JORNAL SANTUÁRIO (Nº 5831 |NOVEMBRO/2019)

Casamento hoje Editora Santuário lança o livro “Casamento Hoje”, de autoria de Silvia Corrêa Petroucic e André Ivan Petroucic Filho, que aponta caminhos para a harmonia do relacionamento conjugal

Thiago Leon/Santuário Nacional

Diálogos - Pág. 3

JORNAL

SANTUÁRIO Ano 118 • nº 5.831

Novembro de 2019

www.jornalsantuario.com.br

COM MARIA,

ESCOLHIDOS E ENVIADOS EM MISSÃO!

Foram 10 dias de muita emoção, oração, fé e devoção!

A Novena e Festa da Padroeira do Brasil marcou pela linda demonstração de fé do povo brasileiro, que compareceu em peso no Santuário Nacional, nos dias 3 a 12 de outubro, além dos milhões de devotos que acompanharam os festejos por meio da Rede Aparecida de Comunicação. Nesse período, a TV Aparecida figurou diversas vezes no 5º lugar em audiência na Grande São Paulo, segundo a Kantar Ibope Media

Reprodução Instagram

Thiago Leon/Santuário Nacional

Destaques - Pág. 8

BRASIL TEM SUA PRIMEIRA SANTA: DULCE DOS POBRES Em cerimônia no Vaticano, presidida pelo Papa Francisco no dia 13 de outubro, a Igreja canoniza Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, popularmente conhecida como “Irmã Dulce, o anjo bom da Bahia”, agora, Santa Dulce dos Pobres. Sua canonização foi a terceira mais rápida da história, 27 anos após seu falecimento. Primeira Missa foi celebrada no Brasil em honra à santa em 20 de outubro, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)

REDENTORISTAS CELEBRAM 125 ANOS DE MISSÃO EM APARECIDA (SP) Missionários Redentoristas da Província de São Paulo celebraram em outubro em dose dupla! Com Missa e eventos comemorativos, festejaram os 125 anos de missão em Aparecida (SP), recordando a chegada dos missionários alemães na cidade, em 28 de outubro de 1894, e também os 75 anos da criação da Província de São Paulo, que figura entre as maiores províncias redentoristas das américas Destaques - Pág. 9

Igreja - Pág. 4

ENEM 2019

Galeria Recreio

Nos dias 3 e 10, mais de 5 milhões de estudantes participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Sofia Machado, revisora e professora de redação, dá dicas de estudo para o Exame

Missionários Redentoristas da Província de São Paulo inauguram em Aparecida (SP) a Galeria Recreio, mais novo e moderno centro de compras da Capital Mariana da Fé

Sociedade em Foco - Pág. 5

Santuário em Notícia - Pág. 6

FATOS E OPINIÕES

Jornal Santuário • Novembro de 2019

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DOM ORLANDO

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Novembro, festa de Todos os Santos: a beleza da Santidade. Viva Santa Dulce dos Pobres!

o início deste mês celebramos todos os santos. Antes de tudo, é bom lembrar que há santos entre nós, perto de nós, convivendo conosco.

A santidade refulge em todos os credos e povos. Não é privilégio de uma religião.

Patriarcas, profetas, apóstolos, mártires, confessores, virgens, monges, santos, santas compõem aquela multidão de homens e mulheres de Deus, nos quais resplandece a multiforme graça divina. Eles cantam o poder, a riqueza a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor do cordeiro (cf. Ap 5,12). Os santos apontam para Cristo, glorificam a Deus e servem a humanidade.

Os santos acendem em nós o desejo de sermos melhores, de sermos de Deus, cheios da graça divina, enfim, o desejo de sermos parecidos com eles.

Mais que pedirmos graças pela intercessão dos santos, precisamos seguir seu bom exemplo, seu testemunho, sua santidade. Desejemos ser como aqueles que nos desejam o bem e façamos tudo para participar de sua felicidade.

Os santos movem a Igreja, transformam o mundo, cuidam dos pobres, têm compaixão dos pecadores, servem a todos. Neles a graça de Cristo é vencedora, o Evangelho se faz carne, o amor de

Deus tem seu primado e o amor fraterno chega à perfeição. Nos santos, refulge a luz do sol que é Deus. A maior aventura da vida é sermos santos, ou seja, sermos melhores do que somos. O santo não cai do céu. Ele cresce no cotidiano. É alguém extremamente humano, frágil e simples.

Por outro lado, o santo é totalmente outro, é diferente, porque se reveste de Cristo. Santidade e amor são sinônimos.

Sem o amor o Evangelho não é anunciado, a missão enfraquece, a Igreja decai, o mundo se desagrega. Nos santos o amor chega ao seu auge e por eles somos atraídos ao amor. Entre nós e os santos há um intercâmbio de bens. Eis o tesouro da Igreja, ou seja, os santos atraem todos ao Pai, colaboram com o bem da sociedade, incentivam a santidade da Igreja. Pela santidade de seus fiéis a Igreja aumenta, cresce e se desenvolve.

O santo se dedica inteiramente à glória de Deus e ao serviço ao próximo. Não há santidade sem cruz e sem o combate espiritual, caminho pelo qual o santo chega à mais perfeita humanização e à mais sublime elevação. Quanto mais se diviniza, mais humano o santo se torna.

Amemos, pois, esses nossos amigos e benfeitores. Quantas pessoas se tornaram santas lendo a vida dos santos.

Há santos que conquistaram culturas e religiões como Teresa de Calcutá, João Paulo II, Francisco de Assis, Irmã Dulce, Gandhi e tantos outros, tendo sempre presente o primado de Deus em suas vidas. A santidade está a nosso alcance, mas tem um alto preço a pagar, porque os santos contradizem as certezas comuns, combatem o que é considerado normal, têm a coragem da resistência, libertam da ditadura da moda e da arbitrariedade.

Os santos são homens e mulheres livres do mal e em constante libertação.

Para os santos, o bem, a verdade e o amor estão acima de qualquer vantagem pessoal, sucesso, aprovação, simpatia. O santo é autêntico, transparente e radical. Em um mundo que nos sufoca com bens materiais e distrações, os santos lançam o alerta do “coração ao alto” e nos convocam a agir contra tudo o que envenena nossa vida.

Santo quer dizer saudável, sadio, são. Santidade é sanidade, saúde, salvação. Eis a beleza da santidade que nos torna bons, sadios, melhores, alegres, sensíveis, portanto, verdadeiramente humanos e cristificados. A maior tristeza e frustração é a de não sermos santos.

Dom Orlando Brandes Arcebispo de Aparecida

JORNAL SANTUÁRIO NAS ONDAS DO RÁDIO O Jornal Santuário também está na Rádio Aparecida!

Toda terça-feira, às 15h25, você pode conferir a versão eletrônica de nosso jornal no programa Jornal Santuário NO AR, apresentado por André Somensari, jornalista e editor do JS. Você pode ouvi-la por meio do APP “Aparecida”, acessando a página www.a12.com/radio ou, se você for de Aparecida, Vale do Paraíba, Sul de Minas e Sul Fluminense, poderá sintonizar na frequência 104,3 FM.

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IGREJA E SOCIEDADE

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Morte ou Escatologia?

dia de Finados nos aproxima inevitavelmente da ideia da morte. Cultivamos a lembrança carinhosa de todos os falecidos, principalmente daqueles de nossas famílias, de nossa amizade, mas também das inúmeras vítimas de tragédias e violências dolorosas. Quase sempre nosso olhar volta-se mais para o passado do que para o futuro. Por isso a morte provoca em nós o sentimento de perda, por vezes até de injustiça, que só o passar do tempo consegue amenizar. São essas lembranças, cheias de saudade, que nos fazem visitar sepulturas, levar flores, acender alguma vela, participar de alguma missa de sufrágio e nos consolar uns aos outros. É interessante que quase nunca nos sentimos incluídos no processo da morte, mesmo que alguns poetas repitam que começamos a morrer quando nascemos.

Mas, nossa cultura atual está sempre exaltando a vida e esperando que a ciência a prolongue o mais possível. No entanto, por maiores que sejam os progressos da biomedicina, nenhum de nós irá escapar desse fim que nos amedronta, porque somos matéria que se desgasta e vai se corromper. Vale, então, lembrar que a fé cristã refere-se ao fim da matéria com um termo

grego, que aponta para um horizonte mais amplo do que apenas a corrupção. É o termo grego Escatologia, que nos fala do fim da existência na terra como um encontro com Jesus Ressuscitado. Quase sempre esse termo acaba restrito ao fim do mundo, que excita a fantasia de profetas e visionários, que insistem em interpretá-lo cronologicamente, ameaçando-nos com datas precisas. Os séculos foram passando e de tempos em tempos alguém marca a data fatal, que nunca se cumpre, mas ninguém acha que está sendo enganado. A Escatologia cristã, porém, refere-se ao tempo de Deus, denominado “kairós”, bem diverso de nossa cronologia terrena. A Escatologia faz parte do tempo do Reino de Deus, já chegou a sua plenitude com a vinda de Jesus e com sua Páscoa. Por isso, ela depende de um ato de fé e de esperança que projeta nossa vida para além da morte física. Se a aparência de um falecido não revela mais nenhum sinal de vida, nós o iluminamos com a imagem de Jesus Ressuscitado, em uma confiança absoluta nas promessas feitas pelo Senhor a seus discípulos. A Escatologia, independentemente de quando será o fim do mundo, é um dinamismo vital que faz parte da caminhada de cada cristão e de

cada ser humano. Crer na vida para além da morte, sem que se desfaça nossa identidade pessoal, só é possível para quem aceitou Jesus como Caminho, Verdade e Vida. Somos escatológicos, no sentido de recusar nossa destruição total ou não acreditar em uma reencarnação, que desfaz nossa consciência pessoal. Quando celebramos a Virgem Maria e todos os nossos santos, nós estamos proclamando essa fé na continuidade da vida humana. Quando oramos por nossos falecidos, renovamos nossa fé de que eles não desapareceram para sempre.

