Folha de Iperó - 47ª Edição (26/05/2017)

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Iperó | 26 de Maio de 2017 | Nº 47 - Ano 2 www.folhadeipero.com.br - Distribuição GRATUITA

Casas Ocupadas Famílias alegam não ter lugar para morar e ocupam casas do Capoavinha Vereador indica instalação de Pág. 06

painel digital para mostrar horários de ônibus na rodoviária

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Iperó realiza encontro de religiões afros no Polo Cultural Pág. 04

Prefeitura espera economizar até R$ 50 mil por ano com fim da impressão do Jornal do Município Pág. 04

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www.folhadeipero.com.br Iperó, 26 de Maio de 2017

Vereador indica instalação de painel digital Ocupação para mostrar horários de ônibus na rodoviária A

Editorial

moradia popular é um problema que não é exclusividade de Iperó. O abandono da construção das casas do Capoavinha, que já era um problema para a cidade, passou para o estágio de algo mais grave desde a ocupação do local ocorrida recentemente.

O problema atual vai além das percepções de que houve no local apenas e tão somente uma invasão. É um problema social que clama por resolução.

Temos que convir que a ocupação de qualquer lugar sem os devidos títulos de propriedade ou sem as devidas autorizações legais violam alguns pactos sociais, porém, não se pode virar as costas para pessoas que estão desabrigadas, sem teto ou sem qualquer perspectiva de moradia. Ademais, ainda é preciso lembrar que as casas já tinha contemplados.

Esse problema precisa ser administrado pelo Executivo, que, aparentemente, no mínimo, poderá arcar com alugueis sociais. A pedra fundamental para a resolução da questão dentro dos parâmetros legais já foi dado pela Prefeitura de Iperó e agora é aguardar a decisão da justiça.

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vereador Sérgio Poli (PV) indicou na última terça-feira (23) a instalação de um painel digital que informa o horário e destino dos ônibus no terminal rodoviário do município. A indicação foi apresentada na 17ª sessão ordinária da Câmara de Iperó.

Poli justifica.“A gente vem estudando essa questão há dias, mesmo porque houve várias reclamações de usuários do transporte público municipal, tendo em vista que a Rápido Luxo Campinas tem uma concessão por mais vinte anos em nosso município”, comenta o vereador. “Eu tenho certeza que o Executivo vai cobrar a Rápido Luxo ou tentar resolver o problema dos usuários desse transporte”, continua o vereador. “A indicação é apenas para que se coloque um relógio, um placar eletrônico, que tenha data e horário de saída de ônibus e o horário nesse placar, igual têm na praça aqui na frente”, conta o vereador.

Ele acredita que é um beneficio para os usuários, já que eles vão saber os horários e vão poder cobrar a empresa que presta o serviço. “O placar eletrônico fica mais visível, já que é alto e dará mais visibilidade a todos.

Hoje o que é utilizado em nosso município são os horários em papel sulfite e, às vezes chove e fica difícil o acesso. Algumas pessoas de idade não conseguem ler e outros não sabem os horários direito. Eu acredito que vai ajudar bastante os 32 mil habitantes do nosso município”, acrescenta o vereador.

Para finalizar, Sergio Poli fala que o valor do equipamento não prejudicaria a empresa. “Por seu tamanho, jamais ia prejudicar a empresa. Mas como eu disse no início, a in-

dicação é para o chefe do Executivo, para o prefeito, que eu não posso indicar para a empresa, mas também debatendo sobre a

matéria, vou até encaminhar um ofício especial a essa empresa para ver com o que eles podem colaborar,” conclui.

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Projeto de lei que autoriza adoção de praças por entidades privadas é aprovado pela Câmara Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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Câmara de Iperó aprovou na sessão ordinária do dia 16 de maio o projeto de lei que autoriza o Executivo a instituir o programa “Adote uma praça”. A iniciativa é de autoria do vereador Fábio Augusto de Campos, o Fabinho (PSB).

