Jornal Z Norte - 439ª Edição (18/05/2018)

Depois de cinco anos, UPH Zona Leste pode deixar de funcionar

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8 de Maio de 2018

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Deu Crespo!

Sorocaba | 18 de Maio de 2018 | Nº - Ano 13 www.jornalznorte.com.br - Distribuição GRATUITA

Jovem de Sorocaba faz participação na série “Carcereiros” Pág. 11

Por um voto, vereadores rejeitam projeto que obrigaria a Prefeitura a ter autorização da Câmara em novas terceirizações Págs. 04 e 05

Furtos a residências no Jardim Imperatriz assustam moradores Pág. 09

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Sorocaba, 18 de Maio de 2018

Editorial

O valor do voto

Inscrições abertas para aulas gratuitas de futsal

Jornal Z Norte

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A Voz da Zona Norte!

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comercial@jornalznorte.com.br redacao@jornalznorte.com.br Tiragem: 20 mil exemplares

Você conhece alguém que tem problemas com drogas?

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A

pouco mais de cinco meses das eleições, a Câmara de Sorocaba provou, nesta última quinta-feira (17), quanto vale um voto. Articulada por Rodrigo Manga, foi votada uma proposta de que a Prefeitura deveria pedir autorização à Câmara cada vez que quisesse terceirizar algum serviço. Faltou apenas um voto para que a proposta fosse aprovada.

Nos bastidores, afirma-se que parlamentares mudaram de ideia na hora da votação – o que todos negam, mas se diziam indecisos durante a discussão. É fato que a proposta traria mais burocracia ao processo de terceirização, mas também daria mais transparência e discussão, inclusive com a população sorocabana.

Tivemos um exemplo claro de como um voto pode mudar tudo, e esse exemplo deve ser levado às urnas em outubro.

E, assim como os projetos na Câmara são amplamente avaliados e postos à prova perante a Constituição Federal, nós devemos avaliar cada candidato e, principalmente, acompanhar sua trajetória antes e após as eleições. O voto de cada um, do eleitor a um senador, pode mudar o bem mais valioso da sociedade: a sua história.

INFORME PUBLICITÁRIO

O Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), localizado no Parque Laranjeiras (Zona Norte), está com inscrições abertas para aulas gratuitas de futsal. A atividade é destinada a meninos e meninas de 6 a 17 anos e tem início nesta sexta-feira (18).

Realizada pela Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer (Semes), a atividade tem o objetivo de incentivar a prática de atividade física. As aulas acontecerão às terças e sextas-feiras, das 14h às 16h30.

Os interessados devem se inscrever, das 8h às 13h30, no CEU das Artes, que está localizado à rua Washington Pensa, 969, no Parque Laranjeiras. Para a inscrição, é necessário a apresentação de um documento de identificação com foto e comprovante de endereço. Mais informações pelo telefone (15) 3239-3867.

ristian do Sacramento, 22 anos, começou a usar cocaína aos 12 anos de idade e reconhece que está travando a mais difícil batalha de sua vida. E a vitória definitiva está cada vez mais perto, pois há cerca de um mês está longe de qualquer tipo de droga. A sua força de vontade é o que está movendo nesse caminho, aliado ao apoio que tem recebido na equipe do Centro de Atenção ao Dependente Químico (CADQ), que atua de forma gratuita e pioneira em Sorocaba.

Se você se identificou com a história de Cristian, tem em casa ou conhece alguém que vive situação semelhante e precisa de ajuda, saiba que o CADQ está de portas abertas para dar o apoio necessário. O atendimento é por meio de palestras às segundas e quintas-feiras, às 19h, na Avenida Afonso Vergueiro, 1.559, no Centro. Detalhe é que Cristian tem participado ativamente de todas essas palestras.

Rodrigo Manga está à frente do grupo, formado por uma equipe multidisciplinar de profissionais, que adota um sistema terapêutico voltado ao fortalecimento do tratamento ao dependente químico, baseado em princípios cristãos.

O CADQ é um lugar onde a pessoa pode trabalhar os sentimentos, criar novas amizades, assumir responsabilidades, falar das dificuldades para obter felicidade e estabelecer metas que deem a ela novos rumos.