E quando proclamamos que cremos na comunhão dos santos, temos a confiança de que existe uma solidariedade entre os que já partiram e estão juntos de Jesus e todos nós, que continuamos a peregrinação de nossa existência, até que sejamos convidados a passar pela porta da eternidade.

Se os anos de nossa existência foram um constante esforço de aprender a amar, certamente, seremos convidados a nos sentar à mesa do Reino do céu, com todos aqueles que nos precederam. Eis a esperança cristã que faz da morte uma Escatologia feliz, garantida pela morte e ressurreição do Senhor.

Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R.

JORNAL

SANTUÁRIO Publicação Mensal dos Missionários Redentoristas R.: Pe. Claro Monteiro, 342 – Centro – Aparecida (SP) Cx. Postal 4 – 12.570-000 www.jornalsantuario.com.br

EXPEDIENTE Diretor editorial: Pe. Fábio Evaristo, C.Ss.R. Conselho editorial: Pe. Ferdinando Mancilio, C.Ss.R. Pe. Mauro Vilela, C.Ss.R. Editor: André Somensari (MtB 76122/SP) Revisão: Ana Lúcia de C. Leite Bruna Vieira da Silva Sofia Machado Luana Galvão Projeto Gráfico: Rafael Domiciano Diagramação: Bruno Olivoto Comercial: 0800 16 0004 Tiragem: 12.000 Exemplares

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DIÁLOGOS

Jornal Santuário • Novembro de 2019

EDITORA SANTUÁRIO

“C

asamento”, segundo o Direito Civil, é a união voluntária entre duas pessoas que desejam constituir uma família, formando um vínculo conjugal.

No Brasil, quando o assunto é casamento, os dados são assustadores.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 2016 e 2017, caiu 2,3% o número de casamentos, enquanto o número de divórcios aumentou 8,3%. Nunca os casais tiveram tanto problema de relacionamento no matrimônio como nos dias atuais! Nesse contexto, como evitar que o casamento se desgaste ou que um casal se divorcie?

Quais são os caminhos para se ter um casamento duradouro?

Pensando nessas questões, os autores Silvia Corrêa Petroucic e André Ivan Petroucic Filho lançam pela Editora Santuário o livro “Casamento hoje: caminhos para entender, fortalecer e harmonizar o relacionamento conjugal”. André e Silvia são marido e mulher, casados há 50 anos.

A equipe do JS conversou com os autores, que deram mais detalhes sobre a obra em questão.

Qual foi a motivação de vocês para escreverem o livro “Casamento hoje”?

Silvia Corrêa – A motivação surgiu quando eu e o André, meu marido, fomos convidados por nosso amigo, padre Eli Lobato dos Santos, da cidade de Barretos (SP), para auxiliá-lo junto aos casais que ele atendia na paróquia dele, buscando ajuda para melhorarem o casamento, pois estavam com problemas de relacionamento. Por eu ser psicóloga e o André psiquiatra, o padre achou que nossa formação acadêmica, além da nossa experiência de 45 anos de casamento, na época, pudesse ajudar os casais da paróquia. Acompanhamos esses casais em reuniões semanais durante três anos, e nesses encontros, além da terapia, preparávamos um ma-

terial didático para entregar aos casais, com alguns textos para leitura. Ao final desses três anos, vimos que tínhamos produzido um vasto material, e que, se aquele conteúdo todo fosse organizado e adaptado, poderia render um livro que poderia ajudar diversos casais.

Reprodução

Livro apresenta caminhos para harmonização do relacionamento conjugal

No livro, vocês afirmam que o casamento possui cinco fases: Encantamento, Desencanto, Elaboração, Reintegração e Arremate. Expliquem-nos, em linhas gerais, o que significa cada uma dessas fases.

André Ivan – 1ª fase, o Encantamento. É a fase da paixão, na qual só se enxergam as qualidades do(a) parceiro(a).

Essa fase dura de 7 meses a 2 anos. Aí vem a 2ª fase, o Desencantamento.

Quando a 1ª fase acaba, a pessoa começa a ver os defeitos do(a) parceiro(a). É uma das fases mais difíceis do casamento, em que muitas vezes o casamento se desfaz. Nessas duas fases um olha muito para o outro. E vem a 3ª fase, a Elaboração. Aqui o casal começa a ver o mundo externo e elaborar a convivência. Começa a olhar em conjunto o trabalho, as crianças, o futuro, o lazer e os outros membros de cada família. É uma fase bem mais longa que as duas primeiras. A 4ª fase é a Reintegração. Nela, os filhos já estão criados, o trabalho realizado, o casal já mostrou ao mundo a que veio.

Aí os cônjuges podem voltar a olhar um para o outro. Depois vem a 5ª fase, que é o Arremate. É quando, por morte de um deles, o sobrevivente, tem que elaborar o que restou do casamento. Essa fase pode acontecer precocemente, também, por conta de um divórcio. Aí ambos terão que elaborar a ruptura, o que quase nunca é fácil. É muito importante o conhecimento dessas fases, porque quando acaba uma fase, a pessoa pode achar, acreditar, que acabaram o amor e o casamento, e não que será o início de uma nova fase, e uma

Capa do livro “Casamento hoje: caminhos para entender, fortalecer e harmonizar o relacionamento conjugal”

vez que a pessoa sabe da existência das fases, pode “casar” com o(a) mesmo(a) parceiro(a) quatro vezes.

Na opinião de vocês, por que nos últimos tempos tantos casais estão se separando, muitos deles sem possibilidade alguma de reconciliação? Qual a causa de tantos pedidos de divórcio? O que pode ser feito para restaurar o casamento?

Silvia Corrêa – No final do século passado, no mundo contemporâneo, surgiu a era digital, tudo se tornou muito imediato: a comunicação, a transmissão de conhecimento. E não temos muita noção do quanto isso foi um dos grandes gatilhos para uma mudança de mentalidade no mundo. Com isso, o treino de resiliência está prejudicado. Resiliência é a capacidade de resistir às frustações para atingir metas e objetivos. Podemos constatar isso na educação das crianças. Hoje, não se conserta mais brinquedos. Quebrou? Joga fora! Um eletrodoméstico quebrou? Joga fora! É a cultura do descartável. Acrescido a isso, até o jeito de cozinhar e servir uma

comida está muito rápido, não há mais o tempo de espera para uma comida ficar pronta. Tudo está muito acelerado. Os pais hoje têm um lema: “Vou dar tudo aos meus filhos que não tive”, não dando valor ao que tiveram, que foram o carinho, a atenção dos pais, a transmissão de valores etc. Entre os casais, por qualquer motivo, tudo está sendo descartável. Eles próprios estão se descartando, e, quando, às vezes, um dos cônjuges se arrepende dessa atitude já é tarde. Há também outros conflitos, que é o do instinto de conservação da vida, uma das coisas que nos mantém vivos e fortes, e o da espécie. Com um mundo superpovoado, o instinto de conservação da vida individual está ganhando cada vez mais força. Nós estamos nos tornando mais egocêntricos. Os casais estão tendo um filho só e, em muitos casos, nenhum; estão se formando casais entre pessoas do mesmo sexo, tudo isso em função desse conflito. E o que pode ser feito? A missão nossa, com este livro, é despertar uma maior conscientização sobre essa questão.

No livro apresentamos diversos conceitos, pontuando o que as pessoas não podem deixar de saber, como as ordens do amor, a linguagem do amor, as diferenças entre homem e mulher, em uma visão antropológica, dos cônjuges terem papéis de cooperação (ambos fazem tudo), em vez de terem papéis complementares (cada um faz uma coisa), as fases do casamento, entre outros assuntos importantes, pois não devemos andar às escuras sobre esse assunto (casamento). Tudo deve ser clareado!

Adquira o livro “Casamento hoje: caminhos para entender, fortalecer e harmonizar o relacionamento conjugal” pela loja virtual (e-commerce) da Editora Santuário, acessando www.editorasantuario.com.br, pelo telefone 0800 16 0004 ou nas unidades físicas da Livraria Santuário.

André Somensari

IGREJA

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Jornal Santuário • Novembro de 2019

ANJO BOM DA BAHIA

Primeiro Milagre O primeiro milagre ocorreu na cidade de Itabaiana, em Sergipe, quando, após dar à luz seu segundo filho, Gabriel, em 11 de janeiro de 2001, Claudia Cristina dos Santos sofreu uma forte hemorragia, durante 18 horas, tendo sido submetida a três cirurgias na Maternidade São José.

Diante da gravidade do quadro, o obstetra Antônio Cardoso avisou a família de que apenas “uma ajuda divina” poderia salvar a vida de Cláudia. Em desespero, a família da miraculada chamou o padre José Almí para ministrar a unção dos enfermos. O padre, no entanto, decidiu fazer uma corrente de oração, pedindo a intercessão de Irmã Dulce, e deu a Cláudia uma pequena relíquia da Bem-Aventurada. A hemorragia cessou

A primeira missa celebrada no Brasil em honra a Santa Dulce dos Pobres foi celebrada no dia 20 de outubro, em Salvador (BA)

subitamente. O caso de Cláudia foi analisado por dez peritos médicos brasileiros e seis italianos. Segundo o médico Sandro Barral, um dos integrantes da comissão científica que analisou o milagre, “ninguém conseguiu explicar o porquê daquela melhora, de forma tão rápida, em uma condição tão adversa”. O milagre passou por três etapas de avaliação: uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício, tendo sua autenticidade reconhecida de forma unânime em todos os estágios.