Conforme o autor, além de unir pessoas e empresa, a iniciativa ainda deixa a cidade mais bonita. “É uma iniciativa que dá ao Executivo a permissão para que ele busque essa parceria com o setor privado ou com o empreendedor individual para que a gente consiga deixar a cidade mais bonita, visto que sabemos o fator econômico que atravessa todo o país. “Dentro dessas parcerias a gente consegue minimizar alguns custos para o município. Por isso, acho que é uma propositura importante que dá toda a essa abertura para que a gente discuta a manutenção dessas praças”, ressalta o vereador.

O projeto já deu certo em cidades como Indaiatuba, por exemplo. “Indaiatuba, a grande São Paulo, entre outras, já tem esse

Prorrogou O Imprensa oficial do estado de São Paulo publicou na terça-feira (16) a prorrogação do contrato entre a Prefeitura de Iperó e a empresa Anga Alimentação. O objetivo do contrato é a prestação de serviços de preparo e distribuição de merenda escolar com fornecimento de todos os gêneros alimentícios, insumos (material de limpeza, gás, descartáveis, etc.), armazenamento, distribuição nos locais de consumo, supervisão, reposição e manutenção de equipamentos e utensílios utilizados. O contrato foi prorrogado por mais doze meses.

Para a piscina Falando em licitação, a Prefeitura de Iperó vai realizar no dia 05 de junho um pregão presencial para registro de preços com o objetivo da aquisição de produtos para higienização de piscina.

modelo e vêm trabalhando nesse sentido com o setor privado. Em Iperó temos um polo industrial grande pelo tamanho da cidade. Acreditamos que novas empresas virão para o município e poderão participar desse projeto”, acrescenta.

Um das prioridades, conforme o vereador, é com relação a Praça da Marinha.

Quem estiver interessado deve procurar a Prefeitura de Iperó.

Pedrina Os problemas com relação a escola municipal Pedrina de Campos Pedrozo Rosa continuam. A situação foi tema de indicação do vereador João Antonio Domingues (PP), que pediu a colocação de janela no arquivo da unidade escolar. O vereador já havia pedido providências sobre o tema na legislatura passada.

Manutenção de brinquedos Tramita na Câmara de Iperó um projeto de lei que cria normas de segurança de ma-

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nutenção de brinquedos e equipamentos lúdicos dos parques infantis na cidade. A lei cita logradouros públicos e estabelecimentos de educação da cidade. A lei pretende determinar sanções caso as normas sejam descumpridas. O PL é de autoria dos vereadores Luis Fernando Daki (PMDB) e Edvani Zardeto (PR). Vale ressaltar que problemas com a manutenção dos equipamentos foi alvo de inúmeros pedidos de regularização na legislação anterior.

Quer explicações O vereador Valter Rodrigues, o Valtinho (PV) quer que a Prefeitura de Iperó notifique a empresa que realizou o recapeamento na Rua Esmeralda, no Parque das Monções. De acordo com o vereador, o local apresenta diversos problemas e necessita de reparos com urgência. O documento apresentado pelo vereador foi apresentado na sessão de terça-feira (23) da Câmara de Iperó.

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Iperó realiza encontro de religiões afros no Polo Cultural Marcel Scinocca

Prefeitura espera economizar até R$ 50 mil por ano com fim da impressão do Jornal do Município

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Polo Cultural de Iperó foi palco no domingo (21) do Encontro Regional de Religiões Afros. O evento reuniu diversas religiões de várias cidades de São Paulo e até da Capital.

O objetivo principal do encontro era esclarecer dúvidas sobre leis que protegem as religiões, mas que não são cumpridas. De acordo com a organização, participaram pessoas das cidades de Campinas, Indaiatuba, São Paulo, Itu, Salto de Pirapora, Tatuí, Bragança Paulista e Boituva. Uma das presenças ilustres foi da deputada Clélia Gomes (PHS), que é mãe de santo. Ela comentou a participação no evento.

