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12 FEV - 26 FEV 2010

Ano XI | Nº 245 Bi-Mensal | Sai às Sextas Director: Artur Bacelar press@maiahoje.pt

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\\ ambiente

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maiahoje jornal regional de grande informação

esta semana...

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Dados de 2009 revelam alguns crescimentos com taxas de dois dígitos

Em Portugal, maiatos lideram em recolha selectiva e separação do lixo Papel foi o mais reciclado, seguido do vidro. Evitou-se o abate de 50 a 70.000 árvores e poupou-se 3.00o toneladas de recursos naturais. \\ tribunal

Novo Palácio da justiça poderá ficar no centro da Maia

Cerca de 25% do lixo já é reciclado

p.05

\\ social

URBANISMO Câmara e MRA extinguem sociedade “Parque Maior”

Casas do Sobreiro vão ser recuperadas “Praça Oxigénio” arranca em Maio

Lar fechado em Vila Nova da Telha por falta de licenciamento População alertou para o ambiente que lá se vivia. Segurança social deu prazo para serem feitas modificações e obtido o licenciamento. Cerca de 26 idosos foram parar a outros p.05 lares do Grande Porto.

Em alternativa à proposta “Zona Industrial”, a Câmara contrapõe com a Via Periférica, Altino Coelho nas antigas piscinas ou Urbanizap. 04 ção do Sobreiro

\\ debate

\\ entrevista

Juventude Popular debateu regionalização

KungFu maiato, no feminino e ao mais alto nível

Entre muitos prós e contras, Garcia Pereira, João Pinho de Almeida e António Tavares, perante uma plateia atenta, onde estavam outras figuras da política nacional, debateram a p.07 temática.

Chama-se Margarida Santos, tem 20 anos, é maiata e vai ser a única portuguesa que integrará a Selecção Portuguesa no Campeonato Europeu, a custos próprios, dado que a Federação não paga a representação.

Câmara da Maia estuda apoio à atleta. p.15

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P.03

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02

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

página dois editorial \\

DESTAQUE Clube dos Pensadores: Felícia Cabrita e Nuno Melo debateram “Justiça e Processos judiciais”

A Fábula do Ministro assaltante DIREITOS RESERVADOS

artur bace|ar director

Política Nacional e Maiata Os políticos estão de rastos.

Que escândalo foi quando Cavaco Silva, no meio de uma fatia de bolo que comia, em resposta a uma pergunta, disse que não lia jornais. Que escândalo foi um ministro contar uma anedota de mau gosto. Que incómodo foi o programa “noite da má-língua”.

Que incómodo foi o jornal “independente” de Paulo Portas que durante anos fazia capas estrondosas. Que escândalo foram as manifestações na Ponte 25 de Abril. Quem não se lembra? A avaliar pela “performance” do primeiro-ministro, se calhar ninguém. É incrível como se transformou este governo numa espécie de “conselho de guerra”, onde nada é feito às claras, num estilo “trauliteiro” que não me lembrava de ver. É grave! E este governo, com pouco mais de 100 dias já não tem base para governar. A questão que se coloca é se o governo cai antes ou depois das directas do PSD e se este partido vai ou não apresentar uma proposta credível de governação.

Pedro Passos Coelho está a correr o país na apresentação do seu livro “Mudar – Passos para a Mudança” cheira a slogan de campanha. Será que Portugal o vai comprar?

Na Maia, contam-me histórias de alegadas escutas telefónicas efectuadas por coincidência em pleno período eleitoral, com financiamentos, favores, etc... A ser verdade vai ser a “grande barraca”. O MaiaHoje cá estará para averiguar, de forma isenta, a veracidade dessas histórias.

Mas na Maia também existem movimentações na comunicação social que servem como pressão para “calar” o MaiaHoje. Deste assunto, a seu tempo, também aqui daremos conta. São 10 anos a que o nosso jornal “sobreviveu”, quando nos davam “seis meses” de vida! Afinal o “cancro” era benigno e se calhar vai andar por cá, pelo menos, mais uns 10 anos.

No passado dia 5 de Fevereiro, o nosso jornal comemorou os 10 anos de publicações. No entanto, por motivos técnicos, a edição especial que estamos a preparar apenas estará disponível na próxima edição, pelo que me debruçarei sobre esse assunto naquela altura. Parabéns no entanto aos nossos leitores que sempre nos apoiaram. A todos muito obrigado.

maiahoje

No local já habitual, no GaiaHotel em Vila Nova de Gaia, aconteceu mais um debate do Clube dos Pensadores, desta feita com a presença de Felícia Cabrita, conhecida jornalista do semanário SOL , - “ponta de lança” do jornalismo de investigação ligada aos principais escândalos de corrupção e pedofilia dos últimos anos - , e do jurista Nuno Melo do CDS/PP, moderados como habitualmente por Joaquim Jorge, numa das melhores noites deste clube devido ao tema quente e polémico.

Felícia Cabrita, logo a abrir a sua intervenção, e com a coragem

POLICIAMENTO

que é seu apanágio, disse que Portugal é historicamente um povo de “ladrões”! Perdoando-se o exagero, em que muitos de nós certamente não nos revemos, percebe-se, e bem, onde esta afirmação pretende chegar, nomeadamente ao estado caótico da Justiça em Portugal, sem que ninguém seja punido. Na tentativa de ilustrar o que afirmara, a polémica jornalista contou uma “estória”, em jeito de fábula, sobre um ministro que é visto por um jornalista a assaltar um banco, acabando o jornalista mais tarde a ser ridicularizado e condenado pois o assaltante não viria a sair do

mesmo e como tal não se pôde provar o que o jornalista vira e realmente tinha acontecido. A história acaba com … anos mais tarde verificou-se que esse banco tinha uma porta dos fundos, mas já não interessava para o caso, porque se calhar tinha prescrito.

Arrancando uma grande gargalhada e uma salva de palmas geral.

Em continuação, destemida, denunciou que as alterações ao Código do Processo Penal estavam relacionadas com alguns dos últimos processos, como o da Casa Pia, Face Oculta, Freeport ou Cova da Beira, essencialmente com o intuito de ilibar altas figuras de Estado e da política nacional, opinião que haveria de ser corroborada logo de seguida pela intervenção de um magistrado presente na plateia.

Não menos brilhante foi a intervenção de Nuno Melo, sobre a “mão leve” ou falta de justiça sobre a pequena e grande delinquência, defendendo que se impõem penas mais pesadas dos que as actuais.

Mudando de tema, apresentou um caso que “pasmou” a plateia, sobre um prédio em Guimarães, que apesar de se situar em local

impróprio para o funcionamento de um Tribunal, terá sido vendido a uma empresa sem actividade conhecida, que, sem dispor de dinheiro, o terá arrendado ao Ministério da Justiça por 4 milhões de euros em 10 anos, recebendo de imediato essa verba com financiamento ao BPN, cuja garantia era precisamente o contrato de arrendamento com o Estado! Como o preço de aquisição foi de 1,8 milhões de euros, o lucro imediato da transacção foi de 2,2 milhões!

Joaquim Jorge, por sua vez, foi incisivo em várias questões aos convidados, como por exemplo sobre o possível apoio, ou não, de Nuno Melo a Vitor Constâncio para vice do Banco Central Europeu.

Foram mais de duas horas de exercício de cidadania, em que quase nada ficou por dizer, com um tema que merecerá, sem dúvida, uma nova ocasião de debate.

A Fábula de Felícia Cabrita está na integra na internet em «http://www.youtube.com/watch? v=BPas1CmADLg» e merece uma visita dos leitores.

Francisco Bacelar

Bragança Fernandes reuniu com Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna

«Uma resolução para Moreira»

Bragança Fernandes deslocou-se a Lisboa, no passado dia 27, para uma reunião com José Conde Rodrigues, Secretário de Estado Ajunto e da Administração Interna. O presidente da Câmara Municipal da Maia, acompanhado por técnicos municipais, levou na bagagem dois assuntos que, segundo o edil, revelam «a insegurança que se vive na Maia».

Preocupado com a segurança dos maiatos, o autarca pediu a Conde Rodrigues para que fosse reforçado o número de efectivos policiais da PSP e da GNR nas esquadras existentes no concelho, porque «os agentes são poucos».

«Estou preocupado com a segurança das pessoas e acho que o Governo

deve mandar para cá os quadros que estão previstos nas respectivas secções das esquadras e dos postos da GNR», disse.

Bragança Fernandes solicitou, ainda, ao secretário de Estado uma decisão quanto à instalação de uma força de segurança em Moreira da Maia, «com o objectivo de servir toda a zona poente do concelho – Moreira e Vila Nova da Telha». Recorde-se que a instalação já foi publicada em Diário da República, em 1983, mas o assunto nunca saiu do papel.

«Durante 26 anos os Governos que se seguiram têm adiado o cumprimento da referida portaria», salientou o autarca.

Para a instalação da nova esquadra ou novo posto de Moreira

da Maia, a Câmara Municipal já adquiriu à Cooperativa Popular de Moreira «um edifício de uma nobreza artística excepcional» (na foto), situado na zona central da freguesia.

Um espaço que vai ceder ao Ministério da Administração Interna para a competente instalação.

Bragança Fernandes pediu celeridade na decisão, porque considera que a nova força de segurança «vai permitir aumentar a segurança de pessoas e bens, tanto nas duas freguesias como no próprio aeroporto Francisco Sá Carneiro e em boa parte da Zona Industrial da Maia», justificou. O presidente da Câmara divulgou mesmo que recebeu recentemente uma moção da Assembleia de Freguesia de Vila

Nova da Telha e dos moradores, bem como, vários pedidos da Junta de Freguesia de Moreira a solicitar a resolução do problema da insegurança.

No final da reunião, Bragança Fernandes referiu ao Maia Hoje que chamou a atenção de Conde Rodrigues para o compromisso assumido pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, quando esteve na Maia para a inauguração do novo posto da GNR e pelo antigo secretário de Estado, quando se deslocou ao município para a inauguração da Divisão da Maia da PSP, que «prometeram ajudar a resolver o problema».

Do encontro não saiu qualquer decisão. Conde Rodrigues prometeu estudar o dossier nos próximos dias e reunir com os responsáveis da PSP e da GNR para estudar uma solução.