Já no dia 10 de dezembro de 2010, o Papa Bento XVI autorizou a promulgação do decreto do primeiro milagre.

Irmã Dulce foi então beatificada no dia 22 de maio de 2011, em cerimônia realizada no Parque de Exposições de Salvador, reunindo mais de 70 mil pessoas.

Na ocasião, a freira baiana foi coroada como a primeira beata nascida na Bahia e passou a se chamar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica. Faltava apenas a validação de um segundo milagre para que a religiosa fosse então canonizada.

Segundo Milagre A pessoa agraciada com o segundo milagre da Mãe dos Pobres foi José Maurício Moreira. Natural de Salvador, Maurício, aos 22 anos, teve o diagnóstico de um glaucoma muito sério, descoberto tardiamente e já em estado avançado. O tratamento, que durou dez anos, não foi suficiente para im-

Mariana Joffre/A12

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Brasil tem sua primeira santa nascida no país! Trata-se de Santa Dulce dos Pobres. Popularmente conhecida como “Irmã Dulce, o anjo bom da Bahia”, foi canonizada em cerimônia, presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, no dia 13 de outubro deste ano, Irmã Dulce, cujo nome de batismo é Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, ficou conhecida por suas obras assistenciais. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, ela nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914.

Faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, em Salvador. A Associação Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), fundada nos anos 1950 pela religiosa na capital baiana, atualmente é um dos maiores complexos de saúde 100% gratuito do Brasil, com 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais, por ano, a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), entre idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pacientes sociais, crianças e adolescentes em situação de risco social, dependentes de substâncias psicoativas e pessoas em situação de rua.

Para o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo S. Krieger, a santidade de Irmã Dulce confirma que é possível ser santo nos dias atuais: “Irmã Dulce foi em nossa frente para dizer: a santidade em nossa época é possível; a santidade em nossa época não é algo irrealizável, não é para um grupinho de pessoas privilegiadas: é para todos. E ela veio nos mostrar isso amando a Jesus, servido a Jesus nos pobres. É possível sermos santos!”.

A causa da Canonização de Irmã Dulce foi iniciada em janeiro de 2000.

Em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heroicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à religiosa. O título é o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heroico, as virtudes cristãs da fé, esperança e caridade.

Reprodução

Primeira santa brasileira, Santa Dulce dos Pobres é canonizada

pedir que o nervo ótico – responsável pela comunicação com o cérebro – fosse destruído. Desse modo, na virada do ano de 1999 para 2000, ele ficou totalmente cego de ambos os olhos e assim permaneceu por mais de 14 anos. Em 2014, já morando em Recife, Maurício teve uma conjuntivite muito grave e sofrendo com fortes dores, pegou a imagem de Irmã Dulce que pertencera a sua mãe, colocou-a sobre os olhos e, com muita fé, fez uma oração pedindo a intercessão do Anjo Bom para que aliviasse as dores da conjuntivite. “Ao acordar, comecei a ver minha mão. Entendi que Irmã Dulce tinha operado um milagre. Ela me deu muito mais do que eu pedi: eu voltei a enxergar”.

O segundo milagre validado pelo Vaticano passou por três etapas de avaliação: uma reunião com peritos médicos (que deram o aval científico), com teólogos, e, finalmente, a aprovação final do colégio cardinalício, tendo sua autenticida-

de reconhecida de forma unânime em todos os estágios. Uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter preternatural (não explicado pela ciência). O processo de Canonização de Irmã Dulce é o terceiro mais rápido da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa).

Missa em Salvador A primeira missa celebrada no Brasil em honra a Santa Dulce dos Pobres foi celebrada no dia 20 de outubro às 17h, no Estádio Arena Fonte Nova, na capital baiana.

Da Redação

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SOCIEDADE EM FOCO

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EDUCAÇÃO

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os dias 3 e 10 deste mês, em 1.727 municípios brasileiros, mais de 5,1 milhões de estudantes participarão do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2019. Criado em 1998, o exame tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar alunos que estão concluindo ou que já concluíram o Ensino Médio em anos anteriores.

O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame, complementando ou substituindo o vestibular, como critério de seleção para o ingresso no ensino superior.

Durante todo o ano, milhares de estudantes brasileiros se preparam para esse exame, que pode abrir as portas para a tão sonhada vaga na universidade. Muitos, diariamente, dedicam boa parte do dia para estudar, por conta própria ou frequentando cursinhos e aulas particulares.

“A maior dificuldade que os candidatos enfrentam é a de conseguir manter o ritmo de estudos ao longo do ano. Por mais que o conteúdo exi-

Reprodução/ENEM

Enem 2019 mobiliza mais de 5 milhões de estudantes pelo país DICAS PARA UMA BOA REDAÇÃO • • • • •

Durante todo o ano, milhares de estudantes brasileiros se preparam para esse exame, que pode abrir as portas para a tão sonhada vaga na universidade

gido na prova seja específico do ensino médio, é necessário que haja uma preparação diária e densa, durante meses, para que toda a matéria de estudo seja assimilada de forma que o candidato consiga, no dia, ter um bom desempenho”, afirma Sofia Machado, revisora e professora de redação.

Um dos pontos mais importantes do ENEM, e que gera mais preocupação entre os estudantes, é a redação, aplicada no primeiro dia do ENEM. Sofia comenta sobre os erros mais recorrentes dos alunos ao redigirem suas redações.

Crie um projeto de texto Adquira repertório sociocultural Seja objetivo Faça rascunho Lembre-se: na proposta de intervenção é necessário que haja o agente, a ação, o modo/meio, o efeito e o detalhamento de algum desses itens anteriores.

“O maior problema, e que pode levar à nota zero, é a fuga ou tangenciamento do tema. Também são encontrados nas redações o emprego de frases ambíguas, a falta de coesão textual, a escrita em primeira pessoa do singular, a imprecisão vocabular, o uso da linguagem informal e também textos que fogem da tipologia estabelecida pelo ENEM, que é dissertativo-argumentativa”, enfatiza a professora.

Para auxiliar os estudantes no ENEM, Sofia elenca algumas dicas fundamentais para fazer uma boa redação, visando à sonhada nota máxima no Exame (box acima).

A nota da redação pode ser decisiva para o ingresso do estudante na insti-

tuição de ensino superior desejada por ele. Em algumas, tanto públicas quanto privadas, a nota da redação do Enem também é usada como um critério de desempate para definir a colocação de cada candidato ou distribuir bolsas de estudo. Um agravante, caso o aluno zere a nota na redação do ENEM, é que isso pode excluir o estudante de participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), programas de bolsas de estudo do Governo Federal.

André Somensari ENEM 2019 Aplicação das Provas: dias 3 e 10 de novembro (domingo), com fechamento dos portões às 13h e início das provas às 13h30.

Primeiro dia: prova composta por 45 questões de Linguagens e Códigos, 45 de Ciências Humanas e Redação.

Segundo dia: prova com 45 perguntas de Ciências da Natureza e 45 de Matemática.

Divulgação do Gabarito Oficial: 13/11.

Divulgação do Resultado: Estimado para Janeiro/2020.

SANTUÁRIO EM NOTÍCIA

Jornal Santuário • Novembro de 2019

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TURISMO

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evotos e moradores de Aparecida e região agora contam com um novo espaço de compras e lazer na capital mariana da fé. Trata-se da Galeria Recreio, centro comercial que conta com 7.530m² de área construída, divididos em quatro andares, com 80 lojas, praça de alimentação, wi-fi gratuito, caixas eletrônicos, banheiros modernos, elevadores e escada rolante, tudo em um ambiente seguro, climatizado e totalmente voltado para a acessibilidade.

A Galeria fica no centro de Aparecida, podendo ser acessada tanto pela Praça Nossa Senhora Aparecida, ao lado da Basílica Velha, quanto pela Passarela da Fé, que liga a Basílica ao Santuário Nacional.

“Nós quisemos proporcionar à cidade de Aparecida e aos romeiros um local adequado para que eles possam fazer suas compras, levar sua lembrança de Aparecida, mas também um local em que se sintam em casa, bem acolhidos, isso representa um passo muito significativo na história, ou seja, inaugurar esse espaço quando comemoramos os 125 anos da chegada dos Redentoristas a Aparecida. Nós queremos que a Galeria Recreio represente para a cidade e aos romeiros um espaço de encontro, de divertimento, tudo aquilo que enaltece a pessoa humana em seu relacionamento, mantendo nosso lema: ‘Acolher

Wilson Silvaston/Galeria Recreio

Galeria Recreio é inaugurada em Aparecida

Localizada na Praça Nossa Senhora Aparecida, no Centro Velho da cidade, a Galeria passou por obras de modernização e infraestrutura, com o objetivo de melhorar a receptividade dos milhares de devotos que todos os dias passam pelo local

bem também é evangelizar’”, afirma padre Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R., missionário redentorista e superior provincial dos Redentoristas de São Paulo.

História O prédio que abriga hoje a Galeria Recreio foi inaugurado no final do século 19, sendo adquirido pelos Redentoristas em 1902. Foi, por alguns anos, seminário, o “Juvenato Santo Afonso”.

Na década de 50, o prédio foi reformado e transformou-se no Hotel Recreio, e por muitos anos abrigou milhares de romeiros que visitaram a casa da Mãe Aparecida. Nos últimos 22 meses, o prédio foi totalmente reforma-

do e modernizado para poder abrigar a Galeria, mas sua arquitetura original foi mantida, aliando a tradição com a modernidade.

