Start - O Jornal da Cidade - edição 021 - setembro

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Semae recebe reconhecimento nacional em premiação da

Eleição para o Conselho Tutelar de São Leopoldo acontece neste domingo

GRUPO START DE COMUNICAÇÃO DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA

SÃO LEOPOLDO / NOVO HAMBURGO / SAPUCAIA ESTEIO / CANOAS / CAMPO BOM / PORTÃO

São Leopoldo sobe 18 posições entre os municípios brasileiros mais competitivos

Edição 021

Setembro 2023

Conferência de Cultura afirma a participação social na proposição de políticas públicas

Governo federal garante empenho de R$ 1,6 milhão para reconstrução de ponte do Arroio Kruze

11ª Motic envolve estudantes em torno de projetos de iniciação científica

Radar da Política: Governo Vanazzi não sabe se vender

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Assemae
Trendt / Start Comunicação
Guilbert

Jornal da Cidade dá mais um passo de interação com a sociedade leopoldense

Apartir desta edição, o Start - O Jornal da Cidade avança mais um degrau nas suas relações com as comunidades leopoldenses. A mídia impressa do Grupo Start de Comunicação passa a ter uma coluna social em suas páginas. Uma seção especial que terá um formato abrangente e vai atender e mostrar as atividades sociais de todas as regiões da cidade.

São Leopoldo é uma cidade com uma atividade social que ultrapassou há muitos anos os limites das áreas mais centrais e tradicionais. A cidade tem vários bairros pujantes que se tornaram protagonistas no ambiente social e econômico e que terão um destacado espaço na Coluna Social News.

A coluna social será assinada por Cláudia Pacheco, que se apresenta como a mãe do Alexander e da Carmela, empreendedora, apresentadora do Podcast Noite Delas, moradora do bairro Feitoria e gremista.

O Grupo Start de Comunicação dá mais um passo de aproximação com nossas comunidades e cria um novo formato

de colunismo social com um viés inclusivo e abrangente, destacando personalidades da política, economia, comunidade e relacionadas à assistência social dos quatro cantos da cidade.

Grupo Start de Comunicação

Endereço: Avenida São Borja, 413 - Sala 201 Bairro Rio Branco, São Leopoldo/RS

Fone: (51) 3103-8603

Whatsapp: (51) 98941-8074

E-mail: contato@startcomunicacaosl.com.br

Site: www.startcomunicacaosl.com.br

Rádio online: www.radiostart.com.br

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Diretor: Bado Jacoby

Jornalista responsável: Guilbert Trendt - Mtb 20254/RS

Estagiário: Gustavo Bays

Colaboração: Mariana Motta Jacoby

Marco de Brito

Diagramação: José Soares A. Neto

Marketing: Mauricio Bexiga Junior

Foto da capa: Guilbert Trendt / Start Comunicação

Pioneira

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 02 EDITORIAL
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98958-2603 / (51) 3568-6067 pioneira02@gmail.com
Controle de Pragas Urbanas Tratamento D’água de Poços Artesianos Limpeza de Caixa D’água
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Governo federal garante empenho de R$ 1,6 milhão para reconstrução de ponte do Arroio Kruze

Osecretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Aparecido Wolff Barreiros, garantiu o empenho no valor de R$ 1.635.994,13 para a execução do plano de trabalho de reconstrução da ponte sobre o Arroio Kruze, na rua Felipe Uebel, entre os bairros Santo André e Rio Branco. A assinatura do documento ocorreu no último dia 13 durante uma audiência do prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, com o secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, André Ceciliano, em Brasília.

Conforme Vanazzi, “essa rapidez mostra a capacidade de diálogo e compromisso do governo federal, especialmente com as comunidades que mais precisam. Esse recurso será o mais rápido possível aplicado nas obras de reconstrução daquela ponte, pois sabemos o quanto faz falta aquele acesso aos moradores da região Isso demonstra a rapidez da nossa equipe na elaboração dos projetos bem como da sua aprovação”.

Após a confirmação do empenho, o Executivo encaminhou no dia seguinte (14), em regime de urgência especial para a Câmara de Vereadores, o projeto de abertura de crédito especial, que foi aprovado na mesma data. Agora, com a Lei assinada pelo prefeito Vanazzi, a previsão é que a obra seja entregue entre 60 a 90 dias – eventuais atrasos podem acontecer devido às condições climáticas –, afirma

o secretário de Obras e Viação, Geraldo Passos.

Ainda segundo ele, a ideia era alargar um trecho da rua Brusque, paralela ao Arroio Kruze, e que foi danificada com a forte correnteza, o que elevaria o custo total da obra para cerca de R$ 3,5 milhões, mas que não foi autorizado pelo governo federal. Os recursos empenhados devem contemplar a reconstrução da ponte e restauro do asfalto de aproximadamente 30m da rua Brusque.

Para o vice-presidente e coordenador-geral da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Santo André (AMABSA), Edimilson José Corrêa, a expectativa de início das obras é grande, já que a ponte é um importante acesso do bairro e da Região Sudeste da cidade. “É um local onde tem escolas, mercados. Então ficou difícil o acesso, mas já estamos aguardando o início dos trabalhos para as próximas semanas. Vamos cobrar para que seja o quanto antes possível”, afirma.

Conforme Corrêa, a queda da ponte afetou o comércio local e as questões relacionadas à mobilidade urbana, como a linha de ônibus que, atualmente, não faz o trajeto pela rua Felipe Uebel, a principal do bairro Santo André. “Os comerciantes do bairro falam em uma queda de aproximadamente 70% no movimento. O estrago foi grande para a região, mas vamos nos recuperar. Daqui alguns meses os carros e ônibus já vão estar passando pela ponte”, completa o vice-presidente da AMABSA.

Uma passarela provisória foi instalada próximo ao local para atender os moradores da região que ficaram sem acesso após a queda da ponte no ciclone que atingiu São Leopoldo em junho deste ano. A obra, em caráter emergencial, trouxe facilidade para que os pedestres voltassem a transitar entre os bairros Santo André e Rio Branco. A passarela tem 12 metros de comprimento e 1,5 metro, além

de ter acessibilidade, com a instalação de rampa, e calçamento no entorno das cabeceiras.

Para o secretário-geral de Governo, Nelson Spolaor, “nós sempre tivemos muita preocupação em restabelecer o quanto antes esse acesso aos moradores. Sempre dialogamos com a comunidade em geral, comerciantes e lideranças. A passarela permite que as crianças que estudam possam passar para o outro lado e também quem necessita de atendimento na área da saúde. Colocamos ela mais alta para ter segurança no volume de água”. Entre os beneficiados pela construção da passarela está Ivo José, seu Zé como é conhecido, que mora no bairro há 25 anos. “O pessoal não tinha como atravessar. Tem uma escola aqui perto, os moradores quando iam levar as crianças tinham que fazer uma volta grande, agora vai ser bem melhor, é bom ver que tudo está se encaminhando”, destaca.

Semae recebe reconhecimento nacional em premiação da Assemae

OServiço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo (Semae) apresentou três trabalhos na XXVI Exposição de Experiências Municipais em Saneamento durante o 51º Congresso Nacional de Saneamento da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae). O evento ocorreu entre os dias 18 e 22 de setembro, em Poços de Caldas (MG). Entre os projetos apresentados no evento, um deles foi premiado com o terceiro lugar na categoria de saneamento, concorrendo com mais de 100 outros trabalhos sobre o tema. As servidoras Lidiana Hoffmann e Ediana Krohn expuseram o “Programa de Ideias: Inovação a partir do conhecimento dos nossos colaboradores no Semae - São Leopoldo”, que “busca promover a criatividade, a inovação e o reconhecimento dos saberes empíricos dos nossos colaboradores buscando a melhoria contínua em nossos processos e na gestão”, diz trecho da pesquisa.

Além dos projetos, o gerente de Aprovação de Projetos e Fiscalização de Obras da autarquia, Kauê Guimarães, foi um dos palestrantes na mesa-redonda que teve como tema “Gerenciamento e redução de perdas de água e eficiência energética”.

A assessora de Gestão e Inovação do Semae, Lidiana Hoffmann, explica a importância do envolvimento dos demais servidores com o Programa de Ideias para que ele seja um projeto premiado. “Eu e a Ediana nos sentimos muito felizes pela oportunidade que a direção nos deu de participar deste congresso, e também pelo reconhecimento e apoio ao Programa de Ideias. Isso só é possível graças à participação de todas as áreas e dos servidores e servidoras do Semae”, afirma.

Este é o segundo prêmio da autarquia em congressos nacionais neste ano. Em julho, a servidora Fernanda Bicoski, técnica química e integrante do setor de Educação Ambiental, foi premiada por seu trabalho “Projeto Guardiões da Água: A Educação Ambiental desenvolvida através das artes”, apresentado em maio no 32° Congresso da Associação

Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). O reconhecimento nacional veio por meio da categoria de melhor trabalho técnico em pôster com tema Educação e Recursos Humanos.

CONFIRA OS TRABALHOS APRESENTADOS

▪ Educação ambiental como ferramenta para redução de impactos nos sistemas de macrodrenagem urbana. Autores: Fernanda Bicoski, Mikhaela Maciel,

Rosa Maria Picinato e Daniel dos Santos;

▪ Análise comparativa da eficiência de tratamento de uma ETE operando com banhado construído e Wetland construído. Autoras: Mylena Scherer, Caroline Carabajal, Aline Barreto e Laís Fernandes de Moraes;

▪ Programa de Ideias: Inovação a partir do conhecimento dos nossos colaboradores no Semae - São Leopoldo.

