PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIUNA LTDA. - SICOOB CREDIUNA
Relatório da Administração
31 de dezembro de 2022
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIUNA LTDA. SICOOB CREDIUNA
Bem-vindos, cooperados e comunidade.
Seguindo o princípio da informação e prezando pelo valor da transparência, apresentamos neste documento as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2022 da cooperativa financeira SICOOB CREDIUNA.
Aqui você também vai conhecer um pouco mais sobre a cooperativa e os resultados que alcançamos juntos no período. Esperamos que aprecie o conteúdo e descubra em nossos números a força do cooperativismo financeiro.
Boa leitura!
1. Contexto Sicoob
Formado por centenas de cooperativas financeiras espalhadas por todo o Brasil e presente em cerca de 2,2 mil municípios, o Sicoob é um dos maiores sistemas financeiros do país. Juntas, as cooperativas somam mais de 7 milhões de cooperados que constroem juntos um mundo com mais cooperação, pertencimento, responsabilidade social e justiça financeira.
2. Sustentabilidade
Visando estruturar um ambiente de sustentabilidade sistêmica que integre as práticas sociais, ambientais e de governança (ESG) ao modelo de negócios do Sicoob, todas as organizações do Sistema estão se mobilizando em torno do Pacto pelo Desenvolvimento Sustentável.
Para traduzir aos cooperados e às comunidades os nossos compromissos, contamos com um Plano de Sustentabilidade, Agenda e Relatório de Sustentabilidade, alinhados ao nosso plano estratégico e aderente as diretrizes do Banco Central do Brasil voltadas à Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática. Quer saber mais? Acesse www.sicoob.com.br/sustentabilidade.
3. Nossa cooperativa
O SICOOB CREDIUNA é uma instituição financeira cooperativa voltada para fomentar o crédito para seu público-alvo, os cooperados, que, além de contar com um portfólio completo de produtos e serviços financeiros, têm participação nos resultados financeiros e contribuem para o desenvolvimento socioeconômico sustentável de suas comunidades.
4. Política de Crédito
Nossa atuação dá-se principalmente por meio da concessão de empréstimos e captação de depósitos. Concessão essa que é realizada para cooperados após prévia análise, respeitando limites de alçadas pré-estabelecidos que devem ser observados e cumpridos. Realizamos, ainda, consultas cadastrais e análises através do “RATING” (avaliação por pontos), buscando assim garantir ao máximo a liquidez das operações.
Nossa política de classificação de risco de crédito está de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/99, havendo uma concentração de 86,68% nos níveis de “AA” a “C”.
5. Governança Corporativa
A participação nas decisões é um valor que permeia nosso negócio, por isso cada cooperado tem direito a voto nas assembleias. Entre as decisões, está a eleição do Conselho de Administração, que é responsável pelas decisões estratégicas.
Os atos da administração da cooperativa, bem como a validação de seus balancetes mensais e do balanço patrimonial anual, são realizados pelo Conselho Fiscal que, também eleito em Assembleia, é responsável por verificar esses assuntos de forma sistemática. Ele atua de forma complementar ao Conselho de Administração. Neste mesmo sentido, a gestão dos negócios da cooperativa no dia a dia é realizada pela Diretoria Executiva.
A cooperativa possui ainda um Agente de Controles Internos, supervisionado diretamente pelo Diretor responsável pelo gerenciamento contínuo de riscos. O objetivo é acompanhar a aderência aos normativos vigentes, sejam eles internos e/ou sistêmicos (SICOOB CENTRAL CREDIMINAS e Sicoob Confederação), bem como aqueles oriundos da legislação vigente.
Os balanços da cooperativa são auditados por auditor externo, que emite relatórios, levados ao conhecimento dos Conselhos e da Diretoria. Todos esses processos são acompanhados e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil, órgão ao qual cabe a competência de fiscalizar a cooperativa.
Tendo em vista o risco que envolve a intermediação financeira, a cooperativa adota ferramentas de gestão como o Manual de Crédito, que foi aprovado, como muitos outros manuais, pelo Sicoob Confederação e homologado pela central.
Além do Estatuto Social, seguimos regimentos e regulamentos, entre os quais destacamos o Regimento Interno, o Regimento do Conselho de Administração, o Regimento do Conselho Fiscal e o Regulamento Eleitoral.
A cooperativa adota procedimentos para cumprir todas as normas contábeis e fiscais. Além disso, os integrantes da nossa cooperativa estão em harmonia com o Código de Ética e de Conduta Profissional proposto pelo Sicoob Confederação.
Todos esses mecanismos de controle, além de necessários, são fundamentais para levar aos cooperados e à sociedade a transparência da gestão e de todas as atividades desenvolvidas pela instituição.
6. Sistema de Ouvidoria
É um canal de comunicação com os nossos cooperados e integrantes das comunidades onde estamos presentes, em que são atendidas manifestações sobre nossos produtos.
No exercício de 2022, o SICOOB CREDIUNA registrou o total de 15 (quinze) manifestações sobre a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela cooperativa. Das reclamações, 13 (treze) foram consideradas procedentes e resolvidas dentro dos prazos regulamentares, conforme legislação vigente.
7. Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito
O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos criada para tornar as cooperativas financeiras tão competitivas quanto os bancos comerciais e proteger as pessoas que depositam sua confiança em cooperativas financeiras regulamentadas. Ele assegura que o cooperado receba seu dinheiro de volta nos casos de eventual intervenção ou liquidação da cooperativa financeira pelo Banco Central do Brasil, até o limite de R$ 250 mil (duzentos e cinquenta mil reais) por CPF ou CNPJ.