O superior provincial ressalta a importância do prédio para a história de Aparecida e para os Redentoristas.

“Desde o início da história dos Redentoristas em Aparecida, este prédio foi o segundo espaço dedicado ao seminário. E sempre tivemos um carinho por este local, que é muito privilegiado (geograficamente), pois está na convergência entre as duas basílicas (Basílica Velha e Santuário Nacional) e que está agora todo revitalizado, tornando-se ainda mais valioso, não só pelo

imóvel em si, mas por tudo aquilo que ele representa no atendimento aos romeiros”, disse padre Marlos.

Atendimento A Galeria Recreio é passagem obrigatória para quem utiliza a Passarela da Fé, que liga a Basílica Velha ao Santuário Nacional. Ela está aberta diariamente, das 6 às 22h. De segunda a sexta-feira, tanto as lojas quanto a praça de alimentação abrem a partir das 8h.

Já aos sábados, domingos e feriados, as lojas abrem a partir das 7h e a praça de alimentação a partir das 6h.

André Somensari

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ACONTECE EM APARECIDA

Jornal Santuário • Novembro de 2019

CAPITAL DA FÉ

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ovembro na Casa da Mãe Aparecida é marcado pelo grande movimento de devotos que visitam o Santuário Nacional, em especial no dia 15, feriado nacional da Proclamação da República. Este ano, o feriado será na sexta-feira, garantindo grande movimentação de romeiros em todo o fim de semana. É mês também em que grandes e tradicionais romarias visitam a Padroeira. Confira as principais romarias e eventos do mês no Santuário Nacional: ROMARIAS 1/11 (sexta-feira) – Congregação Filhas de São Camilo.

2/11 (sábado) – Leigos Redentoristas.

8/11 (sexta-feira) – Romaria das Comunidades Negras.

9/11 (sábado) – Comunidades Negras, Irmãs de Schoenstatt, Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Presidente Prudente-SP), Mosteiro São Bento (Rio de Janeiro-RJ) e Santuário São Judas Tadeu (Belo Horizonte-MG).

10/11 (domingo) – Romaria da Confederação Nacional das Congregações Marianas do Brasil, Formandos

Thiago Leon/Santuário Nacional

Confira a agenda de romarias e eventos do mês no Santuário Nacional

do Magistério do Colégio Providência (Mariana-MG) e Jipeiros (Sumaré-SP).

15/11 (sexta-feira) – Presença dos padres, irmãos e leigos Joseleitos na missa das 9h, que será presidida por dom Sérgio da Rocha, cardeal arcebispo de Brasília-DF, e Romaria de Jipeiros “Caminhos de Aparecida” (Campinas-SP).

16/11 (sábado) – 12ª Peregrinação dos Militares Brasileiros, Paróquia São Sebastião e Sagrado Coração de Jesus (Franca-SP) e Paróquia Santa Rosa de Lima (Braço do Norte-SC).

17/11 (domingo) – 32ª Romaria Nacional do Movimento Serra do Brasil e

Romaria da Paróquia São Sebastião e Sagrado Coração de Jesus (Franca-SP).

23/11 (sábado) – Romaria do Clero da Diocese de Limeira (SP) e Romaria da Colônia Italiana.

24/11 (domingo) – Romaria dos Coordenadores e Auxiliares de Missões Redentoristas e Romaria da Colônia Italiana.

29/11 (sexta-feira) – Paróquia Cristo Operário (Belo Horizonte-MG).

30/11 (sábado) – Paróquia São Pio X (Juiz de Fora-MG), 4ª Romaria Nacional do Transporte Escolar, da Custódia Provincial Imaculada Conceição e Paróquia Nossa Senhora das Graças.

EVENTOS 23/11 (sábado) Ordenação Presbiteral da Arquidiocese de Aparecida Missa às 18h no Altar Central do Santuário Nacional Celebração na qual serão ordenados presbíteros pela imposição das mãos e oração Consecratória de Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, os diáconos Douglas Henrique dos Santos Leite, Fabiano de Almeida Castro e Thiago Henrique da Silva Guimarães de Freitas 28/11 (quinta-feira) Café Mariológico Às 19h no Auditório Noé Sotilo (subsolo do Santuário Nacional) Tema: “O cotidiando de Maria – como vivia Maria na realidade judaica” Presença dos mariólogos Profª Márcia Miné e Pe. Ramon Ramos Animação e moderação: Pe. Joãozinho, scj André Somensari

Horários do Santuário Nacional de Aparecida MISSAS

Segunda a sexta: 6h45 / 9h (TV) / 10h30 / 12h / 16h / 18h Sábado: 6h30 / 9h (TV) / 10h30 / 12h / 16h / 18h (TV) / 20h Domingo: 5h30 / 8h (TV) / 10h / 12h / 14h / 16h / 18h (TV)

BÊNÇÃOS PARA IMAGENS E OUTROS OBJETOS

Ao final de todas as missas

CONFISSÕES

Segunda a sexta: das 8h às 11h / das 14h às 16h Sábado: das 6h30 às 11h / das 13h às 16h45 Domingo: das 6h30 às 11h / 13h às 16h

BATIZADOS

Segunda a sexta: 10h30 e 15h Sábado: 9h / 10h / 11h / 14h / 15h Domingo: 8h / 9h / 10h / 11h / 14h / 15h

PIEDADE POPULAR

Consagração: Segunda a sexta, às 11h45 (TV) Segunda a sábado, às 15h (RA) Hora Mariana (Terço): Segunda a sábado, às 14h Novena Perpétua: Quarta, às 15h15 e às 19h30 Procissão Eucarística: Quinta, às 10h Procissão Mariana: Sábado, às 19h, e domingo, às 6h30

MISSAS NA MATRIZ - BASÍLICA VELHA Segunda, terça, quarta e quinta: 8h e 18h (TV) Sexta: 8h, 18h (TV) e 19h30 Sábado e Domingo: 9h, 15h, 19h Bênçãos e Acolhida das Romarias: diariamente das 8 às 11h e das 14 às 17h

ENCONTROS ESPECIAIS

Coordenadores de Romarias: Sábado, às 10h / Domingo, às 8h Local: Salão Três Pescadores, no subsolo do Santuário

MEMORIAL REDENTORISTA Visite o Memorial e o túmulo do Servo de Deus, Pe. Vítor Coelho, ao lado da Matriz Basílica.

Segunda a Sexta-feira: 8h às 11h20/ 13h30 às 16h50 Sábado, Domingo e feriado: 8h às 16h50

DESTAQUES

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12 OUTUBRO

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de outubro. O povo brasileiro, vindo de diversas regiões do país, encontra-se no Santuário Nacional de Aparecida (SP), para celebrar o dia da Padroeira do Brasil. Visitaram a Casa da Mãe, nesse dia, 162 mil devotos, em uma linda festa, que teve início às 5h, com a primeira das seis missas em honra a Nossa Senhora Aparecida celebradas no dia.

A missa das 7h foi dedicada às crianças, que comemoram seu dia juntamente com o dia da Padroeira do Brasil. Na missa solene das 9h, a principal do dia, os devotos lotaram até os corredores do Santuário para acompanharem a celebração, que foi presidida pelo arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes. Durante a tarde ocorreram celebrações às 13h, 16h, além da tradicional “Consagração a Nossa Senhora Aparecida”, às 15h, no Altar Central.

“O romeiro vem ao longo de todo ano celebrar sua devoção a Nossa Senhora, mas sem dúvida nenhuma, o período da Novena e Festa é muito especial. É um período em que as pessoas, com muita alegria se reúnem ao redor do altar da Basílica de Aparecida, para celebrar a beleza da devoção e do amor a Nossa Senhora Aparecida”, salientou o reitor do Santuário, padre Eduardo Catalfo.

No início da noite, uma procissão solene percorreu as ruas da cidade de Aparecida com a imagem de Nossa Senhora. A caminhada percorreu pouco mais de um quilômetro e meio, saindo da Basílica Velha em direção à Tribuna Papa Bento XVI, na área da Basílica Nova.

Com a chegada da procissão ao Santuário Nacional, teve início a última missa do dia, às 20h, no Altar Central da Basílica. Um show pirotécnico de fogos de artifício encerrou as comemorações do Dia da Padroeira, colorindo o céu da “Capital da Fé do Brasil”.

Para padre Catalfo, que viveu sua primeira Novena e Festa da Padroeira do Brasil como reitor, o aprendizado que fica é o de “Deixar-se ajudar”.

“Eu aguardava com muito carinho e com muita alegria a festa de Nossa Senhora. A gente sempre diz que a Festa é aquilo que marca, de fato, nosso rito de iniciação como reitor do Santuário, por isso, o que eu tenho que dizer é muito obrigado a todas as pessoas.

Sem a ajuda dos nossos colaboradores do Santuário, da Rede Aparecida de Comunicação e a presença dos nossos devotos, seria impossível fazer uma festa bonita. Sou muito agradecido”,

Thiago Leon/Santuário Nacional

Mais de 160 mil devotos festejam o dia da Padroeira no Santuário Nacional

Durante a Festa da Padroeira do Brasil, mais de 162 mil devotos visitaram a Casa da Mãe Aparecida

disse. Finalizou, afirmando: “São os romeiros, os devotos de nossa Senhora Aparecida que fazem a beleza da Festa”, disse.