Autoras: Lidiana Hoffmann e Ediana Krohn.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 03
PASSARELA PROVISÓRIA FACILITA O PERCURSO A PÉ PARA MORADORES DA REGIÃO
GERAL
Guilbert Trendt / Start Comunicação Guilbert Trendt / Start Comunicação Divulgação / Semae

11ª Motic envolve estudantes em torno de projetos de iniciação científica

Entre os dias 12 e 15 de setembro, o Ginásio Municipal Celso Morbach sediou a 11ª Mostra de Tecnologia e Inovação com Ciências (Motic) São Leo Internacional 2023. Além dos tradicionais estandes, onde os estudantes apresentavam seus projetos, também foram realizados trabalhos no formato on-line através do site oficial da feira. Com o objetivo de promover a pesquisa e a investigação científica, os projetos de iniciação científica realizados por estudantes e professores mobilizaram escolas de ensino fundamental, educação infantil, além de escolas estaduais, privadas e de instituições educacionais de outros Estados.

“São 10 mil jovens que participaram do processo de construção da Motic e são 247 projetos selecionados dos mais de 2,5 mil projetos produzidos nas escolas. Isso é uma verdadeira revolução do ponto de vista da pesquisa, do estudo, do aprofundamento de temas estratégicos da sociedade que nós vivemos. São dezenas de temas tratados pelas nossas crianças que com isso tem um aprofundamento maior, tem uma outra visão de mundo, de vida, tem uma outra postura cidadã”, destacou o prefeito Ary Vanazzi durante o discurso de abertura da Mostra.

CERCA DE 4 MIL VISITANTES PASSARAM PELO GINÁSIO MUNICIPAL

Se estima que, ao longo da semana, cerca de 4 mil pessoas tenham passado pela Motic. Todos os dias lanches foram distribuídos para os estudantes, professores e coordenadores participantes da mostra. No último dia, as crianças ainda puderam se divertir no brinquedo inflável de 120 metros de extensão, montado no Largo Rui Porto.

Todos os trabalhos da Motic receberam certificados de participação. Os estudantes, orientadores e coorientadores dos projetos premiados receberam certificados de premiação, medalhas e troféus. *Com informações da Prefeitura de São Leopoldo.

REALIDADE VIRTUAL PARA DEMONSTRAR O CINEMA DO FUTURO

Pensar como o mundo vai ser daqui alguns anos foi o que inspirou os estudantes Calebe Rafael, Jorge Pereira e Dafni dos Reis, todos de 11 anos, da Emef Professora Otília Rieth, do bairro Scharlau, para desenvolverem o projeto de “Produção Cinematográfica do Futuro”. “A gente queria falar sobre algo do futuro porque acreditamos que muita coisa ainda vai mudar, e pode começar pela gente”, contou Dafni.

Nas pesquisas realizadas para o projeto, eles destacaram como acreditam em um futuro onde a tecnologia mudará a forma de consumir filmes no cinema, e

ajudará na acessibilidade. Para melhor exemplificar isso, todos que passaram pelo estande podiam usar óculos de realidade virtual para ter a experiência de imersão em uma montanha russa, em um filme de terror ou até no ataque de um tubarão.

A professora orientadora do projeto, Dirce Darski, destacou como os alunos têm a liberdade de se aprofundar nos assuntos escolhidos. “Eles ficaram animados com a escolha do tema, e dava para ver como se preocupavam, ao longo dos estudos, com a acessibilidade das pessoas, como seria o consumo de filmes no futuro”, disse.

INCLUSÃO DENTRO DO AMBIENTE ESCOLAR TAMBÉM TEVE ESPAÇO ENTRE OS TRABALHOS

Com a confecção de bonecos, cada um com uma diferença, a Escola Carrossel Encantado apresentou, de forma lúdica, sua proposta. A principal questão da pesquisa foi mostrar aos pequenos da turma 45A a importância da inclusão dos colegas e descobrir até que ponto as crianças entendem o porquê de um colega ser diferente do outro.

A professora coorientadora do projeto, Francine Scherer, explicou como funcionou a proposta. “Na educação infantil o que a gente traz são os bonecos justamente porque eles trazem para a criança a sensação de cuidado e afetividade. Eles levam os bonecos para casa com o intuito de apresentar para a família, justamente para quando eles conhecerem algum colega que seja diferente, eles já terem respeito e cuidado” pontuou.

CONFIRA OS PREMIADOS: ESCOLAS LOCAIS

Educação infantil - 1° lugar: “O que usamos para construir as casas?”, da EMEF Paul Harris; 1° lugar: “Nós e o João de Barro”, da EMEF Prof João Hohendorff; 1° lugar: “Bronco, o bicho papão papa tudo, nós não!”, da EMEF Castro Alves; 4° lugar: “O segredo das conchas do mar”, da EMEF Francisco Cândido Xavier; 5° lugar: “Casa, Casinha, Casarão”, da EMEI Amor Perfeito.

EMEF 1 - 1° lugar: “Uma escola assim eu quero pra mim”, da EMEF Zaira Hauschild; 2° lugar: “Xô Piolho”, da EMEF Prof Emílio Meyer; 3° lugar: “Pisca e olha: como funcionam os olhos humanos?”, da EMEF Castro Alves.

EMEF 2 - 1° lugar: “Lá tinha uma latinha”, da EMEF Prof Álvaro Luis Nunes; 2° lugar: “ROBOOK: Robótica e incentivo à leitura”, da EMEF Prof João Hohendorff; 3° lugar: “Será que tem racismo na escola?”, da EMEF Maria Edila da S. Schmidt.

EMEF 3 - 1º lugar: “Liberdade religiosa: respeito à diversidade e combate à intolerância”, da EMEF Prof João Hohendorff; 2° lugar: “Sites de compras

não confiáveis e como prevenir-se de golpes virtuais”, da EMEF Clodomir Vianna Moog; 3° lugar: “Energia eletromagnética: turbinas eólicas e imãs”, da EMEF Dr Paulo da Silva Couto; 4º lugar: “Autismo e Inclusão Escolar”, da EMEF João Belchior Marques Goulart; 5º lugar: “Dique: segurança ou insegurança?”, da EMEF Francisco Cândido Xavier; 6º lugar: “Será que você tem TEA?”, da EMEF Prof José Grimberg; 7º lugar: “Desigualdade social dentro da meritocracia do sistema salarial brasileiro”, da EMEF Zaira Hauschild; 8º lugar: “Inclusão nas escolas”, da EMEF Barão do Rio Branco EJA - 1º lugar: “Conectando caminhos: desbravando o mundo do trabalho com a EJA”, da EMEF Castro Alves; 2º lugar: “Muito além da bolacha água e sal”, da EMEF Castro Alves; 3º lugar: “Brinquedos e brincadeiras antigas”, da EMEF João Belchior Marques Goulart.

ESCOLAS CREDENCIADAS

Educação Infantil - 1° lugar: “Inclusão”, da EEIP Carrossel Encantado; 2° lugar: “Espelhos da natureza”, da Escola Comunitária de Educação Infantil Ursinhos Carinhosos; 3° lugar: “Da horta à receita sustentável”, da Escola de Educação Infantil Estação da Criança.

INSTITUIÇÕES CONVIDADAS

Educação Infantil - 1º lugar: “Brincar: Descobrir e conectar-se ao mundo!”, do Instituto Belk de desenvolvimento Educacional; 2º lugar: “Humm...O que as pessoas estão comendo pelo mundo?”, da Casa dos Pimpolhos- Unidade Centro; 3º lugar: “O papel do professor no brincar heurístico”, da EMEI Parque do Sabiá.

EMEF 1 - 1º lugar: “Brinquedos e Jogos Recicláveis”, do Projeto Escolar Infância e Cidadania; 2º lugar: “As Plantas”, da Escola Municipal de Educação Básica Maria Lygia Andrade Haack; 3° lugar: “O poder das palavras”, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Nicolau Anselmo Wecker.

EMEF 2 - 1º lugar: “Transformação da Energia”, do Colégio Sagrado Coração

de Jesus; 2º lugar: “Sustentabilidade criativa: possibilidades para a educação maker”, da EMEF Dr. Mario Meneghetti; 3º lugar: “Segurança envolvendo pedestres: Desafios e Dificuldades no Bairro Escadinhas Feliz”, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ivonny Kayser.

EMEF 3 - 1º lugar: “Matemática

Financeira: Um caso de sucesso na Empresa Infinito Doces”, do Colégio São José; 2° lugar: “Panc’s na escola”, da Escola Municipal Ensino Fundamental Fernando Ferrari; 3º lugar: “Agricultura Familiar”, da Emef. Profª Maria Josepha Alves de Oliveira.

EJA - 1º lugar: “Racismo no Futebol”, do CMET Paulo Freire.

Técnico - 1° lugar: “Iara- dispositivo de produção de água através da umidade”, da Escola Técnica Estadual Frederico Guilherme Schmidt.

Ensino Médio - 1° lugar: “Mulheres no comando: uma questão de gênero”, da EEEM Caic Madezatti; 2º lugar: “ORB: Um mouse de acessibilidade para pessoas com deficiência física”, da Escola SESI de Ensino Médio José Pedro Fernando Piovan; 3º lugar: “Transtornos mentais pós-pandemia: impactos na maturidade e na aprendizagem no cotidiano escolar”, do Colégio Santa Doroteia.

VOTO POPULAR

Projetos Locais - Vencedor: “Atos de gentileza e generosidade no ambiente escolar. Você costuma praticar o bem sem olhar a quem?”, da EMEF Castro Alves.

Projetos de convidadas - Vencedor: “Panc’s na escola”, da Escola Municipal Ensino Fundamental Fernando Ferrari.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 04 GERAL
Thales Ferreira / PMSL Thales Ferreira / PMSL

Eleição para o Conselho Tutelar de São Leopoldo acontece neste domingo

Redação Start

As eleições para o Conselho Tutelar estão se aproximando, e você, já sabe em quem votar? No dia 1º de outubro, municípios de todo o país irão escolher os seus novos conselheiros tutelares. As urnas ficam abertas das 8h às 17h. Em São Leopoldo vão ser 21 candidatos concorrendo a 10 vagas para titulares, sendo destinados 5 para o Centro e 5 para a Região Norte e 10 para suplentes.

