Jornal 381

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Pratânia, 28 de junho de 2013

A professora pediu aos alunos que escrevessem uma redação em homenagem ao Dia das Mães, cujo final fosse: “Mãe... só tem uma”.No dia seguinte, ela chama o GIOVANI (Vascaíno) para ler sua composição e o garoto assim começa: - Eu estava doente, espirrando, tossindo, febril, não conseguia comer nada, não podia brincar, nem vir à escola. Aí, de noite, a mamãe esfregou Vick Vaporub no meu peito, me deu um leite quente com um comprimido, me cobriu, eu dormi e, no dia seguinte acordei ótimo e feliz. Mãe... só tem uma.” A classe toda aplaudiu, a professora elogiou, deu dez para Giovani.Chamou o Carlos (Tricolor), que já foi logo lendo a dele: - Eu tinha prova de Conhecimentos Gerais no dia seguinte, não sabia nada, não conseguia decorar nada, comecei a chorar, achando que ia tirar zero. Aí a mamãe sentou do meu lado, pegou o livro, me explicou tudo direitinho, tomou a minha lição e eu fui dormir sossegado. Quando acordei senti que sabia tudo, vim à escola. Fiz a prova e tirei 10. Mãe... só tem uma. A classe, emocionada, também aplaudiu Carlos. A professora deu dez para ele também.Desta vez chamou o Wandergleidson Júnior (FLAMENGUISTA): - Cheguei no barraco, minha mãe que estava na cama com um cara que não conheço, diferente do cara da semana passada, gritou para mim: Wandergleidson Júnior, seu fdp, vai lá na geladera e traz duas cerveja. Aí eu abri a geladeira e gritei pra ela: - Mãe.. Só tem uma! O rebanho do mineirim estava doente, morrendo; ninguém conseguia curar. O veterinário da cooperativa de Guaxupé já tinha tentado todos os tratamentos possíveis. Aí ficou sabendo que havia um curandeiro nas redondezas, lá pros lados de Jacuí, que fazia umas rezas e benzeções e era a única pessoa que poderia salvar seu rebanho e o chamou. O curandeiro disse que salvaria o gado do mineirim, mas que, para isso, teria que ficar trancado no quarto sozinho com a mulher dele — (uma morena gatíssima) — para fazer o ritual. O caipira ficou meio preocupado, mas topou. Afinal, era a única maneira de salvar o seu gadinho... O benzedor apanhou um pedaço de pau no quintal, foi para o quarto com a moça, apagou a luz e começou: — Passo o pau nos joeio, pra curá os boi vermeio! — Passo o pau nas coxa, pra curá as vaca mocha! — Passo o pau na viría, pra curá as novía! Nesse ponto, o mineirim, que estava ouvindo o ritual com o ouvido colado na porta, gritou depressa: — As vaca preta e os boi zebú cê pode dêxá morrê! Encontram-se dois amigos. Um diz pro outro: — Você está com aspecto horrível! Você está doente? — Sim, estive no médico e ele diagnosticou deslocamento de órgão. — Deslocamento de órgão? Nunca escutei falar. O que é isso? — Meu fígado foi pro saco!