Novena Antecedendo a tão esperada Festa da Padroeira, de 3 a 11 de outubro, o Santuário Nacional realizou a Novena, grande evento preparatório para a festa do dia 12. Em sua 20ª edição, com o tema: “Com Maria, escolhidos e enviados em missão”, a Novena levou os devotos a refletirem sobre a missionariedade e os desafios do povo da Amazônia, inspirados no Sínodo dos Bispos, que também aconteceu durante o mês de outubro no Vaticano, trazendo discussões acerca do tema “Amazônia – novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Padre Eduardo destaca que o próprio tema da Festa “Com Maria: escolhidos e enviados em Missão”, chama atenção para a necessidade de resgatar a vocação missionária de todo cristão. “A tradição de fé da Igreja ensina que a primeira e a mais importante

consagração que nós fazemos é por meio do batismo. E eu não tenho dúvidas de que a lição mais importante da Novena e Festa é reforçar em nós o sentido mais profundo de nossa vocação de cristãos. Nosso batismo deve de fato orientar nosso seguimento de Jesus, nosso amor a Nossa Senhora”, explicou.

Presidente Durante a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12, o Santuário Nacional recebeu a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro. Foi a primeira vez que um presidente da República participou dos festejos de 12 de outubro em Aparecida (SP).

Bolsonaro participou da Santa Missa das 16h, presidida pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e foi convidado a proclamar a Primeira Leitura.

TV Aparecida Se a Novena e Festa da Padroeira 2019 foi um sucesso de público no Santuário, foi também sucesso de au-

diência na Rede Aparecida de Comunicação, que contou com a cobertura da Rádio Aparecida, TV Aparecida e Portal A12.com, levando todos os momentos desta grande festa para milhões de lares no Brasil e no mundo, com destaque para a TV Aparecida, que durante a transmissão AO VIVO da Novena Solene (3 a 11/10) figurou sempre entre os 7 primeiros lugares na audiência da Grande São Paulo, segundo o Kantar Ibope Media. No dia 12, a transmissão AO VIVO da Missa das Crianças (7h) e da Missa Solene (9h), além da transmissão do Especial “Caminho da Fé”, dos filmes “Aparecida, o Milagre” e “Maria, mãe do Filho de Deus”, rendeu à TV Aparecida o 4º lugar no ranking das emissoras abertas, na praça Grande São Paulo, consolidando-a, cada vez mais, como uma das emissoras de TV aberta mais assistidas do país, com programação que alia fé, evangelização e conteúdo de qualidade para toda a família.

Da Redação, com Santuário Nacional

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DESTAQUES

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JUBILEU

Reprodução/Redentoristas

Thiago Leon/Santuário Nacional

Redentoristas de SP celebram 125 anos de missão em Aparecida e 75 de Província

P

ara a Congregação do Santíssimo Redentor (Redentoristas), Província de São Paulo, outubro foi o mês de grandes festividades. Além da Festa da Padroeira do Brasil, os redentoristas celebraram também um duplo jubileu: o primeiro, dos 125 anos de missão em Aparecida (SP), e o segundo, dos 75 anos de fundação da província paulista.

Para essa dupla celebração foi realizado um tríduo, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, em Aparecida, e a programação se deu na maior parte do tempo no Seminário Santo Afonso, onde ficaram congregados confrades redentoristas de todo o estado de São Paulo.

Dentre os eventos do tríduo, destaque para a missa de ação de graças pelos 125 anos, que foi celebrada no Santuário Nacional, no dia 18, às 18h, pelo arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, e concelebrada pelo Governo Provincial e missionários de todas as comunidades religiosas. Entre eles, foi destaque a presença do padre Rogério Gomes, conselheiro geral da Congregação, e padre Gianni Congiú, superior da Casa Geral de Roma, que veio representando a Conferência Redentorista da Europa “(Os jubileus) foram uma oportunidade de nós realizarmos uma ação dinâmica. Nós olhamos para trás com gratidão, vendo os favores e as graças de Deus, com que nossa história foi acompanhada ao longo desses 125 anos. Nós olhamos para o presente com alegria, sabendo e percebendo justamente essa presença eficaz e a proeminência da Congregação no contexto da Igreja no Brasil e fora do país, pois hoje o Santuário Nacional de Aparecida é conhecido internacionalmente. É uma oportunidade também de renovarmos nossos compromissos missionários. Na missa de ação de graças, que celebramos no dia 18, dom Orlando

Brandes foi muito feliz, quando disse que: ‘Os Redentoristas precisam ser expressão da Copiosa Redenção’; penso que essa expressão sintetiza todo o nosso propósito, de continuar sendo essa expressão do Cristo Redentor para as pessoas, é isso que nos move”, afirma padre Inácio Medeiros, C.Ss.R., missionário redentorista e coordenador da comissão extraordinária para o Jubileu.

História Na noite do dia 28 de outubro de 1894, uma grande multidão de pessoas aguardava ansiosa, na estação ferroviária de Aparecida, os padres e irmãos redentoristas vindos da Alemanha, que chegaram ao Brasil para trabalhar no Santuário Arquiepiscopal de Aparecida.

Por volta das 22 horas, o trem chegou à estação, a banda de música começou a tocar e o povo alegrou-se com o desembarque dos missionários. Foram saudados calorosamente pela multidão.

Faziam parte desse grupo os padres Lourenço Gahr e José Wendl e os irmãos Estanislau, Rafael e Simão. Acompanhou esse grupo ainda os padres Gebardo Wiggermann, superior da Missão, padre João Batista Spaet, que posteriormente foram para Goiás, e o padre Claro Monteiro do Amaral, então vigário do Santuário Arquiepiscopal de Aparecida.

Após serem recebidos na estação, foram conduzidos até a casa do tesoureiro do Santuário, o senhor João Maria de Oliveira César, e acompanhados pela multidão, para o jantar. Depois, foram a duas pequenas casas ao lado do santuário, adaptadas para servir provisoriamente de Convento.

No outro dia, pela manhã, os missionários recém-chegados conheceram o santuário e a imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida, para

Thiago Leon/Santuário Nacional

(À esquerda) Primeira turma de redentoristas alemães que chegaram a Aparecida, em 1894. (À direita) Missionários Redentoristas da Província de São Paulo participantes da missa em ação de graças pelos 125 anos de missão em Aparecida e 75 da Província de São Paulo

a qual acorriam tantas pessoas. Ao adentrarem o Santuário, foram tomados de grande alegria e emoção, pois a pequena imagem de Nossa Senhora lembrava muito a Virgem negra de Altötting e seu santuário, onde vários dos velhos missionários tinham trabalhado.

Depois de conhecer o Santuário, celebraram a primeira missa e rezaram aos pés da pequenina imagem, pedindo-lhe que abençoasse a nova missão.

Nos dias e anos seguintes, mesmo sem dominarem o português, começaram as atividades no Santuário: celebração das missas, atendimento de confissões, celebração dos sacramentos, entre outras. Em pouco tempo, já mais acostumados ao jeito dos brasileiros, foram aprendendo a língua, passaram a ser chamados de “missionários de capela”, missionários de Aparecida, queridos pelos aparecidenses e romeiros que vinham ao Santuário.

Nestes anos todos, os Redentoristas fizeram do Santuário de Aparecida um lugar privilegiado de evangelização, de devoção e de fé. Criaram uma forte li-

gação e identificação com o Santuário e com devoção à Mãe Aparecida.

Província de São Paulo Graças ao arrojo, pioneirismo e à coragem dos primeiros bávaros alemães, das turmas que vieram nos anos seguintes, e à continuidade, conseguida pelas gerações de brasileiros que os sucederam, a missão cresceu, organizou-se tanto que, no dia 15 de outubro de 1944, 50 anos após a chegada dos santos pioneiros, foi instalada a Província de São Paulo, como uma unidade autônoma.

A correspondência oficial mostra como se deu todo o processo de criação da Província de São Paulo e os motivos que levaram a essa decisão.

Hoje, a província é contada entre as maiores e mais fortes unidades da congregação em todo o mundo. Dela, originaram-se as Províncias de Porto Alegre-RS, e Goiás, além do apoio que sempre foi dado às demais unidades que nasceram no Brasil.

André Somensari, com Redentoristas

BEM-ESTAR

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VIVER BEM

o termo não caracteriza uma fraqueza e sim um instinto de sobrevivência. Logo, da mesma forma que somos capazes de identificar situações em que podemos insistir mais em algo, também somos capazes de reconhecer que insistir, em certas situações, somente nos fará mal. Então, lembremo-nos sempre de avaliar a situação e não ceder ao primeiro impulso de desistir.

Bom, dito isso, gostaria de explicar um pouco melhor o motivo de uma postagem tão simples ter ficado em minha mente de forma tão marcante: nós sempre podemos mais do que pensamos que podemos. É bem simples, na verdade. Mas ainda assim, às vezes, parece que algo precisa nos lembrar de que nossa capacidade vai além daquilo que acreditamos ser nosso limite. Porque limites – esses nossos que estabelecemos – não existem para ser fixos e imutáveis. Eles existem para que possamos alcançá-los e superá-los. Para que estabeleçamos outros, e outros, e outros... Para que nos olhemos no espelho com orgulho, com cada vez mais determinação, e

SAÚDE

N

o dia 25 deste mês, comemora-se o Dia Nacional do Doador de Sangue. A data tem por objetivo sensibilizar a população para a importância da doação.

O mês de novembro foi escolhido por preceder um período de estoques baixos. A proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano, Carnaval e outros períodos de feriados prolongados torna esse dia especialmente importante para nos lembrarmos desse ato solidário de fazermos a doação de sangue, promovendo-o, independentemente de conhecermos ou não pacientes que necessitam de transfusão.

Doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou hemocentro, para uso subsequente em transfusões de sangue. O sangue doado é utilizado em pessoas com doenças hematológicas variadas e câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte e em emergências.