De acordo com o artigo 2º da Resolução CMN nº 4.284, de 05/11/2013, a contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo é de 0,0125%, dos saldos das obrigações garantidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos dos bancos, o FGC, ou seja, os depósitos à vista e a prazo, as letras de crédito do agronegócio, entre outros.
8. Demonstrações dos Resultados Consolidados
Data-base: 31 de dezembro de 2022.
Unidade de Apresentação: reais.
Os Vinte Maiores Devedores representavam na data-base de 31/12/2022 o percentual de 23,74% da carteira, no montante de R$ 88.055.216,12.
ITAÚNA-MG, 31 de dezembro de 2022. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA
Os Vinte Maiores Depositantes representavam na data-base de 31/12/2022 o percentual de 16,10% da captação, no montante de R$ 79.111.570,45.
O Patrimônio de Referência do SICOOB CREDIUNA era de R$ 97.871.158,44.
Agradecemos aos nossos cooperados pela preferência e confiança e aos empregados pela dedicação.
Demonstrativos Contábeis
COOPERATIVA DE CREDITO CREDIUNA LTDA . - SICOOB
PATRIMONIAL Em Reais
ATIVO DISPONIBILIDADES INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Títulos e Valores Mobiliários
Relações Interfinanceiras
Centralização Financeira
Operações de Crédito Outros Ativos Financeiros
(-) PROVISÕES PARA PERDAS ESPERADAS ASSOCIADAS AO RISCO DE
(-) Operações de Crédito
(-) Outras ATIVOS FISCAIS CORRENTES E DIFERIDOS OUTROS ATIVOS INVESTIMENTOS IMOBILIZADO DE USO (-) DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO DEPÓSITOS Depósitos à Vista Depósitos Sob Aviso Depósitos a Prazo DEMAIS INSTRUMENTOS FINANCEIROS Recursos de Aceite e Emissão de Títulos Relações Interfinanceiras Repasses Interfinanceiros Outros Passivos Financeiros PROVISÕES
OBRIGAÇÕES FISCAIS CORRENTES E DIFERIDAS
LÍQUIDO
SOBRAS OU PERDAS ACUMULADAS TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
COOPERATIVA DE CREDITO CREDIUNA LTDA . - SICOOB CREDIUNA
SICOOB CREDIUNA CNPJ: 64.237.530/0001-30
DEMONSTRAÇÃO DAS SOBRAS OU PERDAS Em Reais
INGRESSOS E RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Operações de Crédito Ingressos de Depósitos Intercooperativos
DISPÊNDIOS E DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Operações de Captação no Mercado
Operações de Empréstimos e Repasses
Provisões para Perdas Esperadas Associadas ao Risco de Crédito
RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
E RECEITAS/DISPÊNDIOS E DESPESAS OPERACIONAIS
Ingressos e Receitas de Prestação de Serviços
Rendas de Tarifas
Dispêndios e Despesas de Pessoal Outros Dispêndios e Despesas Administrativas Dispêndios e Despesas Tributárias
Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 3 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 3 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 3 JORNAL
Notas 31/12/2022 31/12/2021 696.666.149,69 519.681.453,25 4 4.219.020,90 4.017.799,15 711.139.652,57 516.121.348,09 514.135.889,424320.076.326,80195.025.731,65 320.076.326,80195.025.731,65 6370.689.588,10317.423.093,74 7 6.237.848,253.672.522,70 (32.900.819,45) (22.887.313,92) 6.e(32.647.316,13)(22.701.843,32) 7.1 (253.503,32)(185.470,60) 8 425.621,22 484.690,39 9 2.164.811,96 2.238.866,07 10 - 10.884.017,31 11 17.553.773,38 13.886.334,11 11 (5.935.910,89) (5.064.287,95) 696.666.149,69 519.681.453,25 696.666.149,69 519.681.453,25 12 409.316.033,49 328.473.304,16 142.191.299,78139.288.526,97 431.501,39401.562,37 266.693.232,32188.783.214,82 163.361.952,41 94.898.036,47 1374.857.328,5825.195.105,20 80.280.381,0865.452.351,90 1480.280.381,0865.452.351,90 15 8.224.242,754.250.579,37 16 2.253.461,01 2.147.151,39 17 2.368.610,46 2.193.986,60 18 13.152.334,80 10.918.800,05 106.213.757,52 81.050.174,58 19.a29.196.046,0727.724.062,57 67.368.762,5446.585.322,15 19.c9.648.948,916.740.789,86 696.666.149,69 519.681.453,25 As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
CREDIUNA SICOOB
CNPJ:
BALANÇO
CREDIUNA
64.237.530/0001-30
PATRIMÔNIO
CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE SOBRAS Notas 2 º Sem. 2022 31/12/2022 31/12/2021 51.676.863,32 89.473.399,61 46.778.755,30 21 33.595.967,3760.781.386,7237.858.073,05 18.080.895,9528.692.012,89 8.920.682,25 22 (33.016.774,41) (48.134.027,11) (16.960.537,75) (18.728.202,14)(30.389.570,19)(8.244.109,48) (2.635.176,97)(4.622.576,67)(3.043.799,79) (11.653.395,30)(13.121.880,25)(5.672.628,48) 18.660.088,91 41.339.372,50 29.818.217,55 (6.033.578,97) (11.643.091,15) (8.835.919,56) 23 4.275.173,018.219.229,92 8.568.215,48 24 3.433.449,886.605.609,23 5.991.527,05 25 (7.573.545,77)(14.699.825,42)(12.612.084,21) 26 (8.211.456,50)(15.060.818,46)(13.206.169,30) 27 (332.449,84) (640.973,32) (699.928,46) 28 2.993.922,745.198.786,80 4.141.124,80 29 (618.672,49)(1.265.099,90)(1.018.604,92) 30 (244.488,12) (140.224,98) 325.259,48 (78.545,28) (136.215,28) (64.974,80) (165.942,84) (4.009,70) 390.234,28 12.382.021,82 29.556.056,37 21.307.557,47 31 47.418,25 210.861,53 114.837,46 12.429.440,07 29.766.917,90 21.422.394,93 (816.651,08) (1.600.521,04) (1.610.410,02) (491.842,62) (977.306,73) (912.027,94) (324.808,46) (623.214,31) (698.382,08) (219.625,46) (459.174,46) (277.643,56) 11.393.163,53 27.707.222,40 19.534.341,35 SOBRAS OU PERDAS DO PERÍODO ANTES DAS DESTINAÇÕES As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de Renda Sobre Atos Não Cooperados Contribuição Social Sobre Atos Não Cooperados PARTICIPAÇÕES NOS RESULTADOS RESULTADO OPERACIONAL OUTRAS RECEITAS E DESPESAS SOBRAS OU PERDAS ANTES DA TRIBUTAÇÃO E PARTICIPAÇÕES Outros Ingressos e Receitas Operacionais Outros Dispêndios e Despesas Operacionais PROVISÕES Provisões/Reversões para Contingências Provisões/Reversões para Garantias Prestadas OUTROS INGRESSOS