O PRATIANO nº 381

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povo brasileiro hibernou por muito tempo, mas há uma semana acordou. Acordou e saiu às ruas para protestar, para em altos brados exigir os seus direitos de cidadão. Não saiu somente para protestar contra o aumento de uma passagem de ônibus, mas também contra os impostos, Impostos estes que consomem grande parcela do salário do povo brasileiro. Moramos em um país que tem os mais altos impostos do mundo, e o pior que está sendo mau empregado em prol do nosso povo. Mas é pena que um pequeno grupo de delinquentes se aproveitaram para saquear, roubar e quebrar tentando sujar o nome da nossa Democracia. Temos um sistema de saúde precário e falido, policiais, professores que deviam ser mais valorizados estão esquecidos pelos governantes há muito tempo, é por isso que nossa segurança e nossa educação hoje pede socorro. Enquanto os senhores governantes estão preocupados em construir estádios de futebol, muitos morrem nos corredores de hospitais por falta de atendimento. Não que o povo não mereça diversão, mas existem prioridades que deviam ser cumpridas, diziam que o país não tinha dinheiro para melhorar a saúde o ensino público e a segurança; mas de repente surgem bilhões para construir estádios. Quando diz respeito em aumentar o salário mínimo, que logo nem mínimo será, pois não dá nem para atender as mínimas necessidades do povo brasileiro, armam um enorme circo dizendo que não podem chegar a determinado valor para não onerar os cofres públicos, mas quando diz respeito aos próprios salários não pensam assim, pois enquanto o salário mínimo aumenta 9%, o dos nossos governantes aumentam em torno de 70% ou mais. Sem dizer os auxílios que eles ganham com moradias e outras coisa mais; um desrespeito Parabéns povo brasileiro, temos mesmo que gritar em altos brados o quanto estamos insatisfeitos, mostrar para os políticos que só lembram de nós de quatro em quatro para pedir votos, que acordamos e para sempre, chega de hibernação, exigimos o que de direito é nosso; não podemos aceitar que num país rico em alimentação existam tanta gente que ainda estão passando fome.. São pessoas que ninguém se importa em ouvir os seus gemidos, não queremos mais ser enganados, ser tragado por um sistema fraco e falido. Lembramo-nos que as eleições vem aí, nossa força está nas urnas, vamos tirar de lá quem por nós não quer trabalhar. Queremos um Executivo, um Legislativo e um Judiciário sério, que trabalhe em prol do nosso povo; que lute por uma educação, saúde e segurança melhor, queremos também fora esse câncer chamado corrupção.

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esde o último dia 24 de junho, Dia de São João, está de volta na Rede Globo a novela Saramandaia, em nova versão, feita por Ricardo Linhares, que adaptou o texto original de Dias Gomes. A novela foi para o ar anteriormente de 03 de maio a 31 de dezembro de 1976, há 37 anos. Ambientada na Bahia, a história se situa no fictício município de Bole-Bole, na zona canavieira da Bahia, que passa por um plebiscito para a mudança do nome. O movimento é encabeçado por duas facções: os tradicionalistas, liderados pelo coronel Zico Rosado, que usam argumentos históricos para manter o nome atual, Bole-Bole; e os mudancistas, liderados pelo coronel Tenório Tavares e pelo vereador João Gibão - este último irmão do prefeito Lua Viana -, que alegam vergonha do nome, querendo mudá-lo para Saramandaia. Mas o que chama a atenção na cidade são as características exóticas de algumas personagens da história: o professor Aristóbulo Camargo, que vira lobisomem nas noites de lua cheia; Marcina, que provoca incêndios onde toca e queimaduras em quem toca; João Gibão, que esconde em sua corcunda um belo par de asas; Encolheu, que prevê o tempo com dores ósseas; Dona Redonda, que não consegue parar de comer; Zico Rosado, que põe formigas pelo nariz; Tristão do Sal, que solta fogo pela a boca; dentre outros. O folhetim ficou conhecido pelo realismo fantástico. No último capítulo, aparece a emblemática cena do voo do protagonista João Gibão, encurralado pelos jagunços de seu rival, Carlito Prata. Em sua autobiografia “Apenas um Subversivo”, o autor Dias Gomes afirmou que Saramandaia tinha o duplo propósito de driblar a censura e experimentar uma linguagem nova na televisão. trabalhando com símbolos e metáforas, ele dificultou o trabalho dos censores, mas não conseguiu evitar vários cortes. O autor declarou ainda que Saramandaia foi o folhetim que mais lhe deu prazer de escrever, mesmo não estando entre as mais produzidas. Ele contou que a telenovela “exigia muitos efeitos especiais, uma tecnologia só dominada alguns anos mais tarde”. Por exemplo: a cena da explosão de Dona Redonda, no capítulo 26 deu bastante trabalho a Walter Avancini por conta da insuficiência de recursos técnicos à época. Para isso, foi posto um balão inflável debaixo das roupas de Wilza Carla, enchido com um compressor manual. A Dona Redonda de agora é Vera Holtz. Uma atriz magra que, para “engordar” em cena, precisa de cinco horas de maquiagem, o que, convenhamos, não é fácil. O autor da nova versão de Saramandaia que está indo para o ar agora, Ricardo Linhares, manteve muita coisa do texto original e acrescentou algumas novas personagens e outras cenas. Vai ser divertido rever essas saramandices...


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