O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte de nosso corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação.

Não existe nada que substitua o sangue. A quantidade de sangue retirada

Caiene Cassoli Autora do livro “O poder de mudar hábitos” Editora Ideias e Letras

Reprodução

A importância de ser um doador de sangue

pensemos: “Eu sou mesmo uma pessoa incrível, eu consegui”.

Por que nossa mente é tão importante nisso tudo? Por que ela determina os próximos passos. Quando chegamos ao que pensamos ser o limite, é nossa mente que nos dá o comando de descansar ou seguir em frente. Quando estamos com o corpo cansado, por termos feito alguma atividade física, por exemplo, tendemos a ouvir nossos pensamentos dizendo que não aguentamos mais. Mas nosso corpo não terá desabado ao chão; ele ainda estará de pé, esperando decidirmos o que fazer (isso se tratar de uma situação corriqueira e sem riscos à saúde, é

claro). Logo, talvez, consigamos aguentar mais tempo. O que eu quero dizer é que vale a pena nos descobrirmos.

Nós somos muito mais fortes e capazes do que parece. Nosso corpo é tão frágil quanto é forte. É um grande paradoxo, na verdade. E isso faz de nós os responsáveis por escolher em qual categoria queremos estar. Não estamos classificados como decisão do universo, temos a força e o poder que acreditamos que temos. Isso vale para tudo em nossa vida. Tudo que disseram a nós ser difícil, talvez não seja impossível de realizar.

Só precisamos aprender a usar nossa mente a nosso favor. E como eu disse anteriormente, o instinto também entra em atuação, mas se o instinto de sobrevivência não tivesse sido superado em algum momento da existência do ser humano, ainda estaríamos morando em “cavernas”, com medo dos seres viventes do outro lado da grande pedra.

Reprodução

L

i, em algum lugar, provavelmente em uma de minhas redes sociais, uma postagem que dizia que a primeira parte de nós a desistir é nossa mente. E como penso muito sobre esse assunto, estou com ele na cabeça até agora, principalmente, porque faz todo o sentido.

Nossa mente é poderosa e conseguimos treiná-la para que ela nos favoreça em praticamente tudo. Digo, por experiência, que esse treinamento não é fácil, mas tentar é viável, sim.

Não vou dizer que se trata de fraqueza, que somos fracos quando nossa mente nos induz a tentar alternativas mais fáceis. Creio que seja próprio de nosso instinto procurar as saídas menos dolorosas, afinal, nós, enquanto seres vivos – já que animais tendem a fazer o mesmo –, agimos pela sobrevivência. Desde o Éden evoluímos e ainda estamos aqui, pois esse mesmo instinto, essa mesma mente racional nos mantiveram sãos e salvos.

Por isso, antes de dar continuidade ao desfecho final desta reflexão, digo que também há benefícios em “desistir”. Deixo esta palavra entre aspas pois

Reprodução

Superação mental

não afeta a saúde do daodor, porque a recuperação ocorre imediatamente após a doação.

Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450ml de sangue. É pouco para a pessoa que faz a doação e muito para quem precisa! A pessoa que pretende ser um doador passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança a ela e aos pacientes que receberão seu sangue. Por isso é preciso sinceridade ao responder as perguntas!

Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma), assim poderá beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atenderem aos casos de emergência e aos pacientes internados.

Da Redação

Pavê de Ameixa Ingredientes • 1 pacote de biscoito champagne • 80 g de ameixas pretas sem caroço • 3 ovos • 1 lata de leite condensado • 1 copo de leite • 3 colheres de achocolatado • 1 dose de rum • 4 colheres de açúcar

Modo de preparo Faça um creme misturando o leite condensado, o rum, o achocolatado e 3 gemas. Leve ao fogo baixo e misture até engrossar.

Em um refratário, alterne camadas de biscoitos champagne umedecidos em leite, cubra com o creme, e, espalhe as ameixas pretas sem caroço. Por fim, coloque uma nova camada de biscoitos champagne.

Para finalizar, bata as claras em neve, junte o açúcar, cubra o pavê e sirva gelado.

JUVENTUDE

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JOVENS DE MARIA

Música católica: do vinil às plataformas digitais

Quando você fundou a gravadora ainda existia o vinil, mas o CD estava começando a surgir. Como foi esse momento de transição?

Eraldo Mattos – Foi um período bem diferente, porque fazer um vinil era muito difícil. Em termos de música católica, existiam poucas gravadoras (no máximo três) e que faziam poucos vinis. Não existia um mercado. Pouco antes disso, a Paulinas tinha uma equipe de freiras que ia de porta em porta vender disco.

Então, nós pegamos uma fase de transição em que o CD era uma coisa muito de elite. Só gravava CD, nessa época, quem tinha muito dinheiro.

A diferença de preço de imprimir mil discos de vinil era muito grande em relação a gravar mil CDs. Desse modo, após o começo da Codimuc, é que a gravação em CD ganhou espaço.

O disco de vinil e o CD foram responsáveis pela popularização da música. Agora, com as plataformas

digitais, temos acesso a músicas do mundo todo. O que você acha dessa transformação?

EM – Eu já vi algumas mídias acabarem. Já vi o gravador de rolo acabar, já vi a fita de tape, de oito tracks acabar, eu vi o próprio CD, o MD, várias mídias passaram. Porém, a indústria do entretenimento nunca acaba. A música continua tocando e ela é parte de nossa vida. Eu sou da tese de que a mídia pode mudar suas formas, mas a indústria do entretenimento nunca vai acabar.

Eu lembro quando, acho que em 1994, 97% da juventude ouvia música por mais de 80% do período do dia em que estava acordada. A música faz parte principalmente da rotina dos jovens. Nesse sentido, a forma de apresentar a música, por meio da mídia, pode se transformar, mas o entretenimento permanece sempre o mesmo.

Acho que quem mais perdeu com essa transformação foram as músicas católicas e evangélicas. As grandes gravadoras não tinham ideia de que a música se transformaria em algo virtual. Todo mundo imaginava que apresentar uma música para o mercado era um processo que tinha que se fixar, por meio de uma matriz, para assim chegar ao consumidor.

VOCAÇÕES

Quem sou eu?

C

onhecer a si mesmo é fundamental para responder de maneira consciente ao chamado de Deus. Separamos três perguntas simples, que podem ajudar na reflexão sobre a vocação e missão do vocacionado. Vamos lá!

Quem é você?

Não é simples responder a essa pergunta. Mas é importante que você faça sempre essa reflexão. Qual é sua essência? O que o satisfaz? O que você gosta de fazer? Com quem você gosta de estar? Pense nisso!

Como você se vê daqui a 5 ou 10 anos?

Faça esse exercício de imaginação.

Daqui a alguns anos, como você quer estar? Pense no que você quer ser, fazer e com o que quer trabalhar. Sonhar é importante e lhe dá forças para correr atrás de seus objetivos. E então, quais são seus sonhos? O que o faria sentir-se realizado?

O que você tem feito para realizar seus sonhos?

Já deu os primeiros passos em busca de sua realização pessoal? O que você faz hoje para que seus sonhos se concretizem amanhã? Tudo na vida

exige tempo, esforço, dedicação e empenho, inclusive a vocação. Perceber o chamado de Deus e responder SIM não é coisa simples, não acontece do dia para a noite.

O discernimento vocacional leva tempo, é preciso muita oração e orientação, tanto para decidir-se pela vida religiosa, como pelo sacerdócio ou matrimônio.

Deus nos chama e espera de nós uma resposta de amor, baseada sempre na liberdade de escolha. A vocação tem dois lados, o de um Deus que convida e o de um homem (ou mulher) que atende e que assume sua missão no Reino. Qual é sua resposta?

Secretariado Vocacional Redentorista www.a12.com/vocacional

Não é um movimento de leigos. A música católica é exclusivamente católica.

Quem é católico? É o bispo, o padre, o papa e, finalmente, o leigo. Se não houver uma forma de promover o leigo, ele vai ser uma ilha dentro desse segmento da plataforma digital.

Thiago Leon/Santuário Nacional

N

este mês, celebramos Santa Cecília, a padroeira dos músicos, por isso decidimos bater um papo com uma sumidade do cenário musical: Eraldo Mattos, baixista do Anjos de Resgate e fundador de umas das primeiras gravadoras católicas do Brasil, a Codimuc.

Como você vê a trajetória da música católica nas últimas décadas?

Eraldo Mattos, baixista da banda Anjos de Resgate, foi fundador de uma das primeiras gravadoras católicas do Brasil, a Codimuc

Hoje não, grava-se uma música em casa e, no mesmo instante, alguém do outro lado do mundo pode ouvi-la.

Por que a música católica foi o segmento que mais perdeu com essa nova forma de divulgação?

EM – Toda essa evolução foi muito rápida e quem estava no meio católico não soube enxergar essa transformação.

Tanto é que o segmento que mais vende CDs na plataforma física é o religioso.

Penso que, principalmente a música católica, enquanto não for una, não vai progredir na plataforma digital. E outra coisa: a música evangélica é identificada por cantores, compositores e músicos; a música católica é identificada pelo segmento religioso.

EM – Há o cântico litúrgico para celebrações, que é o canto litúrgico católico, e existem os cantos feitos para evangelizar. Há uns 30 anos, já falávamos disso: música católica para dentro da Igreja e música católica para fora da Igreja. São coisas distintas.

Penso que, embora não tenhamos conseguido definir o que é música para dentro e o que é para fora, nós estamos evoluindo. Falta um pouco mais de luz para o público. A música católica não deve ser feita para ter luz própria, como dizia padre Zezinho. Ela deve ser produzida pensando no público que receberá suas mensagens de luz. Então o cântico católico não é para transformar quem o canta em um astro.

