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AUT48 DE0656/2003DCN

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jornal regional de grande informação

26 AGO - 08 SET 2005

Ano VI ¦ Nº 136 ¦ Quinzenal ¦ Director: Artur Bacelar ¦ Sai às Sextas ¦ 0.50 =C IVA incluído ¦ Porte

Pago

“Finanças” mudam-se para o Parque Central Autarquia e Ministério das Finanças chegaram a um entendimento para a transferência da Repartição de Finanças da Maia para o Parque Central. A falta de condições está na origem da mudança que deverá estar concluída até ao final do ano, garantiu o Presidente da autarquia, pág. 32 Bragança Fernandes.

Suspeitas de “alterne” em estabelecimento de Milheirós Vizinhos acusam a casa de provocar muito ruído e mau ambiente. Proprietários afirmam que o estabelecimento está legal, queixando-se de perseguição. Garantem ainda que as obras de sonorização estão feitas. pág. 14

Unidade de Saúde no Centro Cívico de Moreira já arrancou As obras de adaptação para a instalação da Unidade de Saúde no Centro Cívico de Moreira já se iniciaram. O Presidente da Junta de Freguesia espera que a estrutura já esteja em funcionamento antes do final do ano. pág. 13

Ensino da Língua será actividade extra curricular

Inglês em todas as escolas primárias

1 15 s o an

«Tintas 2000 cresceu ao ritmo do Concelho da Maia» 25 anos depois António e Ana Ambrosio, traçaram ao MH o segredo do sucesso de uma das maiores empresas da Maia. pág. 24

índice das freguesias Águas Santas Gemunde . . .

Gondim . . . .

Folgosa . . . .

Maia . . . . . .

Milheirós . . .

Moreira . . . .

Pedrouços . .

Vermoim . . .

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a opinião de...

Mário Duarte . . . . . .

Constâncio Sardinha .

Nelson Ferraz . . . . . .

Joaquim Jorge . . . . .

Orlando Leal . . . . . . .

Luís Clemente Ribeiro José Azevedo . . . . . .

Maia Marques . . . . .

Gil Ramos . . . . . . . . .

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pág. 4 e 5

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importa-se de repetir...

«Ultimamente temos sido chamados para a Maia em quase tudo o que é fogos. Até estou admirado, deve-nos ter saído o Totoloto! Ou terá alguma coisa a ver com o acto eleitoral de Outubro!?»

Candidato do PS à Junta, Rui Afonso, Subcomandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços, em entrevista ao MaiaHoje

02 dito

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

e

escrito

«Já estamos em campanha há quatro anos» Jorge Catarino, candidato PS à Câmara Municipal

«O voto não se compra, tem que se merecer» Jorge Catarino, candidato PS à Câmara Municipal

“estas listas (independentes) não são mais do que grupos subsidiados e financiados pela coligação PSD/PP” in Comunicado da Comissão de Candidatura de Jorge Catarino

«É mais uma trapalhada de um vereador socialista»

Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, em relação a um despacho que permitia que um estabelecimento nocturno fechasse às 4h00 da madrugada

«Quem luta, do primeiro ao último dia, para vencer tudo, corre o risco de não conquistar nada»

Manuel Zeferino, Director Desportivo da Milaneza-Maia

mh Hoje estou num daqueles dias em que não me apetece nada escrever. Tudo me sai mal, não gosto do que leio e a tecla que mais utilizo é a “delete” (apagar). Apetece-me fugir à realidade e ficcionar, ou melhor, como se usa agora dizer: entrar na “Realidade Virtual”.

«António chega ao balcão do bar de um Centro Comercial e dispara para o colega comerciante: - Estou farto! É Verão! Este ano, como desde há alguns não há férias. Apetece-me baixar os braços e fazer como o meu primo.

Acho que vou ver se arranjo maneira de ficar sem casa, carro e emprego e viver à custa dum qualquer subsídio. Se não resultar olha, digo que sou toxicodependente, assalto uns carritos à noite (não mais que 20 minutitos), além dos subsídios, é claro. Comer também é fácil, vou a um desses bancos alimentares que eles têm forçosamente que me dar comida!

Pede um café para acompanhar o cigarro que fez esta pausa e continua…

- Olha, olha, a falar no gajo e ele aparece…

Chega o primo com ar de quem acordou às três da tarde: - Está um calor lá fora que nem apetece trabalhar!

- Pois, pois é o calor… , responde o António - Sabes que gosto muito da minha “habitação social”…; diz o primo e continua: Sim, “habitação social” porque n’um moro num bairro velho, a minha casa é impecável, ainda ontem chamei o canalizador para reparar a torneira que estava a pingar e na semana passada pintaram a minha sala. Ali bibe-se bem! até porque repara, sou vizinho por exemplo do “Silva” que é um dos chefões numa entidade ou empresa pública, sei lá.

Aquilo é que ele tem uma “bomba” lá na garagem, havias de ver! Boa gente! Ainda ontem me pagou um copo lá no café do Manel onde vou tomar o pequeno-almoço todos os dias. Eu é que sou cliente! Por falar nele, boas, boas, são as torradinhas da baixa, as do Manel têm pouca manteiga, mas para ir à baixa tenho que apanhar o autocarro e é sabido que não tenho tempo. Ora bolas!

- Olha lá, já arranjaste emprego?

- Não! Tá difícil, já botei o meu nome no centro de desemprego, mas nada. No outro dia queriam que fosse para bendedor. Paxe!

Pedi “emprestado” um computador, é antigo, se é, imaginem que já o tinha “fisgado” na loja lá pelo natal, quando fui ao bairro levar um servicito por 20 euros com o carro do Zé. Mas

PÁG. DOIS

agora é uma maravilha aquilo tem uma placa que se liga e “saca” a Netcabo do vizinho à pala, eh, eh!. Por falar em cabo, não é que os “burros” puseram o fio da Tvcabo a passar por baixo da minha janela? T’avam mesmo a pedilas, zimba, fiz um “chante” e agora (com a caixa que o Quim me deu, é à fartazana, SportingTv, filmes, SexoHote. Tudo! Mas o importante é que tenho computador para escrever umas cartas para arranjar emprego.

- Ouve lá, tu é que a sabes toda! Por mim bem que andavas ai a pedir…, disse o António.

- Bem, tou a ber que hoje tás bem disposto, já bi que não bais pagar um copo!

E saiu porta fora, da mesma forma como entrou.

- Fico fulo ao ver este gajo, mas isto passa!

Se calhar só estou chateado por ter recebido lá em casa uma carta a dizer que devo trezentos contos há p’rai 8 anos, dum cafezito que eu já há muito dei como encerrado. Sei lá! Acho que vou voltar ao trabalho porque tenho que fazer as férias dos meus empregados para não fechar a loja. Isto passa!

- Pois!, o negócio está mau! diz o outro comerciante que se apressa a ir para a sua loja, pois hoje é dia de receber pelo correio, a “baixa fraudulenta” com que conta para pagar a conta da Luz do mês.

Ficção ou realidade? Venha o leitor e decida. Este é mais um, excelente, contributo para a “Silly Season” nacional. Boas férias!

Estou farto da política, desmotiva-me saber que estou num país onde tudo é impune ou punido com mão de ferro, se passe do 8 ao 80 com um pestanejar.

Adoro o Sol, as gentes e até o cheiro da terra, detesto o chicoespertismo, os portugueses de primeira (aqueles que conseguem ter mais direitos do que o resto da populaça) e os nossos políticos.

artur bacelar ¦¦ director

editorial

Ficção ou realidade? qualquer hora do dia percebe que a saturação nem daqui a 15 anos, mas ainda existe muito espaço para a expansão ver imagens satélite No mínimo e a preços actuais uma viagem, em cerca de 100 Km, de ida e volta à Ota desde Lisboa, se optar por levar o seu carro, nunca ficará por menos de 5 euros em combustível, 2,20 em portagens e 15 euros de estacionamento por dia. De Táxi a “coisa” também não ficará por menos e ficaria em mais de 70 euros ida e volta Ir do porto a Londres por exemplo fica por …..

Quem quer a Ota e Tgv? Desviar o aeroporto cerca de 50Km Quem ganha?

Evita-se as “low cost” que querem aterrar em Alverca (meia dúzia de quilómetros da capital e bem servida por caminhos de ferro) Eventualmente viagem de “low Cost” ficará mais barato do que Tgv Quem passar no aeroporto da Portela a

Segundo dizem, só a Ota ficará por 2000 euros a cada português Quanto ao Tgv se houver 3 por dia, um de manhã, outro à tarde e outro à noite, será que estarão cheios? É que se calhar nas estatísticas colocaram os “magalas” que não tendo outro meio de transporte pago pelo Estado, como eu, durante a sua “estadia” militar apenas usavam os serviços (maus) dos Caminhos de Ferro.

objectiva Título: Tira a mãozinha dai... por: Raul Silva raul@maiahoje.pt

GRANDE MAIA

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MAIAPRESS EdItoRES, LdA. REGISTADA NA CONS. REG. COM. DO PORTO COM O NÚMERO 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954

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mh

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

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Ensino do Inglês no 1º Ciclo alargado a todo o Concelho Mais de dois milhares de alunos maiatos, dos 3º e 4º anos de escolaridade vão ser abrangidos pela campanha nacional de Ensino da Língua Inglesa. Aulas vão ser dadas em regime extra curricular e são de carácter facultativo.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Através do Programa de Generalização do Ensino do Inglês no 1º Ciclo, os alunos maiatos dos 3º e 4º anos de escolaridade vão passar a ter aulas de Língua Inglesa, como actividade extra curricular. A medida aprovada em reunião pública do executivo camarário, diz respeito à campanha promovida pelo Ministério da Educação e passa assim a envolver todas os alunos implicados do Concelho, cerca de dois milhares, em vez dos 25% inicialmente avançados. Sendo de responsabilidade ministerial, esta iniciativa vai ser suportada pela Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) que vai disponibilizar uma verba de 100 euros por aluno. As aulas serão dadas em regime extra curricular, através de professores indicados por um instituto maiato, que vai ser seleccionado pela autarquia consoante a melhor proposta de cinco. Apesar da opinião positiva unânime do executivo acerca da validade da proposta, ficou apenas a ressalva do vereador socialista, Miguel Ângelo Rodrigues, para a preferência que deveria ser dada a professores desempregados, sendo que a vereadora do pelouro da Educação, Graça Barros, afirmou que o critério prioritário será a qualidade do currículo. Ainda de referir que, este campanha tem o acordo de cada agrupamento escolar e da Federação de Associações de Pais do Concelho da Maia (Fapemaia).

Mais um «incentivo para as crianças irem à escola» Participante activo no processo, a Fapemaia elogia esta iniciativa como forma de atrair cada vez mais os jovens à instituição escolar, «o Inglês tal como acontece com o programa ligado à Informática que está a ser levado a cabo, é facultativo, mas pretende ser outro incentivo para as crianças irem à escola.

Pretende-se cativar cada vez mais os alunos

para transformar a ida à escola em algo agradável», referiu ao MaiaHoje, o Presidente deste organismo, Manuel Veloso. Segundo este responsável, este programa é mais uma arma de combate ao abandono escolar, «se entendermos a escola apenas como um local para dar matéria curricular, teremos logo no 1º ciclo crianças a quem a matéria não diz nada e assim, não combatemos o insucesso e abandono escolar».

Este programa já estará disponível neste ano lectivo de 2005/06.

Associações maiatas candidatam-sse ao “Progride” Asman, Socialis e Fundação Lar Evangélico Português, concorrem para o “PROGRIDE - Medida 2” - Programa para a Inclusão e Desenvolvimento Estas três Instituições de Solidariedade Social da Maia que fazem do seu dia a dia a ajuda e o apoio a pessoas necessitadas a jovens e idosos, estão a concorrer a este programa da Segurança Social, com data limite de 31 do corrente mês, por se enquadrarem nas entidades de direito privado sem fins lucrativos que actuem na área da solidariedade social.

O enquadramento do PROGRIDE é o de agir sobre a pobreza e exclusão social o que impõe a necessidade de uma política eficaz e articulada, que tome como alvo essencial as pessoas mais desfavorecidas e os territórios confrontados com problemas de exclusão, que assente na plena integração de todos, que valorize a igualdade de oportunidades e o respeito pela dignidade e direitos humanos e que fomente as solidariedades locais.

Com a criação do presente Programa pretende-se promover o desenvolvimento de Projectos direccionados para territórios onde a

gravidade dos fenómenos de pobreza e exclusão social justifica intervir prioritariamente e para grupos específicos particularmente confrontados com situações de exclusão marginalidade e pobreza persistente, assentes na participação de todos os actores locais e na congregação das várias sinergias locais.

O programa é dividido em “Medida 1”, que esteve aberto a candidaturas no inicio do ano, e “Medida 2”, que tem um prazo para apresentação de candidatura de 1 de julho a 31 de Agosto.

Os apoios financeiros a conceder no âmbito da “Medida 2” destinam-se exclusivamente a projectos que se direccionem para os grupos populacionais defenidos em despacho do MSSFC. A intervenção-tipo subjacente á “Medida 2” é uma intervenção com expectativa de impacto, essencialmente nos destinatários visados, muito embora as condições de realização desse impacto possam exigir intervenções de natureza multisec-

torial (educação/emprego, habitação/formação).

O Director técnico da Valência Lar de Crianças e Jovens, uma das vertentes da Fundação Lar Evangélico Português, falou com o Maia Hoje dizendo que “estão a elaborar um projecto de intervenção social que tem como objectivo geral reduzir o número de crianças em risco de exclusão, no concelho da Maia, mais especificamente na freguesia de Águas Santas.

Iremos procurar promover o sucesso escolar, reduzir o absentismo e/ou abandono escolar, bem como apoiar estas famílias, facilitando o acesso à informação e aos serviços, da comunidade”.

Dentro da candidatura ao Programa Progride “contamos com diversas parcerias, sem as quais será impossível implantar com sucesso um projecto destes. consideramos que este é muito relevante em termos comunitários, e caso esta candidatura seja aprovada trará uma mais valia para a população deste Concelho/Freguesia”. pub

A. CAMPELO DE SOUSA Especialista em Direito Administrativo

advadvogado ogado

Escritório: R. Dr. Augusto Martins, n.º 90 • 1º • sala 4 • Maia R. Fundo de Vila, n.º 333 • 3º • sala 2 • S. João da Madeira Telef. 256 832 588 • E-mail: campelodesousa@iol.pt

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mh

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

GRANDE MAIA

Partidos oficializam candidaturas Partidos políticos já entregaram as respectivas candidaturas às “Autárquicas” no Tribunal da Comarca da Maia.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Já estão afixadas no Tribunal e disponíveis para consulta as listas de candidatura às próximas eleições autárquicas de 9 de Outubro, tanto para a Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia. O primeiro partido político a entregar a documentação, foi a coligação PSD/CDSPP. Com os objectivos já revelados de conseguir a vitória no acto eleitoral por maioria absoluta, o cabeça de lista e actual edil maiato, Bragança Fernandes, liderou a comitiva que compareceu ao acto, com a composição da lista à Câmara Municipal a não trazer novidades, com Silva Tiago em segundo lugar, seguido de Mário Nuno Neves. O advogado e representante da Ordem dos Advogados na Maia Paulo Ramalho ocupa a quarta posição, enquanto Nogueira dos Santos, Presidente do União Nogueirense e da Cruz Vermelha da Maia, entre outros, aparece em quinto. Segue-se Hernâni Ribeiro, Presidente da JSD Maia e Director de campanha às Autárquicas, com Maria de Lurdes Ribeiro, quadro da STCP, em sétimo lugar e Jaime Pinho, actual Presidente da Junta de Freguesia de Avioso S. Pedro, em oitavo. Em jeito de curiosidade, assinala-se a presença do conhecido treinador de Futebol Augusto Inácio, no último lugar da lista, mais precisamente na 18ª posição. Em relação à Assembleia Municipal, o actual Presidente, Luciano Gomes, recandidatase à liderança do órgão.

Uma lista de renovação À semelhança de outros partidos, o PS entregou as listas para as eleições Autárquicas transmitindo confiança nos intervenientes. A destacar por Jorge Catarino, candidato à Câmara Municipal da Maia, estão «as qualidades dos intervenientes, basta ler as qualificações profissionais das pessoas e uma renovação que chega aos 80% nas freguesias, uma renovação que se estende à Assembleia Municipal e à Câmara Municipal». Quanto ao processo de constituição das listas decorreu de forma «extraordinariamente pacífica» tendo por base um acordo com uma alegada facção minoritária dentro do PS Maia, que apontou o 3º, 5º e 7º lugares da lista à autarquia, para além do candidato à Assembleia Municipal, e que possibilitou a eleição das listas com mais de 90%, «com grande unidade, não de unicidade mas de unanimidade», referiu Jorge Catarino.

Agora, o próximo passo dos socialistas é contactar com os maiatos e elaborar o programa eleitoral, «não vamos visitar os idosos às praias, mas vamos contactar com os diferentes extractos sociais. Não fazemos a caça ao voto, queremos ganhar com projectos porque o voto não se compra, tem que se merecer».

Candidatos à Câmara Municipal PSD/CDS-PP - Bragança Fernandes PS - Jorge Catarino CDU - Pedro Ferreira BE - Silvestre Pereira PH - Alexandra Rito Candidatos à Assembleia Municipal PSD/CDS-PP - Luciano Gomes PS - José Andrade Ferreira CDU - Júlio Gomes BE - Francisco Amorim Candidatos às Juntas Águas Santas PS - Manuel Correia PSD/CDS-PP - Mário Carmo Pinto CDU - José Silva BE - João Valadares de Sousa PH - Alfredina Gomes Avioso S. Maria PSD/CDS-PP - Hamilton Prata PS- Manuel Serra CDU - Carla Ribeiro

Folgosa PSD/CDS-PP - Luís Cândido PS - Hugo Campos CDU - Carlos Martins Indep. FMF - António Moreira de Sousa Maia PSD/CDS-PP - Carlos Teixeira PS - Adão Bastos CDU - Acácio Carvalho BE - Madalena Gloystein Milheirós PSD/CDS-PP - Alfredo Teixeira PS - Mário Gouveia CDU - Filipe Pereira Moreira PSD/CDS-PP - Albino Maia PS - Conceição Machado CDU - Manuel Silva Cardoso BE - Daniel Santos Nogueira PSD/CDS-PP - Ilídio Carneiro PS - José Fontes CDU - Joaquim Sousa

Avioso S. Pedro PSD - Joaquim Guilherme Maia PS - Joaquim Gonçalves CDU - Joaquim Gonçalves

Pedrouços PSD/CDS-PP - Abílio Sousa PS - Rui Afonso CDU - Augusto Teixeira BE - Maria Teresa Silva

Barca PS - António José Peixoto PSD/CDS-PP - Armindo Silva Moutinho CDU - Bruno Cunha

S. Pedro Fins PSD/CDS-PP - Joaquim Gonçalves PS - Filipe Mota Maia CDU - Nuno Lourenço

Gemunde PSD/CDS-PP - Joaquim Oliveira PS - Manuela Nunes CDU - Gaspar Gonçalves

Silva Escura PSD/CDS-PP - Sousa Dias PS - Armando Dias CDU- Adélio Grazina

Gondim PSD/CDS-PP - Ilídio Rafael PS - Fernando Ferreira CDU - Casimiro Lopes Independente MIRG - José Maria Ferreira

Vermoim PSD/CDS-PP - Aloísio Nogueira PS - Mário Martins CDU - Luís Pinto BE - José Inácio Independente VNC - Albertino Silva

Gueifães PS- Alberto Monteiro PSD/CDS-PP - Mário Araújo CDU- Carlos Tedim BE - José Silva

Contratempo atrasou entrega Também a CDU apresentou em Tribunal as listas às Autárquicas, sendo mesmo das primeiras forças políticas a avançar com o processo, uma antecipação que acabou por se revelar preciosa, dada uma incorrecção na documentação. Mais especificamente, estavam em falta os duplicados da documentação com a informação pessoal dos diferentes candidatos, problema que foi facilmente resolvido. Em relação às listas propriamente ditas, o candidato CDU à Câmara Municipal, Pedro Ferreira,

V. N. Telha Independente - Pinho Gonçalves PS - Fátima Garcia PSD - Virgílio Vale CDU - António Santos Costa fala num processo que «correu bem. Há listas mais rápidas e outras menos rápidas, mas isso depende dos executivos em cada freguesia».

Ainda em falta, estava o candidato à Junta de Freguesia de Gemunde, sendo que o nome encontrado é Gaspar Gonçalves.

Entretanto a CDU levou a cabo uma acção de distribuição de propaganda e contacto com as populações no conhecido cruzamento da Areosa. «precisamos de fazer isso porque não vamos ter muitos “outdoors” por aí e por isso precisamos de falar com as pessoas e dar-nos a conhecer e trocar ideias», referiu Pedro Ferreira.

«Uma lança do Bloco na Vereação da Câmara da Maia» Fazer parte da Vereação da Câmara Municipal da Maia depois das próximas eleições é o grande objectivo do Bloco de Esquerda. Uma meta difícil, afirma o mandatário de campanha, Serafim Nunes, já que «não são transponíveis os resultados das legislativas para as autárquicas» onde recordese, o BE teve cerca de oito por cento dos votos na Maia. Ainda assim, os “bloquistas” acreditam que é um resultado «possível», tendo por base, «discutir os problemas com os maiatos e arranjar soluções», referiu o candidato à Câmara Municipal, Silvestre Pereira. Além disso, e segundo o mandatário de campanha, o Partido tem-se vindo a afirmar, ocupando o seu próprio espaço político, «o PS só se lembra de fazer oposição no último mês antes das eleições e com o candidato da CDU a ser uma pessoa pouco conhecida da população», as perspectivas são boas, conclui Serafim Nunes.

Além da Câmara e Assembleia Municipal, o BE apresenta candidaturas a seis freguesias (Águas Santas - João Valadares de Sousa, Gueifães - José Silva, Maia - Madalena Gloystein, Moreira - Daniel Santos, Pedrouços - Maria Teresa Silva, Vermoim - José Inácio) sendo que todo o processo de constituição de listas decorreu de «forma democrática e de baixo para cima». O facto de os “bloquistas” concorrerem em apenas seis das 17 freguesias, devese ao facto de «não termos a capacidade de organização das pessoas e não poderíamos avançar para essas freguesias sem organização. Queremos fazer deste momento da batalha autárquica um momento de organização».

Uma palavra ainda para o Partido Humanista que concorre à Câmara Municipal através de Alexandra Rito, e à Junta de Freguesia de Águas Santas, com Alfredina Gomes.

Movimentos independentes surgem em quatro freguesias Para este acto eleitoral perfilam-se quatro candidaturas independentes, sendo que três surgiram nos últimos dias antes do prazo limite de entrega. Já esperada era a recandidatura de Pinho Gonçalves à Junta de Vila Nova da Telha, não tendo desta vez, como aconteceu em 2001, o apoio do PSD, partido que apresenta um candidato próprio.

Em Gondim voltou a surgir o Movimento Independente para renovar Gondim, que apresenta, tal como nas últimas eleições autárquicas, José Maria Ferreira para a liderança da Junta de Freguesia Local.

