Edição 4 - Jornal Ponto

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No escuro:

Cortes no fornecimento de luz viram rotina em Pinheiral. Procon orienta consumidores que se sintam lesados. Pág 05 20/01/2017 a 03/02/2017 - Ano I - n°04 - www.jornalponto.com

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Salvem a Apae

A solidariedade que enfrenta a crise

Com o cancelamento do repasse de um importante convênio pelo Governo do Estado, entidades sem fins lucrativos agonizam com dificuldades em manter suas estruturas em funcionamento. Em Volta Redonda, a nova diretoria luta para manter a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) aberta. A instituição também precisa de doações para sobreviver em Pinheiral e Barra Mansa. Por outro lado, é bonito de ver o engajamento da sociedade na causa, promovendo campanhas, realizando eventos beneficentes, tudo com o intuito de angariar recursos para suprir as principais necessidades das entidades e impedir que suas portas se fechem e deixem centenas de famílias sem atendimento.

Ação de flanelinhas:

Motoristas divergem opiniões sobre esta função não regulamentada.

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Chuvas de verão:

Defesa Civil está em alerta para prevenir possíveis desastres típicos da época.

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Delegado do povo:

Antônio Furtado assume titularidade em Pinheiral e pede ajuda à população.

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Volta às aulas:

Procura por material escolar já aumentou, mas só para pesquisa de preços.

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ENTRELINHAS

“A cidade que herdamos”

Durante coletiva concedida à imprensa, o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva (PV), informou que a equipe de transição fez 2500 registros fotográficos de obras anunciadas e patrimônios deixados pelo governo anterior. Uma forma, segundo ele, de mostrar “a cidade que foi herdada pela nova gestão”. Na ‘herança’ constam veículos sucateados com multas que chegam a R$ 82 mil e, dentre 157 carros da Saúde, apenas 32 licenciados, o que impossibilita as ações e afeta diretamente a população.

Novato ‘experiente’

Apesar de estar em seu primeiro mandato como vereador de Volta Redonda, Carlinhos Santana apresenta maturidade de veterano. Além de ser eleito vice-presidente da câmara para um dos quatro mandatos desta legislatura, ele foi o orador escolhido para falar em nome dos demais parlamentares na cerimônia de posse. Não bastasse isso, Carlinhos já emplacou alguns projetos de lei que deverão ser colocados em votação logo após o retorno do recesso, como o que obriga o município a divulgar o valor arrecadado com multas de trânsito e a destinação da grana arrecadada.

Agressão verbal

Na semana passada houve um tumulto na sede da prefeitura de Barra Mansa. Profissionais da Saúde e da Educação foram até o hall do segundo pavimento do prédio (onde fica o gabinete do prefeito) protestar contra os atrasos nos salários de dezembro e décimo terceiro. Os ânimos se exaltaram e houve xingamentos. Mais tarde, em sua rede social, o prefeito Rodrigo Drable se manifestou sobre o ocorrido, dizendo ser contra as agressões verbais feitas aos professores, por pessoas que estavam no local agindo em sua defesa.

Sem previsão

Não são apenas os funcionários da Educação e da Saúde de Barra Mansa que continuam aflitos em relação ao salário de dezembro. Até o momento, não há verbas para depositar os salários. O décimo terceiro de todos os servidores, entretanto, já foi quitado. Pelos corredores da prefeitura, corre informações de que o salário de dezembro será parcelado, semelhante ao que tem acontecido no governo do estado do Rio, e que isso deve acontecer depois do depósito do pagamento de janeiro. Agora é aguardar!

Novatos

Começou mal

Recentemente, alguns cidadãos pinheiralenses resolveram criar um grupo no WhatsApp para reclamar das péssimas condições dos ônibus da viação Pinheiral. O estopim, claro, foi o aumento da passagem intermunicipal que, aliás, atingiu todas as linhas intermunicipais do estado. No entanto, logo o grupo ‘Fora Viação Pinheiral’ se tornou uma baixaria só, com xingamentos entre pessoas que fizeram parte de grupos políticos diferentes durante as últimas eleições. Muita gente resolveu sair do grupo.

Fura fila

Um certo vereador novato em Volta Redonda foi chamado à responsabilidade pelos demais colegas. O parlamentar teria coagido uma funcionária do Centro de Imagens por não passar uma pessoa amiga do vereador na fila de exames. Ela teria, inclusive, registrado um boletim

Tá falado!

de ocorrência na delegacia contra o vereador. Xiii!

Os novos vereadores de Barra Mansa parecem estar a todo vapor. Eles têm acompanhado o prefeito Rodrigo Drable em praticamente toda sua agenda, que está lotada. Também já apresentaram pedidos a diversas secretarias. Os vereadores também estão atendendo em seus gabinetes todos os dias, apesar do recesso parlamentar. Resta saber se, com o início das sessões, o gás desses novos vereadores vai continuar.

Quinteto fantástico

Cinco vereadores de Pinheiral se uniram para criar ‘O Quinteto’. Na página oficial do grupo nas redes sociais, a população está aproveitando para denunciar e apresentar demandas. Semelhante ao filme O Quarteto Fantástico, o grupo promete arregaçar as mangas e lutar para “salvar” a cidade.

Qual será a próxima?

Não se assuste se você vir Samuca Silva andando de skate pela Cidade do Aço na próxima segunda-feira. Isso porque, o prefeito de Volta Redonda a cada semana tem escolhido um diferente meio de transporte para chegar ao Palácio 17 de Julho. Segundo ele, a ideia é verificar as condições de mobilidade urbana no município.

Francisco Barbosa

Numa conversa com um amigo, empresário e ativo cidadão Sul Fluminense, me queixava dos maus políticos, que tanto prejuízo trazem pra população da região, e ele me chamava a atenção pra gente que não tem mandato, mas que pega carona nas maldades que autoridades articulam, gente que vive nas sombras, mas que tem poder e dinheiro pra comprar esquemas e pessoas. São “empresários do mal”, indivíduos que tem seus “esquemas”, perversos seres dessa falida estrutura. O que mais me desgasta e aborrece e que, pra mudar as coisas nesse país, temos de lidar com esses vampiros, gente encastelada nos escalões diversos do poder e que tem as chaves que fazem funcionar a coisa pública. Nosso dinheiro, que move tudo que nos é devido, é surrupiado por quadrilhas de gente que, entra governo, sai governo, sabe fazer as propostas que fazem brilhar os olhos de quem tem gana de enriquecer na política, que tem planos de poder e não de governo. Gente tão gananciosa quanto desonesta. Aqui na região, quadrilhas continuam agindo. Trocam de camisa, trocam de partido, mas não trocam de práticas. Misturados, políticos recentes e velhos, nos dois sentidos, se misturam numa dança aparentemente generosa, que parece ter o cidadão como meta. Não é verdade. Com obras, orçamentos, ajudas e posturas, eles surgem de longe e, em alguns casos, até formam frentes de ações por aqui. Tenho medo quando vejo essas figuras com seus discursos populistas de aparentes bons moços, que tem sempre uma história

pra contar de benfeitorias que lá e cá empreenderam. Mixarias pontuais, pequenas esmolas de quem tem um saco cheio dessas “purpurinas” pra espalhar. Isso sem contar com os notórios bandidos de carreira, profissionais que dão bandeira, reconhecidos popularmente. Alguns até presos, nesse tempo de lava jato e de polícia federal. Tem figurão que está sem dormir por conta de delações premiadas, colaborações gentis de quem não quer ir pro buraco sozinho; abraço de afogado... Perdoe-me todo esse amargor, esses queixumes, toda murmuração. Mas é porque o Brasil, obrigatoriamente, tem de passar por esses caras, ponte do velho pro novo, lideranças que insistem em nos assombrar, vigiados de perto, acompanhados com atenção. A gente sabe que se eles ficarem soltos, espetam nossos bolsos e futuro. Ávidos, assaltam o país, nosso patrimônio. Façamos com que esses caras trabalhem pra nós, uma vez na vida, e depois mostremos a porta de saída, pra aqueles que não forem aprisionados por tanta coisa errada. O Brasil vê, através da mídia, a ponta do iceberg que se derrete em profusão. Iceberg de marginais que serão eliminados da política, um a um, pra que o país do futuro, tão alardeado pelos nossos antepassados, tenha, realmente, um futuro... Francisco Barbosa é radialista e apresenta o programa que leva o seu nome, de segunda à sexta-feira, das 9:00 às 12:00, na Nova Sul Fluminense (FM 96,1 e AM 1390).