A finalidade é levar quem o ouve a louvar a Deus e engrandecê-lo, firmando, dessa forma, o pensamento católico.

Laura Galvão a12.com/jovensdemaria

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DEUS CONOSCO

Jornal Santuário • Novembro de 2019

03/11/2019 | SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS (Ap 7,2-4.9-14/ Sl 23/ 1Jo 3,1-3/ Mt 5,1-12a) Recordando nossa vocação de batizados, portanto chamados à santidade, celebramos com a Igreja a vida de Todos os Santos. Essa solenidade nos faz viver profundamente o mistério de Cristo, e, como Igreja peregrina, experimentamos já na terra a alegria e os bens do céu.

Jesus está no alto da montanha, de onde proclama as bem-aventuranças aos Apóstolos e a todo o povo. Em cada bem-aventurança, transparece o sentido da pertença ao Reino de Deus. Os santos e santas, que andaram no caminho das bem-aventuranças, pertencem ao Reino e agora estão junto de Deus.

Como podemos viver as bem-aventuranças e alcançarmos a santidade? Tendo no coração e no agir o que Cristo nos proclamou: ser pobre, misericordioso, manso, pacífico, puro de coração, praticante da justiça e, diante das injúrias e perseguições, manter perseverante. Tudo o que Jesus nos propõe para viver Ele mesmo viveu, desde o presépio até o alto da cruz. O exemplo de Cristo nos faz viver as bem-aventuranças como nosso caminho de santidade e de discipulado.

Como povo cristão, recorremos à intercessão dos santos em nossas necessi-

dades. É gesto de confiança e de certeza do auxílio que podem nos dar. A santidade dos Santos deve nos estimular e nos fazer procurar nossa santidade, pois também somos chamados a ser santos e aguardar o auxílio divino. Este é o desejo de Deus: nossa santidade.

Uma bela observação de Edith Stein, agnóstica, e depois Santa Benedita da Cruz: “Entramos durante alguns minutos na catedral (da antiga Frankfurt) e, enquanto estávamos recolhidos em um respeitoso silêncio, eis que entrou uma mulher com o saco das compras e se ajoelhou para fazer uma breve oração.

Para mim tratava-se de um fato completamente novo: à sinagoga ou aos templos protestantes, que eu tinha visitado, íamos somente para alguma função religiosa; mas eis aqui alguém que chega, no meio de seus afazeres cotidianos, a uma igreja vazia, para uma espécie de conversação íntima. Isso nunca mais o pude esquecer” (Boufflet J., Edith Stein, Filosofia crocifissa, Paoline, Milão, 1998, p. 23).

Se não temos orgulho no coração e reconhecemos os sinais de Deus em nossa vida, por sua misericórdia, alcançaremos a santidade. Entremos, pois, nesse caminho de vida.

10/11/2019 | 32º DOMINGO DO TEMPO COMUM (2Mc 7,1-2.9-14/ Sl 16/ 2Ts 2,16-3,5/ Lc 20,27-38) As leituras de hoje nos ensinam a termos fé na vida, que vem de Deus. A Primeira Leitura é um trecho de uma das páginas mais emocionantes de toda a Bíblia. Trata-se do martírio dos irmãos Macabeus juntamente com sua mãe. O testemunho dessa família de mártires se passa durante a perseguição do rei Antíoco, século II a.C. O rei quer acabar com as tradições da fé do povo judeu, proibindo qualquer manifestação religiosa popular.

Na insistência do perseguidor, a mãe pede aos filhos para resistirem por

meio da fé na ressurreição. A ressurreição é a grande esperança dos pobres e dos pequenos diante da tirania dos poderosos. O poder de Deus se manifesta na vitória da vida contra as forças da morte. Por mais violentos que sejam os que buscam destruir a vida, sempre maior será a força divina capaz de recriá-la. Firmes nessa fé, os irmãos resistem ao rei e entregam sua vida terrena na certeza da vitória da vida celeste.

No Evangelho de hoje, Jesus está no templo, ensinando o povo e anunciando a Boa-Nova (cf. Lc 20,1). Aqui

ele enfrenta os saduceus. Esse partido religioso congregava os poderosos daquela época. Nele se reuniam os aristocratas, os príncipes do povo e alguns sacerdotes. Nenhum deles acreditava na ressurreição. Para provocar Jesus, eles colocam um caso com bastante criatividade: na vida futura, com quem fica uma viúva que teve sete maridos, sem ter filho com nenhum deles? Jesus responde com bastante discernimento.

Em primeiro lugar, ele questiona o caso em si, dizendo que não é possível comparar uma situação da vida pre-

sente com o que vai acontecer na vida futura. A ressurreição não pode ser comparada com as situações vigentes neste mundo. Tudo será diferente. Na ressurreição já não teremos as mesmas relações que temos aqui neste mundo. Jesus deixa claro que os que ressuscitam já são, desde agora, filhos de Deus e vivem a realidade nova da vida divina. Para concluir, Jesus lembra o episódio de Moisés no deserto quando Deus se apresenta como um Deus dos vivos, e não como Deus dos mortos, “pois todos vivem para ele!”

17/11/2019 | 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM (Ml 3,19-20a/ Sl 97/ 2Ts 3,7-12/ Lc 21,5-19) Vamos encerrando mais um Ano Litúrgico. Jesus veio trazer o Reino de Deus, um reino de justiça, amor, alegria e paz. Mas, na verdade, olhando para o ano de 2019, parece que a violência, a injustiça, a solidão e o ódio estão vencendo. Muitos desanimam e perdem o rumo da vida. É grande o número de suicídios, de depressivos e desanimados. Gostaríamos de receber uma palavra de Jesus que nos enchesse de esperança e nos desse forças para enfrentar as agruras da vida que vivemos.

As leituras de hoje querem ser essa mensagem de esperança. Mas, ao mesmo tempo, elas ressaltam que o Reino depende tanto de nós quanto de Deus.

O que Jesus pede de nós é uma fé corajosa, capaz de enfrentar as tribulações que a vida agitada de hoje traz consigo.

Por maiores que sejam a desilusão, o cansaço e o desânimo, maior deve ser nossa perseverança na missão de levar adiante a proposta de Jesus.

No Evangelho, Jesus diz que a missão dos apóstolos se dará com resistências e perseguições; e perseguições até

dentro de casa. É que a novidade trazida pelo Evangelho provoca reações nos que vivem na abundância e lucram com as situações de violência. Sempre haverá reações violentas da parte dos que buscam manter seus privilégios.

O testemunho de Paulo, na Carta aos Tessalonicenses, deve nos servir de estímulo. Paulo enfrenta muitas adversidades por seu empenho missionário. Ele se apresenta como exemplo, trabalhando em uma oficina para se manter e não ser um peso para ninguém. Ele e sua equipe também sofrem muitas incompreensões

e perseguições. Mas a fé na proposta de Jesus os ajuda a trabalhar com empenho e coragem, sem desanimarem.

Neste domingo, celebramos o Dia Mundial dos Pobres. Esse dia foi instituído pelo papa Francisco em uma carta encerrando o Ano Santo da Misericórdia. Na carta, ele pede que “todos se comprometam e que se instaure uma tradição que seja uma contribuição concreta para a evangelização do mundo contemporâneo”. A evangelização dos pobres é um forte sinal da presença viva de Jesus no meio de nós (cf. Lc 4,18).

24/11/2019 | SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO (2Sm 5,1-3/ Sl 121,1-2.4-5/ Cl 1,12-20/ Lc 23,35-43) Este é o último domingo deste Ano Litúrgico, e nele celebramos a festa de Cristo, Rei do Universo.

O Evangelho nos faz contemplar a cena da ignomínia, sofrida por Jesus, e de sua crucifixão: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo”. O trono do Senhor do mundo e da história é o alto da cruz. E é tão verdade que, ao clamor de um dos crucificados, “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”, Ele lhe disse: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. Aquele malfeitor alcançou a misericórdia de Jesus. Cena muito bela, espetacular!

A proposta de Jesus, que não foi compreendida por muitos, é a da

vida. Quem se aproxima dele encontra a vida, a salvação, a paz. O malfeitor reconheceu essa verdade de Cristo e alcançou sua salvação. O publicano lá no Templo voltou justificado para casa porque foi humilde e reconheceu suas falhas. Assim se sucedeu com a mulher apanhada em adultério, com Zaqueu, que foi acolhido por Jesus. O Evangelho é farto de exemplos do Reinado de Deus por sua bondade, misericórdia, seu perdão, amor. A verdade do Pai foi revelada inteiramente pela pessoa de Cristo. E até no alto da cruz, o trono do Cordeiro, Jesus suplicou ao Pai pelos seus malfeitores: “Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem”.

Essa é a garantia do Reinado de Deus entre nós: sua misericórdia, que é vida e salvação. Ele está ao lado da vida, em favor dos marginalizados, oprimidos, excluídos, abandonados.

Toda a pregação de Jesus, desde seu início, foi focada no Reino. Começou sua pregação pública dizendo que “o Reino chegou” (Mc 1,15). Tinha consciência de que era o enviado do Pai, o Messias, mas não reivindicou sobre si esse título, para evitar outros conflitos na Palestina já conturbada.

Assim não provocou equívocos sobre sua missão. Ele é o Messias, o que implanta o Reinado de Deus, por isso é Rei, não na lógica humana, mas na lógica divina.