Em Vermoim, Albertino Silva, que já esteve à frente dos destinos da Junta de Freguesia, encabeça o movimento “Vermoim no Coração”. Por fim, surge em Folgosa a candidatura “Folgosa Mais Forte” liderada por António Moreira de Sousa, membro do actual executivo e que recorde-se, teceu grandes críticas ao funcionamento do órgão na última Assembleia de Freguesia.

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Encerrado para férias de 8 a 29 de Agosto

mh

GRANDE MAIA

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

Sousa e Silva renuncia ao lugar de mandatário de lista independente Depois de o Tribunal da Maia declarar o impedimento, o actual mandatário da coligação PSD/CDS-PP renunciou ao lugar de mandatário da lista independente à Junta de Vila Nova da Telha.

AMM

JS acusa maioria de “propaganda eleitoralista” Entrega de habitações em Ardegães e promessa de construção da EB1 da Granja, são apontados pela JS Maia como propaganda eleitoral.

Sousa e Silva deixou o lugar de mandatário da lista independente a Vila Nova da Telha, encabeçada por Pinho Gonçalves, depois de ter sido declarado pelo Tribunal da Maia a impossibilidade de ser simultaneamente mandatário em candidaturas de partidos diferentes. Face a esta situação, o actual mandatário da coligação PSD/CDS-PP à Câmara Municipal foi alvo das críticas socialistas, que defende que as listas independentes «não são mais do que grupos subsidiados e financiados pela coligação PSD/PP para tentar enfraquecer e dividir o PS».

Segundo a Comissão de Candidatura de Jorge Catarino, «quem se presta ao papel de pertencer a estas listas ditas independentes mostra bem a qualidade do carácter, a ética e os valores dos intervenientes», salvaguardando que nada têm contra as listas de independentes, «desde que o sejam em toda a acepção da palavra e não políticos que só procuram derrotar o PS usando todo o tipo de subterfúgios e artimanhas».

Já para Bragança Fernandes, líder da lista PSD/CDS-PP da qual Sousa e Silva é mandatário, esta situação não passa de mais um «fait diver. Sousa e Silva já apresentou a renúncia e agora é mandatário da coligação».

Até ao fecho desta edição, o MaiaHoje tentou repetidamente entrar em contacto com Sousa e Silva mas tal não foi possível.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Périplo resulta em críticas ao trabalho da Câmara Municipal Comitiva socialista visita Vila Nova da Telha no sentido de apurar os principais problemas e necessidades da população.

A candidata socialista a presidente de receberam”. Neste capítulo, os candidatos Comissão de Candidatura Junta de Vila Nova da Telha, Fátima Garcia, socialistas acusam a autarquia de “deixar ao queixa-se dos CTT efectuou um périplo pela freguesia de modo abandono” a Associação Recreativa a inteirar-se das problemáticas vividas pela população. O candidato à Câmara Municipal, Jorge Catarino, também fez parte da comitiva, partilhando das críticas dirigidas ao trabalho principalmente do executivo camarário. Assim, foi apontada pelos responsáveis socialistas a alegada inércia no andamento da construção da nova Junta de Freguesia, “a nova junta de freguesia está muito atrasada assim como o centro cívico para idosos. O que foi prometido à quatro anos está parado desde essa altura”. O financiamento camarário ao Estádio Municipal de Pedras Rubras também foi criticado, “o PS nada tem contra o futebol mas não pode haver 2 pesos e 2 medidas.

Tudo para uns e nada para outros. Foram injectados 150000 euros e mais uma verba extraordinária.

Outros clubes nada

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Vilanovense. Entre outras questões, também foi incluído no rol de críticas a existência de ilhas na Rua da Aldeia, Rua da Prosela e Rua da Caralinda, entre outras, para além das barracas na urbanização do Lidador, situações para as quais é solicitada uma intervenção.

A finalizar, estes responsáveis propõem a preservação do Pulmão do Lidador, com a instalação de serviços de interesse para todos os cidadãos, tal como um campo de futebol, circuito de manutenção e espaços de lazer, entre outros. É ainda classificada de urgente a edificação de uma cantina da EB1 da Caralinda, tal como a transformação da Escola da Rua da Fábrica em infantário. Outra proposta vai para a criação de transportes públicos na freguesia de forma a existir uma alternativa de transporte, por exemplo, dos alunos para a escola.

A Comissão de Candidatura de Jorge Catarino, candidato socialista à Câmara Municipal, queixa-se da prestação dos Correios de Portugal na distribuição de “mailings” de carácter eleitoral na Freguesia de Vila Nova da Telha.

Segundo os responsáveis, foram enviados milhares de manifestos eleitorais da candidata PS àquela freguesia, Fátima Garcia, sendo que foram poucos os que chegaram ao destino, «questionamos as pessoas e grande parte referiu que não recebeu nada», referem. A Comissão de Candidatura vai agora apresentar uma exposição escrita aos Correios de Portugal a nível local e nacional, no sentido de apurar o que se passou.

Em comunicado, a JS Maia vem acusar a maioria do executivo e mais especificamente o Presidente da Câmara Municipal, Bragança Fernandes, de “propaganda eleitoralista”. Tudo porque, segundo os jovens socialistas, a entrega das habitações PER de Ardegães e a promessa de construção da EB1 de Gueifães, foram deixadas para este período pré eleitoral. No que diz respeito à primeira situação, a JS classifica de “atraso inqualificável”, a recente entrega de habitações sociais que estavam prontas acerca de um ano, «é inqualificável e vergonhoso que pessoas necessitadas de uma habitação condigna tenham que aguardar pelas conveniências de agenda pessoal de alguém». Quanto à construção da EB1 da Granja, os jovens socialistas defendem que a promessa de edificação daquele equipamento avançada esta semana, já foi veiculada nas últimas eleições sendo que “durante três anos não tinha sido feito nenhum esforço para o seu cumprimento nem nenhum esclarecimento relativo a esta matéria”, acrescentando que “seria ético que o Presidente da Câmara assumisse as suas falhas e que, mais uma vez, não enganasse os maiatos”.

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

mh

GRANDE MAIA

Maia e Matosinhos mais próximos Requalificação das ruas de Catassol e Santana concluída. Obra demorou cerca de um ano e custou um milhão e meio de euros.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) RAUL SILVA (FOTO)

Tendo por base um acordo entre os municípios da Maia e Matosinhos, foi recentemente inaugurada a obra de requalificação da via que compreende as ruas de Catassol e Santana, antiga EN 14.

Esta empreitada abordou igualmente todas as infra-estruturas do arruamento, nomeadamente de água e saneamento, ao longo de pouco mais de um quilómetro, entre a Feira de Santana e o Lar do Comércio. O custo da obra rondou o milhão e meio de euros, tendo sido suportado pela autarquia de Matosinhos com base no protocolo estabelecido com o município da Maia, que agora vai levar a cabo a sua parte do acordo, requalificando a Rua da Arroteia, em Pedrouços, artéria que divide esta freguesia maiata e S. Mamede Infesta.

Presentes nesta inauguração, estiveram os Presidentes de Câmara da Maia e Matosinhos, Bragança Fernandes e Narciso Miranda, respectivamente, que reforçaram a ideia de solidariedade entre os dois municípios, referindo que «esta obra resulta do sentimento popular. As pessoas não entendiam que face aos avultados investimentos que se faziam nesta zona, este arruamento continuasse naquele estado», afirmou o autarca de Matosinhos, acrescentando que do lado de S. Mamede Infesta já foram investidos mais de três milhões de euros. Narciso Miranda aproveitou ainda para frisar a importância rodoviária que aquela zona irá assumir no futuro, com a construção «de um dos mais importantes nós do IP4

junto à empresa de óleos “AAA”, para além de outro junto ao Mosteiro de Leça do Balio».

Uma palavra para a notada ausência de Alberto Monteiro, Presidente de Junta de Gueifães, freguesia directamente afectada pela obra.

Segue-se a Rua da Arroteia Em fase de concurso público já está a requalificação da Rua da Arroteia, obra que a autarquia da Maia vai levar a cabo e que assume contornos idênticos à via agora inaugurada, pelo que terá um custo idêntico, referiu Bragança Fernandes, «o que queremos é que a população circule bem. A obra arranca ainda este ano e tem o prazo de cinco meses». O autarca lamentou, no entanto, que a obra ainda não tenha começado, atribuindo responsabilidades à Refer, «só não começou ainda porque tem uma linha de comboio e quando a Refer entra nos processos há a tendência para demorar porque eles complicam muito».

Face ao aparente sucesso deste acordo supramunicipal, está já em preparação um protocolo entre ambas autarquias, mas desta feita mais abrangente, envolvendo todos os arruamentos que unam a Maia e Matosinhos e que se vai estender à requalificação do Rio Leça. Uma estratégia de sucesso considera Narciso Miranda, «se estes exemplos se repetissem mais vezes no território nacional a população ganharia com isso. Cada vez mais, o poder local tem que avançar para políticas de 3ª geração».

Bragança Fernandes e Narciso Miranda presidiram à cerimónia acompanhados de Guilherme Pinto, Vice Presidente matosinhense.

“Luz ao fundo do túnel” do Aeroporto Obras de requalificação do túnel do Aeroporto já se iniciaram.

Empreitada rondará os 200 mil euros e ficará a cargo da ANA Aeroportos de Portugal.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Já decorrem os trabalhos de requalificação no túnel do Aeroporto, assegurou o Presidente da autarquia, Bragança Fernandes. São várias as queixas dos que por lá passam, desde o mau piso até à falta de iluminação, uma situação que se arrasta há anos. Em reunião extraordinária do

executivo, acabou por ser aprovado um protocolo com a ANA - Aeroportos de Portugal, para a execução das obras, com esta empresa a assumir o custo da obra, face a uma posição de força, afirma Bragança Fernandes, «assumi uma posição em que disse que fechava o túnel se a obra não fosse feita». A factura rondará os 200 mil euros, acrescentou ainda o autarca.

Obras de requalificação já se iniciaram

mh

GRANDE MAIA

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

Autarquia maiata “em dia” com empresa Águas de Portugal Bragança Fernandes assegura que o município tem os pagamentos à “Águas de Portugal” regularizados, não tendo parte na dívida das autarquias que ascende aos 145 milhões de euros.

AMM

Foi divulgada recentemente a dívida dos municípios para com a empresa “Águas de Portugal”, que chega quase à centena e meia de milhares de euros, sendo que um terço diz respeito a facturas vencidas em 2003. Lisboa, Loures e Aveiro são os municípios mais devedores, sendo que a Maia, abastecida

pelas subsidiárias “Águas do Cavado” e “Águas do Douro e Paiva”, está fora desta lista garantiu ao MaiaHoje, o Presidente da autarquia, Bragança Fernandes, «a Maia é um dos poucos que paga atempadamente às empresas das Águas do Cávado e Douro e Paiva. É um dos poucos da Área Metropolitana do Porto».

A dívida está a deixar a “Águas de Portugal” numa situação algo preocu-

pante, segundo os responsáveis, que admitem penhorar bens municipais ou até cortar o abastecimento de água às autarquias devedoras.

A Associação Nacional de Municípios reagiu à situação, defendendo que apesar de as dívidas terem de ser saldadas, a “Águas de Portugal” não deveria ter deixado chegar a situação a este ponto.

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Desfile de moda no “Continente” Maia No âmbito da campanha “Regresso às Aulas” que decorre até 18 de Setembro, o Hipermercado do universo da maiata Sonae realiza a iniciativa às 16 e 18 horas de 8 de Setembro.

ARTUR BACELAR

No próximo dia 8 de Setembro, o hipermercado Continente da Maia será palco de um desfile de moda para apresentar as propostas de vestuário infantil/juvenil para o Outono-Inverno. Este desfile surge integrado na Campanha “Regresso às Aulas”, que até ao próximo dia 18 de Setembro inclui uma vasta oferta de material escolar e vestuário para o regresso à escola.

«O estilo casual e descontraído, que as crianças tanto gostam, estará em evidência neste desfile através de propostas actuais e cosmopolitas que o Continente preparou para os mais novos.

Durante a campanha “Regresso às Aulas”, os hipermercados Continente oferecem uma diversificada e divertida gama de material escolar, onde se incluem mochilas, equipamento de software a manuais de apoio, mobiliário, entre outros, capaz de satisfazer todas as exigências de um estudante no seu novo ano lectivo», lê-se no comunicado de imprensa.

Segundo diz a organização vão ter «tudo para um regresso às aulas com estilo e grande entusiasmo».

Executivo aprova taxa máxima da derrama Derrama foi lançada com o valor máximo de 10% do IRC. Oposição socialista absteve-se defendendo contenção no imposto. Presidente da autarquia refere que é a continuidade do valor de outros anos.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Em reunião extraordinária, a derrama foi aprovada pelo executivo camarário com o valor de 10% do IRC, aliás, a taxa máxima aplicável. A derrama é um imposto municipal que se aplica às empresas industriais e comerciais, incidindo sobre o IRC. No caso maiato, a taxa proposta pela

maioria PSD/CDS-PP foi de 10%, tendo sido aprovada com a abstenção de Miguel Ângelo Rodrigues, o único dos três vereadores socialistas presentes na reunião, que defende contenção na aplicação deste imposto, dada a situação que vivem as empresas, «a verdade é que a situação económica que atravessam as empresas obriga a alguma contenção na aplicação da

derrama, até quando se vê que a Câmara não tem uma política de contenção». Para a oposição socialista, a autarquia não dá o exemplo, gastando dinheiro e, diversos eventos de «propaganda eleitoral» e que «tornam claro que esta Câmara não tem uma política de rigor, desconhece o que é saneamento financeiro e mostra-se incapaz de travar o descalabro em que se

transformou a sua gestão autárquica».

Na resposta, Bragança Fernandes, afirma que este valor é uma continuidade do que tem sido levado a cabo em outros anos, para além de que o valor em causa não é significativo para as finanças camarárias, «a economia está mal e só as empresas que dão lucro é que pagam», justifica o edil maiato. pub

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

GRANDE MAIA

Quartel Aberto é para repetir O balanço foi positivo, na certeza de que um trabalho conjunto das diferentes forças é mais profícuo.

Quartel Aberto... à união

Os números do Quartel Aberto - 3 fogos urbanos - 2 fogos industriais - 296 saídas Bombeiros Voluntários para fogos em matos e patrulhamentos JOSÉ MATOS

Não faltaram alertas, chamadas de socorro a altas horas da madrugada, caras cansadas, noites mal dormidas, ferimentos; mas em todos ficou a satisfação do dever cumprido e a confirmação de que a união faz, de facto, a força.

Os Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia, a Protecção Civil, a Cruz Vermelha, o INEM, entre outras instituições, deram as mãos numa iniciativa conjunta, designada por Quartel Aberto, instalado na Escola Secundária da Maia durante o período de 6 a 21 de Agosto (duas semanas).

«Se analisarmos o mapa do país, encontramos litígios entre diferentes forças. Na Maia, como nos damos todos bem, somos capazes de potencializar as nossas sinergias e foi o que se viu no Quartel Aberto. Tratou-se de uma ideia brilhante e bem conseguida», comentou António Lopes, Director da Protecção Civil da Câmara Municipal da Maia.

Satisfeito estava também um dos municiadores da iniciativa, o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários da Maia, José Araújo; «Em colaboração com o meu adjunto, Joaquim Caetano, quis promover de novo o Quartel Aberto, que teve um interregno de dois anos, sem saber se teria boa receptividade tanto no pessoal envolvido como junto da população. Num balanço final, estou satisfeito com todas as forças que estiveram presentes, desde os Bombeiros, Protecção Civil, Cruz Vermelha, INEM, IPJ, voluntários motards, entre outras», começou por referir ao MaiaHoje.

Frisando que a «relação entre todos foi excelente», o “2º” (calão usado na corporação) afirma que ficou provado que «o trabalho conjunto é muito mais positivo», num convívio que poderia ter estado melhor preenchido; «Convidei outras entidades que por diversos motivos não puderam estar presentes, como GNR, PSP e Polícia Municipal».

José Araújo não quis, também, deixar de prestar alguns agradecimentos, nomeadamente à Escola Secundária da Maia, por ter disponibilizado o espaço - «sem essa colaboração seria impossível realizar o Quartel Aberto», ao Hipermercado Intermarché, - «que

- 176 horas de trabalho só em fogo rural - Cerca de 54 mil e 500 metros quadrados de área ardida - 118 saídas do INEM forneceu a alimentação a toda esta gente» - ao Vereador Mário Nuno Neves - «pelo apoio que deu» - sem esquecer o departamento do Ambiente da Câmara Municipal e a Empresa Municipal Maiambiente.

O sub-Comandante dos Bombeiros de Moreira apenas lamenta «a falta de sensibilidade para esta iniciativa» por parte dos «serviços de manutenção da electricidade da autarquia e do departamento de trânsito», que «não prestaram colaboração».

Este responsável entende, também, que a passagem da população maiata pelo “Quartel”, num contacto próximo com a comunidade, foi objectivo não cumprido; «O problema teve a ver com uma fraca divulgação do evento», afirma.

Artur Pinto, 2º Comandante da Cruz Vermelha, Núcleo da Maia, deu o tempo por bem empregue; «Julgo que estas acções poderão ser um bom exemplo para outros municípios.

Penso mesmo ser inédito o trabalho conjunto destas instituições. É importante, também, para as pessoas poderem ver como trabalhamos. Ainda existem maiatos que desconhecem a existência do núcleo da Cruz Vermelha».

O sucesso da iniciativa já alimenta a vontade de repetir o encontro nos próximos anos, de preferência noutra freguesia do Concelho; «Vamos entrar em contacto com as juntas de várias freguesias para ver quem está disposto a colaborar connosco», adianta José Araújo.

Urgências e cozinhados Sete tendas ao todo e uma roulote a servir de recepção. Os diversos elementos cruzavamse uns com os outros, por vezes sem se olhar a fardas. Uma brincadeira, uma anedota, sempre ajudava a passar o tempo. À hora do almoço ou do jantar, a pergunta do costume; “O que é que o Chefe 23 terá cozinhado desta vez”? Coube ao bombeiro Manuel Magalhães o papel de cozinheiro.

Houve elogios e críticas às façanhas culinárias do Chefe 23, mas o importante é que ninguém passou fome.

Entre os momentos mais complicados vividos, o sub-Comandante José Araújo e o adjunto Joaquim Caetano, apontam o de Vilar de

- 140 serviços de saúde (doenças) - 116 saídas da Protecção Civil - 40 saídas da Cruz Vermelha - 58 bombeiros presentes no Quartel Luz, «com uma área enorme queimada. De referir, também, o de Nogueira, na bouça que fica por trás da empresa Maia Transportes, e o de S. Pedro de Avioso, o qual motivou a activação do Plano Municipal de Emergência. Uma bombeira e um elemento do IPJ ficaram feridos. Ardeu uma casa e tivemos necessidade de solicitar o apoio de corporações vizinhas, nomeadamente de Pedrouços, Matosinhos e Leça».

Em relação ao fogo na Empresa Maia Transportes, Joaquim Caetano recorda que ardeu, sobretudo, mata e pinhal; «Enquanto lá estive, o fogo não tinha chegado às instalações. Esteve próximo, mas nós colocámos de imediato uma linha de contenção».

José Sousa acrescentou que «arderam três camionetas, todavia, pelo que me deu a entender, eram sucata».

Aberto - 5 bombeiros com ferimentos ligeiros - 1 elemento do IPJ a requerer assistência hospitalar Mais não foi possível saber porque, no dia do incêndio, o jornalista viu-se impedido de entrar nas instalações por decisão do presidente da empresa.

O “2º” dos Bombeiros de Moreira adiantou que muitos dos incêndios têm como principal causa o descuido das pessoas, dando um exemplo; «Estávamos numa zona a fazer limpeza, no Xisto e, a partir de um seguimento, o proprietário impediu-nos de continuar. Esteve lá a Protecção Civil e o dono manteve a proibição. No dia seguinte a área ardeu».

O Quartel Aberto deu que contar e para ver que a vida destes homens, em representação das diferentes instituições, não é fácil. À entrada do “Quartel”, uma bandeira a meia haste provavelmente “chorava” os bombeiros falecidos de Oliveira de Azeméis.

“Mini Quartel” até 30 de Setembro O sucesso da iniciativa “Quartel Aberto” motivou os intervenientes numa acção parecida, se bem que em menor dimensão.

No recinto da Feira da Maia, na zona traseira, foi colocado anteontem, em resultado do empenho do Vereador Mário Nuno Neves, um Posto Avançado de Emergência, instalado numa roulote, cedida

pela empresa Campinanda.

No local encontram-se representadas três forças. A saber: Bombeiros Voluntários de Moreira, Protecção Civil e Cruz Vermelha, as quais darão, assim, continuidade à junção de esforços no socorro a emergências.

O Posto Avançado deverá funcionar durante as 24 horas diárias até 30 de Setembro.

mh

GRANDE MAIA

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Fábrica de Tintas 2000 SA está de parabéns

25 anos coloridos de sucesso

Em tempo de festa, os administradores António Ambrósio e filha, Ana Ambrósio, partilharam com o MaiaHoje (exactamente na data que marcou os 25 anos desde a fundação, ou seja 22 de Agosto de 1980) memórias, razões do sucesso, conceitos como “trabalho, qualidade, formação, inovação e responsabilidade”, agradecimentos e perspectivaram um futuro de crescimento, com reforço da implementação nacional e internacional. Como a vida não é só trabalho, também apresentaram o programa da festa que marcará o assinalar dos 25 anos, a 10 de Setembro, no Europarque de Santa Maria da Feira. Muito embora a empresa seja, actualmente, uma referência a nível nacional, nunca deixarão, como frisaram, de agitar a “bandeira” da Maia, andem por onde andarem.

JOSÉ MATOS

MaiaHoje - Chegados a esta data, 25 anos de existência, que sentimentos e memórias vos invadem?

António Ambrósio (At A)- As Tintas 2000 representam um sonho tornado realidade.

Partindo de um espaço exíguo, de 1.200 m2, com 20 funcionários, a empresa teve um crescimento exponencial sustentado, que lhe permitiu ser hoje a quinta maior fábrica de tintas e vernizes a nível nacional. Das cerca de 100 fábricas de tintas fundadas nos últimos 25 anos, foi aquela que mais cresceu. Multiplicámos vinte vezes mais o património construído e trinta vezes a produção anual de tintas, com apenas seis vezes mais funcionários, registando um crescimento anual contínuo. É preciso ver que nos 25 anos de actividade apresentámos sempre resultados positivos.

«A Tintas 2000 cresceu ao ritmo do Concelho da Maia» MH - Um sonho que construiu na Maia!

AT A - Digo muitas vezes que a Tintas 2000 cresceu ao ritmo do Concelho da Maia. De forma geral tenho que agradecer aos maiatos, pois a Maia é a minha segunda terra, onde a minha vida cresceu. Tenho muita consideração pela Maia porque sei que a Maia também tem muita consideração por mim.

Isto, apesar de trabalharmos todo o mercado nacional, de Bragança a Faro, Açores e Madeira, possuirmos oito delegações da fábrica em várias zonas do país e uma empresa associada - a Ambrósio & Filha, Lda sediada na freguesia de Rebordosa, concelho de Paredes.

