O São Paulo - 3398

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SEMANÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

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Ano 67 | Edição 3398 | 1º a 7 de junho de 2022

www.osaopaulo.org.br | R$ 3,00

Arquidiocese de São Paulo leva sua estrutura multimídia à ExpoCatólica Luciney Martins/O SÃO PAULO

Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo Metropolitano, visita o estande da Arquidiocese de São Paulo na 15ª ExpoCatólica e dialoga com profissionais dos veículos de comunicação arquidiocesanos

em São Paulo e as mídias digitais. Foram transmitidos programas ao vivo e os visitantes puderam acompanhar o processo de produção do jornal, nas versões impressa e on-line. O Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação promoveu a atividade “Pascom Experience”, com laboratórios de mídia

para agentes da Pastoral da Comunicação. Houve ainda um espaço para divulgar as ações do Amparo Maternal. Realizada no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, o evento recebeu 21 mil visitantes e teve a participação de 200 expositores.

Editorial

Espiritualidade

Peçamos a Nossa Senhora a graça de conformar nosso coração ao de seu Filho

É o Espírito que promove a unidade entre os diferentes e lhes dá os dons

Dom Scalabrini: a santidade vivida no apostolado aos migrantes

Encontro com o Pastor

Liturgia e Vida

A ‘Igreja em saída’ também inclui o chamado a sermos uma ‘Igreja sinodal’

O divino Paráclito foi comunicado à Igreja no dia de Pentecostes

Saiba como evitar golpes via PIX ao fazer doações para as paróquias

Dom Odilo Scherer abençoa nova sede da Caritas Arquidiocesena de São Paulo

Maior feira da América Latina de produtos e serviços para igrejas e instituições católicas, a ExpoCatólica foi realizada na capital paulista, entre 27 e 30 de maio. Em seu estande, a Arquidiocese de São Paulo deu destaque para seus veículos de comunicação: o jornal O SÃO PAULO, a rádio 9 de Julho, o folheto Povo de Deus

Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa serão feitos cardeais Vatican Media/Arquivo

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Arte: Sergio Ricciuto Conte

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2 | Encontro com o Pastor | 1º a 7 de junho de 2022 |

CARDEAL ODILO PEDRO SCHERER Arcebispo metropolitano de São Paulo

Q

ue significa “Igreja em saída missionária”? A expressão foi inspirada no Documento de Aparecida, que insiste na necessidade de uma renovação missionária da Igreja. No Documento, fala-se de “conversão missionária” pessoal, comunitária e da Igreja inteira, referindo-se à necessidade de superar uma pastoral apenas voltada para a manutenção da Igreja, como se toda obra missionária já tivesse sido concluída. Foi o Papa Francisco quem usou a expressão “Igreja em saída missionária”, na exortação apostólica Evangelii Gaudium (2013), sobre a nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Nas palavras do Papa, isso significava que a Igreja, além de estar de portas abertas para acolher quem nela quer entrar, deve também abrir as portas para sair ao encontro das pessoas e situações, não ficando apenas voltada sobre si mesma. Sair ao encontro do mundo, que pensa diversamente dela, tem sua própria lógica e é muito diversificado nas suas crenças e não crenças a respeito de

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Igreja em saída missionária tudo. A Igreja em saída está disposta a ouvir com respeitosa paciência, a dialogar com sincera atenção pelo outro, a valorizar o que há de bom nos outros e no mundo. O Papa tem mostrado essa atitude de “Igreja em saída missionária”, de muitas maneiras. Nas suas viagens internacionais, ele sempre encontra personalidades e grupos de religiões diversas, ouve pessoas que fazem o bem, mesmo sem serem católicas. Como destino de suas viagens apostólicas, ele tem incluído países que poderíamos chamar de “periféricos”, que não estão no centro das atenções e decisões das autoridades políticas, econômicas e financeiras mundiais. Entre os cardeais que nomeia de tempos em tempos, há sempre alguns de países com poucos cristãos, como é o caso do Vigário Apostólico da Mongólia, onde há cerca de 1,5 mil cristãos apenas, ou do Arcebispo de Timor Leste. Nesses casos, há uma nítida atenção em relação às “periferias da Igreja” e do mundo. “Igreja em saída” também inclui a chamada a sermos uma “Igreja sinodal”, vivendo a comunhão, a participação e a missão. É importante revivermos essas três dimensões essenciais da Igreja, que fazem parte da sua natureza, para superarmos certa tendência ao “sedentarismo eclesial”, com estruturas pesadas e pouco eficazes e sem vida nem dinamismo missionário. E não é diferente o propósito do nosso sínodo arquidioce-

sano, ao nos convocar a fazermos um “caminho de comunhão, participação e missão”. Caminhar juntos, saindo dos nossos redutos fechados e autorreferenciais, e das zonas de conforto, importando-nos mais com a situação dos outros. Não podemos pensar apenas na nossa paróquia, nosso movimento, nossa pastoral, nossa diocese. Não será mera coincidência que nossa assembleia sinodal arquidiocesana inicia, justamente, seu trabalho entre as solenidades da Ascensão de Jesus aos céus e Pentecostes. Na Ascensão, Jesus enviou os Apóstolos em missão, para anunciarem o Evangelho a toda criatura e para serem suas testemunhas em toda parte. O cristão, discípulo de Jesus, claramente, não é alguém que possa ficar parado, de braços cruzados, com medo de sair ao encontro dos outros e de lhes comunicar a Boa Notícia! Os Anjos, na Ascensão, repreenderam os Apóstolos, que continuavam a olhar para o céu, depois da subida de Jesus para os céus: “Homens da Galileia, por que ficais aqui parados, olhando para o céu”? Foi uma forte chamada a serem “Igreja em saída missionária”, já naquele primeiro início da Igreja! A vida é marcada pela feliz esperança de estar com Jesus no céu, um dia. Mas, enquanto isso, este é um tempo de missão, de sair ao encontro dos outros, sem ficar parados nem esquecer o mandato missionário de Jesus: “Ide”!

E, também, não será por mera coincidência que, no Domingo da Ascensão, os dois novos Bispos Auxiliares da Arquidiocese de São Paulo, Dom Cícero Alves de França e Dom Rogério Augusto das Neves, foram acolhidos em suas Regiões Episcopais, para iniciarem, efetivamente, sua missão na Arquidiocese de São Paulo. Foram chamados ao Episcopado para a missão de evangelizar e ser testemunhas de Deus nesta cidade imensa e para animar o povo de Deus para ser “Igreja em saída missionária” em todas as comunidades e realidades eclesiais. Para isso, contam com os dons do Espírito Santo, verdadeiro animador da vida da Igreja, Mestre do Evangelho, Defensor, Consolador, Luz no caminho. É o Espírito Santo que dá fecundidade e fruto à missão da Igreja em saída missionária. Igreja em saída missionária é mais que um conceito abstrato: ele realiza-se no dia a dia da vida da Igreja, quando estamos atentos à voz do Espírito Santo: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz à Igreja” (cf. Ap 2-3). Cada paróquia, organização pastoral, Instituto de Vida Consagrada, movimento, associação de fiéis, colégio católico, meio de comunicação ou mídia social ligada à Igreja, cada família e fiel, em particular, todos somos chamados a assimilar sempre mais essa chamada a sermos “Igreja em saída missionária”.

Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação semanal impressa e online em www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Padre Michelino Roberto • Redator-chefe: Daniel Gomes • Revisão: Padre José Ferreira Filho e Sueli Dal Belo • Opinião e Fé e Cidadania: Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP • Administração e Assinaturas: Maria das Graças Silva (Cássia) • Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: OESP Gráfica • Redação: Rua Manuel de Arzão, 85 - Vila Albertina - 02730-030 • São Paulo - SP - Brasil • Fone: (11) 3932-3739 - ramal 222 • Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700, 3760-3723 e 3760-3724 • Internet: www.osaopaulo. org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinaturas) • Números atrasados: R$ 3,00 • Assinaturas: R$ 90 (semestral) • R$ 160 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail • A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.


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Espiritualidade O Espírito e a Igreja DOM JOSÉ BENEDITO CARDOSO

BISPO AUXILIAR DA ARQUIDIOCESE NA REGIÃO LAPA

A

liturgia da Solenidade de Pentecostes nos reporta “ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana”, quando os discípulos estavam reunidos a portas fechadas, por medo dos judeus, ocasião em que Jesus entra e lhes deseja a paz. Estavam com medo do que acontecia fora da casa devido à tensão causada pela morte do Senhor, e apresentavam enormes dificuldades em compreender a realidade do túmulo vazio e o testemunho de Maria Madalena e outras mulheres. A paz dita por Jesus é um modo de expressar sua compreensão diante do medo e da desconfiança dos discípulos. É importante lembrar que uma comunidade que não está reconciliada

não está pronta para a missão, as brigas internas consomem o tempo e desviam do essencial. Para sair em missão, é preciso levar o que a Igreja tem de melhor, sobretudo um testemunho que dê credibilidade e convença as pessoas. Jesus sopra sobre os discípulos, dá o seu Espírito para que eles possam incendiar o mundo com o fogo do amor, aquele que perdoa pecados e que prefere os pequenos, pobres e excluídos. Tendo recebido o Espírito, a missão não se tornou mais fácil, os problemas não foram resolvidos, os adversários não foram eliminados; mas a confiança e a harmonia agora presentes na comunidade são suficientes para abrir portas, ultrapassar muros, construir pontes para que o anúncio da Boa-Nova chegue a todos os povos e se cumpra o que escreveu São João: “O que vimos e ouvimos anunciamos a vocês [...] para que a vossa alegria seja plena” (1Jo 1,3-4). O Espírito nos impele para além do que já foi dito e feito, para além do saudosismo de algo que foi bom naquele tempo e para aquelas pessoas, para além de uma fé tímida e cautelosa. O Cardeal

Martini, em 2012, afirmou que a Igreja está cansada e, citando Karl Rahner, remeteu esse cansaço à imagem das brasas que se escondem sob as cinzas. Hoje, há muita cinza a ser removida e o Espírito nos provoca a removê-la para que as brasas voltem a aquecer o que estava frio, a clarear o que estava escuro. A comunidade dos apóstolos era formada por pessoas com histórias, habilidades e saberes diversos. A maioria era composta de pessoas simples, habituadas a viver do trabalho de suas mãos, mas também tinha Mateus, certamente dotado de instruções específicas, pois foi cobrador de impostos. Tinha os de origem hebraica, os de origem grega e os que eram de temperamento pacato e os mais ardorosos com ideias e sensibilidades diferentes. Eram todos diferentes. São Paulo diz que “há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito” e “a cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum”. É o Espírito que promove a unidade entre os diferentes e os enriquece de dons para que cada um possa oferecer a sua parte para proveito de todos. Temos visto com certa frequência

pessoas e grupos fechados em suas ideias e eclesiologias, teimando em dizer que são os únicos a estar com a verdade. Estão tentando fechar as portas, desejosos de ser um “cenáculo de medo”, atentando com certa agressividade contra aqueles que pensam, sonham e vivem uma Igreja mais sinodal, participativa, misericordiosa, comprometida com os pequenos, movida pelo sopro do Espírito. O Papa Francisco vê isso com muita preocupação e afirma: “Há a tentação de construir ninhos: reunir-se à volta do próprio grupo, das próprias preferências, o semelhante com o semelhante, alérgico a toda contaminação. E do ninho à seita, o passo é curto, mesmo dentro da Igreja”. Por fim, uma comparação: a Igreja é como um rio. O importante é permanecer dentro dele e não interessa se porventura se está um pouco deste lado e um pouco do outro, mais à esquerda ou mais à direita, pois o Espírito Santo faz a unidade. O grande perigo é pular fora desse rio e se apossar de pequenas lagoas, que com o passar do tempo acabam secando. A Igreja é para todos, como mostrou o Espírito Santo no dia de Pentecostes.

Atos da Cúria NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ASSISTENTE ECLESIÁSTICO DE PASTORAL: Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da IVC – Iniciação à Vida Cristã da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Silvio Costa Oliveira, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da IVC – Iniciação à Vida Cristã da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre João Henrique Novo do Prado, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral da Comunicação da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Pedro Ricardo Pieroni, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral da Educação da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Ednilson Turozi de Oliveira, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral do Ecumenismo e do Diálogo Inter-religioso da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Ednilson Turozi de Oliveira, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral do Dízimo da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Jaime Izidoro de Sena, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Laicato da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Dorival Ferreira Leite, CRL, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral da Liturgia da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Álvaro Moreira Gonçalves, pelo período de 02 (dois) anos.

Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico da Pastoral dos Coroinhas e Cerimoniários da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Álvaro Moreira Gonçalves, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para os Movimentos Marianos da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Armênio Rodrigues Nogueira, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Apostolado da Oração da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Armênio Rodrigues Nogueira, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Diaconato Permanente da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Roberto Carlos Queiroz Moura, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Vocacional da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Maycon Wesley da Silva, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para as Novas Comunidades da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Orisvaldo da Silva Carvalho, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Campanha da Fraternidade da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Luciano Andreol, SMM, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Carcerária da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Luciano Andreol, SMM, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para as CEBs –

Comunidades Eclesiais de Base da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Cilto José Rosembach, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a RCC – Renovação Carismática Católica da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Francisco Antônio Rangel de Barros, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Operária da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre José Domingos Bragheto, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral do Menor da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre José Carlos da Silva Leite, CSCh, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Fé e Política da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Ezael Juliatto, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral da Criança da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Gilberto dos Santos Martins, pelo período de 02 (dois) anos.

Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Sociedade São Vicente de Paulo da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Gilson Feliciano Ferreira, SV, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Setor Juventude da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre José Miguel Portillo, CSSp, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Setor Juventude da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Evander Bento Camilo, MPS, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Setor Família da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Márcio Campos da Silva, CSCh, pelo período de 02 (dois) anos. Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para o Setor Família da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Airton Pereira Bueno, pelo período de 02 (dois) anos. POSSE CANÔNICA:

Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Carcerária da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Mário Scopel, CRL, pelo período de 02 (dois) anos.

Em 19/05/2022, foi dada a posse canônica como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, no bairro da Vila das Mercês, na Região Episcopal Ipiranga, ao Reverendíssimo Frei Lisaneos Francisco Prates, O. De M.

Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral da Saúde da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Padre Ezael Juliatto, pelo período de 02 (dois) anos.

Em 18/05/2022, foi dada a posse canônica como Vigário Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, no bairro do Jabaquara, na Região Episcopal Ipiranga, ao Reverendíssimo Padre Cleiton Guimarães dos Santos, SCJ.

Em 06/05/2022, foi nomeado e provisionado como Assistente Eclesiástico para a Pastoral Afro da Região Episcopal Brasilândia, o Reverendíssimo Cônego José Renato Ferreira, pelo período de 02 (dois) anos.

Em 27/03/2022, foi dada a posse canônica como Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Loreto, no bairro Vila Medeiros, na Região Episcopal Sant’Ana, ao Reverendíssimo Padre Álvaro de Oliveira Joaquim, OSJ.


4 | Ponto de Vista | 1º a 7 de junho de 2022 |

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Editorial

Coração de Jesus, Coração de Maria

N

esta semana, em que celebramos a Ascensão do Senhor, concluímos o mês de Maria e damos início ao mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Dediquemos, então, estas linhas à reflexão sobre o papel exercido para nossa salvação e santificação por estes dois Corações tão unidos entre si – que, aliás, dão origem à bela devoção de Nossa Senhora dos Divinos Corações. Em primeiro lugar, sob a invocação do Sagrado Coração de Jesus, nos lembramos não apenas do coração físico de Cristo, de seu verdadeiro corpo perfurado pela lança, mas, também, da ternura humana com que quis nos amar. Jesus quis nos salvar integralmente, em cada aspecto de nosso ser: por isso, re-

dimiu todas as nossas faculdades e paixões. Assim é que São Paulo podia nos exortar a ter os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus (Fl 2,5), o qual “não se apegou ao ser igual a Deus, mas, como que se esvaziando a si mesmo, assumiu a forma de servo, humilhando-se, feito obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,6-8). Em Cristo, podemos esperar que esta nossa vontade, distorcida pelo pecado original e inclinada para o egoísmo, seja plenamente redirecionada ao bem e ao amor de Deus, em autêntica santidade. A ternura e o amor que Jesus nos teve são certamente motivo bastante para nos mover à imitação de Cristo – mas a ideia de nos humilharmos, carregando nossa Cruz cotidiana, frequentemente nos tenta ao desânimo.