OUTROS PASSIVOS
2.2 Continuidade dos Negócios
A Administração avaliou a capacidade de a Cooperativa continuar operando normalmente e está convencida de que possui recursos suficientes para dar continuidade a seus negócios no futuro. Dessa forma, estas demonstrações financeiras foram preparadas com base no pressuposto de continuidade operacional.
A COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIUNA LTDA. - SICOOB CREDIUNA contribui de forma responsável e atende a todos os protocolos de segurança a fim de evitar a propagação do Coronavírus, seguindo as recomendações e orientações do Ministério da Saúde, e adotando alternativas que auxiliam no cumprimento da nossa missão.
Embora o desaquecimento econômico, consequência das ações adotadas para conter a pandemia da Covid-19, tenha atingido diversos segmentos empresariais no Brasil e no mundo, tendo em vista a experiência da Cooperativa no gerenciamento e monitoramento de riscos, capital e liquidez, com o auxílio das estruturas centralizadas do Sicoob, bem como as informações existentes no momento dessa avaliação, não foram identificados indícios de quaisquer eventos que possam interromper suas operações em um futuro previsível.
3. Resumo das Principais Práticas Contábeis
a) Apuração do Resultado
Os ingressos/receitas e os dispêndios/despesas são registrados de acordo com o regime de competência.
As receitas com prestação de serviços, típicas do sistema financeiro, são reconhecidas quando da prestação de serviços ao associado ou a terceiros.
Os dispêndios e as despesas e os ingressos e receitas operacionais, são proporcionalizados de acordo com os montantes do ingresso bruto de ato cooperativo e da receita bruta de ato não-cooperativo, quando não identificados com cada atividade.
De acordo com a Lei n° 5.764/1971, o resultado é segregado em atos cooperativos, aqueles praticados entre as Cooperativas e seus associados, ou Cooperativas entre si, para o cumprimento de seus objetivos estatutários, e os atos não cooperativos aqueles que importam em operações com terceiros não associados.
b) Estimativas Contábeis
Na elaboração das demonstrações financeiras faz-se necessário utilizar estimativas para determinar o valor de certos ativos, passivos e outras transações considerando a melhor informação disponível. Incluem, portanto, estimativas referentes à provisão para créditos de liquidação duvidosa, à vida útil dos bens do ativo imobilizado, provisões para causas judiciais, entre outras. Os resultados reais podem apresentar variação em relação às estimativas utilizadas.
c) Caixa e Equivalentes de Caixa
Composto pelas disponibilidades, pela Centralização Financeira mantida na Central e por aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, com risco insignificante de mudança de valores e limites e, com prazo de vencimento igual ou inferior a 90 dias, a contar da data de aquisição.
d) Aplicações Interfinanceiras de Liquidez
Representam operações a preços fixos referentes às compras de títulos com compromisso de revenda e aplicações em depósitos interfinanceiros, e estão demonstradas pelo valor de resgate, líquidas dos rendimentos a apropriar correspondentes a períodos futuros.
e) Títulos e Valores Mobiliários
A carteira está composta por títulos de renda fixa, os quais são apresentados pelo custo acrescido dos rendimentos auferidos até a data do Balanço, ajustados aos respectivos valores de mercado, como aplicável; e Participações de Cooperativas, registradas pelo valor do custo, conforme reclassificação requerida pela Resolução CMN nº 4.817/2020.
f) Relações Interfinanceiras – Centralização Financeira
Os recursos captados pela Cooperativa que não tenham sido aplicados em suas atividades são concentrados por meio de transferências interfinanceiras para a Cooperativa Central, e utilizados por ela para aplicação financeira. De acordo com a Lei nº 5.764/1971, essas ações são definidas como atos cooperativos.
g) Operações de Crédito
As operações de crédito com encargos financeiros pré-fixados são registradas a valor futuro, retificadas por conta de rendas a apropriar, e as operações de crédito pós-fixadas são registradas a valor presente, calculadas por critério "pro rata temporis", com base na variação dos respectivos indexadores pactuados.
h) Provisão para Perdas Associadas ao Risco de Crédito Constituída em montante julgado suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas na realização dos valores a receber, levando-se em consideração a análise das operações em aberto, as garantias existentes, a experiência passada, a capacidade de pagamento e liquidez do tomador do crédito e os riscos específicos apresentados em cada operação, além da conjuntura econômica.
