Folha de Iperó - 35ª Edição (04/11/2016)

adeipero.com.br Novembro de 2016

Iperó | 04 de Novembro de 2016 | Nº 35 - Ano 1 www.folhadeipero.com.br - Distribuição GRATUITA

Um diálogo...

Vitor Lippi visita bairro George Oetterer para acompanhar a situação das ruas no local Pág. 02

Após repercussão na Câmara, “O Estado de São Paulo” publica texto-resposta para o Legislativo de Iperó Págs. 04 e 05

Após dois meses contratando, Iperó volta a registrar mais demissões que contratações

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Prefeitura de Iperó terá orçamento 10% menor no ano de 2017 Pág. 03

Fraude faz prefeitura suspender reembolso de estudante para o transporte escolar intermunicipal Pág. 07

POLÍTICA

www.folhadeipero.com.br Iperó, 04 de Novembro de 2016

Editorial

Mundo online

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ideia aqui não é demonizar a internet e as redes sociais, muito pelo contrário. No entanto, precisamos aqui frisar alguns episódios que tem ocorrido ultimamente e que servem apenas para tumultuar a vida de certas pessoas.

Alguns desses episódios foram testemunhados pela Folha de Iperó, em matérias e também em aplicativos que usamos para interagir com a população. Num curto período de tempo foram diversas retratações, algumas determinadas pela justiça, mostrando que o mundo digital não é uma terra sem lei, a ermo e a esmo dos direitos e deveres que norteiam o convívio online.

A publicação de uma possível agressão em uma unidade de ensino de George Oetterer é um exemplo do que temos que olhar com cuidado, sempre se colocando no lugar do outro.

Por isso, muita cautela com o que vemos, e, especialmente, com o que postamos ou publicamos. Como dito no início, não queremos demonizar as redes sociais e os demais atributos da internet e de seus benefícios digitais, mas, de maneira alguma podemos permitir que os maus usuários transformem o nosso cotidiano num pandemônio. Vamos usar as redes sociais de forma consciente e que quem usa de forma errada que seja punido com os rigores da lei e da justiça.

Folha de Iperó

Vitor Lippi visita bairro George Oetterer para acompanhar a situação das ruas no local

O

deputado federal Vitor Lippi, PSDB/SP, esteve em Iperó na manhã de sábado, dia 22, na companhia do prefeito reeleito, Vanderlei Polizeli, e de vereadores da cidade.

A visita foi motivada pela paralisação das obras de recape no bairro, uma vez que houve interrupção do repasse de recursos para o governo federal. “Estamos aqui para dar uma satisfação aos moradores de George Oetterer e dizer que estamos trabalhando para retomar os serviços ainda este ano”, afirmou Vitor Lippi.

O prefeito Vanderlei Polizeli aproveitou a visita do deputado para falar sobre a conclusão das obras do centro de saúde do Campos Vileta, que também receberá recursos do deputado sorocabano. “Queremos concluir os trabalhos no centro de saúde o mais rápido possível, o atendimento na rede básica é fundamental”, garantiu o prefeito de Iperó.

Iperó foi um dos municípios que mais recebeu indicação de emendas parlamentares do deputado federal Vitor Lippi desde o início do mandato em 2015. Fo-

Foto: Mário Chaves

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EXPEDIENTE www.folhadeipero.com.br Muito mais Jornal

EDIÇÃO QUINZENAL Iperó Comunicação Ltda ME CNPJ: 22.989.691/0001-30 Rua João Domingues dos Santos, 136 - Sala 02 Centro - Cep: 18560-000 - Iperó/SP

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ram R$ 987 mil para o recape de ruas e avenidas do bairro George Oetterer além de R$ 280 mil para a compra de equipamentos da UBS do Campos Vileta. Ain-

da neste primeiro mandato, Lippi quer utilizar verbas do governo federal para a construção de um centro de especialidades médicas na região central de Iperó.

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Prefeitura de Iperó terá orçamento 10% menor no ano de 2017 redacao@folhadeipero.com.br

A

Prefeitura de Iperó contará com um orçamento menor com relação ao ano de 2016. O projeto foi discutido em uma audiência pública na terça-feira (25) na Câmara Municipal. Os recursos chegam a 10% a menos que o projeto orçamentário de 2016, aprovado em 2015.

