Jornal Z Oeste - 3ª Edição (16/12/2016)

Convidado para assumir secretaria, Rodrigo Moreno

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6 de Dezembro de 2016

responde a dois processos por improbidade em Boituva Pág. 06

OESTE Exemplo 03

Sorocaba | 16 de Dezembro de 2016 | Nº - Ano 1 www.jornalzoeste.com.br - Distribuição GRATUITA

Ao som de “tocando em frente”, vereador Tonão deixa a Câmara Pág. 03 de Sorocaba

MP aciona Amary e mais 25 na justiça por suposta “transferência” ilegal de terreno público Pág. 11

Caso de garoto com leucemia rara vira exemplo de superação, união e solidariedade

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POLÍTICA

www.jornalzoeste.com.br Sorocaba, 16 de Dezembro de 2016

Editorial

Essa tal

solidariedade

D

izer que a solidariedade move o mundo é um tanto quando exagero. Mas a solidariedade tem um papel de extrema importância na organização da sociedade. Isso é atual e ao mesmo tempo histórico.

Essa edição do Z Oeste traz uma reportagem sobre o pequeno Kauan. A história dele é muito mais que um caso de superação, é um exemplo para ser seguido, repetido e copiado, na redundância da solidariedade pura. Kauan foi diagnosticado com um subtipo de leucemia, uniu a família e fez nascer um sentimento de necessidade de ajudar o próximo através da mãe. Vivemos em um mundo onde não percebemos, muitas vezes, que fazer o bem não custa nada e ao mesmo tempo vale muito.

O caso do Kauan é um exemplo a ser seguido por todos nós, inclusive para ajudá-lo. A oportunidade de fazermos a diferença na vida de alguém existe e é constante. A solidariedade e o Kauan contam com a gente.

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JP Miranda comenta desafios ao assumir cadeira na Câmara Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

A

pós o convite para que José Francisco Martinez (PSDB) assuma como secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas, João Paulo Miranda (PSDB) deve assumir uma cadeira na Câmara de Sorocaba. O vereador eleito somou 3640 votos nas eleições de outubro e era o primeiro na ‘sucessão’ da sigla na câmara.

Em entrevista ao vivo à fanpage do Jornal Z Norte, JP Miranda afirmou que as prioridades de seu mandato se baseiam no dialogo com a população de Sorocaba. “Sempre senti a dificuldade que as pessoas tinham para dialogar com a administração pública, com os vereadores, com aqueles que detêm mandatos. Então antes de falar em projetos, em pautas, em bandeiras, quero me preocupar em dar uma atenção para as pessoas que querem se comunicar comigo”, diz JP Miranda.

Aplicativo Conforme afirma o vereador eleito, sua equipe está trabalhando em uma plataforma digital em que os munícipes pode-

rão dialogar diretamente com o vereador.

Os sorocabanos poderão contribuir com propostas, demandas a serem atendidas e até conferir a agenda do vereador através do aplicativo.

“Eu e nossa equipe estamos preparando uma plataforma digital para atender as pessoas que querem participar do nosso mandato. A ideia é criar um canal digital provavelmente através de um aplicativo de celular”, afirma JP. O nome do aplicativo ainda está sendo estudado, mas existe a possibilidade da nomenclatura ser “Meu vereador”. “Estamos estudando ainda para que a pessoa possa acompanhar a votação, dar sugestão de projetos de lei, enviar demandas para nós através do aplicativo. Além disso, ter acesso a agenda do vereador.”

Ligação com João Doria O vereador eleito é filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira desde 2009.

Foi militante da juventude do PSDB e atualmente atua como secretário no diretório municipal do partido. Através de um convite do PSDB de São Paulo, JP Miranda foi nomeado membro da equipe de transição de João Doria, prefeito eleito de

Foto: Fernando Araujo / Jornal Z Oeste

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São Paulo, mas por conta de ser o primeiro suplente da sigla PSDB na câmara de Sorocaba, teve que pedir o desligamento à equipe de Doria. Quando questionado sobre como se sentiu com o convite inesperado, JP afirmou que seu lugar é em Sorocaba. “É um mix de sentimentos, fico com o coração dividido. Eu queria também ter a participação lá, mas Sorocaba é o meu lugar, é aqui que eu quero ficar”, completou.

Comunicação de extravio Carteirinha da FUNSERV Simone Liuti Rosa

RÁPIDAS

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Ao som de “tocando em frente”, vereador Tonão deixa a Câmara de Sorocaba Por que será?

A prefeitura de Sorocaba revogou três decretos de 2015 que regulamentavam o acesso a informações na cidade. Os decretos obedecem lei federal. Para isso, a Prefeitura de Sorocaba publicou um novo decreto, fazendo nova regulamentação sobre o atendimento, incluindo as pessoas e os departamentos envolvidos.

Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

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Yabiku O vereador Moko Yabiku (SDB) também participou de última sessão na Câmara de Sorocaba. Ele também deixa a vida pública. Yabiku também foi homenageado pelos colegas vereadores com um vídeo que mostrava a sua trajetória.