Jornal Ponto

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Joseane Ramos de Oliveira (MTB: 0035980) Maria Elisandra Bezerra (MTB 0027610/RJ) Nathália Silva Azevedo (MTB 0037729/RJ) Lívia Soares de Andrade Rafael Moura (03-03283 CRA-RJ) C2 Design & Gráfica (24) 9.7401-9776 Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral 5.000 exemplares redacao@jornalponto.com.br/ (24) 99966-4477 Sucursal B. Mansa: (24) 99838-1729 Sucursal Pinheiral: (24) 99959-1527 comercial@jornalponto.com.br (24) 99949-7510


política E

Elisandra Bezerra

Joseane Ramos

Nathália Azevedo

Os desafios dos novos gestores

leitos em outubro do ano passado, os novos prefeitos de Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral tomaram posse de seus mandatos carregados de responsabilidades e desafios. Na

Prefeitos tomam posse de seus cargos carregados de responsabilidades

Cidade do Aço, Samuca Silva (PV) decretou estado de calamidade financeira já nos primeiros dias de governo. Em Barra Mansa, Rodrigo Drable (PMDB) afirmou que a dívida do Município é maior que sua receita e ainda não conseguiu colocar

Posse de Samuca marca o início de uma nova era em Volta Redonda

Em um protocolo simbólico, o novo prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, subiu, na manhã do dia 1º, a rampa do Palácio 17 de Julho, onde governará durante os próximos quatro anos. Na ocasião, Samuca - ao lado do vice prefeito e também secretário de Ação Comunitária, Maycon Abrantes - lembrou-se dos obstáculos durante a corrida eleitoral. “Tivemos que vencer, não só nossos adversários, mas o pessimismo, a desconfiança, as dificuldades estruturais, mas, principalmente, tivemos que vencer o impossível”, finalizou seu discurso naquele momento. No entanto, mal sabia Samuca o que ainda estaria por vir. Apenas cinco dias após a posse, o novo gestor anunciou que o governo Neto deixou para o município uma dívida de mais de R$ 800 milhões. Durante coletiva de imprensa, Samuca decretou estado de calamidade financeira pelo prazo de 120 dias. Ou seja, no período de quatro meses estão suspensos todos os pagamentos de empenhos oriundos do governo anterior, exceto a folha de servidores e serviços básicos que atendam à população. Segundo Samuca, desde 2009, apenas dois exercícios foram superavitários. Todos os outros ficaram em déficit financeiros. Hoje, a dívida parcial apurada pela comissão de transição, entre dívidas do município e restos a pagar, está em R$ 751 milhões. Isso para um caixa de R$ 21 milhões deixado pelo antecessor. Também há um débito com fornecedores de R$ 102 milhões, além de R$ 25 milhões em parcelamento. Não estão inclusos nestes cálculos os processos judiciais, ainda não mensurados, o que pode elevar ainda mais os valores. Havia também quase duas mil linhas telefônicas (fixas e móveis) que geravam, até então, um custo médio mensal de R$ 160 mil. A prefeitura ainda corria o risco de ter o serviço de fornecimento de energia suspenso, caso o atual gestor não quitasse parte da dívida, calculada em R$ 3 milhões. Tudo isso fora o FGTS dos funcionários da Cohab, R$ 275 milhões. “Hoje, Volta Redonda tem uma dívida que corresponde ao orçamento anual”, calculou, acres-

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centando que o município está negativado junto ao CAUC (Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias) e que, por isso, inviabilizado de receber importantes recursos federais. No entanto, tão logo soube da notícia de que Samuca havia decretado estado de calamidade financeira, seu antecessor, Antônio Francisco Neto, usou as redes sociais para comentar o caso. “Lamento que ele pareça estar mal assessorado”. Para o ex-prefeito, só isso poderia explicar o conteúdo da entrevista concedida à imprensa. “Uma cidade com mais de R$ 800 milhões em dívidas a pagar de imediato não poderia jamais ter conseguido a liberação de R$ 60 milhões para a Mobilidade Urbana”, concluiu. Nathália Azevedo

em dia os pagamentos dos servidores. Já em Pinheiral, o prefeito Ednardo Barbosa (PMDB) diz ter lutado para depositar os salários dos funcionários públicos referentes a dezembro, enquanto o ex-prefeito, José Arimathéa (PSB), afirma ter

deixado em caixa verba suficiente para quitar os vencimentos. Apesar de toda essa movimentação nos governos municipais, que começou mesmo antes de os prefeitos assumirem seus cargos, o primeiro dia do ano de 2017 foi de festa.

Drable toma posse em Barra Mansa e reassume compromissos

O prefeito eleito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, a vice-prefeita, Maria de Fátima Lima, e os 19 vereadores escolhidos para o quadriênio 2017-2020, tomaram posse de seus cargos no último dia 1º, no Palácio Barão de Guapy. Ao fazer uso da palavra, Rodrigo agradeceu o apoio da população de Barra Mansa, de seus aliados e dos novos secretários municipais. “Esta noite não marca apenas a transição de governo, mas de momentos, divisões e, principalmente, de comportamentos. Reassumo alguns compromissos: restabeleceremos o atendimento de saúde, colocaremos o pagamento do funcionalismo em dia, limparemos nossa cidade e será uma limpeza ampla. Realizaremos todas as nossas atividades de maneira justa, correta e eficiente”, enfatizou o novo prefeito.   A vice-prefeita, professora Fátima, falou sobre a missão de ‘Reconstruir Barra Mansa’ – slogan usado durante a campanha eleitoral. “Nós temos essa missão e nós vamos cumpri-la com muita honradez, responsabilidade, trabalho e coragem”, falou, durante a sessão extraordinária que também deu posse aos vereadores. O vereador Marcelo Borges foi eleito, por unanimidade, o novo presidente da Casa Legislativa.

e Salários (PCCS) da Educação. “Apresentaram certezas que nunca existiram. A única coisa que foi feita foi o nivelamento ao piso nacional da Educação. E falando em Educação, muitos funcionários contratados pela secretaria estavam fazendo serviços gerais, como jardinagem e limpeza da cidade. Usavam o dinheiro do Fundeb, que é verba carimbada, para pagar diversos outros contratos. É improbidade”, disse, acrescentando que todos os contratos da prefeitura serão revistos. Rodrigo informou que, para tentar driblar os problemas financeiros, está analisando e revogando contratos e decretos, nomeando metade dos cargos comissionados que existiam no governo anterior, devolvendo imóveis alugados e buscando recursos federais. Ainda de acordo com ele, metade de seu secretariado está nomeado, voluntariamente, ganhando metade do salário oferecido à secretários em Barra Mansa. Além disso, ele informou que a prefeitura terá, no máximo, 300 cargos comissionados. Até o ano passado, esse número era de 500. Nathália Azevedo

“Venderam ilusões”, diz Drable No segundo dia útil do ano, Rodrigo Drable informou, em entrevista coletiva à imprensa, que a dívida do Município – até o momento de R$267 milhões - é bem maior do que sua receita e que foram vendidas ilusões, em relação à implantação do Plano de Cargos, Carreiras

Pinheiral pode não ter Carnaval

O prefeito de Pinheiral, Ednardo Barbosa, anunciou em seu discurso de posse que a prefeitura de Pinheiral tem uma dívida de cerca de R$ 5 milhões, que a frota de veículos está sucateada e que a farmácia básica estava desabastecida, como alguns dos principais problemas a serem enfrentados no início de sua gestão, o que, segundo ele, podem acarretar no cancelamento da festa de Carnaval. No entanto, o novo gestor garantiu o pagamento do funcionalismo em atraso e divulgou algumas medidas de economia. “Todos os pagamentos pendentes serão feitos ao longo do mês

de janeiro. Existe um dinheiro que veio de uma repatriação e vamos honrar esse compromisso. Vamos reavaliar todas as secretarias e tudo o que pudermos diminuir de gasto público”, disse Ednardo, na ocasião. Enquanto isso, assumiam as cadeiras na Câmara Municipal os vereadores eleitos no pleito do ano passado. Entre eles, Richard Cortes de Brito, o Toró, que adquiriu a presidência da Mesa Diretora para este ano. Ele, assim como outros parlamentares, ressaltou que não existe oposição na Casa Legislativa. “A eleição acabou e todos nós, vereadores eleitos, queremos o bem da cidade e trabalharemos para isso”, disse Toró.