O orçamento de 2016, que chegou até R$ 94 milhões de reais, sofreu uma queda de 10%, passando para R$ 86 milhões. Segundo o vereador presidente da Comissão de Finanças, Luiz Alberto Antunes Popst (PT), a gestão irá necessitar fazer um “malabares” para que as contas fechem. “Não é uma particularidade de Iperó. Os municípios vão ter que trabalhar com essa realidade de receita menor para poder gerir o orçamento e tocar as cidades. Isso nós estamos vendo até nas famílias. Hoje tem muitas famílias com pessoas desempregadas e a renda do trabalhador também é menor.

Nós temos que fazer esse malabarismo financeiro dentro das nossas casas. Os prefeitos e chefes de executivo também vão ter que fazer esse malabarismo econômico e financeiro para as contas fecharem.”

Ele ressalta ainda que as duas demandas não constam mais no projeto orçamentário da cidade. O SEAMA (Serviço de Água e Meio Ambiente de Iperó) e as obras da Escola Estadual Estação George Oetterer, que juntos somavam cerca de seis milhões a mais para o orçamento.

O projeto fica na secretaria da câmara du-

rante 15 dias e pode ser consultado por munícipes e vereadores além de ser aberto para mudanças e emendas que possam acrescentar para a população iperoense. Após essa data, aguarda o parecer das comissões e segue para votação.

Sem munícipes Algo que chamou atenção dos vereadores foi a falta de munícipes presentes na audiência e até nas sessões da câmara. A audiência contou com apenas um munícipe, no caso o senhor José Carlos Paes. Quando questionado sobre a ausência de munícipes ele é enfático.

“Sem dúvida precisa e é necessário que a população participe do processo”, comenta. Ele disse ainda que participa da maioria das sessões da Câmara.“Como eu tenho acompanhado normalmente as sessões da Câmara, tenho ouvido a leitura dos projetos. Então fica fácil para a gente acompanhar e fazer perguntas.”

Para o presidente da Comissão de Finanças, houve comunicação mas ainda assim não houve presença dos munícipes. “Infelizmente, apesar de ampla divulgação da audiência pública, como foi divulgado no site da câmara, no próprio perfil do Facebook da Casa e no jornal oficial do município. Foi divulgado que a audiência pública do orçamento 2017 estaria sendo realizada hoje, mas, infelizmente grande parte da população não participa mesmo. Esta já é a quarta audiência pública, é o quarto ano de mandato que tenho e todos participei da comissão de finanças e orçamento”, explica. Quando perguntado sobre as prioridades do projeto orçamentário, Luiz

Foto: Fernando Araujo / Folha de Iperó

Caroline Queiróz

Falta de munícipes presentes na audiência e até nas sessões da câmara Alberto Popst afirmou que a meta é manter os serviços à população. “A gente sabe que o gestor (prefeito) trabalha com prioridades, vai ter que ser feito ajustes. A gente já está vendo coisas que podem ser feitas e cabe ao executivo tomar essas decisões de trabalhar com menos recursos e poder atingir o maior número de pessoas com serviços mantidos.”

O projeto pode ser consultado pelos munícipes até dia 10 de novembro. A Câmara dos Vereadores de Iperó fica localizada na Rua Vital da Silva Rosa, 151, no centro.

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CAPA

Após repercussão na Câmara, “O Estado de São Paulo”

publica texto-resposta para o Legislativo de Iperó Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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pós a repercussão da reportagem publicada pela Folha de Iperó em 7 de outubro na sessão da Câmara no dia 11 do mesmo mês, o blog Legis-Ativo, publicado pelo jornal O Estado de São Paulo, publicou uma espécie de texto-resposta aos comentários feitos pelos vereadores na sessão.

“A despeito dessa renovação, os atuais vereadores se enchem de orgulho, em 11 de outubro, quando falam de transparência na Câmara Municipal. A primeira questão básica: o conceito em termos técnicos é ignorado pela imensa maioria das falas proferidas. Para um dos parlamentares “transparência é um discordar do outro ao longo da sessão”. NÃO! Para o presidente, economizar dinheiro no Legislativo e devolver pro Executivo é transparência. NÃO! Pra uma vereadora transparência é não votar projetos desfavoráveis aos cidadãos e aos servidores públicos. NÃO! Isso tudo pouco tem a ver com transparência”, explana Humberto Dantas , que é doutor em ciências públicas formado pela Universidade de São Paulo. “Mas o pior está por vir, pelas palavras do presidente da casa. Note que assim como no primeiro texto, NADA de falarmos em nomes. Não queremos briga, apenas respondemos o que nos acusam de fazer. Por sinal, nosso texto sequer foi bem lido. Bizarro! Mas não faltam pesquisas no Brasil sobre analfabetismo funcional”, discorre.