Saem mais ficam Saem da Câmara, mas devem se dedicar a política vários vereadores. É caso, por exemplo, de Carlos Leite (PT), Izídio de Brito (PT) e Hélio Godoy (PRB). Jessé Loures (PV), que não se elegeu, Marinho Marte (PPS), Francisco Martinez (PSDB) e José Crespo (DEM), eleito prefeito, saem para atuar no Executivo.

Dengue A Lei Municipal nº 11.335, de 02 de junho deste ano, que trata sobre a divulgação compulsória, por parte da Prefeitura de Sorocaba, dos casos de dengue registrados no município, destacados por região, foi julgada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão foi tomada no final do mês.

Foto: Marcel Scinocca / Jornal Z Oeste

emoção tomou conta da Câmara Municipal de Sorocaba nesta quintafeira (15). Foi a despedida de grande parte de vereadores da Casa, entre eles, Antonio Carlos Silvano, o Tonão (SDD), que deixa seu filho Silvano Junior como vereador eleito.

Tonão foi elogiado por todos os vereadores presentes e até pelo prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB). Ao som de “tocando em frente”, composição de Almir Sater e Renato Teixeira, e interpretado por Almir Sater e por Daniel, Tonão se emocionou por várias vezes durante um vídeo que mostrava sua trajetória. Tonão, ao lado do filho, chorou por várias vezes. Ele está no seu 6º mandato.

Homenagem para o gabinete Após doze anos de trabalhos no Legislativo de Sorocaba, Gervino Claudio Gonçalves, o Claudio do Sorocaba I (PR), que preferiu concorrer a vice-prefeito na chapa encabeçado por João Leandro (PSDB), deixa a Câmara no fim do mês. Com isso, todo o gabinete do vereador recebeu uma homenagem do vereador na terça-feira (13). Carlos Garbo, diretor de comunicação da Casa, também foi homenageado.

Esqueceram de mim O antigo PTN, atual Podemos, conforme mudança estatutária formalizada na sextafeira (9), está reclamando o esquecimento de Crespo na partilha das secretarias. Integrantes do partido reclamam que outras siglas como PV, que nem fizeram cadeira na Câmara, conquistaram pastas e o partido, que elegeu Fausto Peres, não. Vale ressaltar que o partido conquistou o 8º número de votos no primeiro turno das eleições.

Onde está o Wally?

Os vereadores eleitos que eram presença constante na Câmara de Sorocaba antes e depois das eleições sumiram. A ausência mais evidente fica por conta de Péricles Régis e Hudson Pessini, ambos do PMDB. A ressalva fica por conta de Fausto Peres (Podemos). É Oliveira Corrigindo: Na edição de sexta-feira (9) do Z Norte, em reportagem que tratava de inquéritos e vídeos sobre o futuro secretario de cultura Werinton Kermes, erroneamente, o nome do futuro secretário de comunicação Eloy de Oliveira foi publicado como Eloy de Almeida.

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Moradores do Jardim São Paulo projetam criação de novo time de futebol em Sorocaba Caroline Queiróz redacao@jornalzoeste.com.br

“Associação Nova Era Clube” será o mais novo time de futebol de Sorocaba. O projeto que nasceu no mês de agosto na Zona Oeste da cidade foi idealizado por moradores do Jardim São Paulo. Visando a inclusão da juventude sorocabana no esporte e recuperar crianças das ruas, o clube pretende disputar campeonatos “varzeanos” de Sorocaba.

A comissão técnica é formada pelo presidente Robson Pedrozo Gonçalves, Deivid da Silva o vice-presidente, Michele Volpini a tesoureira, o secretário Francisco de Godói e o técnico e diretor Marcelo Vieira Campos. De acordo com Robson, toda a comissão técnica e os jogadores se conhecem. “Todos aqui se conhecem e se tratam como uma família”. O presidente ressalta ainda o papel social do clube como sendo um diferencial. “O diferencial é que nosso projeto tem como objetivo tirar as crianças das ruas e dar oportunidades de jogar futebol e ter acesso ao esporte”, concluí.

O centro de treinamento do “Nova Era” fica no bairro George Oeterer do município de Iperó, que é vizinho de Sorocaba. Robson Gonçalves conta que adolescentes e crianças de baixo nível econômico jogam junto aos membros oficiais do clube visando à capaci-

tação da base. “A gente coloca a ‘mulecada’ para participar dos jogos de futebol e assim vamos incentivando. Muitos jogadores nossos vão jogar só mais quatro ou cinco anos e a gente vem com a base desta ‘mulecada’, para eles ingressarem futuramente no time profissional.”

Os jogadores que hoje compõem a equipe do Nova Era, jogavam antes em outros clubes mas, conforme o presidente do time, não compactuavam com alguns ideais. “A gente jogava em alguns outros clubes e nós achávamos uma injustiça contra os meninos que jogavam muita bola, mas eles não tinham oportunidades por conta daquelas ‘panelinhas’ que tem no mundo do futebol. Eu e mais dois que compõem a comissão técnica discordávamos e foi quando surgiu a ideia. A gente lutou muito pela associação.”