As Resoluções CMN nº 2.697/2000 e 2.682/1999 estabeleceram os critérios para classificação das operações de crédito, definindo regras para a constituição da provisão para operações de crédito, as quais estabelecem nove níveis de risco, de AA (risco mínimo) a H (risco máximo). As operações classificadas como nível “H” permanecem nessa classificação por seis meses, quando são baixadas contra a provisão existente e controladas em contas de compensação por, no mínimo, cinco anos e enquanto não forem esgotados todos os procedimentos para cobrança, não mais figurando no Balanço Patrimonial.
i) Depósitos em Garantia
Existem situações em que a Cooperativa questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações em que figura como polo passivo. Por conta desses questionamentos, por ordem judicial ou por estratégia da própria administração, os valores em questão podem ser depositados em juízo, sem que haja a caracterização da liquidação do passivo.
j) Investimentos Representam aplicações de recursos em participações em coligadas, controladas ou controladas em conjunto sujeitas à autorização de funcionamento pelo Banco Central do Brasil, bem como em outras instituições.
k) Imobilizado de Uso Equipamentos de processamento de dados, móveis, utensílios e outros equipamentos, instalações, edificações, veículos e benfeitorias em imóveis de terceiros são demonstrados pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. Nos termos da Resolução CMN nº 4.535/2016, as depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de vida útil estimado dos bens.
l) Intangível
Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da Cooperativa ou exercidos com essa finalidade, deduzidos da amortização acumulada. Nos termos da Resolução CMN nª 4.534/2016, as amortizações são calculadas pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de vida útil estimado dos bens.
m) Ativos Contingentes
Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis sobre as quais não cabem mais recursos contrários, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável, quando aplicável, são apenas divulgados em notas explicativas às demonstrações financeiras.
n) Obrigações por Empréstimos e Repasses
As obrigações por empréstimos e repasses são reconhecidas inicialmente no recebimento dos recursos, líquidos dos custos da transação. Em seguida, os saldos dos empréstimos tomados são acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”), assim como das despesas a apropriar referentes aos encargos contratados até o fim do contrato, quando calculáveis.
o) Depósitos e Recursos de Aceite e Emissão de Títulos
Os depósitos e os recursos de aceite e emissão de títulos são demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, quando aplicáveis, os encargos exigíveis até a data do balanço, reconhecidos em base "pro rata die".
p) Outros Ativos São registrados pelo regime de competência, apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas, até a data do balanço.
q) Outros Passivos Os demais passivos são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridos.
r) Provisões
São reconhecidas quando a Cooperativa tem uma obrigação presente legal ou implícita como resultado de eventos passados, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para saldar uma obrigação legal. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.
s) Provisões para Demandas Judiciais e Passivos Contingentes São reconhecidos contabilmente quando, com base na opinião de assessores jurídicos, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, gerando uma provável saída no futuro de recursos para a liquidação das ações, e quando os montantes envolvidos forem mensurados com suficiente segurança. As ações com chance de perda possível são apenas divulgadas em nota explicativa às demonstrações financeiras, e as ações com chance remota de perda não são divulgadas.
t) Obrigações Legais São aquelas que decorrem de um contrato por meio de termos explícitos ou implícitos, de uma lei ou um outro instrumento fundamentado em lei, que a Cooperativa tem por diretriz.
u) Tributos
Em cumprimento ao art. 87 da Lei nº 5.764/1971, os rendimentos auferidos através de serviços prestados a não associados são submetidos à tributação dos impostos que lhes cabem, sendo eles, a depender da natureza do serviço, Imposto de Renda (IRPJ), Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
O IRPJ e a CSLL têm incidência sobre os atos não cooperativos, situação prevista no caput do art. 194 do Decreto 9.580/2018 (RIR2018), nas alíquotas de 15%, acrescida de adicional de 10%, para o IRPJ e 16% para a CSLL. Ambas as alíquotas incidem sobre o lucro líquido, após os devidos ajustes e compensações de prejuízos.
Ainda no âmbito federal, as cooperativas contribuem com o PIS à alíquota de 0,65% e COFINS à alíquota de 4%, incidentes sobre as receitas auferidas com não associados, após deduções legais previstas na legislação tributária.
O ISSQN é aplicado sobre as receitas auferidas com serviços específicos, sendo recolhido mediante a aplicação de alíquota definida pelo município sede do Ponto de Atendimento (PA) que tenha prestado o serviço à não associado.
O resultado apurado em operações realizadas com cooperados não tem incidência de tributação.
v) Segregação em Circulante e Não Circulante
No Balanço Patrimonial, os ativos e passivos são apresentados por ordem de liquidez. Em Notas Explicativas, os valores realizáveis e exigíveis com prazos inferiores a doze meses após a data-base do balanço estão classificados no curto prazo (circulante), e os prazos superiores, no longo prazo (não circulante).
w) Valor Recuperável de Ativos – Impairment
A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros (impairment) é reconhecida como perda, quando o valor de contabilização de um ativo – exceto outros valores e bens – for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. As perdas por “impairment”, quando aplicáveis, são registradas no resultado do período em que foram identificadas.
