Jornal Z Norte - 461ª Edição (19/10/2018)

Vice-prefeita se defende de denúncias, critica ambiente político perverso e não confirma candidatura em 2020

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9 de Outubro de 2018

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9 Propostas 461

Sorocaba | 19 de Outubro de 2018 | Nº - Ano 13 www.jornalznorte.com.br - Distribuição GRATUITA

Conta de Luz fica 19% mais cara a partir da próxima semana Pág. 08

Nasce bebê de grávida resgatada pelo CADQ em minicracolândia Pág. 02

Prefeitura recebe propostas de 9 organizações para administrar UPH Zona Norte Pág. 04

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Editorial O foco é a Eleição 2020

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Jornal Z Norte desta semana destaca em sua capa a entrevista ao vivo com a vice-prefeita Jaqueline Coutinho, denunciada pelo Ministério Público local por ter utilizado um funcionário público do Saae, em horário de serviço, para atividade pessoais. Ela nega as acusações e afirma que não teve a oportunidade de defesa oportuna.

Porém, o que chama atenção no discurso da vice-prefeita, é a constatação dela quanto à toxidade do ambiente político. Envolvida neste meio há dois anos, Jaqueline confessa que sentiu a contaminação perto de si e que chegou perto de desistir.

A política costuma ser implacável com iniciantes, independente de história pessoal. Não entrando no mérito de sua culpa ou não, o que ainda será julgado pela Justiça em todas as suas instâncias, é fato que a vice-prefeita, alçada à Chefia do Executivo por 43 dias, passou a incomodar o sistema político local, e esse impacto de seu popular mandato e da candidatura a deputada estadual gerou turbulência no oceano eleitoral sorocabano.

Não é fácil prever o papel que a vice terá nas eleições de 2020, ainda um horizonte distante ao sorocabano comum, envolto nos pleitos Federal e Estadual. Para a política, porém, a disputa de 2020 já está posta à mesa, e as peças no tabuleiro começam a ser movidas por todos os jogadores. Jaqueline, Crespo e muitos outros são alguns desses jogadores, e o tempo já começou a correr.

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Nasce bebê de grávida resgatada pelo CADQ em minicracolândia

Elaine, 35 anos, viveu nas ruas por nove anos e foi localizada numa área abandonada no Jardim São Marcos. Ela aceitou participar das atividades do CADQ e além de estar livre das drogas, agora carrega nos braços a pequena filha, Ester Vitória

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upla vitória para Elaine Cristina Gonçalves, 35 anos, ex-viciada em drogas. Ela viveu nas ruas por nove anos e em julho deste ano, grávida de sete meses, foi resgatada de uma minicracolândia no Jardim São Marcos, em Sorocaba, pela equipe do Centro de Atenção ao Dependente Químico (CADQ). Desde então, está longe dos entorpecentes e, como se não bastasse, tornou-se mãe no último dia 10. A filha dela veio ao mundo pesando 3,750 quilos e medindo 47 centímetros, e o nome não poderia ser mais apropriado: Ester Vitória.

“Gostei muito de saber o que o CADQ faz pelos dependentes químicos e agora tenho uma motivação a mais para me manter livre das drogas” destacou Nane, ainda no Hospital Santa Lucinda, acompanhando o bebê, que deve receber alta médica na próxima segunda-feira (22). O motivo é que Ester Vitória, que nasceu de parto cesariana, apresentou sífilis e está sendo medicada com antibióticos por 10 dias.

“Dá muita alegria ver que esse bebê está bem, pois tinha grande risco de morte, comentaram os médicos. Isso alegra o nosso trabalho e o esforço em apoiar o dependente químico”, destaca Rodrigo Manga, um dos apoiadores do CADQ. Ele participou da ação de resgate de Nane em uma minicracolândia de Sorocaba, no dia 9 de julho. Na ocasião, Nane revelou que há dois anos não tomava banho e nem sequer tinha feito pré-natal.