Ana Ambrósio (AA) - A empresa tem visibilidade de norte a sul, na perspectiva continental e insular, mas temos orgulho de possuir a sede na Maia. Além de estarmos bem inseridos, fomos das primeiras empresas a laborar nesta zona industrial. A Maia é um bom concelho para se desenvolver uma actividade económica, com infra-estruturas e potencialidades. Temos muito orgulho em levar o nome da Maia a todo o Portugal e estrangeiro.

«Tive o privilégio de o [Vieira de Carvalho] Ter como amigo» MH - É também sabido, e refere-o o frequentemente, que Vieira de Carvalho foi para si um símbolo, por quem nutriu grande admiração...

AT A - De facto não é possível falar-se em maiatos, sem lembrar aquele que foi, e será sempre para mim, uma eterna referência. Tive o privilégio de o ter como amigo e de ser condecorado por ele. Deu-me conselhos que marcaram a minha vida. Não tenho dúvidas em afirmar que grande parte do meu sucesso se deve a esse homem. É o maiato do Séc. XX. A Maia tem a sorte de encontrar um seguidor à altura, pelo qual tenho respeito e admiração.

Falo do actual presidente, o eng.º Bragança Fernandes.

MH - Acreditou que poderia chegar tão longe?

AT A - Desde a fundação até hoje a minha atitude tem sido sempre a mesma: não parar de lutar, com coragem, perseverança, trabalho e seriedade. Tem sido este o nosso dia-a-dia, por vezes durante as 24 horas do dia. Só com esta postura e espírito de missão é possível vencer.

Programa Festa 25 Anos 14h30 - 19h00: Recepção e visitas guiadas às instalações na Maia, com aperitivos e animação: - Gaiteiros e bombeiros, Zé Pereira de Esposende; - Rancho Folclórico e MH - Além da atitude que falou, que outras realidades entende estarem na base do sucesso?

AT A - A valorização das pessoas também é fundamental. Somos uma empresa com mentalidade diferente das tradicionais, predominando gente nova, alguma já com larga experiência. Basta ver que a média de idades na Tintas 2000 é de 30 anos. Para nós, há 25 anos que assim o é, a formação é um conceito importantíssimo. Decorre de forma contínua. Só no primeiro semestre do ano corrente, foi dada formação a 120 pessoas, o que totaliza cerca de 4000 horas.

«No ano de 2004 atingimos o melhor resultado de sempre» MH - É, então, um homem orgulhoso?

AT A - Segundo foi publicado no Jornal “Expresso”, fazemos parte das 1000 melhores empresas portuguesas e eu acrescento, com orgulho, que somos das melhores da Maia.

Vinte e cinco anos depois, a Fábrica de Tintas 2000 é respeitada no mercado e tem um estatuto de qualidade, profissionalismo e honestidade, o que nos faz sentir muito orgulhosos e possibilita ter uma enorme alegria.

MH - A crise no meio empresarial de que tanto se fala, passou ao lado da Tintas 2000?

AT A - Não se tem sentido nesta empresa.

No ano de 2004 atingimos o melhor resultado de sempre e, actualmente, encontramo-nos em crescimento. Acredito que em 2005 vamos apresentar bons resultados.

MH - Já falamos do mercado interno. E em relação ao externo?

AT A - Exportamos para Espanha, Angola, Moçambique, Cabo Verde e, brevemente,

Cavaquinhos de Valpaços; Folclore Mirandês - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Palaçoulo; - Rancho Folclórico de Moreira da Maia. vamos fazê-lo para o Congo. Só para se ter uma ideia, no espaço de um mês e apenas levando em linha de conta Angola, vendemos cerca de 120 toneladas.

«Cremos crescer na facturação e na implantação nacional e internacional» MH - O crescimento é para continuar nos próximos 25 anos?

AT A - O que me dá força para trabalhar é ter consciência que estou a contribuir para o bem estar de muitas pessoas que vivem da Tintas 2000. Além disso acredito no crescimento, pois tenho grande confiança e admiração pela minha filha, que é imprescindível na administração desta empresa. Sei que tenho alguém que vai dar continuidade ao meu trabalho, com dimensão para liderar esta grande empresa.

MH - Virando, então, um pouco a agulha para o futuro, quais são os objectivos a atingir e a estratégia a seguir?

Ana Ambrósio (AA) - O nosso propósito de 2003 a 2008 é duplicar o volume de vendas, sendo que estamos no bom caminho.

Continuamos em crescimento, não sentindo a retracção do mercado. Orgulhamo-nos do passado e procuramos transpor essa cultura como mais-valia, extrapolando-a para o futuro. Cremos crescer na facturação e na implantação nacional e internacional.

Estamos, essencialmente, a apostar nos países lusófonos e nos PALOP. A empresa tem tido um crescimento orgânico, aumentando com delegações próprias, meios próprios, com recursos próprios; e temos crescido por conquista. Este ano estamos em negociações para aquisição de uma empresa. A nível de

20h00 - pela noite dentro: Jantar no Europarque, Santa Maria da Feira, seguido de discursos, homenagens a funcionários e animação com banda cubana “Los Cubanitos”. investimentos, estamos a precaver tudo o que acompanha a aposta no exterior, nomeadamente na logística e distribuição. Vamos continuar a valorizar a formação. Estamos neste momento com um projecto, que durará até 2007, que atingirá cerca de 17600 horas de formação. Ainda em relação aos próximos anos, temos que proceder a uma adaptação ambiental no seguimento de uma directiva comunitária que entrará em vigor em 2007, a qual influirá em muito na indústria química.

Na prática é uma restrição dos compostos que podem ser emitidos para a atmosfera. Teremos que reformular quase todos os nossos produtos. Será um grande investimento em investigação, desenvolvimento e distribuição.

MH - A terminar, fale-n nos um pouco da festa que está a ser preparada para 10 de Setembro.

AA - Estamos a preparar uma visita guiada às instalações, seguida de actividades de animação variada, com ranchos folclóricos, Zés Pereiras, Cavaquinhos e Pauliteiros de Miranda. Será também servido durante a tarde um “cocktail” nas nossas instalações. Depois realiza-se o jantar no Europarque, em Santa Maria da Feira, onde actuará uma banda cubana, com ritmos latino-americanos. Contamos com cerca de 1200 convidados, entre fornecedores, banca, clientes, funcionários e entidades políticas e sociais. Está confirmada a presença de quase todos os presidentes das câmaras municipais dos concelhos onde temos delegações.

Também foram convidados representantes de diversas instituições, do Ministério da Economia e Ambiente e comunicação social. Não vai faltar festa. Após o jantar, haverá um período de discursos e homenagens a funcionários da casa. Temos 15 colaboradores que trabalham connosco há cerca de 25 anos na Tintas 2000.

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mh

FREGUESIAS

Em busca da autonomia financeira da Junta e Associações Criar alternativas ao financiamento camarário para a Junta e associações de Águas Santas é o principal objectivo de Carmo Pinto. Líder da candidatura PSD/CDS-PP, o ex Director do Centro de Saúde de Águas Santas aponta também como áreas prioritárias a Cultura e o Turismo, numa tentativa de dar mais dinamismo àquela freguesia. peixe”, porque as pessoas acomodam-se e pensam que as coisas acontecem com facilidade. Essas fontes alternativas de financiamento também vão ser postas em prática na Junta de Freguesia, porque sabemos que o rendimento das Juntas é escasso. Pode ser que amanhã possamos ser apontados como inovadores nessa área ou em outras. Estas são as grandes ideias para defendermos e colocarmos à população que irá decidir o melhor para Águas Santas.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES (TEXTO) CARLOS BARRIGANA (FOTO)

MaiaHoje - Originário de Lamego, como chega até ao Concelho da Maia?

Carmo Pinto - Eu sou natural de Lamego e depois de fazer lá o liceu e o colégio, vim para o Porto estudar Medicina, onde aliás, já tinha vários ramos da minha família, com quem vivi.

Acabei o curso de Medicina e fui colocado na província como médico interno onde contactei com muitas pessoas. Acabei por entrar na especialidade para a qual achei que estaria mais vocacionado e depois de a terminar fiquei por aqui, em Pedrouços e Águas Santas. Comecei a trabalhar em Rio Tinto e de lá passei para o Centro de Saúde de Águas Santas, tendo sido convidado para Director do Centro.

MH - Como se deu a entrada na Política?

CP - Continuei o meu percurso clínico naquela zona e nessa altura fui convidado para entrar na Política pelo Dr. Vieira de Carvalho, mais precisamente para vereador da Câmara Municipal. Nessa altura, comecei a contactar com todas as pessoas da Maia, um factor importante, uma vez que me dá uma ideia precisa do Concelho, das suas necessidades, das suas polivalências e como são os maiatos. Tive o prazer de contactar com a maioria dos maiatos, dado que tinha disponibilidade de tempo. Era daqueles que não faltava a uma procissão ou a uma missa e conheci todas as associações culturais. Foi aí que consegui ter algum conhecimento de causa, fazendo um diagnóstico das situações.

Este diagnóstico foi importante já que permitiu ao meu Pelouro trabalhar muito.

Tudo isto foi muito importante, até para a minha carreira clínica porque conheci mais pessoas e pude gerir o Centro com mais eficácia, sabendo quais as carências e necessidades da população. Como membro da Administração dos Serviços de Água e Electricidade, assim chamados na altura, acabei por fornecer à população todas as Etar´s que hoje se conhecem e tenho a certeza que prestamos um serviço com qualidade, principalmente à população mais carenciada.

No que diz respeito à Cultura, avançamos um pouco mais no que diz respeito ao Teatro, principalmente cómico. Promovemos eventos no que diz respeito ao Turismo, e quisemos transformar a Maia num pólo cultural próprio.

As Relações Internacionais também nasceram nessa altura e têm dado bons frutos, sendo uma semente profícua.

«Estou seguro que esta experiência de dedicação à Medicina em Águas Santas, o contacto que tenho com as pessoas, especialmente as mais carenciadas, e o meu percurso social em relação a áreas como a da protecção de menores, vai ser muito importante para podermos ajudar a população» MH - Como surge a candidatura à Junta de Águas Santas?

CP - Tudo nasce de um desafio proposto pelo Presidente da Câmara que me propôs a determinada altura do meu percurso recente, que para podermos ganhar Águas Santas era

MH - Já pode adiantar alguma proposta ou projecto que vá propor à população?

CP - Ainda não. Tenho ideias que têm de ser faladas com técnicos para saber da sua viabilidade. Mais do que tudo, interessa-me ter uma relação de amizade e confiança com os aquasantenses do que prometer coisas que podem não ter viabilidade.

Carmo Pinto quer criar formas alternativas de financiamento.

preciso um perfil como o meu. Dado os 12 anos de serviço que tenho no Centro de Saúde de Águas Santas, estabeleci relações fecundas com a população que têm dado bons frutos.

Levei algum tempo a concretizar esse desafio, até porque tenho outras actividades com as quais tenho obrigações éticas. Quando pego num projecto levo-o até ao fim, como acontece na minha actividade como professor da Universidade Fernando Pessoa, que pretende levar até ao fim. O Senhor Reitor confiou em mim e necessita que defenda a cadeira que tenho que é a Saúde Pública. Essa actividade é importante para mim, porque me realiza bastante e é uma experiência que me possibilita ser uma mais valia para a população de Águas Santas.

De qualquer forma, vou tentar concretizar o desafio que me foi proposto e estou pronto para discuti-lo com a população e com os meus adversários, que são meus amigos. Já os avaliei e são pessoas com quem me dou bem.

Vai ser um debate de respeito que dignifique as partes envolvidas e que seja exemplar para as demais freguesias e concelhos.

Estou seguro que esta experiência de dedicação à Medicina em Águas Santas, o contacto que tenho com as pessoas, especialmente as mais carenciadas, e o meu percurso social em relação a áreas como a da protecção de menores, vai ser muito importante para podermos ajudar a população. Na Direcção do Centro de Saúde também promovi vários trabalhos nomeadamente com a Escola Secundária de Águas Santas, montando um gabinete de apoio ao aluno, fundamentalmente virado para a prevenção e ensino da sexualidade, tal como de outras áreas, como a Toxicodependência. Esta é também uma mais valia e uma experiência que poderá ser posta em prática. Infelizmente, com a minha saída da Direcção do Centro de Saúde de Águas Santas, esse departamento ficou parado, mas este dinamismo que me é característico, dáme o conhecimento para estar junto das populações acompanhando a evolução da sociedade. Este é, quanto a mim, o caminho do trabalho, da dignidade e de futuro que Águas Santas merece.

MH - Segundo o seu diagnóstico quais são os principais problemas que encontra?

CP - Existem muitos aspectos que devemos considerar. Aquilo que queria que fosse transmitido à população é a minha disponibilidade.

Podem criticar-me por ter a minha vida ocupada, mas foi o Dr. Vieira de Carvalho, sabendo das ocupações que tenho junto da sociedade, que me convidou. A verdade é que ficando na Junta de Freguesia, ficarei por quatro anos. As pessoas podem ter a certeza disso, é assim que eu trabalho. Quanto ao Centro de Saúde, estarei mais livre porque terei uma actividade política prevista na Lei e que será a minha prioridade para os próximos quatro anos, se ganhar as eleições.

«Vou tentar criar um grupo de gestores, digamos assim, numa actividade conjunta para ter ideias de forma a criar alternativas aos subsídios da Câmara Municipal da Maia. A minha prioridade é “ensinar a pescar e não dar o peixe”, porque as pessoas acomodam-se e pensam que as coisas acontecem com facilidade» MH - Mas de qualquer forma terá áreas prioritárias...

CP - Sim. As áreas da Cultura e do Turismo, dado que tenho uma experiência que poucas pessoas têm. Irei promover também as relações entre a Junta de Freguesia e as associações. Vou tentar criar um grupo de gestores, digamos assim, numa actividade conjunta para ter ideias de forma a criar alternativas aos subsídios da Câmara Municipal da Maia. Esta situação vai ser posta em prática o mais rápido possível, no sentido de em conjunto encontrar novas soluções para o financiamento. A minha prioridade é “ensinar a pescar e não dar o

«É necessário dar à freguesia uma infusão de dinamismo necessário para que haja renovação e futuro não só para nós, mas também para as pessoas que escolheram a freguesia para viver mais recentemente» MH - Qual é o ponto forte da candidatura?

CP - Um dos slogans fortes passa por “dar vida” a Águas Santas. Vai permitir às pessoas ligarem a minha imagem de médico com a criatividade que tenho tido, colocando Águas Santas numa posição mais visível do que teve até hoje. É a freguesia maior do Concelho da Maia, onde vivem mais de 25 mil pessoas, muitas que não são de lá. É minha intenção como futuro Presidente da Junta tentar saber quem são essas pessoas, trazê-las junto de nós e fazer com que se sintam ligadas a Águas Santas. Uma das minhas prioridades também é essa. É necessário dar à freguesia uma infusão de dinamismo necessário para que haja renovação e futuro não só para nós, mas também para as pessoas que escolheram a freguesia para viver mais recentemente.

Queremos que Águas Santas ganhe esse protagonismo e notoriedade que lhe são devidos, robustecendo a sua dignidade para receber os novos habitantes de forma madura e leal. Há um grande trabalho a fazer em relação a essas pessoas que precisam de ser integradas na comunidade, passando a ideia que cada um tem uma obrigação de cidadania para tornar o local onde vive mais agradável.

MH - Partindo do princípio que o objectivo eleitoral é vencer as eleições, quais são os grandes motivos para os habitantes de Águas Santas votarem PSD/CDS-P PP? CP - Penso que é uma alternativa com mais possibilidades. Penso que vale a pena mudar. Águas Santas precisa de um novo dinamismo e precisa de uma transfusão de boas vontades e trabalho, para mudar as coisas em Águas Santas, que não estão mal, mas que podem claramente melhorar. Tem havido nos últimos tempos em Águas Santas, uma apatia e um comodismo que não faz bem. A população sentindo isso vai-se acomodar. Se conseguir mudar essa maneira de pensar, penso que Águas Santas vai melhorar. Além disso, tenho comigo pessoas com experiência e jovens que vão dar o seu melhor nos próximos quatro anos, se ganhar as eleições.

FREGUESIAS

mh

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

O calor intenso não afastou os fiéis de Nª Sr.ª de Fátima Gemunde voltou a honrar a Santa em procissão.

JOSÉ MATOS

O forte sol que se fez sentir nesse Domingo não desanimou os fiéis de Nª Sr.ª de Fátima, que cumpriram todo o percurso da procissão de Gemunde, cantando e, alguns, carregando andores, estandartes e cruzes.

Havia elementos cuja única missão era fornecer água aos participantes, para que cumprissem a preceito com a tradição.

Lá seguiu a procissão, nalgumas zonas sobre serrim colorido, transportando os usuais andores: Santa Rita, Nª Sr.ª de Fátima, Santa Luzia, S. Roque e os Padroeiros.

Este ano não houve fanfarra, nem antes nem durante a procissão, algo que não incomodou o presidente dos “mordomos”, Pedro Manuel Sampaio Ramos; «Na minha opinião não se justifica. Para o tipo de festa que é, de cariz religioso, e tendo em conta o dinheiro que geralmente se cobra, penso que a fanfarra é desnecessária».

Com a chegada à Igreja Matriz, teve lugar uma pequena missa pelo padre da paróquia, Domingos Jorge, num palco montado para o efeito. Seguiu-se a actuação da Banda de Moreira da Maia, finalizando-se os festejos com fogo de artifício. Sábado à noite realizouse a procissão de velas.

O orçamento para a organização do evento rondou os 12 500 euros.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Nª Sr.ª de Fátima nas ruas de Gemunde

Festividades contam com a presença de grupos como Diapasão e o Sol Brilhante.

Diapasão, Sol Brilhante e Ivason são alguns dos nomes que vão abrilhantar as Festas em Honra de N. Sr.ª de Guadalupe. Com lugar no Paço, em Águas Santas, a edição deste ano vai ter a abertura na próxima sexta feira com a inauguração da exposição de fotografia “A festa de N.ª Sr.ª de Guadalupe ao Longo do Tempo”, seguida da actuação do Agrupamento Musical Ivason. Para o dia seguinte, está marcada a Procissão de Velas e um dos pontos altos das festividades, o 18º Festival Nacional de Folclore. Este ano participam o Rancho Folclórico “As Mondaleiras de Casa Branca”, de Sousel, o Rancho Folclórico Etnográfico “Os peneireiros de Martichel”, de Abrantes e o Grupo de Danças e Cantares

Mais de uma centena de motos antigas no Castêlo A quinta edição do Gasómetro decorre durante o dia de amanhã. São esperados quase centena e meia de participantes acompanhados da respectiva moto antiga.

Festas de Guadalupe animam o próximo fim de semana AMM

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Cantaréu, oriundo de Vila Real. Estarão ainda presentes o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Santa Cruz do Bispo e Grupo de Danças e Cantares N.ª Sr.ª de Guadalupe.

Já no Domingo, realiza-se a grandiosa procissão em honra da Santa de Guadalupe, que conta com as participações da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços e da Guarda de Honra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia. Pela noite, entra em palco a banda “Sol Brilhante” a que se segue a tradicional sessão de fogo de artifício. No dia 5, segunda feira, terminam as festividades, estando agendada a actuação dos conhecidos “Diapasão” que iniciam o seu concerto por volta das 22h00.

Integrado na quinta edição das Festas da Vila do Castêlo, decorre durante o dia de amanhã, a quinta edição da concentração de motos antigas do Castêlo da Maia, da responsabilidade do Gasómetro Motor Club.

Dado o balanço positivo das anteriores edições, a organização espera uma adesão acrescida para este ano, «temos tido bastantes contactos. As expectativas são altas.

Esperamos ter mais participantes que o ano passado. Esperamos ter entre 100 e 150 pessoas», referiu ao MaiaHoje, Ricardo Cruz, elemento da organização do evento. Esta iniciativa consiste, na prática, num passeio turístico que percorre várias artérias do Concelho maiato, sendo que este ano a primazia vai ser dada à própria Vila, «será mais pela zona do Castêlo da Maia, já que está prevista a realização do pequeno-almoço no Parque de Avioso». Assim, a concentração está prevista para as 9h00 da manhã no Mercado do Castêlo da Maia. Uma hora depois tem o início do passeio, com a referida paragem para o pequeno-almoço pouco tempo depois. Já às 12h30 está agendada a tradicional concentração na Praça Dr. Vieira de Carvalho, em pleno centro concelhio, para a “foto de família”. O resto do dia será dedicado à confraternização e convívio, num almoço que promete durar pela tarde fora.

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

mh

Folclore só em tom nacional O público compareceu em força ao 22º Festival Nacional de Folclore de Folgosa. Foram seis grupos que coloriram e animaram o ambiente que foi de festa.

António Armindo Soares A exemplo dos anteriores, o Festival de Folgosa deste ano teve bom cartaz de Folclore, exceptuando a representação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Almeirim, que não apreciamos, estando uns furos abaixo do nível de qualidade habitual do certame.

Como já manda o hábito, a recepção aos grupos foi efectuada no palco, com menos VIPS que em outros anos, excepção feita ao presidente da Assembleia Municipal da Maia, Luciano Gomes, e ao presidente da Junta de Freguesia, Altino Marques, que colaboraram na troca de lembranças com os amigos do grupo maiato. Quanto aos outros, nada se disse sobre a suas ausências.

Foram seis, os grupos que “passearam” pelo tablado o seu folclore, a mais rica das tradições portuguesas: o Rancho Folclórico “Roda Viva”, Leiria; o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Almeirim; por seu lado o Grupo Regional Danças e Cantares do Mondego - Fala, Coimbra foi uma das

Folgosa vai estar em Festa JM

O culto a Santa Cristina e Santo Ovídio em Folgosa conhece no primeiro fim-de-semana de Setembro o seu ponto alto, com a realização das festividades em sua honra.

O programa contempla animação e tradição para os diferentes gostos.

Destaca-se o festival de folclore na sextafeira à noite - Rancho Regional de S. Salvador de Folgosa/Maia, Grupo de Danças e Cantares de S. Tiago de Bougado/Trofa e Rancho Folclórico de Mindelo/Vila do Conde - o espectáculo de variedades no Sábado - Pula e Dança de Alfena, a cantora Renata e a estrela da noite Ana - e a procissão dominical em honra de Santa Cristina e Santo Ovídio. No último dia, a animação musical fica a cargo do conjunto “Horyza”. Sábado e Domingo há sessão de fogo de artifício.

As festividades integrarão outros intervenientes, como o Grupo de Bombos Zés Pereiras S. Tiago Queimada/Baião, a Banda Musical S. Vicente de Alfena e a Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia. pub

melhores referências da noite e denotou que é um agrupamento da primeira divisão do folclore nacional; também o Grupo Folclórico Caçador, Viseu demonstrou ser um dos bons representantes nacionais; por último o Grupo Folclórico Danças e Cantares “Camponeses de Navais”, Póvoa de Varzim tece um bom comportamento.

Quanto ao Rancho Regional S. Salvador que abrira o festival, entrou com o tema, “Ó Ramo que Lindo Ramo”. Depois executou outras danças e cantares, tais como: “Praias”, “Ana”, “Margarida Moleira”, “Malhão Roubado”. Pela primeira vez, em estreia o grupo maiato exibiu “Zé Maria”, que é, de facto, um excelente tema. Fez a sua despedida do palco com a “Rusga Maiata”. O Rancho Regional exibiu-se no padrão a que nos tem habituado nos últimos anos.