Em 31 de dezembro de 2022 não existiam indícios da necessidade de redução do valor recuperável dos ativos não financeiros.
x) Partes Relacionadas
São consideradas partes relacionadas as pessoas físicas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da Cooperativa e membros próximos da família de tais pessoas, bem como entidades que participam do mesmo grupo econômico ou que são coligadas, controladas ou controladas em conjunto pela entidade que está elaborando seus demonstrativos financeiros, conforme CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas (Comitê de Pronunciamentos Contábeis, em 7/10/2010).
Dessa forma, para fins de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, não são consideradas partes relacionadas os membros do Conselho Fiscal.
y) Resultados Recorrentes e Não Recorrentes
Como definido pela Resolução BCB nº 2/2020, os resultados recorrentes são aqueles que estão relacionados com as atividades características da Cooperativa ocorridas com frequência no presente e previstas para ocorrer no futuro, enquanto os resultados não recorrentes são aqueles decorrentes de um evento extraordinário e/ou imprevisível, com a tendência de não se repetir no futuro.
z) Instrumentos Financeiros
O SICOOB CREDIUNA opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades, relações interfinanceiras, operações de crédito, depósitos à vista e a prazo, empréstimos e repasses.
Os instrumentos financeiros ativos e passivos estão registrados no balanço patrimonial a valores contábeis, os quais se aproximam dos valores justos. Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2022 e 2021, a Cooperativa não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos.
aa) Eventos Subsequentes
Correspondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações financeiras e a data de autorização para a sua emissão. São compostos por:
• Eventos que originam ajustes: evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações financeiras; e
• Eventos que não originam ajustes: evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações financeiras. Não houve qualquer evento subsequente para as demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2022.
4. Caixa e Equivalente de Caixa
O caixa e os equivalentes de caixa, apresentados na demonstração dos fluxos de caixa, estão constituídos por:
(a) A partir de 1º/7/2022 os saldos de Participações de Cooperativas em entidades que não sejam coligadas, controladas ou controladas em conjunto, para as quais não há previsão de avaliação pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP, passaram a compor o saldo do grupo de Títulos e Valores Mobiliários (TVM), conforme estabelecido na Resolução CMN n° 4.817/2020. De modo que em 2021, esses valores estavam registrados no grupo contábil de Investimentos, conforme apresentado na nota explicativa nº 10. Essas participações são registradas pelo valor do custo de aquisição em subgrupo específico, conforme disposto na Instrução Normativa BCB nº 269/2022.
6. Operações de Crédito
a) Composição da carteira de crédito por modalidade:
b) Composição por tipo de operação e classificação por nível de risco de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999:
(a) Referem-se à centralização financeira das disponibilidades líquidas da Cooperativa, depositadas junto ao SICOOB CENTRAL CREDIMINAS como determinado no art. 17, da Resolução CMN nº 4.434/2015, cujos rendimentos auferidos nos períodos de 31 de dezembro de 2022 e de 2021, registrados em contrapartida à receita de “Ingressos de Depósitos Intercooperativos”, foram respectivamente:
5. Títulos e Valores Mobiliários
a) Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, as participações de cooperativas estavam assim compostas:
Para fins de apuração dos valores de movimentação de saldos em prejuízo, são considerados os lançamentos decorrentes de operações de crédito e de operações de outros créditos.
7. Outros Ativos Financeiros
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, os outros ativos financeiros, compostos por valores referentes às importâncias devidas à Cooperativa por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no país, estavam assim compostos:
(a) O saldo de Avais e Fianças Honrados é composto, substancialmente, por operações oriundas de cartões de crédito vencidas de associados da Cooperativa cedidos pelo Banco Sicoob, em virtude de coobrigação contratual;
(b) Em Rendas a Receber estão registrados: Rendas de Convênios (R$ 28.046,49); Rendas de Cartões (R$ 239.033,22); Rendas da Centralização Financeira a Receber da Cooperativa Central (R$ 3.751.128,34); e outros (R$ 131.356,45);
(c) Em Devedores por Compra de Valores e Bens estão registrados os saldos a receber de terceiros pela venda a prazo de bens próprios da Cooperativa ou Ativos não Financeiros Mantidos para Venda – Recebidos;
(d) Em Títulos e Créditos a Receber estão registrados: Valores a Receber de Tarifas (R$ 125.968,30);
(e) Em Devedores por Depósitos em Garantia estão registrados os depósitos judiciais para: Pis (R$ 44.570,43); Pis Folha (R$ 781.800,86); COFINS (R$ 274.279,90); e outros (R$ 369.603,48).
7.1 Provisão para Perdas Esperadas Associadas ao Risco de Crédito Relativas a Outros Ativos Financeiros
A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa foi apurada com base na classificação por nível de risco, de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999.
a) Provisões para Perdas Associadas ao Risco de Crédito relativas a Outros Ativos Financeiros, segregadas em Circulante e Não Circulante:
b) Provisões para Perdas Associadas ao Risco de Crédito relativas a Outros Ativos Financeiros, por tipo de operação e classificação de nível de risco:
8. Ativos Fiscais, Correntes e Diferidos Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, os ativos fiscais, correntes e diferidos estavam assim compostos:
Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 5 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 5 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 5 JORNAL
9. Outros Ativos
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, os outros ativos estavam assim compostos:
15. Outros Passivos Financeiros
Os recursos de terceiros que estão com a Cooperativa são registrados nessa conta para posterior repasse, por sua ordem. Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, estavam assim compostos:
As sobras são distribuídas e apropriadas conforme Estatuto Social, normas do Banco Central do Brasil e posterior deliberação da Assembleia Geral Ordinária (AGO). Atendendo à instrução do CMN, por meio da Resolução nº 4.872/2020, o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social – FATES é registrado como exigibilidade e utilizado em despesas para as quais se destina, conforme a Lei nº 5.764/1971.