Elisandra Bezerra


cidades

Ação de flanelinhas

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Eles podem privatizar os espaços públicos?

Opiniões dos motoristas são divergentes. Enquanto uns denunciam situações de coação, outros não hesitam em contribuir com um bom serviço prestado no ambiente urbano Nathália Azevedo

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m um cenário de poucas vagas disponíveis para um grande número de veículos e considerando a mobilidade urbana de cidades em desenvolvimento, as relações entre dois lados dentro dos espaços públicos, muitas vezes, podem ser conflituosas. Motoristas e guardadores de carros. Quem nunca presenciou ou até mesmo participou de uma discussão entre essas duas classes? Popularmente conhecidos como ‘flanelinhas’, os guardadores são indivíduos, geralmente não regulamentados, que cobram pelos serviços prestados no estacionamento, como proteção do veículo ou limpeza do mesmo. Em Volta Redonda, a presença desses profissionais é constante em importantes centros comerciais e outros pontos estratégicos e com grande fluxo de carros. No entanto, enquanto alguns trabalhadores agem de forma honesta, respeitando a liberdade urbana dos condutores, outros insistem em se apoderar da via e cobrar um valor pré-estipulado como se fossem donos do espaço. Esta é a reclamação de um morador da cidade, que não quis se identificar, mas fez questão de dar seu depoimento ao jornal Ponto. “No final do ano, quando esses profissionais

surgem em maior quantidade, saí para fazer algumas coisas, estacionei próximo à Praça Brasil e logo fui surpreendido por um rapaz. Ele pediu pra eu já adiantar o valor de dez reais e eu respondi que daria ao retornar, mas que o valor não seria esse. Ele me olhou com um olhar ameaçador, virou as costas e saiu resmungando com grosseria. Optei por tirar o carro dali. Nunca se sabe”, conta. A empresária Fernanda Bittencourt passou pela mesma abordagem, mas optou por dar a quantia cobrada. “A gente se importa em pagar, principalmente pelo momento em que 10 reais faz toda a diferença na carteira. Mas pelo menos eles estão trabalhando com honestidade”, ressalta. Em nota, a Guarda Municipal de Volta Redonda (GMVR) informou que coíbe a prática dessa atividade e destacou que vem atuando em relação aos flanelinhas. A GMVR explica que esse tipo de prática não é reconhecido como atividade remunerada e que, por isso, os agentes retiram os guardadores do local. “Mas os mesmos acabam retornando por conta do direito constitucional de ir e vir”, diz o documento enviado pela prefeitura.

O outro lado da moeda

Se por um lado alguns flanelinhas agem de forma que tendem

a incomodar os motoristas, por outro, há guardadores de carros que já conquistaram o respeito e a confiança da clientela. Como é o caso do já conhecido Baixinho do Q’Sabor, de 55 anos. Há mais de duas décadas ele trabalha no bairro Aterrado, em frente a uma renomada pizzaria, oferecendo o serviço de ‘posso dar uma olhadinha aí?’ aos veículos que estacionam no entorno. Com a função, exercida apenas aos finais de semana, ele leva pra casa cerca de R$ 20 a cada dia trabalhado. No entanto, pra ele, a melhor gorjeta são os inúmeros ‘obrigados’ e ‘até a próxima’ que ouve dos clientes. “A honestidade, a responsabilidade e saber respeitar o direito de liberdade do cidadão são os pilares de uma boa relação entre os dois lados”, diz. E quem assina em baixo é o professor Gabriel Martins. Há anos ele deixa seu carro sob os cuidados do Baixinho, enquanto relaxa com sua família no estabelecimento. “Se você deixar de torcer o nariz para certas situações, verá o quanto pode valer a pena você dar uma contribuição mínima a quem está trabalhando honestamente. Pra você pode não fazer diferença alguma no orçamento, mas para quem está ali, trabalhando sob sol, sob chuva e, especialmente nos finais de semana, a pequena quantia pode representar o alimento para uma família”, acredita.

Elisandra Bezerra

Em Volta Redonda, a presença dos flanelinhas é constante.

Fique atento!

No Brasil, de acordo com a lei, atuar como guardador de carro pode constituir um exercício ilegal de profissão ou crime ‘se associado à prática de extorsão, formação de quadrilha ou loteamento de espaço público’. Ou seja, o profissional poderá ser punido criminalmente se exigir dinheiro através da prática de ameaça ou violência. A ideia é coibir irregularidades e abusos. Cabe ressaltar que o cidadão que estacionar o carro em local público não está obrigado a pagar e tem o direito de aceitar ou não a atividade oferecida, pagando ao guardador se quiser. O valor também deve ser livre.

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cidades

Elisandra Bezerra

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Nathália Azevedo

No breu

Cortes no fornecimento de luz viram rotina em Pinheiral

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Diariamente, população sofre com picos de energia; Light não esclarece a causa

om ou sem temporal, os cortes no fornecimento de energia têm se tornado frequentes em Pinheiral, além dos picos diários, um problema antigo que atinge vários bairros. Os transtornos são inúmeros, mas o pior deles é ficar no escuro durante horas, sem direito a ligar ventilador ou ar-refrigerado, conforme relata o aposentado, Luiz Paulo, de 65 anos, morador do Centro e autor de um abaixo-assinado contra a distribuidora de energia elétrica da cidade, a Light. “O pior era ficar no escuro por cerca de quatro horas, um problema que estava ocorrendo diariamente sem motivos aparentes, piorando com os temporais”, disse, ao informar que, depois de ter levado à empresa a lista com mais de 400 assinaturas reivindicando uma solução, a situação foi normalizada. No entanto, o problema continua ocorrendo em algumas outras localidades do município como Colina, Paraíso, Ipê, Oriente, Chalé e Centro. O aposentado é categórico no quesito direito do consumidor. “Tem que ligar para a Light todas

as vezes que a energia for cortada, anotar o protocolo, ligar para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que é o órgão que fiscaliza e fazer um abaixo assinado para entregar na empresa que, com certeza, rapidamente resolve o problema. É preciso fazer alguma coisa, pois temos nossos direitos”, orientou. O prefeito de Pinheiral, Ednardo Barbosa, enviou um ofício à empresa cobrando uma solução. No documento foi feita a solicitação para que a empresa esclareça o motivo do problema que, apesar de não ser recente, tem se agravado. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a Light confirmou, via e-mail, o recebimento da solicitação do prefeito e informou que o pedido foi enviado à diretoria. Por meio de nota enviada ao jornal Ponto, a Light explicou que as interrupções no fornecimento de energia registradas para os bairros do município de Pinheiral, como Colina, Paraíso, Ipê, Oriente e Centro, foram ocasionadas por fatores externos, tais como fortes chuvas e ventos, que causaram a queda de galhos e árvores sobre a rede elétrica.

A nota diz ainda que, com o intuito de diminuir as ocorrências, a empresa realizou, nos últimos três meses, cerca de 300 podas de árvores próximas à rede de energia, limpeza de faixa em vegetação e a substituição de equipamentos elétricos e que, durante este mês, a equipe dará continuidade às ações de manutenção preventiva na região. No entanto, a nota não menciona as causas dos picos de energia, que ocorrem há vários anos em alguns bairros. Lívia Andrade

Escuridão: sem motivos aparentes, bairros sofrem com a falta de energia quase que diária

Entenda seus direitos:

“O fornecimento de energia tem que ser contínuo, sem interrupções”. Quem afirma é o especialista em Direito do Consumidor, Bruno Volpe Maciel. Segundo ele, no caso de Pinheiral, cabe uma ação civil pública, ou do próprio município ou dos órgãos de defesa do consumidor. “Essa variação prejudica toda uma cidade e a operadora tem que dispor de meios para corrigir este problema, seja com novos cabeamentos, com instalação de novos transformadores ou subestações, ou seja, o que quer que precise ser feito para solucionar o caso, até mesmo um estudo de força na região”, explica. O advogado ainda sugere que a comunidade cobre das autoridades a realização de uma audiência pública sobre o tema. Em relação à queima de equipamentos, problema relatado por muitos munícipes, Bruno orienta: “O cliente tem até 90 dias, contados desde a provável queima do aparelho que estragou com a queda da energia, para apresentar reclamação junto à Light. A partir daí, a operadora tem dez dias para analisar o equipamento danificado. Se constatado que o mesmo estragou por conta da queda de energia, a Light tem até 25 dias para ressarcir o cliente”, detalha o especialista, frisando que ‘o consumidor não deve mandar fazer o conserto por conta própria antes da resposta da operadora’. “Não deixem de buscar seus direitos”.