O autarca maiato, tendo por base opiniões dos responsáveis locais da GNR e do Comando do Porto da PSP, diz que o ideal seria instalar a Policia de Segurança Pública «porque fazia a ligação com Matosinhos, com a cidade e com o aeroporto».

Relativamente ao aumento de meios humanos policiais para o concelho, do secretário de Estado recebeu uma garantia de análise da situação. Contudo, Conde Rodrigues foi adiantando que o seu problema não é a esquadra ou o posto em si, mas sim os efectivos a colocar no local. «Ele não tem forças de segurança, estão a tentar formá-las e eu espero que os próximos que se formem venham para a Maia».

«Vamos esperar. Cumpri com a minha obrigação de presidente de câmara ao alertar, mais uma vez, o Governo para a insegurança que se vive na Maia».

Rita Santos

maiahoje

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

mh jornal regional de grande informação

URBANISMO

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Grande Maia Prevenindo eventual falência do seu associado

Câmara “rompe” com MRA no Parque Maior

PROPRIEDADE DE:

MAIAPRESS Editores, Lda. REGISTADA NA CONS. REG. COM. PORTO nº 1313 CONTRIBUINTE NÚMERO 504 786 954 SÓCIOS: Maria Manuela Areosa de Oliveira e Sá Bacelar, Artur José Machado Bacelar Artur Domingos Loureiro Bacelar

\\ A “Manuel Rico Associados” com a dissolução da empresa que geria o Projecto Parque Maior, saiu com um prejuízo efectivo de um milhão de euros. O Projecto anunciado para alterar o centro da Maia vai continuar, para já apenas com dinheiros públicos, mas a ritmo mais lento.

DIRECTOR DA PUBLICAÇÃO: Artur Bacelar, TPJ 6262 artur@maiahoje.pt REDACÇÃO: Carlos Barrigana, TPJ 8037 carlos@maiahoje.pt Francisco José Bacelar, TPJ CR327 francisco@maiahoje.pt Rita Santos rita@maiahoje.pt Catarina Almendra estagio@maiahoje.pt COLABORADORES REDACTORES: António Armindo Soares, TPJ CR 446 soares@maiahoje.pt Joana Pinto Manuela Bacelar, TPJ CR 451 Miguel Ângelo Machado COLABORADORES FOTOGRAFIA: Ana Soares (fotografia) António Caldeira, TPJ CR 447(motos) António Ferreira da Silva (desporto) Bruno Ferreira da Silva (fotografia) Edgar Alves, TPJ CR 448 (automóvel) Eduardo Jorge Abreu (fotografia) Manuel Jorge Costa, TPJ CR 450 Flávio Sousa (fotografia) Maxim Bukharov (fotografia) Paulo Maia (desporto) Raúl Silva (fotografia) CORRESPONDENTES: João Diogo (corresp. Brasil) Williams James Marinho (corresp. EUA)

Ainhoa Carrasco Robles (cor.Espanha) CRONISTAS HABITUAIS: António Neto (política) Deco (Defesa do Consumidor) Fernando Pedroso (poesia) Fordoc (A.N.J.Formadores e Docentes) Leonel Duarte (medicinas alternativas) Luís Clemente Ribeiro (contos) Nelson Azevedo Ferraz (sociedade) Orlando Leal (política) Pedro Resende (sociedade) Rogério Gonçalves (sociedade) DESIGN / PAGINAÇÃO: Ana Soares ana@maiahoje.pt DEPARTAMENTO COMERCIAL: comercial@maiahoje.pt SEDE / REDACÇÃO / D.COMERCIAL Rua dos Altos, Edifício Arcada, 12 4470 - 235 Maia Telefone 22 947 62 62 Fax. 22 947 62 63 Depósito legal 147209/00 DGCS nºo 123524 Tiragem 3.000 exemplares IMPRESSÃO E EMBALAGEM: Empresa do Diário do Minho Braga

Fruto da parceria entre a Câmara Municipal e o grupo espanhol MRA (Miguel Rico & Associados), o projecto Parque Maior foi apresentado publicamente em Outubro de 2006 como um projecto que prometia mudar a face do centro citadino maiato.

Esta iniciativa previa intervir, de forma geral, na zona do actual Bairro do Sobreiro, da Quinta da Lage e também na zona desportiva central (área que se localiza precisamente entre as duas anteriores).

Com um investimento total previsto a rondar os 250 milhões de euros e um prazo de execução entre os 15 e os 20 anos, este projecto era considerado por muitos como ambicioso, nomeadamente por Miguel Rúbio, presidente da MRA. Já em Maio de 2008, sobre o mesmo assunto, a Câmara Municipal da Maia, apresentava uma candidatura à primeira fase do QREN no valor total de 4,5 milhões de euros.

Na apresentação, os números apontavam para 73.000 metros quadrados de área total, a construção de 1.870 habitações, das quais 570 para realojamento de famílias, 31.000 metros quadrados para serviços e 34.000 para equipamentos sociais.

Extinção da Sociedade Esta semana, a presidência da Câmara Municipal da Maia anunciou que aprovou no executivo uma proposta de extinção do protocolo e dissolução da “Empresa Parque Maior, Reabilitação Urbana, S.A.”, então constituída, na qual a Câmara Municipal e a Empresa Municipal “Espaço Municipal, Renovação Urbana da Maia, E.E.M.” detinham 25% cada, sendo os restantes 50% detidos por empresas do grupo MRA. Segundo o documento, a crise a nível internacional com especial impacto em Espanha levou a que a Câmara Municipal considerasse “prudente” salvaguardar o património municipal de qualquer contrariedade que afectasse os sócios privados, dado que o capital social de 5.000.000 de euros, foi integralmente realizado em património imobiliário pelas entidades públicas, tendo a MRA apenas pago 1.500.000 euros dos 2.500.000 euros que deveria ter realizado.

MRA perde 1 milhão Com algumas obras já em “projecto de execução”, nomeadamente as da designada “Praça

Oxigénio”, ao que tudo aponta, a Câmara Municipal da Maia terá chegado então a acordo com a MRA para a dissolução da Empresa criada sendo que lhe serão devolvidos 500.000 euros dos 1.500.000 já concretizados pela MRA que perderá efectivamente 1.000.000 de euros. A Câmara Municipal anuncia no entanto que «não sofre no seu património qualquer prejuízo pois vê regressar à sua propriedade o imobilizado apresentado para a realização do capital social».

Presidente fala em prevenção Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal contou ao MaiaHoje que «há cerca de 15 dias convoquei o presidente da MRA e demonstrei-lhe a minha preocupação com notícias sobre a crise no Imobiliário em Espanha, nomeadamente o encerramento de algumas sucursais daquele grupo na Europa e problemas com contratos em obras. Dei-lhe um ultimato. Ou avançamos com as obras ou sai», disse o presidente. O que aconteceu, como referimos, foi a saída dos Espanhóis com a dissolução da empresa.

Entretanto a câmara não pretende ficar parada e Bragança Fernandes avança que «a Praça Oxigénio arranca já em Maio de este ano, mas agora mais lentamente, devido à crise, continuarão os processos de realojamento das famílias residentes no Sobreiro. Aliás já foram realojadas 125 e faltam ainda cerca de 400», disse.

Casas vão ser recuperadas Quanto às torres, que albergam alguns privados que adquiriram fracções no edifício que é maioritariamente camarário o caso poderá estar mais demorado «a reabilitação irá demorar mais e estimo que poderá ir até aos 15 anos, no entanto a câmara está preocupada e vai avançar ainda este ano com a recuperação das mesmas, nomeadamente das torres para que possam suportar o tempo necessário à retoma do projecto», referiu.

A terminar, Bragança Fernandes é peremptório «preveni uma situação que poderia ser muito prejudicial para a Maia».

Artur Bacelar

Praça Oxigénio arranca em Maio pub

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Grande Maia

maiahoje

TRIBUNAL Governo deve decidir, durante o próximo mês, sobre as três hipóteses fornecidas pela câmara

Novo Tribunal da Maia sem localização definida \\ Bragança Fernandes reuniu com João Correia, secretário de Estado da Justiça, para resolver o problema das instalações do novo Tribunal Judicial da Comarca da Maia. O autarca espera que «desta vez se resolva a questão».

O novo Tribunal Judicial da Comarca da Maia ainda não tem localização definida. Da reunião, que sentou à mesma mesa o secretário de Estado da Justiça, João Correia, Bragança Fernandes, presidente da autarquia maiata, magistrados do Ministério Público e do Tribunal do Trabalho, a Delegação da Maia da Ordem dos Advogados, representantes dos funcionários judiciais, do Notariado e das Conservatórias da Maia saiu a promessa de uma decisão que «tem que ser célere».

No encontro, «todos foram unânimes em dizer que a solução da Zona Industrial não era boa. Nem eu aceitava, porque desertificava a Maia», asseverou Bragança Fernandes.

No final da reunião, João Correia deu razão aos agentes da justiça do município, mas afirmou que o ministério da Justiça também não concorda com a actual situação da administração da justiça. «Há uma dispersão dos serviços da justiça por nove sítios diferentes. Os serviços não são governáveis assim».

EXECUTIVO

De acordo com o secretário de Estado da Justiça, o ministério tinha uma solução e vinha a auscultar toda a administração da justiça sobre se seria a mais adequada. «O ministério procura os consensos com toda a gente, isto é, quer com as forças vivas da cidade de natureza política, quer com todos os membros da administração da justiça. Ouviu-os a todos e agora vai tirar as suas conclusões e vai ver qual é o melhor caminho», asseverou.

«Todas as hipóteses são possíveis», mesmo deslocalização para a zona industrial, referiu o governante. «Quer eu, quer o senhor ministro da Justiça, quer a Direcção Geral da Administração da Justiça vamos ter que ponderar nas melhores soluções para a administração da Justiça. Nós não queremos soluções que sejam teoricamente perfeitas, queremos soluções que estejam em sintonia com a vontade e a responsabilidade daqueles que têm os destinos da justiça quer no plano físico, quer no plano profis-

sional, quer no plano político”, acrescentou João Correia.

O secretário de Estado da Justiça mostrou-se solidário com as preocupações dos agentes do município quanto à falta de acessibilidades na Zona Industrial e a falta de transportes públicos e referiu que é necessário encontrar soluções que imprimam eficácia à administração da justiça.