Aqui é que entra, por sua vez, o Imaculado Coração de Maria: Nossa Senhora era uma pessoa humana como nós, que, com sua abertura à graça, conseguiu conformar seu coração totalmente ao de Cristo. É muito significativo, aliás, que em Fátima (Portugal), Nossa Senhora tenha revelado seu coração coroado de espinhos – pois esta é tradicionalmente a representação do Coração de Cristo, não do de Maria. A alma de Maria, portanto, é o modelo a que todos devemos aspirar: a uma pessoa humana, que em cada aspecto de sua existência disse “sim” a Deus. E Maria não só é nosso modelo: ela é também nossa doce e querida Mãe! Nada mais característico de uma Mãe que acalmar e afastar o medo de seus filhos. No belíssimo

hino Dies Irae, sobre o Juízo Final, cantamos Quid sum miser tunc dicturus, quem patronum rogaturus, quando judex sit venturus? – “Que direi eu, pobre miserável, a qual advogado recorrerei, quando o juiz houver de vir?”. Maria é nossa Advogada – e lembramos aqui aquela comovente cena do Auto da Compadecida, em que João Grilo, já prestes a ser condenado, recorre confiante à materna intercessão de Nossa Senhora, Mãe de Deus, de Nazaré! Quando Cristo ascendeu aos céus, os discípulos voltaram a Jerusalém para buscar aconchego em sua Mãe. Peçamos, então, a Nossa Senhora a graça de conformar sempre mais nosso pobre coração ao de seu Filho, para, assim, podermos subir com Ele à morada de Deus.

Opinião

João Batista Scalabrini, um dos ‘santos sociais’ Arte: Sergio Ricciuto Conte

PADRE ALFREDO JOSÉ GONÇALVES, CS A boa notícia chegou em meados de maio de 2022. O bem-aventurado João Batista Scalabrini (1839-1905) será canonizado brevemente. Foi o fundador das Congregações dos Missionários e Missionárias de São Carlos (Scalabrinianos). Alguns historiadores batizaram o século XIX de “século do movimento”: movimento de navios, trens, carros, aviões... E de gente, muita gente! As turbulências provocadas pela Revolução Industrial sacudiram o Velho Continente. Entre 60 e 70 milhões de pessoas tiveram que emigrar para os países das Américas. Somente da Itália, onde Scalabrini exerceu as funções de pároco e bispo, saíram mais de 20 milhões de emigrantes. Junto com outros fundadores e fundadoras de congregações com caráter marcadamente apostólico, os chamados “santos sociais”, Scalabrini soube ler os sinais dos tempos. Acompanhou de perto os debates, polêmicas e atividades ligadas à “questão social” e à “questão migratória”. Empreendeu uma viagem aos Estados Unidos (1901) e outra ao Brasil (1904) para visitar seus conterrâneos. Preocupou-se em procurar missionários e fundar um instituto religioso masculino para trabalhar com os migrantes (1887) e outro instituto religioso de missioná-

rias para o mesmo fim (1895). Sem se esquecer do instituto leigo fundado para facilitar o embarque e desembarque dos migrantes. Scalabrini possuía um “coração maior que a sua diocese”, espalhando-se por onde se dispersavam aqueles que não eram absorvidos pelas fábricas incipientes e tinham que cruzar o oceano. Daí vir a ser chamado de “pai e apóstolo dos migrantes”. De acordo com seu primeiro biógrafo, Padre Giovanni Semeria, era “um símbolo […] um daqueles homens que encarnam em si as aspirações mais profundas de

um momento histórico”. Sempre junto com outros “santos sociais”, em particular na segunda metade do século XIX, foi responsável por uma nova sensibilidade social da Igreja para com o contexto de grandes transformações políticas e econômicas. Sensibilidade essa que levaria à publicação da encíclica Rerum novarum, de Leão XIII, em 1891, documento inaugural da Doutrina Social da Igreja. Scalabrini foi profeta e protagonista de seu tempo. Como profeta, denunciou com veemência os maus agentes da migração como “comerciantes de

carne humana”. Ao mesmo tempo, porém, foi capaz de entrever nos fenômenos migratórios um verdadeiro anúncio da Boa-Nova do Evangelho, na exata medida em que os migrantes podem contribuir para o encontro, o diálogo, o intercâmbio e o enriquecimento de distintos povos e culturas. Longe de empobrecer, o confronto das diferenças representa uma forma de depuração de valores que conduz a um recíproco aprendizado. Sem se deixar ser vítima, o migrante é também artífice de avanços civilizatórios. Nos escritos e iniciativas de Scalabrini, emerge com força a figura de um protagonista de tempos novos. No empenho com os migrantes e de dentro da própria Igreja, sua obra e vida iluminam o cenário complexo dos desafios daquela época. Por isso, não seria exagero afirmar que Scalabrini, ao lado de outros fundadores e fundadoras do mesmo período, formaram uma espécie de precursores remotos do Concílio Vaticano II. Foram capazes de encarnar o espírito do Concílio, em sua preocupação com “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem” (constituição pastoral Gaudium et spes, 1). Padre Alfredo José Gonçalves, CS, pertence à Congregação dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos).

As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.


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| 1º a 7 de junho de 2022 | Viver Bem/Fé e Vida | 5

Comportamento

Fé e Cidadania

Vida real, mundo virtual e a realidade paralela

A regra de São Bento e a Doutrina Social

LUIZ VIANNA Quando falamos da internet, temos a impressão de que se trata de um lugar virtual, separado por completo da vida real. Essa percepção é parcialmente verdadeira, principalmente se olharmos com alguma atenção para as redes sociais, sua estrutura e lógica de funcionamento. Se por um lado elas permitem que nos conectemos com outras pessoas que amamos, não podemos nos esquecer de que, de outro lado, há uma empresa que objetiva seus lucros e sua expansão. A interface do aplicativo no dispositivo móvel, por exemplo, lembra intencionalmente a operação de um caça-níqueis: ao “baixar a alavanca”, você nunca sabe o que vai aparecer. Assim, se não prestarmos muita atenção, nos vemos aprisionados, buscando as atualizações desse conteúdo infinito, sem cessar. Aliás, se o tema lhe parece interessante, sugiro que veja o documentário “The Social Dilemma”, de 2020 (em português: “O dilema das redes”), no qual profissionais que trabalharam nas maiores empresas de tecnologia apresentam como esses mecanismos foram criados objetivando o vício no seu uso. Para dar um exemplo prático: lembro-me das férias do verão passadas na praia, quando chamei a atenção de meus filhos para outra família próxima a nós. Pai, mãe, filho e filha, cada um em seu próprio dispositivo, olhando por horas para aquelas telas, navegando em seus “mundos virtuais”. Enquanto isso, no mundo real, minha esposa, meus filhos e eu

conversávamos, apreciávamos a linda paisagem e degustávamos um delicioso camarão. Que saudades! Esse é o ponto central que gostaria de chamar a atenção e aprofundar neste artigo e em outros futuros. Sobre a nossa relação com esse “mundo virtual”. Quando me refiro a esse mundo, não me limito apenas às redes sociais. É preciso notar que, com o avanço da tecnologia, esse conceito se apresentará de forma mais agressiva no futuro. A partir das redes sociais de hoje e até lá, é importante termos claro alguns pontos, seja para nós, seja para a orientação de nossos filhos. Se para nós pode ser um agradável passatempo, para muitos, sobretudo os mais novos, o “mundo virtual” se tornou um lugar atraente e aparentemente seguro, onde se busca aquilo que não se consegue facilmente na vida real. Nesse “mundo virtual”, as comidas são mais bonitas, as viagens são maravilhosas, as profissões são todas de sucesso. Não há rugas, não há caras fechadas. Assim, podemos acabar sendo atraídos pela “imagem virtual” que criamos de nós mesmos. Todos nós já vimos, nos locais em que frequentamos, adolescentes tirando dezenas de fotos de si mesmos, procurando o ângulo mais perfeito e a feição mais atraente. Ao publicarem suas fotos ou compartilharem o local onde estão, aguardam ansiosamente pelas “curtidas” e elogios que virão. No final do dia, da mesma forma que nós quando adolescentes, buscam a aceitação e o reconhecimento. A inocente foto de si mesmo pode esconder algo mais profun-

do, que é a criação de uma realidade paralela, na qual me torno um personagem distante de quem sou de fato. Aos poucos, os mais jovens podem acabar se moldando para ser aquele personagem que tem o maior índice de aceitação. Contudo, entre ele e seus amigos há um algoritmo, uma inteligência artificial que decide o que vai aparecer para os outros. No final do dia, ao contrário do que se pensa, a sua aceitação não está sendo moldada pela opinião de seus amigos, mas em grande parte por aquilo que a empresa acha que é importante destacar. Sim, seus filhos podem estar sendo moldados pela inteligência virtual treinada por uma empresa, cujo viés (bias, no inglês) ninguém é capaz de dizer para onde aponta. Em um mundo profundamente ideologizado, já se sabe aonde isso pode levar. Ao voltarmos para o mundo real, deparamo-nos com o boleto sobre a mesa, o mau humor do companheiro de trabalho e a comida que veio errada no almoço. O mundo real não tem piedade, não dá para tirar 20 selfies para publicar a melhor, não há segunda oportunidade para apresentar o trabalho para um cliente. E a forma mais fácil de lidar com as frustrações do mundo real é se voltar perigosamente ao refúgio do “mundo virtual”. Mas como lidar com isso? Bom, me parece que devemos ser “o sal da terra e a luz do mundo na internet!”. Mas isso é assunto para outra oportunidade. Luiz Vianna é engenheiro, pós-graduado em Marketing e CEO da Mult-Connect, uma empresa de tecnologia

Atos da Cúria Reprodução

IRINEU UEBARA Num passeio ao Mosteiro da Esperança (do Irmão Bernardo), no Vale da Páscoa, ao adentrar na capela do Santíssimo, o letreiro de madeira “Ore e trabalhe” me trouxe à lembrança uma reflexão dos tempos acadêmicos. “Ore e trabalhe” é uma regra beneditina imperativa e determinante à vida monacal. O ócio é inimigo da alma. Os irmãos devem estar ocupados, em tempos determinados, com o trabalho manual e em horas determinadas também com a leitura divina. Essa regra não pode ser aplicada também à vida de cada batizado, mesmo que não faça parte de nenhuma ordem religiosa? Pode produzir bons frutos, evitar o ócio, não se deixar levar pela preguiça e indolência e se dedicar ao trabalho com toda a atenção, bem como se alimentar da Palavra de Deus. Orar constantemente faz com que elevemos o espírito e o entendimento para dialogar com Deus e, se observarmos os três passos recomendáveis: reconciliar-se com o próximo, reconciliar-se com Deus e reconciliar-se consigo mesmo, a comunhão se fará plena. Essa regra monástica, ainda, nos faz recordar a orientação de São Francisco de Assis a todos os que o seguiam, de que cada um carrega consigo uma gruta, onde quer que esteja e disponível quando quiser. Referia-se ao corpo como a gruta, e a alma como o ermitão que nele habita para contemplar e dialogar com Deus. Convenhamos: é algo que pode ser assumido por todos os batizados. Sim, somos fiéis, agentes ativos da Igreja que devem caminhar incessantemente em busca da santidade, apesar de todas as imperfeições humanas. A outra prática nos mosteiros em que tudo era partilhado recorda o descrito na Didaqué pelas primeiras comunidades cristãs. Partilhava-se tudo: a oração, o pão, o trabalho e o fruto que dele resultava. Tudo estava a serviço de Deus, inclusive o trabalho nas bibliotecas, nas oficinas, nos campos lavrando a terra e o plantio para a subsistência. Não será um modelo de vida para os tempos atuais? Basta um pouco de imaginação para transportar e adotar práticas análogas, fazendo com que o testemunho de nossas vidas possa inspirar os que não professam fé alguma ou se declaram ateus ou agnósticos que tendem a ser maioria, se nenhum esforço de evangelização for feito para evangelizar os povos. Podemos, numa simplificação singela, entender que tal cenário de partilha corresponde às proposições da Doutrina Social da Igreja (DSI). Os monges não se descuidavam da obra social. Cuidavam dos pobres, provendo-lhes sustento; dos viajantes e peregrinos, dando-lhes abrigo, ou seja, não eram fechados em si, nem fechavam os mosteiros à comunidade. Eram atuantes e antenados com tudo que afligia o povo e nunca deixavam de atender a quem lhes solicitasse ajuda. Não é uma grande ironia e imenso paradoxo quando se faz a análise e se conclui que o homem parece tudo poder, mas não consegue o básico, o essencial à sobrevivência humana: trabalho digno a fim de prover o seu alimento, a sua educação, a sua roupa, o seu teto, o seu bem-estar, o seu lazer, para não falar da independência e da sua liberdade para bem dirigir a sua própria vida, inclusive espiritual? Afinal, é isso que a Doutrina Social da Igreja propõe quando defende o princípio da dignidade da pessoa humana! No mundo atual, falta o espírito monástico, falta-nos o monge. Sobra-nos o espírito de consumo e materialismo, o de competição extremada, o da burguesia dos tempos modernos: busca do conforto e do prazer desmedidos. Sociedade insaciável em que Deus é ilustre desconhecido e o mundo, uma aldeia global onde o pajé é o poder econômico! Irineu Uebara, bacharel em Teologia, advogado e licenciado em Letras, com atuação em diversos movimentos e pastorais na Arquidiocese de São Paulo.