“Eu digo que Clélia Gomes é uma deputada; Clélia Gomes da Silva é uma mãe de santo.

Para mim, o evento mostra que ainda está ocorrendo uma intolerância muito grande com relação as religiões”, afirma a parlamentar.

“Este evento, nada mais é do que mostrar para a sociedade ‘n’ religiões em que o verbo deve ser um só, o respeitar”, garante.

Para o anfitrião, Nenê Saravá, que foi eleito durante o evento diretor executivo do Feucem (Federação Espírita de Umbanda e Candomblé do Estado de São Paulo), comemorou os números e o resultado do evento foram muito positivos. “Superou o que a gente estava esperando. Valeu a pena e fomos surpreendidos pelo número de pessoas, já que, estava chovendo e teve a participação de pessoas de muitas localidades”, afirma. Conforme ele, ao

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menos 150 pessoas participaram do ato e a preparação a partir de agora é para a Semana da Consciência Negra, que acontece em novembro.

Sem autoridade A ausência de autoridades no evento foi sentida pelos presentes. O encontro não teve a participação de nenhuma autoridade dos poderes Legislativo e Executivo da cidade.

Nenê cobrou explicações e afirmou que muitos dos presentes também votam.

Vale ressaltar que a falta de entusiasmo dos políticos de Iperó se repetiu na missa dedicada a Santa Rita na segunda-feira (22).

Deputada Clélia Gomes (PHS)

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Prefeitura de Iperó espera economizar até R$ 50 mil por ano com fim da impressão do Jornal do Município. A estimativa foi feita pelo Executivo a pedido da Folha de Iperó nesta quinta-feira (25).

Conforme a Prefeitura de Iperó, a decisão pelo fim da versão impressa do Jornal Oficial do município foi tomada no início de maio e oficializada pelo decreto Nº 1.683/2017, de 8 de maio deste ano. Desde então, a edição semanal do Jornal Oficial é veiculada apenas em meio eletrônico e disponibilizada no site da Prefeitura: www.ipero.sp.gov.br. “A decisão levou em consideração a necessidade de aperfeiçoamento da administração pública, especialmente no que diz respeito a garantir os princípios da economia, eficiência e publicidade. Além disso, a Administração vem buscando formas de qualificar os serviços prestados, alcançar melhores resultados e reduzir os custos”, justifica a municipalidade.

“Com a veiculação apenas em meio eletrô-

nico, a Prefeitura terá uma economia mensal de cerca de R$ 4 mil, representando cerca de R$ 50 mil anuais. Além da economia, a medida contribui para evitar o desperdício de papel, pois diversos pontos de distribuição do jornal registravam sobras de exemplares semanalmente. A Prefeitura também acompanhou medidas parecidas que foram adotadas em cidades como São Paulo e Itapevi, Estados como o Rio Grande do Sul e também o Distrito Federal”, exemplifica.

Vale ressaltar que a distribuição do Jornal Oficial permanecerá gratuita, por acesso via web, e as edições ficarão à disposição no site www.ipero.sp.gov.br. No site, o jornal é exibido com a mesma diagramação da edição impressa, podendo ser acessado também por celulares e tablets, além dos computadores.

Na Câmara de Iperó, um dos tradicionais pontos de distribuição do noticiário impresso, há a informação de que o jornal deixará de circular. Outros pontos da cidade também receberam o comunicado, que foi postado também na página oficial da Prefeitura de Iperó, no Facebook. (Colaborou Vanessa Ferranti)

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Famílias alegam não ter lugar para morar e

ocupam casas do Capoavinha Marcel Scinocca

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o menos dez famílias ocuparam as casas em construção da área chamada de Capoavinha, obra financiada pelo governo do estado de São Paulo.

A ocupação vem ocorrendo há pelo menos duas semanas. Uma reunião ocorreu entre os moradores na segunda-feira (22), porém, não houve acordo para que os mesmos deixassem o local. O grupo tem pelo menos 25 pessoas, incluindo várias crianças.