«Todos estamos de acordo com todos» e com a ideia de que a administração da justiça «não se compadece com a dispersão de espaços, nesta caso, nove espaços», reiterou.

Quanto às notícias que davam como certa a celebração de um contracto de arrendamento de um edifício na Zona Industrial da Maia, em frente ao Parque de Ciência e Tecnologia, João Correia deixou claro que «não há contrato nenhum. É falso».

O presidente da Câmara Municipal da Maia, Bragança Fernandes, agradeceu a disponibilidade do secretário de Estado para ouvir as preocupações e sensibilidades de cada um dos agentes ligados ao Tribunal

da Maia. Agora, espera que a decisão seja tomada «rapidamente», pois «já andamos nisto há muitos anos».

Recorde-se que, na altura em que Celeste Cardona foi ministra da Justiça, foi assinado com a Câmara Municipal da Maia um memorando de entendimento para instalar o novo Palácio da Justiça na Via Diagonal. A intenção foi entretanto abandonada pelo primeiro Governo liderado por José Sócrates que abriu um concurso público para alugar um espaço para fazer a mudança do tribunal. «Espero que desta vez, depois de tanto tempo de espera, o Governo pense e acho que vai pensar bem. Confio na palavra do secretário de Estado e acredito que vão sair boas soluções».

O edil reiterou não aceitar a deslocalização para a zona industrial e defendeu a construção de um tribunal «de raiz e com a dignidade que os edifícios da Maia têm, porque em termos de edifícios públicos, o pior edifício que nós temos na Maia é o Tribunal, porque não é

da câmara. Se fosse da câmara não estava naquelas condições».

O autarca maiato sublinhou ainda que foram apresentadas a João Correia três novas localizações para a instalação do tribunal, no perímetro urbano do concelho. «Convencionou-se que durante o próximo mês, o Estado português devia decidir sobre as três hipóteses que a câmara lhes ofereceu.

Uma primeira hipótese na Via Periférica, outra no local onde estão as piscinas olímpicas, junto a Altino Coelho e uma terceira hipótese na Urbanização do Sobreiro».

Bragança Fernandes garantiu que «provisoriamente os serviços judiciais ficarão no local onde estão neste momento e nós, caso seja preciso arranjar mais espaço para determinadas secções, disponibilizaremos uma ou duas lojas para viabilizar o Tribunal nestes três anos, que será o tempo que demorará a construir os novos Paços da Justiça».

Rita Santos

Tem em mão novos projectos

“A câmara da Maia tem feito tudo o que sabe e pode” \\ O executivo da Câmara Municipal da Maia (CMM) reuniu-se no passado dia 21, para discutir e aprovar novas medidas. Na ausência do presidente da Câmara, a reunião foi dirigida pelo vice-presidente do concelho. identidades, segundo disse, não lhe valeu de muito, uma vez que ainda não obteve resposta de nenhuma das partes. Consequentemente, a publicidade ainda se encontra no mesmo local. O vicepresidente prenunciou-se dizendo que iria resolver o assunto e acrescentou ainda que «a publicidade não deve ofuscar nem os nossos olhos nem os nossos horizontes».

Terminado este ponto, foi aberta a ordem de trabalhos, onde houve pontos que suscitaram esclarecimentos e outros que levaram a pequenas “discussões” entre os presentes.

Presidida por Silva Tiago, vicepresidente da autarquia a reunião contou com a presença dos vereadores José Manuel Correia, Mário Gouveia, Nogueira Santos, Mário Nuno Neves, Paulo Ramalho, Ana Vieira de Carvalho e Marta Peneda.

Antes de se dar início à ordem pub

de trabalhos, a cidadã D. Glória, residente na freguesia de Moreira, pediu a palavra junto da mesa para demonstrar o seu descontentamento em relação a uma campanha publicitária que lhe retira a visibilidade de sua casa. Esta queixa, já com antecedentes junto a outras

Terreno para o alargamento do Zoo já se encontra na posse da CMM. O subsídio de cinco mil euros à Junta de Freguesia da Maia para a manutenção do Jardim Zoológico, foi um dos temas que levantou algumas questões por parte do Vereador Mário Gouveia, nomeadamente quanto ao estado do Zoo e ao seu alargamento. Como resposta ao vereador, o vice-presidente prenunciou-se dizendo que a CMM já assumiu essa responsabili-

dade e acrescentou ainda que o resto do terreno para o alargamento do Zoo já se encontra comprado.

António Domingues Silva Tiago aproveitou ainda para relembrar que o licenciamento do Zoo ainda é provisório e até à formalização do processo «não podem entrar mais animais no zoo, nem mesmo para substituir os que já lá se encontram», disse.

Acidente custa mil euros Outro dos pontos discutidos foi a sentença de 1.000 euros atribuída à CMM, em virtude de um acidente de viação ocorrido na linha do metro.

O que gerou maior discussão foi se a sentença deveria ser paga pela CMM ou pelo Metro do Porto. Averiguado e estudado o caso, a CMM vai cumprir a sentença, reclamando a posterior a decisão junto do Metro do Porto.

Segurança nas instalações O vereador Mário Nuno Neves, aproveitou também o momento para explicar e retirar algumas dúvidas junto dos presentes sobre os

serviços de segurança e vigilância nas instalações da CMM, informando que já se encontra em estudo a melhor forma de averiguar a situação com base nos custos e na qualidade dos serviços. O relatório sobre o processo será entregue à CMM nos próximos dias.

Novas instalações do Tribunal da Maia As novas instalações do Tribunal da Maia foi um dos pontos mais discutidos na sessão. Em questão esteve o facto da associação da CMM à moção aprovada pelos advogados da Maia.

O vereador Paulo Ramalho, advogado, transmitiu aos presentes a mensagem do presidente, de que este se encontra plenamente de acordo com a moção. Contudo remete para o facto de que o ideal é o edifício continuar situado no centro da Maia, uma vez que o previsto para as novas instalações do Tribunal, em Moreira, não se encontra conectado com redes de transportes, nem conta com acessibilidade para os cidadãos.

Catarina Almendra

maiahoje AMBIENTE

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Grande Maia

05

Maiambiente divulga resultados da recolha de resíduos em 2009

Um quarto do lixo produzido vai para reciclagem Cerca de 25 por cento desse lixo foi separado e alvo de recolha selectiva, o que levou a Maiambiente – que dia 3 divulgou os resultados da recolha de resíduos do ano passado - a assinalar que, de acordo com os dados conhecidos, a Maia é o concelho com maior recolha selectiva de todo o país.

A quantidade de lixo processada aumentou ligeiramente de 2008 para 2009 (verificou-se um acréscimo de 0,22%), tendo tam-

EDUCAÇÃO

bém aumentado a adesão ao depósito dos resíduos em pontos destinados à reciclagem: a recolha indiferenciada desceu 2,78 por cento e a recolha selectiva cresceu 10,42 por cento.

Papel e vidro no topo No total, no ano passado, a Maiambiente recolheu 61553 toneladas de resíduos. Desta quantidade, 46143 toneladas foram de recolha indiferenciada e as restan-

tes 15409 toneladas na recolha selectiva. O lixo recolhido através do sistema de reciclagem representou 25 por cento do total e traduziu-se num aumento de 2,3 por cento em relação a 2008.

Em termos absolutos, a fracção papel/cartão foi a mais representativa (3355 toneladas recolhidas), seguida do vidro (2465 toneladas).

Segundo o relatório da empresa municipal, a quantidade de papel enviado para reciclagem evitou o

abate de 50-70 mil árvores, enquanto que a recolha selectiva do vidro permitiu poupar cerca de três mil toneladas de recursos naturais e 370 litros de petróleo.

Para a Maiambiente, estes dados «evidenciam a crescente sensibilização da população para com a temática dos resíduos e a sustentabilidade dos recursos, indutora de comportamentos ambientalmente mais responsáveis».

Apesar do papel e do vidro

serem ainda os materiais mais reciclados, as fracções da recolha selectiva que mais cresceram de 2008 para 2009 foram os resíduos de construção e demolição (RC&D), metal, objectos volumosos, resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE), embalagens e resíduos orgânicos, todos com taxas superiores a dois dígitos.

Rita Santos

Ministra defende monitorização para que haja melhores resultados nas escolas

Isabel Alçada assegura que processo de autonomia das escolas continua \\ A ministra da Educação admite que a autonomia da escolas é um caminho que o Governo está a seguir, asseverando que a remodelação dos processos de gestão escolar está no rumo certo.

A ministra da Educação, Isabel Alçada, garantiu-o no passado dia 25 de Janeiro, na Maia, na sessão de abertura de um seminário do Conselho de Escolas, que reuniu cerca de 700 pessoas, entre especialistas em políticas educativas e directores escolares, para debater a autonomia das escolas e as lideranças necessárias a uma escola melhor na próxima década. A asserção da ministra surgiu depois do ex-ministro da Educação o ter pedido no fim-de-semana anterior, numa conferência na Universidade Católica. Marçal Grilo aludiu à necessidade dos estabelecimentos poderem adoptar o seu próprio projecto educativo sendo, ao mesmo tempo, autónomos da subsidiação estatal.

A ministra fala dum processo

SOCIAL

que está no caminho certo: «Um processo em que se reforça também a autonomia financeira, administrativa e pedagógica para que haja um maior autocontrolo da produtividade».

A governante defendeu, ainda, a criação de mecanismos de monitorização nas escolas para que seja possível obter melhores resultados de aprendizagem dos alunos. «Os resultados de aprendizagem dos alunos são o essencial da actividade educativa. É indispensável criar mecanismos de monitorização na gestão da aprendizagem dos alunos», afirmou Isabel Alçada.

Para a ministra com a pasta da Educação, é preciso uma escola mais eficaz, com melhores resultados pedagógicos, sendo para isso necessário que se faça uma avali-

ação de todas as iniciativas e dos esforços realizados.

A ministra da Educação afirmou ser necessário que as escolas dêem informação ao Ministério, para que seja possível prosseguir com o processo de autonomia dos estabelecimentos de ensino. «Precisamos de informação para este trabalho de autonomia», a qual «permite reflectir e traçar um planeamento daquilo que são projectos a desenvolver no futuro, e ajuda a decidir melhor», sublinhou.

