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História de luta
com importantes contribuições

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Na época, ele conta que o exército da Lapa veio a Quitandinha para ajudar em algumas questões e acabou ajudando também na fundação do sindicato, que existe hoje há 50 anos tendo, desde essa época, o seu Urbano como presidente. Logo depois, veio a ideia de fundar o Hospital Cristo Rei. Localizada a 70 km do centro de Curitiba e com pouca infraestrutura, a cidade de Quitandinha precisava, ao menos, de equipamentos que possibilitassem a realização de exames simples para a população. Foi assim que, por meio do sindicato, o seu Urbano conseguiu fundar o Hospital onde a população, até hoje, é atendida gratuitamente sem precisar se des-

Seu Urbano segurando o livro em que sua história foi contada junto a outros importantes nomes locar. Hoje, já são 40 anos mais ou menos do Hospital Cristo Rei, com seu Urbano ainda à frente de tudo. Mas só para a implantação foram quatro anos de trabalho: "Comecei a luta em 76 e em 80 já era possível internar", recorda. Devido te do município e mostrar a importância do Hospital no município", pontua. Seu Urbano também foi o responsável pela rádio comunitária de Quitandinha, principal veículo de informação na época e mesmo até hoje na cidade. Graças à rádio, a população do centro até as áreas rurais fica por dentro dos assuntos do município, questões políticas, serviços, projetos e eventos. A rádio foi criada por meio de uma verba do sindicato que era destinada a lazer e, claro, com o aval da população.
Acho que fiz um Acho ser ser ser ser serviço que viço que viço que viço que viço que agrada a Deus agrada a agrada tacando que a rádio de Quitandinha foi uma das primeiras do País.
Segundo ele, muitos duvidavam da origem da rádio e foi por isso, em uma dada ocasião, que a polícia chegou a apreender os equipamentos e tudo durante a sessão da Câmara Legislativa. "Estava o vereador Jurandir lendo na Câmara, a polícia foi lá e fechou. Prenderam os equipamentos, mas eu tinha tudo certo.
Eles queriam saber se foi algum político que me deu a rádio, mas eu disse que não, que fiz a assembleia, coloquei tudo na mão do povo e eles aprovaram pra fazer a rádio. Assim mesmo, levou dois anos pra recuperar tudo".
Ele acredita que todos os serviços prestados à população são bem vistos por Deus ao aumento da demanda e custo do espaço, hoje o município ajuda o Hospital com uma contrapartida.
Conquista essa que foi adquirida após muita luta também. "Os prefeitos não queriam me ajudar. Porque no começo eu vencia. Era pou- ca gente e o sindicato arrecadava bem. Então eles ficaram acostumados a não me ajudar porque eu tocava. Mas depois foi crescendo e já não dava mais pra sustentar o hospital sozinho. Tive que pedir ajuda para os prefeitos que estavam à fren-
"Quando falaram da rádio, que tinha uma lei pra sair no congresso, eu já me interessei, achei que seria algo bom pra cidade. E já saiu a quarta rádio comunitária do Brasil em Quitandinha. Tem mais de 20 anos a nossa rádio", conta, des-
Seu Urbano também chegou a ser vereador e candidato a vice-prefeito de Quitandinha, mas lamenta não ter tido a oportunidade de vencer a eleição e continuar na carreira política fazendo mais pela população. Na época em que ele foi vereador, ele e os demais não recebiam nenhum salário. Ainda assim, faziam o que podiam. Seu Urbano saiu algu- mas vezes às 5h da manhã com seu carro Gol com destino a Brasília, onde ia pedir recursos para sua cidade. Tudo pago do seu bolso. Somente no final do mandato é que foi conquistada uma bolsa-auxílio para arcar, ao menos, com a ga- solina dos vereadores. Agora já para completar 86 anos em novembro, seu Urbano acredita que teve uma trajetória bem escrita e vai deixar o seu legado para todos.
Ele já entregou a presidência do hospital e pretende em breve entregar o sindi- cato. "Eu tenho a consciência tranquila porque acho que fiz um serviço que agrada a Deus. Jesus andava só na terra curando doentes e dando de comer àquele povo. Acho que Deus está vendo o que eu faço", finaliza.