Trecho do texto é direcionado ao presidente da Casa, Sérgio Poli. “O presidente é o que merece maior atenção. Não pelo

cargo, mas pelo nível de afastamento à compreensão mínima acerca do que escrevemos. Não acusamos Iperó de NADA em termos isolados. A Câmara, em suas práticas, de acordo com o texto, é extremamente comum à luz da cultura política brasileira. Não somos, ao contrário do que diz o edil, o jornal Folha de S. Paulo. Nada contra, mas somos o jornal O ESTADO DE S. PAULO. Ademais: o blog LEGIS-ATIVO é livre. O Estadão NUNCA nos censurou. E esse BLOG não é pago pra criticar os outros. Os textos não são “matérias pagas” como acusa e deveria provar o presidente, se esse ponto do discurso nos tinha como alvo”, cutuca.

“O presente BLOG é uma ação VOLUNTÁRIA de 12 cientistas políticos, todos formados (mestrandos, mestres, doutorandos ou doutores) nas mais renomadas e respeitadas universidades do país, com ênfase em escolas paulistas como a USP, a Unicamp e a UNESP. Muitos aqui são concursados como docentes em instituições públicas de ensino superior espalhadas pelo Brasil. Vestido de uma incomum arrogância: somos MUITO bem formados

e extremamente capazes de dizer o que dizemos, incluindo textos que escrevemos com parceiros de academia que nos orgulham com suas participações especiais”, defende Humberto.“Ademais, o texto criticado sobre Iperó é baseado num trabalho desenvolvido faz décadas pelo Movimento Voto Consciente, ONG da década de 80 que acompanha parlamentos”, complementa.

“Mas atenção: somos o ESTADO DE S. PAULO, e não o Sensacionalista! Assim, para além da questão de credibilidade das organizações dos parágrafos anteriores, estranho que a defesa do edil se baseie em algo que todos sabem que merece indagações respeitosas acerca do valor”, diz se referindo a um prêmio recebido pelo presidente. “Ademais, voltamos a lembrar o que dissemos em nosso primeiro texto – aquele mal lido: o Ministério Público do Estado de São Paulo – um pouco mais confiável que a medalha de nosso orgulhoso presidente – conferiu ao parlamento de Iperó uma nota de transparência inferior a UM ponto, em escala que vai de 0 até 10. Lamentável! Dúvidas?”, questiona Humberto Dantas.

Na parte final do texto, Humberto escreve sobre os objetivos da resposta.

“Esperamos que esse texto sirva apenas Continua na pág. 05

CAPA

Nota: a Folha de Iperó fragmentou, porém não fez alterações na forma escrita pelo Legis-Ativo, para não alterar a essência e o objetivo do texto.

Para acessar o texto completo, segue o link: http://politica.estadao.com.br/ blogs/legis-ativo/dialogo-com-a-camara-municipal-de-ipero/

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O que publicou a Folha de Iperó?

Continuação da pág. 04

para responder algo do qual nos acusam na Câmara. Assim, para que as coisas desviem o lamentável rumo tradicional de nossa política, sugerimos aos parlamentares que se atenham às questões locais; leiam direito aquilo a que se dispõem a falar; se sintam menos desonrados diante de críticas sobre nossa cultura política, e ajam para muda-la; sejam claros sobre a forma como a citada medalha foi conquistada, se pagaram algo pela “pesquisa” que consagra os “vencedores” e qual a utilidade da premiação para os interesses dos cidadãos; que tentem responder às indagações feitas em relação às obras do estacionamento da Câmara pelo MP; que fiscalizem mais o prefeito – e torçam menos por ele. Que possam também pensar profundamente no quanto dependem da política; que reflitam sobre o preço do governismo; que olhem para a lista de funcionários públicos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em tempos recentes e compreendam certas nomeações que envolvem Iperó e seus políticos; que alguns lembrem como pedem voto nas eleições; se existe um modo de combater a compra de voto”, acrescenta o pesquisador.

“O regimento não permite que o vereador se dirija às pessoas na plateia, mas quando existe “gente importante” na casa ELE ignora a lei e olha pro sujeito.

Por sinal: na casa do povo, existe o conceito de “GENTE IMPORTANTE”?”, termina.