Para Isabel Alçada, com mecanismos de monitorização será possível «estabelecer um nexo entre o esforço e a eficácia», sendo necessário «emitir exemplos de trabalho produtivo».

Com esta monitorização, salientou, poder-se-à comparar o tra-

balho das escolas com contrato de autonomia com as outras, sendo certo que «tem de haver uma diferença assinalável».«Precisamos de dar evidência a essa diferenciação», sustentou.

Isabel Alçada adiantou que «é nesse sentido que o Conselho das Escolas, o Ministério da Educação, os directores de escola e a inspecção-geral do ensino estão envolvidos em reunir informação, cada vez mais segura, para que essa relação entre o esforço e a produtividade em termos de resultados na aprendizagem se possa sentir».

Isabel Alçada referiu, ainda, que o Ministério pretende abrir «novas candidaturas» para celebração de mais contratos de autonomia com escolas, assim que a avaliação de

todo este processo de autonomia esteja concluída. «Há um processo de abertura de novas candidaturas - para celebração de contratos de autonomia – mas, em simultâneo o Conselho de Escolas em colaboração com a tutela está a organizar formação específica sobre vários domínios relacionados com as diferentes dimensões do trabalho de gestão da direcção das escolas”.

O número de contratos a realizar estará sempre dependente do número de candidaturas apresentadas, disse.

Isabel Alçada frisou que há actualmente 24 agrupamentos, num total de 144 escolas, com contratos de autonomia.

Rita Santos

Instituição já tinha sido sinalizada

Lar encerrado em Vila Nova da Telha A Segurança Social encerrou, na passada segunda-feira, na rua 1 da Urbanização do Lidador, em Vila Nova da Telha, um lar de idosos por falta de licenciamento.

Tudo terá começado com uma denúncia feita pelos moradores da referida rua, há cerca de sete a oito meses, que se queixavam do ambiente que lá se vivia. Na altura, o lar foi sinalizado pela Segurança Social para ser encerrado, uma vez que não se encontrava legalizado.

«A Segurança Social já tinha efectuado uma fiscalização anterior que acusou falta de alvará de funcionamento e incumprimento dos precei-

tos legais de higiene e salubridade» explicou João Oliveira Roxo, comandante do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR) da Maia. «Como não efectuaram obras nem adquiriram a licença a Segurança Social teve que intervir», aditou.

Técnicas da segurança social, acompanhadas pela delegada de Saúde da Maia, por elementos da GNR da Maia e pelos Bombeiros Voluntários de Moreira dirigiram-se, então, ao número 832 para efectuar o fecho da instituição de apoio social. A proprietária não estava, mas mesmo assim os cerca de 26 utentes tiveram que abandonar o lar,

CARTÓRIO NOTARIAL

DE

tendo sido enviados para casa dos familiares ou colocados em lares protocolados com a Segurança Social. «Os idosos que não têm família foram alojados em instituições de Amarante, Lousada, Santo Tirso, Porto, Rio Tinto e Gaia», referiu João Oliveira Roxo.

A extensão do mesmo lar na rua das Andorinhas, na Senhora da Hora, concelho de Matosinhos, onde estavam seis idosos foi igualmente encerrada.

Rita Santos

MAIA

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A cargo de Lic. Edgar Maia Santos SERVIÇOS RÁPIDOS, EFICIENTES E DE QUALIDADE, TANTO NO ATENDIMENTO COMO NA REALIZAÇÃO DE ESCRITURAS, PROCURAÇÕES, RECONHECIMENTOS, TESTAMENTOS E DEMAIS ACTOS NOTARIAIS Sito na Praceta Artur Marques, n.º 37 • 4470-079 Maia • Tel. 22 943 16 70 • Fax 22 943 16 79

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\\ Ângulo Recto António Neto

FRAGMENTOS!...

As últimas semanas têm sido pródigas em acontecimentos dignos de análise. Nestas notas fragmentadas procuro dar uma pincelada por alguns factos que marcam a vida política no País e no Mundo. Alguns caracterizados pela dor, amargura, tristeza e preocupação, como a tragédia sísmica que se abateu sobre o Povo do Haiti. Outros ligados ao primeiro ano da eleição de OBAMA nos EUA e toda a onda de expectativa e esperança que gerou. Outros ainda ligados à polémica em torno gripe A (H1N1) e das relações de poder e dos interesses mal explicados da Industria Farmacêutica.

Não esquecendo, ainda, a crise económica internacional suas causas e efeitos.

Neste quadro de factos há ainda os mais caseiros, como sejam, o anúncio da disponibilidade da candidatura Presidencial de Manuel Alegre com efeitos em toda a esquerda, as movimentações no PSD em torno do seu futuro próximo e as negociações do OGE e todas as peripécias que compõem a complexidade de um processo que terá efeitos imediatos e de médio prazo na vida dos Portugueses.

O quadro político, económico e social que vivemos obriga-nos a todos a prestar atenção aos sinais e indicadores que o Orçamento Geral do Estado integra num contexto reconhecido de dificuldades que devem ser encaradas de frente.

O OGE indica o rumo do País nos próximos tempos e não devemos ignorar que todos devem assumir as suas responsabilidades em função das propostas que apresentaram e do sentido de voto que tomaram.

O OGE não deve contribuir para o aumento da dívida pública e do endividamento externo. Deveria, sim, definir prioridades geradoras de crescimento económico, aumento da produtividade e consequentemente criadoras emprego.

Todos estão de acordo com o diagnóstico, mas as perspectivas ideológicas e políticas desde que sustentadas tecnicamente, apontam várias soluções e estas são as maiores dificuldades para encontrar as medidas mais acertadas que tenham exequibilidade em face da situação difícil em que o País se encontra.

Os índices de desemprego não param de subir e consequentemente a pobreza e exclusão social aumentam o que determina mais medidas sociais, ou seja, mais despesa do Estado que não se deve demitir da sua responsabilidade e função social.

O emprego e as políticas de emprego devem ser repensadas, pois não podemos esquecer que as medidas de protecção social apenas visam minorar os efeitos da realidade social e garantir condições mínimas de vida aos desempregados, pessoas e famílias carenciadas.

O País não pode esperar que tudo seja feito em função do défice da despesa pública, mas o Governo deve-o ter presente em todas as medidas que toma. Nestas fragmentadas notas não posso deixar de referir a minha preocupação em relação à violação dos Direitos Humanos nos últimos dias expressa das mais variadas e condenáveis formas em vários pontos do Planeta, como no Irão, Israel, Venezuela, Polónia e Roménia.

Aqui fico um fragmento, deste ângulo, da forma como sinto os factos políticos dos últimos dias.

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Grande Maia POLÍTICA

Paulo Resende e Rui Monteiro eleitos militantes honorários

Opinião \\

JSD Maia com duas moções no CD As auto-estradas sem custos para os utilizadores (SCUT) e a criação de novos desafios para a disciplina Área Projecto do 12.º ano foram os temas das duas moções apresentadas pela JSD Maia no Conselho Distrital Electivo da JSD Porto, que decorreu no passado dia 23 de Janeiro, na sede do PSD Gaia.

No que se refere às SCUT, os jovens da Maia procuraram alertar para os «prejuízos consequentes da implementação de portagens nas vias que atravessam o concelho maiato», designadamente a A41 e A42.

Na outra moção, a JSD da Maia propõe «levar o aluno a usar compe-

POLÍTICA

tências escolares e vocacionais num tema que tenha implicações a nível local». Os responsáveis da JSD Maia consideram que, desta forma, «o aluno fica mais consciente e actualizado quanto às carências e às potencialidades da área onde reside e este exercício permite-lhe identificar soluções». De acordo com a proposta da JSD Maia, os melhores trabalhos realizados no âmbito da disciplina Área de Projecto, seriam apresentados aos líderes autárquicos locais com o intuito de serem os alunos a influenciar o desfecho dos problemas identificados.

Com esta moção, os jovens social-democratas da Maia pretendem «motivar

os estudantes» para uma maior participação na vida política local.

No Conselho Distrital Electivo da JSD Porto foi eleita a única lista que se apresentou a sufrágio, encabeçada por Simão Ribeiro, da JSD Lousada.

As eleições estenderam-se, ainda, à concessão do título de militantes honorários a elementos que já não integram a JSD, devido ao limite de idade, mas que «deixaram marcas da sua participação activa». Os maiatos Paulo Resende e Rui Monteiro integram a lista dos distinguidos.

Rita Santos

Jovem maiato é o novo líder da Federação Distrital do Porto da JS

João Torres «marca a diferença» João Torres, ex-coordenador da Concelhia da Maia da Juventude Socialista (JS) e actual deputado municipal maiato, foi eleito Presidente da Federação Distrital do Porto, sucedendo a Nuno Araújo, agora deputado penafidelense. Foi durante a X Convenção Distrital da JS Porto, que decorreu na Biblioteca Municipal de Santo Tirso, no fim-de-semana de 30 e 31 de Janeiro, sob o lema «Marca a Diferença».

Com esta eleição, torna-se o mais jovem presidente de uma estrutura federativa da JS. A Moção Global de Estratégia «Confiança no Futuro», subscrita por João Torres foi aprovada por unanimidade. Uma proposta que defende de forma «intransigente» a regionalização, disse o candidato. Foi esta uma das bandeiras da candidatura. «É importante que seja dada uma direcção clara e um sentido à discussão da regionalização. E aquilo que me preocupa a mim e aos militantes da JS é que muitas vezes as pessoas se refiram à regionalização como solução para todos os problemas do país e em particular da região norte sem fazer uma reflexão clara sobre os aspectos mais positivos e os aspectos menos positivos da implementação de regiões administrativas», justificou.

A moção defende, ainda, a afirma-

POLÍTICA

ção do Distrito do Porto e da região Norte do país como «o centro nevrálgico do noroeste peninsular». João Torres acredita que «a melhor forma de o Porto se servir a si próprio, mais e melhor, se desenvolver e ajudar no desenvolvimento de Portugal é afirmando-se como a capital intelectual, científica e cultural do Noroeste Peninsular».