Maria José Marques, presidente do grupo de Folgosa, era no final, uma pessoa feliz. Ao MaiaHoje, disse que procuraram neste festival diversificar e continuar a dignificar a festa de Folclore em terras da Maia.

FREGUESIAS

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

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Centro de Saúde em funcionamento até ao fim do ano Centro Cívico de Moreira acolhe desde o mês de Julho a Junta de Freguesia. Obras para o Centro de Saúde já se iniciaram, prevendo-se que estejam terminadas antes do fim do ano.

ANTÓNIO MANUEL MARQUES

Inaugurado à perto de um ano, o novo Centro Cívico de Moreira acolheu recentemente a Junta de Freguesia, num processo de mudança que durou perto de um mês, «sem nunca parar nada. Estivemos abertos nos dois edifícios», garantiu ao MaiaHoje, o Presidente da Junta de Freguesia, Albino Maia. Agora, os serviços da Junta incluindo a secretaria o executivo e a assembleia funcionam na nova casa, estando tudo a correr de acordo com o esperado, acrescentou o autarca.

Até ao fim do ano, o Centro Cívico deve também receber o Centro de Saúde, sendo que as obras de adaptação já tiveram início. Se tudo decorrer conforme o previsto, Albino Maia espera que o equipamento esteja em pleno funcionamento até ao final de 2005. As boas perspectivas já não se estendem à falada possibilidade de instalação de um posto dos

CTT. Segundo o autarca, a Junta comunicou aos Correios de Portugal a intenção de disponibilizar um espaço para um posto, mas não obteve resposta, «a situação dos CTT é complicada. Foram informados por escrito sobre a nossa pretensão de se instalarem aqui e até hoje ainda não tivemos resposta. Não quiseram dialogar connosco», finaliza Albino Maia.

Antiga Junta dá lugar a equipamento para a Juventude No edifício da antiga Junta de Freguesia, junto à Escola Básica do Padrão, irá nascer um equipamento dedicado à Juventude, sobretudo com material informático. Ao que o MaiaHoje apurou junto de Albino Maia, a gestão da estrutura será entregue aos Escuteiros de Moreira.

O folclore “chorou” em Moreira No XVI Festival de Folclore da ARC Moreira da Maia - Rancho Infantil ninguém ficou indiferente ao falecimento, umas semanas antes, da jovem Cátia Brito.

JOSÉ MATOS

O folclore é tradição, a manifestação dos costumes ancestrais que marcam cada região deste nosso Portugal; por isso é tão típico e genuíno na sua alegria e festa, mas também no pranto e na tristeza.

A última edição do Festival de Folclore da Associação Recreativa Cultural de Moreira Rancho Infantil não esqueceu o falecimento de uma jovem representante do grupo, a Cátia Brito de apenas 15 anos [à família enlutada o Jornal MaiaHoje endereça sentidos pêsames].

A memória da jovem foi lembrada, com o momento mais emocionante a acontecer durante a leitura de algumas quadras de homenagem, enquanto se interpretava de fundo o hino da ARC Moreira-Maia. O representante do folclore de Coimbra também se associou com uma pequena poesia e no fim a mãe da Cátia foi chamada ao tablado para receber as quadras.

Entre os autarcas, elementos dos grupos folclóricos - sobretudo os da casa - e público foram visíveis muitas lágrimas.

O Presidente da ARC Moreira-Maia Rancho Infantil, José Carvalho, manifestou o seu pesar; «É complicado lidar com a situação, ainda por cima por fazerem parte do grupo dois irmãos da jovem. A nossa bandeira está com um fundo preto em forma de luto. Era uma miúda espectacular. No convívio de 17 de Julho veio ter comigo a dizer que gostava de ser guia durante o festival. A partir de hoje será o nosso guia».

Foi assim, num ambiente que misturou a festa e a tristeza, que se desenrolou o XVI Festival de Moreira. O Largo da Feira encheu, com as pessoas a procurarem o fresco das árvores para resistir ao intenso calor que se fazia sentir.

Pelo tablado, além do grupo da casa, passou o Rancho Folclórico dos Recreios

Divino Salvador sem comunhão solene Gondim lembrou o Padroeiro JOSÉ MATOS

O folclore voltou a engalanar o Largo da Feira de Pedras Rubras

Venda Seca (Estremadura Centro - Saloio), Rancho Etnográfico de Borbela (Alto Douro, Douro Sul e Trás-os-Montes), Rancho Típico de Esposade (Douro Litoral - Norte), Grupo Cultural Infantil e Juvenil São João Campo (Beira Litoral - Gândara, Bairrada e Mondego) e Rancho Folclórico de Oliveira Santa Maria (Baixo Minho - Ave).

O presidente do grupo de Moreira era um homem orgulhoso do seu festival, que tem sempre casa cheia, diferenciando-o dos outros que acontecem no Concelho; «A nossa preocupação não é só dançar, mas saber receber bem. Além disso, o folclore é algo do povo, que não tem que funcionar muito certinho, como se de uma máquina se tratasse».

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Na véspera do festival, a Noite de Fados ao Luar também chamou ao recinto da feira muitas pessoas; «Não sabia que os meus conterrâneos gostavam tanto de fado. É uma iniciativa que será para durar».

Quanto à ambicionada sede da colectividade, José Carvalho preferiu nem falar, demonstrando algum mal-estar com a situação, usando uma certa ironia; «Deixei de falar à comunicação social do assunto.

Quando as pessoas responsáveis quiserem dar notícias da sede que o façam. Nem sei como está o processo, à associação nada foi dito.

Apenas sei que vou continuar a lutar na junta e na câmara municipal. Quando um dia acharem que sou chato, só há uma forma de me calarem: fazerem a sede».

Este ano, as festividades na Freguesia de Gondim - Divino Salvador - não tiveram o aparato de edições passadas.

Como ficou determinado que este ano não se realizariam as tradicionais comunhões solenes durante o evento, não foi formada Comissão de Festas.

A responsabilidade da organização ficou, assim, a cargo do Grupo Coral e da Comissão de Culto.

A presente edição teve menor animação, faltando, por exemplo, os espectáculos de folclore, que normalmente se estendiam até segunda-feira. Para além da vertente religiosa, o que se viu foi a actuação de alguns grupos de dança do Concelho, no Domingo à noite.

A primeira procissão a sair foi a de Nª Srª de Fátima, Sábado à noite, com as velas a assinalarem o percurso desde a Igreja Matriz até ao Lugar de Porto Bom. Domingo de tarde, saiu à rua - da Igreja até Vila Verde - a principal procissão das festividades, em honra de Divino Salvador.

Juntamente com o andor do Padroeiro, foi visível o de Nª Srª de Fátima, o da Nª Srª do Rosário, o de Stº António e o de Mártir S. Sebastião.

A Banda de Ovar marcou o passo, ouvindo-se, também, a batida da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços.

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

mh

FREGUESIAS

Estabelecimento em Milheirós acusado da prática de alterne Proprietários do Maxx Club dizem estar a ser “perseguidos” por um casal vizinho, «com má vontade», e que as obras de sonorização estão mais que feitas. Os queixosos falam de barulho nocturno e de «mau ambiente».

TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA

Sediado na Rua Nova do Arquinho, Freguesia de Milheirós, o Maxx Club está de momento com as portas fechadas.

A casa já existe há cerca de 17 anos, tendo conhecido várias denominações, como “Manhattan”, “Área” e “Triangle Bar”.

Nos últimos tempos tem estado no epicentro das queixas de um casal vizinho que, no período que lhes foi destinado na última reunião pública camarária, apresentou várias reclamações, apontando o dedo ao estabelecimento em causa, referindo-se a práticas de alterne, muito barulho, mau ambiente e injúrias, isto até às 4h00 da madrugada.

Os moradores José Henrique e esposa Carmo Antunes, já não aguentam calar mais uma situação que dizem de confrangedora; «Sabiam que uma discoteca incomodava por causa da música. Abriram uma casa de alterne e acabou por ir dar ao mesmo. Não têm licenças de nada e continuam abertos».

Carmo Antunes conta algumas situações que diz ter vivido; «Estou desesperada. Não consigo descansar. Não se pode andar na rua. Às 23h00 aparecem as brasileiras a falar alto e aos beijos e abraços a toda a gente. Já aconteceu ser abordada dentro da minha propriedade como uma mulher de alterne e já urinaram nos nossos portões. Além disso, o sistema de ventilação deles não nos permite ter as janelas abertas».

O casal entende que o único caminho é ir em frente com as queixas, lamentando o facto de o estarem a fazer sem os outros vizinhos; «Neste momento estamos sozinhos porque ninguém quer dar a cara. Os outros moradores também são incomodados mas preferem não se envolver porque têm medo de represálias.

Nós também temos medo mas o que vamos fazer? Não podemos viver assim. Não consigo criar um filho à beira de uma casa de alterne»!

Os queixosos ainda afirmaram que a Polícia Judiciária e a PSP de Águas Santas prenderam no local três mulheres ilegais.

Contactado pelo MaiaHoje o Sub-Comissário da PSP de Águas Santas, Luís Barros, confirmou que a sua esquadra participou nessa operação e que tinham sido levantadas contra-ordenações à casa, mais não adiantando pelo sigilo que é exigido aos processos.

Informou, contudo, que sabia que o proprietário tinha sido notificado pela Polícia Municipal para passar a encerrar às 23h00.

«Claro que, para uma casa daquelas, que funciona como “night club” ou “boite”, a imposição desse horário significa uma sentença de morte», afirmou o SubComissário.

O casal frisou, também, que tem a casa à venda «por causa do bar e de outras situações», as quais não esclareceram.

«Estamos legais»

Notaram, ainda, que não é a primeira vez que se queixam da situação, «toda a gente tem conhecimento do que se passa, mesmo o presidente de Junta».

Ao MaiaHoje, Alfredo Teixeira, Presidente da Freguesia de Milheirós, negou ter qualquer conhecimento de reclamações; «Apenas sei que a casa é antiga. Terá, para aí, 20 anos. Já foi discoteca, casa de fados... está sempre a mudar. Neste tempo todo nunca me chegou uma queixa, nem nunca tive conhecimento de qualquer problema no local».

O prazo de 90 dias e o despacho que reduz horário Na reunião da Câmara Municipal de 14 de

Julho o assunto tinha sido um dos pontos abordados, acabando o Executivo por se decidir pela estipulação de um prazo de 90 dias para que o Maxx Club procedesse às necessárias adaptações.

Não fechando a casa, decidiu-se que durante o tempo em questão, a mesma passaria a encerrar às 23h00.

O Presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, acerca do assunto, acusa, por seu lado, a acção de um vereador do PS; «É mais uma trapalhada de um vereador socialista, que propôs um despacho permitindo que a casa fechasse às 4h00 da madrugada. Rectificámos, posteriormente, para que a mesma fechasse às 23h00, tendo sido dado um prazo de 90 dias para o devido cumprimento».

Versão bem diferente têm os responsáveis da casa, que, por motivos profissionais, preferiram manter-se anónimos.

De acordo com os dois gestores existe muita hipocrisia pelo meio e guerras pessoais.

Definem o Maxx Club como um género de “Boite”, “Night Club”, «onde estão algumas animadoras não assalariadas. Existem muitas dessas casas por aí e são legais, aliás uma é bem conhecida na Maia».

O grande problema, dizem, durante os 17 anos em que o estabelecimento funcionou, foi ter passado cerca de quatro anos pela exploração de empresários brasileiros; «Trouxeram o Forró, algumas festas mais barulhentas e alguns maus clientes. Numa ocasião o Departamento do Ambiente da Câmara Municipal fez uma visita surpresa e detectou que havia algum incómodo sonoro, tendo imposto a obrigatoriedade da realização de obras, revogando o alvará que permitia à casa funcionar até às 4h00 da madrugada. Quando voltámos a assumir o negócio já existiam alguns vícios e esse problema do barulho por resolver».

Os responsáveis pelo Maxx Club asseguram que trataram, desde logo, de solucionar o problema, realizando obras, e actualizar a casa aos novos licenciamentos em vigor. «Realizámos obras de sonorização para garantir que não se incomodasse ninguém no exterior do estabelecimento e, inclusivamente, fizemos um teste acústico em que os vizinhos colaboraram connosco.

Provámos, assim, na ocasião, que não havia nenhuma situação de poluição sonora. Eu próprio sou contra a que se incomodem as pessoas com barulho e nunca permitiria uma situação dessas. Posso garantir que até à data temos controlado a casa por dentro e por fora».

Os proprietários optaram, apesar de tudo, por fechar as portas, pelo menos enquanto não se resolver de uma vez por todas o assunto; «O vizinho em questão estava sempre a chamar a PSP queixando-se do Maxx Club. Tínhamos a polícia todas as noites à porta e não estávamos para manter essa situação. Eu compreendo que a PSP tenha que fazer o seu serviço, mas quando cá chegavam apenas relatavam o que viam, ou seja que estava tudo bem».

Dizem que as obras necessárias, para as quais a Câmara Municipal deu o prazo de 90 dias, estão feitas, apenas faltando a vistoria.

Os donos do Maxx Club não têm dúvidas de que estão dentro da legalidade, apontando a contribuição autárquica de 1937 euros anuais como prova; «A casa já foi aberta e licenciada para funcionar como estabelecimento nocturno».

Opiniões diferentes, numa “luta” que deverá ter mais episódios.

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Este suplemento faz parte integrante da edição n.º 136 do Jornal Maia Hoje e não pode ser vendido separadamente

Preservar e divulgar as raízes da Terra da Maia

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sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Maia

terra de cultura

«2005 foi o ano do “boom” de visitantes no Museu”»

António Manuel Marques (texto) Carlos Barrigana (fotos)

Preservar e divulgar as raízes da Terra da Maia, território que compreendeu a região entre o Rio Ave e o Rio Douro, é o principal objectivo do Museu de História e Etnologia da Terra da Maia (MHETM). Criado em 2001, esta estrutura tem vindo a ter um crescendo na adesão que culminou este ano com aquilo que é apelidado como um “boom” de visitantes, justificando o trabalho e aposta na criação deste equipamento, referiu ao MTC Liliana Aguiar, Técnica Superior de Museologia do MHETM.

Maia Terra de Cultura - O edifício propriamente dito já existia antes de ser instalado o Museu de História e Etnologia da Terra da Maia. Qual é a sua história?

Liliana Aguiar - É uma longa história. O edifício foi construído provavelmente em meados do séc.

XVIII com a finalidade de aqui se instalarem os Paços do Concelho.

Surgiu no contexto em que o Rei deu autorização aos concelhos mais pequenos de constituírem Câmaras para evitarem os abusos por parte dos Concelhos maiores que tutelavam os menores, neste caso, o Porto tutelava a Maia. Terá sido neste contexto que em meados do séc. XVIII, se terá construído este edifício para receber os Paços do Concelho. Aqui funcionavam os serviços da Recebedoria e a Cadeia, enquanto que a Administração e a Fazenda funcionavam no Lugar do Picoto, na chamada Casa da Botica. Os serviços estavam espalhados por diversos lugares. Esta situação acabou por se alterar a partir da Reforma de 1842, porque, entretanto, surge a portaria de 1843 que obriga à reunião de todos os serviços nos Paços do Concelho que seriam aqui. Devido a essa situação, surge toda aquela contenda e revolta sobre o que se iria fazer. Isto, porque uns queriam mudar-se e outros não queriam vir aqui para o Castêlo. Estamos a falar do séc. XIX e as estruturas de acesso não eram as melhores. Apesar desta confusão que se gerou, os Paços do Concelho acabaram por se mudar para a Maia em 1902, com este edifício a ter vários inquilinos a partir desse ano, sempre com uma lógica de serviço à comunidade que o envolvia.

Primeiro, funcionou como Paços do Concelho, como já falamos e a seguir foi uma Escola Primária. Isto provavelmente a partir de 1911.

Aponta-se esta data porque foi a data da primeira grande Reforma Educativa que tinha o objectivo de reduzir a taxa de analfabetismo e a melhorar a qualidade do Ensino. Para isso implantaram escolas por todo o país, mesmo em localidades pequenas.

Neste caso, as escolas foram implantadas nos edifícios devolutos ou emprestados. No caso do Castêlo, a escola passou a funcionar no edifício dos Paços do Concelho que a partir de 1902 esteve fechado e reabriu para receber aquele equipamento.

Funcionou como escola primária até 1996.

Maia

terra de cultura II série • n.º 6 Quinzenal• Agosto 2005

maiahoje jornal regional de grande informação

MTC - Como surge então o intuito de criar o Museu?

LA - A ideia para um Museu já é antiga e surge na década de 60.

Quando se fez uma exposição no claustro da Igreja de Moreira, surgiu a ideia da edificação de um Museu para a Maia. Só que o projecto só se materializa na década de 90 com a definição de um tema e uma região.

Define-se então o tema que é a História e a Etnologia e uma região que é a Terra da Maia. Muito mais que o Concelho, é toda uma área que no séc. XI foi designada como Terra da Maia e que ia do Rio Ave ao Rio Douro.

O tema da História e Etnologia porquê? Porque temos como objectivo demonstrar a evolução histórica da Terra da Maia e os usos e costumes da Terra da Maia, portanto, daí a definição deste tema e desta área. O projecto só se materializa nessa altura e só é inaugurado no dia 24 de Agosto de 2001 com uma exposição que se intitulava “Maia - as Origens de um Território”.

«Era necessário reforçar as raízes de uma região e dar a conhecer às pessoas que pertencem a uma área muito mais ampla, e que existem laços de identidade entre as pessoas e as terras dessa região»

MTC - E o Museu surge logo aí?

LA - Não. Como disse houve muitos inquilinos e por isso a uma longa história. Tivemos os Paços do Concelho, a Escola Primária e passamos também por um Posto de Registo Civil que funcionou desde a primeira década do séc. XX até 1998. Só na altura em que se procedeu à extinção dos postos que existiam até cinco quilómetros da sede é que terminou. Funcionou aqui

também a sede do Sport Clube do Castêlo, isto desde 1938 a 1998. Foi também Posto de Correios da década de 50 até à década de 70 e foi ainda Junta de Freguesia que se instalou aqui a partir da década de 80 até 1998. Este ano é que é considerado o ponto de viragem deste edifício. Só aqui é que ele é fechado para ser readaptado à sua nova função, que é a de Museu.

Uma função que continua ao serviço da comunidade como até aí.

ficha técnica

Propriedade Câmara M unicipal d a M aia

Editor MaiaPress • J ornal M aiaHoje

Design g ráfico e P aginação Bruno F erreira d a S ilva • M illenniumPress

Direcção Pelouro d a C ultura

Impressão Diário d o M inho

Tiragem 6.000 e xemplares

Director E xecutivo Mário N uno N eves

Redacção Pelouro d a C ultura d a C . M . M aia Jornal M aiaHoje

Fotografia Arquivo J ornal M aiaHoje

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terra de cultura

MTC - Qual é a razão do projecto... havia necessidade de um Museu no Concelho?

LA - Havia a necessidade de um Museu. Um Museu não se pode ver como um depósito. É um espaço que está ao serviço da comunidade, tanto no seu aspecto lúdico como educacional. Era necessário reforçar as raízes de uma região e dar a conhecer às pessoas que pertencem a uma área muito mais ampla, e que existem laços de identidade entre as pessoas e as terras dessa região que hoje não existe em termos físicos, mas que em termos de identidade ainda existe. É necessário documentar isso e transmitir às gerações que vêm, essa identidade. É esse o principal objectivo do Museu.

MTC - As exposições são as principais actividades levadas a cabo no Museu?

LA - É muito mais do que isso. Aqui temos um espaço lúdico mas também educacional. As pessoas podem vir passar umas horas à tarde, mas também podem vir aprender. Nós temos um público alvo que é o público escolar, e então todas as actividades passam por esse público, porque são os mais pequenos que um dia mais tarde também transmitem a outros.

Temos as áreas de actuação que são três: o “Museu na Escola”, a “Escola no Museu” e o “Museu e a Comunidade”. É lógico que temos de ter exposições, tendo uma permanente que diz respeito à evolução histórica da região da Terra da Maia, e duas temporárias de curta e longa duração, uma dedicada aos ofícios tradicionais do Concelho da Maia e outra dedicada à tal região da Terra da Maia.

Depois, a partir dessas exposições desenvolvem-se actividades específicas para cada faixa etária de acordo com o tema que é tratado. Aqui há pouco tempo, tivemos a exposição do “Bombeiro” e o tema que tratamos foi a “Água”. Tivemos aqui as escolas todas do Concelho e de fora também. Tentamos sensibilizar as crianças para a questão da seca e da água. Damos também apoio às férias desportivas. Temos ateliers específicos em que os rapazes fazem uma lança e as raparigas fazem um pote em barro, que era onde se guardavam os alimentos há dez mil anos atrás.

Em relação ao “Museu na Escola”, existe uma maleta pedagógica que foi facultada às escolas e que este ano vai ser remodelada, em que as escolas podem ter o Museu e a História em si, sem terem de se deslocar aqui. Para além disso, também têm acesso a pequenas exposições itinerantes que fazemos aqui no Museu e que depois transportamos para as escolas que nos solicitam.

Em relação ao “Museu e Comunidade”, damos apoio à actividade da “Desfolhada” que é feita em conjunto com o Grupo Regional de Moreira. Temos uma acção de formação que decorre todos os anos e que se chama “Percorrer os Caminhos da Maia”, que é destinada a professores e que tem como objectivo sensibilizar os docentes para a utilização do património local na escola. Também fizemos há dois anos o “Percorrer a Maia: freguesia a freguesia”, em que dávamos a conhecer o património de cada freguesia às pessoas. Potencializamos o

património, damos a conhecer e tentamos demonstrar como se pode utilizar sem sair de cá.

«As pessoas visitam muito o Museu, mas principalmente as escolas, o que significa que o trabalho que se tem feito ao longo destes quatro anos criou raízes e está a dar frutos»

MTC - Qual tem sido a adesão do público?

LA - Podemos dizer que o ano de 2005 foi o ano do “boom” de visitantes no Museu. As pessoas visitam muito o Museu, mas principalmente as escolas, o que significa que o trabalho que se tem feito ao longo destes quatro anos criou raízes e está a dar frutos. No mês passado tivemos 745 visitantes e desses, 700 foram grupos. Procuram o Museu para dar alguma coisa, para que as crianças aprendam algo. De Janeiro a Maio, tivemos cá todas as escolas do Concelho. Isto significa que temos dado muito porque temos tido muitos visitantes.

Em relação ao público adulto, são as famílias que vêm, geralmente ao fim de semana. Isto também mostra que o trabalho com as escolas resulta, porque quem traz os pais são as crianças. O trabalho que se faz com as escolas faz com que eles aos fins de semana tragam os pais.

MTC - Qual é o balanço destes quatro anos de funcionamento?

LA - São quatro anos muito positivos.

Em termos de visitantes tem vindo a aumentar e este ano foi o “boom”. Em termos do próprio trabalho, este já se faz em função do que o próprio público deseja. Já existe uma interacção para que quando se faz algo, seja em função do que o público procura, o que quer dizer que há “feedback” do exterior.