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O

texto publicado pela Folha de Iperó em 7 de outubro afirma que o blog Legis-Ativo, publicado no site do Jornal O Estado de São Paulo do dia 24 de setembro trouxe um estudo sobre a Câmara de Iperó, especialmente sobre a atuação dos vereadores. Conforme a publicação, todos os parlamentares ficaram com a nota zero, tomada com base em pedidos de informação e convocação aos membros do Executivo. Também zeraram em transparência, utilizando-se aqui a presença em audiências públicas.

Os pesquisadores, no entanto, alertam

que tais informações não estão claras ou disponíveis no portal da Câmara. “Assim, fica a dúvida: não houve gesto de controle do Executivo por parte da Câmara e participação em audiências públicas? Ou faltou registro e transparência na Câmara Municipal?”, questiona o blog.

O texto ainda afirma que, de acordo com o ‘Portal Meu Município’, em 2015 a Câmara de Iperó recebeu R$ 2,2 milhões de reais. “Se devolveu dinheiro ao Executivo não deveria tê-lo feito, pois parece possível dizer que falta aprimorar o trabalho de divulgação, seguindo o que o próprio MP criticou. Por outro

lado, se usou todo o recurso disponível, a questão é saber pelo que optou. Se pelo inchaço dos mandatos individuais ou pelo fortalecimento do parlamento como organização”, afirma outro trecho.

O texto foi escrito por nada mais nada menos que Humberto Dantas, que é diretor voluntário do Movimento Voto Consciente, doutor em ciência política pela USP, coordenador do curso de pós-graduação em ciência política da FESP-SP e do MBA em economia brasileira da FIPE-USP, bem como comentarista político da Rede Vida de TV.

O que disseram os vereadores?

A

reportagem da Folha de Iperó se baseou em um texto publicado pelo blog do Estadão em 21 de setembro. “Senhor presidente, gostaria só de comentar um assunto no qual uma matéria que foi vinculada na Folha de Iperó quanto à inatividade de transparência dessa Câmara Municipal. Eu me lembro que quando eleito e assumi esse mandato no ano de 2013 eu propus um projeto de lei a esta Câmara do voto aberto. [...]

Isso é transparência a quem realmente a gente deve a obrigação que é o eleitor, a população de Iperó. Eu fui proponente dessa lei nesta casa de leis, eu acho que isso não é falta de transparência”, afirma o vereador Fábio Santos (PV).

“Confesso que li algumas reportagens nas semanas atrás também, falando sobre transparência e referindo-se a Câmara Municipal, à esta Casa. Confesso,

sim, que me senti desonrado, primeiro porque a população sabe dos vereadores que aqui estão e eu sei do meu trabalho, da minha transparência, da minha dedicação, do meu comprometimento dia-adia com esta Casa e com a população de Iperó”, afirma Leonardo Folim (PSC). “Fico muito triste pelas reportagens vinculadas a jornais, falando sobre transparência desta casa porque como bem disse o senhor “a eleição passou”, mas não colocam no jornal que esta legislatura, foi à única legislatura nesta cidade que abriu uma CEI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o ex Prefeito que tinha como presidente o Sr Neno (Antonio Domingues -PP), depois como presidente o Dr. Eli (Eli Teles Junior – DEM), estão aqui os dois de prova de quantas discussões, audiências, reuniões, debates, por horas, semanas, meses. Falta de transparência, falta de dedicação, falta de comprometimento, há onde? [...] Todas as discussões que houve nesta Casa foi em prol e beneficio a cidade de Iperó”, complementou Folim.

Outros vereadores também se manifestaram. “Mais transparência do que a gente vive aqui nesta Casa de Leis? Todos os vereadores lutando pela população e defendendo a população sobre saúde, educação, asfalto, colocar lombadas em ruas, todo mundo defendendo a população. Agora mais transparência?”, questiona João Antonio Domigues (PP). “Me senti também ofendido pela colocação do jornal. A colocação do “voto secreto” foi uma proponente eu Sérgio e vereador Fábio, para que tenha transparência aqui no legislativo comenta Alysson Alexandre de Barros (PSL). “Desafio o jornal a fazer uma pesquisa, achando um sequer

projeto que foi desfavorável a população.

Isso é transparência. A gente quer uma pesquisa séria”, diz Valéria Regina Sousa (PSB). “Não estamos aqui trabalhando para fazer Ibope para jornal”, complementa.

Presidente - Sérgio Poli Simon (PV), presidente da Câmara, foi o que mais falou. “Primeiramente gostaria de deixar claro e transparente ao jornal Folha de Iperó que essa Câmara sempre foi transparente. Diferentemente do jornal Folha de Iperó que até hoje não entregou a documentação para cobrir as matérias.