Em Assembleia Geral Ordinária, realizada em 2022 em atendimento ao artigo 132 da Lei nº 6.404/1976, os cooperados deliberaram pela destinação das sobras do exercício findo em 31 de dezembro de 2021 da seguinte forma:
• para Fundo de Reserva, no valor de R$ 4.000.000,00;
• para os associados, no valor de R$ 2.740.789,86.
d) Destinações Estatutárias e Legais
A sobra líquida do exercício terá a seguinte destinação:
(a) Em Devedores Diversos estão registrados os saldos relativos a Pendências a Regularizar (R$ R$ 1.478,06); Seguros Contratados a Receber (R$ 10.114,92); Plano de Saúde a Receber (R$ 37.803,10); Pendências a Regularizar – Banco Sicoob (R$ 2.693,80); e outros (R$ 37.533,53);
(b) Em Ativos Não Financeiros Mantidos para Venda - Recebidos estão registrados os valores de bens recebidos para pagamento de operações com associados, não estando sujeitos a depreciação ou correção.
(c) Registram-se ainda no grupo, as despesas antecipadas, referentes aos prêmios de seguros, contribuição cooperativista, IPTU, entre outras.
10. Investimentos
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, os investimentos estavam assim compostos:
(a) Em atendimento a Resolução CMN n° 4.817/2020, as Participações de Cooperativas em entidades que não sejam coligadas, controladas ou controladas em conjunto, para as quais não há previsão de avaliação pelo MEP, foram reclassificadas do grupo de Investimentos para o grupo de Títulos e Valores Mobiliários em 1º/7/2022, conforme evidenciado na nota explicativa nº 5.
11. Imobilizado de Uso
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o imobilizado de uso estava assim composto:
(a) Em Recursos em Trânsito de Terceiros temos registrados os valores a repassar relativos a Convênio de Energia Elétrica e Gás (R$ 25.374,66); Convênio Saneamento (R$ 2.433,06); e outros (R$ 8.054.740,42);
(b) Em Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados temos registrados os valores a repassar relativos a tributos: Operações de Crédito – IOF (R$ 130.004,80); Municipais (R$ 4.456,61); e outros (R$ 5.134,19).
16. Provisões
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o saldo de provisões estava assim composto:
(a) Refere-se à provisão para garantias financeiras prestadas, apurada sobre o total das coobrigações concedidas pela Cooperativa, conforme a Resolução CMN nº 4.512/2016. A provisão para garantias financeiras prestadas é apurada com base na avaliação de risco dos cooperados beneficiários, de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999. Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, a Cooperativa era responsável por coobrigações e riscos em garantias prestadas, referentes a aval prestado em diversas operações de crédito de seus associados com instituições financeiras oficiais:
(b) Provisão para Contingências - Demandas Judiciais
Para fazer face às eventuais perdas que possam advir de questões judiciais e administrativas, a Cooperativa, considerando a natureza, a complexidade dos assuntos envolvidos e a avaliação de seus assessores jurídicos, mantém como provisão para contingências tributárias, trabalhistas e cíveis, classificadas como de risco de perda provável, em montantes considerados suficientes para cobrir perdas em caso de desfecho desfavorável.
Na data das demonstrações financeiras, a Cooperativa apresentava os seguintes passivos e depósitos judiciais relacionados às contingências:
A partir do exercício de 2021 a reversão dos dispêndios de FATES e Fundos Voluntários passou a ocorrer apenas no encerramento anual, de acordo com a Interpretação Técnica Geral (ITG) 2004 – Entidade Cooperativa e a revogação do texto original da NBC T 10.8.2.8.
20. Resultado de Atos Não Cooperativos
São classificados como ato não cooperativo os rendimentos e/ou dispêndios decorrentes de operações realizadas com não associados, sobre os quais há incidência de tributos federais e municipais. Os valores são registrados em separado e o resultado líquido auferido dessas operações, se positivo, é integralmente destinado ao FATES, conforme determina o art. 87 da Lei nº 5.764/1971.
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o resultado de atos não cooperativos possuía a seguinte composição:
(a) As imobilizações em curso serão alocadas em grupo específico após a conclusão das obras e efetivo uso, quando passarão a ser depreciadas.
12. Depósitos
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, os depósitos estavam assim compostos:
(a) Valores cuja disponibilidade é imediata aos associados, ficando a critério do portador dos recursos fazê-lo conforme sua necessidade.
(b) Valores pactuados para disponibilidade em prazos pré-estabelecidos, os quais recebem atualizações por encargos financeiros remuneratórios conforme a sua contratação em pós ou pré-fixada. Suas remunerações pós-fixadas são calculadas com base no critério de “pro rata temporis”; as remunerações pré-fixadas são calculadas e registradas pelo valor futuro, com base no prazo final das operações, ajustadas, na data da demonstração financeiras, pelas despesas a apropriar registradas em conta redutora de depósitos a prazo.
