autarquia com o objetivo de implantar um plano de ações preventivas a ser aplicado nos 14 quilômetros de extensão das quatro adutoras que trazem água bruta para tratamento e distribuição.

Os trabalhos devem começar desde a represa do Clemente até a Estação de Tratamento de Água do Cerrado.

Ainda de acordo com o Saae, a reunião e o plano de ação preventiva deve ocorrer em atendimento a determinação do

prefeito José Crespo (DEM).

Crise hídrica Com a crise hídrica instalada da cidade, o prefeito José Crespo (DEM) decretou situação de emergência conforme decreto 22.567. O conserto da adutora foi realizado por uma empresa da cidade com dispensa de licitação, já que se tratava de situação de emergência. Crespo garantiu que os preços praticados seriam os usuais do mercado. “O dono dela (da empresa) é gente nossa”, garantiu o prefeito ao anunciar a empresa. A contratada é a Engecall Engenharia.

Cerca de 350 metros tiveram que ser abertos para que a manutenção pudesse ser realizada. O obra foi concluída na segunda-feira (6) e retorno da água foi feito de forma gradativa.

Sem banho - Até que o problema fosse solucionado, Crespo pediu para que a população economizasse e até que não tomasse banho. “Nós estamos pedindo para a dona de casa não limpar nada com esguicho. Nem tome banho, se for possível”, afirmou. Os funcionários públicos municipais também estão orientados a economizar. “Estar proibido qualquer funcionário público gastar água se não for para beber ou para preparar alimento”, destacou. “Se o povo não economizar, vamos sofrer”, disse o chefe do Executivo.

Sem potabilidade - Durante os dias em

que a cidade viveu a crise hídrica, milhares de sorocabanos recorreram as minas para suprir as necessidades diária. Dezenas de minas foram usadas algumas até com risco de acidentes como em um caso no São Guilherme, onde houve deslizamento de terra. O problema é que a água, na maioria dos casos, não era potável. “As minas não são confiáveis do ponto de vista da potabilidade. Em quase a maioria das que o Saae/Sorocaba realiza coleta e análises, existe contaminação”, avisou a autarquia.

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