Depois de aceitar ajuda, Nane passou por atendimento médico e recebeu tratamento de desintoxicação, sendo assistida pelo CADQ. Ela se recorda que passou muitos dias sem comer, sem dormir e com frio.

“Estava morando numa construção abandonada; um local com muito lixo e dividindo espaço com outros usuários de drogas”, complementa.

“Graças a Deus e ao trabalho do CADQ, a Nane mudou de vida e agora tem motivo de sobra para continuar assim. Se você tem problemas com álcool ou drogas, então

participe das palestras do CADQ”, convida Manga.

O CADQ - O trabalho desenvolvido pelo CADQ está baseado num sistema terapêutico alicerçado em princípios cristãos.

O grupo, formado por uma equipe multidisciplinar de profissionais, atua de forma gratuita e pioneira em Sorocaba. Começou a operar em abril de 2018 e vem ganhando força.

“A partir da decisão dela em aceitar ajuda, nós do CADQ estamos de braços abertos para receber a pessoa e dar todo o apoio para que ela mude de vida”, frisa Manga. Como parte fundamental do tratamento aos assistidos, palestras são realizadas todas as segundas e quintas-feiras, sempre às 19h. Nessas mesmas datas, mas às 18h, o próprio Manga faz o atendimento individual dos interessados.

Ao longo de nove meses, uma série de

ensinamentos é apresentada ao dependente químico, para ser praticada no dia a dia, como forma de contribuir para que a pessoa fique livre das drogas. O familiar do usuário também é convidado a participar, para que saiba encarar positivamente todo o processo.

Já de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 9h às 15h, o CADQ oferece atividades para que o usuário se mantenha ocupado durante o dia e fique distante da rua e das drogas. Entre as iniciativas disponíveis há cursos profissionalizantes, além de aulas de música e atividades esportivas.

Contato – A sede do CADQ está localizada na Avenida Afonso Vergueiro, 1.559, em frente ao Sorocaba Shopping. O contato pode ser feito diretamente no local ou também pelo telefone (15) 3411-5100, ou ainda via WhatsApp: (15) 99829-4624.

RÁPIDAS “Se arrependimento matasse...”

O vereador Anselmo Neto (PSDB) reclamou do prefeito José Crespo (Dem), que não tem liberado o pagamento de suas emendas e atendimento de seus projetos. Segundo Anselmo, ele foi um dos poucos que defendeu a permanência de Crespo no processo de cassação e hoje não consegue nada. Ele afirmou que o “pessoal do 6º andar esqueceu de 2017”, “que vai retirar seus projetos até 2021 (após o mandato de Crespo)” e que “se arrependimento matasse, eu não estaria mais aqui”.

Audiência discutirá emendas para 2019 Por iniciativa da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Parcerias – presidida pelo vereador Hudson Pessini (MDB), com os vereadores Anselmo Neto (PSDB) e Péricles Régis (MDB) como membros – a Câmara Municipal de Sorocaba promove nesta sexta-feira audiência pública para discutir as emendas impositivas dos vereadores ao Orçamento do Município para o Exercício de 2019.

O orçamento impositivo, previsto na Lei Orgânica do Município, obriga a execução

orçamentária e financeira de emendas parlamentares no orçamento anual de Sorocaba equivalentes a 1,2% da receita do Município, sendo que a metade desse valor terá que ser obrigatoriamente destinada à Saúde. Os vereadores tem reclamado que em 2018 boa parte das emendas não foi cumprida. A audiência deve contar com a participação do Secretário Municipal da Fazenda (Sefaz), Marcelo Regalado.

seções: Prevenção às Drogas; Mapeamento dos Pontos de Uso; e Resgate Social do Morador de Rua. Em função da criação da pasta, serão criados 12 novos cargos de chefia na Prefeitura: 3 novos de Chefe de Divisão, que passam de 94 para 97; 6 de Chefe de Seção, de 205 para 211; e 3 para Diretor de Área, de 40 para 43. O projeto recebeu parecer favorável da Comissão de Justiça.

