04/12/2013 - Jornal Semanário - Edição 2983

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Geral

Quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Entidades

Ivo Cansan é reeleito na Movergs Executivo avalia as contribuições no comando da entidade e comenta sobre o contexto atual do segmento moveleiro gaúcho

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om o aporte da experiência adquirida ao longo de quatro anos no comando da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan assume, novamente, o desafio de representar os interesses da cadeia produtiva moveleira gaúcha. Em assembleia realizada no dia 28 de novembro, ele foi reconduzido à presidência da entidade para o período 2014/2015. Sua administração virá renovada pela missão de buscar a unidade dos polos – gaúchos e nacionais – como forma de fortalecer o segmento, ampliar sua representatividade – e de suas reivindicações. Prestes a concluir sua segunda gestão, Cansan faz um balanço dos últimos quatro anos, destacando como principal conquista o trabalho que tem sido feito com esse objetivo de aproximar os diferentes elos do setor, tendo em vista a similaridade de interesses entre eles: a geração de oportunidades capazes de estimular o desenvolvimento e ferramentas para lhes proporcionar crescimento frente às dificuldades. Ele revela, ainda, o grande legado proporcionado pela experiência – o conhecimento detalhado do segmento – e de que maneira aplicá-lo em prol das indústrias da cadeia produtiva. Com base nesse aprendizado, Cansan opina a respeito do atual cenário para os fabricantes de móveis gaúchos, aponta as dificuldades, possíveis soluções para alavancar o crescimento dos fabricantes e destaca: a união é a única forma de o setor obter maior competitividade e manter o posto de relevância ocupado por seus produtos no país e participação no mercado internacional. Como a Movergs tem contribuído com o desenvolvimento do setor moveleiro? A Movergs, ao longo de seus 26 anos, tem contribuído de forma consistente e constante na busca de soluções para o desenvolvimento da cadeia produtiva de madeira e móveis. Com a FIMMA Brasil, por exemplo,

EVANDRO SOARES, DIVULGAÇÃO

Cansan ficará por mais dois anos à frente da presidência da Movergs

buscamos alternativas para que as indústrias moveleiras possam inovar e criar caminhos capazes de facilitar e promover a competitividade, e, com essa ferramenta, permitir aos consumidores experimentarem uma grande oportunidade ao comprar nossos móveis – certamente trazendo bem-estar e conforto para suas residências. A Movergs trabalha sem medir esforços para encontrar alternativas às dificuldades do setor, sempre em parceria com as indústrias, associados e a cadeia produtiva. Com isso, temos a certeza de que estamos fortalecendo o coletivo e dando continuidade ao ciclo do segmento moveleiro. Quais as principais conquistas consolidadas, até agora, em sua gestão? As conquistas são o resultado do trabalho feito ao longo de tantos anos, por todos aqueles que fizeram e fazem parte da Associação. Por vezes consegui-

mos vitórias em temas que beneficiam as indústrias e os consumidores – elas são frutos dos muitos anos de luta que a Movergs, e o setor moveleiro como um todo, vêm executando, sempre visando o crescimento e no fortalecimento coletivo. Qual o aprendizado registrado no período de quatros anos – duas gestões – em que presidiu a entidade? O grande aprendizado ao presidir uma associação como a Movergs, que possui abrangência não só no estado do Rio Grande do Sul, mas em âmbito nacional e, por vezes, internacional, é o grande conhecimento adquirido. Se aplicado de forma associativa e participativa, esse aprendizado ajuda a fortalecer o setor moveleiro, fazendo com que nossas indústrias tenham informações e capacidade de competir de forma global. No trabalho de integração da entidade podemos buscar parcerias,

informações e inovações que certamente irão beneficiar a todos os fabricantes. No entanto, isso somente terá resultado se todos entenderem que precisamos nos unir para nos fortalecermos, pois competir dentro do mesmo estado ou país não nos parece difícil, já que as regras são as mesmas. Os entraves maiores aparecem quando precisamos disputar com economias que comercializam vilmente seus produtos, vendendo-os de forma predatória, usando subsídios e ganhos dos seus governos para ganhar mercado. Quais as expectativas e desafios para os próximos anos, considerando o momento econômico do setor moveleiro? O caminho dos próximos anos passa por uma atuação ainda mais forte junto aos órgãos governamentais para que as indústrias não tenham a capacidade de competição subtraída. Da forma como se apresentam as legislações tributária, fiscal e trabalhista, está ficando inviável produzir e competir com nossos produtos. Temos que trabalhar junto ao Poder Público para garantir instalações de parques fabris de fornecedores de insumos mais próximos às nossas indústrias, facilitando e agilizando os processos, com um custo condizente com a realidade. Sofremos, ainda, com deficiências de infraestrutura e logística, além de um custo Brasil tão elevado que torna nossos produtos extremamente caros. Somados, esses fatores prejudicam, em última instância, também os consumidores: diante das dificuldades para adquirir itens de mobiliário, por vezes acabam abrindo mão e comprando somente o básico para sobreviver. Com isso, são penalizados sem o conforto e a praticidade que poderiam estar levando para suas casas. Quais as dificuldades do setor no mercado interno? As maiores dificuldades que nosso setor enfrenta, diariamente, são os altos custos e as alternativas pouco eficientes de logística, a infraestrutura precária das estradas brasileiras e a

carência de mão de obra qualificada. Além disso, embora existam alguns programas específicos, outro problema são as altas taxas de financiamento para os equipamentos necessários, nacionais ou internacionais, para agilizar os processos e inovar nos produtos fabricados – o setor moveleiro depende quase que exclusivamente de tecnologia de produção importada e isto dificulta os investimentos, principalmente para as pequenas indústrias, inviabilizando a compra ou deixando seus produtos excessivamente caros e sem poder de competição perante o mercado. Como será a próxima gestão frente a Movergs? De antemão podemos garantir que nosso compromisso será o de buscar a unidade do setor, de modo que sua pauta de reivindicações seja sincronizada e ganhe cada vez maior expressividade junto aos órgãos competentes. Agora, o grupo de trabalho da Movergs tem como prioridade a elaboração de uma agenda de trabalho bem planejada para atender essa necessidade de aproximação com os pólos regionais e nacionais. Assim, teremos bases muito mais sólidas para que nossas pertinentes reivindicações sejam ouvidas e atendidas com a brevidade necessária, a fim de garantir a manutenção de oportunidades de crescimento e desenvolvimento para todos.

A nova direção Presidente Ivo Cansan Vice-presidente José Agnelo Seger Diretor adm-financeiro Dorvalino Lovera Diretores: Alberto Peliciolli Celso Theisen Daniel Mazzochhi Gelson Ponzoni Conselho Fiscal: Henrique Bertolini João Farina Neto Luiz Attilio Troes Maristela Cusin Longhi Sérgio Dalla Costa


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