Passagem em BM fica mais cara e população reclama do valor Tarifa dos ônibus subiu R$0,40 em dezembro do ano passado

Joseane Ramos

O

s usuários do transporte público de Barra Mansa receberam um “presente de final de ano”. O valor da passagem subiu de R$3,40 para R$ 3,80 no dia 18 de dezembro, em todos os ônibus que circulam pelas ruas do município. Atualmente, o Consórcio Barra Mansa, composto pelas empresas Triacon e Colitur, atende o município. Apesar da população estar comemorando a proibição, por parte do Departamento de Transporte Rodoviários (Detro), da circulação dos ônibus intermunicipais da

Detro impede São João Batista de circular

O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro) decidiu impedir a viação São João Batista, de Barra Mansa, de operar as linhas intermunicipais que ligam a cidade à Volta Redonda. O jornal Ponto mostrou a situação dos veículos e a insatisfação da população com a viação São João Batista na edição 002. Na ocasião, o Detro informou que iria apurar as denúncias e con-

viação São João Batista, há quem reclame da surpresa no aumento de R$ 0,40.   Mário de Almeida mora no bairro Boa Sorte, trabalha na Colônia Santo Antônio e está espantando com o aumento, que ele considera abusivo. “O valor está muito alto. Aumentaram R$ 0,40 de uma hora para outra. Um absurdo. A gente começa o ano cheio de contas para pagar e ainda recebe mais essa”, falou o pedreiro. A auxiliar de serviços gerais Fátima da Fonseca também critica: “Eu liguei para a prefeitura para reclamar, mas me enrolaram e não deram resposta. Acho que a população deveria organizar uma manifestação e cobrar a diminuição do valor. Entendo que o diesel está

caro, mas a gente não tem culpa. Temos nossas coisas para pagar”, disparou.   A prefeitura de Barra Mansa informou, em nota enviada pela assessoria de imprensa, que a atual gestão está fazendo levantamentos de processos e procedimentos para tomar conhecimento da situação, inclusive com relação à concessão e aumento de tarifa no ano de 2016.  Em nota, o Sindpass esclareceu que o aumento da tarifa do serviço público é ato do poder concedente, seja ele municipal ou intermunicipal, após a análise e estudo da alteração dos custos da operação, de forma a manter o equilíbrio econômico financeiro das concessões

dições dos serviços prestados.  De acordo com o órgão, a viação não possui frota apta para operação dos serviços e não apresentou regularidade fiscal, trabalhista e previdenciária. A decisão do Departamento estará valendo por 365 dias ou até a abertura do processo licitatório de uma nova empresa de ônibus. Caso a São João Batista não regularize sua situação, a licitação será aberta. Se apresentar documentação, a condição será analisada.

As viações Cidade do Aço, Resendense e Colitur estão autorizadas a operar as linhas intermunicipais. O Detro estabeleceu que a Cidade do Aço vai circular com uma frota de sete ônibus (Vista Alegre X Escritório Central); a Resendense com cinco veículos (Vista Alegre X Praça José Calazans e Vista Alegre X Escritório Central) e a Colitur vai operar com uma frota de três ônibus (Vista Alegre X Belmonte).

das empresas de ônibus. “O Sindpass não participa desse processo, contudo, esclarece que por conta da crise econômica e da alta inflacionária no decorrer do ano, aliado a concessão de reajuste de salários da categoria dos rodoviários no percentual 10%, torna notória a necessidade da majoração das tarifas para garantir a manutenção da qualidade no atendimento”, afirma a nota.  Joseane Ramos

População está pagando R$3,80 nos ônibus que circulam em Barra Mansa


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Nathália Azevedo

Lívia Andrade Lívia Andrade liviaandrade@jornalponto.com.br

Joseane Ramos

Crise filan

Entidades pe

M

edo, angústia e incertezas diante de um cenário inicial desolador. Os efeitos gerados pela maior crise política e econômica já vivenciada pelo país têm abalado agora os espaços filantrópicos, que já sentem os impactos negativos e temem ser obrigados a reduzir ou até mesmo parar de prestar assistência àqueles que dela carecem. Em todo o Brasil, entidades que dependem de repasses assistem os recursos despencarem, enquanto as dívidas continuam subindo. O jeito é usar e abusar da criatividade, firmar boas parcerias e promover um trabalho de motivação para doadores. Em Volta Redonda, há cerca de um mês, a angústia de uma mãe alarmou as redes sociais quando ela divulgou que a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) da cidade suspendeu a renovação de matrícula para 2017. “Por que?”. Esse foi o questionamento feito por Vanessa Cunha, mãe da pequena Mell Alves, de 12 anos. Através da publicação, ela pedia ajuda aos amigos para que o caso viesse a público. A postagem de Vanessa rendeu mais de 500 compartilhamentos e levou o jornal Ponto a noticiar, pela primeira vez, o caso. À equipe de jornalismo, Vanessa ainda explicou que, no

decorrer do ano, vários bilhetes foram enviados aos responsáveis, já alertando sobre a atual situação. A Mell é somente uma entre tantas pessoas, adultas e crianças, atendidas pela entidade em Volta Redonda. Como a Maria Antônia, de seis anos. Adriana Azevedo, mãe da menina que também é portadora de Síndrome de Down, disse ter ciência do momento pelo qual passa a instituição. “Eles vivem fazendo rifas, festas juninas, eventos para arrecadar dinheiro. Sempre com preços acessíveis e programações bem bacanas. A instituição precisa muito. Tem muito demanda e não há atendimento para todos”, explica Adriana, informando que a filha encontra-se há um ano na fila de espera para realizar terapia ocupacional e psicopedagogia. Agora, pelo visto, a demora pode ser ainda maior.

Contribuições se tornaram desafio

O problema que atinge a unidade está diretamente relacionado à crise no estado. Um importante convênio da FIA (Fundação da Criança e Adolescente) repassado pelo Governo do Estado, após oito meses em atraso, foi encerrado definitivamente através de um comunicado. “Ele iria até o final de 2018, mas, de uma forma unilateral, foi cancelado para

Empresários, políticos e população demonstram a ções que podem ajudar a im

todas as Apaes do estado do Rio de Janeiro”, explicou o novo presidente da instituição, Mário Vitor Lopes Neto. A propósito, Mário representa uma filosofia de um grupo de empresários que está se colocando à disposição da instituição com a proposta de resgate. “A situação é preocupante”, frisou. Para o empresário, no entanto, um dos benefícios deste desafio de manter a Apae aberta foi poder ver tantas pessoas, inclusive de origens simples, engajadas no intuito de ajudar. “A sociedade percebeu a importância da Apae e está disposta a colaborar. Tenho convidado as pessoas para conhecer o trabalho, organizar eventos em prol da entidade, com toda a transparência e o retorno tem sido incrível. A gente não quer dinheiro. A gente quer o fim. Quer pagar o professor, quer arrumar os instrumentos, quer tinta para fazer reparos”, exemplifica o presidente que enfatizou que não tem nenhum membro na família com deficiência intelectual. “Meu envolvimento com a Apae é por amor”. Gerente executivo da unidade, Leonardo Santoro ressalta que a instituição atende não só o assistido, mas toda a família. “É uma assistência de fato humanitária. Prestamos auxilio até mesmo na condução para um atendimento médico

Em Barra Mansa, Apae luta para manter atendimento Apesar da suspensão de repasses estaduais, por meio da FIA, e da perda de convênios, a Apae Barra Mansa está longe de fechar suas portas. Com 212 alunos e fila de espera formalizada, a unidade está lutando para manter o atendimento, mesmo com as dificuldades financeiras. E tem tido sucesso. A informação foi dada pelo presidente da entidade filantrópica, Guilherme Ribeiro Fonseca, em entrevista ao jornal Ponto. O gestor explicou que em agosto de 2013 a Apae perdeu um importante convênio com a prefeitura de Barra Mansa, gerando uma grave crise no atendimento. Apesar dos problemas enfrentados na época, o fim do convênio preparou a entidade para a quebra de novos contratos e atrasos nos repasses em 2016. “Hoje nós estamos preparados para a crise, que teve início no ano passado. Para nós, ela começou bem antes e tivemos que fazer diversas ade-

quações para continuar atendendo. A Apae Barra Mansa passa por dificuldades, mas está longe de fechar suas portas”, enfatizou Guilherme. A entidade filantrópica é mantida, atualmente, com verba do Governo Federal; da prefeitura de Barra Mansa, com cessão de profissionais e merenda; do SUS (Sistema Único de Saúde); e de doações da população e sociedade civil organizada. “Há um desgaste por conta dos constantes atrasos. É um serviço complexo, que envolve uma equipe multidisciplinar. O atendimento é caro. Vivemos momentos de incertezas, mas com nossa vocação para festas, barracas e bazares, aproveitamos oportunidades junto com as associações comerciais e temos conseguido driblar a crise”, disse o presidente, informando já ter iniciado conversas com o novo prefeito, Rodrigo Drable, e ressaltando que está na expectativa. “Ele tem se mostrado

acessível e sensível à nossa causa. Sabemos que não será de uma hora para outra, mas o prefeito já colocou sua equipe para analisar a situação da Apae”, acrescentou Guilherme.