A reportagem da Folha de Iperó esteve no local no sábado (21) e conversou com as famílias. As famílias promoveram a limpeza do entorno do imóvel e afirmam que encontraram vários animais nas residências, incluindo aranhas.

“Demora muito. A fila de espera é muito grande e como a gente ia fazer na rua?”, questiona Estefani Carvalho, que ocupou um dos imóveis. “Tem quase três anos que essa obra está parada. Por que a gente não pode morar aqui, então?”, questiona Aline de Melo. Eles alegam que são todos de Iperó. “A gente não poderia ficar na rua com as crianças”, ressalta Aline.

Sem qualquer tipo de infraestrutura, os moradores das casas afirmam que estão recebendo apoio de vizinhos próximos para beber água, fazer alimentos, lavar roupa e cozinhar. A luz? Só as de velas.

Na mesma data, ou seja, no sábado, um caminhão esteve no local e carregou parte do material de construção que ainda restava no

local. Os moradores que ocuparam as casas chegaram a filmar a ação, segundo eles, para provar que não foram eles que “furtaram” o material.

Os moradores afirmaram que desde quando a obra foi abandonada, vários materiais da obra foram furtados, incluindo pias.

Foi Deus...

Quando a reportagem esteve no local, mais uma família estava prestes a se mudar. Tratase da família de Rinaldo de Santos, de 46 anos,

que se mudará com a mulher e o filho de dez anos. “Estou aqui porque estava morando de favor. O governo faz e não aproveita, então a gente tem que aproveitar”, diz. Questionado sobre o fato da casa não estar terminada, ele releva. ‘Tem gente que mora debaixo da ponte. O importante é que aqui já está bem iniciada. Deus me disse que ia me dar uma casa, mas não me disse o jeito que era”, garante ele que morava no Maranhão e antes de mudar morava de favor.

No local, é fácil de constatar a presença de diversos materiais de construção, como areia, tijolos e capa de laje. Dezenas de casas em construção, em completo estado de abandono, ainda podem ser observadas no local.

Prefeitura de Iperó A Prefeitura de Iperó informa que durante o último fim de semana tomou conhecimento da ocupação das casas em construção no bairro Capoavinha e encaminhou uma equipe da área de Assistência Social para realizar um levantamento sobre as pessoas que estão no local. “Esse grupo não tem relação com as famílias beneficiárias do programa Minha Casa Minha Vida II, que aguardam a conclusão das 38 unidades habitacionais”, salienta o Executivo.

Ainda na quarta (24), a Prefeitura informa que encaminhou uma notificação extrajudicial dando prazo de 24 horas para a desocupação da área, mas ninguém do grupo se propôs a receber e assinar o documento. Na

quinta (25), a Prefeitura entrou com o pedido judicial para a desocupação das casas.

“Entre as responsabilidades da Prefeitura, estão a limpeza do local e fiscalização das obras. As obras foram paralisadas em novembro de 2016 e o retorno depende da emissão de nova portaria, conjunta entre o Ministério das Cidades e o Ministério do Planejamento, autorizando a prorrogação do prazo e orientando sobre as formas de pagamento e repasses à construtora. A situação de Iperó é a mesma de diversas outras localidades em todo o país, que também aguardam essa solução, pois as construções são de responsabilidade do Governo Federal”, salienta o Executivo .

A Prefeitura ressalta que no último dia 10, na sede da Fundação Pátria, foram reiniciados os trabalhos técnicos e sociais com as famílias beneficiárias do programa Minha Casa Minha Vida II. Todas foram atualizadas sobre as questões envolvendo a paralisação das obras e receberam as informações encaminhadas pelo Ministério das Cidades.