Então ai a falta de transparência, primeiro se deve ao jornal. [...] Mas pode continuar vindo jornal Folha de Iperó, a Câmara está aberta por não ter nada a esconder”, abriu o vereador Sérgio Poli, presidente da Casa, ao iniciar o assunto.

“Segundo lugar gostaria de falar sobre transparência. Transparência eu acho que pegou no melhor ponto do meu mandato, mandato este como o nobre vereador Alysson falou sobre as devoluções.

Devoluções esta que a transparência não foi só deste presidente. Foi de vocês todos vereadores que ajudaram a Câmara a economizar verbas e devolver à prefeitura, pros cofres públicos. Isso sim é transparência”, diz.“Essa Câmara, através da mesa diretora, e eu como presidente, nós ganhamos a medalha “Alferes Tiradentes” que é uma medalha concedida pelo governo do estado de São Paulo de uma pesquisa de um instituto de pesquisas sério do estado de São Paulo”, salienta. “Não admitirei nunca nenhum jornal sequer, principalmente a Folha de Iperó falando que a Câmara tem falta de transparência”, diz.

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www.folhadeipero.com.br Iperó, 04 de Novembro de 2016

Denúncia de agressão física Após dois meses contratando, em creche de George Oetterer Iperó volta a registrar mais repercute na internet demissões que contratações Caroline Queiróz

redacao@folhadeipero.com.br

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ma denúncia de agressão física em uma rede social repercutiu no final do mês de outubro na internet.

Uma mãe acusava por meio de uma publicação a professora de uma creche no bairro George Oetterer de agredir seu filho. Junto da postagem foram anexadas imagens de hematomas.

Houve exposição do nome da funcionaria e da creche por meio da publicação online.

Alguns internautas começaram a questionar a veracidade das informações. “Conheço essa professora há anos e nunca vi sequer ela alterar a voz com uma criança. Acho muito injusto expor o nome da funcionária fazendo acusações sem provas porque a criança falou. Criança mente, sim!”, comentou uma das internautas.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos de Iperó foi feito um boletim de ocorrência e contatado uma advogada para cuidar do caso. “A advogada já salvou todas as provas que foram expostas em rede social e a gente já salvou um ‘print’ e levamos ao cartório para que a gente faça o registro oficial disso e porque isso serve como prova quando ingressarmos com a ação”, diz Luiza Helena de Oliveira, presidente da instituição.

Conforme o sindicato, antes de entrar com a ação de calúnia e difamação, eles aguardam o resultado exame de ‘corpo de delito’, que ainda não teria sido enviado pela mãe da criança.

A questão que tem causado desconforto na servidora é a exposição. A publicação denunciando a possível agressão física tomou alcances intermunicipais. Internautas de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outros municípios, compartilharam a postagem que já somava 180 compartilhamentos e mais de 100 comentários. “Se existiu realmente um fato que machucou e lesou

a criança, o correto seria a mãe ter ido até a Secretaria da Educação, levado a criança para fazer um boletim de ocorrência e encaminhado ao IML para fazer o exame de corpo de delito, aguardar a investigação e depois se pronunciar em rede social”, completa Luiza. Houve uma pequena retratação na página da mãe na rede social.“Errei ao ter postado no facebook e ao expor algumas pessoas”, publicou a mãe, que completou escrevendo que “jamais levantaria calunia de alguém. Mas o que aconteceu alguém é culpado e oro muito para que apareça e vai aparecer”, diz. A mãe relata que foi chamada de “barraqueira” quando procurou a creche para tirar satisfações.

A prefeitura de Iperó se manifestou por meio de uma nota. “A Prefeitura de Iperó informa que a Secretaria de Educação realizou a apuração dos fatos, através de relatório da ocorrência enviado pela coordenadora do Centro de Educação Infantil informando sobre todos os procedimentos da unidade, além de conversa com a mãe do aluno e depoimento da funcionária citada pela reclamante”. Ainda conforme a prefeitura, foi realizada uma reunião com a mãe do aluno e a Secretaria de Educação e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

A rede social não foi notificada pela funcionária da creche, nem pelo sindicato dos servidores de Iperó. “Não notificamos, pois foi uma postagem dela. Achamos melhor não intervir. O que nos cabia era defender a funcionária. Os colegas e muitos munícipes de George Oetterer foram em defesa da funcionária. As pessoas que agrediram virtualmente, são pessoas que não conhecem o trabalho da ‘tia’, relata uma servidora do sindicato.