Assim como a Maria Antônia, outras 357 pessoa

diferenciado. Além de toda a estrutura educacional, ainda temos o atendimento profissional, inclusive com alimentação. O município não tem outra opção”, diz Leonardo, demonstrando a importância da Apae para Volta Redonda. “É um atendimento de qualidade, diferenciado e gratuito”.

Campanha Nathália Azevedo

Telemarketing

Guilherme frisou que, para colaborar com a manutenção do atendimento, a Apae criou o setor de telemarketing para doações. Segundo ele, porém, muita gente não acredita que é a entidade quando recebe o telefonema. “As vezes a pessoa fica com medo. Mas se receber uma ligação, dizendo que é da Apae, pode confiar. Criamos o telemarketing como forma de investimento”, explicou o presidente. Ao receber a ligação, o cidadão pode escolher a quantia e a forma com que quer doar. Pode, inclusive, optar pelo motoboy, que busca o recurso em casa.

Em Pinheiral, entidade atende 120 alunos entre um e 60 anos.


06/07

ntrópica:

edem ajuda!

amor ao próximo e surpreendem com gestos e doampedir o fechamento da Apae Elisandra Bezerra

intenções de ajudar e solicitou que fosse feito um pedido formal à prefeitura para ser analisado pela Procuradoria Geral do Município. Ele disse também que, caso necessite, enviará um projeto de lei à Câmara Municipal para aprovar o repasse de recursos. “Queremos ajudá-los. Vale lembrar que consegui uma emenda parlamentar no valor de R$ 500 mil para a Apae. Porém, a entidade não pôde receber porque a conta do governo está negativada com a União”, disse Samuca.

“Embaixadores da Apae”

as dependem da Apae-VR

Reunião com Samuca

Na última semana, a diretoria da Apae-VR esteve reunida com o prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, e pediu ajuda financeira ao Governo Municipal. O chefe do Executivo sinalizou ter

Outra alternativa pensada pela diretoria foi o lançamento da campanha ‘Embaixadores da Apae’. A entidade escolherá 40 conhecidos moradores de Volta Redonda e, cada um deles, terá a missão de conseguir outras 50 pessoas para doarem R$ 20. “Com isso, conseguiremos arrecadar R$ 40 mil por mês”, contou o diretor. Hoje, segundo ele, só com a folha de pagamento, a Apae gasta R$ 95 mil por mês e, atualmente, há apenas R$ 12 mil no caixa.

telectual. No entanto, ainda há uma fila de espera com mais de 40 famílias aguardando por assistência. Na unidade, essas pessoas recebem atendimento clínico, terapêutico e pedagógico, inclusive, com atividades que possam ajudar o assistido nas ações do dia a dia, na confiança em obstáculos rotineiros e na inclusão para a sociedade. Fazem parte da equipe de profissionais 52 funcionários, entre médicos, fonoaudiólogos, médicos e professores. Além, é claro, de voluntários que complementam o belo trabalho da instituição com serviços importantes como o cuidado da horta, a fanfarra, a educação física, entre outras atividades. Elisandra Bezerra

Banco do Brasil: AG 0262-3 / CC 3917-9 Bradesco: AG 1339 / CC 14658-7 Caixa Econômica: AG 0197 / CC 10571-3

A unidade

Com 60 anos de fundação, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) em Volta Redonda atende a 358 pessoas portadoras de deficiência de qualquer natureza in-

Como ajudar?

O apoio da população tem sido essencial nessa ‘Corrente do Bem’ que pode ajudar a centenas de famílias que dependem da instituição para proporcionar a formação e o acompanhamento de seus filhos. As doações podem ajudar a equilibrar as contas. Qualquer um pode ajudar, se associando à entidade ou com contribuições voluntárias através das contas abaixo. Há também um stand no Sider Shopping, onde é possível cadastrar sua conta de luz para inserir uma taxa mínima mensal que será destinada para a Apae-VR.

Presidente da Apae-VR, Mário Vitor representa um grupo de empresários cuja filosofia é o resgate da entidade

CNPJ: 32515298/0001-69

as, rifas e bazares beneficentes ajudam a manter a Apae Pinheiral Há quase 29 anos em atuação, a Apae de Pinheiral atende 120 alunos - na faixa etária de um a 60 anos - oferecendo a eles, gratuitamente, diversos atendimentos. Atualmente, a entidade também conta com a colaboração de 30 funcionários, além dos voluntários que levam aulas de arte e de música às crianças. Assim como as Apaes dos municípios vizinhos, a de Pinheiral também está enfrentando dificuldades financeiras. A falta de verba do governo estadual, que seria referente a 15% da folha de pagamento, tem prejudicado a entidade. Os funcionários estão sem receber o salário do mês de dezembro, férias e sem a segunda parcela do décimo terceiro. De acordo com o presidente, Aurelino Gama, se não fosse o auxílio da prefeitura a instituição teria que fechar as portas. “O governo municipal está nos repassando um dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), um mínimo necessário, para que possamos acertar o pagamento dos funcionários. Nossa folha chega a um total de R$ 40

mil e, assim, conseguimos pagar algumas outras despesas também. Nós temos um carro que quebrou há meses, está parado e não temos dinheiro para a manutenção, pois priorizamos os salários dos nossos profissionais”, disse ainda ressaltando que o contrato com o Fundeb vai até 2020. No ano passado, a entidade recebeu doações da Light e da MRS Logística, fez campanha de agasalho para promover um bazar, rifas em datas comemorativas e almoços beneficentes. Além disso, em janeiro, a Apae saiu à busca de doações com o caderno de ouro, tentando angariar mais sócios. Atualmente, a instituição conta com a colaboração de 300 sócios ativos, inclusive, quem se interessar pode procurar à escola para fazer cadastro e começar a doar um mínimo R$ 5 por mês. Segundo Aurelino, a população de Pinheiral também tem ajudado como pode, com materiais de limpeza e alimentos, mas o que a Apae precisa mesmo hoje é de ajuda financeira.

A dona de casa, Júlia Lopes, mãe da Yasmin que tem microcefalia, disse que a instituição tem um papel fundamental em sua vida. “Lá eu encontro excelentes profissionais para a evolução diária de minha filha. A Yasmin vai fazer dois anos, além da microcefalia, ela tem dois hematomas na cabeça, um retardamento mental e motor. Mas os especialistas - especialmente a fisioterapeuta e fonoaudióloga - têm feito um trabalho incrível com ela, com total amor e dedicação. E se a Apae não existir mais, o que vai ser da minha filha? E das outras crianças?”, enfatizou.