O diferencial é que a família do dependente é tratada como um todo, e não apenas a pessoa que está no mundo das drogas recebe o apoio necessário. A ideia é desenvolver atividades de prevenção ao uso de drogas, inclusive orientando como a família pode ajudar nesse processo de cura. “Minha mãe foi uma das únicas pessoas que apostaram em mim. Perdi tudo e agora comecei a sair do ‘fundo do poço’. Nunca é tarde

para recomeçar. Todo apoio é válido, principalmente o da família, mas é preciso agir o quanto antes”, alerta Cristian.

Atendimento – As palestra do CADQ são voltadas aos usuários e aos seus familiares. O programa completo consiste em 12 semanas, sendo que em cada uma delas são enfocadas temáticas específicas e sugeridas ações para serem realizadas no dia a dia, baseadas, sobretudo, em conceitos de fé, perseverança e amor.

Fora isso, o CADQ ainda funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 9h às 15h. Na ocasião é oferecido atendimento complementar aos assistidos, por meio de cursos profissionalizantes aos participantes, aulas de música e atividades esportivas, entre outras iniciativas que ajudem o dependente e a sua família a manterem sua a droga longe de suas vidas.

“O CADQ é nossa grande válvula de segurança, onde podemos expressar o amor ao próximo, pois é onde encontramos, através dos depoimentos de outros companheiros, a certeza de que não estamos sozinhos nessa batalha e que é possível vencê-la com a ajuda de Deus”, enfatiza Manga.

Você tem problemas com DROGAS ou ÁLCOOL? Conhece alguém que tem esse problema, mas quer SAIR dessa vida e precisa de ajuda? Então venha participar do CADQ.

(15) 99829-4624 (Whatsapp) Palestras às segundas e quintas-feiras às 19h Av. Afonso Vergueiro, 1559 - Centro - Sorocaba

TRATAMENTO GRATUITO

Câmara aprova projeto de lei que obriga universidades a terem ambulatório Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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oi aprovado em segunda discussão, na sessão ordinária desta quinta-feira (17), na Câmara, o Projeto de Lei do vereador Hélio Brasileiro (MDB), que obriga instituições de ensino superior, sejam elas públicas ou privadas, a instalarem ambulatórios para pronto atendimento de primeiros-socorros. As salas deverão ter profissionais treinados para atuarem em casos de emergência e, ainda, equipamentos como Desfibrilador Externo Automático. A exigência vale apenas para as instituições com, no mínimo, 700 alunos matriculados. Caso a norma seja descumprida, a instituição pode ser advertida e, ainda, sujeita a multa de R$ 1 mil, dobrada a cada reincidência.

Comilões Ao fim da sessão ordinária desta quinta-feira (17), a Câmara abriu espaço para a tribuna livre, além das homenagens propostas pelos vereadores, como é feito normalmente. A última homenagem foi a de Hudson Pessini (MDB) a um grupo de artistas, que fazem paródias musicais com receitas gastronômicas. Na hora da entrega da placa, Pessini convocou os colegas que têm seus nomes atribuídos a alimentos, como Vitão do Cachorrão (MDB) e o presidente da Casa.“Já que o Manga é fruta, também, vem entregar a homenagem”, disse ele. Ao fim da cerimônia, Vitão enalteceu que um dos artistas já frequentou seu trailer.

“O povo tem memória” A galeria da Câmara ficou lotada de servidores e funcionários da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste, apoiando o Projeto de Lei de Rodrigo Manga (DEM), que obrigaria a Prefeitura a pedir autorização à Câmara em cada caso de concessão de serviços públicos. Para pressionar, os participantes gritavam palavras de ordem como “o povo tem memória” e, ainda, sobre Vitão do Cachorrão (MDB) e Wanderley Diogo (PRP), que se declaravam indecisos em relação ao voto. Para Vitão, especificamente, a galeria pedia para que ele não fosse “um cachorrão”.

Sem votar O vereador Francisco França (PT) usou a tribuna para manifestar sua indignação em relação ao fechamento da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Leste. Em seu discurso, ele sugeriu que a Câmara não votasse nenhum projeto encaminhado pelo Executivo, enquanto a situação não fosse resolvida. Rodrigo Manga (DEM) considerou a ideia, mas outros vereadores, como José Apolo (PSB), não concordaram.