Portanto, acho que é um balanço muito positivo.

MTC - E quanto ao futuro... quais são os próximos projectos?

LA - Inauguramos hoje uma exposição de longa duração, em plenas Festas de S. Ovídeo, que dura cerca de um ano. Assinalando também o quarto aniversário do Museu, vamos então inaugurar essa exposição que se chama “Milho, Trigo e Centeio - Triologia Cerealífera do Entre Douro e Minho”, onde vamos tratar a forma como se cultivavam estes três cereais e a questão do pão, que estava ligado a estes três cereais e era a base da alimentação da população do Entre Douro e Minho. É esse o projecto mais próximo e depois temos outros já em curso para 2006, que ainda não convém revelar, mas que estão dentro da linha que temos vindo a trabalhar. Vamos daqui por quatro meses inaugurar uma nova exposição sobre os ofícios, porque o projecto renova-se de quatro em quatro meses e como tal as actividades surgem em função desse mesmo ofício.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2005

É inaugurada hoje mais uma exposição no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia, desta feita dedicada ao tema “Milho, Trigo e Centeio - Triologia Cerealífera do Entre Douro e Minho”. Integrada nas Festas de S. Ovídeo, esta iniciativa trata o cultivo destes três cereais, base da economia agrícola desta zona.

Em foco está também o pão, alimento ligado a estes três cereais e que sustentava a alimentação da população do Entre Douro e Minho.

Esta exposição estará patente durante o período de um ano no Museu de História e Etnologia da Terra da Maia.

Actualmente, para além da exposição permanente dedicada à evolução histórica da Terra da Maia, também pode ser visitado o evento dedicado ao Tamanqueiro, integrado no ciclo respeitante aos ofícios tradicionais do Concelho maiato.

Depois do Santeiro e do Bombeiro, o fabricante dos tamancos é agora abordado sendo uma profissão que já não se exerce, mas que no seu tempo teve grande expressividade principalmente nas freguesias de Vermoim e Barca. Os tamancos são um tipo de calçado com base de madeira e com uma aplicação de couro para aconchegar o pé. Bastante resistente, tinha por intuito proteger o pé em situações adversas, sendo que hoje é bastante divulgado como produto artesanal. Esta exposição estará patente durante os próximos quatro meses.

Maia

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Exposição assinala aniversário do Museu

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FREGUESIAS

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«Há que votar na mudança, pois Pedrouços não tem evoluído» O candidato do PS à Junta, Rui Afonso, Sub-comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços, em entrevista ao MaiaHoje realça que há muitos “fogos” por apagar em Pedrouços.

TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA

Rui Afonso, vale-se da sua condição de bombeiro para se apresentar como um profundo conhecedor das carências da freguesia e necessidades da população. Nesta entrevista, aponta as áreas que entende como lacunas, acusa o actual Presidente de Junta de nada fazer e afasta a possibilidade de abandonar a sua actual profissão. Uma candidatura que pretende ir mais além que a de 2001. Lembre-se que na altura, o PS Pedrouços (com Mário Vinhas) ficou com 36% dos votos, face aos 45% da coligação PSD/PP. A taxa de abstenção terá de despertar leituras, uma vez que em 2001 foi de 49%.

MaiaHoje (MH) - Qual foi a grande motivação para dar este passo, o de candidato?

Rui Afonso (RA) - É mais um passo na minha vida. Quero ajudar a população de Pedrouços. Pelo cargo que ocupo, lido muito com as pessoas e sei das suas carências. Em Pedrouços não há praticamente nada. Agradeço ao Dr. Catarino a confiança que depositou em mim para ver se conseguimos melhorar a freguesia.

MH - Que carências são essas, para sermos mais concretos?

RA - Faltam infantários, falta apoio à terceira idade - hoje em dia Pedrouços deve ser das freguesias com mais cidadãos acima dos 60 anos de idade - temos arruamentos, mas não existem passeios - há muita gente que leva os filhos pela mão para as escolas e é perigoso.

Em termos de transportes também temos carências; na habitação ainda existem ilhas e barracas, como na Rua da Levadinha; não temos um pavilhão, não temos uma piscina, um multibanco, falta policiamento - a esquadra mais próxima fica em Águas Santas... olhe temos carências em quase tudo. Há que votar na mudança, pois Pedrouços não tem evoluído. Nestes mandatos nunca vi o senhor Presidente de Junta a fazer grande trabalho. O curioso é que está a ter alguma acção nos últimos 4, 5 meses, mas há um ditado muito antigo que diz: “depressa e bem há pouco quem”. Está, mais uma vez, a tapar os olhos à população.

RA - Muita gente quis fazer acreditar que em Pedrouços existem bombeiros. Para que existam, de facto, temos que os impor.

Ultimamente temos sido chamados para a Maia em quase tudo o que é fogos. Até estou admirado, deve-nos ter saído o Totoloto! Ou terá alguma coisa a ver com o acto eleitoral de Outubro!?

MH - Qual a sua opinião em relação ao novo edifício da Junta de Freguesia?

RA - Fui a favor da sua construção, está muito bonito. Representa uma mais valia para Pedrouços, pois era uma obra necessária.

Contudo, já não concordo com os arruamentos que estão a fazer à pressa em frente ao edifício. Deitaram árvores abaixo e isso para mim é difícil de digerir. Está-se a gastar granito para campos rurais, não sei quem é que vai beneficiar com isso. Não há, aliás, uma rua em condições em Pedrouços.

«Deixar os bombeiros, nunca... mas serei corpo presente na Junta» MH - Que imagem guarda de Jorge Catarino, o candidato Socialista à Câmara Municipal da Maia?

RA - Conheço-o há cerca de oito anos, mas como político só lido com ele de há dois anos a esta parte. Acho que tem condições para o cargo que se propõe, sabe aquilo que quer.

MH - No caso de ser eleito Presidente de Junta de Freguesia, como conciliará a nova função com a de Sub-comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços?

RA - Estou muito empenhado nos bombeiros. Deixá-los, nunca. É mais um filho que tenho. O meu sonho é levar os Bombeiros de Pedrouços ao auge. Mas não me faltará tempo para ser Presidente de Junta, até porque tenho gente à altura nos bombeiros para assegurar o serviço na minha ausência. O socorro é a minha prioridade, todavia serei um corpo presente na Junta. Estou nos bombeiros de segunda a segunda e há que ver que o edifício autárquico fica mesmo ao lado.

Nesse aspecto a população poderá ficar descansada.

Pedroucence há 25 anos Filiado no PS há dois anos, Rui Afonso é Sub-comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços, profissão que ocupa a tempo inteiro.

Não sendo natural de Pedrouços, está na Freguesia há 25 anos, mais concretamente desde que casou. Com 44 anos de idade, é pai de dois filhos.

MH - Quais as grandes diferenças que identifica entre si e o actual Presidente de Junta?

RA - Eu convivo com a população graças ao meu trabalho do dia-a-dia. O Presidente de Junta não tem essa proximidade com as pessoas. Há quem precise de ser realojado, por exemplo, por ter a casa a cair. No entanto, nada é feito nesse sentido.

MH - Os Bombeiros de Pedrouços representam um caso de difícil gestão. Como vai lidar com a situação se for eleito presidente, tendo em conta que, além de candidato, acumula o cargo de bombeiro?

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Rui Afonso quer ser na Junta o reflexo do que é nos bombeiros

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

FREGUESIAS

Nasce na Maia novo conceito de assistência médica 24 horas ao dia, 365 dias ao ano, a Climed propõe-se assegurar um serviço privado permanente, amplo, familiar, qualitativo, com uma baixa tabela de preços.

A partir de 1 de Setembro estará a funcionar em pleno, nos Edifícios Pirâmides V (Rua António Soares Pereira) a Climed 24 - Assistência Médica Permanente, Lda. Especializada em medicina, enfermagem e geriatria, a Climed pretende posicionar-se como uma nova solução na prestação de serviços ao domicílio e de apoio privado a urgências.

Helena Marques, uma das sócias gerentes, afirmou que o projecto, que está a ser concebido há quatro anos com organização de recursos técnicos e humanos, visa chegar a todas as classes e não só às “média alta e alta”.

Identificando a típica assistência

médica domiciliária como «deficitária e selectiva», Helena Marques propõe na Climed um serviço médico por excelência, com acompanhamento ambulatório, se necessário, por médico ao hospital; medicação de urgência para as primeiras horas e uma linha telefónica 24 horas disponíveis. «A nossa aposta não são as grandes cidades, são os meios mais pequenos e, por vezes, esquecidos».

Um dos trunfos são os custos controlados; «Apresentamos preços que representam 1/4 daqueles que são praticados nas unidades privadas análogas.

A Climed é um serviço não comparticipado, com dimensão e amplitude, conseguindo

garantir uma tabela mínima para os associados. Apostamos na quantidade de sócios para poder prestar serviços a um baixo valor de custo».

O acompanhamento próximo e preocupado do doente faz parte da filosofia desta clínica, valendo-se da utilização de novas tecnologias, como relata, exemplificando, a nossa interlocutora; «Estamos equipados com telefones, serviço informático, GPS, tudo ligado às viaturas dos nossos médicos. A pessoa, no acto do contacto, é logo identificada, bem como o local onde se encontra. Quando somos solicitados pela linha de apoio ao cliente, a ficha clínica da pessoa aparece no écran. O nosso médico quando chega ao destino já possui todo o historial clínico do doente. Se for necessária a deslocação ao hospital, nós chamamos a ambulância e acompanhamos o doente até à unidade mais próxima.

Deixamos a medicação e posteriormente há uma nova chamada da nossa parte para saber se está tudo bem».

A nível de geriatria, a Climed também envereda por uma assistência ampla, com técnicos que vão além da simples assistência social. «Garante-se a higiene pessoal, cuidados médicos, mas também se faz “baby sitting”, serviço de cabeleireiro, de esteticista, podologista, e de fisioterapia», esclarece Helena Marques.

Neste momento, a Climed trabalha com cinco médicos, cinco enfermeiros e dois técnicos de geriatria. Encontram-se a ser estabelecidos protocolos e possibilidades de cooperação com colectividades e juntas de freguesia.

O primeiro passo foi dado na Maia célula 1.01 - mas a estratégia dos responsáveis pelo projecto passa por estender estes serviços a outras zonas do país. «Vejo a Maia como um Concelho em que a dinamização é prioritária. Tem uma boa localização e uma visão de expansão industrial. Além disso fui movida pelas raízes», aponta Helena Marques, maiata de S. Pedro de Avioso.

Calor “arrefeceu” ânimos de outros anos Ponto alto das festividades de Vermoim foi a tradicional procissão a N. Sr.ª da Caridade. Afluência do público ficou aquém de outros anos.

AMM

Apenas algumas dezenas de “corajosos” enfrentaram o calor intenso que se verificava no feriado de dia 15, para assistir à procissão em honra de N. Sr.ª da Caridade, em Vermoim. O cortejo fez o percurso habitual da Igreja até ao Largo do Outeiro e regresso, sendo sempre acompanhado pela Banda de Música de Moreira. De referir, as presenças nesta cerimónia do Presidente da Câmara Municipal e Assembleia Municipal, Bragança Fernandes e Luciano Gomes, respectivamente.

Numa vertente mais lúdica das festas, assinalou-se a actuação dos Ranchos Folclóricos de S. Gens e da Trofa, o dia 13, da realização de uma tertúlia de Fados de Coimbra por Vítor Costa já no Sábado e ainda da actuação do agrupamento musical “Via Satélite” que fechou a edição 2005 das Festas em Honra de N. Sr.ª da Caridade.

OPINIÃO

mh

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A demagogia do (des)governo socialista mário duarte*

Os homens são tão simples e tão obedientes às necessidades do momento, que quem engana encontra sempre quem se deixe enganar Maquiavel, O Príncipe Passados que são, cerca de cinco meses da governação socialista, não se conhecem as políticas estruturais nos diversos domínios da vida económica, social e cultural, mas apenas algumas medidas avulsas, gizadas em cima do joelho, a primeira das quais foi o aumento dos impostos. Com esta inesperada medida fiscal, José Sócrates quebrou a promessa eleitoral e pôs em crise a confiança que a maioria dos portugueses depositou nos socialistas, ao darem a maioria absoluta ao PS. Seguiu-se a possibilidade da venda de certos medicamentos nas grandes superfícies, o congelamento das carreiras dos funcionários públicos, o aumento do horário dos professores e a redução das férias judiciais. Tudo em nome da redução da despesa pública, e do combate ao deficit, da melhoria da educação e da celeridade da justiça, da cidadania, da igualdade e da equidade sociais.

TGV,OTA, choques e empregos Mas, ao arrepio de toda esta alegada tendência justiceira, alicerçada num igualitarismo primário, eis que o governo de José Sócrates faz um aposta de vulto, de forma tão decidida e intransigente que não hesitou em sacrificar o seu braço direito, o ministro das finanças, que, como todos sabemos, bateu com a porta por achar, e bem, que o país não tem, no momento actual de grave crise económica, condições financeiras para suportar os custos do investimento do TGV e do aeroporto da OTA. Paralelamente, Sócrates deixa no ar a esperança mítica do “choque tecnológico” e a criação dos tais 150 000 postos de trabalho, que pelos vistos foram reduzidos, pelo menos por agora, para 1500, e só para jovens licenciados.

A análise da Comunicação Social Face a tantas contradições e incongruências, como reagiu a comunicação social? Que ênfase deu às manifestações dos portugueses, de repúdio por esta política? De que modo e com que intensidade a televisão pública e os jornais analisaram e comunicaram as preocupações de dezenas de milhares de portugueses? Penso que, de forma muito ténue, quase imperceptível para os menos atentos. Imagine-se o que seria, se esta situação tivesse sido criada pelo governo de Santana Lopes? Não há quaisquer dúvidas de que a comunicação social continua presa a um complexo de esquerda que a impede de ser independente e objectiva, sendo muito mais crítica e exigente com os governos de centro e de direita, e mais complacente com os governos de esquerda. Deste modo o centro e a direita em Portugal são negativamente discriminados e duplamente prejudicados. São mais criticados e vigiados quando são poder e são menos ouvidos quando se encontram na sua difícil missão de ser oposição. Não é justo.

O tratamento equitativo em função da sua representação, deve ser uma exigência constante de todas as forças políticas, face à pub

comunicação social. O partido social democrata, a força política mais representativa da oposição, foi ignorado pela televisão pública, durante os primeiros quatro meses da governação socialista e, quiçá, deste modo, a televisão pública, foi e continua a ser a principal responsável pela inércia e desleixo do governo socialista.

Sócrates não sabe o que quer O secretário-geral do PSD, só no início de Julho é que foi convidado para o programa “Grande Entrevista”, para dizer de sua justiça acerca do que considerava errado nas medidas e intenções do governo, e digo medidas e intenções, porque, de facto, não passam disso mesmo. José Sócrates não tem políticas, apesar de alegadamente estar rodeado de “sábios”, o que não deixa de ser estranho, pois é nestes que a capacidade de construir modelos formais estruturantes da realidade se encontra mais desenvolvida. Governar um país não se reduz a umas quantas experiências feitas à pressa para dar a impressão que se está a fazer alguma coisa. Governar um país é, antes de mais, ter um projecto político alicerçado em políticas coerentes e integradas, fundamentado numa dada ideologia e orientado para a construção de um modelo de sociedade que se quer construir. Receio que José Sócrates não saiba o que quer. Na campanha falou do modelo dos países nórdicos, ou seja parecia que respeitaria os valores da social democracia, e entre eles o valor do indivíduo e da liberdade. Afinal, ao fazer prevalecer as razões do sistema, ao violar a lei, designadamente o estatuto profissional dos professores e ao impor a vontade do Estado, está cada vez mais próximo do modelo estalinista, que julgávamos não poder renascer nem sequer nos projectos dos partidos de extrema esquerda, atenta a traição de que foi objecto o marxismo-leninismo pelo estalinismo, nas próprias palavras dos fiéis seguidores de Karl Marx.

Demagogia com os professores e magistrados Os ministros socialistas estão a agir com base no modelo da acção política de José Sócrates, que confunde firmeza com autoritarismo; convicção com presunção e diálogo com autismo narcísico. Veja-se o que está a acontecer com os funcionários públicos em geral e com os professores em particular e, mais recentemente, com os magistrados.

Demagogia pura ao serviço de um pragmatismo atomista e populista, que faz subir as sondagens, à custa da mentira, de falsas expectativas e de sonhos impossíveis.

Os problemas da Educação não se resolvem contra os professores, mas com os professores. O estatuto da carreira docente tem o valor de lei. Nele estão consagrados direitos que foram conquistados ao longo de muitos anos e de duras e difíceis negociações.

A ministra da educação continua a ignorar tão importante regulamento dos direitos laborais dos professores, e demagogicamente, consegue o apoio dos pais, aos quais agrada ouvir que os professores vão estar mais tempo nas escolas, porque desconhecem a especificidade da profissão e da sua enorme exigência., caso contrario juntar-se-iam aos

professores contra a ministra e a sua demagogia. Por seu turno, os intervenientes processuais regozijam-se com o facto de os magistrados poderem vir a ver o seu período de férias reduzido. Uns e outros, estão a ser enganados pelo governo socialista, que os leva a pensar que o insucesso escolar se resolve com mais aulas de apoio, quando na realidade o que os alunos precisam é de tempo para reflectir e estudar, e que o problema da morosidade na Justiça se ultrapassa reduzindo as férias dos magistrados, quando a morosidade dos processos judiciais resulta de um conjunto de factores complexos, que mais ou menos quinze dias de férias, “nem ata nem desata”.

Devemos exigir Os portugueses deveriam exigir ao governo de José Sócrates, políticas reformadoras da Educação e da Justiça, que valorizassem os professores e os magistrados, em vez de os considerar os bodes expiatórios dos problemas reais que continuam sem solução à vista na Educação e na Justiça. Os professores e os magistrados são fundamentais à Democracia. Sem Educação e Justiça não há Democracia. Não há Liberdade.

Os professores e os magistrados são técnicos qualificados cuja formação custa muito dinheiro ao erário público. Como todos os profissionais, têm expectativas legítimas de que os governos respeitem os seus direitos funcionais, nomeadamente o direito ao horário de trabalho e o direito a férias, tal como estão consagrados nos seus estatutos. O que está a acontecer com os professores, com os magistrados e com os funcionários públicos em geral, é um grave precedente e um mau exemplo para o futuro de todos os trabalhadores portugueses, sobretudo daqueles de quem mais depende o progresso do país - os técnicos superiores e os executivos - cujo Know-How é o factor de produção imprescindível na Sociedade da Informação.

Tal como o Capital, também o Conhecimento é imprescindível à evolução das sociedades, com particular importância das sociedades da Informação ou do Conhecimento, ainda em formação, mas com exigências novas nos diferentes planos: económico, social, cultural e político, às quais os governos têm de responder, designadamente com mudanças no sistema político, de modo a evitar o afastamento e o isolamento dos eleitos relativamente aos eleitores.

O direito como garante da democracia Mas, o que está em causa com este assalto a certos direitos fundamentais dos portugueses, não é apenas a violação dos direitos subjectivos e individuais e dos interesses legítimos de certos profissionais, é o próprio Direito como instrumento de garantia do Estado Democrático, pois não se vê que haja a possibilidade de haver Democracia sem um Direito que os governos sejam obrigados a respeitar, isto é, sem uma Lei fundamental como limite ao poder político e, por isso, garantia contra o abuso do poder.

No seu estilo de “político de sucesso”, à boa maneira americana, o primeiro ministro aparece de quando em vez na televisão, a anunciar mais uma medida que,

alegadamente, irá resolver um problema concreto. É mau, é mesmo muito mau que os portugueses tenham chegado a esta situação de não saberem o que lhes reserva o futuro.

Esta incerteza é porventura o maior obstáculo à ultrapassagem da crise económica em que o país está mergulhado, porque o factor psicológico na economia é absolutamente decisivo. Ninguém investe se tiver a percepção de que o governo, a qualquer momento, pode alterar o valor dos impostos. E, sem investimento, não há criação de riqueza. Consequentemente, não é possível fazer justiça social por via da redistribuição de rendimentos, pois não há nada para redistribuir.

Sampaio demitiu governo por muito menos Com a sua falta de visão estratégica e o seu experimentalismo, o governo socialista está a conduzir o país para um pântano, a criar um clima de desconfiança nos investidores e de frustração, em todos os portugueses. Se até Dezembro de 2005, o governo de José Sócrates não apresentar políticas verdadeiramente reformadoras dos vários sectores da governação, a oposição deve apresentar uma moção de censura ao governo e exigir eleições antecipadas. Por muito menos, a oposição de que os socialistas eram a maioria, levaram o presidente da república a demitir o governo de Santana Lopes e a convocar eleições a meio de um mandato legitimado pelo Povo. Haja equidade na acção política.

O mito da sociedade sem classes E já agora, Senhor Primeiro Ministro, se pretende criar as bases de uma sociedade verdadeiramente justa e equitativa, comece por ler os clássicos, designadamente Aristóteles e as suas “Política“ e “Ética a Nicómaco” e, para uma actualização conceptual dos conceitos de Justiça e de Igualdade, visite Rawls e a sua “Teoria da Justiça”. Estas leituras permitir-lhe-ão compreender de forma rigorosa os conceitos atrás enunciados e que têm sido a bandeira do seu populismo demagógico e atomista, que nós temos a obrigação de publicamente denunciar, para impedir que os portugueses sejam iludidos por um mito que ficou muito caro à esquerda não democrática e que julgávamos que V. Ex.a e o partido socialista já tinham posto na gaveta da História. Falo obviamente do mito da “sociedade sem classes” que, implicitamente emerge e subjaz ao seu discurso político e que, paradoxalmente, o aproxima da esquerda mais ortodoxa, da qual, o PS de Mário Soares sempre se demarcou. V. Ex.a parece não ter compreendido a importância desta estratégica que, desde 1976, criou no imaginário político dos portugueses, a ideia de que o socialismo democrático era muito diferente do apregoado socialismo científico defendido pelo partido comunista e demais partidos marxistas-leninistas. É mais fácil agradar à maioria com demagogia, do que governar com Sabedoria.

Pense nisto Senhor Primeiro-ministro. *Professor ensino secundário e universitário

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OPINIÃO

Reflexão sobre o funcionamento da CM Maia nelson ferraz

Outra vez, não!

1. Agosto é, por excelência, o mês de férias, de peregrinações aos “ Algarves “ e aos recantos de estufas solarengas, onde, a coberto de lindezas de almanaque, toda a gente se esforça, pelo menos uma vez no ano, por esquecer racismos arreigados ou disfarçados e tenta escurecer a pele o mais depressa que a meteorologia permite.

2. Agosto é, também, o mês nacional dos fogos. O mês em que toda a gente pergunta porque é que os militares não ajudam a apagar os fogos, porque é que os incendiários não ficam detidos, porque é que os fogos – alguns – não são atacados logo nos seus começos, porque é que os donos das matas sujas não são responsabilizados a sério e porque é que só os voluntários pela força das circunstâncias - bombeiros e não bombeiros – se preocupam com estas coisas e se aventuram em repensar todas as questões adjacentes a estas desgraças com estação marcada.

3. Agosto é, tradicionalmente, o defeso das politiquices, dos ataques à governação e das tréguas combinadas.

Nem uma palha mexe.