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Moradores do bairro Santo Antônio reclamam Vice-prefeito participa de evento sobre avanço na construção Reator Multipropósito de esgoto a céu aberto e sofrem com mau cheiro O Vanessa Ferranti

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oradores do bairro Santo Antônio, reclamam de um esgoto a céu aberto, atrás da Avenida do Estado, próximo a “Ponte Seca”. O problema está causando mau cheiro e desconforto não só aos residentes, mas também as pessoas que passam pelo lugar.

Ildevan Ezequiel de Sousa, morador do local há 2 anos conta que reclamou diversas vezes para a prefeitura. Chegaram ir até o local e foi informado que isso acontece por ser uma área rural. Sua irmã também chegou a fazer reclamações, porém não foi tomada nenhuma iniciativa.

Questionada pela Folha de Iperó, A Sabesp responsável pelo fornecimento de

água e tratamento de esgoto do estado de São Paulo, informou nesta quinta-feira (25) que assumiu os sistemas de água e esgoto do município em 2016. A companhia está desenvolvendo um projeto para prolongar a rede coletora de esgotos a fim de atender os imóveis do local apontado. Até a conclusão dos serviços, a lei determina que os moradores devem providenciar soluções individuais, sendo a mais comum a instalação de fossa séptica. A empresa esclarece que a fiscalização do descarte irregular de esgoto é de responsabilidade da Vigilância Sanitária do município. A Sabesp segue à disposição pela Central de Atendimento Telefônica no 195 ou no 0800 055 0195, que atende 24 horas. A ligação é gratuita.

vice-prefeito Leonardo Folim (PSC) participou no último dia 16, em São Paulo, da assinatura do planejamento de desenvolvimento detalhado do projeto entre a Amazul e Cnen em torno do Reator Multipropósito Brasileiro, o RMB. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) começam a desenvolver o projeto detalhado do Reator Multipropósito Brasileiro, por meio de convênio com a Financiadora de Projetos (Finep), no valor de R$ 150 milhões. “Esse é um projeto importante, não só para a cidade de Iperó, mas sim, para o país como um todo. É um passo que foi dado entre muitos que terão ainda”, afirma Folim. “É Muito importante para Iperó, especialmente, no que se refere a economia. Vai trazer muitas oportunidades para a população”, acrescenta. “É algo que vai beneficiar a saúde de toda a população e não só de Iperó”, conclui.

O equipamento é voltado à pesquisa e à produção de radioisótopos, materiais usados na fabricação de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças como câncer e será desenvolvido no Centro Experimental de Aramar.

O empreendimento, incluindo a construção do reator, absorverá investimentos de US$ 500 milhões, mais de R$ 1,5 bilhão, recursos que virão do Tesouro nacional.

Sobre o RMB Com o RMB, o Brasil poderá se tornar autossuficiente na produção de radioisótopos e

radiofármacos, substâncias essenciais na medicina nuclear, especialidade médica que hoje possibilita as maiores chances de diagnóstico preciso e tratamento de doenças relevantes, como o câncer; e também possui importantes aplicações em problemas cardíacos, avaliação das atividades cerebrais, entre outras.

O Brasil possui atualmente quatro reatores de pesquisa em funcionamento. A produção de radioisótopos ocorre principalmente no reator IEA-R1, instalado na unidade da CNEN em São Paulo, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen).

Esse reator, porém, não tem capacidade para produzir o molibdênio 99, radioisótopo que dá origem ao radiofármaco tecnécio 99m, utilizado em mais de 80% dos 1,5 milhão de procedimentos de Medicina Nuclear realizados anualmente no país.

Além da produção de radioisótopos, o RMB também tem como funções básicas a realização de testes de irradiação de combustíveis nucleares e materiais estruturais utilizados em reatores de potência, bem como a realização de pesquisas científicas com feixes de nêutrons em várias áreas do conhecimento, atuando de forma complementar ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). O empreendimento RMB está sendo coordenado pela Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN com a participação de seus institutos de pesquisa e conta com a parceria do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, CTMSP, e do Governo do Estado de São Paulo.

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