CONFIRA OS CANDIDATOS E SEUS NÚMEROS DE VOTAÇÃO:

Karolina Konzen (101), Pedro Alberto FloresTenente Flores (102), Silvana Kaizer (103), Cândido Machado (104), Liana Mendonça (105), Dione Cristiane (106), Loreni de Goes - Lori (107), Adriano Maicá (108), Amanda Backes Homem (109), Denismari Graminho Boardman - Marry (110), Gabriel de Oliveira (111), Alexandre dos Santos Silva (112), Patricia Giacomini (113), Leticia Klaus (114), Mano Anderson Bittencourt (115), Marcelo Costa (116), Leila Lopes (117), Mateus Lesina (118), João Lucas (119), Adeli Fernandes (120) e Karen Rocha (121).

CONFIRA TODOS OS ENDEREÇOS, ZONAS E SEÇÕES DE VOTAÇÃO:

▪ EMEF Álvaro Nunes - Rua Edmundo Felix Nunes, S/N, Campina - Zona 51 - Seções 292, 301, 315, 333, 361, 387, 406, 425, 428, 451 e 459.

▪ EEEM Amadeo Rossi - Rua São Sepé, 475, Santa Teresa - Zona 73 - Seções 7, 45, 60, 79, 99, 120, 139, 169, 191, 210, 231, 290, 319, 337, 366, 400 e 434.

▪ EMEF Barão do Rio Branco - Rua Waldomiro Vieira , 50, Pinheiro - Zona 73 - Seções 30, 66, 110, 141, 189, 238, 316, 356 e 446.

▪ EEEM Caic Madezatti - Avenida Integração, 1009, Feitoria - Zona 73 - Seções 11, 47, 72, 100, 130, 157, 192, 216, 240, 261, 364, 373, 381, 395, 416, 469, 258, 259, 262, 322, 329, 341, 369, 407, 418, 428, 431, 444 e 447.

▪ EMEF Castro Alves - Rua Soldado Henrique Lopes, 196, Campina - Zona 51 - Seções 8, 46, 77, 116, 142, 176, 197, 224, 265, 330, 374, 399, 436, 445, 268, 269, 270, 271, 272, 351, 388 e 452.

▪ EEEM Cristo Rei - Rua Roque Gonzales, S/N, Cristo Rei - Zona 73 - Seções 457, 458, 459, 460, 461, 462, 463, 452, 453, 454, 455 e 456.

▪ EMEF Emilio Meyer - Rua João Carlos Becker, 71, Feitoria - Zona 73 - Seções 12, 59, 93, 114, 135, 173, 207, 323, 354, 429, 253, 254, 255, 256, 257, 436 e 451.

▪ EEEM Emilio Sander - Rua Carlos Augusto Berger, S/N, Arroio da Manteiga - Zona 51 - Seções 4, 62, 87, 131, 177, 217, 306, 340, 367, 379, 403, 410 e 444.

▪ EEEM Firmino Acauan - Rua Gaspar Silveira Martins, 428, Santos Dumont - Zona 51 - Seções 6, 56, 91, 132, 164, 190, 208, 233, 289, 331, 371, 392, 413, 441 e 464.

▪ EEEF Guilherme Baum - Rua Castor, 63, Arroio da Manteiga - Zona 51 - Seções 39, 243, 389, 423, 456, 284, 285, 288, 398, 430 e 463.

EMEF Gusmão Britto - Avenida João Corrêa, 286, Morro do Espelho - Zona 73 - Seções 29, 54, 98, 133, 165, 195, 220, 250, 342, 433, 449 e 468.

▪ EEEF Haydee Rostirolla - Rua Jordânia, 53, Feitoria - Zona 73 - Seções 25, 48, 65, 80, 103, 115, 134, 149, 167, 184, 199, 203, 225, 241, 296, 303, 145, 370, 378, 390, 401, 411, 443, 320, 324, 339, 352, 437 e 438.

▪ EEEF Helena Câmara - Rua Nereu Ramos, 500, Cohab Duque - Zona 73 - Seções 35, 86, 161, 232, 251, 299, 313, 327, 358, 382, 430 e 440.

▪ EMEF João Carlos Von Hohendorff - Rua Eugênio Berger, S/N, Scharlau - Zona 51 - Seções 2, 67, 106, 153, 188, 229, 348, 21, 32, 69, 89, 108, 159, 170, 206, 219, 321, 431, 278, 279, 280, 283, 360, 402, 429, 443 e 466.

▪ EMEF João Goulart - Rua Um, S/N, Vila Brás - Zona 51 - Seções 260, 294, 300, 307, 325, 334, 359, 363, 375, 391, 421, 435, 442, 454 e 462.

▪ EMEF Maria Edilia - Avenida Cel. Atalíbio Taurino de Rezende, 1127, Rio dos Sinos - Zona 51 - Seções

14, 55, 75, 102, 128, 148, 180, 211, 234, 314, 335, 355, 368, 380, 397, 405, 414, 433, 450 e 460.

▪ EEEF Mário Sperb - Rua Assis Brasil, S/N, Campina - Zona 51 - Seções 26, 43, 52, 63, 73, 85, 105, 123, 137, 156, 174, 185, 198, 214 e 228.

▪ EMEF Paul Harris - Rua Montevidéu, 57, Santa Teresa - Zona 73 - Seções 31, 51, 88, 127, 158, 196, 237, 308, 377, 41, 291 e 304.

▪ EMEF Paulo Beck - Rua Homero Batista, 195, Vicentina - Zona 51 - Seções 3, 53, 81, 112, 155, 193, 222, 263, 264, 267, 396, 415, 427 e 458.

▪ EMEF Paulo Couto - Rua Veranópolis, S/N, Parque Mauá - Zona 51 - Seções 71, 273, 274, 275, 276, 277, 326, 345, 357, 372, 394, 432, 446, 178, 420, 437, 440, 453 e 465.

▪ EEEF Polisinos - Rua Dom Pedro I, 462, Rio Branco - Zona 73 - Seções 10, 44, 58, 78, 95, 113, 129, 136, 160, 183, 205, 223, 248, 249, 252, 336, 441, 16, 57, 92, 118, 143, 181, 209, 239, 338, 432, 38, 50, 84, 121, 154, 202, 384, 244, 245, 246, 247 e 427.

▪ EMEF São João Batista - Rua Aurélio Reis, 248, São João Batista - Zona 51 - Seções 15, 64, 122, 163 e 227 - Zona 73 - Seções 464 e 465.

▪ EE Victor Becker - Rua Reinaldo Kolling, 00, Scharlau - Zona 51 - Seções 24, 70, 109, 166, 242, 318, 350, 383, 412, 457, 28, 61, 104, 140, 182, 218, 297 e 408.

▪ EEEM Visconde São Leopoldo - Avenida Independência, 863, Centro - Zona 51 - Seções 1, 23, 37, 94, 125, 152, 172, 179, 235, 236, 311, 404, 5, 18, 27, 49, 82, 83, 90, 119, 144, 147, 150, 186, 200, 201, 226, 312, 353, 422, 9, 68, 117, 151, 212, 332, 385 e 434 - Zona 73 - Seções 13, 74, 126, 171, 213, 317, 376, 417, 22, 97, 146, 194, 295, 346, 424, 20, 34, 36, 101, 107, 111, 162, 175, 187, 230, 347, 435 e 466.

▪ EMEF Zaira Hauschild - Avenida São Borja, S/N, Rio Branco - Zona 73 - Seções 33, 204, 386, 409, 426, 439, 448, 450, 467, 42 e 362.

Centro Jacobina realiza mais de 400 atendimentos nos sete primeiros meses de 2023

Os dados divulgados em setembro pelo Centro Jacobina confirmam a importância de um espaço que presta atendimento humanizado e acolhimento às mulheres em situação de violência, sendo, muitas vezes, a única esperança àquelas que buscam auxílio, em estar sempre disponível para a comunidade. De janeiro até julho, o espaço registrou um total de 404 atendimentos. Desses, 23% envolvem mulheres com idades entre 31 e 35 anos, refletindo a amplitude do problema em diferentes faixas etárias. Os dados também revelam que 31% das mulheres atendidas possuem o ensino médio completo, enquanto 27% possuem ensino médio incompleto. Além disso, 54% das mulheres têm entre um e dois filhos, o que enfatiza a necessidade de considerar não apenas as necessidades das mães, mas também das crianças envolvidas em situações de violência doméstica. Para isso, o centro disponibiliza uma brinquedoteca para as crianças enquanto as mães recebem atendimento.

Elisangela Silveira, de 44 anos, contou sua experiência com o centro de acolhimento. “Foi um dos momentos mais delicados da minha vida e eu fui acolhida, elas me abraçaram e me encaminharam para um tratamento psicológico. Sendo sincera acredito que não passaria de mais um número se não tivesse cruzado com as meninas, sou muito grata a elas”, declarou emocionada.

O Centro Jacobina também identificou que as mulheres atendidas são de todas as regiões da cidade, mas a maior parte delas reside na Região Nordeste, o que mostra a necessidade de desconcentrar os serviços de apoio às vítimas, tornando acessíveis para todas as áreas da cidade.

A casa, localizada na rua Lindolfo Collor, n° 918, no Centro, oferece atendimento e acompanhamento psicossocial e orientação jurídica, ressaltando a importância de atender não apenas às necessidades físicas, mas também aos aspectos psicológicos e sociais das mulheres que enfrentam situações de violência doméstica.