De sandálias ou chinelos a “ realeza “ destas paragens, mistura-se com a plebe – apenas na indumentária – e pira-se para a Alcácer-Quibir dos iates, dos safaris, das festas em clubes de betinhos de onde só saem para sorrir, a espaços, como quem não quer a coisa, reafirmando a sua condição de gente viva.

4. Agosto é, sempre, um mês morto, de gente morta que se arrasta por filas de alcatrão, olhando o mar que, à noite, quase não se vê, olhando as saias das mulheres que, à noite, quase não se vêem, aturando berros de cães que, à noite, se agitam nas moradias junto ao mar. Gente que compra pipocas que, à noite, se trocam por silêncios infantis.

Não tarda nada somos racistas, outra vez. Não gostamos de peles escuras: no ano que vem, em Agosto, voltaremos a gostar.

Não demora muito e os incêndios vão extinguir-se, depois da miséria semeada, depois das mortes, das perdas, dos falhanços de coordenação e dos erros de avaliação e de prevenção.

Os incendiários, livres, vão ausentar-se, até ao ano que vem, para parte incerta, ao abrigo da nossa (in) justiça.

Para o ano, provavelmente em Agosto, vamos voltar ao mesmo fado, ridículo, que nos cobre de cinzas e de vergonha pela nossa maneira de ser tão, estranhamente, amorfa e masoquista.

Os “ Sebastiões “ estão prestes a retornar ao seu – a este – condado.

Trazem consigo, colares de coral, pulseiras brasileiras, incensos e naturezas dos trópicos, cabeças de leão e muitas fotografias da “ noite “ e dos “copos “.

Não tarda nada, vão andar – outra vez – de gravata e de Mercedes e os seus dotes falatórios vão aí estar, outra vez, para nos ludibriar com falsas virtudes, até ao ano que vem.

Se não abrirmos os olhos, não mexerão uma palha para que as coisas mudem.

Não podemos deixar que isso aconteça. Outra vez, não.

«a Constituição da República Portuguesa diz no seu artigo 118º “Ninguém pode exercer a título vitalício qualquer cargo político de âmbito nacional, regional ou local”».

Na Câmara da Maia a vereação possui nove vereadores. Seis pertencem à coligação PSD/PP e três são do PS. Como é óbvio, a coligação, dada a sua maioria, é a grande responsável pela condução da política camarária. Aos Vereadores são atribuidos pelouros, advindo daí toda a responsabilidade na execução e concretização ou não das suas actividades. Quando alguns analistas ou cronistas dizem que o PS também tem responsabilidades nas tomadas de posição da CMM, procuro compreender o que pretendem dizer com isso, mas com franqueza, mesmo com boa vontade não entendo o que pretendem dizer com tudo isto. Será pelo facto de estarem a meio tempo na Vereação, auferindo uma correspondente remuneração? Talvez seja isso. Informei-me e cheguei à conclusão de que os três Vereadores do PS desempenham funções em serviços camarários, mas não recai sobre si a responsabilidade de nenhum pelouro específico, nem outras mordomias como carro e motorista. Soube também que é tradição na Maia, desde o primeiro presidente de Câmara a seguir ao 25 de Abril, convidar os Vereadores eleitos pela oposição para desempenharem um cargo a meio tempo, mas sem capacidade para intervir nas linhas mestras da política a seguir.

Se me perguntarem se concordo com esta situação de funcionamento da CMM, digo-vos que não. Poder é poder, oposição é oposição, sem nenhuns cargos ou benesses para não haver qualquer tipo de equívocos, mas perdoem-me, daí até chegar à conclusão que o PS tenha qualquer responsabilidade em tudo que se passa na CMM vai uma grande distância.

Continuo sem perceber como se chega à tal conclusão.

Como pessoa atenta ao fenómeno político local, acho que os Vereadores da oposição e os partidos da oposição tem muita dificuldade em exercer a sua política e fazer passar a sua mensagem. Os Vereadores das forças políticas derrotadas nas eleições assistem às reuniões de Câmara, quando muito uma vez por semana, tendo direito a uma senha de presença, calculada em função do vencimento do presidente eleito, tendo posteriormente, finda a reunião, que voltar as suas actividades profissionais, não sendo possível economicamente exercer profissionalmente com total disponibilidade o cargo para que foi eleito.

Este assunto dava pano para mangas mas prometo que volto a ele em breve.

Lanço aqui um desafio à comunicação social da Maia para que realizem debates entre os candidatos de forma a discutir-se este e outros casos de relevância para a vida política. O povo maiato gostaria por exemplo de saber se quem ganhar as eleições vai ceder cargos a meio tempo aos Vereadores da oposição? Se os Vereadores que perderem ficam na CMM ou cederão o lugar a outros? Urge um frente-a-frente entre o candidato do PS Jorge Catarino e o candidato da coligação PSD/PP Bragança Fernandes para esclarecer esta e outras dúvidas. O debate é uma forma de os maiatos perceberem o que os candidatos pensam e assim decidirem em consciência.

Concluí também que se os Vereadores estão nos serviços da CMM porque foram convidados pela actual coligação PSD/PP, essa foi uma decisão que foi votada e que teve que ir a reunião de Câmara. Pode dizer-se que funcionou aqui o “centrão”.

Tenho-me apercebido que o PS tem estado em crescendo constante por tudo o que se tem passado e porque as pessoas estão cansadas desta política de 25 anos.

Esta coligação está como dizem os meus

joaquim jorge*

amigos “fora de prazo”.

Todavia as pessoas são adversas à mudança e preferem que tudo se mantenha como está, sendo absolutamente necessário alertar as pessoas de que vale a pena dar uma oportunidade a outras forças políticas, a uma verdadeira alternativa democrática.

Fazendo uma análise fria e realista, o PS pode e vai vencer estas eleições, mas os ânimos tem que ser refreados com muito trabalho de informação aos eleitores, pois pode acontecer como na Galiza onde Fraga Iribarne (que os Galegos também consideraram fora de prazo), foi derrotado por um deputado apesar de ter o maior número de votos. Assim o PS teria de se coligar com outras forças como por exemplo o BE ou a CDU. São eleitos nove Vereadores, imaginemos o cenário em que a coligação obtém quatro, o PS quatro e à esquerda é eleito o restante Vereador. Esta situação colocaria a Câmara em condições de governabilidade muito difícil. Neste sentido, faço um apelo às forças de esquerda para terem uma estratégia e acção concertada com o PS de forma a canalizarem o seu voto e mudar a CMM. Há que ser realista: desalojar do poder partidos que lá estão há 25 anos é muito difícil! Além de estarem de tal maneira agarrados ao poder, criam-se situações de clientelismo, o que nos leva a uma tarefa árdua, mas não de todo impossível! Para esses senhores o poder é afrodisíaco. E mais, o método de Hondt, com que são apurados os votos, favorece e em muito a coligação PSD/PP. Na Maia, depois desta luta políticapartidária, nada vai ficar como dantes.

Aliás a Constituição da República Portuguesa diz no seu artigo 118º “ Ninguém pode exercer a título vitalício qualquer cargo político de âmbito nacional, regional ou local”. *Candidato à CM Maia pelo PS

«Propaganda negativa» Constântino Sardinha*

Exmo. Director do Jornal Maia Hoje Usando o direito de resposta, venho solicitar a V.Exa. publicação do seguinte artigo: Tive a oportunidade de ler o artigo publicado pelo Sr. Jorge Catarino, membro da Assembleia de Freguesia de V.N. da Telha no Jornal MAIAHOJE de 22 de Julho 2005, onde, entre outras coisas, faz referência ao caracter e personalidade da minha pessoa, e gostaria, como resposta, a publicação do email por mim enviado à Comissão Coordenadora do Partido Socialista: À Comissão Coordenadora Autarquica do Partido Socialista Lisboa Sou residente na freguesia de Vila Vova da Telha, Maia e pertenço ao actual

executivo da Junta de Freguesia local.

Apesar de nunca ter estado filiado no Partido Socialista, fui sempre seu simpatizante. Porém, o actual Presidente e Secretario que sempre estiveram filiados no Partido, por divergencias com o actual coordenador do Partido que é também candidato à Camara, concorreram como Independentes à Junta local nas ultimas eleições encontrando-se ainda em exercicio. Nas próximas eleições, o actual Presidente também concorre como Independente, e o Partido Socialista através de vários agentes onde se encontra o filho do actual candidato à Camara, tem vindo a fazer propaganda negativa, pondo em causa a integridade e o bom nome do actual executivo da Junta.

A razão deste meu email é alertar os responsáveis do Partido, que as eleições não se ganham através de propaganda

negativa, mas sim apresentando Candidatos credíveis, com integridade moral forte o que, por vezes, não tem vindo a acontecer.

Por razões pessoais não faço parte da lista às próximas eleições, porém ela (independente) merece todo o meu apoio, em especial o Cabeça da Lista que é uma pessoa integra e o povo da fregusia bem conhece o trabalho desenvolvido por este executivo e não serão as mentiras absurdas que o levarão a pensar o contrário.

Espero que, de futuro, o Partido Socialista, meu Partido de eleição, saiba escolher os seus Candidatos às autarquias caso queira vencer nas eleições.

Aproveito para apresentar os meus cumprimentos. *Tesoureiro da Junta de Freguesia

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mh

OPINIÃO

Amanhã se Deus quiser...

sexta-feira 26 de Agosto, 2005 texto 1/2 continua na próxima edição

GERAÇÃO PORTUGAL, OU AS POLÍTICAS DO FUTURO Portugal queimado!... Não Obrigado orlando leal

luis clemente ribeiro

As pessoas têm medo do silêncio; têm medo de estar sós, a sós consigo mesmas; têm medo das outras pessoas; têm medo do das outras pessoas; têm medo do futuro, muitas vezes do presente, algumas vezes do próprio passado; têm medo de falar abertamente; têm medo de que os outros falem abertamente, ou escondidamente; têm medo da dissimulação dos outros; têm medo de si mesmas, de se confessarem a si mesmas, de se despirem de si mesmas; têm medo das doenças, da morte, das tempestades, das bruxas, dos fantasmas, dos cemitérios, do escuro, dos acidentes, das guerras... Medo, medo do medo; algumas já nem fogem, já nem lutam, já não esperam nada, ninguém, já se entregam ao diabo, ao prazer, ao esquecimento, à embriaguez, ao barulho, aos defeitos plurais, como a vaidade do orgulho, ou o orgulho da vaidade, por exemplo. E isso dá-lhes a ilusão de não terem medo, o maldito medo que escolhe, que tolhe, que dobra, que reduz, que é a noite sem dia e o não sem regresso! O medo é a indústria mais produtiva do mundo e a abundância de obreiros justifica que o mundo seja hoje um lugar que mete medo!

E que faremos se viermos a ter medo de já não ter medo?

Será como dizia o poeta, ao falar das penas que a vida lhe foi dando: “E, se uma vai, mais pequena, Ao depois nem vale a pena, Porque mais pena me dá...!”

Considerações de um por-de-sol dum primeiro dia de primavera, em que a saudade do bom que o passado teve, o vago temor incerto do futuro que virá e a desnecessidade de presente sem sal se misturaram com a luz deste sol que nunca mais será a mesma, a quietude deste ar que mais ninguém respirará e

este céu, já poluído de neblina, que está entre o não é e o não há. Amanha, se Deus quiser...

I Cá estamos em amanhã, já que Deus quer. E connosco está um homem do passado, um homem adiado. Um amigo da ordem, do progresso, do sucesso, da banca, da prudência, da defesa dos “autênticos valores”, da reflexão, do comedimento, do sentimento, do “depois logo se vê”, do “amanhã vêse”... Mas, com tantas qualidades, chamam-lhe “o empata”, “o burocrata”, “o carrapata” e outras coisa em “ata”, que não vale a pena pôr em “acta”.

Serapião seráfico, no tempo da “outra senhora”, era um adepto da “revolução na continuidade”. Fazia honra ao nome e lá ia “cantando e rindo”, fechando prudentemente os olhos ao que não era para ver, não fosse estragar os olhos, fechando a boca ao que não era para ser dito, fechando o pensamento ao que não tinha sido pensado pelo “salvador”, nos seus discursos “lapidares” e nas suas “lapidares” definição que, orgulhosamente sós, corriam mundo, dizia-se, para edificação dos minúsculos cérebros lá de fora. Serapião acreditava seraficamente que tudo o que o “big Brother” dizia que não era verdade era mentira.

Tinha muito auto-apreço por esta conclusão genial e proclamava-a de alto, com seriedade, debitando esta descoberta à Pátria, que servia com zelo e modestamente, acrescentava.

Quando começou a cheirar a pólvora, Serapião ia na casa das 30. Apoiava os discursos do “big brother” com “muito bem, muito bem”, “apoiado”, “viva”, “abaixo”, mostrava o emblema dos contra os vermelhos, “pela lei e pela

grei”, achava um gosto picante a ler nos jornais referências aos “desordeiros”, ou, mais finamente, “descuidos” e, no café, saía-se às vezes com comentários fortes: “bem feito, é dar-lhes para baixo!

Se fosse eu que mandasse...”

Mas não mandava, nem realmente queria. A sua natureza era de espectador, de “pernas para que vos quero” quando a coisa cheirava a esturro.

Logo que chegou o 25 e ainda hoje que já lá vão 25 depois do 25, o Seráfico, que nunca viu os seus serviços reconhecidos “por quem de direito”, refugiou-se na carapaça de “ódio de estimação”, a tudo e a todos, riso azedo sobre tudo e todos, ressentimento entre tudo e contra todos e, porque não?

Saudade, mas só do “big brither” que era o único que não discutia Deus, nem a Pátria, nem a família, nem nada, porque detestava discussões, queria era trabalho, trabalho, trabalho, e trabalhava para isso.

A vida do Serapião era mascada de vagar, misto de fel e vinagre. “Ingratos!

Ingratos!” - dizia às vezes, naquelas reuniões dos do “antigamente”, iguais a outra do antes do “antigamente” em que se planeava secretamente o “reviralho”. Eram, nesse tempo, os do contra, contra “a situação”, como chamavam ao regime. Segregavam o mesmo veneno que corroia o Serapião, queriam, no fundo, as mesmas coisas simples que o Serapião queria, alguns iam mais longe, queriam a revolução, ou eram de facto “vermelhos”, comunistas da raiz dos cabelos para cima. Cada um tinha a sua nostalgia do “antigamente” e a saudade do futuro que não vinha já, “amanhã, se Deus quiser...”; e logo os do contra a “padralhada” gritavam: “Qual Deus, qual carapuça! Amanhã, se nós quisermos...!” Bons tempos, Serapião.

Do Big Bang ao Temple One gil ramos

Pouco ou nada se sabe sobre o origem do Universo ou o lugar que ocupámos nesse infindável Cosmos. Como tudo terá começado é uma questão tão antiga quanto o próprio pensamento. O céu, aquilo que normalmente lhe chamamos, outrora morada dos deuses que controlavam o dia e a noite, a luz e as trevas, que sempre fascinou o Homem causando-lhe medo, admiração e curiosidade é afinal uma imensidão de sistemas planetários dividido em milhares de milhões de galáxias, onde o nosso planeta não é mais que um insignificante corpo celeste. Mas o que mais fascinou e inquietou o Homem ao longo dos tempos continua a ser uma incógnita. Como será que tudo começou ? A teoria do Big Bang, aquela que reúne mais consenso, defende que tudo terá começado com uma grande explosão de energia que em poucos segundos se expandiu e arrefeceu de uma forma acelerada. Apareceram os quarks que formaram os protões e neutrões que se combinaram formando os núcleos atómicos de hidrogénio e hélio. Só muito depois apareceram os átomos, a condensação da matéria em galáxias, as estrelas e muitos milhões de anos depois, o Homem.

A ciência, sobretudo a física, está definitivamente instalada, como a mais rigorosa no conhecimento dos fenómenos da natureza. Hoje conseguimos medir distâncias de corpos a milhões de quilómetros só pela cor da luz que irradiam, saber a sua composição e natureza, a que

galáxia pertencem. Se no tempo nos nossos avós a Lua era um enigma, hoje sabemos como era Andrómeda há dois milhões de anos e que o Sol está mesmo ali, à nossa frente, a cento e cinquenta milhões de quilómetros de distância.

Se noutros tempos a teologia e a filosofia gozavam de um importante papel, hoje, ninguém contesta a autoridade e fiabilidade das conclusões da física. Pode-se contestar os seus métodos, as suas correntes, mas, decididamente, estamos na era da ciência.

Ela desempenha um papel dominante e tudo é influenciado por ela. Os países que mais apostam na ciência são hoje os mais ricos do mundo. Mas nem tudo são rosas!

Basta lembrar que os acontecimentos que mais incentivaram e impulsionaram o seu desenvolvimento foi a invenção da bomba atómica, com todos os efeitos nefastos que isso provocou e, mais tarde, as experiências chocantes, em seres humanos, na Alemanha nazi. Esses acontecimentos vieram a despertar as consciências de todo o mundo para o uso irresponsável da ciência, pondo em causa a existência e o próprio futuro da humanidade.

Não sabemos qual o limite da tecnologia, se os seus progressos vão resolver sempre os problemas da humanidade ou, pelo contrário, não estaremos a pôr em risco o bem estar e a felicidade do Homem, no presente e no futuro. Com os elevadíssimos níveis de emissão de dióxido de carbono, pelos países

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mais industrializados, a destruição das florestas, da fauna e da flora, o contínuo, e quase único, recurso às energias não renováveis, os transgénicos e as mutações genéticas, entre outros, estamos certamente a causar danos irreparáveis ao nosso planeta. Numa questão de ética, os desenvolvimentos tecnológicos deveriam respeitar a pessoa humana como um fim, responsabilizando a comunidade científica pelas atrocidades cometidas. Numa questão de direito, isso criará uma nova relação de desequilíbrio dos direitos e deveres entre as nações. Os países mais desenvolvidos exercem o seu poder sobre os mais pobres, pondo em causa a sua soberania nacional. A troco de “paz e democracia”, de que nem conhecem o significado, roubam-lhes as riquezas minerais, criando ainda mais pobreza e mais dependência. É nesses países pobres que são experimentadas as novas vacinas e se alimentam as populações com transgénicos que ninguém quer. É nesses países ricos que se avança para a conquista do espaço e se ensaia a vida em estações espaciais, porque a vida na Terra se tornou insuportável ou porque simplesmente, qualquer dia, não existirá.

A tecnologia e a ciência tornaram-se instrumentos de domínio político e social e podem constituir um dos maiores problemas do nosso tempo, pondo em causa os valores mais profundos da condição humana, como a justiça, a dignidade e a liberdade.

Verão em Portugal, tempo de férias, praia, calor e incêndios...

Por mais que se fale, que se prometam alterações e maior prevenção para o ano seguinte, o flagelo repete-se ano após ano, sem parecer surgir uma solução milagrosa...

Obviamente que a coisa mais natural seria a de se falar em prevenção, limpeza das matas, proibição de queimadas, entre outros “clichés”, que de tão repetidos já estão completamente gastos, e não demonstram grande credibilidade junto da opinião pública.

Assim, segundo a minha opinião de leigo, creio que poderia ser feito algo mais do que o normal lamento sobre terra ardida e a promessa de um futuro verde de esperança.

A primeira coisa a fazer seria nas escolas, com a realização de simulacros, planos de emergência (que são obrigatórios), e que serviriam para a criação de uma consciência cívica desde a infância, e que certamente daria resultados, não no imediato, mas daqui a alguns anos.

Outra atitude a tomar seria a de utilizar outros meios no combate a este flagelo, como por exemplo o aproveitamento da mão-de-obra dos presos, para se fazer a reflorestação, como foi feito há umas duas / três décadas, junto do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, e que estava a ter bons resultados, até ser abandonado o projecto, o que resultou pouco tempo depois num inevitável incêndio. Mas qual o motivo para se ter parado? Não será esta uma boa forma de manter as pessoas que cumprem penas ocupadas e a fazer algo de bom para o país?

Por outro lado, o próprio exército poderia dar uma ajuda, quer na prevenção e limpeza, quer mesmo no combate aos fogos. O orçamento do Ministério da Defesa contempla muitos milhões de euros na compra de equipamentos, que na prática servem para a nossa defesa, mas como Portugal há muitos anos não está em guerra, e se tirarmos as acções humanitárias ou as integrantes das Nações Unidas, onde é que estão, por exemplo, os camiões cisterna e os helicópteros durante os fogos? É muito simples, faltam os acessórios para que estes possam combater fogos e falta a formação dos militares.

Não seria muito melhor comprar equipamentos para adaptar os helicópteros do exército ao combate de incêndios, do que encomendar mais um submarino? E não seria muito mais produtivo formar os militares no combate aos incêndios, do que em repetidos simulacros de cenários de guerra?

Finalmente uma palavra para a comunicação social, que dá um grande destaque a este flagelo, com imagens violentas de grandes incêndios e pessoas desesperadas. É claro que a todos nós esta situação desperta alguma curiosidade, mas tendo em conta que a grande maioria dos incêndios é de origem criminosa, e que é cometida por sujeitos com problemas psiquiátricos ou gente que não actua de boa fé, não seria prudente haver um acordo entre a comunicação social para ser mais comedida, e não mostrar as imagens mais violentas, que para além de informar, são também elas propiciadoras de mais violência / crime, por parte dos incendiários?

Fica aqui aquilo que penso em relação a este assunto que a todos deve preocupar, bem como o meu sinal de respeito e de apreço a todos aqueles que um pouco por todo o país lutam por defender a nossa terra, bem como a demonstração de solidariedade para aqueles que tudo perderam, desde as propriedades, e até mesmo a vida...

maiahoje jornal regional de grande informação

numa banca perto de si...

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

mh

OPINIÃO

«De como há muito mais saber do que o que se recebe na instrução primária» josé augusto maia marques*

Carta ao Director Publicou, no pretérito número de 12 de Agosto de 2005 o Jornal que Vª. Exª. dirige uma caixa com a notícia intitulada «O defeito e o design».

Nela, o Leitor Francisco Assis, expende um conjunto de “desabafos” sobre a apresentação de um relógio em que o número 4 aparece grafado «em romano» como IIII e não como IV. E diz-se, a (des)propósito, que a simbologia IIII é obviamente inexistente, que se enganaram nas estampagem made in china, etc., etc., etc. A «canção» dos coitadinhos a quem tudo acontece…

Como cultor, investigador e ex-docente de Epigrafia e Numismática, gostaria de informar aquele leitor de que o que se aprende na instrução primária não é tudo o que se sabe.

Isto é, o conhecimento é muito mais vasto e muito mais amplo. E passo a explicar.

Os Romanos sempre utilizaram, até época bem tardia, o símbolo IIII para representar o número 4. O que aliás é lógico, já que a filosofia era I, II, III, IIII, V, VI, VII, VIII, VIIII, X, e assim sucessivamente. Esta notação tem uma base idêntica aos «pauzinhos» que se utilizam

na marcação dos jogos de sueca, em que se destacam os «cinco» e respectivos múltiplos.

Só lá pelo século III d.C. é que se começa a utilizar a notação IV, que tem a ver com as operações matemáticas, nomeadamente com a «subtracção subordinada», em que o 4 é visto não como 1+1+1+1 mas sim como 5-1.