Visitas A Câmara recebeu visitas durante a sessão desta quinta-feira (16), em que foi votado o projeto do vereador Rodrigo Manga (DEM), a respeito das terceirizações. Além do atual secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas, Flávio Chaves, vieram à Casa a ex-vereadora e atual secretária de Igualdade e Assistência Social, Cíntia de Almeida (MDB), e a própria vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) – esta última, declarando apoio ao projeto de Manga.

RÁPIDAS

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Por um voto, vereadores rejeitam projeto que obrigaria a Prefeitura a ter autorização da Câmara em novas terceirizações Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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ateu na trave e não entrou. O Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município (PELOM), proposta pelo vereador Rodrigo Manga (DEM), que obrigaria a Prefeitura a pedir autorização à Câmara para cada caso de concessão do serviço público, foi rejeitada. A proposta, apesar de ter votação maior para o “sim”, não alcançou o número de votos necessários para ser aprovada – deveriam ser 13 votos, contra seis negativos, e o placar final foi 12 x 7. Votaram contra o projeto os vereadores Fausto Peres (Podemos), Fernando Dini (MDB), Irineu Toledo (PRB), José Apolo (PSB), Rafael Militão (MDB), Vitão Cachorrão (MDB) e Wanderley Diogo (PRP).

Segundo o texto da lei, o artigo 116 ficaria com a seguinte redação: “a permissão de serviço público, sempre a título precário, será outorgada por decreto após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente e a concessão, inclusive mediante parceria público-privada ou contratos de estão com organizações sociais, só será feita com autorização legislativa específica”.

Por ser uma emenda à Lei Orgânica, o projeto deveria ser aprovado por dois terços dos vereadores. Caso estivessem todos presentes, deveriam ser 14 votos contra seis, no entanto, Luís Santos (PROS) está licenciado, recuperando-se de uma cirurgia, por isso, com 19 parlamentares presentes, o placar que aprovaria o projeto diminuiu. Na justificativa, Rodrigo Manga lembra que é dever do Poder Legislativo fiscalizar sobre o Executivo. “Sendo assim, a exigência de autorização legislativa para todas as concessões encontra fundamento na função fiscalizadora do Poder Legislativo, que consiste no acompanhamento e controle da implementação das decisões tomadas no âmbito do Poder Executivo. Mais que isso, na fiscalização da gestão patrimonial, dos recursos humanos, das atividades financeiras, das questões orçamentárias, das contratações re-

alizadas e dos resultados alcançados”.

A proposta teve avaliação inconstitucional da Secretaria Jurídica da Casa – composta por servidores. No documento, a Secretaria afirma que no município vizinho de São Roque, a Câmara apresentou uma proposta semelhante, que foi aprovada, mas o Executivo ingressou na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), que foi acolhida. Já a Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo vereador Francisco Martinez (PSDB) e composta pelos vereadores José Apolo (PSB) e Antônio Silvano Jr (PV), teve parecer oficial apontando pela constitucionalidade.

Discussão acalorada A articulação deste projeto tomou quase toda a sessão. Desde o início, foi possível ver que os parlamentares se reuniam em grupos para conversar sobre a proposta, inclusive com o secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas, Flávio Chaves. A tribuna também foi utilizada para que os parlamentares discursassem sobre o assunto, no entanto, apenas um vereador que votou contra o projeto discursou: Irineu Toledo (PRB). O parlamentar lembrou que a Câmara já recebeu manifestações de grupos que eram contra a

terceirização dos serviços públicos. “Fica ou não fica?”, questionou na tribuna. Já Renan Santos (PCdoB), lembrou que é contra a terceirização, mas que votaria a favor do projeto.

“Eu defendo um Estado forte, mas entendo que cada caso é um caso, e que essa lei trará mais transparência e fiscalização”, afirmou.

Com a rejeição do projeto, os manifestantes, ainda, atiraram moedas em direção aos vereadores, o que deixou Vitão do Cachorrão (MDB) nervoso. Ele e o presidente chegaram a discutir, mas Vitão foi contido pelos assessores.