De acordo com a direção da Associação Nova Era Clube, faltam apenas alguns trâmites legais para que o time esteja de fato apto para disputar campeonatos em Sorocaba. O clube contará com apoio de quatro parceiros entre empresas da cidade. A meta da diretoria para o cenário atual é expandir a cede que fica localizada também no Jardim São Paulo, já que o clube conta atualmente com 22 jogadores e mais quatro pessoas da comissão técnica.

A escalação: Goleiros: Alisson, Marquinhos e Robson Na zaga: Deivid, Renan Sola, e Robson Na lateral direita: Luquinhas e Wagner Na lateral esquerda: Lelo e Danilo

Volantes: Pião e William No meio de campo: Carlinhos, Juninho, Lucas e Matheus No ataque: Cesinha, Eduardo, Luan, Luiz e Richard

Servidores públicos serão homenageados por Associação

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tradicional jantar em homenagem a policiais militares, comandantes, tenentes, guardas civis e outros colaboradores de Sorocaba acontece no dia 16 de dezembro em um restaurante na Avenida General Carneiro, na Zona Oeste da cidade. A organização fica por conta da Associação de Moradores do Jardim Piazza da Roma e bairros adjacentes.

O intuito da comemoração é evidenciar os servidores que tiveram mais destaque na comunidade no ano de 2016. Além da presença dos membros da associação e dos homenageados, o prefeito eleito José Crespo (DEM) também estará presente no jantar para prestigiar os colaboradores.

Entre os homenageados estão o vereador eleito Doutor Hélio Brasileiro, comandante do 7º Batalhão Tenente Coronel Mello e o comandante da 1º Cia, Capitão Haro.

Os guardas civis que receberão as con-

gratulações serão José Araújo Mariz Filho, Antonio Fontoura, Edílson Alves Pacheco e Carlos da Silva de Oliveira. Servidores da Polícia Militar também serão homenageados: cabos Pedro Brito, Márcio Marins, Gustavo Roldão e Roberto Teixeira participam do jantar. Outro segmento de colaboradores também terá um homenageado, o motorista da linha 17, Central Parque, Marcos Leandro de Souza.

O jantar acontece a partir das 19h30 em um restaurante da Zona Oeste. Além das autoridades homenageadas, moradores e membros da associação também participam do evento.

A Associação dos Moradores do Piazza de Roma engloba também os bairros Jardim Tulipas, Jardim Arco Íris, Jardim Verde Vale, Central Parque e Jardim Colonial, tem a tradição de propor esse jantar de homenagem aos colaboradores há 3 anos.

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Sorocaba, 16 de Dezembro de 2016

Convidado para assumir secretaria, Rodrigo Moreno responde a dois processos por improbidade em Boituva Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

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novo secretário de Recursos Humanos da Prefeitura de Sorocaba a partir de janeiro do ano que vem, Rodrigo Moreno, é parte em dois processos na cidade de Boituva.

Moreno é secretário de administração e coordenação governamental da cidade.

Em um dos casos, Moreno chegou a ter os bens com pedido de bloqueio, conforme determinação judicial.

O processo trata de improbidade administrativa e é movido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

Ação foi ajuizada em janeiro deste ano.

Em despacho em 23 de setembro, a juíza Camila Giorgetti determinou a indisponibilidade de bens dos requeridos, entre eles de Rodrigo Moreno. Na decisão, dois funcionários da Prefeitura de Boituva foram afastados por suspeita de irregularidades administrativas. Eles faziam parte

da comissão de licitação do município. A indisponibilidade dos bens era até o valor de pouco mais de R$ 133 mil. Os bens foram desbloqueados em 25 de outubro.

O processo ainda tramita na comarca de Boituva e até a ultima consulta no dia 15 deste mês aguarda decisão.

Primeira ação A primeira ação civil pública movida pelo Ministério Público, no entanto, é de outubro de 2015 e cita danos ao erário e violação dos princípios administrativos. O processo, além de Rodrigo Moreno, também cita empresas da cidade de Boituva e o próprio prefeito da cidade. O Ministério Público alega ‘frustração da licitude dos procedimentos licitatórios’ (dispensa indevida de licitação). O MP pediu antecipação de tutela contra Moreno, com afastamento de seu cargo público, mesmo caso do prefeito, indisponibilidade dos bens de todos os requeridos no processo

até o limite de R$ 815.195,60, que é o valor da ação, bem como a quebra do sigilo fiscal dos envolvidos. Os pedidos foram negados pela juíza Camila Giorgetti. “Entendo que não é o caso. A suposta prática de frustração de licitações públicas, por si só, não permite concluir que os réus, se mantidos nos cargos públicos, praticarão novamente atos de improbidade. Até porque não há decisão definitiva, nem juízo de cognição exauriente que torne incontroversas as alegações das irregularidades”, alega a magistrada em decisão.

O processo continua em tramitação e os réus, incluindo Moreno, tiveram até essa semana para apresentar as alegações que julgassem necessárias para a defesa.