MP recebe denúncias sobre falta de repasses para instituições ligadas a FIA Ministério Público do Estado (MP-RJ) recebeu denúncias feitas por cerca de 30 instituições ligadas à FIA e pela Comissão da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio

de Janeiro (Alerj). Há meses sem repasses, chega a R$ 23 milhões a divida do Governo com as entidades, onde os convênios estão suspensos por tempo indeterminado. De acordo com o sub procurador geral de Justiça e Administração, Eduardo da Silva Lima Neto, um grupo de trabalho foi formado no MP-RJ para verificar quais são as providencias legais adequadas. A Comissão da Pessoa com Deficiência da Alerj também está empenhada na busca de medidas para que o Estado pague o que deve. Segundo o presidente da comissão, deputado Márcio Pacheco (PSC), o que está acontecendo é uma crueldade. “Na ausência das instituições, o Estado vai assumir os serviços de ponta? Quem vai cuidar dessas pessoas?”, questiona.


geral

08

Chuvas de Verão

Municípios estão em alerta para desastres naturais que ocorrem na estação Defesas Civis atuam na prevenção para minimizar ao máximo os prejuízos ocorridos nesse período

Lívia Andrade

O

verão é a estação característica por chuvas fortes e pelo período em que a Defesa Civil tem que redobrar a atenção. Atualmente, o nível do rio Paraíba do Sul está 0,36m abaixo da cota de normalidade que é 368m de altitude do nível do mar e com uma média de 52% da vazão máxima de saída da Represa do Funil. Portanto, os municípios mostraram estar de prontidão e preparados para agir caso haja alguma anormalidade. A possibilidade de enchentes nas cidades depende do volume de chuva, que pode ocorrer na cabeceira do rio, na represa de Furnas ou nos municípios abaixo da represa e que possuem afluentes menores, influenciando diretamente o rio em Barra Mansa, Volta Redonda e Pinheiral. Em Barra Mansa, no mês de novembro, houve a interdição de um imóvel na Avenida Major José Ben-

to, no bairro Vila Nova, e de uma casa na Rua José Sabino, no Jardim América. Em dezembro, quatro imóveis foram interditados por medida de segurança das famílias, um deles no Distrito de Amparo e três na Rua Orlando Brandão, no Ano Bom. Além disso, havia 85 áreas de risco mapeadas no município, sendo 62 geológicos e 23 hidrológicos. A Defesa Civil da cidade está de sobreaviso desde o início de novembro até 31 de março, quando foi decretado o “alerta verão” através da portaria nº 8653 de 26 de outubro 2016, pelo ex-prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins. Em Volta Redonda, devido aos desastres naturais, também houve algumas interdições desde o dia 01 de novembro, período em que iniciam as chuvas mais fortes. Ao total, foram 314 ocorrências, com 19 interdições e 28 pessoas removidas, sendo os casos de maiores incidências os deslizamentos de terra. O

órgão está integrado com a Coordenadoria Regional de Defesa Civil da Região Sul Fluminense (Redec Sul), com boletins meteorológicos diariamente. De acordo com o diretor do Departamento de Defesa Civil de Pinheiral, Dickson Widmann, o município possui plano de contingência, que direciona as ações e contempla diversas ameaças as que a cidade está exposta. “Temos uma equipe formada por membros de outros setores, como das secretarias de Obras e de Assistência Social, para eventual mobilização urgente em resposta aos desastres naturais decorrentes do período. Também trabalhamos atentos ao alerta dos órgãos Estaduais e Federais: Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Centro de Previsão Técnico de Estudos Climáticos (CEPTEC), Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Centro Estadual de Monitoramento e Aler-

tas de Desastres Naturais (CEMADEN)”, ressaltou. Elisandra Bezerra

Nível do rio Paraíba do Sul está 0,36m abaixo da cota de normalidade

Serviços

Em caso de emergência, os

munícipes da Cidade do Aço devem entrar em contato através do número 199. Os pinheiralenses podem buscar ajuda por meio dos telefones 199 e 3356-6746. Já a população de Barra Mansa deve fazer contato pelos números 199 e 3322-1410.

Projetos do bem: Crise não afetou as ações sociais no último ano

A

Apesar das dificuldades financeiras, voluntários falam sobre a expectativa para 2017

crise financeira que assolou o Brasil em 2016 não foi uma barreira para àqueles que gostam de ajudar o próximo. Mesmo com a queda no número de voluntários ativos, os projetos sociais continuam promovendo suas atividades normalmente, alguns deles, inclusive, realizaram várias ações de Natal. Em Volta Redonda, Pinheiral e Barra Mansa, há muitas entidades sem fins lucrativos, como os Doutores de Esperança, Orar em Ação, Estive Aqui, Amigos Palhaços, DoloRindo, Meninas de Lenço, Corrente do Bem, Troca-Troca do Bem, entre outras. Os “Doutores de Esperança” visitam semanalmente unidades de saúde e asilos de algumas cidades da região Sul Fluminense, promovendo a humanização hospitalar. De acordo com o presidente do grupo, Eduardo Naves, mesmo com algumas dificuldades que surgiram, os voluntários conseguiram honrar com seus compromissos. “Alguns filantropos se afastaram esse ano por questões pessoais. Não acredito que isso seja reflexo de uma crise financeira, até porque as pessoas que fazem esse tipo de trabalho não fazem por dinheiro e sim por amor”, disse,

ainda destacando que no início de 2017 será realizado um curso de capacitação para ingressar na trupe. Atualmente, o projeto “Orar em Ação” está fazendo um trabalho no Residencial Ingá, localizado no bairro Santa Cruz, em Volta Redonda. No local, acontecem oficinas, como, por exemplo, de música, dança, leitura e futebol, além de ajudar as famílias da comunidade. Os voluntários também fazem visitas em hospitais do município, fantasiados de princesas e super-heróis, transformando os corredores das unidades médicas em um mundo encantado. “Nos propusemos a fazer uma caravana de Natal e chegamos a pensar que não iríamos conseguir arrecadar todos os itens, por ser muita coisa e também por causa da crise. Só que, entre brinquedos novos, panetones e livros, arrecadamos mais de mil doações”, contou o voluntário Pedro Borges, ressaltando que neste ano os filantropos querem visitar asilos também. O trabalho do “Estive Aqui” é de arrecadar lenços para serem doados a pacientes em tratamento oncológico, visitar hospitais e pacientes em suas residências, desenvolver oficinas de automaquiagem para corrigir as marcas do tratamento e

Lívia Andrade

Doutores de Esperança durante um plantão na Santa Casa de Misericórdia, em Barra Mansa

ensinar formas de amarrações de lenços e turbantes. Para o idealizador do projeto, Uesllen Francisco, quando se tem o desejo e o anseio em ajudar o próximo, não se pode esperar de braços cruzados. É necessário arrumar meios para contornar esses obstáculos. “As pessoas quando querem ajudar, elas ajudam. In-

dependente da crise, os corações das pessoas não mudaram. A expectativa para o Estive Aqui em 2017 é conseguir superar as marcas dos outros anos em visitações, levando carinho e um pouco de conforto aos pacientes”, concluiu.


polícia

09

Dados da PRF

Mais de quatro milhões de mercadorias contrabandeadas em 2016 Maior quantidade de material foi apreendida na Rodovia Presidente Dutra

Joseane Ramos

A

Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, no ano passado, 4.065.972 milhões de mercadorias contrabandeadas nas rodovias federais do estado do Rio de Janeiro. Grande parte das apreensões, entretanto, ocorreu na Rodovia Presidente Dutra, que corta a região Sul Fluminense. As informações foram repassadas pela PRF , que prendeu 15 pessoas pelos crimes de contrabando e descaminho, em 2016.  As mercadorias mais contrabandeadas costumam ser cigarros, vestuários, eletrônicos, cosméticos, entre outras.   Os produtos costumam en-

trar no país na região do Paraná e Mato Grosso do Sul, vindos do Paraguai. Em geral, chegam ao Rio de Janeiro pela Dutra e seguem para seus destinos, onde serão distribuídos e vendidos. De acordo com a PRF, em relação ao ano anterior, houve um aumento considerável nas apreensões, principalmente de cigarros contrabandeados. A quantidade apreendida no período é de mais de quatro milhões de maços 4.060.260.   Ainda segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, as pessoas flagradas com produtos sem nota fiscal e sem procedência têm as mercadorias apreendidas e podem ser presas por contrabando ou descaminho. Em alguns casos, configura somente infração administrati-

va, gerando penalidade de multa, de acordo com o produto e quantidade transportada. Todo o material e os suspeitos são encaminhados à Receita ou polícia judiciária.

pamentos eletrônicos piratas. Os produtos foram encontrados dentro de um caminhão que vinha do Brás, em São Paulo, com destino ao Espírito Santo e Minas Gerais.  Divulgação