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BRASILÂNDIA Marcos R. Bastos

Peregrinações regionais ao Santuário Sião Jaraguá são concluídas SUELI VILARINHO

COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

No sábado, 28 de maio, aconteceu a peregrinação do Terço dos Homens ao Santuário Sião Jaraguá, marcando o encerramento das peregrinações da Região Episcopal Brasilândia neste mês. Presidiu a celebração Dom Carlos Silva, OFMCap. Entre os concelebrantes estiveram os Padres Armênio Nogueira, responsável pelos movimentos marianos na Região; e Gustavo Hanna Crespo, Reitor do Santuário. Na homilia, Dom Carlos explicou que a palavra santuário significa Casa de Deus no meio da casa dos homens: “A nossa vida é feita de encontros, alguns nos fazem muito bem,

cheios da bênção e da Graça de Deus. Aqui no Santuário, recebemos uma força, uma injeção de ânimo”. O Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia recordou que Deus escolheu enviar seu Filho ao mundo por meio de Maria. “Ela é imaculada, assunta ao céu de corpo e alma. No Natal, Deus veio morar entre nós, e foi no tempo da Páscoa que Ele fez o caminho contrário, levou todos os homens até o céu. Por isso, Cristo é um pontífice, que o Senhor nos permita e ensine a construir pontes”, explicou. Por fim, Dom Carlos disse que aquela foi a primeira peregrinação do Terço dos Homens ao Santuário Sião, algo que deve se repetir no quarto sábado de maio do ano que vem. JL Freitas

201ª Festa do Divino Espírito Santo é aberta pelo Cardeal Scherer na Freguesia do Ó RAEL PIMENTA, JL FREITAS E MARTA GONÇALVES COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

Na sexta-feira, 27 de maio, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa de abertura da 201ª Novena e Festa do Divino Espírito Santo, da Paróquia Nossa Senhora da Expectação, Setor Freguesia do Ó. Na homilia, Dom Odilo ressaltou a beleza da novena e da tradição que a comunidade mantém. O tema da festa “Reaviva a chama do dom de Deus que está em ti” (2Tm 1,6) o remeteu ao sínodo arquidiocesano. O Arcebispo Metropolitano lembrou que o Espírito Santo é o Consolador; o Defensor nas dificuldades; o Mestre da fé, que ensina, ilumina e mostra o caminho; e o Santificador, que faz buscar uma vida correta. O Espírito Santo faz com que as pessoas sigam no [SÉ] Na Solenidade da Ascensão do Senhor, no domingo, 29 de maio, a Paróquia de Nossa Senhora de Casaluce, Setor Brás, encerrou os festejos dedicados à “Maria de Casaluce”, tanto com a celebração eucarística na matriz quanto com a tradicional festa italiana. A comunidade levou a imagem em procissão pelas ruas do Brás, recordando que Maria é venerada nesta região da cidade desde 1900. (por Padre Simone Bernardi) [SANTANA] Na Capela Santo Expedito, pertencente à Paróquia Nossa Senhora da Piedade, foi celebrada, no dia 25 de maio, a missa que recordou a primeira celebração eucarística presidida pelo então Padre Jorge Pierozan, em 25 de maio de 1997, na Paróquia São Braz, em Vanini (RS). Além do Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, que foi o presidente desta celebração, concelebraram o Padre Luís Izidoro Molento, Pároco, e os Padres Tiago Costa, MS, Maurício Dias, MS, e Kleber Jorge Montag. (por Denilson Araújo) [SANTANA] Na quinta-feira, 26 de maio, na Paróquia São Sebastião, Setor Vila Guilherme, foi realizada uma Sessão Solene da Câmara Municipal de São Paulo para a entrega da Salva de Prata à Paróquia por seus 100 anos de existência. Além do Padre Luiz Cláudio Vieira, Administrador Paroquial, o evento contou com a presença de autoridades, paroquianos e convidados. (por Fernando Fernandes)

caminho do bem, fortalece o que é bom. Assim, é preciso que cada pessoa renove os dons que recebeu no Batismo, dons da fé em Deus, da esperança, da caridade. Dom Odilo acrescentou que não se deve dar ouvidos aos que falam mal da Igreja e que procuram fomentar a divisão. Aos fiéis, o mais importante é conhecer a vida de Jesus, da Igreja e dos santos, que professaram a mesma fé que hoje é professada. Nos dias 28 e 29, as missas da novena foram presididas pelos Padres Sebastião Braga, da Arquidiocese de Campo Grande (MS), e Armênio Nogueira, Vigário Paroquial, respectivamente. Além das missas, aconteceu o levantamento do Mastro do Divino, em que paroquianos o carregaram em direção ao Largo da Matriz, sendo colocado à frente da igreja. Como nos anos antes da pandemia, dezenas de pessoas acompanharam o cortejo. Benigno Naveira

Lídia de Fátima

[LAPA] Na Paróquia Santo Alberto Magno, no Jardim Bonfiglioli, Setor Butantã, no domingo, 29, foi realizada a missa presidida por Dom José Benedito Cardoso, durante a qual foi conferido o sacramento da Confirmação a oito jovens e adultos. Concelebrou o Padre Antonio Francisco Ribeiro, Pároco. (por Benigno Naveira) Pascom Mandaqui

[SANTANA] No domingo, 29 de maio, Dom Jorge Pierozan presidiu a missa na Paróquia Santo Antônio dos Bancários, Setor Mandaqui, durante a qual conferiu o sacramento da Confirmação a 31 jovens e adultos. Concelebrou o Padre Geremias Gomes dos Santos, Pároco, com a assistência do Diácono Permanente Durval Bueno. (por Silvano Jacobino)

[BRASILÂNDIA] No sábado, 28 de maio, a Comunidade Divino Espírito Santo da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Souza, se reuniu para celebrar o primeiro dia da Festa do Divino. A Santa Missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada pelo Administrador Paroquial, Padre Luiz Carlos Ferreira Tose Filho. Na homilia, Dom Odilo destacou a celebração do Jubileu de Prata da comunidade e motivou os fiéis: “Caminhem de esperança em esperança”. (por Luccas Sant’Ana)


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IPIRANGA Catequistas participam de curso de atualização RAQUEL MARIA SIMÕES PRADO TORDIN COLABORAÇÃO ESPECIAL PARA A REGIÃO

A Pastoral Bíblico-Catequética da Região Ipiranga promoveu, no sábado, 28 de maio, um curso de formação para catequistas e para todos aqueles que desejam se tornar um, com assessoria das Irmãs Lúcia e Ana Clara, da Congregação de Nossa Senhora de Belém, do Rio de Janeiro, cujo carisma dá atenção especial à Catequese. A programação se desenvolveu por meio de reflexões, estudos e dinâmicas,

que abordaram conteúdos como vocação e missão do catequista, conhecimento do catequizando, a Catequese de inspiração catecumenal, metodologia do encontro catequético e Catequese mistagógica. A atividade aconteceu na Paróquia São João Batista, na Vila Guarani, Setor Pastoral Imigrantes, com o apoio do Padre Ricardo Antonio Pinto, Pároco, e de várias pastorais da comunidade. O Padre José Lino Mota Freire, Assistente Eclesiástico dessa Pastoral na Região, enalteceu a presença de 101 catequistas

Ângela Akemi Lavado

e demais interessados, provenientes de várias paróquias do Ipiranga. Frei José Maria Mohomed Júnior, Coordenador de Pastoral, também res-

saltou que eventos como esse contribuem para a formação dos que, em um futuro próximo, serão escolhidos para exercer o ministério de catequista.

LAPA

Colaboradores das secretarias paroquiais têm formação sobre os sacramentos

Ages completa 40 anos em defesa de crianças e adolescentes

Em 25 de maio, no Salão da Cúria da Região Sé, realizou-se a primeira reunião presencial das(os) secretárias(os) paroquiais, após o período de restrições em razão da pandemia. A atividade contou com cerca de 60 participantes, representando mais de 80% das paróquias da Região. O encontro teve a assessoria do Padre Everton Fernandes de Moraes, Chanceler do Arcebispado de São Paulo, que enfatizou diversos aspectos referentes aos sacramentos, sobretudo os do Batismo e do Matrimônio, inclusive previstos no

Código de Direito Canônico e no Diretório de Sacramentos. Ele destacou também que é fundamental haver acolhida e compreensão nas secretarias paroquiais em relação à história de vida dos fiéis, sem a criação de regras genéricas que os impeçam de receber os sacramentos, mas sempre com o desejo de ajudá-los a encontrar uma solução adequada para que possam, assim, ser alcançados pela graça de Deus. Padre Everton também esclareceu dúvidas ao longo do encontro, que foi concluído com uma bênção do Cônego Aparecido Silva.

Fundada em 1982 como uma instituição sem fins lucrativos, vinculada à Pastoral do Menor da Região Lapa, a Associação Civil Gaudium et Spes (Ages) tem por missão atender, acolher, proteger e defender crianças, adolescentes e jovens em situação de violação de direitos, abandono, violência e risco pessoal ou social. Para desenvolver suas atividades, a Associação obtém recursos por meio de instituições religiosas, empresas e organizações particulares, recebe doações de pessoas físicas e organiza bazares, festas, rifas e eventos, além de manter convênios

com órgãos da Prefeitura de São Paulo e parcerias com universidades (PUC-SP, USP e Mackenzie). Atualmente, há casas de acolhida, creches e abrigos mantidos pela Associação, que oferecem atendimento a crianças e jovens de até 18 anos de idade incompletos, sobretudo aqueles de comunidades carentes da regiões Norte, Oeste e Noroeste da cidade, além de apoio às famílias indígenas da capital paulista, com serviços de documentação, assistência, educação e saúde. Para conhecer melhor o trabalho dessa instituição, cujo Presidente de Honra é Dom Fernando Penteado, Bispo Emérito de Jacarezinho (PR), acesse o site www.ages-gaudium.org.br.

[BRASILÂNDIA] No domingo, 29 de maio, no Colégio Santa Lúcia Filippini, aconteceu o 2° avivamento do Conselho Particular dos Vicentinos da Região Episcopal Brasilândia, com o tema “Somos uma família”. Participaram 56 vicentinos, que acompanharam palestras sobre espiritualidade, humanidade e missão. (por Karina Marta)

[BRASILÂNDIA] Nos dias 28 e 29 de maio, foi realizada na Paróquia São Luís Gonzaga, Setor Pereira Barreto, a 1ª Formação da Pastoral da Escuta, com o tema “Escutar com o ouvido do coração”, em alusão à temática do 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais. A implantação desta pastoral foi sugerida durante as assembleias da etapa paroquial do sínodo arquidiocesano, em 2019, e, mesmo após a fase mais intensa da pandemia, verificou-se a necessidade de uma concretização da Pastoral. A formação foi finalizada com missa presidida pelo Padre Roberto Moura, Pároco. (por Taíse Cortês)

[IPIRANGA] No domingo, 29 de maio, na Paróquia Nossa Senhora, Mãe de Jesus, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, presidiu a missa em que houve o encerramento da novena em honra à padroeira da comunidade, e durante a qual 30 pessoas, entre jovens e adultos, receberam o sacramento da Confirmação. (por Lívia Lobo)

CENTRO PASTORAL DA REGIÃO SÉ

BENIGNO NAVEIRA

COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO

Pascom paroquial

Benigno Naveira

[IPIRANGA] No sábado, 28 de maio, em missa na Paróquia Sagrada Família, Setor Pastoral Cursino, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, conferiu o sacramento da Confirmação a 21 jovens. Concelebrou o Frei Claudemir Rodrigues da Silva, OP, Pároco. (por Ana Beatriz Menezes)

[LAPA] No sábado, 28 de maio, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, Setor Lapa, aconteceu a reunião da Pastoral Litúrgica regional. Os trabalhos foram coordenados por Dom José Benedito Cardoso, com a participação de cerca de 180 pessoas. O palestrante convidado foi o professor Marcio Antônio de Almeida, que refletiu sobre o tema “A Palavra de Deus na liturgia eucarística”. (por Benigno Naveira)

Pastoral da Pessoa com Deficiência realiza romaria a Aparecida FERNANDO ARTHUR

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

No sábado, 28 de maio, a Pastoral da Pessoa com Deficiência, da Arquidiocese de São Paulo, realizou a sua segunda romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, contando com 54

romeiros, incluindo cadeirantes e pessoas com outras deficiências. “Para as pessoas com deficiência, é muito difícil a mobilidade para sair de casa, viajar, encontrar amigos”, ressaltou Sandra Ramalhoso, coordenadora arquidiocesana da Pastoral. Ela lembrou que houve o auxílio do Atende –modalida-

de de transporte gratuito, porta a porta, da Prefeitura de São Paulo, destinado às pessoas com autismo, surdocegueira ou deficiência física severa –, além de um serviço de ônibus e micro-ônibus especiais, que possibilitou levar os romeiros de São Paulo até o Santuário Nacional. “Foi muito emocionante, pois muitos

nunca haviam ido lá”, afirmou Sandra. Ela também disse que a Arquidiocese de São Paulo apoiou a iniciativa, além da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, que forneceu os alimentos para consumo nos trajetos de ida e volta. “Precisamos ter incentivo e apoio para que possamos chegar aos lugares”, concluiu.


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Kátia Maderic

[BRASILÂNDIA] O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa das 19h do domingo, 29 de maio, na Paróquia Santo Antônio, na Vila Brasilândia, por ocasião dos 68 anos da comunidade paroquial. “Foram anos em que as pessoas que passaram construíram parte da história na Brasilândia, sendo testemunhos de Deus na Paróquia, neste pedaço de São Paulo”, mencionou o Arcebispo na homilia. “A comunidade deve continuar fervorosa com fé e coragem hoje para o amanhã”. E concluiu: “Que Deus os abençoe, que o Espírito Santo os assista, e Santo Antônio interceda por todos”. A missa foi concelebrada pelo Padre Edemilson Camargo, Pároco. (por Kátia Maderic) [IPIRANGA] No sábado, 28 de maio, na Casa da Solidariedade da Região Ipiranga aconteceu o encontro de formação destinado aos agentes regionais das pastorais sociais, com a assessoria do Padre Alfredo José Gonçalves, CS, com o tema “O que são as Pastorais Sociais?” Participaram representantes da própria Casa da Solidariedade, além de membros das Pastorais da Moradia, do Povo de Rua, Operária e da Ação Social. A partir da reflexão das Bem-Aventuranças, o Sacerdote fez um resgaste acerca da compreensão e promoção da questão social na Igreja ao longo do tempo, referendada, sobretudo, por documentos pontifícios, e organizou uma roda de conversa entre os participantes, permitindo que expusessem suas opiniões e apresentassem suas dúvidas. (por Solange Cervera) Alexandre José Motta

[SÉ] Na sexta-feira, 27 de maio, na Paróquia-Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Setor Perdizes, Dom Carlos Lema Garcia, Bispo Auxiliar da Arquidiocese, presidiu a missa, concelebrada pelo Frei Jair Roberto Pasquale, TOR, Pároco, durante a qual conferiu o sacramento da Crisma a 21 adultos e jovens. (por Alexandre José Motta)

[LAPA] Na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Parque Continental, Setor Butantã, aconteceu, no dia 21 de maio, o “reencontro” com os jovens que estiveram em retiro, no mês de abril, na cidade de Mairinque (SP). Durante a atividade, houve a pregação sobre o tema “Não nos cansemos em fazer o bem...” (Gl 6,9), encerrando-se com a adoração ao Santíssimo Sacramento e a participação da missa. (por Benigno Naveira)

José Henrique Monfré

Pascom paroquial

[SANTANA] Dom Jorge Pierozan presidiu no domingo, 29 de maio, a missa em que seis jovens e adultos receberam o sacramento da Crisma. Concelebrou o Frei Guilherme Pereira Anselmo Junior, SIA, Pároco. (por Lene Zuza) [SÉ] No domingo, 29 de maio, foi celebrada a missa comemorativa do décimo primeiro mês do ano jubilar da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Setor Jardins, com o tema “Com Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, agradecemos as maravilhas que o Senhor realizou na vida desta paróquia”. A Pastoral homenageada deste mês foi a da Liturgia. (por Rogério Nakamoto) [LAPA] Em 24 de maio, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Setor Pirituba, participaram da celebração eucarística na memória litúrgica da padroeira, presidida por Dom José Benedito Cardoso, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, e concelebrada pelo Padre José Pedro Batista, Pároco. (por Benigno Naveira) Benigno Naveira

[BRASILÂNDIA] Na quinta-feira, 26 de maio, membros das Pastorais da Saúde e de Fé e Política na Região Brasilândia participaram da reunião mensal do Conselho Gestor do Pronto Socorro Municipal 21 de Junho, Freguesia do Ó. A presença dos agentes na reunião atende à dimensão “Política Institucional” da Pastoral da Saúde, no âmbito do controle social do Sistema Único de Saúde (SUS). (por Ozana Conti e Marcos Rubens)

[BRASILÂNDIA] Os fiéis da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Setor Pastoral Dom Paulo, celebraram na sexta-feira, 27 de maio, os 27 anos da ordenação sacerdotal do Padre Reinaldo Torres, Pároco, que presidiu a missa em ação de graças. Concelebraram alguns dos padres que acompanharam mais de perto sua trajetória sacerdotal. Também participaram da missa amigos e parentes. [LAPA] Os fiéis da Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, no Jardim Pinheiros, pertencente à Paróquia Santo Alberto Magno, Setor Butantã, comemoraram no sábado, 28 de maio, a festa da padroeira, e participaram da procissão e da celebração eucarística presidida pelo Padre Hayang Lim Koo (Padre Daniel), Vigário Paroquial. Ao fim da missa, aconteceu a coroação de Nossa Senhora Auxiliadora pelas crianças (por Benigno Naveira) da comunidade. [LAPA] A Pastoral das Secretárias e Secretários Paroquiais realizou, na quinta-feira, 26 de maio, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, Setor Lapa, a reunião das secretárias e secretários, conduzida por Dom José Benedito Cardoso, com a participação do Assistente Eclesiástico da Pastoral da Região, Padre Antonio Francisco Ribeiro, e o palestrante convidado, Padre Everton Fernandes Moraes, Chanceler da Arquidiocese de São Paulo, que falou sobre o Diretório dos Sacramentos.