Crespo e Moreno José Crespo (DEM) e Rodrigo Moreno foram questionados sobre a situação. Por intermédio da Assessoria de Imprensa, o texto enviado ao Z Norte informa que “as ações em questão são contra o prefeito de Boituva e não contra o secretário Ro-

Foto: Fernando Araujo / Jornal Z Oeste

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drigo Moreno. Seu nome é citado pelo fato de ele responder pela Secretaria de Administração daquela cidade neste momento” e que “como Rodrigo Moreno não é o alvo das ações, prestará os esclarecimentos que lhe couberem por sua atividade como secretário de Administração no âmbito do processo.”

MP Não é o que Ministério Público afirma.

“A promotoria firmou convicção de que ele (Rodrigo Moreno) tem relação com os fatos, por isso, ele é parte no processo”, destaca o MP de Boituva ao ser questionado nesta quinta-feira (15). “A promotoria concluiu que ele tem envolvimento”, ressalta.

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Caso de garoto com leucemia rara vira exemplo de superação, união e solidariedade Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

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erca de 560 milhões de pessoas no mundo sofrem de algum tipo de doença rara, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Parece muito, mas o número não chega a 10% da população mundial. Para ser considerado doenças raras, a situação biológica atinge cinco casos diagnosticados para cada grupo de dez mil habitantes.

A estimativa é que cerca de 80% delas são de origem genética, o restante engloba tipos raros de tumor ou alterações imunológicas e reumatológicas. No Brasil, há a estimativa de que 13 milhões de pessoas apresentem algum caso de doença rara. Muitos desses casos, não são sequer diagnosticados e outros não apresentam cura ou tratamento eficaz.

Em meio a essa multidão está o caso de Kauan Juliano Soares, de 10 anos, residente na região da Avenida General Carneiro. Ele foi diagnosticado com um subtipo LMA (Leucemia Mieloide Aguda). “Toda leucemia tem um tipo, já ele tinha um ‘subtipo’. Explicando mais ou menos o que eu entendi por subtipo era que as células cancerígenas que crescem muito rápido, mesmo com o tratamento elas vão se proliferando muito rápido. Entrei na internet para saber o que era LMA e o tratamento não respondia. Foi quando o doutor nos chamou e disse que não tinha uma boa notícia para a gente, o tratamento não estava respondendo”, explica a mãe, a empresária Rosangela Muraro.“Foi um choque muito grande por que havia entrado uma garota no mesmo dia em que ele com 17 anos e ela estava num estado muito avançado de LMA. Já ele entrou no início e o doutor disse que a doença havia se manifestado nele há uma semana e menina tinha quase trinta dias. Mas ela tinha um ‘tipo’ e ele um ‘subtipo’. Era diferente dela, embora fosse leucemia LMA o dele era diferente por ser desse subtipo. Tanto é que ela respondeu super bem ao tratamento e teve alta antes dele”, relembra.

O diagnóstico foi difícil. “As manchas iam e vinham. Durante quatro meses ele não saia de consultas e exames. Um dia saiu um monte de manchas vermelhas no corpo dele e eu falei para que o levaria até um dermatologista e acabei indo no mesmo dia. O médico pe-

diu que fizéssemos exame de fezes. Ele fez os exames que ficariam prontos em oito ou nove dias, mas ficou pronto em cinco dias e o laboratório me ligou com urgência que tinha dado uma alteração, encontraram a leucemia”, lembra a Rosangela.

Rosangela explica ainda como foi o processo após a leucemia diagnosticada. “No mesmo dia a gente marcou consulta com médico particular e levamos meu filho e os exames. O médico me atendeu e viu os exames. Ele disse que o importante não eram os exames, mas sim o paciente e seu estado clínico. Quando ele examinou e viu na palpação dos órgãos internos dele todos alterados, pediu que a gente o internasse imediatamente no GPACI. Foi realizado o encaminhamento no dia 25 de outubro, nós fomos para lá e internamos ele.

No dia 26 de manhãzinha já colheram o licor da medula dele para ir a análise e descobrir que tipo de leucemia era e ai ele começou o tratamento. Era um tratamento intenso, ai ele ficou muito abatido, muito fraco e depois foram fazendo os exames. Ele fez uma bateria de quimioterapia, ele tinha oito meses de quimioterapia para fazer e ele só fez uma bateria, neste meio tempo foi realizado um teste para saber se o tratamento estava surtindo resultado”, explica. “Mas ele disse que ele ia adiante, que ele iria enviar os exames do meu filho a outros laboratórios de outras cidades e outros especialistas. Ele obteve uma resposta desses laboratórios que a doença do Kauan era uma doença muito rara, uma leucemia rara de linhagem ambígua, e que o tratamento seria de leucemia linfoidica, a base de corticóide oral. O tratamento seria de dois anos e foi quando ele modificou todo tratamento dele para esse tratamento de linfoide”, continua Rosangela.