Operação Barreira Fiscal

A Operação Barreira Fiscal, lançada pela secretaria de Estado de Governo com o objetivo de apoiar na fiscalização do trânsito de mercadorias no estado e coibir a sonegação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), também realizou diversas apreensões na região Sul Fluminense. A última registrada em 2016 aconteceu em Itatiaia, onde foram apreendidas 10 toneladas de roupas, bolsas e sapatos sem nota fiscal e seis toneladas de roupas, óculos, celulares e equi-

As mercadorias mais contrabandeadas costumam ser cigarros, vestuários, eletrônicos e cosméticos

Furtado assume DP de Pinheiral e propõe parceria à população Intitulado ‘delegado do povo’, ele foi ovacionado por moradores e autoridades

Elisandra Bezerra

F

amoso e admirado pelo combate ao crime frente à 93ª Delegacia de Polícia (Volta Redonda), Dr. Antônio Furtado assumiu, recentemente, a 101ª DP (Pinheiral) e propôs parceria com a população. “A minha parceria principal é com o cidadão de bem. É com o homem e com a mulher de bem de Pinheiral. É aí que vamos conseguir resultados expressivos. Eu quero que a população confie na Polícia Civil, quero que a população venha à unidade para trazer os problemas. Eu quero ouvir as pessoas de Pinheiral. Meu gabinete está de portas abertas”, disse. Intitulado por pinheiralenses ‘delegado do povo’ nas redes sociais, Furtado chegou com a promessa de que irá trabalhar arduamente para coibir a criminalidade, elucidar crimes e garantir a segurança pública no município. Segundo ele, os principais problemas da cidade estão ligados ao tráfico de drogas e às agressões no ambiente familiar. Ele falou ainda sobre a motivação e a felicidade de assumir

a DP de Pinheiral e estar de volta à região. “Estou extremamente motivado e feliz. Nenhuma autoridade policial consegue fazer um serviço adequado se não estiver atento ao seu maior bem, ao seu maior patrimônio, que é a população que ele serve. Então, contem comigo, vamos estar aqui em defesa de quem precisar”, afirmou. O prefeito Ednardo Barbosa (PMDB) comemorou a posse do novo delegado de Pinheiral. “A gente recebe com muita alegria, é muito bem vindo. Vamos firmar parceria e colaborar com trabalho de convencimento e conscientização dos jovens, não só nas escolas, mas também nos bairros. As medidas não devem ser apenas de repressão, mas de educação”, avaliou. A servidora pública Glaucia Barbosa, que teve um filho assassinado em 2003, cujo assassino não foi punido pelo crime, falou das expectativas com a chegada de Furtado. “A minha torcida é que o Dr. Antônio Furtado consiga resolver tantos outros homicídios sem solução, principalmente os mais recentes. O que eu espero é

RESUMO POLICIAL

Jovem morto e outro ferido

Um jovem, de 22 anos, foi morto a tiros, na porta de sua casa, no bairro Belmonte, em Volta Redonda. Junto com ele estava seu irmão, de 19 anos, que também foi atingido pelos disparos, porém, conseguiu ser socorrido a tempo e foi encaminhado ao Hospital São João Batista. O homicídio foi registrado na delegacia do município e está sendo apurado.

Mais um homicídio

Uma mulher foi morta a ti-

ros no Padre Josimo, em Volta Redonda. Ludmilla Costa Domingos, de 31 anos, foi atingida por quatro disparos, dentre eles, dois acertaram a cabeça da vítima. A mulher era moradora de Barra Mansa. Até o momento, o autor do crime não foi identificado.

Imigrantes detidos

Após denúncia de que estrangeiros em situação ilegal no Brasil estariam hospedados no condomínio Quartier e causando transtornos dentro do hotel, que fica em

Elisandra Bezerra

Sem esconder a felicidade, Furtado ressaltou que a população é o maior bem de uma autoridade policial

isso. O caso do meu filho já não importa mais. A falta dele já está resolvida dentro do meu coração. Eu tive amparo, apoio de amigos e familiares, e os que não têm? A minha expectativa é essa: que o Dr. Antônio Furtado elucide os homicídios e os furtos em Pinheiral que estão ligados ao tráfico de drogas”, disse. Prestigiaram a posse de Furtado o diretor do 5º (DPA) Departa-

mento de Policiamento de Área, delegado Francisco Benitez; o comandante do 28º BPM (Volta Redonda), tenente-coronel Damião Luiz Portella; vereadores de Volta Redonda e Pinheiral; secretários municipais; membros da Comissão de Segurança Pública do município; o ex-prefeito José Arimathéa Oliveira; a ex-vereadora América Tereza; e outras autoridades.

Barra do Piraí, a Polícia Federal prendeu nove portugueses e, com eles, foram apreendidas jaquetas de material sintéticos, malas e perfumes falsificados. Todos foram notificados e obrigados a deixar o país.

Ainda segundo a PM, a plantação era feita em uma horta nos fundos da residência.

Maconha em casa

Um homem, de 29 anos, foi detido por cultivar maconha em casa, no bairro Vila Independência, em Barra Mansa. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito foi localizado na Rua Darcy Noronha, na localidade conhecida como Grota.

Homem assassinado no Açude IV

Mikail Franklin Bagalho de Oliveira, de 28 anos, morreu no Hospital do Retiro, em Volta Redonda. Ele foi assassinado a tiros, em plena luz do dia, no bairro Açude IV. Mikail foi levado para a unidade por populares, mas morreu antes de ser transferido para o Hospital São João Batista. Ele foi atingido por, pelo menos, sete tiros.


economia

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Ano letivo

Procura por material escolar começa a crescer A melhor forma de economizar e tentar manter o orçamento é pesquisar preço, explica economista Elisandra Bezerra

Elisandra Bezerra

A

corrida por material escolar está prestes a começar e em tempo de crise econômica é preciso estar de olhos bem abertos, se proteger de abusos e economizar. Ainda tímida, a procura por material escolar começou a crescer a partir do último dia 15. A professora Cristiane da Cunha Oliveira, mãe de três pequenas estudantes de três, cinco e sete anos, dá dicas preciosas para quem, segundo ela, não se antecipou. “O ideal é se antecipar, mas não tive condições. Agora a saída é pesquisar, rodar bastante, não comprar tudo em uma loja só. A gente busca essa facilidade de comprar tudo e parcelar no cartão, mas não vejo vantagens, porque nem descontos estão nos dando. É por aí, vou

Consumidor começa pesquisar preço para compra de material escolar

economizar um pouco, porque minhas filhas estão matriculadas na rede pública e recebem boa parte do material, mas o bom mesmo é pesquisar”, disse. Segundo o Procon/RJ, no início do ano os estabelecimentos de ensino têm a obrigação de fornecer

uma lista de matérias pedagógicos para os alunos, entretanto, os responsáveis ficam desnorteados com a quantidade de itens cobrados, sem saber que muitos materiais são de uso coletivo, ou seja, deveriam ser fornecidos pela escola, com o custo já incluído na mensalidade do estu-

dante. Muitos pais também não sabem que não pode ser exigido a marca dos materiais escolares, nem obrigar o aluno a adquirir material de determinado estabelecimento comercial, quando se tratar de produtos oferecidos no mercado em geral. Tal exigência configura “venda casada”, prática expressamente proibida pelo art. 39, I, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Algumas escolas ainda exigem que o material seja comprado no próprio estabelecimento, prática também considerada abusiva pelo CDC. Contudo, é aceitável a venda de material didático produzido pela própria escola. Cabe ao responsável avaliar a finalidade dos itens exigidos na lista do aluno: ele irá utilizá-lo para adquirir conhecimentos? Ou o produto será utilizado para abastecer ou cuidar do estabelecimento de ensino?