COMO BUSCAR ATENDIMENTO

O serviço no Centro Jacobina é gratuito e disponível presencialmente das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Também através de mensagens e chamadas de vídeo no WhatsApp, disponíveis todos os dias, 24 horas, para situações de urgência no número (51) 99788-3212 e nos telefones (51) 2200-0446 e (51) 2200-0447

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 05 GERAL
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Thales Ferreira / PMSL

Nubia Valeriano Pires, Advogada

Vivenciamos uma crise geracional. A sociedade se vê dividida entre gerações chamadas baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964; Geração X, nascidos entre 1965 e 1980; Geração Y ou Millennials, nascidos entre 1981 e 1996; Geração Z, nascidos entre 1997 e 2010; Geração Alfa, nascidos a partir de 2010. Os primeiros (hoje avós e bisavós) pouco contato tiveram com a tecnologia e viram essa transformar o mundo. Os segundos (hoje pais e avós) cresceram sem a tecnologia e foram se

Crise geracional: 17 anos de condenação para príncipes maquiavélicos

inserindo conforme essa vinha dominando o mundo. Os terceiros (hoje pais ou eternos adolescentes), já nasceram com televisão, rádio e videogames, sendo aos poucos inserida na era digital. A geração Z já dominava a tecnologia, mas ainda passou a infância entre as telas e as brincadeiras. E a última geração já nasceu digital e não vive desconectada.

Realidade posta, tem-se que a condenação de um senhor de 51 anos há 17 anos de reclusão vem como resposta a crimes de associação criminosa, golpe de Estado, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração do patrimônio tombado. Aos que estão nessa idade lhes foi ofertada uma educação mais rígida do que se observa hoje, afinal, o professor era norma maior em sala de aula. Havia hierarquia, havia respeito, havia castigos. Sala de aula era lugar de aprender moral e cívica, ética e cidadania, respeito aos educadores e ao Estado. Naquela época se aprendia conceitos de autoridade, de probidade, princípios norteadores de uma vida ilibada. Escola era

prioridade e estudo prioritário. Ali se forjavam cidadãos de bem.

Os baby boomers e a geração X decoraram o hino e escreveram cem vezes o que não se deve fazer ou reescreveram milhares de vezes o erro cometido para não mais o repeti-lo. Diferente de hoje, onde pais e mães se reúnem em grupos de WhatsApp para acabar com a vida funcional de um professor que só está tentando colocar ordem e ser ouvida em aula, antigamente a voz autoritária do professor servia inclusive como um alento aos pais que sabiam que podiam contar com essa educação oriunda daquele espaço.

A pergunta que não quer calar: de que adiantou essa severidade toda, essa educação da família e da pátria unida, se essa geração não aprendeu a respeitar ninguém? Uma ou duas gerações que são símbolos do racismo, do machismo, do autoritarismo e ainda espalham por aí que questões culturais ultrapassam gerações e que a família de bem não pode ser contaminada por afeminados ou pessoas que destoem de suas boas hereditariedades.

Eleições 2024

Assim age o Direito quando não se consegue apreender como viver em sociedade, quando não consegue determinar conceitos mínimos de coexistência humana, quando sequer imaginam a origem da palavra respeito é que temos as penas criminais para mostrar que para todo ato há uma consequência, algo que foi com certeza apreendido na escola, mas que o tiozão do zap acabou esquecendo pela obscuridade dos vídeos maculados que recebeu.

Assim, que sejam duras as penas desses príncipes maquiavélicos. Não somente para que entendam que não devem agir de tal forma, mas que possam servir de modelo às demais gerações, para que não esqueçam que os anos passam, entretanto que viver em sociedade requer respeito não só às normas, porém aos outros. Quanto a vergonha alheia que o colega cometeu ao citar “O Príncipe” de Maquiavel, como “Pequeno Príncipe”, culpando o nervosismo, informo como causídica que o sentimento relatado faz parte da rotina da toga, mas a imbecialidade se adquire defendendo o indefensável.

Estamos há um ano das eleições 2024 e os partidos já começam as suas movimentações internas, principalmente no que tange à formação de nominatas para o Legislativo. Além de aumentar as chances de alcançar um número maior de cadeiras ao final da eleição, os partidos precisam se atentar que tem como obrigação entregar um serviço de qualidade aos eleitores, e isso vem com a excelência dos seus quadros partidários.

Mas o que temos visto nos últimos anos é apenas a ânsia de completar as nominatas para eleger o número maior de parlamentares ou simplesmente reeleger o que chamo de “eternos parlamentares”, que estão somente ocupando espaço sem produzir nada para a comunidade. Na maioria das vezes nem sabendo o papel do legislador. Isso sem falarmos na equidade de gêneros como se refere a lei da cota de gênero no art. 10, §3º, da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), que determina que deverá ser preenchido o mínimo de 30% e o máximo de 70% com candidaturas de cada gênero para os pleitos proporcionais. A expressão “cada sexo” contida no texto e a impossibilidade absoluta de preenchimento das vagas destinadas à cota de gênero.

Vejam bem: a lei é bem clara e objetiva ao não estabelecer que tem que ser feminina a composição das nominatas em percentual menor. Sei que ainda existe a visão de as mulheres não participarem da política. Visão totalmente ultrapassada e antiquada nos tempos em que vivemos, por terem sido criadas com a

visão patriarcal. Elas por si só já não se envolvem, deixando a cargo dos homens tais decisões. Felizmente já começam a pensar diferentes mesmo que ainda em minoria. Já declarei publicamente que o meu sonho e objetivo é de ver uma nominata formada em sua maioria por mulheres e não vejo isso como utopia, e sim como uma realidade a ser colocada em prática. Quero que venha a ser no próximo pleito.

Na ânsia de simplesmente eleger, os partidos não se focam na qualidade na formação do eleitorado feminino, e na grande maioria das vezes apenas completando a cota como parte para seguir os requisitos legais. Em fevereiro de 2022, o Brasil marcou 90 anos do voto feminino. As brasileiras estão entre as primeiras mulheres na América Latina a conquistar o direito de comparecimento às urnas em eleições. Apesar disso, o país tem hoje uma baixa representação de mulheres na política partidária e em cargos de representação política. Apesar de serem maioria da população e 52% do eleitorado brasileiro, as mulheres representam

apenas 15% de parlamentares, 11% de ministros e só ocuparam o cargo de Chefe de Estado uma vez no país.

Quem sabe no futuro a formação de nominatas possa ser mais criteriosa, senão através da iniciativa dos partidos –o que deveria ocorrer –, mas talvez como mais uma minirreforma eleitoral, o que também vejo que tais pontos sejam praticamente impossíveis de serem tratados defendo que nessa minirreforma seja avaliado alguns critérios mais específicos, tipo a qualificação dos candidatos: não defendo a elitização das candidaturas, mas um critério que não pode ser apenas o levar em conta que o candidato seja alfabetizado e na maioria sem comprovação alguma de escolaridade. Outro critério é um percentual mínimo que as cotas devam atingir para validar o quociente eleitoral. Ou em último caso, se o Parlamento mais uma vez não vir a se pronunciar sobre tal assunto, que o STF venha a infringir, em última instância sobre tal tema, como já fez em relação ao número de vereadores.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 06
OPINIÃO

O setembro é amarelo e inspira reflexão, atenção e ação

Isso seria ótimo, não fosse o fato de que quase todos tiveram (ou têm) muitos problemas na escola, na universidade, na vida profissional e até mesmo na família. Talvez o senso comum nos faça questionar “que tipo de problemas pessoas tão destacadas poderiam ter na vida, se o sucesso está provavelmente garantido?” Ledo e triste engano. As pessoas a quem me refiro apresentam a condição de altas habilidades ou superdotação (AHSD). Entre suas características marcantes está uma grande intensidade e uma super sensibilidade que lhes faz sentir mais as emoções, senti-las diferente, mais profunda e intensamente.

Desde 2015, setembro tem ganho uma cor, o amarelo, mas também uma missão: ele tornou-se o mês da prevenção ao suicídio. Como pauta da campanha, seu principal objetivo é informar que o ato contra a própria vida pode ser evitado quando nos atentamos aos cuidados com a saúde mental de todos e das pessoas mais sensíveis em especial. Desde 2018 trabalho com um público cuja característica de destaque é ter uma ou mais habilidade(s) acima da média em pelo menos uma área do conhecimento ou do talento humano. São pessoas que se dedicam profundamente ao desenvolvimento de ideias, projetos, propósitos ou na busca do conhecimento. Elas têm verdadeira sede do novo, seja adquirir um novo conhecimento, pensar uma nova forma de desenvolver um projeto, uma nova maneira de realizar um processo no trabalho ou, ainda, criar uma nova solução a um antigo problema. É isso ao que Renzulli (2004) se refere como comprometimento com a tarefa e criatividade para a inovação.

Angela Virgolim (2021), uma referência na área, chama atenção para o fato de que os superdotados “podem ter necessidades educacionais e afetivas diferenciadas, resultantes de sua complexidade cognitiva, maior intensidade de resposta, sensibilidade emocional, imaginação vívida, combinações de interesses únicos, características de personalidade e conflitos que destoam dos seus companheiros de idade”. Dito isso podemos imaginar seu sofrimento nos ambientes educativos, profissionais e familiares quando incompreendidos por seus gostos particulares, interesses variados, ideias divergentes, perfeccionismo quase sempre exacerbado e sentidos intensificados (a etiqueta da roupa, a textura do alimento e cheiros ao redor, só para citar alguns exemplos).