Conforme a mãe, Kauan ainda teve outros complicações. Devido a essa segunda parte do tratamento ele teve um problema de apendicite.“Ele teve alta em uma segunda-feira e numa terça-feira de manhã a gente retornou ao hospital por que ele não estava bem e então foi diagnosticada uma apendicite e ele teve que fazer uma cirurgia de emergência e o médico explicou que tudo isso é devido a imunidade muito baixa e como o intestino é uma parte cheia de bactérias, foi onde afetou

mais esse órgão. Mas ele fez a cirurgia, passou super bem, está tranquilo, o próprio remédio corticóide faz com que ele coma muito então ele come bem e assim clinicamente ele está bem, agora nós precisamos ver como está a evolução da doença somente fazendo esse exame no dia 26. Deve levar uma semana ou duas para sair o resultado e a gente vai saber se ele respondeu ou não”, fala a mãe.

Alta Kauan apresentou melhoras e já está de ‘alta’, só que ainda vai todos os dias no GPACI porque recebe quimioterapia muscular, na medula, nos braços, fora os remédios. Rosangela, além de receber o resultado do exame, também recebeu alguns e-mails do Instituto Nacional de Câncer, do Rio de Janeiro. “A médica escreveu nos e-mails que é um caso muito interessante, que eles viram a situação genética e encontraram um caso semelhante, porém, em um adulto, e ela diz que parece mais que seja uma alteração no cromossomo 20, então a genética dele teve um distúrbio no meio do caminho e que ele teve uma alteração no cromossomo 20”, explica. “Como ele disse, é um tratamento longo, perigoso e disse que nunca tratou de um tipo de leucemia como essa que é muito rara. Sinto nos médicos que eles estão testando um medicamento como fizemos com outro e não deu certo.

A resposta exata para saber se essa ‘quimio’ está respondendo mesmo é só no dia 26 que nós vamos ter a prova, onde ele vai colher o sangue da medula que vai para um laboratório em outra cidade, para eles nos mandarem uma resposta”, acrescenta.

Luta x Solidariedade Mas muito mais que apenas lamentar pelo problema, Rosangela transformou a situação em um exemplo de fé, esperança, união e solidariedade. Durante o tratamento de Kauan, ela passou a ver a situação de outras famílias em situação de vulnerabilidade social, onde várias foram atendidas através de uma corrente de esperança. “O Kauan ficou quatro dias dentro da UTI e lá eu conheci outras mães em situações precárias. Eu vi os filhos dessas mães todos entubados, todos sedados e o Kauan era a criança mais viva que estava lá dentro. Eu fiquei no isolamento com ele então eu conseguia ver a UTI inteira e convivia com as outras mães, saia para almoçar com elas, convivia e fiquei sabendo melhor sobre o problema de cada criança”, lembra. Rosangela conseguiu unir forças e ajudar várias pessoas.

Até a doação de uma geladeira o grupo conseguiu conquistar. Neste final de semana mais seis famílias serão beneficiadas com a doação de alimentos.

“O Kauan foi uma grande união, ele foi o mentor de toda essa corrente, de toda essa caridade que nós fizemos”, afirma a mãe emocionada. “Depois dessa ação que todas nós fizemos juntas foi uma coisa maravilhosa que aconteceu. Quando o Kauan saiu da UTI todas as crianças ainda estavam entubadas e ainda estavam sedadas. Eu saí dali com uma certeza:

O Kauan entrou ali dentro para salvar muitas crianças, que foi o que aconteceu. Depois no domingo que nós íamos fazer essa entrega meu filho ainda estava hospitalizado mas não na UTI, já estava no quarto”, conta. E não foi isso. “As mães fizeram um grupo no WhatsApp de mães do Dom Aguirre, em que todas as mães fizeram camisetas com as fotos do Kauan e nós começamos com uma campanha para a doação de sangue. Foi feita a festa de final de ano agora com os alunos em que todos vestiram a camiseta em apoio a ele e nós conseguimos muita gente para doar sangue.

Essas mães montaram esse grupo e ele foi crescendo”, explica a mãe.

Natal em casa “Ele saiu na sexta-feira da UTI e foi para o quarto. O médico disse que ia dar alta para ele numa terça-feira, mas ele acabou recebendo alta no domingo. Eu sai dali domingo 11h. O pai entrou para ficar na parte da tarde e meia hora que eu sai, meu filho ligou dizendo que ele teve alta. Foi a maior felicidade e ai nós fomos fazer toda essa entrega. No dia seguinte, na segunda-feira, tiraram a sedação de uma das crianças e ela já estava ótima e já recebeu alta, assim como uma segunda criança que passa muito bem. As outras três que estão lá, somente duas estão sedadas ainda, eles estão tirando a medicação aos poucos, mas acredito que o Kauan fez algum milagre lá dentro pois essas meninas me abraçam muito me agradecendo. A melhor coisa é que essas crianças possam passar o Natal em casa.”

Ajuda Apesar de receber alta, Kauan ainda precisa de um doador de medula compatível. Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente. Quem puder ajudar Kauan deve procurar o Hemocentro ou Banco de Sangue de Sorocaba, na Av. Comendador Pereira Inácio, 564 - fone 3332-9466. É importante salientar que o interesse da doação é para Kauan. (Colaborou Caroline Queiroz)

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Universitários aplicam aulas em cursinho pré-vestibular gratuito em Sorocaba Caroline Queiróz redacao@jornalzoeste.com.br

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oltado unicamente para estudantes de baixo desempenho sócio-econômico, a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) oferece o curso pré-vestibular “Gerabixo” que é ministrado por universitários da própria universidade. O foco é auxiliar estudantes que aspiram uma vaga em uma instituição de ensino a conseguir um bom desempenho nos mais concorridos vestibulares.