(por Maria Leda Silva Martins Santana)

[SÉ] No domingo da Solenidade da Ascensão do Senhor, 29 de maio, a Paróquia Nossa Senhora Achiropita, Setor Pastoral Cerqueira César, festejou o dia da Mãe Negra, com homenagens a Nossa Senhora, no encerramento do mês mariano. A missa foi presidida pelo Padre Antônio Sagrado Bogaz, PODP, Pároco, e concelebrada pelo Padre Edson Teixeira de Lima, PODP, Vigário Paroquial.

[IPIRANGA] No domingo, 29 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor, antes de presidir a missa na Paróquia São João Batista, Setor Ipiranga, Dom Ângelo Ademir Mezzari, RCJ, abençoou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que foi conduzida em procissão até a entrada da igreja e entronizada em uma capelinha, agora completamente restaurada. Celebrou-se também em honra do Bem-Aventurado João Batista Scalabrini, fundador dos Scalabrinianos, cuja festa litúrgica é em 1º de junho. Recentemente, o Papa Francisco anunciou que Scalabrini será canonizado. (por Padre Antônio Seganfredo, SC)

[SÉ] Na Paróquia Santo Inácio e São Paulo Apóstolo, na quinta-feira, 26 de maio, aconteceu o terceiro encontro dos leigos do Setor Paraíso, coordenado pelo Padre Mário Pizetta, SSP, Pároco e Coordenador de Pastoral do Setor. Estiveram presentes representantes das Paróquias Santo Inácio, Santa Rita de Cássia, Santíssimo Sacramento e Santa Generosa, que contou também com a presença de seu Pároco, Padre Cássio Albério. (por Padre Mário Pizetta, SSP) Mariana Carvalho

(por Maria Aparecida de Godoy) Marcos Wilkens

(por Benigno Naveira)

[LAPA] A Pastoral da Criança da Região Lapa realizou, no domingo, 29 de maio, na Área Pastoral São João Batista, no Jardim Rizzo, uma missa em ação de graças, com a participação dos coordenadores pastorais dos Setores da Região Lapa, presidida pelo Padre Hayang Lim Koo, (Padre Daniel), Vigário Paroquial e Assistente Eclesiástico da Pastoral da Criança na Região. (por Benigno Naveira)

[LAPA] No domingo, 29 de maio, aconteceu o encerramento da festa da padroeira da Paróquia Nossa Senhora do Líbano, Setor Pirituba. Na ocasião, as crianças da Catequese fizeram a coroação da ima(por Pascom paroquial) gem mariana.

[LAPA] Na Paróquia São João Batista, na Vila Ipojuca, Setor Lapa, no sábado, 28 de maio, aconteceu a celebração eucarística presidida por Dom José Benedito Cardoso, durante a qual foi conferido o sacramento da Confirmação a nove adultos, além da renovação do mandato, por dois anos, de 23 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC). Concelebrou o Padre Fabiano de Souza Pereira, Pároco. (por Benigno Naveira)

[SANTANA] Uma missa na Basílica Menor de Sant’Ana, no dia 24 de maio, presidida por Dom Jorge Pierozan, marcou a comemoração dos 25 anos de sua ordenação presbiteral. Entre os concelebrantes esteve o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. Também participaram padres e diáconos atuantes em diferentes regiões episcopais da Arquidiocese e um número expressivo de fiéis. Na homilia, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana relembrou o caminho trilhado ao longo destes 25 anos, que começou com a ordenação sacerdotal em Vanini (RS), sua terra natal, e continua guiado pelo lema “Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente” (Jo 10,18). (por Mariana Carvalho)


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| 1º a 7 de junho de 2022 | Geral/Fé e Vida | 9

Dom Odilo Scherer preside missa no jubileu de 350 anos do nascimento de Santa Lúcia Filippini Ernando Eusebio Santos Filho

Cardeal Odilo Pedro Scherer, Dom Carlos Silva e os Padres Marcio Campos e Carlos Alves junto às irmãs do Instituto Mestras Pias Filippini

ADEMIR BARBOSA

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

No sábado, 28 de maio, o Instituto Mestras Pias Filippini organizou uma missa por ocasião dos 350 anos de nascimento de Santa Lúcia Filippini e dos 60 anos de fundação da Vice-Província brasileira. A Eucaristia foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. Concelebraram Dom Carlos Silva, OFMCap, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia; o Padre Marcio Campos da Silva, Capelão, e o Padre Carlos Alves Ribeiro, Pároco da Paróquia Santa Cruz, onde, há 60 anos, em 2 de maio de 1962, foram acolhidas as Mestras que chegaram ao Brasil com a missão de assumir o noviciado para a formação de novas irmãs brasileiras. Apesar da grande dificuldade com a língua portuguesa, logo as irmãs puseram mãos à obra e visitaram as famílias a

fim de conhecer a realidade, e assumiram a Catequese e a direção de várias associações religiosas, bem como lecionaram música e inglês na escola paroquial. Na homilia, Dom Odilo lembrou que a Ascensão de Jesus ao Céu, celebrada no domingo, 29 de maio, “já é nossa vitória, pois somos membros do seu corpo, a Igreja Corpo de Cristo. Somos chamados também à esperança de participar da sua glória, a Igreja do Céu onde também Santa Lúcia está, juntamente com todos os santos da Igreja, participando da vitória de Cristo. Também somos chamados a viver essa meta de chegarmos um dia à morada eterna”. Tendo vivido entre 1672 e 1732, Santa Lúcia pensou em garantir a Educação às crianças mais carentes de sua época, também por entender que educar compreende não só a inteligência, mas os grandes mistérios da vida e da fé.

Irmã Maria Helena de Carvalho, Vice-provincial do Instituto, ao final da celebração, agradeceu a Dom Odilo, aos concelebrantes e a todos os que participaram da missa, memorando a celebração do Papa Francisco às Mestras Pias Filippini por ocasião do ano jubilar em maio deste ano, quando o Pontífice disse: “Educar é transmitir vida. Santa Lúcia sabia educar, sabia ensinar a muitos, porque ela não deixou de ser discípula de Jesus e de ficar diante da cátedra, ou seja, diante da Cruz. Transmitiu a todos o que guardava em seu coração. Viveu a sua congregação para servir, e o serviço é o grande ensinamento do Mestre Jesus, que veio para servir e não para ser servido. Em todas as atividades, Santa Lúcia colocava Jesus no centro, essa mulher vivia uma confiança constante em Deus sempre com a certeza de que: ‘Tudo pode falhar, mas não a ternura de Deus’”.

Primeira sessão da assembleia sinodal arquidiocesana acontece no sábado, 4 REDAÇÃO

osaopaulo@uol.com.br

No sábado, 4, acontecerá a primeira sessão da assembleia sinodal arquidiocesana. O evento, realizado na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), reunirá cerca de 350 membros convocados, representando as mais diversas expressões e organizações da vida eclesial e pastoral da Arquidiocese: clero, leigos, religiosos e organismos eclesiais e pastorais. “A assembleia sinodal arquidiocesana deverá acolher o resultado dos trabalhos preparatórios realizados nos anos anteriores de caminho si-

nodal, valorizando todas as contribuições que vieram das comunidades, paróquias, regiões e vicariatos episcopais, organizações eclesiais e pastorais presentes em nossa imensa Arquidiocese. E também deverá acolher os resultados da vasta pesquisa de campo e do levantamento paroquial, feitos em 2018. Os dados que emergiram desse esforço de ‘ver-ouvir’ são muito importantes e devem ser, agora, objeto de nova reflexão e discernimento na assembleia”, explicou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, na apresentação do Instrumento de Trabalho da Assembleia,

no qual consta uma nova versão do Regulamento da Assembleia Sinodal. Nesta primeira sessão, será apresentado o relatório geral que, como enfatizou Dom Odilo, apresentará aos participantes da assembleia sinodal o estado da questão do tema do sínodo a partir dos levantamentos e reflexões realizadas nas etapas anteriores do sínodo. A partir desse relatório, os membros da assembleia refletirão e elaborarão, ao final dos trabalhos, propostas para a vida e a missão da Igreja em São Paulo, a partir das quais o Arcebispo, posteriormente, poderá tomar decisões e dar os devidos encaminhamentos pastorais.

Liturgia e Vida SOLENIDADE DE PENTECOSTES 5 DE JUNHO DE 2022

Vinde, Espírito Santo! PADRE JOÃO BECHARA VENTURA Dez dias após a Ascensão, Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos, conforme havia prometido. Assegurou, desse modo, a sua presença perene “junto” a nós e “dentro” de nós. O divino Paráclito foi comunicado à Igreja no dia de Pentecostes e será, até o fim dos tempos, infundido em cada cristão por meio dos sacramentos. A sua presença, porém, será mais fecunda e perceptível na medida em que formos mais assíduos na oração, na penitência e nas boas obras. Ele é o Doce Hóspede que, a partir do Batismo, vem habitar a alma: “Deus enviou o Espírito de seu Filho em nossos corações, o qual clama Abbá, ó Pai” (Gl 4,6). É Ele a Luz dos Corações que afugenta a escuridão do pecado, tornando-nos filhos de Deus e semelhantes a Jesus Cristo. Sem a sua divina Presença, é impossível agradar ao Senhor, pois nada resta de inocente em nós. Sem Ele, não há fé, já que “ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo” (1Cor 12,3). Sem Ele, não há esperança, nem amor, nem verdadeira paz. O Espírito Santo é o grande Santificador, que atua silenciosamente. Age juntamente com a palavra onipotente de Cristo para absolver os pecados, realiza o milagre da Transubstanciação, atualiza o Sacrifício do Senhor na missa e eleva as almas à ordem da graça. Foi Ele quem realizou de uma vez por todas a Encarnação do Filho de Deus no ventre de Maria; é também o Espírito Santo quem nos traz Jesus diariamente. Ele lava nossa sordidez; irriga a aridez das almas fechadas para Deus e prisioneiras de raciocínios meramente humanos; cura a fraqueza da vontade; esclarece a inteligência; e purifica as memórias mais sujas. Consolador Ótimo, Ele traz alívio nos sofrimentos, refrigério no calor das tribulações e bálsamo em meio às lágrimas. Por isso, é chamado também de Pai dos Pobres. O seu divino esplendor não sente nojo ou indiferença ao ver nossa miséria. Se nos voltarmos para Ele com fé e confiança, se lhe implorarmos caridade, não se recusará a nos revestir de sua beleza incomparável e a nos enriquecer com o seu septenário de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus. Como os apóstolos em Pentecostes, unimo-nos hoje à Virgem Santíssima, criatura absolutamente repleta do Espírito Santo. Imploramos a Deus Pai, no Nome de Jesus, pela Igreja inteira: “Derramai por toda a extensão do mundo os dons do Espírito Santo, e realizai agora no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho” (Coleta). Que haja um “novo Pentecostes” de fé, de coragem, de generosidade, de pureza e de amor a Deus! Pedimos ao divino Paráclito que, ao descer como um Raio de Luz dos Céus, para realizar a renovação grandiosa da terra, não deixe de se lembrar de nosso pobre coração: “Lava o que está sujo, rega o que está árido, cura o que está ferido, dobra o que está rígido, aquece o que está frio, endireita o que está desviado” (Sequência de Pentecostes). Amém.


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Arquidiocese apresenta sua estrutura de comunicação na 15ª ExpoCatólica FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

A Arquidiocese de São Paulo marcou presença na 15ª edição da ExpoCatólica, realizada entre os dias 27 e 30 de maio, no Pavilhão Amarelo do Centro de Exposições e Convenções Expo Center Norte, em São Paulo. A maior feira de produtos e serviços para igrejas e instituições católicas da América Latina reuniu expositores de livros, artigos religiosos, móveis, equipamentos, serviços, turismo e educação católicos. Este ano, o estande da Arquidiocese deu destaque aos veículos de comunicação (jornal O SÃO PAULO, rádio 9 de Julho, folheto Povo de Deus em São Paulo e mídias digitais), contando com um estúdio multimídia de onde foi transmitida

Mais do que uma aula, foi uma experiência de imersão no dia a dia dos meios de comunicação. A estudante de Publicidade Giovanna Sionti Costa foi uma das participantes da atividade e ficou admirada por conhecer a estrutura e a equipe de mídia da Igreja em São Paulo. “Projetos como esse devem ser mais divulgados”, disse.

INTEGRAÇÃO

Para Karen Eufrosino Santos, coordenadora da Pascom na Região Episcopal Ipiranga, a participação no estande da Arquidiocese foi uma expressão concreta na busca de integração dos serviços de comunicação da Igreja em São Paulo e um testemunho de unidade. “Foi uma verdadeira experiência de pertencimento”, afirmou. Juliana Bacci, da Região Episcopal

a internet. Hoje, temos esse instrumental tão grande de mídias, de meios de comunicação que podem estar a serviço da evangelização. Portanto, é muito importante que dediquemos nossa atenção para evangelizar por meio de todas as formas de comunicação”, afirmou, destacando, porém, que a comunicação pessoal nunca pode ser esquecida. Durante os dias de evento, alguns dos bispos auxiliares da Arquidiocese de São Paulo, bem como bispos de outras dioceses, também estiveram no estande, dialogaram com o público e participaram da programação da rádio.

AMPARO PELA VIDA

O estande da Arquidiocese também contou com a presença do Amparo Maternal, entidade que há mais de 80 anos

dos expositores para serem leiloados em eventos da entidade, sem contar pessoas que manifestaram interesse de serem voluntárias na obra. “Nossa presença na feira realmente superou as expectativas”, completou a diretora.

SALDO POSITIVO

Adiada por dois anos devido à pandemia de COVID-19, a 15ª ExpoCatólica marcou a retomada das atividades das empresas desse segmento. O saldo foi positivo, com mais de 21 mil visitantes e 200 expositores, além de palestras e eventos. Fábio Castro, diretor da Promocat Marketing Integrado, empresa idealizadora e promotora da feira, destacou ao O SÃO PAULO que as interrogações dos expositores e organizadores antes da feira foram todas satisfeitas positivamente. Luciney Martins/O SÃO PAULO

uma programação especial para a rádio e mídias digitais, além da redação que permitiu que os visitantes acompanhassem o processo de edição do semanário arquidiocesano e a produção de notícias em tempo real sobre a feira para o site do jornal (www.osaopaulo.org.br). Os visitantes da ExpoCatólica encontraram pessoalmente os comunicadores e demais profissionais dos veículos arquidiocesanos, e permaneceram diante do estúdio de vidro para acompanhar as atrações da única rádio que transmitiu sua programação ao vivo durante toda a feira. Por ocasião do Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado no domingo, 29 de maio, o Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação promoveu a atividade “Pascom Experience”, uma série de laboratórios de mídia voltados para agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom). Ao longo de toda a feira, os agentes da Pascom colaboraram na acolhida dos visitantes e na apresentação da estrutura de comunicação da Arquidiocese.