Em representação da Concelhia da Maia da JS marcaram presença Ana Leite, coordenadora concelhia, e Diogo Silva, Cláudio Carvalho, Diogo Branco e Rui Moreira, elementos da Comissão Política Concelhia da JS maiata. Um grupo de militantes da JS Maia apresentou duas moções sectoriais ao congresso, que foram aprovadas por unanimidade. «A cultura como instrumento de educação, de criação de riqueza e de promoção de emprego» teve como primeira subscritora, Ana Leite, e a segunda, intitulada «Reforço da militância e da matriz históricoideológica da Juventude Socialista», foi subscrita em primeiro lugar por Cláudio Carvalho.

A primeira moção abordou as potencialidades do sector da cultura na formação dos cidadãos e no desenvolvimento económicos das sociedades, e apresentou um conjunto de orientações que os jovens socialistas consi-

deram necessárias para o desenvolvimento cultural. A nível distrital, a JS defende uma política cultural que se adapte à realidade do distrito e que seja capaz de colocar o norte de Portugal no panorama cultural do país. «O distrito do Porto, pela sua importância no desenvolvimento nacional e pela sua história, tem obrigação de apresentar uma oferta cultural competitiva que atraia novos investimentos, que promova novas carreiras artísticas e incentive a criação de novos projectos, através da dinamização dos seus equipamentos culturais que vão desde os monumentos históricos, aos centros culturais, aos museus e às bibliotecas”, pode ler-se na proposta.

Já a moção «Reforço da militância e da matriz histórico-ideológica da Juventude Socialista» defende uma aposta na formação dos quadros políticos da JS através do desenvolvimento de um plano formativo periódico, um incentivo prático à criação de clubes políticos, que são espaços de excelência de aquisição de conhecimento em regime de rede; a promoção de fóruns de discussão ocasionais que permitam discussões abertas à sociedade civil e com a própria sociedade civil, principalmente junto dos jovens do Distrito.

Rita Santos

Bloco de Esquerda da Maia foi a votos

Silvestre Pereira reeleito Silvestre Pereira continua à frente da Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda da Maia. Este foi o resultado das eleições para o biénio 2010/2011 que decorreram no passado dia 30 de Janeiro. A lista eleita, encabeçada por Silvestre Pereira, e que também incluía, entre outros, José

Inácio, Paulo Ribeiro, Ricardo Salabert e André Neves, propõe-se «continuar a afirmar o Bloco de Esquerda como alternativa credível no concelho da Maia».

«Porque entende que a democracia é tão mais viva quanto mais participada for», o Bloco de Esquerda da

maiahoje

Maia pretende levar a cabo, junto da população maiata, “variadas acções de promoção de cidadania activa em torno da defesa da melhoria das condições de vida dos munícipes”.

Rita Santos

Orlando Leal

100 dias depois Temos vindo a assistir ao longo dos últimos dias ao debate do Orçamento de Estado, onde, para uma aparente surpresa, até para alguns membros do Governo com especiais responsabilidades em matéria económica.

Pelos vistos o deficit pós eleitoral foi muito mais elevado do que o previsto antes da ida as urnas, mas nada que me espante desde que o clima de política propagandista e da publicitação das boas novas, ou eventuais esperanças de novidades positivas passaram a ser mais relevantes do que o controlo efectivo da despesa e o rigor orçamental aliado ao crescimento económico.

Embora tal realidade não me espante nem cause especial novidade tanto para mim, como para qualquer cidadão minimamente informado da realidade nacional, o que é certo é que se temos um governo saindo este de eleições democráticas, devemos no mínimo dar o benefício da dúvida, independente do apoio ou não na altura do voto.

Acontece que nos dias de hoje, com a evolução dos tempos e a preocupante situação económica mundial, aliando no caso português a uma continuidade do Governo, apesar das eleições ocorridas, o benefício da dúvida terá de ter um espaço temporal mais curto. Para além disso a apresentação de um orçamento de estado como já foi feito deverá ser interpretada como uma ferramenta fundamental para se compreender para onde caminhamos com o Governo que temos.

Desta forma, após os primeiros 100 dias de Governação, mais uma vez marcados com pompa e circunstância com uma cerimónia pomposa de utilidade duvidosa a não ser a propagandista e o culto da imagem tão característicos deste Governo, aliás herdados do ultimo que trazia já o mesmo timoneiro, trouxe-nos uma excelente oportunidade para separar os tempos, entre o período do benefício d a dúvida e o tempo de começar a governar sem essa benesse da indeliberação de conclusões mais definitivas.

Assim é tempo de começar a perguntar por acções concretas, por uma luz ao fundo do túnel, e por uma política real e concreta que retire o país deste marasmo e dê nova esperança aos portugueses.

Mas infelizmente o que temos é um orçamento de estado que poucas novidades nos trás, com uma tentativa mal alicerçada de combate ao deficit, mas sem a coragem efectiva do corte na despesa, principalmente na de necessidade duvidosa e com a continuidade em apostas polémicas e que poderiam ser adiadas em função da estabilidade económica e controlo orçamental.

A nossa dívida pública continua a crescer e sobe para valores nunca vistos tornando o nosso PIB insuficiente para a abater, e vemos pouco ou nada ser feito para rever esta situação.

Julgo que se continuarmos a percorrer este caminho de pedras dentro em breve deixaremos de ser nós a definir a nossa política económica e serão as instituições internacionais a tomarem conta deste barco cada vez com menos rumo e ai virão os verdadeiros cortes na despesa, com cancelamento de mais investimentos públicos e até provavelmente de uma forma mais radical cortes nos vencimentos, nomeadamente na função pública…

Mas pode ser que eu esteja enganado, que não aconteça nada disso e que o período de benefício de dúvida para este governo se prolongue por mais algum tempo.

A ver vamos!...

Mas enfim como disse Medina Carreira “A democracia está aprisionada pela dimensão do Estado”

maiahoje DEBATE

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Política

07

JP organiza em Março nova iniciativa sobre a temática da eutanásia

Regionalização em debate \\ Garcia Pereira, dirigente do PCTP/MRPP, António Tavares, director do TECMAIA e João Pinho de Almeida, deputado do CDS-PP na Assembleia da República formaram o painel de oradores do debate que pretendeu «ir mais longe» na discussão do tema, tradicionalmente reduzido à luta entre o «sim» e o «não».

A regionalização esteve em debate na Casa do Alto, no passado dia 22 de Janeiro. O encontro de ideias, promovido pela Juventude Popular (JP) da Maia reuniu, em Pedrouços, várias figuras da vida política e social da Maia e do país.

Sentados à mesma mesa estiveram o deputado do CDS/PP, eleito pelo círculo do Porto João Pinho de Almeida, o dirigente do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, e o administrador do TECMAIA - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, António Tavares.

«Parcialmente adiada da discussão nesta última ronda legislativa, a reforma administrativa e a respectiva criação das regiões nunca deixou de suscitar interesse por parte de vozes conhecidas dos vários partidos políticos e dos já conhecidos movimentos pró-regionalização», referiu Manuel Oliveira, presidente da JP Maia. Por esse motivo e, com o intuito de fazer saltar a discussão da esfera do «sim» e do «não, a JP Maia promoveu este debate, subordinado ao tema «Regionalização – Perspectivas e Desafios». «Com este debate pretendemos ir mais longe e perceber, por exemplo, qual o modelo geográfico estrategicamente mais benéfico, como ficarão as relações entre o poder local e o poder Estatal, quais os graus de autonomia fiscal, económica, jurídica e política que podemos ambicionar, qual a possibilidade de redução das assimetrias populacionais e económicas ou a dicotomia cooperação/competição entre as regiões», justificou.

«A regionalização geográfica tem morto este debate» António Tavares foi o primeiro a intervir. O director do TECMAIA Parque de Ciência e Tecnologia da Maia começou por lembrar que a regionalização é uma matéria que está no imaginário dos portugueses, praticamente desde o 25 de Abril. «Não podemos esquecer que estamos a falar de um país que é o segundo mais centralizado dos trinta que compõem a OCDE e, portanto, se olharmos para história de Portugal vemos, efectivamente, que esta temática vem acompanhando a discussão política em Portugal».

Segundo António Tavares, Portugal não deixa de estar regionalizado, pois «o país já está dividido em duas regiões: a região de Lisboa e a região do resto do país».

Na sua opinião, o debate não pode ser à volta da questão geográfica. «A regionalização geográfica tem morto um bocado este debate, ou seja, a partir do momento em que nos preocupamos com quais vão ser as capitais das regiões, com qual vai ser a divisão, vai ser bastante difícil de chegarmos a qualquer tipo de consenso».

O administrador frisou, ainda, que a questão mais premente é saber que tipo de regionalização valerá a pena fazer. «Valerá a pena fazer uma regionalização que, do ponto de vista dos críticos desse modelo, vai criar mais despesa pública, vai propiciar a criação de mais cargos políticos ou será possível fazer a regionalização, actuando de uma

maneira diferente ao nível da administração do Estado?», argumentou.

Segundo o seu ponto de vista, é necessária uma redefinição das competências que hoje estão ao nível das juntas de freguesia, permitindo que estas possam ser mais activas junto dos cidadãos, elas que são «a primeira loja do cidadão».

Num mapa imaginário, mas de contornos reais, «o Norte é a região que sai mais prejudicada» por ser «mais vulnerável» à entrada de capital e bens estrangeiros. Num discurso que versou os problemas da região Norte do país, António Tavares fez notar que «o Norte é mais populoso que alguns países europeus» e tem potencial para crescer economicamente. Deu o «bom exemplo» da região autónoma da Galiza, como um modelo a seguir e considerou que o Norte «tem massa crítica suficiente» para vingar.

«Abertamente contra a regionalização» Embora tenha considerado «pouco habitual» a participação de um dirigente nacional do PCTP/MRPP num debate organizado pela JP, de outro quadrante político e ideológico, Garcia Pereira considerou ser «um sinal dos tempos» e «uma excelente lição de democracia, numa sociedade que hoje é muito caracterizada pela lógica do pensamento dominante, se não mesmo do pensamento único». À semelhança de outros assuntos, como o casamento entre homossexuais, Garcia Pereira considerou que a regionalização é

um tema que interessa particularmente ao Partido Socialista e a José Sócrates. «Interessa ao Governo colocar na agenda política do imediato estes temas para desviar a atenção de outros assuntos. Numa altura em que o país se debate com problemas gravíssimos, como o endividamento crescente, a fraca aposta na agricultura e na indústria, o desemprego, a emigração de jovens qualificados, “cai como sopa no mel” colocar na agenda política os chamados temas fracturantes para que, enquanto os portugueses se dividem sobre questões que são colaterais não se unam na questão essencial que é a da exigência que se debata a sério qual é o plano de desenvolvimento nacional que o país necessita para passar a ser um país viável, porque por este caminho não o é seguramente».