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Parlamentares mudaram voto no último instante D

urante toda a sessão, a articulação dos vereadores era pensando em 14 votos favoráveis. Por isso, os manifestantes ovacionaram e gritaram palavras de ordem para cada vereador que poderia se manifestar contra o projeto.

Até então, a “conta” era de que 13 vereadores votariam a favor da proposta e, por isso, Rodrigo Manga (DEM) e Hudson Pessini (MDB) tentaram convencer os que se diziam indecisos. No entanto, na hora da votação, Péricles Régis (MDB) lembrou que, pela ausência de Luís Santos (PROS), o número de votos necessários mudaria – o que foi confirmado pela Secretaria Jurídica.

Com isso, todos pensaram que o projeto seria aprovado.

Fausto Peres (Podemos), apontado como o parlamentar que mudou o voto de última

hora, afirmou que não havia declarado o voto, mas que estudou melhor a proposta.

“No futuro, o tempo vai mostrar como vai se dar essa situação em Sorocaba”, ressaltou.

O parlamentar, ainda, lembrou que se caso uma terceirização aprovada na Câmara fosse alvo de ação na Justiça, os parlamentares poderiam ser apontados como co-responsáveis. Irineu Toledo, além de destacar isso, disse que o papel de decidir uma parceria público-privada não é da Câmara. “As concessões são apreciadas porque são bens públicos, próprios, por exemplo, mas a terceirização não é assunto nosso. Se uma empresa contratada fizer coisa errada, aí sim, a Câmara entra como fiscalizadora”.

Por meio de sua assessoria, Fernando Dini (MDB) justificou seu voto afirmando que acompanhou o parecer da Secretaria Jurídica da Casa, mesma opinião dada por Wanderley Diogo (PRP), José Apolo (PSB) e Rafael Militão (MDB). Este último, inclusive,

afirmou ter conversado pessoalmente com Manga após a votação. “É um assunto que eu já conversei com ele, mas não gostei da sua conduta, porque expôs principalmente o Vitão. Mas nós já nos entendemos”. A votação foi nominal, e não no painel eletrôni-

co, por isso o voto de cada parlamentar foi anunciado. Já Manga disse que o projeto foi reprovado porque “houve uma interferência maciça do Executivo, e aí os vereadores mudaram os votos. A população perdeu, mas nós vamos continuar lutando”.

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EM COMA: Depois de cinco anos, UPH Zona Leste pode deixar de funcionar Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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la foi inaugurada em 28 de agosto de 2013, está prestes a completar cinco anos, mas pode fechar. A Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da Zona Leste é a única unidade de atendimento em urgência e emergência da região, e pode fechar em julho. Isso porque o contrato entre a Prefeitura e o Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) termina em julho e, até o presente momento, não há uma definição de como será mantido o atendimento.

O BOS fixou um comunicado em frente a unidade, informando que foi notificada, no último dia 4, que o contrato termina em 14 de julho e não poderia ser renovado. “A diretoria do grupo BOS informa que recebeu com surpresa e perplexidade a notificação da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Sorocaba sobre o convênio da Unidade Pré-Hospitalar”, ressalta o documento. A nota informa ainda que a empresa esteve em reunião no dia 14 de maio, e a equipe da Prefeitura reafirmou a decisão. “Portanto, vamos cumprir nossa missão/obrigação com dignidade, ética, acolhimento e humanização, e, principalmente, respeito aos pacientes”.

A nota finaliza pedindo aos pacientes o respeito com os 283 colaboradores sob regime da CLT, além dos cerca de mil colaboradores indiretos, que prestam serviço na unidade. Procurada, a assessoria de imprensa do grupo não confirmou se os funcionários serão demitidos ou realocados em outras unidades de saúde.

Na Câmara O assunto também rendeu discussão na Câmara. Na sessão do último dia 15, o vereador Fernando Dini (MDB) levantou

o assunto na tribuna. “Nós conquistamos a UPH da Zona Leste, a Casa do Cidadão e a Área de Transferência. A população não pode perder esse atendimento. Seria um retrocesso”, lamentou o parlamentar.