Fazem parte do núcleo docente ao menos 42 estudantes, apenas dez deles estudam na UNESP e os outros 32 oferecem as aulas de forma voluntária. De acordo com Giovanna Scanolatto, que atua como diretora discente do cursinho, para ministrar aulas no Gerabixo é preciso estar graduando ou ser graduado em algum curso. Antes do início das aulas ocorrem as “aulas testes” que é um processo que os interessados em ministrar as aulas passam. Esses candidatos são avaliados pela ‘Comissão de Professores’ que observa a didática, a coesão, a responsabilidade e etc.

O “Gerabixo” completa dez anos de atuação em Sorocaba. O curso atende atualmente cerca de 140 estudantes, as aulas podem ser assistidas durante um ano. As vagas são divididas igualmente entre o período noturno e o matutino. Segundo a diretoria do cursinho a aprovação de vestibulandos que passam pelo Gerabixo tem crescido a cada ano, girando em torno de 70% dentre aqueles que frequentam as aulas até o final do ano.

Quando questionada sobre a importância do projeto, Giovanna, que também é uma professora do gerabixo, afirmou que o projeto traz conhecimentos que muitas vezes não são explorados no ensino público. “Esse projeto é extremamente importante, pois oferece oportunidade para aqueles que desejam continuar os estudos, porém, não tem condições de pagar um cursinho particular.

Além disso, o Gerabixo proporciona a familiarização do aluno com assuntos que, muitas vezes, não se encontram na rede de ensino público, e também trabalha no desenvolvimento do raciocínio lógico e senso crítico dos cursistas”, explica Os candidatos realizam uma prova de conhecimentos gerais de múltipla escolha e os 240 aprovados nessa primeira fase são submetidos a uma avaliação sócio-econômica.

A partir deste ponto, são selecionados os 140 estudantes, sendo 70 para o período matutino e 70 para o noturno, ficando uma lista de espera de 100 pessoas.

No caso de desistências ou por aprovação em vestibulares que ocorrem no meio do ano, aqueles que ficaram em lista de espera são imediatamente selecionados para preencher a vaga.

O edital para mais informações do gerabixo estará disponível através do endereço eletrônico www.sorocaba.unesp.br/cursinho até o final de dezembro.

O processo seletivo está previsto para janeiro de 2017. Os interessados devem ter concluído o ensino médio ou estar cursando o terceiro ano em escola pública.

Como o consumidor pode tirar o nome do SCPC?

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época de fim de ano é marcada pela necessidade de comprar presentes e muitos são barrados por estarem com seu nome sujo nos órgãos de proteção ao crédito.

Mas existem casos em que a inscrição é indevida.

Veja os exemplos abaixo: TELEFÔNICA, VIVO: Há casos de nomes de clientes que nunca tiveram relação com a empresa. Contas abertas por telefone, sem assinatura em documentos normalmente dão margem à anulação do débito e indenização por danos morais.

ATLANTICO FUNDO DE INVESTIMENTO e ATIVOS S/A: Cobra dívidas de empresas.

Normalmente não apresenta na Justiça documentos da origem da dívida o que dá margem à anulação do débito e ainda danos morais.

CPFL: Através de empresas terceirizadas realiza autuações por “furto de energia”, sem qualquer comprovação. Os relógios de medição não são submetidos à perícia como manda a lei. Lançam uma dívida alta, referente aos meses e aos valores que entendem devidos. É possível não só a anulação do débito, assim como a indenização por danos morais. A CPFL também lança, sem autorização do cliente, contas que nada tem a ver com energia elétrica, como mensalidades de clubes , supostamente mantidos pela empresa. Dano moral e anulação do débito são cabíveis.

SAAE: O órgão tem feito cobranças de contas que não pertencem aos consumidores, pois são anteriores a entrada dele no imóvel. É possível não só a anulação do débito, assim como a indenização por danos morais.

BRADESCO, ITAÚ, BANCO DO BRASIL: O mais comum é lançar débitos não solicitados,

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como cartões de crédito, ou alguma taxa não prevista na conta do consumidor. O banco entra com cobrança ou lança diretamente o nome do consumidor no SERASA e SCPC. É possível que haja direito à anulação do débito e indenização por danos morais.

BOTICÁRIO, AVON E OUTRAS EMPRESAS DE VENDA DIRETA Um cadastro falso é aberto no nome e CPF da pessoa, como se fosse revendedora. Fazem uma compra e não pagam. Só descobre quando seu nome já está nos órgãos de proteção ao crédito.

O que fazer se seu nome for para o SPC indevidamente?

Consiga o comprovante da inscrição no SERASA ou no SCPC. Junte documentos que comprovam a cobrança (cartas, mensagens no celular, etc). Procure um advogado que atue na área do consumidor, da sua confiança ou a procuradoria.