Garcia Pereira assumiu que é «abertamente contra a regionalização» e explicou porquê. «Não somos um país com problemas regionais e temos uma experiência, com perto de 200 anos, do que foram as tentativas anteriores de regionalização», ressaltou. «Eu sou pelo centralismo. A ideia de que os problemas se resolvem através da criação de estruturas regionais é uma ideia que facilmente permite dividir o povo. A ideia de que cá em cima há o Norte laborioso e industrial e lá em baixo, no sul, há uma cambada de paralíticos e de preguiçosos que não fazem nenhum e vivem à conta do resto dos pais não tem sentido. É um instrumento ideológico de divisão entre as pessoas o fazer-lhes crer que a razão dos seus males está, não na política errada que preside ao país, mas sim na existência de estruturas regionais», aditou.

Contudo, Garcia Pereira, advogou a criação de uma Região Especial de Lisboa e de uma Região Especial do Porto, uma «estrutura administrativa, superior ao município, de carácter mais amplo, para permitir tratar de forma integrada os problemas existenciais relativos à satisfação de necessidades colectivas da população». Mesmo assim, ressaltou que «a criação de regiões se traduziria apenas na criação de mais alguns tachos e sinecuras, mais algumas estruturas dirigentes para distribuir entre os partidos do poder, em particular os dois principais que nos têm desgovernado ao longo destes anos».

Perante uma «política completamente vendida e de traição nacional», em que o Norte «está a ser

gravemente prejudicado», o líder do PCTP/MRPP defendeu, ainda, uma boa rede de transportes ferroviários de mercadorias, que possa «unir todos os portos» do país e ligar o porto de Sines, «o único de águas profundas da Europa», aos restantes países do espaço europeu.

«Antes de debater a regionalização é preciso discutir toda a organização geográfica» O deputado do CDS/PP na Assembleia da República (AR), João Almeida, sustentou que «o debate decisivo e conclusivo sobre a regionalização deve ser feito a seguir às eleições presidenciais». O deputado começou por lembrar que foi «mandatário contra a regionalização» no primeiro referendo sobre o tema.

O discurso de João Almeida incidiu na organização de poderes autárquicos e considerou que o mapa de freguesias está mal distribuído, com algumas freguesias «com população superior a alguns concelhos do distrito do Porto». Dentro das grandes urbes, a distribuição também está errada, no entender do deputado. «Há concelhos no interior do país com dezenas de freguesias e isso dificulta o seu funcionamento». Por isso, considerou João Almeida, «antes de debater a regionalização é preciso discutir toda a organização geográfica» do país.

Após as intervenções dos oradores, seguiu-se um espaço aberto às perguntas do público. O adiantado da hora só permitiu resposta a três questões que partiram da audiência. No esgrimir dos argumentos, para além do tema da regionalização, esteve em confronto o assunto dos transportes.

Garcia Pereira defendeu o transporte «do futuro», o ferroviário, enquanto outros acusavam o comboio de ser um meio de transporte «pouco flexível».

A iniciativa não terminou sem a intervenção de Michael Seufert. O presidente da Juventude Popular e deputado do partido na AR congratulou-se com o sucesso a iniciativa que considerou «extremamente profícua».

Para a segunda semana do mês de Março, a JP Maia tem já agendado um debate sobre a eutanásia.

Ainda sem um painel definido, Manuel Oliveira garante que o tema «promete agitar as consciências».

Rita Santos

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Sociedade

MOVIMENTO

maiahoje

Rotários maiatos atribuem donativo ao projecto «Novos Laços»

Governador visita clubes rotários maiatos \\

Rotary Club de Águas Santas/Pedrouços e Rotary Club da Maia receberam em conjunto, pela primeira vez, Manuel Cordeiro, Governador do Distrito.

Manuel Cordeiro, Governador de Distrito Rotário 1970, visitou oficialmente, no passado dia 2, o Rotary Club de Águas Santas /Pedrouços e o Rotary Club da Maia.

Considerada pelos rotários como um dos momentos mais importantes na vida de um clube, a visita do Governador começou com uma sessão de cumprimentos na Câmara Municipal da Maia. O presidente e rotário, Bragança Fernandes e a vereadora da Acção Social, Ana Miguel Vieira de Carvalho, «fizeram as honras da casa» e receberam, no Salão D. Pedro IV, nos Paços do Concelho, para além de Manuel Cordeiro, os presidentes do Rotary Club de Águas Santas/Pedrouços e da Maia, Maria Helena Albuquerque e Joaquim Guedes, respectivamente, bem como, vários rotários.

O edil maiato presenteou o Governador com uma compilação das primeiras edições do Comércio do Porto e certificou que os dois clubes têm vindo a desenvolver um «bom

MÚSICA

trabalho». «Trata-se de uma parceria saudável, bem equilibrada, bem montada. Nós cedemos instalações aos clubes, mas eles, com as suas actividades, também nos ajudam e às IPSS do concelho».

Por seu turno, Manuel Cordeiro ofereceu ao presidente a flâmula do seu ano rotário. O Governador mostrou-se satisfeito pela forma «como ouve falar dos clubes maiatos» e agradeceu todo o apoio que o autarca tem dado aos clubes. «Se os ajuda é porque reconhece que desenvolvem um trabalho válido», sublinhou. «Vai poder continuar a confiar neles», asseverou.

Sete meses depois de ter decorrido a transmissão de tarefas e de ter começado a visitar os clubes que compõem o Distrito, Manuel Cordeiro considera que o seu trabalho «tem corrido muito bem». No caso do concelho da Maia, é a primeira vez que os dois clubes recebem em conjunto a visita do Governador. Uma decisão que não coube a Manuel Cordeiro,

mas com a qual concorda, porque assim o clube de Águas Santas/Pedrouços, que tem cerca de dois anos, pode «aprender» com o clube «mais maduro e com muita obra feita». «As reuniões são mais profícuas com os dois clubes em conjunto, porque têm mais gente a participar», aditou.

Na sua passagem pelos clubes, Manuel Cordeiro deixa «sempre» uma palavra de encorajamento, até porque os clubes do seu Distrito «têm uma actividade extraordinariamente interessante e muito importante nas suas comunidades, na ajuda aos mais desfavorecidos, na área do ensino e é extremamente interessante», afirmou.

projecto “Novos Laços”, numa iniciativa da Casa da Amizade. Este programa da edilidade foi contemplado com um donativo dos rotários. Estes entregaram material para a ocupação de tempos livres dos idosos e pufes para as crianças, resultado de uma acção de solidariedade levada a cabo pelos dois clubes do concelho da Maia.

O encontro terminou com um jantar festivo, numa unidade de restauração em Águas Santas, onde se juntaram os rotários dos clubes visitados, amigos de outros clubes e alguns convidados.

Rita Santos

Rotários solidários com o projecto «Novos Laços» O Governador realizou posteriormente uma reunião de trabalho com os conselhos directores dos dois clubes. Enquanto isso, a sua esposa, acompanhada por outros rotários, visitou as instalações do

Jovem violinista maiato sonha integrar a Filarmónica de Berlim

Recital de violino pelas mãos de Afonso Fesch

Afonso Fesch apresentou-se, no passado dia 23 de Janeiro, no auditório do Fórum Jovem da Maia, uma sala «que me trás boas recordações e onde me dá muito prazer tocar».

Na primeira parte, o jovem violinista maiato interpretou o

EXPOSIÇÃO

Concerto para Violino e Orquestra em Ré Maior Op.35 de Piotr Ilitch Tchaikovski, acompanhado pela pianista Olga Vasilyeva.

O Quarteto de Cordas da ESMAE, composto por Afonso Fesch (1º violino), Ana Madalena Ribeiro (2º violino), Lourenço Macedo Sampaio

(viola d’arco) e Ana Luísa Pereira (violoncelo), da classe do professor Riszard Wóycicki, apresentou, na segunda parte, Maurice Ravel.

«Acho que correu bem. Eu gostei, senti-me bem em palco», asseverou o artista. Confrontado com alguns reparos dos professores, Afonso Fesch não se mostrou preocupado. «Mau era se não houvesse reparos. A beleza na Música, como em qualquer profissão, é que nunca atingimos o patamar máximo. Se temos mais para dar, temos que nos esforçar. Só com esta atitude podemos chegar mais perto da perfeição», sublinhou.

Nascido no Porto e residente na Maia, este jovem músico de 21 anos é um dos mais promissores violinistas portugueses, titular de

inúmeros prémios e distinções em concursos nacionais e internacionais.

O dia-a-dia de Afonso Fesch, actualmente no terceiro ano de Violino, na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto divide-se entre as aulas e os ensaios, que «nunca são menos de cinco horas». Desde o masterclass com Ivry Gitlis, na quarta edição do «Stift Festival», na Holanda, o jovem violinista passou a deslocar-se uma semana por mês a Paris, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Afonso Fesh integra, ainda, como membro efectivo a «International Mahler Orchestra», em Berlim.

Relativamente a concertos, o artista maiato refere que tem alguns

agendados no estrangeiro, mas nenhum em Portugal. «Cidades como Paris e Berlim estão sempre ávidas de novos talentos e estão sempre à procura e dão oportunidades. Cá, é um bocado triste, mas não se investe muito na parte cultural, sendo que a Maia, apesar de tudo, é um pouco excepção, porque ainda oferece bastantes oportunidades e tem muitos auditórios. Mas, não há o maior dos reconhecimentos pelo músico em Portugal», lamentou Precisamente na Maia, Afonso Fesch gostava de tocar no Fórum da Maia, porque «é uma boa sala», mas o seu maior sonho é integrar a Filarmónica de Berlim.

contemporâneo».