Santana, ressaltou a oportunidade de conhecer pessoalmente a rotina e os profissionais da rádio e do jornal que sempre dão suporte à Pascom por meio do contato virtual. “Fazer parte da acolhida me proporcionou a experiência de conhecer pessoas interessadas nos meios de comunicação da Arquidiocese”, acrescentou. O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, esteve na ExpoCatólica na sexta-feira, 27 de maio. Ele percorreu a feira e dialogou com expositores. Na visita ao estande da Arquidiocese de São Paulo, ele foi ao estúdio móvel da rádio 9 de Julho, durante o programa “Em Família”, apresentado por Cidinha Fernandes. Referindo-se ao Dia Mundial das Comunicações Sociais, Dom Odilo enfatizou que as comunicações sociais, em sua variedade instrumental, ajudam a evangelizar. “Jesus, ao subir aos céus, entregou aos apóstolos esta missão: ‘Vão, proclamem o Evangelho por todo o mundo’. Os apóstolos foram e usaram a voz, viajaram a diferentes lugares. Ainda não havia o rádio e a televisão, não havia o microfone, nem

atua na acolhida e assistência a gestantes, puérperas e bebês em situação de vulnerabilidade. Os agentes do Amparo Maternal também atraíram a atenção do público da feira para a campanha Amparo pela Vida (https://amparopelavida.com.br), que visa a arrecadar fundos para a entidade continuar sua missão. “Fomos muito acolhidos pelas pessoas que passaram pela feira e se interessaram em conhecer nosso trabalho e colaborar de alguma forma”, relatou Lorenna Pirolo, diretora-presidente da entidade, que destacou, ainda, o crescimento da visibilidade do Amparo Maternal nas redes sociais durante a ExpoCatólica. “Fizemos muitos relacionamentos e contatos com possíveis patrocinadores, apoiadores e fomentos para projetos”, acrescentou Lorenna, destacando o quanto os empresários e responsáveis por instituições se identificaram com a causa promovida pela entidade. Além disso, o Amparo recebeu doações tanto financeira quanto de produtos

O empresário sublinhou que, embora a pandemia tenha impactado negativamente muitos expositores, também foi um período propício para se reinventarem e descobrirem novas oportunidades. “O mercado que atende a Igreja tem mostrado seu potencial. Destaco o turismo religioso, que nas edições anteriores da feira estava acanhado e agora tem perspectivas positivas, assim como os eventos.” Outra novidade própria dessa edição da ExpoCatólica é o impacto das mídias digitais, especialmente dos influenciadores e personalidades católicos que ganharam destaque no período da pandemia e que fizeram da feira um local de encontro presencial de muitos que se conheciam apenas virtualmente. Concluída a feira, os organizadores já começam a pensar na próxima. Em primeira mão, Fábio Castro informou que, como nas primeiras edições, a ExpoCatólica voltará a ser anual e por isso, em breve, será anunciada a data da edição de 2023.


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Feira aproxima lojistas católicos de clientes, mostra inovações e auxilia na evangelização Luciney Martins/O SÃO PAULO

DANIEL GOMES, FERNANDO ARTHUR E JÚLIA CABRAL

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Ao longo dos quatro dias da 15a ExpoCatólica, entre 27 e 30 de maio, o Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte tornou-se um ambiente que ilustrou um pouco da multiplicidade da Igreja e das inovações em produtos e serviços utilizados para a expressão da fé e da piedade popular.

INOVAÇÕES

Nos estandes dos setores de Artes Sacras e Paramentos; Móveis e Equipamentos; Serviços para Igrejas; e de Tecnologias em Áudio e Vídeo foi possível encontrar algumas inovações e atualizações de versões de produtos. A empresa Beatek – Sinos e Relógios, por exemplo, apresentou a aplicação da inteligência artificial e da automação para o acionamento de sinos. “Hoje, a Inteligência Artificial reconhece o peso do sino e por meio da automação é possível fazer com que se embale mais ou menos, com um simples toque no botão”, explicou Marco Kaiser, engenheiro da empresa, comentando ainda sobre a existência dos sinos eletrônicos, utilizados especialmente em templos em que não há torres para a instalação de um sino. “No sino eletrônico, as gravações são programadas para tocar automaticamente em um horário”, detalhou. Ainda referente à sonorização, a Auravox AudioItalia apresentou um “processional” que pode ser carregado nas costas, substituindo, assim, os carros de som em procissões. “Ele é portátil, não precisa estar ligado à energia elétrica para funcionar, pois tem uma bateria incluída na coluna de sustentação. É muito leve, pesa cerca de 5kg, pode ser carregado nas costas. O som que sai das duas cornetas localizadas no alto alcança até 300 metros, e ainda há entradas USB, para que possa ser colocado um pen drive com músicas. Também há entradas para os instrumentos”, explicou Fabrizio Starace, proprietário da empresa. E já há até alternativa para a confecção de imagens de santos: a empresa Procade apresentou as imagens feitas em látex, parcialmente confeccionadas com borracha reciclável, tendo um valor intermediário entre as feitas de gesso e as de resina, mas com a vantagem de não quebrarem.

LIVROS E JOGOS RECREATIVOS Entre os estandes mais movi-

Cerca de 21 mil pessoas visitam os estandes em busca de produtos e serviços, e conhecem os trabalhos de congregações e novas comunidades

mentados da feira estiveram os das editoras católicas, com destaques para as sessões de autógrafos, que aproximaram os autores do público após o período mais intenso da pandemia de COVID-19. “Nossa percepção é que as pessoas estavam com saudade do encontro que uma feira como esta proporciona. A presença do público superou a nossa expectativa. Tínhamos o receio de que as pessoas se sentissem inseguras, já que a pandemia ainda não acabou. Estamos surpresos, pois as pessoas vieram”, afirmou Áliston Monte, gerente editorial da Ave-Maria. Já a Minha Biblioteca Católica levou à feira a proposta de assinatura de livros católicos para entrega mensal aos assinantes, em um box que contém um livro principal, além de material complementar com detalhes sobre a vida do autor e o contexto histórico da obra, bem como novenas e orações. “Procuramos fazer uma experiência literária, uma experiência com o livro, ou seja, esse kit é como se fosse uma visita à uma igreja, pois há toda uma experiência da cultura católica, de referências estéticas, de beleza e de arte que o envolve”, explicou Matheus Baso, fundador da Minha Biblioteca Católica. Outra editora, a Pensamento Lúdico, mostrou ao público jogos de tabuleiro pedagógicos, voltados à evangelização de crianças e adolescentes na etapa da Catequese de iniciação cristã, como o “No Caminho de Jesus”, o “Bingo dos Evangelhos” e o “Caça Respostas – Maria, Mãe de Jesus”. “Acreditamos que, conhecendo melhor a vida de Jesus, as crianças, adolescentes e jovens poderão entender melhor a mensagem que Ele traz. Desse modo, o jogo é uma ferramenta pedagógica, não um fim em si mesmo, e se torna um braço da Catequese”, comentou Rodrigo da Silva Soares, desenvolvedor de jogos da editora.

TRADIÇÕES REGIONAIS E TURISMO

Em parcerias com os governos estaduais, alguns santuários divulgaram suas atrações e estruturas. No estande do Rio de Janeiro, por exemplo, houve destaque para os Santuários do Cristo Redentor, de Fátima e da Penha. No de Goiás, aconteceu a divulgação da Romaria do Divino Pai Eterno, que terá início em 24 de junho; no do estado do Espírito Santo, ocorreu a divulgação dos Santuários de Nossa Senhora da Saúde, de São José de Anchieta e da Basílica de Santo Antônio. Já no da Bahia, além da mostra sobre o Santuário de Santa Dulce dos Pobres, houve a divulgação da campanha “Um Milhão de Amigos para Santa Dulce”, voltada a manter as obras sociais por ela iniciadas. Também o turismo religioso esteve em alta na feira, com grande procura por pacotes de viagens nacionais e internacionais. “Com a pandemia, tudo ficou paralisado. As pessoas deram um pouco mais de valor à vida, pensam em aproveitar o tempo que têm. Isso tem feito com que elas se movimentem ainda mais. Agora a procura está alta, pois ficou represado durante dois anos, e a tendência é crescer mais”, comentou Miriam Deghiara Fava, diretora comercial da ATM Travel, agência de viagens que pela primeira vez montou um estande na ExpoCatólica.

APOIO À EVANGELIZAÇÃO

O encontro do público com os músicos e bandas católicos também foi uma das marcas do evento, com apresentações em estandes como os da Rede Século 21, Canção Nova, da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, Aliança de Misericórdia, produtora Fino Tom, Movimento Sertanejo Católico, Projeto Novos Talentos Católicos, bem como no estúdio móvel

da rádio 9 de Julho no estande da Arquidiocese de São Paulo. Novas comunidades e congregações religiosas também marcaram presença na feira, entre as quais a Shalom, Filhos João Batista, Fraternidade Jesus Salvador, Instituto Verbo Encarnado, Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, os Padres e Irmãos Paulinos e as Irmãs Paulinas. De acordo com o Padre Fabio Vanderlei, do Instituto Verbo Encarnado, a ExpoCatólica foi uma oportunidade de evangelizar, mostrar o Instituto e apresentar o testemunho daqueles que consagram a vida a Deus: “Muitos jovens vêm nos visitar e acabam vendo os religiosos, padres, seminaristas e freiras. Estamos sempre à disposição para dar informações dos exercícios espirituais, das visitas que podem fazer às nossas casas de formação, eventos que promovemos ao longo do ano”, comentou. E nada melhor que o testemunho de um jovem que se dedicou à difusão da fé cristã para inspirar as novas gerações. Pensando nisso, a editora Missão Sede Santos e o Padre Márlon Múrcio montaram, com a curadoria de Polyana Barba, uma exposição com totens informativos sobre os Milagres Eucarísticos catalogados pelo Beato Carlo Acutis, que morreu aos 15 anos, em 2006, e foi beatificado em 2020 pelo Papa Francisco. “O Padre Márlon teve essa ideia de trazer os totens para a ExpoCatólica. Isso foi uma grande bênção de Deus. Era para ser algo simples, apenas nas comunidades de Taubaté (SP) e chegou até aqui. Ficou muito bacana e foi bem visitado”, disse à reportagem Leandro Ferreira, da editora Missão Sede Santos. Todas as reportagens produzidas pelo O SÃO PAULO ao longo da feira podem ser vistas no site www.osaopaulo.org.br. Para a procura na barra de busca, digite “ExpoCatólica”.


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Caritas Arquidiocesana de São Paulo abre nova sede Luciney Martins/O SÃO PAULO

CARDEAL SCHERER ABENÇOOU AS INSTALAÇÕES LOCALIZADAS NA ZONA NORTE DA CAPITAL PAULISTA FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Foi inaugurada na terça-feira, 31 de maio, a nova sede da Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP). Localizada na Parada Inglesa, na zona Norte da capital paulista, o prédio onde antes funcionava o centro de pastoral da Região Episcopal Santana passa a abrigar esse organismo de animação, promoção, caridade e articulação da ação social. A inauguração contou com a presença do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, que abençoou as instalações. No edifício de dois andares, funcionarão os serviços de atendimento realizados pela CASP e os departamentos administrativos. Há, ainda, salas de aula, de informática, e para reuniões e palestras.

REFUGIADOS

O maior projeto da CASP nos últimos anos é o Serviço de Acolhida e Orientação para Refugiados, em convênio com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), que desenvolve quatro programas: assistência social, integração local, proteção local e saúde mental. O setor de assistência faz o encaminhamento dos refugiados ou solicitantes de refúgio para abrigos

Acompanhado do Diretor da Caritas Arquidiocesana e de representantes do Acnur, Cardeal Scherer abençoa novas instalações da entidade

públicos ou privados, além de uma avaliação social para a concessão de uma pequena ajuda financeira limitada para perfis de alta vulnerabilidade, e, também, a entrega de itens de necessidades básicas e encaminhamentos para o serviço de saúde. Já o programa de integração faz encaminhamento dos refugiados para cursos profissionalizantes, de língua portuguesa, auxilia na emissão de documentos e elaboração de currículos. A proteção oferece o apoio e orientação jurídica para a regularização migratória em contato direto com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e o auxílio para aqueles que já têm o refúgio reconhecido e desejam trazer a família para o Brasil. O programa saúde mental proporciona atendimento psicológico individual ou em grupo e organiza passeios culturais e outras formas de integração. Em 2022, além da parceria com o Acnur, a Caritas realiza mais dois projetos nessa área: Projeto Autonomia para

Jovens Refugiados, com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e o Projeto Labores – Inserção Social e Produtiva da Pessoa em situação de refúgio, com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

ATENDIMENTOS

Apenas no serviço para refugiados, a CASP atende uma média de 6,5 mil pessoas por ano. Nos últimos meses, a maior procura pelo serviço tem sido por parte de venezuelanos e afegãos. Nesses casos, assim como com os ucranianos, além da solicitação de refúgio, há a possibilidade da obtenção de vistos humanitários para residência no Brasil. Durante o atendimento e triagem, os agentes da CASP orientam as pessoas sobre esses documentos. Durante a pandemia, a Caritas Arquidiocesana se adaptou ao atendimento remoto, o que permitiu que o serviço não fosse interrompido, porém, apresentou diversas dificuldades, por se tratar de público de alta vulnerabilidade. “Nem todos

os refugiados têm celular e conexão à internet, o que gera uma exclusão digital”, explicou Talitha Iamamoto, coordenadora do Serviço de Acolhida e Orientação para Refugiados, destacando a necessidade da retomada do atendimento presencial em um espaço adequado. Em termos gerais, a Lei 9.474/1997 estipula que será reconhecido como refugiado todo indivíduo que, devido a “fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas”, pedir proteção para deixar seu país de origem ou no qual esteja legalmente vivendo. Também será reconhecido como refugiado todo indivíduo que, não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar em função das circunstâncias já citadas, bem como aquele que, devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outra nação.


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Luciney Martins/O SÃO PAULO

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www.osaopaulo.org.br Diariamente, no site do jornal O SÃO PAULO, você pode acessar notícias sobre a Igreja e a sociedade em São Paulo, no Brasil e no mundo. A seguir, algumas notícias e artigos publicados recentemente.

‘Cesse o quanto antes a guerra’: a súplica de Francisco à Rainha da Paz https://cutt.ly/KJgHv47 Coordenadores de Catequese participam de seminário em São Paulo https://cutt.ly/AJgHPV4 OUTROS SERVIÇOS

Outro eixo de atuação da Caritas Arquidiocesana é nas situações emergenciais, como catástrofes naturais e humanitárias. Nesse sentido, a entidade participa do protocolo de intenções da Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do qual os agentes recebem treinamento para atuar nas situações emergenciais. Para melhor realizar a sua missão, a CASP conta com núcleos nas seis regiões episcopais da Arquidiocese. A entidade também tem se dedicado à formação de voluntários para o serviço caritativo nos mais variados âmbitos. “A Caritas é uma grande casa e escola de caridade”, afirmou o Padre Marcelo Maróstica Quadro, Diretor da CASP, ressaltando que, nos últimos cinco anos, o organismo ofereceu para o Acnur 33 profissionais que antes foram seus voluntários e agentes e que agora integram o quadro de colaboradores dessa agência da ONU. A Caritas Arquidiocesana também é responsável por projetos de geração

CARITAS ARQUIDIOCESANA DE SÃO PAULO Endereço: Av. Mal. Eurico Gaspar Dutra, 1853 – Parada Inglesa – São Paulo, SP CEP: 02239-010 Telefone: (11) 93904-5321 Horário de funcionamento do Serviço de Acolhida e Orientação para Refugiados: segunda, terça, quinta e sexta-feira, das 8h30 às 17h30, exceto feriados. Conta de doação para o projeto com refugiados: Banco Bradesco Agência 99 Conta 1000161-7 CNPJ 62.021.308.0001-70 Caritas Arquidiocesana de São Paulo Conta de doação para a Caritas geral: Banco Bradesco Agência 99 Conta 1000154-4 CNPJ 62.021.308.0001-70 Caritas Arquidiocesana de São Paulo

de renda e a economia popular solidária, em sintonia com os ensinamentos da Doutrina Social da Igreja. O Diretor da entidade enfatizou que a inauguração da nova sede marca o início de uma nova fase para a CASP, chamada a ser cada vez mais uma expressão da Igreja “em saída”, que vai ao encontro dos que mais precisam. Nesse sentido, é previsto um fortalecimento dos núcleos regionais e a formação de agentes nas bases das comunidades, inclusive no atendimento aos refugiados, identificando as comunidades com maior concentração dos estrangeiros e capacitando seus próprios membros para o atendimento e orientação a pessoas que não tenham condições de ir até a sede da Caritas Arquidiocesana.