Alarmes na fiação elétrica das escolas O Projeto de Lei nº 264/2018 entrou na pauta da Câmara nesta semana, para obrigar as escolas de educação infantil e fundamental do Município de Sorocaba a dispor de sistema de alarme contra furto de cabos e fios elétricos, com imediato acionamento da Guarda Civil Municipal e da Policia Militar. O referido sistema de alarme se destina exclusivamente à proteção dos direitos da criança e do adolescente e dos bens e patrimônios públicos.

O projeto é de autoria do vereador Rodrigo Manga (DEM).

Secretaria nova entra em votação Entrou em pauta na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 201/2018, de autoria do prefeito José Crespo, que cria a Secretaria de Políticas sobre Drogas e de Resgate Social do Morador de Rua. A criação da referida pasta é um pedido do vereador Rodrigo Manga (DEM), presidente da Casa, com o apoio do vereador Engenheiro Martinez (PSDB). Manga negou, por mais de uma vez, que vá ocupar a pasta assim que deixar a presidência do Legislativo, no final do ano.

A Secretaria de Políticas sobre Drogas e de Resgate Social do Morador de Rua compreende as seguintes áreas, divididas em

Transferência de escola por bullying O legislativo colocou em discussão o Projeto de Lei nº 261/2018, do vereador Hudson Pessini (MDB), que garante ao aluno da rede pública de ensino a transferência de escola em casos de danos à sua integridade psíquica, física ou moral, o chamado Bullying. Para fazer jus a esse direito, o requerente deve comprovar as razões do seu pedido de transferência na direção da unidade escolar.

Entre as razões que podem embasar o pedido de transferência estão questões que envolvem credo, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, gênero, orientação sexual,

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convicções filosóficas e políticas, racismo e condição profissional dos pais (profissionais da segurança pública). A Comissão de Justiça exarou parecer favorável ao projeto.

Após canudinho, é a vez do isopor Uma semana após a aprovação da lei que veta o comércio de canudinhos de plástico na cidade, a Câmara Municipal passou a discutir nesta semana o projeto de lei nº 246/2018, de autoria do vereador João Donizeti Silvestre (PSDB), que proíbe o uso de embalagens de isopor (ou poliestireno expandido) em restaurantes, lanchonetes, bares e similares, barracas e por parte de vendedores ambulantes, que, a exemplo dos estabelecimentos citados, também deverão substituir copos e embalagens por produtos de origem biodegradável ou reciclável, entre outros materiais que se distinguem do poliestireno.

Os infratores, após a primeira autuação e advertência, estarão sujeitos a multa de 120 Ufesp (Unidades Ficais do Estado de São Paulo), o que significa R$ 3.084, uma vez que o valor da Ufesp para o ano de 2018 é de R$ 25,70.

A partir da terceira autuação, esse valor será cobrado em dobro.

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Prefeitura recebe propostas de 9 organizações para administrar UPH Zona Norte Lincoln Salazar

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ove Organizações Sociais de Saúde apresentaram propostas para a administração da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Norte. O trabalho, com custo estimado em aproximadamente R$ 34 milhões por ano, prevê a terceirização da gestão da unidade, pelo prazo de 12 meses, mas ainda não tem data prevista para a divulgação da vencedora, assinatura do contrato e início das atividades.

A data limite para a apresentação das propostas foi o dia 9 deste mês. Foram recebidas pela Prefeitura as propostas do Instituto Soleil, Associação Paulista de Gestão Pública (APGP), Santa Casa de São Bernardo do Campo, Organização Social JM – João Marchesi, Instituto de Educação e Saúde José de Anchieta, KL – Soluções em Serviços de Saúde, Instituto Diretrizes, Instituto Moriah e Instituto de Atenção Básica e Avançada de Saúde (Iabas).