Quando não inclusas de fato no ambiente acadêmico, familiar e social, é comum que apresentem comportamentos sociais desajustados, uma certa hostilidade com as pessoas do convívio, podendo tornar-se agressivos na tentativa de sobreviver ao ambiente. Também se torna natural que surjam sentimentos negativos como baixo autoconceito, baixa autoestima, insegurança, frustração constante e paralisante, raiva, além do sentimento de inadequação, de não pertencimento e de falta de identidade. Todo esse “estranhamento” nasce, principalmente, da falta de identificação precoce da sua condição neurodivergente, o que implica no não atendimento às suas

necessidades que são acadêmicas, mas, como vimos, também emocionais. Sem receber o atendimento, o acompanhamento e os recursos necessários, há uma forte tendência ao desenvolvimento de transtornos como a ansiedade e a depressão. “Quando não reconhecidas e trabalhadas, tais características podem colocar o indivíduo em posição de vulnerabilidade e risco socioemocional” (VIRGOLIM, 2021). E sabemos onde isso pode terminar.

Se setembro é um mês de reflexão e de atenção, também é de ação pela vida. E a vida, inclusive, das pessoas com a condição de superdotação, as quais são, normalmente, esquecidas em nossa sociedade, que não está nem preparada, nem adaptada para o diferente, seja ele qual for.

No mês passado perdi um familiar para a dor e a depressão. Não sei se ele era superdotado, mas tinha diversos indicativos. Ao compartilhar com vocês a recente história da minha família, o faço com um intuito principal: clamar para que seus corações se abram às pessoas (super) sensíveis do seu convívio, sejam elas seus educandos, colegas de estudo, companheiros de trabalho, filhos, amigos ou familiares. Mas, além disso, clamar por ações práticas. Como meu objetivo hoje é socorrer os superdotados, deixarei algumas pistas para que eles sejam vistos, percebidos e atendidos em suas necessidades de forma que não precisem viver

situações que gerem vulnerabilidade ou risco socioemocional algum.

Aos pais, mães e/ou responsáveis, anotem todas as primeiras vezes que seus filhos fizeram algo e comparem aos marcos do desenvolvimento das demais crianças. Essa é uma pista enorme de precocidade e cabe dizer que ela é uma característica muito comum dos superdotados. Aos educadores, comparem as áreas de interesse dos educandos, observem seu desempenho quando motivados, observem como são no recreio, como gostam de interagir e sobre o que gostam de conversar. Um superdotado normalmente gostará de temas incomuns para a idade, poderá demonstrar precocidade quando envolvido em atividades do seu interesse e habilidades acima da média nos componentes curriculares de que gosta (não necessariamente em todos).

A nossa sensibilidade às supersensibilidades das pessoas com a condição de AHSD pode salvar vidas, mas além disso, pode transformar a realidade que nos cerca, pois essas pessoas nasceram para fazer a diferença, para inovar e transformar o mundo ao seu redor quando conseguem ser quem realmente nasceram para ser. Eles podem contar contigo? Eu, sincera e profundamente, espero que sim.

* Michele Cousseau é Especialista em Altas Habilidades ou Superdotação, diretora do Clube da Aprendizagem e membro da Diretoria do Conselho Brasileiro para Superdotação.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 07 ARTIGO Venda e manutenção de bombas Venda e manutenção de quadros de comando Venda e recuperação de selos mecânicos Venda e manutenção de Kit's de incêndio padrão bombeiros Rebobinagem de motores elétricos Contrato de manutenção Manutenção hidráulica Manutenção elétrica SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO SISTEMA DE
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COMBATE
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A palestrante Lia Life Coach ministrando o evento Potencial Feminino,que ocorreu no dia 6 de setembro no Espaço Sicredi da Feitoria.

EXPOFAVELA ocorreu nos dias 1º e 2 de setembro na PUC, em Porto Alegre. Da esquerda para a direita: Rosangela Maria, Vitor Thieffer, Pablo Dalavera (Coordenador Municipal), Derci Dalavera, Kalyane Lima, o Roxo (Presidente Nacional da CUFA), Júlio Souza, Andressa Saldanha, Márcio Lima (Vicepresidente Nacional da CUFA) e Luciana Gabriela.

Wagner de Lima Machado (Presidente da Assemplife da Feitoria), Gilmar Pinto (exvereador e vocalista do Grupo Eco do Pampa), e Odinir de Zorzi ,o Gringo (Vice-presidente da Assemplife Feitoria) no desfile Misto da Feitoria, que ocorreu em 16 de Setembro.

Realizou- se dia 10 de Setembro, no Galpão Nativo do Parque do Trabalhador, em São Leopoldo, o Lançamento do novo Álbum de Clênio Ruas e seus Convidados em Cantigas Versos e Poesias.

Rafael Trentin, Maria L. da Silva e Ana Rafaella da Silva Trentin na Casa de Eventos Airton no dia 10/09.

S T A R T C O M U N I C A Ç Ã O
Cláudia
Pacheco
SOCIAL NEWS
O casal Camila e Gilson Lima no CTG Tropeiro das Coxilhas. Camila é coordenadora da Invernada Artística. Clarí Renck no baile da Sociedade Atiradores da Lomba Grande O casal Artur Bittencourt Jurkfitz e Graziele Aline Teixeira com sua prendinha Rafaela Teixeira Bittencourt no desfile Misto da Feitoria.

São Leopoldo sobe 18 posições entre os municípios brasileiros mais competitivos

São Leopoldo é a 95ª cidade brasileira mais competitiva conforme os dados mais recentes divulgados pelo Ranking de Competitividade dos Municípios, organizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), e que analisa 410 municípios do país em 65 indicadores, dentro de 13 pilares e três dimensões: instituições, sociedade e economia. A cidade subiu 18 posições na comparação com 2022, quando ocupava o 113º lugar.

O avanço é resultado de uma série de ações focadas no crescimento econômico, social e produtivo do município, que têm gerado resultados positivos em diferentes indicadores. São Leopoldo também conquistou a 29ª posição entre as cidades analisadas na Região Sul do país.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico (Sedettec), Juliano Maciel, o reconhecimento conquistado pelo município demonstra o empenho da gestão em áreas que fortalecem a economia da cidade. “A parceria próxima com empresários e trabalhadores, a desburocratização e o incentivo à inovação têm sido os pilares de nosso trabalho, e continuaremos nesse caminho”, destaca.

DESTAQUE PARA A INOVAÇÃO E DINAMISMO ECONÔMICO

Entre os principais destaques está a posição de São Leopoldo no quesito

“Inovação e Dinamismo Econômico”, onde o município ocupa a 12ª posição, com a percepção de que a cidade promove a inovação, tecnologia e inclusão social. Um dos projetos que mais reforça essa visão é o “Inova São Léo,” que se concentra em impulsionar a inovação, a tecnologia e a geração de empregos, incluindo iniciativas como o “Programa 3 Mil Talentos TI”, que deve receber um investimento de mais de R$ 2 milhões até 2024 – ano do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil.

Lançado em 2021, o 3 Mil Talentos TI foi criado e é gerido em parceria pela Governança do Tecnosinos – formada pela Prefeitura de São Leopoldo, Unisinos, Associação das Empresas do Polo de Informática e Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (ACIST-SL) – e Senac, que identificaram uma taxa de crescimento médio histórico de 20% ao ano no setor de tecnologia, estimando que haverá uma demanda latente para o preenchimento de 6 mil novos postos de trabalho no Tecnosinos até o ano que vem.

CRÉDITO PARA O CRESCIMENTO

São Leopoldo também tem se destacado na área de crédito, com programas como o “Mão na Roda”, que concede crédito em pequenos valores para autônomos e micro e pequenos empresários, impulsionando seus negócios. Já o programa “São Léo Mais Crédito” oferece

oportunidades semelhantes para micros, pequenos e médios empreendedores.

Além disso, desde o final de 2022, a prefeitura aderiu ao “Programa Tudo Fácil Empresa,” uma iniciativa do governo gaúcho que visa simplificar a abertura de empresas no Estado. Parte do sistema Integrador Estadual da Junta Comercial do RS, a ação possibilita a abertura on-line, de forma gratuita e em apenas um acesso, com tempo máximo de 10 minutos, desde que com baixo risco ambiental, de incêndio ou sanitário.

Ainda no ano passado, o titular da Sedettec já havia projetado o papel essencial do Tudo Fácil na desburocratização

dos serviços públicos. “No início de 2022, tínhamos um prazo médio de cinco meses para expedição de um alvará e agora, em dezembro, o prazo caiu para cinco dias. Isso foi possível graças aos esforços das nossas equipes e das mudanças culturais e de processos que realizamos, deixando tudo mais ágil e lógico. Com a adesão ao programa estadual, atendendo cerca de 60% da nossa demanda, a expectativa é que possamos chegar ao final de 2023 com um balanço ainda mais positivo, tornando São Leopoldo uma referência em abertura e regularização de empresas no Rio Grande do Sul”, disse Maciel à época.

Sicredi Pioneira lança nova Linha de Crédito Eficiência Energética

Redação Start

ASicredi Pioneira sempre esteve ao lado dos empreendedores locais, seja oferecendo soluções financeiras ou consultorias estratégicas para o seu desenvolvimento. Quando se trata de sustentabilidade, não é diferente. A cooperativa está comprometida em apoiar as empresas locais na transição para uma matriz energética mais limpa e na busca por soluções sustentáveis para seus negócios.

Para auxiliar nesse processo, a Sicredi Pioneira lançou a Linha de Crédito Eficiência Energética, uma solução financeira voltada exclusivamente para o financiamento de gastos relacionados a projetos de redução do consumo de energia.

A nova linha de crédito já está disponível para os associados PJ (Pessoa Jurídica) da cooperativa. Com a Linha de Crédito Eficiência Energética, é possível financiar uma variedade de itens que reduzem o consumo de energia da sua empresa, incluindo a aquisição e insta-

lação de equipamentos energeticamente mais eficientes, tornando as empresas mais sustentáveis, tanto economicamente quanto ambientalmente.

