Edição 233

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SUDOKU... Página 07 “Meu apelo por uma revolução espiritual não é um apelo por uma revolução religiosa” Dalai Lama

Júnia Botelho

Peterson Salomão é Sacerdote de Umbanda, Psicopedagogo, pósgraduado em Gestão Escolar, Educação Ambiental e Patrimônio, Educação e Cidadania pela UERJ, onde pesquisou sobre a necessidade de se preservar a memória da Umbanda no Vale do Paraíba no século XX. Atua também como coordenador pedagógico concursado da Rede Municipal de Ensino de Cachoeira Paulista-SP, onde desenvolve um projeto de meditação para crianças (Mindfulness), premiado entre os 350 melhores projetos pedagógicos do Brasil, em 2020, pela rede Base2Edu. Peterson e eu nos conhecemos em sala de aula: ele coordenador da escola Othon, eu secretária da cultura, fazendo um “cafezinho filosófico” em um dia de comemoração de consciência negra. Trabalhamos com os pequenos, pois as crianças pequenas, além de gostar de conhecer coisas novas, de curiosas, ainda não têm pré-conceitos, ainda não introjetaram noções de distanciamento do outro que é diferente, agregam mais. Peterson entende isso, e se preocupa em realizar ações para elas e com elas. E por isso, também, que fala sobre esta nossa religião muito brasileira. Cachoeira Paulista já foi uma cidade onde havia vinte e três, ou vinte e sete terreiros de umbanda. O mais conhecido e do qual as pessoas ainda falam é o do Ditinho Macumbeiro. Eu, quando pequena, como guardamirim, ia ajudar na distribuição de brinquedos no dia de Natal. Tenho lembranças boas. Não vi demônios, ou o Coisa-Ruim, nem nada! Eu achava bonita a cerimônia da entrega. Gostava de ver as crianças contentes porque estavam ganhando presentes - elas não tinham nada, antes. Papai Noel não sabe onde moram as crianças pobres... Hoje os terreiros não existem mais, a não ser o primeiro registrado oficialmente como terreiro, cuja proprietária já está bem idosa e não abre mais todos os dias, somente a pedido. Fizemos uma parceria, Peterson e o Instituto Ruth Guimarães: fizemos uma roda de conversa e uma gira. Eu cedo o quintal, Peterson explica muito pacientemente o que é a umbanda: uma religião que aceita todos, que não quer converter ninguém, você vai se quiser, quando quiser e se encontra. Os médiuns, que recebem as entidades, são conversadores e falam do Bem. E praticam o Bem. Eu acho linda a cerimônia! Peterson fala pausadamente, com uma ótima dicção, é bem didático e sabe do que está falando, o que é fundamental. As pessoas gostaram do que viram e ouviram, quiseram voltar. Então há reuniões uma vez por mês, no Instituto Ruth Guimarães, as próximas serão: 21 de março, 18 de abril, 16 de maio, 20 de junho e 18 de julho. Venha ouvir o Peterson e conhecer a parte bonita da Umbanda, a religião brasileira. A nossa religião! Júnia Botelho Homenagem Jornal Vale Vivo

Divulgação

Peterson Salomão A umbanda branca, negra, ameríndia, uma religião brasileira

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Ricardo Mendes/Jornal Vale Vivo

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Peterson Salomão

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