Os depósitos mantidos na Cooperativa estão garantidos, até o limite de R$ 250.000,00 por CPF ou CNPJ – com exceção de contas conjuntas, que têm seu valor dividido pelo número de titulares – pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que é uma reserva financeira constituída pelas Cooperativas de Crédito, regida pelo Banco Central do Brasil, conforme a determinação da Resolução CMN nº 4.933/2021. O registro do FGCoop, como regulamentado, passa a ser feito em “Dispêndios de captação no mercado”.
c) Concentração dos principais depositantes:
d) Despesas com operações de captação de mercado:
13. Recursos de Aceite e Emissão de Títulos
Referem-se às Letras de Crédito do Agronegócio – LCA que conferem direito de penhor sobre os direitos creditórios do agronegócio a elas vinculados (Lei nº 11.076/2004) e às Letras de Crédito Imobiliário – LCI, lastreadas por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de coisa imóvel (Lei nº 10.931/2004). Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, estavam assim compostas:
Segundo a assessoria jurídica do SICOOB CREDIUNA, existem processos judiciais nos quais a Cooperativa figura como polo passivo, os quais foram classificados com risco de perda possível, totalizando R$ 67.519,71. Essas ações abrangem, basicamente, processos trabalhistas ou cíveis.
O cenário de imprevisibilidade do tempo de duração dos processos, bem como a possibilidade de alterações na jurisprudência dos tribunais, torna incertos os prazos ou os valores esperados de saída.
17. Obrigações Fiscais, Correntes e Diferidas
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o saldo de Obrigações Fiscais, Correntes e Diferidas estava assim composto:
18. Outros Passivos
Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, o saldo de outros passivos estava assim composto:
São remunerados por encargos financeiros calculados com base em percentual do CDI - Certificado de Depósitos Interbancários. Os valores apropriados em despesas podem ser consultados na nota explicativa nº 12.d - Depósitos - Despesas com operações de captação de mercado.
14. Repasses Interfinanceiros / Obrigações por Empréstimos e Repasses
São demonstrados pelo valor principal acrescido de encargos financeiros, e registram os recursos captados junto a outras instituições financeiras para repasse aos associados em diversas modalidades e Capital de Giro. As garantias oferecidas são a caução dos títulos de créditos dos associados beneficiados. Em 31 de dezembro de 2022 e 2021, estavam assim compostos:
a) Repasses Interfinanceiros:
As taxas de juros praticadas nas operações interfinanceiras com o Banco Sicoob correspondem a uma média de 6,67% ao ano, com vencimento até 15/09/2032. As operações com Recursos da Central correspondem a uma taxa média de 6,80% ao ano, com vencimento até 09/09/2024.
b) Despesas de Repasses Interfinanceiros / Obrigações por Empréstimos e Repasses:
(a.1) Consubstanciada pela Lei 10.101/2000 e por convenção coletiva, a Cooperativa constituiu provisão a título de participação dos empregados nas sobras;
(a.2) Refere-se ao valor de cota capital a ser devolvida para os associados que solicitaram o desligamento do quadro social;
(a.3) O Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social – FATES é destinado às atividades educacionais, à prestação de assistência aos cooperados, seus familiares e empregados da Cooperativa, sendo constituído pelo resultado dos atos não cooperativos e percentual das sobras líquidas do ato cooperativo, conforme determinação estatutária. A classificação desses valores em contas passivas segue a determinação do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. Atendendo à instrução do CMN, por meio da Resolução nº 4.872/2020, o FATES é registrado como exigibilidade, e utilizado em despesas para as quais se destina, conforme a Lei nº 5.764/1971.
(b) O saldo apresentado em Obrigações de Pagamento em Nome de Terceiros refere-se aos recursos destinados ao pagamento de salários, vencimentos e similares, cuja prestação de serviço é pactuada através de contrato entre a Cooperativa e a instituição pagadora.
(c) Em Provisão para Pagamentos a Efetuar temos registrados Despesas de Pessoal (R$ 1.388.413,74); Custos de Transações Interfinanceiras (R$ 63.906,90); Seguro Prestamista (R$ 286.273,72); Despesas com Cartões (R$ 51.533,28); e outros (R$ 630.163,85);
(d) Os saldos em Credores Diversos - País referem-se a Pendências a Regularizar Banco Sicoob (R$ 21.422,06); Valores a Repassar à Cooperativa Central (R$ 74.939,18); Saldos Credores - Encerramento C/C (R$ 1.516,54); Cheques Depositados Relativos a Descontos Aguardando Compensação (R$ 78.600,87); Credores Diversos-Liquidação Cobrança (R$ 5.435,66); e outros (R$ 572.641,06).
19. Patrimônio Líquido
a) Capital Social O capital social é representado por cotas-partes no valor nominal de R$ 1,00 (cada) e integralizado por seus cooperados. De acordo com o Estatuto Social, cada cooperado tem direito em a um voto, independentemente do número de suas cotas-partes.
b) Fundo de Reserva Representado pelas destinações das sobras definidas em Estatuto Social, utilizado para reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades.
c) Sobras Acumuladas
Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 6 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 6 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 6 JORNAL
d) continuidade planejada das operações (ativos de TI, pessoas, instalações, sistemas e processos), considerando procedimentos para antes, durante e depois da interrupção;
e) transição entre a contingência e o retorno à normalidade (saída do incidente).
O CCS realiza a Análise de Impacto (AIN) para identificar os processos críticos sistêmicos, com o objetivo de definir estratégias para a continuidade desses processos e, assim, resguardar o negócio de interrupções prolongadas que possam ameaçar sua continuidade. O resultado da AIN tem base nos impactos financeiro, legal e imagem.
São elaborados, anualmente, os Planos de Continuidade de Negócios contendo os principais procedimentos a serem executados para manter as atividades em funcionamento em momentos de contingência. Os Planos de Continuidade de Negócios são classificados em Plano de Continuidade Operacional (PCO) e Plano de Recuperação de Desastre (PRD).
Anualmente, são realizados testes nos Planos de Continuidade de Negócios para validar a sua efetividade.