Confira alguns exemplos do que pode ser financiado por meio da Linha de Crédito Eficiência Energética:

Edificações

▪ Isolamento Térmico;

▪ Ar-condicionado – substituição por sistemas mais eficientes;

▪ Iluminação – substituição por lâmpadas de LED;

▪ Boiler - substituição por sistemas mais eficientes;

▪ Sistemas de Ventilação Mecânica

▪ Automação de Sistemas (controle centralizado de aquecimento, ventilação, e sistemas de iluminação e ar-condicionado).

Equipamentos para a indústria

▪ Compressores de ar (substituição por equipamentos mais eficientes);

▪ Motores Elétricos (substituição por equipamentos mais eficientes);

▪ Recuperação de Calor (sistemas que reduzem a perda de energia com o calor);

▪ Refrigeradores (substituição por equipamentos mais eficientes).

CONDIÇÕES E PRAZOS

Os associados interessados podem financiar até 100% dos seus orçamentos

ou projetos de sustentabilidade, em até 120 meses, com carência de até 150 dias. O financiamento inclui também os custos de IOF, seguro prestamista, elaboração do plano de adequação, tarifas, entre outros. Para a sua aprovação, é necessário que o projeto apresentado esteja dentro da capacidade de pagamento do associado e que a porcentagem de garantia da operação cubra também os valores adicionais.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 10 ECONOMIA
Thales Ferreira / PMSL Divulgação / Sicredi Pioneira

Conferência de Cultura afirma a participação social na proposição de políticas públicas

Com o tema central “Democracia e Direito à Cultura”, São Leopoldo realizou a 7ª Conferência Municipal de Cultura no último dia 2 de setembro no Centro Cultural José Pedro Boéssio. Sociedade civil e gestores públicos estiveram reunidos com o objetivo de definir diretrizes para construção das políticas públicas para a Cultura, tanto do ponto de vista de democratização do acesso como da valorização dos fazedores de cultura.

Durante a abertura do encontro, o prefeito Ary Vanazzi parabenizou o setor cultural pela mobilização em prol da democracia. O gestor destacou a importância de incentivar os artistas, trabalhadores e os setores que produzem cultura. “A sociedade é feliz quando todos podem se expressar e através da sua expressão podem levar uma grande mensagem, uma boa mensagem de cidadania, de paz, amor e defesa da vida da população”, ressaltou. Ainda segundo Vanazzi, “a 7ª conferência é importante para apontar caminhos cada vez melhores, assim como poderá fortalecer a cultura histórica da cidade”.

O secretário de Cultura e Relações Internacionais da cidade, Marcel Frison, avaliou que houve um renascimento das políticas culturais com a chegada de Lula à Presidência da República, a recriação do Ministério da Cultura (MinC) e a retomada dos investimentos para o setor. O secretário pontuou o recurso destinado para São Leopoldo por meio da Lei Paulo Gustavo, que totalizará cerca de R$ 1,9 milhão, assim como a previsão de cerca de R$ 1,5 milhão da Lei Aldir Blanc. “Precisamos destes momentos de conferência para reorganizar e se preparar a partir desta realidade. É fundamental uma bela discussão”, afirmou. O titular da Secult também falou sobre o Bicentenário do município, que, de acordo com ele, possa ser um grande momento para discussão do passado, mas fundamentalmente discutir o futuro.

Ainda no início do encontro, o coordenador do Sistema Municipal de Cultura, Marco Fillipin, frisou a importância do espaço da conferência pela relação que se estabelece entre o governo e a sociedade civil.

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL E GESTORES PÚBLICOS DEBATEM AÇÕES PARA A CULTURA

Em uma das mesas de trabalho discutidas durante a conferência estiveram o presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Braian Gehlen; a representante do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do RS (Codic/ RS), órgão vinculado à Famurs, Renata Silva; o representante do Sistema Estadual de Cultura da Secretaria da Cultura do Estado, Alexandre Vargas; a presidente do Conselho Estadual de Cultura

(CEC/RS), Consuelo Valandro; o diretor de Difusão, Fomento e Economia do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Joel Santana; e a coordenadora do escritório estadual do Ministério da Cultura, Mariana Martinez.

Representante da sociedade, Gehlen destacou sobre a dificuldade dos trabalhadores da cultura para se manter e entregar cultura. Ele pontuou os avanços com a retomada do MinC e defendeu o repasse e fomento direto para o artista. “Precisamos não apenas com editais periódicos, mas com um recorte orçamentário para cultura em nível municipal, estadual e federal, que dignifique o nosso trabalho, a nossa atuação e consiga fazer com que a cultura seja descentralizada”, disse.

SEIS EIXOS SÃO DISCUTIDOS PARA FORTALECER O SETOR E AÇÕES CULTURAIS

Durante a conferência, foram debatidos seis Eixos Temáticos:

1. Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Municipal de Cultura, alinhado com os Sistemas Estadual e Nacional de Cultura;

2. Democratização do acesso à cultura e Participação Social;

3. Identidade, Patrimônio e Memória;

4. Diversidade Cultural e Transversalidade de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural;

5. Economia criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade;

6. Direito às Artes e às Linguagens Digitais.

As discussões dos eixos duraram cerca de duas horas e cada grupo apresentou duas propostas para a conferência estadual:

▪ Eixo 01 - Trouxe as propostas de destinar 2% dos orçamentos municipal, estadual e federal para a pasta da Cultura e ampliar treinamentos e seminários para trabalho com os marcos legais;

▪ Eixo 02 - Sugeriu de ampliar o acesso à cultura, reconhecendo nos territórios os potenciais equipamentos culturais (espaços físicos) passíveis para uso cultural e fortalecer estes equipamentos com políticas públicas, como isenção fiscal, convênios, prestação de serviços, oficinas socioeducativas, laboratórios de cultura, regularização de documentação, garantindo políticas públicas que estruturam estes espaços e beneficiem a comunidade; e ampliar as instâncias de representação cultural no debate e implementação de políticas culturais, reconhecendo e incluindo grupos socialmente invisibilizados destes espaços de debate (como pessoas em situação de rua, grêmios estudantis, comunidade LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, jovens e adolescentes, crianças)

representações vinculadas aos territórios e não apenas às linguagens culturais;

▪ Eixo 3 - Apresentou quatro destaques: assegurar direito à pesquisa que contemple a produção simbólica, a diversidade cultural nos museus e espaços de memória para o desenvolvimento de ações educativo-culturais e formativas; constitui um programa de educação patrimonial nas cidades com atenção para a diversidade étnica nos diferentes bairros e territórios, como estratégia de escuta e convivência com as comunidades para a valorização, registro e preservação; garantir recursos para implementar estratégias de ações e programas junto ao Ministério da Educação e do Ministério do Turismo integrada a cultura que tratam da recepção dos diversos públicos nos museus e espaços de memória das comunidades a nível nacional; garantir atenção especial nas instituições de patrimônio para os grupos invisibilizados e historicamente silenciados, no esforço de construção de suas manifestações nesses espaços.

▪ Eixo 4 - Não definiu as propostas que irão para a Conferência Estadual. O que ficou definido foi a sugestão de modificar o título do eixo para: Diversidade Cultural e Transversalidade de Sexo, Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural e inserir na descrição também o combate à misoginia e ao etarismo.

▪ Eixo 5 - Criação de Lei de fomento e incentivo à Cultura, destinando, no mínimo, 2% do orçamento do município para o Fundo de financiamento desta Lei, que terá como diretrizes: formação e capacitação, fomento, circulação, intercâmbio, feiras, eventos culturais populares e criação de posto de orientação permanente; que o Fundo de Apoio à Cultura/RS (FAC) seja destinado para o Fundo Municipal de Cultura (FMC) para desenvolvimento de políticas de formação, fomento, criação, prêmios, festivais, feiras culturais e eventos culturais populares.

▪ Eixo 6 - Criação do Centro Municipal de Cultura Polivalente e do Memorial de Cultura (físico e digital). Para São Leopoldo, utilizar o espaço da antiga sede da Unisinos, no Centro da cidade; e construir políticas e elaborar projetos de auxílio aos artistas e produtores de cultura.

O encontro ainda contou com a votação dos delegados para a conferência estadual, com nove delegados escolhidos, sendo seis da sociedade civil: Maria Noeli da Silva Evangellio, Rosecler Winter, Gabriela Affonso Frison, Alzemiro Jacinto da Silva, Diorges Luis Buss e Ronaldo Duarte e, três representando o governo, que ainda não foram divulgados. *Com informações da Prefeitura de São Leopoldo.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 11 CULTURA
Ferreira / PMSL
Thales
Thales Ferreira / PMSL

De carro pela América - Vulcão Osorno

OVulcão Osorno com sua forma icônica, quase perfeita, está sempre coberto de neve e é conhecido mundialmente pela semelhança com o Monte Fugi, no Japão, e é considerado um dos vulcões mais bonitos do mundo. Ele é um dos mais ativos dos Andes, situado na região de Los Lagos, no Chile, com 11 erupções históricas registradas entre 1575 e 1869.

Com um maravilhoso centro de Ski e uma montanha que presenteia uma das vistas mais espetaculares do país, é sem sombra de dúvida um dos lugares que você deve incluir no roteiro de viagens.

Como ir: saindo de Puerto Varas, são cerca de 46 km ao longo do Lago Llanquihue até Vila Ensenada, que é a entrada do parque. Depois são mais 14 km de subida pavimentada em boas condições, mas se for de carro, vá com muito cuidado, pois além da neve quase eterna na estrada, tem muitos animais livres, incluindo as raposinhas que param no meio da estrada.

O trajeto: o trajeto por si só já é maravilhoso! Vá com tempo para apreciar tudo e parar em alguns pontos para foto.