A Prefeitura publicou as notificações de chamamento público no dia 6 de setembro. Além da Gestão da UPH Zona Norte,

o prefeito José Crespo pretende também terceirizar a administração da UPH Zona Oeste (com custo aproximado de R$ 35 milhões). A abertura de Propostas para a Zona Oeste ocorreu no dia 8/10, e as mesmas Organizações que apresentaram propostas para a Zona Norte deixaram também seus envelopes, com a inclusão do Instituto Accua exclusivamente na UPH Zona Oeste.

O processo chegou a ser suspenso pela Justiça, por falhas na elaboração do edital. A decisão do juiz André Luis Adoni, da Vara da Fazenda Pública de Sorocaba, deu provimento a ação impetrada pela Associação Paulista de Gestão Pública (APGP).

O magistrado, porém, ressaltou que a Prefeitura poderia publicar novos editais, desde que corrigisse os vícios encontrados nos dois primeiros, o que foi feito na sequência.

Os erros apontados pela APGP e acolhidos pelo juiz mostravam que o edital era amplo e genérico quando afirmava que entidades impedidas de contratar com a administração pública não poderiam contratar com o município. Conforme

a decisão, no item 6.3 do edital, foi constatado vício insanável ao se exigir, única e exclusivamente, para o cumprimento do requisito, certidão negativa de falência ou recuperação judicial, o que não é compatível com a legislação que abrange as organizações. A APGP apresentou suas propostas aos dois editais.

A previsão de gastos nos dois processos é de aproximadamente R$ 69 milhões anualmente, valor 55% maior que o gasto atual, estimado em R$ 27 milhões na UPH Zona Norte, e R$ 17 milhões na UPH Zona Oeste. A Prefeitura, porém, justifica o valor com o aumento de profissionais e atendimentos previstos.

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Botão do Pânico registra 50 atendimentos Câmara aprova Projeto de Dini por descumprimento de medida protetiva que pede pela isenção do IPTU Até o momento, 142 mulheres estão cadastradas na plataforma

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Centro de Referência da Mulher (Cerem), órgão administrado pela Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias), divulgou que, somente neste ano, foram registrados 50 atendimentos às vítimas que denunciaram, por meio do Botão do Pânico, situações de descumprimento de medidas protetivas. Além disso, neste período, ocorreram sete prisões de agressores e 11 conduções para a delegacia.

O Botão do Pânico é um sistema – criado em fevereiro deste ano – que garante auxílio e segurança às mulheres vítimas de violência doméstica. Até o momento, 142 mulheres estão cadastradas no aplicativo. Toda sorocabana que obter uma medida protetiva pelo poder judiciário terá o direito de se cadastrar gratuitamente.

Para ter acesso à plataforma, a mulher deve procurar o Cerem munida de sua medida protetiva e de seu aparelho de celular para que possa receber todas as orientações sobre sua participação no programa. Feito isso, a vítima poderá apertar o botão na tela do seu próprio celular caso o agressor descumpra a decisão do juiz. Ao fazê-lo, um aviso será

enviado imediatamente ao Centro de Operações e Inteligência (COI), da Guarda Civil Municipal (GCM), com a localização da vítima.

O Cerem presta, gratuitamente, atendimento interdisciplinar especializado e contínuo às mulheres acima de 18 anos e residentes em Sorocaba. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A unidade está localizada na avenida Juscelino Kubitschek, 440, no Centro, próximo à Rodoviária.

às pessoas com Doenças Raras

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oi aprovado em segunda discussão, na sessão da Câmara Municipal desta quinta-feira (18), o Projeto de Emenda à Lei Orgânica do vereador Fernando Dini (MDB) que inclui “doenças raras” no rol de moléstias cujos pacientes são isentos do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), Imposto de Transmissão de Propriedade “Inter Vivos” e ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza).

O projeto do parlamentar dá nova redação ao parágrafo 3º do artigo 84 da Lei Orgânica, juntando-se às outras moléstias já beneficiadas: tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, Mal de Alzheimer, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação e Aids.