Presidente da Comissão da Saúde da Câmara, Renan Santos (PCdoB) lembrou que, quando houve a possibilidade de fechar os pronto-atendimentos de Brigadeiro Tobias, Parque das Laranjeiras e Jardim São Guilherme, ele e outros vereadores elaboraram um documento, que foi entregue na Prefeitura. “Falamos com o doutor Ademir Watanabe, na época, e com o prefeito Crespo, e isso retrocedeu.

Vamos fazer a mesma coisa agora e, se não resolver, podemos até entrar na Justiça”, reforçou.

Como possível solução, Renan sugeriu que o atendimento fosse realizado por intermédio da Santa Casa. “Eu sou contra a terceirização, no entanto o padre Flávio [atual gestor da Santa Casa] tem dado uma aula de gestão pública, então acredito que se o atendimento fosse entregue nas mãos dele, seria mais barato e melhor”, afirma.

Protestos Cerca de 70 pessoas estiveram, ainda na terça-feira, em frente à unidade, para protestar. A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, junto com os funcionários da unidade. Com bexigas pretas, o grupo gritou palavras de ordem contra o prefeito. O trânsito ficou lento na região, principalmente no acesso à avenida Nogueira Padilha pela rodovia Raposo Tavares. Agentes da Urbes – Trânsito e Transportes estiveram no local, para desviar o trânsito.

Justificativa A Prefeitura, ainda, tentou justificar o

fechamento da unidade, em um vídeo publicado nas redes sociais oficiais. Nele, assessores da Secretaria de Comunicação e Eventos informam que o contrato entre a Prefeitura e o BOS não pode ser renovado, e que, enquanto uma nova organização não assume a gestão da unidade, os munícipes deveriam se dirigir ao Pronto-Atendimento de Brigadeiro Tobias, ou outras UPHs. Hudson Pessini também criticou a explicação dada pelo Paço. “É

preciso explicar a diferença entre uma UBS, um PA e uma UPH. A UBS é quando o munícipe está com algum problema, marca uma consulta, e é acompanhado pelo médico.

O Pronto-Atendimento são para casos simples e, na UPH, o paciente pode ficar em observação, aguardando a vaga na Santa Casa”, ressalta. Fernando Dini, ainda, protocolou um ofício pedindo a resolução do caso.

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Homicídios, roubos e furtos aumentam em março Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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s registros de ocorrências de homicídios, roubos e furtos em março apresentaram o maior índice do ano, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado. Já os números de tentativa de homicídio e de estupro diminuíram.

Segundo os dados apresentados, os homicídios dolosos (quando há a intenção de cometer o crime) aumentaram de dois, em fevereiro, para dez em março. O número de vítimas também aumentou: foram 11, no último mês apresentado. Os registros de lesão corporal dolosa também subiram: de 147, em fevereiro, para 185 em março. O número total de roubos também aumentou. Em fevereiro, no total, foram 231 roubos, contra 295 em março. Deste total, em Sorocaba, foram registrados 46 roubos de veículos e um roubo de carga.

Já o número de furtos foi o índice que mais aumentou, entre fevereiro e março. Em fevereiro foram 566 registros, já em março, 699. Já sobre os furtos de veículos, em fevereiro foram 150 casos e, em março, 164.

Diminuíram Outros índices, no entanto, diminuíram, ou se mantiveram. É o caso, por exemplo, da taxa de homicídio doloso por acidente de trânsito, que em fevereiro teve um registro, e, em março, nenhum. As tentativas de homicídio também diminuíram – de cinco, em fevereiro, para três, em março. A lesão corporal culposa por acidente de trânsito também diminuiu, de 73 para 67.

Um índice que vem descendo, desde o início do ano, é o estupro: em janeiro, foram 20, em fevereiro, 17 e, em março, 11. Este número engloba os casos de estupro e de estupro de vulnerável (quatro e sete, respectivamente).

Produtividade A SSP também divulgou o número de produtividade policial. Em março, foram registradas 19 ocorrências de porte de entorpecentes e 33 de tráfico. Já o porte ilegal de arma – que em fevereiro, teve apenas um registro – foram nove. O número de armas apreendidas também aumentou, de 17 em fevereiro, para 23 em março.