O Turismo é o terceiro lugar, na Maia, no qual expõe, depois de ter mostrado o seu trabalho no Fórum Jovem e na Casa do Alto.

integra a formação «3 Sentados e 1 em Pé». O quarteto de cordas, com uma formação de base invulgar (três guitarras e um contrabaixo) ficou encarregue da animação na abertura da mostra.

Rita Santos

Maia Welcome Center acolhe a mostra até ao final do mês

Victor Gradíssimo expõe «Livre(o)» O espaço do Turismo da Maia encheu para assistir à inauguração da exposição de Victor Gradíssimo.

Sob o tema «Livre(o)», o pintor maiato apresentou um conjunto de dez trabalhos, em acrílico e óleo.

«Livre, porque quando pinto, façoo livremente, sem imposição de temas ou ideias. Livro, porque cada pub

quadro expressa uma história, uma situação e todos esses momentos juntos podem formar um livro», explicou o artista.

A mostra estava dividida em duas fases: uma mais antiga, «com mais expressões e predominantemente figurativa» e outra mais recente «em que sobressai o jogo

com a cor e linearidade».

Victor Gradíssimo, natural de S. Tomé e Príncipe e actualmente a residir em Vermoim, garantiu ter despertado «muito cedo» para a pintura, mas só começou a pintar «a sério» perto dos trinta anos. Com um gosto particular pela figura humana, considera-se um «pintor

«3 Sentados e 1 em Pé» Para além de pintor, Victor Gradíssimo é também músico e

Rita Santos

maiahoje EDUCAÇÃO

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Sociedade

09

O Ambiente e a sua preservação são os temas do programa

Maia recebe escolas da Europa no Programa “Comenius” \\ A delegação do programa Comenius foi recebida na Câmara Municipal da Maia e contou com a presença de professores e alunos de oito escolas da Europa. O programa que tem como tema o Ambiente e a sua preservação visa a partilha e troca de experiências.

Bragança Fernandes, presidente da Câmara Municipal da Maia, recebeu no Salão Nobre, da autarquia, no passado dia 5 de Fevereiro, a delegação do programa Comenius.

A recepção contou também com a presença do director do agrupamento de escolas do Castêlo da Maia, Marco Marques, da professora e coordenadora deste projecto na escola EB 2,3 do Castêlo da Maia, Rosalina Moura e dos professores e alunos integrados neste projecto vindos de várias escolas da Europa.

O concelho da Maia, segundo Bragança Fernandes conta com uma média de sucesso superior ao valor nacional (média de sucesso na Maia será de 97%, enquanto que a nível nacional a média é de 95% e quase 0% no que diz respeito ao abandono escolar). Para Bragança Fernandes «a Maia continua a querer manter o nível de vida dos

SOLIDARIEDADE

cidadãos boa a todos os níveis, tanto a nível educacional, como profissional e pessoal. Assim, continua a apoiar este tipo de projectos acabando eles por ser uma mais-valia para o concelho», garante o presidente.

Esta iniciativa tem como duração prevista dois anos e conta com a participação de vários países.

Tem como objectivo «a partilha de experiências e estimulação do interesse, a curiosidade por outros países, por outras culturas, tudo dentro daquela ideia de tolerância, de respeito pelos outros, pelas sensibilidades», disse a coordenadora do projecto. Este programa visa também aumentar a qualidade do ensino e o enriquecimento pessoal, dandolhes a consciência de que são cidadãos portugueses e da União Europeia «temos consciência que vamos mudar os nossos alunos naquele caminho que acreditamos

que seja o melhor para eles, para que se sintam cidadãos tanto em Portugal como na Europa», sublinha ainda Rosalina Moura.

O Ambiente e a sua preservação O projecto que tem como tema o Ambiente e a sua preservação tende a promover hábitos de vida saudável «os comportamentos saudáveis passam por uma boa alimentação, um exercício físico, entre outros, porque se nós estivermos bem connosco mesmo, estamos bem com o mundo à nossa volta e tratamos bem o ambiente pelo qual todos nós somos responsáveis», disse a coordenadora do projecto na escola EB 2,3 do Castêlo da Maia.

Para dar mais cor a esta recepção os alunos da escola EB 2,3 do Castêlo da Maia lisonjearam os presentes com cânticos tradicionais portugueses. Os professores também mostraram aos convidados

os seus dotes vocais com uma canção italiana.

Portugal conta com duas escolas inscritas no Programa Bulgária, Chipre, Escócia, Espanha, Estónia, Inglaterra, Itália, Portugal e Turquia foram os países presentes nesta recepção, contudo não são apenas estes a dar vida a esta iniciativa, outros países tal como a Polónia (país coordenador), a Dinamarca e a Noruega também fazem parte, contudo não puderam comparecer.

Portugal, que conta com duas escolas inscritas neste projecto, uma do Alentejo, em Monforte e outra da Maia, o agrupamento EB 2,3 Castêlo da Maia, já se viu representado por maiatos na Turquia.

Com esta iniciativa, o agrupamento da Maia pretende dar maior visibilidade ao que se faz na escola e que esta tenha o

reconhecimento necessário «é um estímulo tanto para os professores como para os alunos», alega Rosalina Moura.

Para a Maia é uma forma de mostrar aos outros países o que há de bom na educação, na cultura e no desporto «esta troca de cultura vai mostrar como é a educação nos outros países e os estudantes maiatos vão dar mais valor ao que é feito pela Câmara», disse o Edil.

Na sua estadia em Portugal os oito países presentes vão aproveitar o fim-de-semana para ir até à cidade do Porto ver o aquário “Sea Life” e fazer uma visita aos locais mais emblemáticos da cidade. Um cruzeiro no Rio Douro e as caves de vinho do porto, são outros dos destinos escolhidos.

Catarina Almendra

Equipa «Moreira contra o Cancro» vai dar «Música pela Vida» no próximo dia 20

«Feira da Solidariedade» rende 2100 euros para a luta contra o cancro

Utensílios de casa, artigos de decoração, roupa, brinquedos, livros, discos, bijuteria, produtos

biológicos, velharias e o que mais coube no Celeiro dos Cónegos, em Moreira da Maia, esteve à venda na

«Feira da Solidariedade». Esta foi a primeira iniciativa promovida pela equipa «Moreira contra o Cancro»

e, a julgar pelo montante arrecadado, foi um «sucesso».

«Angariamos cerca de 2100 euros na feira, que contou com a visita perto de 780 pessoas», disse Leonor Sottomayor, capitã da equipa moreirense. «As pessoas sentiram-se sensibilizadas pelo projecto e aderiram a este evento familiar em prol da defesa da vida», acrescentou.

A equipa de Moreira nasceu de um repto que Leonor Sottomayor endereçou a familiares e amigos. O desafio foi aceite e «fizemos uma equipa de 20 pessoas que vivem aqui em Moreira da Maia. Achamos que era uma maneira simpática de mostrar o nosso apoio ao projecto da Liga Portuguesa contra o Cancro», explicou.

Para esta feira estabeleceram contactos com as instituições da zona, colocaram anúncios, distribuíram cartazes, enviaram emails e até solicitaram ao pároco para anunciar o evento na Eucaristia. «Pedimos às pessoas para doarem aquilo que já não precisavam, que já estava a mais lá em casa, com a condição de estar em bom estado. Incitamos as pessoas a entregarem coisas que

elas tivessem vontade de comprar e que depois viessem comprar outras coisas a um preço muito simbólico», ressaltou.

Jaime Gonçalves, coordenador local do projecto Um Dia Pela Vida sublinhou que «esta iniciativa se inscreve na política de diversificação das actividades, com o propósito de difundir a mensagem». Na Maia, o programa da Liga Portuguesa contra o Cancro conta já com 20 equipas, que envolvem directamente cerca de 150 pessoas.

«Música pela Vida» no auditório Venepor «Música pela Vida» é a próxima actividade desta equipa que vai apresentar, no próximo dia 20, pelas 21h00, no auditório do Cinema Venepor, «um excelente espectáculo de variedades» com a participação do Coro Infantil da Escola de Música Valentim de Carvalho, do Maestro Joaquim Marçal com o Coro da CCDR-N, entre outros artistas.

Rita Santos

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Freguesias SAÚDE

maiahoje

Hábitos alimentares, solidão, obesidade e sedentarismo foram os temas em destaque

Dar «saúde à vida» dos habitantes de Pedrouços \\ O «Encontro da Saúde» pretendeu melhorar a qualidade de vida da população mais idosa da freguesia e unir todos os parceiros sociais da mesma no suporte emocional, social e material aos que mais precisam.

A solidão é um problema social para 17 por cento dos idosos inscritos na Unidade de Saúde Familiar (USF) “Saúde em Família”, sedeada em Pedrouços, e 36 por cento dos utentes seniores apresentam excesso de peso. Estes dados resultam de um inquérito efectuado no ano passado aos utentes da USF de Pedrouços por quatro alunas do 5º curso de pós-licenciatura da especialidade de enfermagem comunitária.

Dos problemas que o estudo revelou, Amélia Cunha, Célia Barbosa, Cristina Damas e Sílvia Ferraz apontaram como prioridades «os hábitos alimentares adequados, a solidão, a obesidade e o sedentarismo”, referiu Cristina Damas. Para contrariar os resultados negativos nasceu o «Encontro da Saúde», iniciativa que decorreu no fim-de-semana de 23 e 24 de Janeiro, com o objectivo

SEGURANÇA

de informar e formar os utentes.

Apesar da população alvo ser os utentes com idade igual ou superior a 65 anos, o evento esteve aberto a todos quantos quiseram passar pela Junta de Freguesia de Pedrouços «porque estes problemas não são só dos idosos, são de toda a população», frisou Cristina Damas.

A sessão solene que abriu o encontro, no sábado, contou com a presença da vereadora da Acção Social da Câmara Municipal da Maia, Ana Miguel Vieira de Carvalho, da directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde da Maia, Luísa Fontes, da directora da USF «Saúde em Família», Teresa Bragança, da coordenadora de enfermagem do CESPU (Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário), Clarisse Magalhães e da representante da Santa Casa

da Misericórdia da Maia, Helena Ribeiro. À disposição dos visitantes estiveram, durante o fim-desemana, diferentes bancas alusivas a cada um dos grupos da roda dos alimentos, gabinetes de podologia, de rastreio auditivo e visual, avaliação de tensão arterial, diabetes e índice de massa corporal.