Ao propor o Projeto de Emenda, Dini busca não só aumentar a isenção do IPTU já existente, como também permitir que as pessoas com doenças raras possam usufruir desse direito.“Já que são casos que assemelham-se às de doenças graves, garantindo pelo inciso

XIV do artigo 6º da Lei Federal nº 7.713/1988, que regula a matéria em âmbito Federal”, diz.

Remédios de alto custo - Duas das principais justificativas dadas pelo parlamentar é a situação pela qual as pessoas com doenças raras passam. Muitas das vezes, não podem trabalhar e precisam de remédios de alto custo que podem chegar a custar mais de R$ 400 mil.“A isenção desses impostos é somente uma obrigação que o governo tem para com essas pessoas. O fornecimento desses remédios, por exemplo, precisam ser prioridade para a administração, na esfera Federal”, diz.

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Educação de Sorocaba recebe Baixo Conta de Luz fica 19% mais cara Grau de Satisfação pela primeira a partir da próxima semana vez e atinge pontuação menor que A a do governo Pannunzio

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3º trimestre do ano não está agradável para a Educação Pública de Sorocaba. Pela primeira vez, o setor recebeu Baixo Grau de Satisfação pela classificação Indsat. Durante todos os levantamentos trimestrais do instituto de pesquisas, a cidade havia somado índices que se enquadravam em Grau Médio de Satisfação. Agora, no entanto, Sorocaba vê a aprovação da área cair, chegando a um nível de 89 pontos inferior ao último trimestre do Governo Pannunzio. Em setembro, a Prefeitura comemorou a avaliação positiva do Indsat para Abastecimento, coleta de lixo e qualidade da água.

A área da Educação recebeu 474 pontos em 1.000 possíveis. O Baixo Grau de Satisfação é atribuído aos setores que registram entre 350 e 499 pontos. Em 2017, os índices registrados mostraram que a satisfação com a Educação pouco variou. Na primeira metade do ano passado, a área registrou 563 pontos no 1º trimestre e 598 pontos durante o 2º trimestre. No 3º trimestre, o seg-

mento fechou com 587 pontos. A Educação encerrou 2017 com 562 pontos.

Para avaliar o índice de satisfação, a Indsat utiliza uma metodologia exclusiva de avaliação baseada nos critérios de “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”. São entrevistados 400 moradores. A Educação Pública de Sorocaba registrou 11% de “ótimo” e “bom”, 43% de “regular” e 46% de “ruim” e “péssimo”.

Os dados mostram que a insatisfação atinge praticamente a metade dos sorocabanos, enquanto outra grande parte considera a Educação mediana.

Já neste ano, os índices mantiveram-se estáveis nos dois primeiros trimestres, registrando quatro quedas consecutivas, apesar da pouca variação. Agora, a nova piora no índice não foi suficiente para deixar a Educação com ao menos 500 pontos. A Indsat faz os levantamentos nas 10 maiores cidades do Estado de São Paulo, nas 15 maiores cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e em 12 cidades pertencentes ao Aglomerado Urbano Piracicaba.

conta de energia ficará mais cara a partir do dia 23 de outubro. A CPFL Piratininga informou que as novas tarifas da concessionária, definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante reunião da diretoria do órgão, realizada nesta terça-feira (16) de outubro, terão reajuste médio em 19,25% para os clientes da concessionária, sendo 18,70% para a baixa tensão (residenciais e pequenos comércios) e 20,18% para os consumidores da alta tensão (indústrias e grandes comércios).

Para o cálculo das novas tarifas, a Aneel levou em consideração uma série de fatores que impactam os custos e as despesas operacionais da CPFL Piratininga. Dos itens avaliados, o que teve maior peso nos porcentuais fixados foram os gastos com a compra de energia, causados pelo risco de estiagem e redução da produção de energia, acionamento das termelétricas, fonte mais cara, para garantir o fornecimento de energia elétrica para os seus clientes e alta do dólar, moeda que define o preço da energia da hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e a segunda do mundo. É importante destacar que a maior parte do valor da conta de luz é destinado para o pagamento das despesas com compra de energia, com o sistema de transmissão e com o pagamento de tributos estaduais e federais e encargos setoriais, que são conhecidos no setor elétrico como custos não-gerenciáveis pelas distribuidoras. Ou seja, grande parte da conta de luz é composta por itens que a CPFL Piratininga não tem gestão direta, sendo ape-

nas uma mera arrecadadora de recursos para a cadeia do setor elétrico e para os Estados e União.