Já o número de flagrantes se manteve praticamente o mesmo. Enquanto em fevereiro foram 101, em março foram 99. Em março, 113 pessoas foram presas em flagrante, e 332 por mandado judicial, totalizando 445 prisões, no total. O índice de veículos recuperados aumentou: foram 79 em fevereiro e 85 em março. Já o total de inquéritos policiais instaurados diminuiu pouco, passando de 317 em fevereiro, para 308 em março.

Resposta Procurada, a SSP afirmou, em nota, que comparando os mesmos números, com o ano passado, algumas estatísticas diminuíram. “O trabalho das polícias Civil e Militar resultou, no primeiro trimestre de 2018, na queda do número de roubos em 26,06% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, foi possível prender 1.307 criminosos, recuperar 239 veículos e retirar 58 armas ilegais das ruas das cidades mencionadas pela reportagem, no primeiro trimestre de 2018”.

Já em relação ao número de estupros, a SSP lembrou que “o Estado é pioneiro no aprimoramento de políticas de segurança no combate à violência sexual e de gênero. São Paulo

conta com 133 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) – o que representa 35,8% de todas as DDMs do país”.

A nota ainda lembra a importância do registro do boletim de ocorrência, e reforça que a polícia militar realiza ações preventivas por meio da Força Tática, rádiopatrulhamento, Ronda Escolar, Policiamento Comunitário e da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta (Rocam).

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Furtos a residências no Jardim Imperatriz assustam moradores jeito: uma pessoa ficou dentro de um carro, enquanto outros dois invadiram a casa. Só que ela chegou em casa e deu de cara com os bandidos, saiu correndo e gritando, aí eles fugiram”, relata. “Também aconteceu com a minha irmã, há dois meses. Entraram na adega dela, que fica na rua de trás da minha. Na rua da casa dela, que também fica aqui no bairro, uma outra casa foi invadida”.

Para tentar coibir a ação dos bandidos, os moradores estão planejando instalar câmeras de segurança na via. “Estamos montando um grupo da rua no WhatsApp e estamos nos reunindo para poder colocar as câmeras. É o único jeito”, lamenta.

Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

O

s moradores do Jardim Imperatriz, próximo ao Vitória Régia, na Zona Norte, estão assustados. Isso porque a região está sofrendo constantes furtos em residências. Só no último sábado (12), duas casas vizinhas foram invadidas.

As vítimas não terão seus nomes divulgados, por motivos de segurança. Um deles conta que estava na casa da mãe quando tudo aconteceu. “Eu fui dormir na casa da minha mãe, e a casa ficou sozinha. Foi neste momento que fizeram a ‘visita’. Na madrugada de domingo, um vizinho meu ligou falando que o portão e a janela estavam abertos”.

Foi a primeira vez que a casa dele foi invadida. Além da casa ter sido revirada, itens eletrônicos foram furtados, como notebook, tablet e outros acessórios. “E eles estavam levando a TV. Removeram ela, mas deixaram no corredor, do lado de fora. Provavelmente não deu tempo de ser levado”, conta.

A vítima conta que comprou a casa há 12 anos, e que morou ali por quatro ou cinco anos ininterruptos, até que mudou-se para São Paulo e ficou cerca de quatro anos fora.

“Fiquei dois anos e meio fora, e quando voltei, a casa ainda ficou mais ou menos um ano e meio alugada. Pelos meus cálculos, já faz mais ou menos uns seis anos que os vizinhos reclamam desse problema”, relata.

Injustiça A vítima afirma que, agora, está com medo de que a casa possa ser invadida novamente.

“A sensação é de impunidade. Alguém invadiu meu espaço. É revoltante. Você batalha a vida inteira para conseguir uma coisa, e chega alguém e entra na sua casa?”, questiona. O portão da casa da vítima é de correr e abre dos dois lados, por isso, a vítima acredita que o cadeado tenha sido danificado e, como não conseguiram abrir a porta da sala, entraram pela janela. Para tentar evitar novas ações, a vítima cogita instalar câmeras e alarme. “Vou tentar reforçar a trinca da janela da sala também. De imediato é isso. A gente fica

à mercê da bandidagem”. A vítima registrou o boletim de ocorrência no domingo.