No entanto, em muitas circunstâncias, nomeadamente no latim erudito, nas moedas, nas inscrições, nos monumentos, a versão IIII continuou a ser usada até muito tarde.

Na Idade Média, na Idade Moderna e mesmo na época contemporânea, nomeadamente no «romantismo» a grafia IIII, como aliás a VIIII, por 9, é comum, sobretudo nas chamadas inscrições monumentais e, no romantismo, com o regresso ao clássico, começa a aparecer sobretudo nos mostradores de relógios quer das torres quer de mesa, de bolso e de pulso.

Podemos ver isso numa transcrição de uma inscrição do século XIV, em medalhas do Papa Sisto 4º (1414-1484), e em moedas do rei Filipe 4º de Espanha, como esta cunhada em 1645, pouco depois da libertação de Portugal, cujas imagens vão a seguir.

De igual modo observamos a mesma grafia nas páginas de uma Bíblia quinhentista ilustrada por Jerome Nadal ou no anverso de uma moeda de Carlos 4º, de 1720. À medida que entramos no séc. XIX, o «neo-classicismo» não faz diminuir os exemplos, antes pelo contrário. Veja-se o caso

Carta aberta a João Santos João Santos foi com alguma tristeza e revolta que no Maia Hoje, tomei conhecimento do conteúdo do teu “blog”, pelo que tenho que te dizer umas verdades.

Tu (hás-de desculpar-me tratar-te assim, mas ganhei esse direito porque conheci bem o teu pai, que Deus o tenha em eterno descanso, era uma excelente pessoa, respeitável, dos primeiros militantes do PS da Maia e Presidente da Assembleia Municipal da Maia eleita após o 25 de Abril), não és o responsável máximo como Coordenador da Secção do PS Maia? Ainda hoje, pelo que sei, não pediste aos Órgãos respectivos a tua demissão!

Já agora diz-me, como coordenador, quantas reuniões convocaste com os militantes?... Estou em crer que durante todo este tempo nem dez por cento dos militantes da tua Secção conheces, nem eles a ti. Mas a culpa não é só tua, é de quem te lançou para esse Cargo e não te acompanhou porque eras e és ainda muito jovem e sem qualquer experiência da vida e em especial da vida democrática.

Desconheço se há ou não uma dívida da Secção PS da Maia de 1500 Euros (300 contos); a ser verdade e a haver, o que fizeste como Coordenador dessa Secção para a sua resolução? Falaste com os teus Camaradas da Secção ou outros para a resolução desse problema? Em parte as instalações da antiga sede da Secção da Maia não foram cedidas a um Grupo Folclórico para os ensaios e exploração do Bar? houve contrapartidas? Ajudaram pelo menos no pagamento da Luz e da água?

Durante estes últimos meses na preparação das Listas para as Autárquicas, alguma vez te preocupaste com os Candidatos às diversas Assembleias de Freguesias da tua área de actuação (Secção da Maia), Vermoim, Nogueira, Maia entre outras? Não, porque disseste que não conhecias os militantes, mas mesmo assim nunca pediste qualquer apoio a outros Camaradas que tivessem esses conhecimentos, não foi por isso que o Secretariado da Comissão Política teve que chamar a si o Processo?

Diz-me: Não ficaste de (pelo menos na freguesia da Maia), tentares formar uma lista de acordo com os parâmetros definidos na Comissão Política? E o que fizeste? Nada...

Numa reunião, não convocada por ti como devia ser, para discutir uma eventual lista com os militantes e outros (independentes) da Maia (convocada porque o tempo urgia pela Comissão do Secretariado das Autarquias PS da Maia), apresentaste-te nessa reunião como Candidato a Presidente da Junta da Maia?

Não disseste que era com grande sacrifício

e esforço que irias encabeçar a lista e ainda impuseste condições (que seria composta por pessoas que todos desconheciam, sendo quase todos independentes), depois de já saberes que já tínhamos um Candidato que é conhecido na Maia e com perfil que ninguém pós em causa?

Todos sabemos que o Candidato do PS a Presidente da Câmara Municipal da Maia é o Dr. Jorge Catarino, com mais de 90% dos votos legítimos, mas mesmo assim tentaste por todos os meios fazer parte das listas, em especial à Assembleia Municipal e nos primeiros lugares elegíveis? Reuniste a tua Secção para esse efeito como Coordenador? Estou convencido que não. Como sabes conheço 98% ou mais dos militantes do Concelho da Maia, porque sou um dos militantes mais antigos e sempre servi o PS em todas as Campanhas Eleitorais. Fui Coordenador durante vários anos de uma das maiores Secções do PS da Maia e nunca pedi nada em troca. Foramme oferecidos vários lugares tanto nas listas Candidatas a anteriores eleições para a Câmara e Assembleia, mas sempre declinei, tentando nos últimos anos lançar a Juventude porque penso que serão o futuro do PS e quiçá do país. Não quero com isto dizer que os mais idosos não tenham evoluído e acompanhado a evolução dos tempos. Penso que os jovens, se possível, devem sempre ser acompanhados pelos mais velhos, para lhe darem algum contributo com a sua experiência.

Fiz parte da Comissão Nacional do PS no tempo de entre outros do Dr. Victor Constâncio, por indicação da estrutura a que pertencia na altura e pela Comissão Distrital de que fiz parte em diversos mandatos.

Fui candidato a candidato a Presidente da Câmara há já alguns anos atrás, mas através do voto secreto interno do PS, em Comissão Política, perdi por 2 votos. Aceitei a derrota, mas a democracia tem destas coisas. O que faria o João Santos perante tal situação? Por mim, continuo como sempre leal aos meus princípios, quanto aos outros não sei o que fariam, ou não o desejo saber!

Como Socialista não estive somente ligado à área da Política Partidária. Fui fundador de uma das Maiores Cooperativas de Habitação do País, tendo construído centenas e centenas de habitações tanto no Concelho da Maia como em outros vizinhos. Falo da COOPERMAIA, Cooperativa de Habitação Económica da Maia que inicialmente era conhecida pela Cooperativa dos Socialistas, porque sem dúvida, foram em grande parte os socialistas que a fundaram, sendo durante muitos anos Presidente de

Direcção entre outros cargos. Nunca tive qualquer remuneração para servir os que necessitavam de casa. Na época para se ter casa própria não havia muitas alternativas. Foi também, fundador da FENACHE - Federação Nacional das Cooperativas de Habitação e da União das Cooperativas do Norte. Ajudei na criação de outras Cooperativas de Habitação como a dos Serviços Municipalizados da Maia e a da Siderurgia da Maia entre outros por esse País.

Fui o primeiro Presidente do Conselho Municipal da Maia em representação das actividades económicas, culturais e desportivas do Concelho que hoje não existe.

Na área do Desporto e Cultura fui vicepresidente do Futebol Clube da Maia, onde ainda sou um dos sócios mais antigos; estou ligado aos Órgãos Sociais da Associação Desportiva e Cultural da Coopermaia, onde fui durante vários anos seu Presidente de Direcção, tendo sido agraciado por serviços prestados pela actual Câmara Municipal da Maia, onde não estive presente por razões várias.

Eleito como o seu falecido pai às primeiras Eleições Autárquicas livres após o 25 de Abril, para a Câmara Municipal da Maia, onde, na altura exerci o lugar de Vice – Presidente, o que muito me honrou na época, fica sabendo que o Vencimento era simbólico, não havia viaturas distribuídas aos Vereadores, nem outros subsídios ou outras cabalas. A minha viatura pessoal andava constantemente ao serviço da Câmara, sem qualquer contrapartida. Eram outros tempos, era o amor à causa Pública. Os Presidentes das Juntas desse tempo, que me merecem muito respeito, tanto os do PS como os PSD, somente tinham umas senhas de presença simbólicas das reuniões.

Hoje sem dúvida há muita gente a cobiçar esses lugares sem qualquer preparação tanto política como académica, mas em todos os Partidos Políticos. Actualmente, o caso mais gritante é o do Funcionário Fantasma, ExVereador pela APU (Aliança Povo Unido, afecta ao PCP) que depois se passou para a Direita e assim receber da Câmara da Maia, milhares de Euros sem qualquer actividade como tem sido mencionado em vários Órgãos da Comunicação Social, entre outros para pagar favores aos instalados no PODER NA MAIA há mais de 25 anos. Tu, João Santos nunca te preocupaste com isto!!!

Honra-me ter feito parte da Primeira Câmara eleita: Lançamos a primeira e segunda fase do Edifício da Actual Câmara Municipal (inaugurada pelos executivos liderados pela coligação

de variadíssimas edições, um pouco por toda a Europa, e de moedas em cobre dos reis Jorge 4º (1821) e Guilherme 4º (1834), e neste belo exemplar em ouro deste último monarca.

Mesmo fora deste âmbito «historicomonumental», encontra-se a grafia IIII por 4 e VIIII por 9 nos mais diversos contextos. É ver por exemplo as cartas de Tarot dos séculos XIX (esq.) e XX (dir.) que reproduzimos abaixo…

Para terminar, vamos aos relógios.

Incluo abaixo vários exemplos das marcas mais consagradas do mundo, de relógios com a grafia dos apresentados no folheto do Lidl.

Estes não estão enganados nem são feitos na china…

*cultor, investigador e ex-docente de Epigrafia e Numismática

josé manuel azevedo*

PSD/CDS, que em nada contribuíram para a sua execução), podendo ser comprovada por revistas e jornais da época tendo a sua maqueta sido exposta no antigo Edifício da Câmara Municipal no seu Salão Nobre.

As tão faladas Zonas Industriais da Maia, foram igualmente lançadas nessa época com as principais artérias de ligação e a implantação de algumas industrias, que vieram contribuir para o engrandecimento do NOME DA MAIA, que foram aproveitados pelos sucessivos executivos da coligação de direita PSD/CDS, mas que o PS Maia não soube capitalizar a seu favor.

Nessa altura, pela primeira vez, houve um Festival Internacional de Folclore, pois a Maia tem boas raízes e a nossa gente da Maia soube recebe-los com carinho.

Execução de várias Obras que há décadas as Freguesias necessitavam delas em conjugação com as Juntas de Freguesia. Adquiriram-se vários terrenos em diversas Freguesias para Novas Escolas Primárias, Secundárias e lançamento da construção de algumas. Efectuou-se a cobertura de alguns Pavilhões Desportivos como: Aguas Santas, Castelo da Maia e Ardegães entre outros. Deu-se apoio às Colectividades do Concelho de acordo com as suas actividades e com as suas necessidades, analisadas por uma Comissão Eleita entre as Colectividades e Coordenada por pelo Vereador do Pelouro que era nem mais nem mesmo a pessoa que te escreve estas linhas. Fomos das primeiras Câmaras do País a descentralizar com as Juntas de Freguesia, colocando à sua disposição verbas avultadas para a época 1976 a 1979, porque a Câmara nessa altura o Orçamento era pouco mais de 200 contos.

Nesse tempo era Presidente da Câmara da Maia o actual CANDIDATO PELO PS, Dr. Jorge Catarino. Não quero com isto dizer que Jorge Catarino foi um excepcional, quem não erra, mas actualmente pelo que se vê por essas Câmaras Municipais foi bom Presidente, limitado pelas verbas ao seu dispor (não havia assessores como hoje e onde se pagam Ordenados elevadíssimos a Coadjuvar tanto Presidentes como Vereadores).

Caro Camarada e amigo, se assim te posso chamar, julgo que os teus amigos e camaradas te merecem mais respeito. Cheguei à conclusão que a tua ambição é desmesurada e nada fazes para merecer. Desejo-te as maiores felicidades no teu futuro que se concretize o mais breve possível mas sem atropelar seja quem for. Até Breve *Membro da Comissão Política do PS Maia

«Não passa pela cabeça de ninguém subir de divisão» José Paulo, treinador do FC Pedras Rubras, em entrevista ao MaiaHoje, apontou os objectivos para a época que se inicia na próxima semana, “trazendo à terra” os mais sonhadores e optimistas. «Queremos fazer um campeonato tranquilo e seguro», afirma. Treinou, praticamente, todas as camadas jovens do FC Pedras Rubras. Com a subida dos seniores aos nacionais experimentou a condição de treinador adjunto. Agora prepara-se para abraçar um desafio, talvez, mais estimulante e exigente: o de técnico principal.

TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: CARLOS BARRIGANA

MaiaHoje (MH) - Quando é que a direcção lhe endereçou o convite para técnico principal?

José Paulo (JP) - Convidaram-me no fim da última época.

MH - O que é que lhe pediram quanto a objectivos competitivos?

JP - Não fugiram daquilo que têm pedido em anos anteriores. A estrutura de um clube cada vez acarreta mais encargos e, portanto, o objectivo passa por manter o Pedras Rubras na II Divisão Nacional e aproveitar, sempre que possível, um ou outro jogador com valor que surja dos escalões jovens. A manutenção já seria uma vitória.

MH - E o José Paulo, fez algum pedido à direcção?

JP - Nada. Estou aqui por gosto e amizade. Já recebi alguns convites, mas preferi continuar, visto que nunca pensei fazer vida activa do futebol.

MH - Que Pedras Rubras se terá esta época?

JP - Houve muitas aquisições.

Titulares ficaram, apenas, três jogadores da época passada. Vamos ter uma equipa com um misto de jogadores experientes como é o caso do guarda-redes José Carlos, que estava no AC. Viseu, tendo passado pelo Setúbal e Paços de Ferreira; Marin, Ricardo Jorge e Peixe - e jogadores jovens.

MH - Relativamente a reforços, ainda espera mais algum jogador?

JP - Falta um avançado. O Peixe é um excelente cabeceador, mas apresenta-se pouco móvel em campo. Estamos à procura de um atleta com outras características; mais rápido, que faça mais diagonais, que possa integrar outros esquemas tácticos.

MH - Como é que vai montar a sua equipa?

JP - Quero uma equipa consistente, inteligente e dinâmica. Pretendo que ocupem bem os espaços e que pensem e executem rápido. É isso que lhes peço

quase diariamente. Vai demorar o seu tempo, visto que a equipa é nova. É preciso ter paciência. Todavia, já se notam melhorias e estou convencido que quando o campeonato começar estaremos em condições de dar muito melhor resposta. Depois, tanto poderei montar a equipa em 4-4-2, jogando com dois avançados; ou 4-2-3-1. O que não quer dizer que não possa vir a alterar o sistema, por exemplo para três centrais.

O Ricardo Rocha jogava assim no Infesta.

MH - Como avalia a série em que o Pedras está inserido?

JP - Na minha perspectiva deverá ser a mais equilibrada de todas. Olhando para as equipas que a compõem, da zona norte, englobando algumas do centro, será, creio, a mais competitiva.

MH - Q uais c onsidera s erem a s favoritas à subida?

JP - São as que se assumem e perfilam como tal, casos de Lousada, Dragões Sandinenses, Sporting de Espinho e depois alguma que se intrometa, um “outsider”, como no ano passado o foi o Infesta. Certamente que destas sairá o vencedor.

MH - Então e o Pedras Rubras!? Está totalmente fora dessa luta?

JP - Totalmente. O nosso objectivo é pura e simplesmente a manutenção. A perspectiva é fazer sempre melhor, mas não passa pela cabeça de ninguém alcançar a subida. Queremos fazer um campeonato tranquilo e seguro.

MH - Com o novo estádio, espera que os a paniguados d o P edras R ubras apareçam mais nos jogos?

JP - Esperamos e desejamos que as pessoas regressem gradualmente. Passei pelas euforias todas das subidas e sei que ao clube cabe uma cota parte em atrair os adeptos. Equipa técnica, directores e jogadores devem trabalhar para chamar mais pessoas aos jogos. Lembro-me que numa partida importante que tivemos com o Dragões Sandinenses, cerca de metade da população de Moreira e Vila Nova de Telha esteve em Sandim. Por outro lado, os sócios também devem procurar ajudar o clube.

Avançado ainda por conhecer O FC Pedras Rubras realizou o seu jogo de apresentação aos sócios e apaniguados na quarta-feira frente ao FC Maia. Uma das dúvidas que muitos esperavam ver resolvidas era o nome do avançado. Calú, jovem francês de 19 anos de idade, que na época

transacta jogava no Tourizense - também da II Divisão - continuará à experiência, mas outros atletas deverão ser observados para essa posição. O eleito será encontrado nos próximos dias e então aí o plantel ficará encerrado.

Futebol Clube de Pedras Rubras - Época 2005/2006 Nome Rui Sérgio Felício José Carlos Romeu Dinho Hélder Borges Rui Silva Muca Marin Ricardo Jorge Amado Ricardo Rocha Tó Jota Peixe Paulo Muandumba Boris João Paulo Hudson Hugo Teixeira Gabriel

Idade 22 anos 19 anos 34 anos 29 anos 24 anos 26 anos 20 anos 23 anos 32 anos 29 anos 26 anos 22 anos 23 anos 31 anos 29 anos 23 anos 19 anos 27 anos 27 anos 20 anos 26 anos

Posição Clube Anterior Guarda-redes Canelas Gaia Guarda-redes Júnior FC Pedras Rubras Guarda-redes Ac Viseu Médio centro FC Pedras Rubras Médio centro FC Pedras Rubras Defesa esquerdo FC Pedras Rubras Médio centro FC Pedras Rubras Avançado FC Pedras Rubras Defesa central FC Pedras Rubras Trinco FC Pedras Rubras Defesa direito FC Pedras Rubras Defesa central FC Infesta Extremo CC Taipas Defesa esquerdo GD Ribeirão Ponta de Lança Estarreja Avançado Gafanha Defesa central Thouars FC (França) Avançado CD Trofense Médio centro EC Iguaçu (Brasil) Defesa central Custóias FC Trinco FC Bravos Maqui (Angola)

Chefe do Departamento de Futebol - António Oliveira • Treinador Principal - José Paulo Treinador Adjunto - Pedro Maia • Médico - Paulo Maia • Massagista - José Manuel Técnico Equipamentos - Felisberto Cardoso • Motorista - António Esteves pub

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mh

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

DESPORTO

FC Maia não estará de férias no Algarve Depois de uma má entrada no campeonato - derrota 1-2 com o Varzim - há que acertar o passo e de preferência já nesta jornada, frente ao Olhanense.

TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: RAUL SILVA

Foi uma entrada com o pé esquerdo na Liga de Honra. A equipa maiata demonstrou alguma falta de entrosamento em determinadas alturas do jogo e não se deu muito bem com a situação de estar a vencer.

O Varzim, sem fazer “muito barulho”, veio a Terras do Lidador e levou no “bornal” os preciosos três pontos.

A equipa poveira, orientada por um treinador já com tarimba de Liga de Honra (Horácio Gonçalves), ocupou bem os espaços e na hora certa desferiu dois “golpes” que acabaram por abanar com a formação do Maia.

A equipa da casa até esteve em vantagem, graças a um golo de Topas - o melhor do Maia - aos 30 minutos, no seguimento da marcação de um livre.

Todavia, a equipa como que se encantou com essa situação, permitindo que o adversário desse a volta ao marcador em apenas 7 minutos, com o segundo golo a ser muito consentido.

Ferreirinha explanou a equipa no terreno num género de 4-2-3-1, por vezes no directo 4-4-2, com Cássio a ser o jogador mais adiantado. Procurou, ainda, valer-se da polivalência de jogadores como Topas e Artur Futre, que tanto fazem os extremos, como se podem posicionar no centro. Tratou-se de um aproveitamento da “matéria prima” que tem ao dispor.

Ao intervalo colocou o David Mateus que também é capaz de fazer diferentes posições, género “box-to-box” (leva o jogo da defesa ao ataque). Por isso, durante a segunda parte, este médio centro pisou terrenos de lateral direito.

Tribunal Judicial da Maia 5º Juízo Praça Dr. José Vieira de Carvalho 4470-202 Maia Telef: 229438930 Fax: 229444473 correio@maia.tc.mj.pt

Anúncio Processo: 1049/2002 Execução Ordinária N/Referência: 1951017 Data: 08-07-2005 Exequente: Pedro Alexandre Martins Alves Executado: Maribela da Silva Duarte e outro(s)...

Correu éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens penhorados ao(s) executado(s) abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da segunda e última publicação do presente anúncio.

Bens penhorados: TIPO DE BEM: Outro direito DESCRIÇÃO: Direito e da acção à herança ilíquida e indivisa.

PENHORADO EM: 14-01-2003 00:00:00 PENHORADO A: EXECUTADO: Maribela da Silva Duarte.

Documentos de identificação: B.I. 12284142, NIF 210960922, Endereço: R. das Escolas, Nº 154, S. Pedro, 4425-518 S. Pedro de Fins.

O Juizo de Direito, Dr. António Paulo D. Seguro O Oficial de Justiça, Beatriz Macedo jornal Maia Hoje • Edição n.º 136 • 26/08/05

O Maia acabou por ter mais posse de bola na etapa complementar, se bem que, quer-nos parecer, esse aparente domínio foi consentido pelo Varzim que, apanhando-se em vantagem, quis segurar as movimentações na sua defesa.

Por isso, a jogada de verdadeiro perigo que se viu na segunda parte, do lado do Maia, só aconteceu ao 73 minutos, quando Alex Garcia apareceu isolado pela direita rematando para fora.

Nos últimos 5 minutos do jogo, Ferreirinha apostou no “tudo ou nada” com a entrada de Neto e de Nuno Silva mas de nada adiantou.

De referir, contudo, um lance muito duvidoso na área de Varzim. Marcão pareceu-nos empurrado, o que significa dizer que ficou um penálti por assinalar.

Reforços, obras e o Olhanense No final da partida, os estados de espírito dos treinadores eram, naturalmente, diferentes. Horácio Gonçalves referiu que o resultado até poderia ter sido mais dilatado, deixando para os outros o papel de candidatos à subida.

Ferreirinha elogiou os seus jogadores, falando em alguma falta de sorte e em facilidades permitidas após a obtenção do primeiro golo do encontro; «A estrelinha não esteve do nosso lado. Após a marcação do nosso golo, tivemos oportunidades para facturar por mais duas ou três vezes.

Facilitamos e acabamos por sofrer».

O técnico maiato destacou que a equipa

Maia ultrapassado pelo Varzim na primeira jornada

ainda está em construção e assumiu a necessidade de mais contratações; «Queremos reforçar o Maia, mas para virem jogadores têm que ser verdadeiras maisvalias».

Por sua vez, o presidente do clube, Francisco Vieira de Carvalho, afirmou na quarta-feira que, no máximo, serão contratados mais dois jogadores, os quais deverão estar por horas.

Há várias hipóteses em cima da mesa, do mercado português e brasileiro.

Jogadores que já seriam bem vindos na segunda jornada que se disputa este Domingo. O Maia fará uma longa deslocação até ao Algarve e certamente que não será para passar férias.

Frente ao Olhanense, Ferreirinha faz apenas uma promessa; «Os meus jogadores vão deixar tudo o que têm em campo».

O técnico diz já ter estudado o adversário e que está a pensar na melhor forma de reajustar o Maia, num jogo que reconhece ser difícil; «Temos que trabalhar muito mais que o adversário para recuperar os três pontos que perdemos em casa», refere confiante.