Quanto tempo leva para o nome sair do SPC? Se o juiz der a liminar (e nestes casos normalmente dá), de 1 a 15 dias, dependendo da vara e da cidade.

Quanto tempo leva uma ação de danos morais? É impossível dizer um prazo, mas o mais normal na justiça é que os processos deste tipo levem de oito meses à um ano. Se houver recurso, mais um ano, até o final.

(Claudio Dias Batista é advogado há 23 anos. Seu escritório atua em várias áreas com destaque na defesa do consumidor, trabalhista e empresarial. Confira também o blog www.advogados.pro.br).

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MP aciona Amary e mais 25 na justiça por

suposta “transferência” ilegal de terreno público Marcel Scinocca redacao@jornalzoeste.com.br

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Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) ajuizou uma ação na qual cobra R$ 1 milhão sobre uma suposta transferência de terreno público para uma empresa do Jardim Saira. A ação foi ajuizada no último dia 2. O valor de R$ 1 milhão seria equivalente a alugueis da área, cujo processo de posse é questionado pelo MP. Conforme o promotor Orlando Bastos Filho, autor da ação, conforme apurado no inquérito civil sobre o caso, a situação é tratada como “típico caso de usurpação de área pública por empresa, com a aquiescência e colaboração do Poder e agentes públicos.” Bastos explica como o processo ocorreu e foi iniciado com a instalação da empresa no local. A instituição

em questão é a Alberflex, que fabrica móveis para escritório. A empresa, teria, sem sucesso, tentado permutar outra área de sua propriedade. “Não desistiu a empresa, e acabou por, de forma ilegal, com participação dos demais representados, a usurpar ambas as áreas. A primeira, de 2.342,47 m., através, num primeiro passo, da aprovação de inexistente lei municipal número 5.485/97, que desafetou o imóvel, e outorgou a posse à empresa por preço vil (R$ 20,17 o m., enquanto pelo espaço contíguo comprado de particular pagou R$ 36,96 o m.). Em um segundo momento, com a “posse”, a empresa ingressou com usucapião, que tramitou pela 4ª Vara Cível da Comarca, sob n.0020452-11.1999.8.26.0602 (número de ordem :138/99), e, sem contestação da prefeitura, ou mesmo recurso (fls.60 e 118

vº dos autos de usucapião), acabou julgado procedente, transitando em julgado”, afirma. A desafetação é quando a administração determina que um imóvel público deixa de ter essa função, passando a ser um bem disponível.

“A segunda, de 4.423,29 m., foi usurpada de forma menos discreta e requintada. Deuse, pura e simplesmente, por apossamento unilateral, ilegal, e até, eventualmente, criminoso, situação que persiste até hoje”, afirma o promotor. “(...) houve usurpações de áreas públicas, obviamente, não sem a imprescindível atuação do agente público réu, autor da lei de transferência de posse, e comandante do governo cuja Secretaria Jurídica não contestou a ação de usucapião, através de instrumentos e atos juridicamente inexistentes, posto que contrários diretamente à própria Constituição Federal e a do Estado, e que podem, perfeitamente, apesar do trânsito em julgado, ser reavaliados a partir do instrumento eleito, parecendo evidente que tudo não se daria, sem ajuste entre todos os réus”, afirma em outro trecho. “Sem prévio ajuste, entre todos os réus, que teve como dado anterior tratativas administrativas, por que teria o então prefeito encaminhado projeto de lei dessa natureza, e, posteriormente, não contestado a ação, após frustradas as tratativas administrativas?”, questiona. “A situação ganha vulto quando se observa que no processo concreto, a municipalidade sequer contestou e muito menos recorreu da decisão judicial inexistente, o que comprova, cabalmente, o conluio do Poder Público municipal, entenda-se prefeito (autor da lei que deferiu posse à co-requerida), e responsável geral pela defesa judicial do município. É óbvio que o autor de lei que, ilegalmente, concedeu posse de área pública a particular, é o mesmo que determinou não houvesse defesa no processo de usucapião”, lembra.

No processo, o promotor ainda cita que o fato já foi apurado e comprovado de acordo com decisão da Corregedoria do Município.

“Válido, muito válido acrescentar, de suma importância, que às mesmas conclusões do Ministério Público, provocada que foi pelo mesmo representante, a Corregedoria do Município, igualmente chegou ao conceito de

ilegalidade, em relatório que, na sua íntegra (só reproduziremos as conclusões), integram a inicial”, diz Bastos, acrescentando trecho do relatório produzido sobre o tema.

Citados - A Alberflex divulgou nota sobre a situação. O documento será publicado na íntegra. “A empresa Alberflex Indústria de Móveis Ltda informa que vem adotando todas as medidas cabíveis para comprovar que a titularidade da área mencionada na presente matéria fora adquirida mediante a estrita observação das exigências legais e jurisdicionais, tudo lastreado no intuito de promover a criação de empregos e geração de impostos em benefício da coletividade.”