Atrações: na chegada está o centro de Ski. Você pode alugar equipamentos, fazer aulas de Ski e Snowboard, mas veja antes se as pistas estão abertas, se nevar muito, eles fecham as pistas. Tem também o teleférico, com uma vista incrível, mas o preço é um pouco alto: na época em que fomos, era em torno de R$ 150

por pessoa, então decidimos subir a pé! Foi uma experiência maravilhosa, mas afundamos na neve algumas vezes! As fotos não registram metade da beleza do lugar, mas dá uma espiadinha pra ficar com vontade.

Ahhh, e se tu vai de avião ou não tem experiência em dirigir em neve, contrate uma empresa de turismo. Eles vão te levar com segurança e saber os melhores pontos para fotografar e ficar.

Aproveitando a viagem: se você foi até lá, deve aproveitar ao máximo a viagem e não pode deixar de conhecer os saltos de Petrohue. São quedas d’água de coloração turquesa, formados por lavas vulcânicas em uma das erupções que teve. Os saltos podem ser admirados depois de uma pequena trilha de nível fácil, onde a natureza exuberante da região não dá trégua. Tem uma estrutura que faz com que a gente chegue muito perto da água e caminhe em cima de algumas quedas e de longe possa admirar o belíssimo vulcão. O parque tem banheiros, lanchonete, é pequeno, mas muito bem cuidado.

Felicidade: nosso maior presente foi o camping que ficamos hospedados. Além de ter toda infraestrutura que precisávamos, ele era na beira do lago Llanquihue, e de quebra, ao fundo, tinha o exuberante Vulcão Osorno. No final do dia fomos presenteados com um lindo pôr do sol que nos deu mais energia para o resto da viagem.

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O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 12 TURISMO Arquivo
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O DIA DO FICO E A REBELIÃO DE AVILLEZ

A convocação das Cortes portuguesas para a elaboração de uma Constituição, que prejudicaria o Brasil e a independência econômica que as elites conquistavam, era vista de forma ruim na antiga colônia. Para tentar contornar a situação, o rei D. João VI retornou ao país, mas deixou seu filho, o Príncipe da Beira, D. Pedro, como regente no Brasil. Defendendo a permanência do príncipe e as liberdades conquistadas nos últimos anos, uma elite nacional formada por aristocratas, grandes comerciantes e membros da maçonaria se reuniu no Partido Brasileiro. O grupo, que funcionava mais através de interesses em comum do que propriamente como um partido político, elaborou uma carta ao regente com 8.000 assinaturas pedindo que o mesmo ficasse. Assim, no dia 9 de janeiro de 1822, após ler o pedido, D. Pedro declarou ao povo que ficaria no Brasil, apoiando o partido brasileiro na manutenção da autonomia conquistada. As Cortes portuguesas, todavia, não ficaram satisfeitas com a decisão do Príncipe da Beira, enviando a Divisão Auxiliar do exército português, liderada por Jorge Avillez, para pressionar D. Pedro. Avillez, que havia sido nomeado por D. João VI, em 1821, como Governador das Armas da Corte e da Província do Rio de Janeiro, chegou a mobilizar as tropas na região do antigo Morro do Castelo. Visando defender os interesses do Príncipe Regente, a Guarda Real da polícia também foi mobilizada, conseguindo impedir a ação dos portugueses e o sucesso da chamada Rebelião de Avillez.

Enfim, este evento colaborou para o processo de independência brasileira, visto que levou à demissão de Avillez e dos ministros portugueses, assim como ao afastamento das tropas lusitanas. Desta forma, com este cenário D. Pedro conseguiu finalmente formar um novo ministério só com brasileiros e chefiado por seu conselheiro, José Bonifácio.

A DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A formação do novo ministério e a convocação de uma Assembleia Constituinte demonstram a ousadia de D. Pedro I em reafirmar sua posição e contrariar Portugal. Entretanto, disposto a enfrentar Lisboa, um dos atos de maior provocação foi feito no dia 1º de agosto de 1822, com a assinatura de um decreto que declarava inimiga qualquer tropa enviada de Lisboa sem o seu consentimento.

Em resposta, as Cortes portuguesas enviaram, ainda em agosto, novas ordens, exigindo:

▪ o retorno imediato do príncipe;

▪ a anulação de todas as suas decisões.

D. Pedro recebeu a notícia enquanto estava em São Paulo, recebendo também cartas de sua esposa, D. Leopoldina e de José Bonifácio incentivando o príncipe a declarar a independência do Brasil.

Assim, no dia 7 de setembro de 1822, D. Leopoldina e seus ministros assinaram a declaração de independência do Brasil.

D. Pedro, em São Paulo, enfim apoiou a emancipação definitiva, garantindo a formação do Estado brasileiro independente. Apesar do 7 de setembro ser uma data simbólica para a independência do país, essa conquista também se desdobrou por diversas regiões brasileiras, que precisaram enfrentar as tropas portuguesas, que ainda resistiam. Dentre batalhas as regiões, podemos destacar:

▪ a Convenção de Beberibe, em Pernambuco (1821);

▪ A independência da Bahia (1823);

▪ Os conflitos em São Luís, no Maranhão (1823);

▪ A resistência portuguesa no Grão-Pará (1823).

A GUERRA DE INDEPENDÊNCIA

Em Pernambuco, os anistiados da Revolução de 1817 ainda faziam barulho e, em 1821, antes mesmo da mobilização de D. Pedro, organizaram uma nova luta, a chamada Convenção de Beberibe. Insatisfeitos com o governo do português Luiz do Rêgo Barreto, liberais de Pernambuco se reuniram no bairro de Beberibe, em Recife, formando a

chamada Junta de Goiana e iniciando uma luta contra a presença portuguesa.

A vitória dos revoltosos levou à expulsão de Barreto e das tropas lusitanas instaladas em Pernambuco, marcando enfim a primeira experiência de ruptura brasileira com Portugal no dia 5 de outubro de 1821.

Na Bahia, com influência do movimento pernambucano, também houve um conflito entre portugueses e brasileiros. Entretanto, neste caso, as batalhas foram violentíssimas, deixando muitas pessoas mortas nos confrontos e exigindo, inclusive, a interferência do exército de libertação. Os conflitos começaram com a resistência portuguesa ao Dia do Fico, mas se encerraram apenas em 2 de julho de 1823, data celebrada na Bahia.

A INFLUÊNCIA INGLESA NA INDEPENDÊNCIA

No processo de Independência brasileira, a marinha inglesa teve uma participação fundamental no apoio à libertação, sobretudo com a liderança do Lorde Thomas Cochrane. Enquanto na Bahia, o militar britânico bloqueou os portos, prejudicando o acesso dos portugueses a suprimentos, no Maranhão, a resistência lusitana foi derrotada com apoio do mesmo lorde, que ameaçou bombardear São Luís e, assim, garantiu a independência da região em 28 de julho de 1823.

Enfim, na província do Grão-Pará, mais um reduto de resistência portuguesa, apesar dos conflitos contra brasileiros que apoiavam a independência na região, mais uma vez os portugueses

se renderam frente aos ingleses. D. Pedro I enviou para a província o militar inglês John Pascoe Grenfell, que garantiu a adesão da província à Independência em 15 de agosto de 1823. A atuação de Grenfell foi considerada muito violenta, pela prisão em massa e a execução de soldados. As negociações pela Independência Naturalmente, o apoio da Inglaterra ao Brasil no processo de Independência era muito similar ao apoio dado por esse país nas emancipações das colônias espanholas. Interessada em expandir seus mercados para a América, em uma conjuntura de Revolução Industrial, cabia enfim apoiar esses Estados que surgiam para garantir o monopólio comercial. No caso brasileiro não foi diferente, a Inglaterra enviou apoio militar para as Guerras de Independência e ainda intermediou as negociações entre Brasil e Portugal. Assim, em 1825, a assinatura do Tratado de Paz, Amizade e Aliança firmado entre os dois países garantiu o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas à Portugal, como indenização pela Independência. Desta forma, o dinheiro, com as dívidas portuguesas, foi diretamente para os cofres ingleses.

Enfim, apesar da libertação do Brasil às amarras do pacto colonial com Portugal, a formação do Estado brasileiro se deu dependente de uma nova nação, a Inglaterra. A grande potência capitalista, a partir de 1822, passou a dominar ainda mais a economia e o comércio brasileiro, que já nascia um Estado endividado e dependente.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 14 HISTÓRIA LIVRARIA STEIGLEDER Rio Branco Av. São Borja, 413 51 3037-2199 /LivrariaSteigleder Feitoria Av. Integração, 1575 51 3588-6311 “Independência ou Morte” e o começo do endividamento da sociedade brasileira - Parte
2
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Governo Vanazzi não sabe se vender

Em regra, todos os governos, sejam eles ruins, médios ou bons, buscam dourar suas gestões com ações inteligentes e eficientes de Marketing de seus feitos. Com o advento da multiplicação dos meios de comunicação, que foram revolucionados por tantas alternativas de plataformas e até de franco atiradores nas redes sociais, os gestores públicos precisam entender a nova regra. A nova realidade de todos os governos é de que um buraco na rua “vale muito mais” do que dezenas de ruas calçadas ou asfaltadas. Os gestores precisam entender que um despreparado servidor concursado ou, muitas vezes, um arranjo político travestido de servidor eventual, pode colocar fora grandes realizações de um governo. O balcão da coisa pública tem nos dias atuais a força de uma metralhadora de grande calibre. E esta metralhadora que está na mão de um servidor descontente ou despreparado pode ser algo favorável ou desfavorável para uma administração. No caso específico do atual governo leopoldense, é urgente uma avaliação sobre o “Marketing” das realizações dos últimos seis anos, que sucederam o trágico governo dos “Senhores da Excelência em Gestão”, que tiveram como “grandes” feitos o famoso canteiro móvel em frente à Rodoviária e a mitológica maquete do novo Hospital Centenário. Sem contar o caos financeiro e econômico deixado na prefeitura municipal e no Semae. Mesmo diante de um comparativo com um governo anterior catastrófico, o atual governo, com tantas boas realizações, não consegue se vender e passa o dia todo levando pau nas redes sociais sem capacidade de reagir. Que existem setores com deficiência de gestão é fato claro e visível e isso faz parte de qualquer governo. Mas as realizações do atual governo são muito interessantes e, se comparadas com o governo imediatamente anterior, esses feitos se tornam espetaculares. E mesmo diante dessa realidade de comparativos, o atual

governo municipal leva pau de figuras que estiveram nos governos anteriores e não consegue reagir ou fazer um contraponto no debate político e, principalmente, na demonstração das diferenças entre os feitos de um governo e outro.