CARIDADE ORGANIZADA

Antes de abençoar as novas instalações da entidade, o Cardeal Scherer ressaltou que “a Caritas é uma expressão da caridade organizada em função das necessidades reais que se apresen-

HISTÓRIA A primeira organização da Caritas foi fundada em Friburgo, na Alemanha, em 1897. Outras organizações nacionais da Caritas foram formadas na Suíça (1901) e nos Estados Unidos (1910). Aos poucos, outras nações começaram a fundar suas Caritas, até que, em 1950, iniciou-se o caminho da criação de uma entidade que reunisse todas essas expressões de caridade, o que se concretizou no ano seguinte, com a criação da Caritas Internationalis, uma confederação que atualmente conta com 170 organizações de mais de 200 países. A Cáritas Brasileira foi fundada em 12 de novembro de 1956, por incentivo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 4 de abril de 1968, foi criada a Caritas Arquidiocesana de São Paulo. Na época, o estatuto da entidade, aprovado

tam na cidade”. O Arcebispo reforçou que o serviço da CASP nunca cessará, pois sempre haverá uma nova frente de atuação para se dedicar. O Arcebispo incentivou que a Caritas Arquidiocesana expanda cada vez mais seus serviços, não apenas nos núcleos regionais, mas que cada paróquia, comunidade ou organização eclesial seja um local de referência para essa obra da Igreja. José Egas, representante do Acnur no Brasil, sublinhou a excelência do trabalho da Caritas Arquidiocesana de São Paulo no serviço aos refugiados que é referência para todo o estado de São Paulo. “Esperamos que nossa parceria seja cada vez mais forte. Que vocês possam contar conosco sempre”, manifestou, agradecendo a todos os agentes e voluntários da entidade. No fim da cerimônia, José Egas foi homenageado pelos membros da CASP, já que, após quatro anos de trabalho no Brasil, partirá em julho para uma nova missão em Genebra, na Suíça. pelo então Arcebispo, Cardeal Agnelo Rossi, já ressaltava como missão: desenvolver a ação social da Igreja Católica visando à justiça social ungida pela caridade cristã, mediante a técnica e os processos do Serviço Social; planejar, promover, incentivar, orientar, coordenar as atividades das obras ou dos movimentos de inspiração católica existentes ou que venham a existir na Arquidiocese de São Paulo, tendo como objetivo a promoção integral do homem e da comunidade, por meio de uma ajuda que consista em um desenvolvimento global, não somente econômico, mas na elevação da pessoa, com todas as suas faculdades, porque não há verdadeiras perspectivas de progresso, de equilíbrio e de paz à humanidade sem a intervenção de fatores morais e espirituais; prestar assistência a quem dela necessite, sem discriminação de qualquer espécie.

Dia Estadual da Liberdade Religiosa é celebrado com encontro inter-religioso https://cutt.ly/vJgHJKM Pastoral do Menor e Colégio Madre Cabrini unem esforços em prol dos ‘irmãos da rua’ https://cutt.ly/IJgHVQM Vatican Media

Morre, aos 94 anos, o Cardeal Angelo Sodano, ex-secretário de Estado do Vaticano https://cutt.ly/0JgHYbG Dom Odilo exorta sacerdotes a serem como São Filipe Neri: sábios, alegres e próximos do povo https://cutt.ly/lJgH9jV

Divulgação


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Mostra sobre itinerário de migrantes e refugiados venezuelanos é aberta em SP INICIATIVA TAMBÉM CONTEMPLA DOIS SEMINÁRIOS TEMÁTICOS SOBRE A FORMA COMO ELES SÃO ACOLHIDOS NO BRASIL E AS OPORTUNIDADES QUE CONSEGUEM NO MERCADO DE TRABALHO DANIEL GOMES

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Por meio de 120 fotografias, retratos e registros audiovisuais, a mostra “Acolhidos: o percurso da Venezuela à integração no Brasil”, aberta na sexta-feira,

Refugiados e Migração (PRM) do governo dos Estados Unidos. “Os registros, feitos por Antonello Veneri, são de pessoas reais que, assim como qualquer outra, de qualquer nacionalidade, sentem inseguranças, dores e tristezas, mas também alegria e esperança. Todos desejam ter uma oportunidade para uma vida melhor. Então, este elemento humano, comum a todos nós e presente nas fotografias, é um fator que gera empatia e acolhimento”, explicou, ao O SÃO PAULO, Thais Braga, gerente do projeto “Acolhidos por meio do trabalho”, da AVSI Brasil. A mostra foi apresentada em Brasília (DF) no ano passado. Para esta edição em São Paulo, a iniciativa tem o patrocínio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da Funda-

que levou milhares de venezuelanos a atravessar a fronteira brasileira em busca de abrigo, gerando pressões sociais e econômicas no estado de Roraima. Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), até março de 2022, quase 200 mil venezuelanos obtiveram autorização de residência no Brasil, e outros 51.578 tiveram sua condição de refugiado reconhecida pelo Estado brasileiro.

ACOLHIDOS

De acordo com o representante no Brasil do Acnur, José Egas, o País tem sido exemplar no acolhimento de pessoas refugiadas e migrantes da Venezuela. “A sociedade brasileira é acolhedora e, devido à sua diversidade cultural e étnica, há várias zonas de interseção com as pesAntonello Veneri

chegam ao Brasil de carro, ônibus e a pé, buscam emprego e condições materiais para sobreviver. “São pessoas frequentemente em situação de vulnerabilidade, que no contexto da crise humanitária, frequentemente, chegam com a roupa do corpo. São abrigadas nos centros temporários de Roraima, estado que, dadas as características de sua fundação e de sua economia, oferece baixas oportunidades de empregabilidade. Para a família migrante recebida nesses centros, não apenas é difícil a inserção no mercado laboral local – que se caracteriza, sobretudo, por atividades informais e esporádicas –, mas também buscar oportunidades em outros locais, dado o isolamento geográfico de Roraima em relação aos demais estados da federação. E, ainda, há uma série de efeitos psicológicos decorrentes do deslocamento forçado. É muito difícil ter ânimo para recomeçar nesse contexto, mas é necessário”, comentou.

MERCADO DE TRABALHO

27 de maio, ilustra o itinerário de migrantes e refugiados venezuelanos que chegaram a Roraima, em 2021, sendo recebidos nos abrigos da Operação Acolhida, organizada pelo Governo federal. Após receberem suporte, conquistaram autonomia financeira, a partir de oportunidades de trabalho em diferentes cidades brasileiras. Quem visitar a mostra até 26 de junho, no Edifício do Banco do Brasil/ Torre Matarazzo (Avenida Paulista, 1.230, na Bela Vista), com entrada gratuita, pode ler depoimentos dos entrevistados pela curadora, Benedetta Fontana, e assistir a vídeos dos bastidores das sessões fotográficas realizadas por Antonello Veneri, além das falas de colaboradores da Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI Brasil), uma das organizadoras da mostra e que implementa o projeto social “Acolhidos por meio do trabalho”, com recursos do Escritório de População,

ção Bernard van Leer, com apoio institucional do Consulado da Itália no Brasil, Organização Internacional para as Migrações (OIM), Rede Brasil do Pacto Global e Casa Civil da Presidência da República.

ENCONTROS MULTISSETORIAIS

Além da mostra, a temática das migrações e refúgio foi tratada em um seminário na segunda-feira, 30 de maio, com enfoque na emergência humanitária venezuelana e as ações desenvolvidas no âmbito da Operação Acolhida. Outro seminário será realizado em 15 de junho, destacando o processo da integração local de famílias com crianças refugiadas e migrantes venezuelanas. A proposta é alertar para a necessidade de instrumentos de sensibilização para as administrações locais, para que se garanta a essa população o acesso a serviços de assistência, saúde e educação. Desde 2018, a Venezuela enfrenta uma crise política, econômica e social,

soas refugiadas que buscam proteção no País. A sociedade civil organizada, o setor privado e a academia são exemplos de como o apoio à causa das pessoas refugiadas vai muito além do Estado brasileiro, que tem, por sua vez, desempenhado um papel essencial nesta questão. Certamente, registramos e reconhecemos a existência de episódios de preconceito e discriminação, o que muitas vezes são resultado do desconhecimento das razões que levam as pessoas a buscar proteção internacional em outro país – e também dos direitos e deveres que estas pessoas têm no Brasil”, comentou Egas à reportagem, garantindo que o Acnur e organizações parceiras têm trabalhado para difundir cada vez mais essa informação, sensibilizar a sociedade, além de realizar outras atividades de comunicação e defesa da causa, bem como incorporar novos interlocutores para defender e promover os direitos das pessoas refugiadas no País. Thais lembra que os venezuelanos que

Desde que o projeto “Acolhidos por meio do trabalho” foi implementado, aconteceram 1,7 mil interiorizações de venezuelanos que chegaram a Roraima e que, depois, foram enviados para nove estados. Desse total, 800 pessoas foram contratadas por empresas parceiras e puderam levar seus familiares para um novo recomeço, além de contar com acompanhamento social e moradia nos três primeiros meses após a contratação. “As empresas parceiras do projeto relatam que os venezuelanos contratados desempenham suas atividades com muito afinco, que possuem alto desempenho e forte compromisso com o trabalho, além do turnover [a pessoa deixar a empresa] ser mínimo. Também mencionam que são pessoas vistas como muito educadas, inteligentes, habilidosas, comunicativas, com grande potencial para permanência e ascensão na carreira. Além disso, são autônomas, proativas e resilientes, em função de suas histórias de vida e da sua busca por melhores condições de existência. Os principais setores contratantes são a agroindústria, indústria moveleira, construtoras, varejo e serviços”, detalhou Thais. Entretanto, ainda há resistências à contratação dos venezuelanos. No dia 26 de maio, o Acnur e o Pólis Pesquisa apresentaram um diagnóstico sobre os refugiados e migrantes venezuelanos que vivem em Manaus (AM). A metade dos pesquisados tem formação em nível médio, técnico ou superior, mas quando são contratados recebem remuneração inferior à dos brasileiros com o mesmo nível de instrução. Atualmente, 59,9% da população refugiada na capital amazonense se encontra com alguma ocupação, mas apenas 4,5% têm emprego formal e carteira de trabalho assinada. Na cidade, os venezuelanos ganham em média um terço da remuneração do trabalho dos brasileiros em geral.


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| 1º a 7 de junho de 2022 | Reportagem | 15

Dom Scalabrini viveu a santidade no apostolado aos migrantes Scalabrinianos

FUNDADOR DA FAMÍLIA SCALABRINIANA, QUE REALIZA AÇÕES DE EVANGELIZAÇÃO E PROMOÇÃO HUMANA EM DIFERENTES PAÍSES, SERÁ CANONIZADO ROSEANE WELTER

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

O Papa Francisco, em gesto pouco comum, dispensou a necessidade de comprovação de um segundo milagre e autorizou, em 21 de maio, o processo de canonização do fundador da Família Scalabriniana, Dom João Batista Scalabrini (1839-1905). A data da canonização ainda será definida. Dom Scalabrini nasceu em Fino Mornasco, na Itália, em 8 de julho de 1839. Foi ordenado sacerdote em 1863 e, aos 36 anos, nomeado, pelo Papa Pio IX, Bispo de Piacenza, exercendo o cargo até morrer, em 1° de junho de 1905. Na década de 1890, a busca por melhores condições de vida levou muitos italianos a imigrar para o continente americano. Um dia, ao passar pela estação ferroviária de Milão, lugar de onde as famílias seguiam de trem até o Porto de Gênova e de lá partiam para países como o Brasil, Dom João Batista Scalabrini se questionou o que ele poderia fazer para ajudá-las e como manteriam a prática da fé cristã em novas terras. Decidiu, então, convidar sacerdotes e religiosos para serem missionários nas Américas do Norte e do Sul.

FAMÍLIA SCALABRINIANA

Em 1887, diante da realidade de pobreza e imigração e movido por um profundo zelo apostólico, o Bispo fundou a Congregação dos Missionários de São Carlos, os Carlistas, com a missão de dar assistência e servir aos migrantes. Hoje, a congregação conta com aproximadamente 500 sacerdotes e religiosos consagrados espalhados pelo mundo, 170 deles no Brasil. Em 1895, Dom Scalabrini fundou as Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, as Scalabrinianas, cuja missão é o serviço evangélico e missionário aos migrantes e refugiados, os mais pobres e necessitados de assistência espiritual e social. Atualmente, a congregação está em 26 países na Europa, Ásia, África, América do Norte e América Latina, a maioria no Brasil, e conta com mais de 650 freiras espalhadas em 159 comunidades, com ações em favor dos migrantes, refugiados e famílias em situação de vulnerabilidade social. Da família Scalabriniana fazem parte os Leigos Missionários Scalabrinianos e as Missionárias Seculares Scalabrinianas, que vivem a espiritualidade e o ideal do fundador, expandindo a missão de acolher e ser presença de luz e amor nas realidades migratórias.

FRENTES DE AÇÃO

No Brasil, desde a década de 1890, por meio do trabalho pioneiro do bem-aventurado Padre José Marchetti, que veio ao País a convite de Dom Scalabrini, e de sua irmã, a Beata Assunta Marchetti, os Scalabrinianos desenvolvem sua missão em favor dos migrantes e de pessoas em situação de vulnerabilidade, com atuação em escolas, hospitais, orfanatos, presídios, centros de menores, asilos, casas de formação, bem como auxiliam em paróquias, organismos internacionais, organizações civis, centros de promoção, de estudo e de documentação. Padre Edvaldo Pereira da Silva, Diretor do Instituto Cristóvão Colombo, enfatizou, em entrevista ao O SÃO PAULO, que a missão dos Scalabrinianos é impulsionada pelo testemunho profético do fundador e que “a ação missionária abrange todas as dimensões da pessoa migrante, que está à procura de pão para saciar a fome, da Palavra para reencontrar o sentido de sua existência e de comunidades onde se sinta pertença, e não estrangeiro”. Padre Alfredo Gonçalves, missionário Scalabriniano e Vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), enfatizou que os filhos de Scalabrini coordenam Casas de Acolhida nas fronteiras, como a que existe entre o México e os Estados

Unidos, e em grandes cidades, São Paulo (SP), Manaus (AM), Cuiabá (MT), Santiago (Chile), Roma (Itália) e Buenos Aires (Argentina); assessoram conferências episcopais e dioceses no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Uruguai, Austrália, Filipinas, França, Alemanha; coordenam também o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral; mantêm Centros de Estudos Migratórios, com a publicação de livros e revistas, em Nova York, Roma, Manila (Filipinas), Paris, São Paulo, Buenos Aires, Cidade do Cabo (África do Sul); acompanham os marítimos em vários portos, tais como Manila, Santos (SP), Rio de Janeiro e Ravenna (Itália). No Brasil, a Missão Paz é uma das mais conhecidas frentes de ação dos filhos de Scalabrini. Fundada em 1939 na região do Glicério, no centro de São Paulo, tem o objetivo de apoiar a comunidade migrante e refugiados na garantia de seus direitos, documentação e profissionalização. No local, além da Igreja Nossa Senhora da Paz (foto abaixo), atuam, desde 1977, o Centro Pastoral do Migrante, com o objetivo de atender principalmente os exilados das ditaduras militares, e o serviço de atendimento aos migrantes. A Casa do Migrante, inaugurada em 1978, tornou-se um espaço para acolher Luciney Martins/O SÃO PAULO

migrantes desabrigados, oferecendo moradia e alimentação. O Centro de Estudos Migratórios (CEM) começou como iniciativa dos seminaristas scalabrinianos em compreender o fenômeno das migrações internas. Ambos ficam no mesmo local que a Missão Paz. O orfanato criado no Ipiranga para receber os órfãos de imigrantes italianos acolhia, no início, crianças de outras nacionalidades e filhos de escravos abandonados. Hoje, é conhecido como Instituto Cristóvão Colombo, que oferece serviço de convivência e fortalecimento de vínculos a crianças e adolescentes de 6 a 15 anos. Há também o Museu Cristóvão Colombo, criado em 2021, com a missão de coletar, preservar, interpretar, divulgar e expor testemunhos da história do projeto social dedicado à assistência de crianças e adolescentes migrantes na cidade de São Paulo. “Como nos ensinou Dom Scalabrini, o migrante é para nós o Cristo que espera uma resposta – ‘Eu era imigrante e você me acolheu’. Com as frentes de missão e atuação efetiva nas realidades migratórias em todo o mundo, queremos como consagrados e missionários responder a todos esses chamados de Deus hoje”, ressaltou Padre Edvaldo.