Moko Yabiku (PSDB), Marinho Marte (PPS), Francisco Martinez (PSDB) e Antonio Silvano (SDD) divulgaram nota em conjunto através da Assessoria de Imprensa da Câmara de Sorocaba. “Nenhum dos vereadores citados recebeu notificação sobre o processo. Quando citados oficialmente poderão se posicionar e apresentar a devida defesa”, diz a nota.

Gabriel Bitencourt, na ocasião vereador pelo Partido dos Trabalhadores, disse que não se lembrava do caso, já que se passou quase duas décadas da aprovação. “Não conheço o processo, portanto, não tenho como comentar”, explica.

Antônio Arnaud Pereira, também do PT à época da votação, afirmou que precisa fazer um levantamento sobre o votação e que acredita que pode ter votado contra a desafetação. Por isso, Arnaud prefere comentar a situação somente nesta sexta-feira (16).

O MP também cita Waldomiro Raimundo de Freitas, Antonio Rodrigues Filho, Benedito de Jesus Oleriano, Emerson Cañas, o deputado Jefferson Alves de Campos, o vereador eleito João Donizeti Silvestri, Jorge Pereira Lima, Laércio Valone Neto Piantore e Maria Aparecida de Queiroz Almeida. Eles não foram encontrados para comentar o ingresso do Ministério Público. A Prefeitura de Sorocaba foi procurada para se manifestar sobre a ação, mas não retornou ao nosso contato. O mesmo ocorreu com o ex-prefeito Renato Amary. Os ex-vereadores Claudemir José Justi e Horácio Blazeck, já falecidos, também são citados no processo.

www.jornalzoeste.com.br Sorocaba, 16 de Dezembro de 2016

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Município descumpre ordem Claudio do Sorocaba I agradece eleitores judicial sobre esgoto no Rio Sorocaba sorocabanos por mandatos realizados e multa chega a R$ 230 mil E Marcel Scinocca

redacao@jornalzoeste.com.br

Marcel Scinocca

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Prefeitura de Sorocaba descumpriu uma determinação judicial em um processo que consta como transitado e julgado cuja decisão era que a cidade deixasse de despejar esgoto “in natura” no Rio

Sorocaba. Como deixou de cumprir a decisão, o município foi condenado a pagar semanalmente R$ 5 mil, até que comprove o cumprimento da sentença. O valor total devido, até o último cálculo, era de R$ 230 mil.

“Trata-se de uma ação proposta pelo MP há 30 anos para proibir o lançamento de esgoto in natura no Rio Sorocaba. A ação foi julgada procedente e a sentença foi confirmada em todas as instâncias até o STF. Quando o processo voltou de Brasília, com ordem para cessar o despejo de esgoto sob pena de multa, a prefeitura conseguiu mais um prazo.

Esse prazo foi descumprido, por isso estamos executando”, explica o promotor Jorge Alberto de Oliveira Marum. A decisão fixou prazo até 28 de fevereiro de 2015 para o cumprimento da sentença, passando, a partir daí, a contagem da multa semanal. A Prefeitura de Sorocaba não teria comprovado o feito, ou seja, o não lançamento de esgoto no Rio Sorocaba. “A multa fixada é de R$ 5 mil reais por semana e será cobrada enquanto a prefeitura não comprovar 100% de tratamento”, ressalta Marum.

“Recurso” - A Prefeitura de Sorocaba ajuizou outra ação, chamada de embargos à execução, ou seja, defesa do devedor. Com a situação, o magistrado Pedro Luiz Alves de Carvalho designou audiência de instrução e julgamento para o dia 16 de março de 2017, às 14h.

A municipalidade foi questionada sobre o processo judicial, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

m visita ao Grupo Z de Comunicação na última terça-feira (13) o vereador Gervino Claudio Gonçalves, o Claudio do Sorocaba I (PR), fez um balanço sobre seus mandatos, ao todo três.

Claudio afirmou que teve a oportunidade de sair eleito mais uma vez e acreditava na reeleição. “Eu tinha a possibilidade de sair novamente pelo meu partido como vereador. Acredito que pelo trabalho que nós realizamos nesses doze anos haveria chance de sermos reeleitos novamente. Visto que meu partido, pela forma que nós montamos o nosso grupo político, com 1500 votos eu estaria eleito.

Acredito que pelo trabalho que a gente desenvolve estaríamos eleitos”, diz o vereador O vereador afirma que não tentou a reeleição, pois seu foco era ser candidato a prefeito. “Eu aceitei aquele desafio de vir para Sorocaba e jamais eu pensei que poderia ser um vereador de uma cidade do porte de Sorocaba e depois presidente da câmara dos vereadores de Sorocaba.

No nosso partido temos uma política de que quando alguém vai ficando a mais tempo na câmara a população não começa enxergar ele como um futuro prefeito, futuro deputado. Meu objetivo maior era sair candidato a prefeito.” Claudio foi vereador por três vezes. Ele também agradeceu aos eleitores que confiaram em seu trabalho durante esses doze anos. O atual mandato do vereador termina em 31 de dezembro.

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www.jornalzoeste.com.br Sorocaba, 16 de Dezembro de 2016