Liquidação: Consumidor deve ser criterioso com promoções de começo de ano

Q

Economista dá dicas de como adotar precauções, organizar as contas e economizar

uem nunca ficou eufórico com as liquidações do começo de ano? Parece até que o Papai Noel trocou dezembro por janeiro. É nesse período que tudo parece ter ficado mais barato, desde alimento ao vestuário, uma boa oportunidade para levar para casa o que é necessário, mas é preciso ser criterioso. Os descontos são atraentes, no entanto, é preciso colocar o pé no freio, organizar as contas antes de comprar e tomar cuidado com os possíveis riscos e armadilhas que as tradicionais ofertas, principalmente das grandes redes de lojas de depar-

tamentos, eletrodomésticos e eletrônicos, podem oferecer. O país ainda está em crise e o desemprego continua em alta, portanto é preciso adotar precauções, valorizar cada centavo e se conscientizar que podemos ficar satisfeitos com menos e que o importante, neste momento, é economizar. Antes de ir às compras, gastar dinheiro e adquirir prestações, faça as contas e certifique-se de que há dinheiro suficiente para arcar com as despesas desse período, como IPVA, IPTU, material escolar, escola, etc. A economista Paloma Lopes orienta: “Na realidade, o consumidor precisa conhecer os preços dos

RESPOSTA DA CRUZADA EDIÇÃO ANTERIOR

produtos. Muitas vezes o desconto não é real. Quando sabe-se o preço, fica mais fácil verificar descontos. Impulsos de compra devem ser controlados”. Para aqueles que não pretendem abrir mão das liquidações, a economista cita critérios que podem ajudar na economia. “Um exemplo clássico de compra por impulso é ir ao supermercado com fome. Você acaba comprando mais do que compraria se não tivesse faminto. Levar crianças para comprar qualquer coisa também é complicado. Acaba comprando o da moda que é muito mais caro. A criança vai pedir tudo e não necessariamente você tem

como comprar”, aconselha Paloma, acrescentando ainda outra dica importante. “Cuidado com pequenas parcelas. Elas enganam, pois você perde a noção do que foi gasto. Ao somar as pequenas, verá uma grande parcela”, alerta. Elisandra Bezerra

Despesas: antes de sair para as compras é preciso organizar as contas

RESPOSTA SODOKU EDIÇÃO ANTERIOR

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geral

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Moda sustentável

Na contramão da crise, brechós crescem na região

Segmento é alternativa tanto para o consumidor que deseja economizar nas compras como para o empresário que quer faturar com pouco investimento Nathália Azevedo

Nathália Azevedo

A

crise econômica atingiu em cheio quase todos os segmentos do comércio. ‘Quase’ todos. Sucesso na Europa e nos Estados Unidos, os brechós no Brasil viraram verdadeira tendência de moda, deixando de lado o sinônimo de coisas velhas e antiquadas, caindo no gosto de consumidores de diferentes classes e fazendo com que empresários deste ramo conseguissem driblar a atual conjuntura econômica pela qual o país atravessa. De acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o segmento de brechós cresceu 210% nos últimos cinco anos e, hoje, já são mais de 11 mil estabelecimentos especializados e espalhados pelo Brasil. Nesta crescente, Amanda Mendes se encaixa. De consumidora compulsiva a empresária moderna, ela conta que, de tempos em tempos, por ter grande quantidade de peças em desuso, presenteava as amigas com alguns de seus looks, quase todos novos. Em 2012, após procurar por um brechó na cidade de Volta Redonda e não encontrar, decidiu que esta poderia ser uma oportunidade de faturamento. “Inicialmente, era num salão com atendimento agendado para amigas e conhecidas.

Nos brechós é possível garimpar uma peça com até 80% de desconto do preço das lojas convencionais

Naturalmente, com o boca-a-boca e as redes sociais,a procura e o interesse das clientes em trazer suas peças foi aumentando. Eu precisava de um lugar maior para acomodar o crescimento do negócio e, desde 2015, o AM Brechó e Butique fica numa casa no Jardim Amalia I, para onde veio com sua clientela e vem conquistando cada vez mais clientes e fornecedoras”, explica a empresária. Hoje, o Brechó já ocupa cinco cômodos com uma média de cinco

mil peças divididas entre Passeio, Casual, Roupas para Inverno, Roupas para Verão e Festa. Na casa, também há um Café com um variado cardápio para complementar o bom atendimento às clientes da loja. No estabelecimento, também são aceitas roupas, bolsas e calçados em sistema de consignação, em um mínimo de 10 peças, que precisam ser novas ou seminovas, estar em ótimo estado e limpas. “Nós pedimos um prazo para avaliar e colocar preço nas roupas. Entramos em contato e,

não havendo discordância, as peças ficam na loja em seus determinados departamentos. Ao serem vendidas, 50% do valor vai para a dona e 50% fica para o Brechó”, detalha. Ainda de acordo com ela, o que não se encaixa nos padrões de avaliação são, com autorização das donas, doados para instituições beneficentes. Para Amanda, o consumo consciente tem se expandido em todas as áreas. “Alcançamos o público feminino, de todas as idades e classes sociais. Desde pessoas mais conservadoras e que buscam economia até pessoas mais descoladas que procuram o brechó por seu conceito e a modalidade de consumo mais atual. O hábito de consumir de brechós vem de muito tempo. Em 2007, a atriz Angelina Jolie usou um vestido de brechó na première do filme O Poderoso Coração, que custou apenas U$26. De celebridades a quem quer economizar, os brechós são uma escolha inteligente de compra”, frisa. Antenada, Amanda ainda ressalta que há grandes marcas fazendo campanha para evitar o desperdício que, por muito tempo, só cresceu com a valorização de bens materiais e a geração de resíduos e não renováveis. “A economia sustentável veio para cessar ou tentar diminuir esse desperdício com a redução, reutilização e reciclagem dos bens”.

Jogadores do Voltaço se preparam para a temporada 2017 O objetivo principal da equipe Tricolor de Aço é brigar pelo acesso à série B

Lívia Andrade

E

m um ano de muitos desafios e conquistas, o Volta Redonda Futebol Clube encerrou 2016 com o pé direito. Além de garantir o título na Taça Rio, os jogadores conseguiram o acesso para a série C, passando pelo Fluminense de Feira de Santana-BA nas quartas de finais, foram campeões invictos da série D, com um total de 16 jogos, 10 vitórias e seis empates, 29 gols marcados e apenas oito sofridos e ainda conseguiram uma vaga para disputar, em 2017, a Copa do Brasil. Tudo isso aconteceu no ano em que o Tricolor de Aço comemorou 40 anos de fundação. Em 2017, o Voltaço terá um calendário cheio, com a disputa do Estadual, da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro e da Copa Rio. De acordo com o vice de futebol, Flávio Horta Júnior, será um ano de muitos desafios e, se tudo der certo, com grandes conquistas. “Esperamos fazer um grande Estadual, en-

tramos para brigar pelo título. Teremos um adversário complicado pela Copa do Brasil, o Cruzeiro, mas esperamos fazer um bom jogo e seguir na competição. Porém, sem sombra de dúvidas, a nossa principal competição no ano será a série C, onde estamos montando um elenco para brigar pelo acesso à série B, que o nosso maior objetivo na temporada”, destacou. Segundo o gerente de futebol do Tricolor de Aço, Leonardo Dinelli, o Zada, será mantido a espinha dorsal da equipe e isso vai ser de extrema importância para a temporada. “Renovamos com nomes importantes na temporada, como o João Clériston, Cristiano e o David Batista, destaques na campanha do título da Série D. Lógico que, em decorrência da grande temporada que fizemos em 2016, tivemos algumas perdas, mas já trabalhamos para repor com peças a altura e estamos montando um elenco de muita qualidade”, disse, complementando: “Como é o caso do goleiro Mota, que deixou o clube, mas trouxemos para o seu lugar o Douglas Borges, que, inclusive, era

o goleiro titular até ano passado, quando se transferiu para o Ceará. O mesmo aconteceu no comando da equipe. Não conseguimos segurar o

Felipe Surian, mas trouxemos o Cairo Lima, que é um grande técnico, já conhece o clube e tem o perfil que buscamos” ressaltou Zada. Yuri Bandeira/Saída de Bola

Jogadores do Voltaço já se preparam para um extenso calendário de disputas em 2017


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Taí

Equipe do Espaço Juliana Paes e euzinho

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A primeira coluna do ano traz pessoas que fazem a diferença, que representam nosso dia a dia, além das novas parcerias no Programa Taí Para Todos. Podem se deliciar a vontade... Um belíssimo 2017 que está aí começando!

Estefani e Rosana Paes

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(mãos de ferro à frente do Espaço)

Rosana Paes e Adriana Bitencourt

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Ruben Navarro e Thomas in Toronto Station Train

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Mais um click de Toronto

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O casal que ficará na memória da Casa Branca e dos americanos. Matheus Luiz

Taí

O colunista Mário Sérgio (Diário do Vale) e esse apresentador. Adorooooo muito isso!

O profissional de Pinturas, Henrique Corrêa ( HC.Pinturas), em um ensaio fotográfico


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