De acordo com a CPFL, uma conta de R$ 100,00, apenas R$ 14,90 se referem aos custos diretos da CPFL Piratininga. Os outros R$ 85,10 se referem às despesas com a compra de energia, com o sistema de transmissão, com os encargos setoriais e com os tributos estaduais e federais.

Dos 19,25% definidos pela Aneel como reajuste médio das tarifas da distribuidora, apenas 1,76% se refere aos custos de distribuição, repassados, de fato, à CPFL Piratininga, sendo o restante, de 17,49%, relacionados aos demais custos que a concessionária não possui gestão. Esse percentual recebido pela CPFL Piratininga é usado para custear a operação da rede de distribuição e financiar a expansão, modernização e manutenção dos ativos, além de remunerar os investimentos realizados e pagar o salário dos seus colaboradores.

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Vice-prefeita se defende de denúncias, critica ambiente político perverso e não confirma candidatura em 2020 Lincoln Salazar

que deve existir: fazer um governo empreendedor, que traga o que a população espera”.

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vice-prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho (PTB), defendeu sua inocência na denúncia feita pelo Ministério Público sobre a utilização de um funcionário público para serviços particulares, acusou a falta de possibilidade de se defender junto ao órgão e afirmou estranhar que o processo tenha vindo à tona após seu desempenho nas últimas eleições. A ex-prefeita da cidade, que governou por 43 dias, ainda lamentou a situação de “novela mexicana” em que se transformou a política local, alertou que o ambiente é perverso e não confirmou se será candidata a prefeita nas eleições de 2020, indicando que estará presente no processo, seja como candidata ou cabo eleitoral.

“Em princípio, serei apoiadora. Se não tivermos um nome que possa espelhar o que a população espera e necessita, posso ser candidata. Mas de início, serei apoiadora. Eu não queria nem ser candidata a deputada neste ano, acabei cedendo. Mas agora eu tenho certeza que nós vamos ter bons candidatos”, salientou Jaqueline.

A entrevista concedida ao vivo pela vice-prefeita ao Jornal Z Norte durou mais de 1 hora e 13 minutos. Nela, Jaqueline Coutinho explicou sua situação atual na Prefeitura, onde se diz sem oportunidades de desempenhar qualquer função, e garantiu ser inocente na questão do uso do funcionário público, que segundo ela utilizava apenas o horário de almoço para buscar seu filho na escola e recebia

da vice R$ 400,00 mensais para realizar o serviço, valor semelhante “ao Uber”. Ela ainda garantiu que não utilizava o serviço fora do horário de almoço, e que a denúncia feita pelo Ministério Público demonstra que houve crimes de falsificação de documentos oficiais dentro do Saae, fato considerado por ela como “gravíssimo”.

“Será que se não fosse a Jaqueline, estaria nesta situação hoje? Então eu reitero: Ainda que alguém tente me perseguir, pode perseguir à vontade, porque eu não temo absolutamente nada. Eu não devo nada. Devo, sim, à minha consciência, devo ser um espelho de cidadania para os meus filhos e devo isso aos meus pais.

Devo a necessidade de ser uma cidadã do bem”, explicou.

Emocionada, a vice disse que seus familiares sofrem com os ataques a ela.“É uma coisa perturbadora até, porque os filhos passam a ser alvo de pessoas maledicentes, tendenciosas, que querem desqualificar a mãe. Meus pais idem, porque passam a ser alvo de pessoas, até da mídia.

Minha mãe tem recebido ligações telefônicas constantes, foram mais de 100 ligações de ontem até hoje, inclusive durante a noite. Isso é uma perturbação e pode ser uma situação de retaliação”, ponderou.