OUVIDO PASTORAL

Em pleno coração de uma das maiores e mais agitadas cidades do Brasil, a Paróquia Santo Antônio, na Praça Patriarca, região central da capital, é confiada aos padres Scalabrinianos, que desde 1896 atuam de forma ativa na pastoral da escuta. “A missão da Paróquia é confiada à congregação, que desempenha com amor e compromisso a escuta ativa dos fiéis que, diariamente, vêm à igreja em busca da Confissão ou para participar das missas”, destacou Padre Edvaldo, salientando que, todos os dias, das 7h às 18h, as portas estão abertas para acolher a todos os que buscam uma palavra de conforto ou, ainda, um momento de silêncio em meio à agitação da cidade.

TEMPO DE GRAÇA

Padre Alfredo enfatizou que o anúncio da canonização do fundador é um momento de luz e graça para impulsionar a missão que, em tempos de migrações forçadas, é chamada a acolher e ser presença frente a essa avalanche de refugiados pelo mundo. “A canonização confere maior visibilidade ao fenômeno das migrações, ao mesmo tempo que significa um impulso para todos os que dedicam a vida à defesa dos direitos e da dignidade dos migrantes: combate à discriminação, ao preconceito, ao racismo, à intolerância e à xenofobia”, disse. A decisão do Papa, segundo os sacerdotes Scalabrinianos ouvidos pela reportagem, é um gesto significativo, uma vez que Francisco tem grande apreço pela questão migratória e profunda compaixão com os migrantes em todo o mundo.


16 | Papa Francisco | 1º a 7 de junho de 2022 |

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Papa instituirá 21 novos cardeais para a Igreja Arquidiocese de Manaus

ENTRE OS PURPURADOS ESTÃO OS BRASILEIROS DOM LEONARDO STEINER E DOM PAULO CEZAR COSTA

Arquidiocese de Brasília

FERNANDO GERONAZZO ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Na conclusão da oração do Regina Coeli do Domingo da Ascensão do Senhor, 29 de maio, o Papa Francisco anunciou a criação de 21 cardeais, no Consistório que ele presidirá em 27 de agosto, no Vaticano. Entre esses, os brasileiros Dom Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus (AM), e Dom Paulo Cezar Costa, Arcebispo de Brasília (DF). “Rezemos pelos novos Cardeais, para que, confirmando a sua adesão a Cristo, me ajudem no meu ministério de Bispo de Roma para o bem de todo o fiel povo santo de Deus”, pediu o Santo Padre após o anúncio.

PURPURADOS

Entre os novos cardeais estão três chefes de dicastérios da Cúria Romana: o inglês Dom Arthur Roche, Prefeito da Congregação para o Culto Divino; o coreano Dom Lazarus You Heung-sik, Prefeito da Congregação do Clero; e o espanhol Dom Fernando Vérgez Alzaga, Presidente da Pontifícia Comissão para o Estado e Governadoria da Cidade do Vaticano. O Santo Padre também investirá o barrete cardinalício a: Dom Jean-Marc Avelin, Arcebispo de Marselha, na França; Dom Peter Ebere Okpaleke, Bispo de Ekwulobia, na Nigéria; Dom Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão, Arcebispo de Goa e Damão, na Índia;

Dom Leonardo Steiner

Dom Paulo Cezar Costa

Dom Robert McElroy, Bispo de San Diego, nos Estados Unidos; Dom Virgílio do Carmo da Silva; Arcebispo de Timor Leste; Dom Oscar Cantoni, Bispo de Como, na Itália; Dom Anthony Poola, Arcebispo de Hyderabad, na Índia; Dom Richard Kuuia Baawobr, Arcebispo de Wa, em Gana; Dom William Seng Chye Goh, Arcebispo de Cingapura; Dom Adalberto Martínez Flores; Arcebispo de Assunção, no Paraguai; Dom Giorgio Marengo, Prefeito Apostólico de Ulan Bator, na Mongólia, este último, aos 48 anos, é o mais jovem dos novos cardeais. O Pontífice também instituirá cinco cardeais com mais de 80 anos, idade limite para a participação em um eventual conclave. São eles: Dom Jorge Enrique Jiménez Carvajal, Arcebispo Emérito de Cartagena, na Colômbia; Dom Lucas Van Looy, Bispo Emérito de Ghent, na Bélgica; Dom Arrigo Miglio, Arcebispo Emérito de Cagliari, na Itália; Padre Gianfranco Ghir-

landa, professor de Teologia; e Monsenhor Fortunato Frezza, cônego da Basílica de São Pedro.

BRASILEIROS

Nascido em Forquilinha (SC), Dom Leonardo Steiner tem 71 anos. Ingressou na Ordem dos Frades Menores (Franciscanos) em 1972 e foi ordenado sacerdote em 1978 pelo Cardeal Paulo Evaristo Arns, então Arcebispo de São Paulo, e seu primo. Em 2005, foi nomeado por São João Paulo II Bispo da Prelazia de São Félix (MT). Em 2011, o Papa Bento XVI o nomeou Bispo Auxiliar de Brasília, ofício que exerceu até 2019, quando foi nomeado pelo Papa Francisco como Arcebispo de Manaus. Por dois mandatos, foi Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em março, foi eleito 1º Vice-Presidente da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama). Dom Paulo Cezar Costa nasceu em Valença (RJ). Foi ordenado sacerdote em 1992 nessa mesma diocese. Em 2010, foi

nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro pelo Papa Bento XVI. Na Arquidiocese do Rio de Janeiro foi articulador e organizador da Jornada Mundial da Juventude de 2013. Em 2016, o Papa Francisco o nomeou Bispo de São Carlos (SP), ofício que exerceu até outubro de 2020, quando o mesmo Pontífice o nomeou Arcebispo de Brasília. Atualmente, é responsável pelo Setor Universidades da Comissão Episcopal Pastoral para Educação e Cultura, da CNBB; membro do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam); integrante da Pontifícia Comissão para a América Latina e do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, da Santa Sé.

COLÉGIO CARDINALÍCIO

O Colégio Cardinalício hoje é composto por 208 cardeais, dos quais 117 são eleitores e 91 não eleitores. Em 27 de agosto chegará a 229 purpurados, dos quais 131 são eleitores. A partir de 27 de agosto o Colégio será composto por 52 cardeais criados por João Paulo II, dos quais 11 são eleitores; 64 criados por Bento XVI, dos quais 37 são eleitores; 113 criados por Francesco incluindo 83 eleitores. Do ponto de vista geográfico, os cardeais a partir de 27 de agosto serão distribuídos da seguinte forma: 107 cardeais na Europa, dos quais 53 são eleitores; 60 cardeais nas Américas, incluindo 38 eleitores; 30 cardeais na Ásia, incluindo 20 eleitores; 27 cardeais na África, incluindo 17 eleitores; cinco cardeais na Oceania, três dos quais são eleitores. O Consistório para a criação dos novos cardeais será realizado dois dias antes do encontro, convocado para segunda e terça-feira, 29 e 30 de agosto. Todos os cardeais serão chamados a refletir sobre a nova constituição apostólica Praedicate evangelium.


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| 1º a 7 de junho de 2022 | Reportagem | 17

Adoção: uma das formas mais elevadas de amor Olia Danilevich/Pexel

NO BRASIL, MAIS DE 4 MIL CRIANÇAS E ADOLESCENTES AINDA AGUARDAM SER ADOTADOS; 85% DOS QUAIS COM MAIS DE 10 ANOS DE IDADE ROSEANE WELTER

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Maria Aparecida Garcia, 84, é mãe adotiva de Juliana Tamara Garcia, 31. Quando tinha 53 anos, ela, então recém-aposentada, recebeu a ligação de uma amiga falando de uma bebê que estava aguardando uma família para ser adotada. “Meus dois filhos já estavam adultos e formados. A adoção veio como um presente de Deus. Não pensei duas vezes e dei entrada no processo para a adoção da pequena”, recordou, emocionada, a mãe. “Adotar é amor, é abrir espaço no coração para um amor sem tamanho. É abastecer-se de esperança e, também, no meu caso, foi um recomeçar”, disse, lembrando dos cuidados que uma criança exige. O Cadastro Nacional de Adoção (CNA), criado em 2019, já registrou mais de 11 mil adoções feitas por seu intermédio. Em 2021, houve recorde no número de adoções: mais de 3,7 mil. E, mais de 11 mil acolhidos retornaram à convivência com seus pais biológicos. Juliana é professora concursada da rede pública de educação. Ela recordou o sentimento de pertença e o amor recebido desde que chegou à família. “Sempre soube que sou adotada, mas nunca me senti assim, sou filha da Maria Aparecida e irmã do Rogério e do Reinaldo”, contou. A professora destacou, ainda, que na primeira tentativa de adoção um casal desistiu por ela ter lábio leporino (uma fissura do lábio superior): “Minha mãe conta que quem cuidava de mim falava que eu só chorava, vivia inquieta e agitada, mas quando ela chegou para me conhecer, eu abri um sorriso. Por isso, eu digo, nada é por acaso, Deus me proporcionou uma família em que o amor e a acolhida são verdadeiros e recíprocos”.

BUSCA ATIVA

Segundo o CNA, no Brasil, há mais de 4 mil crianças e adolescentes que ainda aguardam ser adotados. Desses, cerca de 2,2 mil não conseguem encontrar pretendentes interessados em sua adoção: 21,4% possuem problemas de saúde; 24,2% com algum tipo de deficiência; e 85% têm acima de 10 anos. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disponibilizou uma nova ferramenta para facilitar o processo de adoção no Brasil. A ferramenta abrange as crianças e adolescentes que aguardam a adoção – trata-se de uma busca ativa nacional, que pode promover o encontro entre pais habilitados e as crianças aptas à adoção que tiverem esgotadas todas as possibilidades de buscas nacionais e

internacionais de famílias compatíveis com seu perfil no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). A primeira fase da funcionalidade da ferramenta vai permitir que as unidades judiciárias indiquem as crianças e adolescentes que estão disponíveis para busca ativa, com a possibilidade de inclusão de fotos e vídeos. Na fase seguinte, a ferramenta vai disponibilizar o ambiente virtual para que os mais de 33 mil pretendentes habilitados no SNA possam realizar a consulta de todas as crianças e adolescentes previamente disponibilizados. A ferramenta deve garantir a preservação da identidade e imagem das crianças e adolescentes, com a apresentação apenas do prenome, idade e estado do acolhido. Além disso, a ferramenta possui um inédito sistema de alertas, com o qual os juízes e as corregedorias podem acompanhar todos os prazos referentes aos acolhidos ou em processo de adoção, bem como de seus pretendentes. A proposta da ferramenta é trazer maior celeridade na resolução dos casos e maior controle dos processos vigentes.

FAMÍLIAS EM ESPERA

Segundo dados do SNA, tem crescido o número de pessoas buscando a adoção. Em maio de 2021, havia um registro de 35.178 pretendentes habilitados. Apesar do grande número de interessados, muitas crianças permanecem nos abrigos por não terem o perfil buscado pelas pessoas habilitadas a adotar. Do total das adoções feitas no Brasil nos últimos seis anos, 6.010 (47%) foram de crianças que tinham até 3 anos; 3.616 (28%) tinham de 4 a 7 anos completos; 2.199 (17%) tinham de 8 a 11 anos completos; e 1.066 (8%) eram adolescentes, ou seja, maiores de 12 anos completos. Desse modo, permanece a realidade de que a primeira in-

fância é o período em que se realizam mais adoções no Brasil. Com a pandemia, o ritmo de andamento dos processos diminuiu e atualmente a situação começa a voltar à normalidade.

ADOTAR É AMOR

A campanha “Adotar é Amor”, do CNJ, em sua sexta edição anual, pretende divulgar e alertar a sociedade para a realidade da adoção. O CNJ, neste ano, firmou uma parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os times do Campeonato Brasileiro das séries A e B, que no mês de maio entraram em campo com faixas da campanha “Adotar é Amor”, para promover o direito das crianças de conviver em família. “De fato, assim como gerar um filho, adotar é amar, é um compromisso contínuo de cuidado, responsabilidade de educar e proteger, exige entrega de todo o coração. Portanto, a maternidade e a adoção são mais que uma doação, são atos de amor e de coragem”, declara Maria Aparecida. José Paulo Militão de Araújo, advogado, enfatizou a importância da mobilização em prol da adoção. “É uma ação que tem por objetivo conscientizar, sensibilizar as pessoas, levar informação e desmistificar sobre a relevância do tema da adoção. A sociedade precisa estar atenta e sensível à importância de que todos têm direito a uma família, a um lar que lhes proporcione amor e dignidade”, afirmou o profissional que é pai adotivo.

O CAMINHO DA ADOÇÃO

O Papa Francisco tem dedicado atenção ao tema da adoção, como fez em março durante uma audiência geral. “Muitos casais não têm filhos porque não querem ou tem um só e chega, mas têm dois cachorros, dois gatos

que tomam o lugar dos filhos. Sim, é engraçado, entendo, mas é a realidade. Renegar a paternidade e a maternidade nos diminui, tira a nossa humanidade”, afirmou. O Pontífice mencionou a adoção como um dom. “Todos aqueles que se abrem a acolher a vida por meio da via da adoção, é um comportamento generoso, bonito”. Ele citou o exemplo de José, pai de Jesus, referindo-se à adoção como uma das formas mais elevadas de amor e de paternidade e maternidade. “Quantas crianças no mundo estão à espera de alguém que cuide delas! E quantos cônjuges desejam ser pais e mães, mas não conseguem por razões biológicas; ou, embora já tenham filhos, querem partilhar o afeto familiar com quantos não o têm. Não devemos ter medo de escolher o caminho da adoção, de assumir o ‘risco’ do acolhimento”, pontuou o Papa. Francisco ressaltou, também, a necessidade de que as instituições estejam prontas a colaborar no processo da adoção, controlando e simplificando o procedimento necessário para que se realize o sonho de tantas crianças que precisam de uma família, e de tantos casais que desejam um filho.

O advogado ouvido pelo O SÃO PAULO destacou alguns passos necessários para a adoção no Brasil: 1 – Pensou em adotar? – procure o Fórum ou a Vara da Infância e da Juventude da sua cidade ou região, levando os documentos solicitados; 2 – Análise de documentos apresentados – os mesmos serão autuados pelo cartório e serão remetidos ao Ministério Público para análise e prosseguimento do processo. 3 – Ingresso no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) – com o deferimento do pedido de habilitação à adoção, os dados são inseridos no Sistema Nacional, respeitando-se a ordem de classificação no cadastro; 4 – Avaliação da equipe interprofissional – objetiva-se conhecer as motivações e expectativas dos candidatos à adoção; analisar a realidade sociofamiliar e orientar sobre o processo adotivo; 5 – O momento de construir novas relações – inicia-se um período de convivência. Nesse momento, a criança ou o adolescente passa a morar com a família; 6 – Uma nova família – ao término do período de convivência, os pretendentes solicitam a ação de adoção efetiva.