Entendamos, pois, a lógica do Reinado de Cristo. Ele se põe ao lado dos mais feridos no mundo, por causa da exclusão, do egoísmo e da autossuficiência. Diante das atitudes do mundo, que tira ou impede o triunfo da vida e da dignidade humana, Ele faz exatamente a vida triunfar. Por isso, de sua morte nos veio a vida – eis o sinal de contradição já anunciado por Simeão.

Esse é o Filho de Deus, que vem ao encontro da Igreja e da Comunidade, ao nosso encontro para nos oferecer a vida. Eis o Reinado de que o mundo tanto precisa. *Textos: Francisco Orofino, Frei Carlos Mesters e Redação “Deus Conosco”

ESPIRITUALIDADE

Jornal Santuário • Novembro de 2019

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CIDADÃOS DO CÉU

O

calendário cristão do mês de novembro tem uma mística própria, uma forte espiritualidade. Ele canaliza nossas celebrações, reflexões e participações individuais e comunitárias. É a mística dada no artigo de fé professado no Credo: Creio na comunhão dos santos; creio na ressurreição da carne; creio na vida eterna. Aproximando-nos do final de mais um ano de vida, buscamos a comunhão total com os que creram, creem, seguiram e seguem a Cristo conosco. É a espiritualidade do fim! Crer na comunhão dos santos é explicitar a realidade profunda daquilo que a Igreja é. O Catecismo católico nos ensina: “Uma vez que todos os fiéis formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros”.

“Como a Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu (de sua cabeça-Cristo e recebe de seus membros – os fiéis) se tornam um FUNDO COMUM.” A raiz do mistério da Igreja está nisto: nossa comunhão pela graça do Espírito Santo, dada a nós pelo Cristo ressuscitado. A graça de ser cidadãos do céu nos veio pelo Batismo nele. E por ela vai se consolidando na

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A comunhão entre a Igreja do céu e a da terra

passagem pela cidade da terra esta nossa cidadania celeste. O cristão(ã) é cidadão(ã) de duas cidades: a do céu e a da terra. Já carregamos as sementes da eternidade sendo peregrinos neste mundo a caminho do céu.

Mas, há um problema. Nossa cidade terrena é passagem, é experiência transitória. Por isso, está sujeita ao egoísmo, vaidade, ambição, soberba, luxúria, injustiça e corrupção. Santo Agostinho, lá em seu tempo (413426) contrapôs a origem das duas cidades: a dos homens e a de Deus.

“Dois amores fundaram duas cidades: o amor a si levado até ao desprezo de Deus, gerou a cidade terrena. O amor de Deus levado até ao desprezo a si,

gerou a cidade celeste” (De Civitate Dei, XIV,28).

No Santuário da Mãe Aparecida faz-se a experiência dessas duas cidades. Nele, os peregrinos de passagem trazem os anseios da cidade terrena.

E já partilham de certo modo as alegrias da cidade celeste. Todos os bens espirituais circulam entre nós: os frutos das boas obras, a caridade, a fé, a esperança, toda a santidade que temos graças aos méritos de Cristo. Ele se une conosco e entre nós por seu Espírito Santo. Ficamos enriquecidos com as bênçãos da salvação divina nos sacramentos que recebemos: batismo, confissão, comunhão e nas obras de evangelização. O início da comunhão entre o Cristo-cabeça e nós, seus membros na Igreja, foi o seio virginal de Maria. Ela, a discípula remida pelo Filho de modo admirável e antes de nós, lembra-nos: somos parte do corpo glorioso do Senhor Jesus. Com ela somos a Igreja-comunhão-dos-santos.

Com a ajuda de Maria o amor egoísta da cidade terrena não corromperá nosso coração.

Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R.

ACADEMIA MARIAL

A

vida da jovem Maria de Nazaré não foi marcada por grandes acontecimentos. Não foram achados registros sobre o cotidiano de sua vida. Pelos documentos de fé, os textos bíblicos apresentam alguns aspectos fundamentais da vida de Maria como mulher, mãe, esposa e virgem. É importante situar Maria em seu contexto, ela pertence a um povo particular, o povo judeu. Ela deve ser considerada primeiramente como mulher, e como tal não tinha um lugar excepcional na vida social ou religiosa de seu povo. Seu nome Maria (Miriam) de Nazaré era um nome muito comum, inclusive como o de outras mulheres do Evangelho.

Conforme Santo Agostinho: “Não conhecemos qual era o rosto da Virgem Maria”, porém a cada época, cada povo tem sua imagem de Maria.

As poucas provas bíblicas a respeito da humanidade de Maria sobressaltam muito mais sua participação como Mulher e Mãe de Jesus, na condição de esposa e virgem, que participou verdadeiramente dos pobres de Israel.

A Carta de São Paulo aos Gálatas, escrita provavelmente entre o ano

Reprodução

Abordagem histórica da vida de Maria

55 e o ano 57 d.C., traz um conteúdo teológico muito profundo: “Quando, porém, chegou a plenitude do tempo, enviou Deus seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob a Lei [...]” (Gl 4,4).

Ele faz referência à humanidade de Jesus Cristo, “nascido de uma mulher”, ou seja, para que a humanidade recebesse a condição de filhos. E, nascido sob a Lei para libertar os que estavam sob a Lei. Maria participa da encarnação do Jesus de Nazaré, Aquele que veio para que todos tenham vida.

Nos Evangelhos encontramos uma Maria apenas mencionada em Marcos e uma Maria silenciosa em Mateus, mas é no Evangelho de Lucas que chegamos a uma Maria ativa, comprometida, que colabora com Deus no plano divino de salvação.

Em sua voz teológica, Maria clamou pelos pobres de Deus, os “anawins”. No Magnificat, Maria ecoa em sua vida e em seu coração a alegria do encontro com o Senhor, porque Deus olhou para a humildade de seu povo.

Depois de dois anos, Maria é lembrada na Igreja como “a mulher forte que conheceu de perto a pobreza e o sofrimento, o exílio e a fome” (MC, n.

37) e também como a Mãe dos aflitos, a Mãe da esperança e de tantos outros nomes, porque pelo respeito e pela devoção dedicada a Ela, o povo de Deus reconhece sua humanidade e sua intercessão por ter sido fiel discípula missionária no seguimento a Jesus, e pela fé cremos que foi assumida de corpo e alma na glória de Deus.

Celia Soares de Sousa Mestra em Teologia Sistemática – PUC/SP e Associada da Academia Marial

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FORMAÇÃO CRISTÃ

Jornal Santuário • Novembro de 2019

PORQUE SIM NÃO É RESPOSTA!

Existem visagens de pessoas que já morreram? Deus nos dá oportunidade de voltarmos aqui depois de mortos?

M

inha querida, Elieth, tudo bem? Suas dúvidas vêm em boa hora, afinal muitos católicos, pessoas que comungam e participam das comunidades, ainda carregam muitas crenças errôneas sobre a relação entre vivos e mortos! Vamos tentar, em poucas palavras, deixar claro o ensinamento teológico da Igreja católica sobre esse assunto. Por detrás de sua pergunta, existe medo de alguma coisa, medo de ser surpreendida pelo fantasma de alguém que já morreu. Fique tranquila: não é preciso ter medo de pessoas falecidas, nem se preocupar com o retorno dos mortos. Ainda que ouçamos histórias, vejamos filmes e até mesmo pensemos ter visto almas de outro mundo, uma coisa é certa: quem já faleceu está junto com Deus, lugar onde repousa em paz e, certamente, não vai querer voltar aqui para este mundo. Essa verdade faz parte da fé cristã. Você se lembra da parábola do Lázaro e do rico, citada por são Lucas em seu Evangelho? Existe um abismo intransponível, ou seja, não há ligação possível entre os que já estão com Deus e os que ainda estão por aqui (Lc

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Pergunta de Elieth Ribeiro, Cruzeiro (SP)

Existe um abismo intransponível, ou seja, não há ligação possível entre os que já estão com Deus e os que ainda estão por aqui (Lc 16,19-31)

16,19-31). Se acreditamos em Cristo, em sua Ressurreição e em suas promessas de amor, não devemos pensar que seja possível os mortos terem contato com os vivos. São duas dimensões completamente diferentes e separadas. O que acontece é que cada vez mais doutrinas estranhas ao cristianismo estão presentes na mídia, sobretudo na televisão e no cinema, e acabamos achando normal certas coisas, como contato entre mortos e vivos. Você pode me dizer que conhece pessoas que já viram pessoas

mortas ou sentiram a presença de pessoas que não estão mais entre nós. Mas qualquer especialista que conheça o psiquismo humano responderá que essas experiências são espelhos de nossas próprias incertezas internas, de nossos medos e de nossas projeções, e não fatos verdadeiros. Muitos, por causa de remorsos, acabam buscando algum consolo na expectativa de falar com os mortos e pedir o perdão que deveria ter sido dado em vida. Entretanto você, e cada católico, deve purificar essas

ideias que não são verdadeiramente da doutrina católica e eliminar essa crença de que mortos podem falar com vivos.

Vamos professar a fé de que Deus redime as pessoas e de até mesmo os mais pecadores, na hora da morte, podem arrepender-se e ir para junto de Deus. E você acha que Deus, Pai de todos, seria capaz de permitir que pessoas mortas aparecessem aos vivos? Por que razão?

Deus quer que cuidemos bem da vida enquanto caminhamos nessa história, pois na eternidade seremos amparados por Ele definitivamente e Nele repousaremos tranquilos. Que tal pensar mais nos vivos, agradecer a vida dos que já estão com Deus e preocupar-se mais com os projetos reais de sua comunidade eclesial? Há muitos vivos precisando de ajuda!

ENVIE SUAS PERGUNTAS PARA O PE. EVALDO RESPONDER, ACESSE: FACEBOOK.COM/LIVROPORQUESIM