Ela disse que está monitorando quem comete crime de injúria contra ela nas redes sociais e vai abrir inquérito policial.

Jaqueline Coutinho foi candidata a deputada estadual nas eleições de 2018.

Com mais de 30 mil votos obtidos, ela foi a terceira mais bem votada na cidade, mas não conseguiu se eleger por seu partido, o PTB. Questionada se a votação

expressiva a credenciaria a uma eleição para a chefia do Executivo em 2020 e se esse fator poderia explicar uma campanha contrária do atual mandatário, ela lembrando dos problemas que levaram à ruptura no relacionamento com José Crespo, Jaqueline afirmou que foi “escorraçada” do seu cargo pelo prefeito. “Tive a fechadura da minha sala trocada. Depois, tinha um guarda municipal que me monitorava. Não podia mais fazer reuniões, nem meus pais eu podia receber”, explicou a vice-prefeita.

Durante a entrevista, Jaqueline se disse preparada para voltar a desempenhar funções se for chamada pelo prefeito José Crespo. “Meu sentimento pessoal é uma coisa, mas ele não deve superar o bem para a comunidade. Eu tenho uma obrigação com a população, é um pacto que nós firmamos em 2016. Não posso permitir um ‘sentimento mesquinho’ atrapalhe esse compromisso com a população”, afirmou.

A vice-prefeita ainda afirmou que torce para que a cidade deixe de passar por turbulências políticas, como no processo da cassação do prefeito Crespo. Perguntada sobre se estaria pronta no caso de um novo processo que afastasse o chefe do executivo, ela se disse pronta, apesar de torcer para que não ocorra. “O que eu espero, realmente, pelo bem de Sorocaba, é que a gente não chegue a esse ponto.

Se a gente quer que a cidade avance, se a gente quer que a população mantenha a auto-estima elevada, que seja alegre, feliz, realizada, a gente tem que ter uma administração coesa, voltada para o único alvo

Entenda o caso A vice-prefeita, o diretor geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Ronald Pereira da Silva, e o ex-servidor Fábio Antunes Pereira, foram denunciados à Justiça pelos crimes de falsidade ideológica em documento público.

A denúncia do promotor Júlio Lozano Júnior foi feita no início do mês e o juiz Jayme Walmer de Freitas, da 1ª Vara Criminal, quebrou o segredo de Justiça do processo nesta terça-feira (16).

De acordo com o Ministério Público, eles praticaram o crime 111 vezes, já que, no período de janeiro a julho do ano passado, o ex-servidor público falsificou informações em seu cartão de ponto, colocando como horas trabalhadas no Saae os horários em que exerciam atividades particulares para a vice-prefeita e seus familiares.

O diretor-geral do Saae também vai responder pela falsificação de documento público. De acordo com o ministério público, as assinaturas nas portarias de exoneração publicadas no Diário Oficial do Município também foram falsificadas.

Além da área criminal, os três também foram denunciados na área cível pela promotora de justiça Cristina Palma, também do Ministério Público em Sorocaba, e tiveram os bens bloqueados no valor de R$ 67 mil pelo juiz Alexandre Dartanhan de Mello Guerra e foi tomada na semana passada (11), para ressarcir os cofres públicos em caso de condenação.

A denúncia chegou ao MP através da Delegacia Seccional, após informações do atual prefeito José Crespo (DEM). Ele noticiou em 2017, em coletiva de imprensa, “possível prática de atos de improbidade” contra a vice-prefeita.

Os relatos davam conta da utilização de funcionário público com cargo em comissão como “marido de aluguel”, durante a sua jornada de trabalho, atendendo ao interesse de Jaqueline.

A promotora do caso pede também a perda da função pública dos requeridos, suspensão dos direitos políticos por 10 anos, pagamento de multa civil de três vezes o valor do acréscimo patrimonial dos mencionados e proibição de contratar com o poder público.

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