36. Seguros Contratados – Não Auditado
A Cooperativa adota a política de contratar seguros de diversas modalidades, cuja cobertura é considerada suficiente pela Administração e pelos agentes seguradores para fazer face à ocorrência de sinistros. As premissas de riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de auditoria das demonstrações financeiras e, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.
37. Plano Para a Implementação da Regulamentação Contábil Estabelecida na Resolução CMN nº 4.966/2021
Em 25 de novembro de 2021, o Banco Central do Brasil emitiu a Resolução CMN nº 4.966/2021, que alterará os conceitos e critérios aplicáveis a instrumentos financeiros, convergindo com os principais conceitos da norma internacional “IFRS 9 –Instrumentos Financeiros”.
A nova regra contábil entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, tendo os ajustes decorrentes da aplicação dos critérios contábeis estabelecidos por esta norma registrados em contrapartida à conta de sobras ou perdas acumuladas, pelo valor líquido dos efeitos tributários.
Dentre os requerimentos da nova norma, consta a necessidade de elaboração de um plano de implementação. O referido plano foi aprovado pelo Conselho de Administração de todas as Cooperativas participantes do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil – Sicoob, durante o exercício de 2022.
a) Resumo do Plano de Implementação
Em atendimento ao disposto no inciso II do parágrafo único do artigo 76 da Resolução CMN nº 4.966/2021, divulgamos a seguir, de forma resumida, o plano de implementação da referida regulamentação:
Fase 1 - Avaliação (2022): Engloba atividades de diagnóstico para entendimento das principais alterações contábeis originadas pela Resolução, mapeamento dos principais sistemas impactados, elaboração de matriz com detalhamento dos planos de ações identificados e estabelecimento de cronograma com as respectivas designações de responsáveis. Para essa fase foi contratada consultoria especializada para auxiliar no processo de avaliação;
Fase 2 - Desenho (2023): Essa fase abrange as atividades de especificações das alterações sistêmicas necessárias, definição de arquitetura sistêmica, desenho de estratégia de transição, novos processos e políticas.
Fase 3 – Desenvolvimento (2023/2024): Compreende as atividades dos novos desenvolvimentos sistêmicos, metodologias de cálculos (exemplo: método da taxa de juros efetiva, modelos de perdas esperadas dos instrumentos financeiros), elaboração de “DE-PARA” do novo plano de contas e alterações em roteiros contábeis.
Fase 4 – Testes e Homologações (2024): Engloba a fase dos testes das alterações sistêmicas (em ambiente de homologação) e implantação dos desenvolvimentos sistêmicos testados;
Fase 5 – Atividades de transição (2024): Definição do novo modelo de divulgação, apuração do balanço de abertura e cálculo dos impactos da adoção inicial. Engloba também atividades de treinamentos, paralelismo de alguns desenvolvimentos sistêmicos prontos e novos processos;
Fase 6 – Adoção inicial (1º de janeiro de 2025): Adoção efetiva da norma.
ITAÚNA-MG, 23 DE JANEIRO DE 2023
MARCO TÚLIO PEREIRA DA SILVA DIRETOR EXECUTIVO FINANCEIRO
GERALDO MÁRCIO DE MORAIS DIRETOR EXECUTIVO ADMINISTRATIVO
MARCELO ANTÔNIO DA FONSECA
DIRETOR EXECUTIVO DE GERENCIAMENTO DE RISCO
RUBENS MIGUEL PEREIRA
CONTADOR - CRC/MG 091.409/O-6
RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Ao Conselho de Administração, à Administração e aos Cooperados da COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIUNA LTDA. - SICOOB CREDIUNA, CNPJ: 64.237.530/0001-30
Itaúna - MG
Opinião
Examinamos as demonstrações contábeis da COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIUNA LTDA. - SICOOB CREDIUNA, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2022 e as respectivas demonstrações de sobras ou perdas, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do SICOOB CREDIUNA em 31 de dezembro de 2022, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à cooperativa, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor
A administração da Cooperativa é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade
é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com o nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.
Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a cooperativa continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a cooperativa ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da cooperativa são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
Identificamos e avaliamos o risco de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, e conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
Obtemos o entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da cooperativa.
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza significativa em relação a eventos ou circunstâncias que possam levantar dúvida significativa em relação a capacidade de continuidade operacional da cooperativa. Se concluirmos que existe incerteza significativa devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a cooperativa a não mais se manter em continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.
Belo Horizonte/MG, 25 de janeiro de 2023.
Elisângela de Cássia Lara Contador CRC MG 086.574/O
PARECER DO CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal da Cooperativa de Crédito Crediuna Ltda. – SICOOB CREDIUNA, reunidos em 26 de janeiro de 2023, em cumprimento às disposições estatutárias, declara que procedeu ao exame do Balanço Patrimonial referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2022, e as respectivas demonstrações de resultado, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. A nossa responsabilidade é de fiscalizar e expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. Considerando a relevância dos saldos e o volume das transações, a constatação se deu com base nas demonstrações contábeis mais representativas adotadas pela administração.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acompanhadas das notas explicativas e do parecer da Auditoria, representam adequadamente a posição patrimonial e financeira da Cooperativa. Somos de parecer favorável ao encaminhamento e aprovação pela Assembleia Geral Ordinária.
Itaúna, 26 de janeiro de 2023.
Thiago Lopes Cançado de Faria Coordenador do Conselho Fiscal
Lindair Vicente de Resende Secretário do Conselho Fiscal
Matheus Rodrigues Moreira da Silva Conselheiro Fiscal Efetivo
Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 8 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página 8 Sábado, 28 de janeiro de 2023 Página JORNAL