A postagem permanece no ar. O sindicato aguarda o resultado do exame de ‘corpo de delito’ para entrar com uma ação por calunia e difamação.

Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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epois ter julho e agosto com saldos positivos no números de contratações, os principais setores que empregam em Iperó voltaram a demitir mais que contratar na cidade.

Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e foram divulgados no início da semana passada.

De acordo com os números, no mês de setembro foram contratadas 79 pessoas, no entanto, 96 foram demitidas. O pior setor foi o comércio, que contratou 13, mas demitiu 25. Indústria de transformação, construção civil e serviços também registraram números negativos, porém, em menor escala. A extrativa mineral e a agropecuária apresentaram resultados positivos, mas que não fizeram os índices melhorarem.

No ano Ainda conforme os dados do Ministério do Trabalho, que são baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2016 a cidade contratou 1008 pessoas, porém, demitiu 1081. O quadro mostra que 73 pessoas ficaram sem carteira assinada na cidade no período que compreende de janeiro a setembro deste ano.

Se os dados são referentes aos últimos doze meses, ou seja, de setembro de 2015 até setembro deste ano, os números também não são animadores. Neste caso, quase duzentas pessoas perderam o emprego na cidade. Foram 1248 contrações e 1443 demissões. Fevereiro, agosto e julho foram os meses em que a cidade apresentou resultados positivos, sendo que este último foi o mais positivo, com 54 novos empregos gerados.

www.folhadeipero.com.br Iperó, 04 de Novembro de 2016

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Marcel Scinocca marcel@folhadeipero.com.br

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fraude em pelo menos vinte e cinco processos de reembolso para o transporte escolar intermunicipal, destinado para estudantes de Iperó que estudam em instituições de outras cidades da região, fez com que a Prefeitura de Iperó cancelasse a concessão do beneficio por quinze dias. A medida foi publicada no jornal do município na terça-feira (25).

De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Vanderlei Polizeli, o pagamento do reembolso criado pela Lei Municipal nº 814, de 19 de julho de 2013 relativo ao mês de setembro, que seria depositado no dia 25 de outubro fica suspenso por quinze dias para a apuração de denúncias relativas à apresentação de documentação falsa para obtenção do benefício por estudantes de nível técnico e universitário. A publicação ainda afirma que os casos que envolvem suposta falsidade documental já em processo de apuração pela Polícia Civil do Estado de São Paulo para confirmação e responsabilização administrativa, cível e criminal.

Em razão da suspensão estabelecida, a Prefeitura de Iperó realizará a atualização do cadastro de todos os estudantes contemplados com o reembolso e das empresas que realizam o transporte escolar intermunicipal. A atualização de cadastro acontecerá até o dia 8 de novembro na sede da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes.

Documentos necessários para atualização Para a atualização do cadastro o estu-

dante deverá comparecer a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes portando a via original e cópia dos seguintes documentos: Cédula de Identidade/ RG e Cadastro de Pessoa Física/ CPF, comprovante de residência em nome do estudante, de seu responsável legal ou de seu cônjuge, contrato firmado entre o estudante e a instituição de ensino, declaração de matrícula da instituição de ensino juntamente com o comprovante de frequência atualizados, contrato firmado entre o estudante e a empresa de transporte, ficha de atualização de cadastro e termo de responsabilidade.

No caso do comprovante de residência em nome de cônjuge deverá ainda o estudante apresentar certidão de casamento ou declaração de união estável.

No caso do comprovante de residência de imóvel locado deverá o estudante apresentar o respectivo contrato de locação com firma reconhecida.

Para a atualização do cadastro da empresa deverá o responsável legal comparecer a Secretaria de Educação, Cultura e Esportes portando a via original e cópia dos seguintes documentos: cartão CNPJ, contrato social; III, comprovante de Inscrição Municipal, documentos pessoais do responsável legal da empresa (Cédula de Identidade/ RG e Cadastro de Pessoa Física/ CPF) e documentação do veículo contendo marca/modelo, código RENAVAM, placa e quantidade de passageiros.

A Prefeitura de Iperó foi questionada sobre a apuração do caso, se alguém havia sido punido e qual era a punição. A municipalidade respondeu apenas que os casos de possíveis fraudes continuam em análise.

Foto: Fernando Araujo / Folha de Iperó

Fraude faz prefeitura suspender reembolso de estudante para o transporte escolar intermunicipal

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