18 | Reportagem | 1º a 7 de junho de 2022 |

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Vai fazer doações à sua paróquia via PIX? Fique atento para não cair em golpes CONFERIR O NOME QUE APARECE NO PROCESSO DO PIX E CERTIFICAR-SE DE QUE EXISTE A CAMPANHA PARA A QUAL SE PRETENDE DOAR SÃO ALGUNS DOS CUIDADOS PARA TER MAIS SEGURANÇA IRA ROMÃO

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Desde que foi lançado no Brasil pelo Banco Central (BC), em novembro de 2020, o sistema de pagamentos instantâneos, mais conhecido como PIX, trouxe praticidade e agilidade às transações bancárias. Além de poder fazer transferências em segundos pelo celular, computador ou tablet, o usuário tem o PIX disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive aos fins de semana e feriados. E as transações podem ser realizadas por meio de QR Code (código de resposta rápida) ou chave PIX. Essas facilidades têm atraído cada vez mais usuários, inclusive paróquias que usam o sistema para facilitar o recebimento de doações. O problema é que todos esses benefícios também estão na mira de golpistas. No ano passado, quando o PIX fez um ano, O SÃO PAULO publicou uma reportagem sobre os golpes e fraudes mais comuns, reforçando os cuidados para se proteger deles (acesse a reportagem em https://cutt.ly/4Jg77AE). Cuidados que precisam ser mantidos, até mesmo se a transferência via PIX for motivada pela solidariedade. Isso porque golpistas podem facilmente se passar por igrejas ou outras instituições, divulgando chaves PIX fraudulentas e, assim, desviar valores que as pessoas doam acreditando ser em prol de ações solidárias. Luiz Vianna, CEO da Mult-Connect, empresa especializada no desenvolvimento de soluções em nuvem e em segurança de aplicações, colaborou com a reportagem. Desta vez, apontando precauções fundamentais às quais as paróquias e os fiéis devem se atentar para não cair em golpes.

ATENÇÃO ÀS TRANSFERÊNCIAS VIA QR CODE

O uso de QR Code (uma evolução do código de barras) é, sem

dúvida, algo que facilita muito a vida. Afinal, basta apontar a câmera do celular para o código, seja virtual, seja impresso, para acessar as informações ali contidas. Nele, os dados aparecem criptografados, ou seja, as informações armazenadas, como número da conta, CPF ou CNPJ, estão em sigilo. Por isso, muitas paróquias se sentem seguras em utilizar o sistema como uma das opções para receber doações. Assim, é comum que elas divulguem seu QR Code nas redes sociais, transmissões ou até impresso em cartazes. Sobre isso, Vianna faz um alerta: “Informar o QR Code, CPF ou CNPJ tem o mesmo risco. Lógico que o QR Code traz aquele código embarcado, então é mais difícil de se obter informações. Mas

Vianna diz ainda que, ao usar o QR Code, mesmo que a paróquia o troque com frequência, isso não diminui os riscos de fraudes. “No QR Code, você pode esconder qualquer informação, vamos assim dizer. No caso do PIX, é guardado um código gigantesco, uma frase de letras, números, enfim, que contém a chave PIX do usuário”, explica Vianna. “Como essa chave não muda, o QR Code fixa aquele código do PIX de transferência gerada dentro do banco. Tanto que, para gerar o QR Code PIX, uma das opções é ir ao banco e pedir para gerar a partir do aplicativo. Não há muita saída.” E se a paróquia substituir o uso do QR Code por uma chave PIX, usando seu Arte sobre foto de Pixabay

ações para tal agência e conta. O que fazíamos?”, questiona. “Abríamos nosso internet banking, digitávamos a agência, conta, CNPJ ou CPF. Informações necessárias para transferências entre bancos. E olhávamos o nome do destinatário.” Para Vianna, a agilidade trazida pelo PIX tem gerado desatenção do usuário. “Com o advento do QR Code, ficou mais prático, e a praticidade pode trazer alguma comodidade em que a pessoa não presta tanta atenção. Você informa o QR Code e ele já lhe dá o nome e um valor para digitar. Isso não tem ligação com o processo tecnológico do PIX de ser mais seguro ou não.” “Temos um método novo, mas um problema velho, anterior. Não é um problema que veio com o PIX”, completa Vianna. O especialista lembra que o usuário é o responsável por validar se o nome que apareceu na transação corresponde ao do destinatário esperado. “Precisamos prestar mais atenção nessas coisas novas que nos dão mais comodidade. Pois elas não nos eximem de conferir com clareza a ação que estamos fazendo, inclusive no processo de doação. O doador precisa garantir que a doação feita chegou ao destino.” Vianna afirma ainda que, por ser uma operação financeira do BC, e, portanto, controlada como as outras operações, o PIX “é tão seguro quanto as demais”.

MAIS SEGURANÇA

pensando em fraude, bastará alguém substituir o QR Code da paróquia pelo QR Code dele, fraudador. É algo que está meio fora de controle”, diz. Vianna aconselha que, ao utilizar o QR Code, a paróquia sempre informe às pessoas o nome que aparecerá no processo do PIX. “Porque, normalmente, os nomes das paróquias não são tão exatos como as pessoas estão acostumadas. Por isso, é importante informar com clareza qual nome aparecerá. A paróquia deve orientar também que as pessoas sempre confiram essa informação”, enfatiza Vianna, lembrando que o QR Code permite ver o nome do beneficiado. O especialista reforça que, além disso, caso a paróquia tome por opção não receber doações via PIX, deve também informar isso com clareza. “Outra coisa é alertar, se for o caso, que [a paróquia] não faz divulgações por e-mail. Penso que a grande arma contra a fraude tem sido a informação”, acrescenta.

CNPJ para facilitar a identificação da igreja por parte dos doadores? “Não gosto muito de divulgar esses dados, que podem ser usados para outros fins, como é o caso do CPF ou CNPJ. Imagine que você receba uma comunicação da sua igreja dizendo: ‘Olhe, faça um PIX nesse CNPJ’. É difícil saber se é dela. É o mesmo problema do QR Code: você não sabe a princípio, olhando para aquele CNPJ, se ele é da paróquia”, responde Vianna.

MÉTODO NOVO, PROBLEMA ANTIGO

Vianna adverte que fraudes em que o golpista se passa por alguém ou por uma paróquia e pede doações não é algo novo atrelado ao uso do PIX ou do QR Code. Nesses casos, a fraude é maior do que o sistema, pois ela está em uma divulgação mentirosa. “Estamos preocupados com o PIX, mas se pensarmos como era antes dele, o golpista fazia uma comunicação, um site, um e-mail marketing, pedindo do-

Para se sentir mais seguro, sobretudo ao fazer doações, Vianna recomenda salvar os dados da paróquia ou instituição favorecida nos “favoritos” do aplicativo do banco. “Os aplicativos oferecem essa opção. Assim, você já deixa salvo as instituições que conhece”, diz. “E, se no futuro for fazer outra doação, já terá os dados.” Caso seja a primeira doação, ele recomenda que o usuário “preste muita atenção e cheque as informações. Ligue na paróquia e confirme o nome, o CNPJ e até se ela está realmente fazendo uma campanha de doação. Não há dado mais seguro do que aquele que você mesmo averiguou com atenção”. Outro ponto é ficar atento às abordagens de quem pede doações. O fraudador tem pressa. “Pensando no risco de o golpista ligar pedindo uma transferência via PIX na hora, ele tem essa característica de fazer pressão. Ele não quer que você pense, tem que ser rápido”, frisa Vianna.


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| 1º a 7 de junho de 2022 | Geral | 19

Novos vigários episcopais são acolhidos nas Regiões Sé e Belém DANIEL GOMES E FERNANDO ARTHUR

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No Domingo da Ascensão do Senhor, 29 de maio, os fiéis das Regiões Episcopais Sé e Belém acolheram seus novos vigários episcopais, respectivamente Dom Rogé-

rio Augusto das Neves, em missa na Catedral da Sé; e Dom Cícero Alves de França, que presidiu a Eucaristia na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Água Rasa. O Cardeal Odilo Pedro Scherer concelebrou a missa realizada pela manhã na Catedral; e saudou Dom Cícero no começo da celebração na Água Rasa, à tarde.

Dom Rogério: ‘Que o Espírito Santo me dê as inspirações necessárias para auxiliar a Igreja’ Os ritos iniciais da missa na Catedral da Sé de apresentação de Dom Rogério das Neves na Região Sé foram presididos pelo Cardeal Scherer. Ele recomendou que os padres e lideranças pastorais apoiem Dom Rogério no exercício de suas responsabilidades pastorais e que “todo povo querido de Deus, das paróquias, das comunidades, de grupos, movimentos, associações, pastorais, participem, com coragem, da vida da Igreja, para que assim o testemunho apareça nesta cidade e o Evangelho seja vivido, testemunhado e transmitido”. Dom Rogério, na homilia, ao fazer menção ao Evangelho do dia (Lc 24,4653), apontou que Jesus cede aos apóstolos o protagonismo da missão evangelizadora. “É a Igreja que será protagonista da missão, não substituindo Jesus, de maneira nenhuma, pois os cristãos e a Igreja como um todo jamais terão a capacidade de realizar por si mesmos a missão. Somos pequenos demais para isso. E até me identifico com esta cena, porque me sinto pequeno aqui: não só na Catedral, mas na Igreja em São Paulo como um todo, e na misteriosa missão que me está sendo confiada”, afirmou. “Com a consciência de que Deus me confia uma porção do povo que lhe pertence para ajudar, para caminhar junto com esse povo, eu também escuto esta palavra: ‘Não tenhas medo’; e espero que, permanecendo na Igreja e ouvindo a Palavra de Jesus, o Espírito Santo me dê as inspirações necessárias para auxiliar a Igreja, porque o povo continua sendo de Deus, a missão continua sendo Dele, e na Arquidiocese o pastoreio continua a ser do Arcebispo, mas de uma certa maneira agora sou associado a essa missão e desejo fazer o melhor que puder”, prosseguiu. Após a comunhão, Dom Rogério foi saudado pelo Cônego Aparecido Silva, Vigário-geral Adjunto da Região Sé, e por Dom Carlos Lema Garcia, que foi Vigário Episcopal da Região nos últimos meses. Ele assegurou que Dom Rogério poderá contar com o apoio do clero. “Todos estão juntos do bispo e querendo colaborar. Seja bem-vindo, Dom Rogério. O senhor verá que a cidade é grande, mas que as pessoas colaboram muito e, portanto, tudo, aos poucos, será bem encaminhado.” Dom Rogério, por sua vez, agradeceu os votos de boas-vin-

Como bispos auxiliares e tendo atribuições de vigários episcopais, eles irão auxiliar o Arcebispo no pastoreio das respectivas regiões. Eles também receberam mandato especial de Dom Odilo para, nas regiões em que estão, nomear, provisionar, transferir e remover párocos, administradores paroquiais e vigários paroquiais.

Dom Cícero Alves: ‘Permitam que eu possa bater à porta de seus corações’

Fernando Arthur

Pascom Região Belém

das e disse esperar não decepcionar as expectativas nele depositadas. Em entrevista ao O SÃO PAULO, o Cônego José Arnaldo Juliano dos Santos, Coordenador de Pastoral da Região Sé, falou sobre alguns dos primeiros desafios que o Bispo terá de lidar, entre os quais a necessidade de maior impulso à Catequese e de agregar mais jovens às paróquias; a renovação das lideranças pastorais, com a melhor articulação de trabalhos; o fortalecimento da Pastoral Presbiteral; e a busca de maior comunhão entre todos os organismos da Igreja na Região, para atender às desafiadoras realidades de evangelização. A íntegra da notícia pode ser lida em: https://cutt.ly/wJsqQYi.

Ao saudar Dom Cícero Alves de França no começo da missa na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, o Cardeal Scherer recordou que ele foi nomeado pelo Papa Francisco como Bispo Auxiliar no momento em que a Arquidiocese vive o sínodo arquidiocesano, e ressaltou o caráter especial de ter sido ordenado no Domingo do Bom Pastor, em 8 de maio, e apresentado à Região Belém no Domingo da Ascensão do Senhor, 29 de maio. “Nossa primeira missão é evangelizar, é anunciar o Evangelho e fazer frutificá-lo com o testemunho da vida da fé, esperança e caridade. E pastorear cabe a nós, mas também a todo o povo de Deus, pastorear a exemplo e imitação de Jesus, o Bom Pastor, que quis a Igreja participante na sua missão pastoral”, enfatizou o Arcebispo, pedindo que os padres e todo o povo de Deus auxiliem Dom Cícero. Na sequência, o Padre Marcelo Maróstica Quadro, Coordenador Regional de Pastoral, apresentou um breve histórico sobre os 46 anos da Região e a atual estrutura (leia mais ao lado). Em seguida, representantes das pastorais, movimentos e setores pastorais acolheram Dom Cícero, apresentando bandeiras e banners, ao som do hino do sínodo arquidiocesano. “Começamos hoje um caminho,

NÚMEROS DA REGIÃO SÉ

– 59 paróquias territoriais (além da Catedral da Sé) – 10 capelanias pessoais de língua estrangeira; – 14 igrejas e oratórios públicos; – 25 congregações religiosas masculinas; – 45 congregações religiosas femininas; – 306 padres – 8 diáconos permanentes

e que neste caminho os senhores e as senhoras não vejam em mim o Cícero, mas vejam em mim Deus, um mensageiro Dele, um instrumento Dele, frágil, um cano enferrujado, mas a água que desce por este cano é uma água limpa, porque é a graça que vem do alto”, exortou Dom Cícero na homilia. No final da celebração, o Cônego José Miguel, Vigário-geral Adjunto da Região Episcopal Belém, enfatizou a solicitude de todo o povo de Deus e do clero com o novo Bispo: “Seja entre nós a imagem do Cristo, o eterno Sacerdote e Bom Pastor. Também queremos acolhê-lo desde já, como irmão amado”. Ao se dirigir ao povo de Deus, Dom Cícero pediu-lhes: “Permitam que eu possa bater à porta de seus corações, de suas vidas, possa conhecê-los, possa escutá-los, possa amá-los e possa, sobretudo, mostrar-lhes Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Quero ser, com vocês, um irmão e um pastor; quero ser, com vocês, aquele que reza junto, partilha junto, mas que, sobretudo, caminha junto”. Falando aos padres, o Prelado manifestou o desejo de conhecê-los e poder-lhes transmitir seu amor, para que ele, Bispo, “nasça” no coração dos padres. “Da mesma maneira que eu quero que os senhores nasçam dentro de mim, permitam-me que eu possa nascer dentro de vocês, para que o tempo que estivermos juntos nesta Região, o tempo que Deus nos confiar, possa ser marcado pela fraternidade, pela verdade, pelo companheirismo, mas, sobretudo, pelo amor e pelo perdão”, concluiu. A íntegra da notícia pode ser lida em: https://cutt.ly/jJsqLJn.

NÚMEROS DA REGIÃO BELÉM

– 67 paróquias territoriais; – 4 áreas pastorais; – 142 comunidades eclesiais de base; – 8 capelas; – 15 congregações religiosas masculinas; – 25 congregações religiosas femininas; – 130 padres; – 24 diáconos permanentes.


20 | Divulgação | 1º a 7 de junho de 2022 |

www.osaopaulo.org.br www.arquisp.org.br

Apresentação de novos bispos (Daniel e Fernando Arthur)


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