Entretanto, continuam as obras da Câmara Municipal no estádio com o objectivo de cumprir com as exigências da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Depois de uma vistoria realizada ao recinto com a presença das diferentes partes interessadas, constatou-se que, apesar das obras já estarem no terreno, não será para breve a sua conclusão, nomeadamente os balneários do público e numeração da bancada.

Mais uma vez a Liga “vai fechar os olhos” para a presente época, mas já fez exigências obrigatórias para a próxima.

Inter-d de-M Milheirós apresentou-sse aos sócios e promete honrar a camisola Ainda faltam três vagas por preencher.

TEXTO: JOSÉ MATOS FOTO: CARLOS BARRIGANA

Depois de uma apresentação formal e pedagógica, que teve lugar no auditório Venepor, há cerca de dois meses atrás, eis o Inter de Milheirós Futebol Clube como os sócios e simpatizantes mais gostam, ou seja dentro do campo de futebol a correr atrás do esférico.

O adversário que serviu para dar a conhecer a equipa milheiroense foi o “vizinho e amigo” União de Nogueirense Futebol Clube. A festa estava então prometida. À última hora foi apresentado mais um reforço, o médio Bruno Miguel, ex-Mocidade

Invicta.

Segundo o Presidente do clube, Paulo Costa, restam mais três vagas por preencher: um guarda-redes, um médio e um avançado.

Provavelmente, para o Quadrangular “Bragança Fernandes” o plantel já estará fechado.

Para a época 2005/2006 o discurso do líder do Inter não difere muito dos anos anteriores; «Disputar cada jogo como se de uma final se tratasse, honrar a camisola, sem estar a pensar em subidas».

O clube apresenta-se esta época com uma média de idades muito jovem, a rondar os 23 anos.

Inter de Milheirós Futebol Clube 2005/2006 Atletas que transitam da época anterior: Sérginho (capitão), Franklin, Hugo, Pimenta, Osvaldo, Pedro Ferraz, Ivo e Leitão.

Juniores que sobem à equipa principal: Márcio e Nuno.

Aquisições: Guarda-redes - Noé (ex-FC S. Romão) e Pedro (ex-Júnior FC Maia); Defesas - Doro (ex-FC S. Romão), André (ex-Água Longa), Valente (exLus. Stª Cruz); Médios - Miguel (exÁgua Longa), Rui (ex-Cultural das Antas) e Bruno Miguel (ex-Mocidade Invicta); Avançados - João Pina (exMedense) e Silva (ex-GD Amizade).

mh

DESPORTO

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

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Vitória caseira Primeira edição do Quadrangular do União Nogueirense terminou em festa com a vitória no evento a recair sobre a equipa da casa que derrotou o Ermesinde na final.

AMM

O recém inaugurado Estádio Municipal de Nogueira já recebeu a sua primeira competição com a realização da primeira edição do Torneio Quadrangular do União Nogueirense Futebol Clube.

Tendo como participantes as formações do Alfenense, Pedras Rubras, Ermesinde e do próprio Nogueirense, a competição desenrolou-se ao longo de três dias.

Vários objectivos presidiram à iniciativa, nomeadamente «dar oportunidade às equipas para se defrontarem e mostrarem o seu potencial», além de dinamizar o equipamento desportivo recentemente inaugurando, acrescentou ainda o Presidente do Nogueirense, Nogueira dos Santos. Em suma, «foi um bom torneio. Correu tudo bem, já que estamos habituados a estas organizações», finalizou o responsável ainda para mais com a vitória da equipa da casa num jogo onde beneficiou de mais lances de perigo, justificando o Troféu.

Uma referência para uma iniciativa paralela que se tornou um marco nas actividades do Nogueirense, com o já tradicional cortejo da vaca, onde os participantes são convidados a apostar no provável local de um campo onde o referido animal defecará. Depois de algum tempo, os ansiosos espectadores viram a sua espera terminada com a vaca a fazer aquilo por que todos aguardavam, rendendo um prémio de 500 euros ao vencedor.

A equipa da casa mostrou-se mais forte que o adversário

Jogos disputados Dia 12 (21h15): Pedras Rubras - Ermesinde (gp 4-5)

Dia 13 (21h15): Nogueirense Alfenense (4-1)

Dia 15 (16h): 3º e 4º lugares Pedras Rubras - Alfenense (2-0)

Dia 15 (18h): Final - Nogueirense - Ermesinde (2-1)

Folgosa sagra-sse campeão da “2ª Distrital” Formação folgosense venceu o Campeonato da 2ª Divisão Distrital ao fim de duas mãos, derrotando o Paço de Sousa.

Depois de um mês e meio de impasse, o Folgosa sagrou-se campeão da 2ª Divisão Distrital da Associação de Futebol do Porto. O título decidiu-se ao fim de duas eliminatórias frente à equipa do Paço de Sousa. No primeiro encontro, a equipa folgosense a jogar em casa, não foi além de um empate a duas bolas. Na segunda mão a história foi diferente, com a formação maiata a golear o Paço de Sousa por quatro bolas a uma, garantindo assim a conquista do título de campeão da “2ª Distrital”, um feito inédito na história do clube.

Quanto à próxima época continuam os preparativos, com o início do campeonato da 1ª Divisão Distrital marcado para 4 de Setembro. A aposta irá para a “prata da casa” com a subida de alguns juniores promovidos ao escalão principal.

Apesar da proximidade da data apontada, existe ainda alguma indefinição no calendário de jogos e na série a que pertencerá o Folgosa, dada a desistência do Melres. pub

mh Jovem par maiato “brilha” ISMAI ao som do Mambo-S Salsa 24

DESPORTO

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

Dois primeiros lugares, concorrendo a nível nacional.

JOSÉ MATOS

Emanuel Barreto Guerra e Yuliya Kozushanova são já uma referência nacional nas danças de salão.

Juntos há cerca de um ano, estes jovens - a residir e a estudar na Maia - têm obtido boas performances pelos vários pavilhões do país em que são disputados festivais de Danças de Salão e Latino-Americana da responsabilidade da APPDSI (Associação Portuguesa de Professores de Dança de Salão Internacional), em representação da escola portuense “Arrasta o Pé”, no escalão “Novice B”.

Mais recentemente, voltaram a encantar público e o júri, em Cascais e na Póvoa de Varzim. No primeiro festival conseguiram um primeiro lugar em Mambo-Salsa (entre 20 pares) e dois

segundos lugares (em Latinas e Modernas).

No festival nortenho (que decorreu no Multiusos), o par repetiu o primeiro lugar em Mambo-Salsa. Não disputou as áreas Latinas e Modernas por falta de pares competidores.

As atenções estão, agora, centradas no campeonato nacional que irá ter lugar em Cascais - Pavilhão da Escola de Parede - em Outubro.

Emanuel Guerra tem a responsabilidade de defender o título que conquistou no ano passado, na altura com outra “companheira”. O objectivo é ser primeiro... e não só no Mambo-Salsa, vertente em que o par tem mostrado principal aptidão; «Temos que trabalhar bem todos os estilos. Queremos chegar ao título nas diferentes danças», referiu um confiante Emanuel Guerra. Boa sorte.

assume andebol do FC Maia

Associação Desportiva Académica do ISMAI vai disputar a I Divisão Nacional.

JOSÉ MATOS

Os direitos desportivos da secção de andebol do FC Maia passaram para a Associação de Estudantes do ISMAI, implicando não só a competição sénior, mas também todos os escalões de formação.

O acordo entre as partes foi alcançado e o protocolo assinado durante a apresentação do projecto desportivo em conferência de imprensa. O prazo limite para a formalização do acordo era a corrente semana, em virtude da necessidade da entrega do processo na federação, com quem já está tudo acertado.

Na prática nasce um novo clube de andebol na Maia, que ficará designado por Associação Desportiva Académica do ISMAI, organismo autónomo que funcionará em moldes idênticos aos da Associação Académica de Coimbra.

No sorteio que a federação realiza no dia de hoje já constará o nome da equipa do ISMAI. A situação tornou-se possível visto que a modalidade no FC Maia caminhava para a extinção. O clube nem entregou a declaração à federação, o que permitiu aos atletas ficarem livres. Alguns já estão, inclusivamente, a treinar noutras equipas.

De acordo com o assessor pedagógico do ISMAI, Mário Gouveia, esta opção «permite a continuidade do andebol na Maia», com o clube a passar a disputar a I Divisão Nacional, em virtude da descida da

equipa do FC Maia na época passada.

Este responsável defende, ainda, que a contratualização dos direitos desportivos deixa as portas abertas à aposta em outras modalidades. A filosofia competitiva será a pedagogia; «queremos implementar uma nova postura no andebol e desenvolver um trabalho com base científica, optimizar os recursos humanos. O clube deve funcionar como um laboratório de desenvolvimento desportivo, filosofia que queremos ver a nível nacional», adianta Mário Gouveia.

A comissão instaladora é constituída por Nuno Montenegro, Paulo Sá, Mário Santos, Carlos Resende (atleta internacional) e Miguel Pedroto (presidente da Associação de estudantes). O primeiro será o coordenador geral do clube, ao passo que Mário Santos assumirá a coordenação da formação. O treinador da equipa sénior é Paulo Sá.

Neste momento, a Associação Desportiva Académica do ISMAI encontra-se a construir o plantel, missão que se afigura complicada uma vez que a maioria dos jogadores profissionais já trabalha noutros clubes. O técnico Paulo Sá não se quis adiantar muito, afirmando apenas que estão a decorrer várias conversações.

Numa equipa que será formada por 15 atletas, actualmente apenas existem seis confirmados. A saber: Mário Monteiro (ex-FC Maia), Bruno Nogueira (ex-FC Maia), Bruno Soares (ex-FC Maia), Diogo (ex-Macieira), Marco Mateus (ex-Sanjoanense) e Pedro Vilaça (ex-ABC). foto arquivo

Emanuel Barreto Guerra e Yuliya Kozushanova encantaram

FC Maia deixa o andebol, com a modalidade a continuar... no ISMAI

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mh

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

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No jogo entre Fran Perez e Cândido Barbosa... deu Roleta Russa Vladimir Efimkin, da Barloword, surpreendeu tudo e todos com aquela chegada a Fundão na 3ª etapa, levando a amarela até Viseu.

Manuel Zeferino, da Milaneza-Maia, referiu que quem «luta para vencer tudo corre o risco de não conquistar nada», criticando a organização pela não chegada à Serra da Estrela.

Milaneza-Maia ingressando na equipa da Illes Ballears, apresentando-se já disponível para o desafio da Volta a Espanha. O acordo foi considerado bom para as três partes envolvidas.

Manuel Zeferino defende que não seria justo impedir a transferência; «O Fran precisa de uma equipa que lhe dê outros horizontes, não lhe podíamos cortar as pernas».

A equipa maiata encontra-se, agora, atenta ao mercado e colocam-se várias

JOSÉ MATOS

As apostas estavam feitas e não fugiam muito de dois nomes: Francisco Perez, da Milaneza-Maia, e Cândido Barbosa, da LALiberty.

Os dois ciclistas até se apresentaram fortes, com o português a conquistar etapas e o espanhol da equipa maiata a brilhar na Serra da Estrela.

Mas foi exactamente nessa terceira etapa, que ligava Lousã a Fundão, que a Volta, veio-se a confirmar no fim, ficou decidida.

Qual seta russa, o jovem Vladimir Efimkin, da Barloword, com apenas 23 anos de idade, foi por ali fora sem ninguém lhe prestar muita atenção. “Acabará por vacilar”, pensaram as outras equipas. Puro engano.

Embora tenha visto a sua vantagem de 2.08 reduzida para 34 segundos, com Cândido Barbosa desesperado a fazer um final de Volta num esforço surpreendente, empurrado por uma repentina “paixão lusitana”, o certo é que a vitória final não lhe fugiu.

Cândido provou ser o ciclista mais forte na edição de 2005, mas apenas ficou com esse título moral, uma vez que a consagração final ficou com o russo, o qual se valeu de ser um atleta desconhecido do pelotão nacional.

A esperança maiata em Francisco Perez ruiu na 8ª etapa, na subida à Srª da Graça, dia mau para o ciclista murciano, que fraquejou por desidratação.

Acabou por ser uma edição de desilusão para a equipa da Milaneza-Maia, que nos últimos cinco anos conquistou três Voltas.

Manuel Zeferino, Director Desportivo

hipóteses. Chegou-se, mesmo, a falar no jovem vencedor da Volta a Portugal, Vladimir Efimkin. Manuel Zeferino não confirma essa hipótese e, embora reconheça méritos ao russo, realça que «existem muitos outros valores no mercado».

Quase sem parar, a Milaneza-Maia corre já este fim-de-semana no Grande Prémio Barbot. De 9 a 11 de Setembro disputa o Grande Prémio Vinhos de Estremadura.

da equipa, em entrevista ao MaiaHoje um mês antes da prova, já tinha referido que a 3ª etapa poderia definir muita coisa, talvez não esperasse que definisse tudo. Não deixou, contudo, no balanço da Volta, de criticar a organização por causa dessa etapa; «Premiou pela positiva o corredor russo, mas dominou pela negativa a não chegada à Serra da Estrela. Desvirtuou-se a história da Volta a Portugal».

Quanto à surpresa da fuga de Vladimir Efimkin, o responsável pela Milaneza-Maia afirmou que se não fosse a pronta reacção da sua equipa, a Volta poderia, de facto, ter ficado aí arrumada; «Se não fosse o ataque do Fran, o ciclista da Barloword chegaria a Fundão com 6 a 7 minutos de vantagem».

Na Srª da Graça, veio então a desilusão; «A equipa estava a trabalhar toda para o Fran, com confiança, mas ele teve um dia muito mau, em que fraquejou por desidratação. Alimentou-se mal», comenta Manuel Zeferino.

No final, nem uma camisola para contabilizar, o que para uma equipa como a Milaneza-Maia é frustrante. O director desportivo mostra-se, no entanto, satisfeito com o trabalho realizado pelos seus homens; «Quem luta, do primeiro ao último dia, para vencer tudo, corre o risco de não conquistar nada».

Fran Perez muda-se para as Illes Ballears e corre na Vuelta Finda a mais importante competição de ciclismo em Portugal, verificaram-se algumas movimentações, com a mais relevante a acontecer com Francisco Perez.

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mh

sexta-feira 26 de Agosto, 2005

DESPORTO

CAC leva a cabo mais um Torneio de Futsal O Clube Amigos de Corim vai realizar de 3 a 18 de Setembro, mais uma edição do Torneio de Futsal, desta feita a oitava. Com lugar no Pavilhão Municipal do Corim, esta competição dedicada ao escalão sénior masculino,

está neste momento com as inscrições abertas até ao próximo dia 30 de Agosto. O número máximo de equipas é de oito, sendo que os interessados podem contactar a organização através do número de telemóvel 936035035.

Arsenal Clube de Parada leva a cabo captações O clube de Águas Santas vai levar a cabo a partir da próxima terça feira, 30 de Agosto, captações para a modalidade de Futsal. A iniciativa vai ser levada a cabo no Pavilhão de Ardegães, às terças e quintas a partir

das 21h45. Estas captações destinamse aos nascidos em 1987, 1988 e 1989, sendo que os interessados podem dirigir-se ao Pavilhão à hora indicada ou à sede do clube às 21h15, nos mesmos dias.

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sexta-feira 26 de Agosto, 2005

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Novo Astra TwinTop: coupé-ccabrio elegante com quatro lugares Estreia mundial no Salão Automóvel de Frankfurt A Opel vai estrear no Salão de Frankfurt o seu novo “coupé-cabrio”. O Astra TwinTop é o quarto modelo independente da nova geração Astra, seguindo-se aos lançamentos dos Astra sedan, Astra Caravan e Astra GTC. O novo Astra TwinTop vai ser revelado na próxima edição do Salão Automóvel Internacional de Frankfurt, que estará patente ao público entre os dias 17 e 25 de Setembro. O elegante descapotável de quatro lugares da Opel vai chegar ao mercado na Primavera de 2006 e está equipado com uma nova geração de tejadilho retráctil em aço. O evoluído sistema destaca-se por apresentar um tejadilho dividido em três secções, o que por si só garante maior capacidade da bagageira, que atinge, assim, os 440 litros. Com a capota recolhida, o volume disponível é de 200 litros.

Para facilitar o acesso à bagagem, o Astra TwinTop estreia o dispositivo ‘Easy Load’ que eleva as secções do tejadilho dispostas horizontalmente quando a capota está recolhida dentro da mala. Além de oferecer maior capacidade de bagageira, a inovadora tecnologia do tejadilho permitiu aos desenhadores conceber uma capota com linhas harmoniosas e proporções equilibradas.

O novo Astra TwinTop mede quase 4,5 metros de comprimento, aproximando-se assim das dimensões de modelos descapotáveis do

segmento superior.

Alain Visser, Director-Executivo de Marketing para a Europa, diz que «Na sequência do sucesso do Tigra, o Astra TwinTop é o nosso segundo cabrio-coupé a apresentar um conceito inovador no sistema de tejadilho de aço. Harmonioso, desportivo e elegante, com dispositivos tecnológicos inéditos, com a típica versatilidade dos produtos da Opel, uma mala grande e espaço amplo para quatro ocupantes, o Astra TwinTop é um cabrio para todo o ano, com garantia de divertimento permanente.»

Do ponto de vista técnico, o novo cabrio

de duas portas beneficia dos pontos fortes da terceira geração Astra, nomeadamente de uma gama de motores extremamente vasta com nada menos que quatro unidades a gasolina (de 105 a 200 cavalos) e uma opção Diesel através do 1.9 CDTI common rail de 150 cavalos. O topo de gama 2.0 Turbo de 200 cv mostra-se capaz de superar os 230 km/h.

Inédito neste ‘nicho’ de mercado é o aparecimento de tecnologia como o chassis IDSPlus com suspensão controlada electronicamente ou os faróis direccionais AFL, que destacam o novo Astra TwinTop ainda mais dos seus concorrentes de outras marcas.

Chevrolet Aveo em première europeia no Salão de Frankfurt Novo sedan de dimensões compactas

O Chevrolet Aveo, sedan de quatro portas que vem reforçar a gama Chevrolet no segmento de veículos compactos, será apresentado ao mercado europeu no próximo Salão Automóvel de Frankfurt.

Desenvolvido pela GM DAT, na Coreia do Sul, e com comercialização no mercado europeu agendada para a Primavera de 2006, o Aveo apresenta um design moderno e um espaço interior invulgar

para um veículo compacto, contando com uma gama de motorizações de 1,2 ou 1,4 litros a gasolina.

De acordo com o Director-Geral da Chevrolet Europe, Erhard Spranger, “o novo Aveo encaixa-se perfeitamente na nossa filosofia de produto. Com um design marcante e a generosa habitabilidade, oferece, particularmente às famílias jovens, mais carro por menos dinheiro.”

No total, o novo Aveo será comercializado em mais de 120 países de todo o mundo.

Do ponto de vista técnico, o novo Aveo pouco tem em comum com o seu antecessor.

Os únicos elementos partilhados com a anterior geração são os principais componentes da plataforma da carroçaria, o pára-brisas e as janelas laterais dianteiras. Em resultado disso, o

modelo apresenta agora diferenças ainda mais significativas em relação às versões de três e cinco portas do Kalos.

O equipamento do Novo Aveo pode incluir ar condicionado de regulação automática, vidros eléctricos, espelhos retrovisores exteriores eléctricos e fecho centralizado com comando à distância. No campo da segurança, o habitáculo integra zonas de deformação programadas, cintos de segurança com pré-tensores e airbags frontais e laterais.

O novo Chevrolet Aveo destaca-se ainda pela economia das suas motorizações: consumo médio de 6,8 litros para a versão de 1,2 litros e de 7,0 litros para a versão 1,4. Quando combinadas com a transmissão automática de quatro relações opcional, o consumo médio sofre um acréscimo de apenas 0,6 litros.

O novo Astra TwinTop dá continuidade a um longo percurso de sucesso da Opel no segmento dos modelos descapotáveis. A anterior geração Astra Cabrio, produzida pela Bertone, em Itália, vendeu mais de 55 mil unidades na Europa. O primeiro Astra descapotável, lançado em 1993, e o Kadett Cabrio de 1987, juntos, representaram mais de 100 mil unidades matriculadas. Mais recentemente, volvidos apenas dez meses desde o seu lançamento no mercado, o Tigra TwinTop já ultrapassou a fasquia das 41 mil unidades produzidas. A produção do novo Astra TwinTop inicia-se no início de 2006 na fábrica da Opel em Antuérpia, na Bélgica, onde já são produzidos os modelos Astra de cinco portas e Astra GTC.

Nóvoa regressa de “férias” Depois de ter faltado à chamada para a Rampa de Vila Nova de Cerveira, pontuável para o Nacional de Montanha (ao que apuramos apenas por opção do seu principal Sponsor e proprietário do BMW, Auto Museu da Maia), o piloto maiato Luís Nóvoa, alinhará já neste fim-de-semana na rampa “Porca de Murça”, organizada pelo Automóvel Clube de Vila Real.

A liderança que apesar da “falta” manteve, permitiu-o a estes “luxos”, mas para o piloto, com apenas duas provas para terminar o Campeonato, tal não irá acontecer de novo, pois «com as condições certas e os “zun-zuns” que por ai ouvi, posso aspirar a ser o vicecampeão nacional e sendo assim não me posso dar mais a estes “luxos”», disse ao MaiaHoje.

Luís Nóvoa mantém assim a liderança do grupo dos “H71” (veículos históricos até 1971) e o terceiro lugar da categoria “2” (onde estão os históricos 1965, 1971 e 1974).

Neste fim-de-semana poderá ser dado um grande passo em direcção à revalidação do título, mas as duas últimas provas a realizar na Senhora da Graça, em Mondim de Basto, poderão ditar um campeonato “até à última”.

mh

a fechar

Nº 136 | 26 de Agosto 2005

Finanças mudam-sse para o Parque Central até ao fim do ano

Autarquia e Ministério das Finanças chegaram a um entendimento para a mudança da Repartição de Finanças maiata para o Parque Central.

AMM

Fruto de um protocolo entre a autarquia maiata e a Direcção Geral de Contribuição e Impostos do Ministério das Finanças, a repartição deste organismo situada em pleno centro da cidade junto ao posto da Guarda Nacional Republicana, será transferido em breve para o Parque Central da Maia. As queixas de alguns funcionários, nomeadamente no que diz respeito à falta de estacionamento e más condições das instalações, muitos frias no Inverno e extremamente quentes no Verão, recebem assim uma resposta. Ao que o MaiaHoje apurou junto do Presidente da Câmara Municipal, as obras devem ter início no mês de Setembro, sendo que até ao fim do ano a repartição deve entrar em funcionamento no novo espaço, «fizemos um protocolo com eles e eles vão levar a cabo as obras e pagar um aluguer. As obras começam este mês e espero que até ao fim do ano já estejam instalados no Centro da Maia». O autarca revela-se bastante satisfeito com o acordo conseguido, «é uma vitória nossa. Os trabalhadores não tinham condições nenhumas. Assim vão ter mais condições além de parqueamento».

O MaiaHoje tentou sem sucesso entrar em contacto com o Chefe da Repartição maiata, Benjamim Pires, dado que este se encontra de férias. pub

Esta será a nova casa da Repartição de Finanças da Maia.