No vizinho também Uma das residências vizinhas, na rua Aristides de Camargo, também foi invadida na madrugada de sábado para domingo. A diferença é que, neste caso, nada foi levado.“Eu estava na casa da minha sogra, porque minha esposa ganhou nenê e eu fui lá, para dar suporte a ela. Moro aqui há seis anos e esta foi a primeira vez que isso aconteceu”, relata.

Esta vítima, que também não terá seu nome divulgado, afirma que soube de outros casos. “Em uma outra vizinha, foi desse

Sem resposta A Secretaria de Segurança Pública do Estado, responsável pelas polícias Civil e Militar foi procurada, mas não se pronunciou sobre o assunto. Já a Guarda Civil Municipal (GCM) informou, por meio de nota, que realizou 29 patrulhamentos no bairro em 2018 e que, destas operações, duas resultaram no atendimento de casos de furto na CEI 114. “A Guarda Civil Municipal reforça que tem por atribuição a proteção de bens e serviços do município. Com relação a furtos a residência, cabe informar que a Guarda Civil Municipal tem por atribuição, proteção de bens e serviços do Município, portanto qualquer ação visando a prevenção do delito acima ocorre colaborativamente com a Polícia Militar”.

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Jovem de Sorocaba faz participação na série “Carcereiros” Guilherme Maganhato guilherme@grupozcomunica.com.br

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oi através de um teste, indicado por um amigo, que Vinícius Henry, de 22 anos, realizou seu primeiro trabalho como ator, na série “Carcereiros”, produzida e exibida pela TV Globo. As filmagens aconteceram em 2016 e o jovem interpretou um integrante de uma gangue de dentro do presídio. “Eu estava desempregado e um amigo meu me indicou para fazer o teste. Eu não sabia que era da Globo, não sabia nada”, lembra.

O teste aconteceu em um hotel, na Zona Norte. Para passar, Vinícius teve que interpretar duas cenas: uma como se estivesse na cadeia e recebesse uma visita, e outra como se estivesse em uma rebelião.

“Primeiro eu estava enforcando o carcereiro, e tinha que negociar. No outro, eu estava do lado. Eles disseram que gostaram muito e que entrariam em contato.

No dia seguinte eles me ligaram, e eu soube que tinha passado”. Foi aí que ele descobriu de qual produção se tratava.

“No começo eu pensava ‘será que é mesmo?’”.

Segundo Vinícius, parte das gravações aconteceu na Penitenciária Feminina de

Votorantim, e outra parte em São Paulo. “Na verdade eu nunca tinha atuado.

Eu faço dança, há quatro anos, e aí tem toda a parte da coreografia, que tem a interpretação, mas atuar mesmo, só em pequenos teatros, em igreja, essas coisas”.

Vinícius conta que, no começo, ficou nervoso. “Eu pensava: ‘é Globo, tem que fazer certo, porque senão vão pegar no pé’. Os próprios diretores e atores já dão dicas, passam exercícios para você ficar mais calmo, ou mais explosivo, dependendo da cena”. O jovem, inclusive, lembra que observava o ator Rodrigo Lombardi – que vive o carcereiro Adriano, personagem principal da trama – fazendo esses exercícios. “Ele andava de um lado para o outro, gritava, esmurrava a parede. Era muito concentrado”.

Novo olhar Graças à participação na série, Vinícius agora revela uma nova avaliação de produções televisivas. “É bem diferente do que a gente imagina. Depois que você faz, nunca mais vê televisão da mesma maneira. Como eu fiz figuração, agora eu observo muito os figurantes, o cenário.

Você começa a imaginar como foi feito

aquilo, e ter uma visão mais ampliada”, lembra.

Atualmente, Vinícius, que mora no bairro Júlio de Mesquita Filho, trabalha como vendedor, mas pretende participar de outras produções, caso tenha a oportunidade. “É bem bacana pelo convívio, pelas dicas que eles dão. E você vê o lado humano dos atores, também. Todos eles te

tratam super bem, e você entende que o figurante também é muito importante para que aquela cena dê certo”.

Ele afirma que aparece em quase todos os episódios, mas sua principal participação é no episódio “Questão Pessoal”, em que a gangue que seu personagem faz parte se envolve em uma rebelião. A série é veiculada às quintas-feiras à noite.

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