O governo não consegue fazer uma articulação que materialize um discurso minimamente unificado e os grupos internos parecem não estarem muito preocupados com esta situação que só facilita a vida da Oposição leopoldense.

O prefeito Ary Vanazzi conseguiu a façanha de voltar a governar São Leopoldo mesmo diante do pior momento da história do PT e foi a resistência no bem articulado plano de exterminar o partido a nível nacional. Vanazzi colocou São Leopoldo no mapa político brasileiro ao se tornar governo da maior cidade brasileira que o PT governou no período do olho do furacão da Lava Jato, que praticamente criminalizou o partido naqueles dias em que Sergio Moro governou o Brasil a partir da República de Curitiba.

O atual governo leopoldense e, principalmente, seus dois maiores partidos, PT e PDT, precisam com urgência unificar seus discursos e venderem seus bons feitos. A ação é urgente e alguém precisa chamar a responsabilidade dessa estratégia sob pena de perder a eleição pela total falta de capacidade de externar seus bons feitos. Enquanto isso, a Oposição, mesmo sem unificação ou articulação definida, continua livre, leve e solta para vender aquilo que não tem e/ou aquilo que a maioria das vezes nunca realizou ou entregou.

O JORNAL DA CIDADE Edição 021 / Setembro 2023 15 POLÍTICA
Luis Guilherme Zambrzycki / PMSL Thales Ferreira / PMSL

NARRANDO A HISTÓRIA DOS 200 ANOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ

15º Capítulo

O TRABALHO COMUNITÁRIO

- O trabalho comunitário e o associativismo

As condições estruturais e sociais em que se processou a adaptação dos imigrantes alemães em São Leopoldo foram, de certa forma, elementos motivadores de transformação na constituição de uma nova sociedade baseada na comunidade.

Os imigrantes aqui chegados, a partir de 25 de julho de 1824, carregavam em sua bagagem um tal ou qual instinto de se associarem a fim de enfrentar os mais diversos desafios conforme Roche (1969, p. 36). Por outro lado, diante do árduo trabalho e da luta pela sobrevivência, nos primeiros anos da colonização há poucos registros de manifestações do associativismo e se resumem praticamente nos Kerbs , nas festas de casamento ou em torno das atividades das igrejas e das escolas.

À medida que as “linhas” ou “picadas” iam-se estabelecendo, foram criadas as igrejas, a comunidade se organizava em comissão denominada por “diretoria” ou Kirchenvorstand, que tinha como atribuição elaborar o projeto, obter os recursos materiais e/ou humanos e após, manter a igreja e também o cemitério.

AS ESCOLAS ALEMÃS

Devido a tradição escolar adquirida nos países de origem, para os colonos alemães a formação política, social, religiosa e cultural era considerada relevante, por isso, com o propósito de assegurar a educação e o ensino aos filhos, foram criadas pela comunidade “diretorias” ou Schulvorstand, que tratavam desde a construção, administração, contratação de professores até a elaboração do material didático das escolas. Para Rambo (1988, p.18) “A escola, portanto, e também a igreja significavam, desta maneira, um assunto da exclusiva competência e responsabilidade das comunidades”.

Os currículos escolares eram elaborados observando-se a construção do conhecimento a partir da realidade, e com isso, nas comunidades rurais o número de analfabetos era praticamente nulo.

Salienta-se que as escolas comunitárias teutas faziam parte de um projeto maior para os imigrantes, pois elas poderiam despertar os alunos para a cidadania através do “efetivo comprometimento e engajamento nas estruturas socioeconômicas, culturais e religiosas locais e regionais” Kreutz (1994, p. 151).

Assim, as escolas comunitárias foram-se multiplicando e segundo o mesmo autor (1994, p.151), “nas décadas de 1920/30, os imigrantes alemães haviam organizado, na região rural do Estado, uma rede de 1.041 escolas comunitárias com 1.200 professores”.

O fim das escolas teutas comunitárias ocorreu na Campanha de Nacionalização em 1938, com a publicação de decretos federais, estaduais e municipais, com o objetivo de disciplinar e restringir suas atuações, exigindo assim, a criação de um novo modelo de ensino.

ESTADO NOVO: CAMPANHA DE NACIONALIZAÇÃO (1937 A 1945)

A Campanha de Nacionalização instituída durante o Estado Novo – regime autoritário sob o qual o governo assumiu a postura de que deveria criar o sentimento de pertencimento tanto pela educação quanto pela repressão, visava reverter o processo de “enquistamento étnico” em que viviam os imigrantes e seus descendentes. Essa política era considerada pelo governo e pela elite brasileira como uma questão de segurança nacional.

Apoio:

Verifica-se que a base ideológica da Campanha de Nacionalização estava alicerçada na criação de uma identidade nacional: uma única língua (a Portuguesa); uma pátria (a brasileira) e uma cultura (descendente dos povos lusos, negros e índios).

Salienta-se que o principal meio de divulgação utilizado na Campanha de Nacionalização foi a imprensa e o rádio .

A partir de agosto de 1942, com a instalação do Estado de Guerra, muitos alemães foram presos independentemente de haver comprovação para seus crimes e salienta-se que nas zonas de imigração alemã, cabia ao Exército a tarefa de chefiar o movimento, utilizando também o apoio da polícia.

Assim, o projeto de “assimilação” liderado por Getúlio Vargas reforçava a nacionalidade por meio da fixação de novos símbolos de forma impositiva, pela repressão e censura. Os imigrantes, buscando assegurar a manutenção das características culturais tiveram que criar mecanismos e estratégias que não entrassem em confronto com a política estabelecida pelo Governo.

ASSOCIATIVISMO

Em 1900, após diversas reuniões e tendo como um dos principais mentores intelectuais o Pe. Teodoro Amstad sj, foi criada a Associação Riograndense de Agricultores com o seguinte desafio: “construir nas colônias do Brasil Meridional uma sociedade economicamente próspera, humanamente solidária, eticamente correta e religiosamente sadia”. (Rambo, 1988, p. 188).

Em 1849 chegaram à colônia de São Leopoldo os padres jesuítas vindos da Alemanha, Áustria e Suíça e conforme característica dessa ordem, dedicaram-se às atividades paroquiais, sendo que a principal contribuição dos jesuítas foi para o ensino. No entanto, foi o trabalho liderado pelo Pe Amstad sj que lançou as bases para o cooperativismo no Brasil.

Para Rambo (1988), a partir de 1850, os imigrantes alemães começaram a colocar em prática as tradições culturais trazidas da Europa, utilizando as diversas formas de associativismo e para os mais variados fins:

▪ para a promoção de esportes, tais como: sociedades e/ou clubes de ciclismo, futebol, rawing , tênis, corridas de automóveis, yaching , tiro ao alvo de espingarda e revólver, caça, natação, atletismo e o escotismo;

▪ para a promoção da arte e da música, tais como: sociedade e/ou clubes de dança rítmica ou clássica, canto coral e fotografia;

▪ para a promoção de assistência social e da saúde: variadas organizações assistenciais voltadas a pobres e doentes;

▪ para o estímulo e aperfeiçoamento profissional: associação formada por professores e educadores alemães evangélicos e católicos;

▪ para a promoção da juventude: organizações formadas pela juventude católica alemã e,

▪ para a promoção do desenvolvimento: através da criação da Associação Riograndense de Agricultores.

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Salienta-se que esta associação tinha um propósito interétnico, intercultural e ecumênico, cujo lema era viribus unitis ou “com a união dos esforços”. Rambo (1988). E, os principais objetivos podem ser resumidos da seguinte forma:

a) assistência ao agricultor;

b) melhoria da agricultura (utilização de novas técnicas no manejo da terra, novas culturas e produtividade);

c) melhoria da produção pecuária (aprimoramento das raças);

d) desenvolvimento de um parque industrial;

e) estímulo à cultura.

Através dessa associação, foi popularizado o modelo cooperativo como alternativa viável para a economia colonial, deixando várias sementes que mais tarde vieram a germinar: as cooperativas de produção e de crédito. Assim, após dez anos de existência, a Associação foi transformada em sindicato rural.

Outro aspecto interessante a ser destacado é que, ao contrário da cultura existente entre os descendentes de origem lusitana, a mulher alemã sempre teve uma importante participação nas decisões familiares, na comunidade, desenvolvendo atividades associativas, conforme ilustra Rambo (1988, p.73).

“A mulher por princípio jamais foi excluída. Sua participação não foi apenas permitida. Pelo contrário. Em muitos casos, a mulher foi expressamente convocada, mediante a criação de setores femininos em muitas sociedades”.

Assim, considerando os diversos estudos sobre a imigração alemã em São Leopoldo, destacasse a principal contribuição desta etnia que foi a criação de uma dinâmica comunitária. Neste contexto, merece atenção especial a criação das escolas comunitárias, a organização das comunidades religiosas, a promoção do associativismo e também a promoção de iniciativas locais e regionais visando a projetos comuns.

O JORNAL DA CIDADE
Caixa Rural de Nova Petrópolis, atual Sicredi Pioneira Padre Teodoro Amstad sj

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