O Projecto Lidador não quis deixar de se associar à iniciativa e ficou responsável pelo cantinho das actividades, onde foram apresentadas algumas formas como os mais velhos podem ocupar o tempo.

Do programa deste encontro faz parte a iniciativa «Dar saúde à vida», que inclui dois projectos de intervenção: um de combate à solidão, designado «troca de saberes», que inclui algumas sugestões de actividades que podem ser desenvolvidas por um grupo multidisciplinar e

outro denominado «Comer bem, viver melhor», a cargo da USF, que inclui uma consulta de combate à obesidade, sedentarismo e promoção de uma alimentação saudável.

O encontro, que teve a duração de 14 horas, privilegiou a interacção com os idosos, através de exercícios de geriatria, promovidos por enfermeiras especialização em reabilitação.

«Estes eventos são importantíssimos para promover a consciencialização das pessoas que, muitas vezes deixam a saúde para segundo plano. Foi a pensar na população, principalmente nos mais idosos, que disponibilizamos as instalações da junta de freguesia para a realização do encontro», frisou Joaquim Araújo, presidente da autarquia pedroucense.

Os seniores participantes receberam à entrada um folheto onde eram registadas as bancas por onde passavam e os resultados dos rastreios efectuados para que, se fosse identificado algum problema, o utente pudesse dirigir-se à unidade de saúde. «Às vezes pode ser algo do momento, mas pode ser algo que já exista há algum tempo e para o qual não estavam alertados. Portanto, cabe ao médico despistar e se houver necessidade encaminhar para algum sítio», explicou Cristina Damas.

Os idosos receberam, ainda, um número que, no final, deu direito a um sorteio para assistir a um espectáculo de Filipe La Féria ou um fim-desemana numa pousada do INATEL. Rita Santos

Assembleia de Freguesia reúne em sessão pública extraordinária para debater o tema

Deputados de Vila Nova da Telha aprovam moção «em prol de mais e melhor segurança»

«As questões da segurança são, para todos nós, uma preocupação constante na freguesia de Vila Nova da Telha». Assim começa a moção, aprovada por unanimidade por oito dos nove deputados eleitos para a Assembleia de Freguesia, em sessão pública extraordinária deste órgão autárquico realizada no passado dia 4.

Depois das posições assumidas pela Câmara Municipal da Maia e pelas juntas de freguesia de Vila Nova da Telha e de Moreira, os deputados sentiram também necessidade de marcarem a sua posição «de uma forma autónoma», sublinhou Márcia Passos, presidente da

assembleia de freguesia.

A atitude dos deputados de Vila Nova da Telha surge na sequência de um número de assaltos considerado «preocupante», a par de «alguma criminalidade» a que se tem vindo a assistir desde o início do ano. «Verificaram-se tais assaltos a residências particulares, a estabelecimentos comerciais e ao edifício sede da Junta de Freguesia. Tais actos foram praticados ora durante o dia, ora durante a noite. Além de serem reais violações da propriedade, tais crimes originaram danos às respectivas vitimas, danos esses cujo ressarcimento dificilmente será obtido», refere a proposta.

O documento vai ser agora encaminhado para diversas entidades, nomeadamente o Ministério da Administração Interna, o Governo Civil do Porto, a Câmara Municipal da Maia, com o intuito de «firmar a nossa posição institucional no âmbito desta assembleia de freguesia» e «pugnar para que sejam adoptadas medidas pelas autoridades competentes, e dele será também dado conhecimento à população.

Relativamente ao Ministério da Administração Interna, os deputados vilanovenses pedem o reforço dos meios da GNR (força policial responsável por esta freguesia),

concretização da instalação da esquadra da PSP, abrangendo as freguesias de Vila Nova da Telha e Moreira da Maia cuja criação se encontra oficializada pela Portaria Nº 153/83 de 17 de Fevereiro e o alargamento da área de intervenção da PSP com esquadra instalada no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Já à Câmara Municipal da Maia solicitam que continue a ser «uma voz activa e persistente, disponibilizando instalações como já prometeu fazer, para que no mais curto prazo se concretize a instalação de um posto da GNR ou PSP que sirva as duas freguesias de Moreira e Vila Nova da Telha».

Ouvido sobre a moção aprovada pelos deputados de Vila Nova da Telha, Bragança Fernandes salientou que esta constitui um reforço das diligências camarárias. «Esta moção dá mais força ao pedido que fui fazer a Lisboa».

Na freguesia está também em curso um abaixo-assinado organizado pela população e uma petição lançada pelo Partido Socialista, denominada «Mais Segurança para Vila Nova da telha e Moreira».

Rita Santos

maiahoje PROTESTO

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Freguesias

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Habitantes apontam vários erros às obras desenvolvidas pela Metro do Porto

Metro do Porto prejudica moradores de Moreira \\ Os moradores da Rua das Oliveiras queixam-se de insegurança por causa das obras. A câmara propõe-se corrigir os erros existentes quando a obra passar para a alçada da autarquia.

As obras do Metro do Porto, nas imediações da Rua das Oliveiras, na freguesia de Moreira da Maia, estão a dar muitas dores de cabeça aos moradores desta artéria. Nos últimos tempos, as intervenções levadas a cabo perto da rua em causa, paredes-meias com a linha B do Metro do Porto, transformaram por completo a paisagem desta zona, essencialmente verde e pouco urbanizada. A caminho está a construção em altura, numa área compreendida entre a Estrada Nacional 107 e a Rua Dr. Farinhote.

Moradores e autarquia já chegaram a um acordo pacífico, mas até há algum tempo atrás os habitantes da Rua das Oliveiras apontavam vários erros às obras desenvolvidas pela Metro do Porto, com a conivência da câmara da Maia. No terreno, agora um enorme tapete de alcatrão, os habitantes reclamam a defesa da sua segurança através da colocação de se-

GASTRONOMIA

máforos na entrada da nova urbanização, tanto na Nacional 107 como na Rua Dr. Farinhote. Uma exigência que, de acordo com o vereador do Urbanismo da Câmara da Maia, vai ser uma realidade.

Um dos erros mais graves apontados pelos moradores é o acesso a um pontão que faz a ligação entre a Rua da Botica e o acesso à Rua das Oliveiras. Na aproximação à última artéria, a via descreve uma curva de 180 graus à esquerda, logo após a uma descida, que os moradores entendem estar mal sinalizada. «Meteram uma placa sinalizadora de curva à esquerda em cima da curva. É difícil de ver, principalmente à noite. E se algum carro, por lapso, falhar a travagem, encontra um fosso com seis metros de profundidade», sublinhou Luís Santos, um dos residentes no arruamento moreirense.

Também num dos segmentos da «nova» Rua das Oliveiras, se

nota a ausência de protecção na lateral dos passeios. Uma falta que pode provocar quedas graves, já que imediatamente ao lado dos passeios, onde futuramente vão nascer novas urbanizações, se encontram agora desníveis com vários metros de altura. Mais uma vez, está em causa a segurança dos que atravessam esta via a pé, «principalmente crianças e deficientes visuais e motores», acrescentou Luís Santos.

Apesar das contrariedades, os moradores da Rua das Oliveiras já apresentaram um plano «inovador e prestigiante para a Câmara Municipal», mas que foi mal recebido pela autarquia. «Quase que nos trataram como tolos». Nos contactos com a Câmara, os moradores tentaram falar com o presidente da autarquia, Bragança Fernandes, com o presidente da Assembleia Municipal, Luciano Gomes e com o vicepresidente da câmara, António Silva

Tiago. No entanto, «apenas o presidente da Assembleia Municipal se dignou a responder aos nossos contactos». Seguiu-se uma reunião com técnicos camarários e com o presidente da Junta de Freguesia de Moreira da Maia, Albino Maia. Os resultados não foram animadores.

«Percebemos que o presidente da junta sabe muito pouco e isso preocupa-nos», avançou Luís Santos.

Resolução a caminho Numa reunião posterior, «os resultados foram plenamente satisfatórios», asseverou António Silva Tiago. Os moradores consideraram que a intervenção feita no local é «de excelência», mas ainda há arestas por limar. «A única coisa que preocupa os moradores e também a Câmara Municipal da Maia é o mau uso que as pessoas podem dar à obra», confessou o vereador com a pasta do Urbanismo. Como se tratam de vias recém-pavimentadas e

com rectas de alguma extensão, a segurança vem, mais uma vez, à baila. «Se aquilo estivesse cheio de buracos, como já esteve antes, os moradores não estavam preocupados porque não iam existir abusos» por parte dos «aceleras», acrescentou António Silva Tiago.

Para melhorar a segurança do local, o autarca revelou que «vão ser colocados semáforos num entroncamento a sul da Rua de Matos para regular o entroncamento existente. E ao mesmo tempo que vão regular o entroncamento, obrigam as pessoas a andar devagar». Outra das medidas propostas e aceites pela Câmara Municipal da Maia passa pela limitação de velocidade na Rua das Oliveiras que, adiantou, vai passar a ter como limite de velocidade 30 quilómetros por hora.

Também o «gancho» à saída do viaduto que encima a linha B do Metro do Porto vai conhecer uma limitação de velocidade. Este vai ser antecedido por bandas sonoras, acompanhadas por sinais luminosos a fim de desencorajar quaisquer excessos que possam ser cometidos, avançou António Silva Tiago.

«Nós não queremos andar a fazer coisas bonitas e boas para depois darem em mortos», asseverou.

No entanto, «não podemos lutar contra loucos», referindo-se a cidadãos que podem cometer excessos.

«Esses não podemos controlar, era preciso um polícia em cada esquina», aditou.

António Silva Tiago afiançou que os problemas vão ser totalmente sanados no futuro, quando a Metro do Porto entregar a obra à Câmara da Maia, algo que vai acontecer no final dos trabalhos. «A partir desse momento, a obra passa a ser gerida e preservada pela câmara».

Rita Santos

Vermoim foi palco de mais um festival gastronómico.

“Há porco no parque” e animação na freguesia \\ Vermoim organizou mais um festival, o quinto, do “Há porco no parque”. Este evento que conta cada vez com maior adesão por parte dos vermoenses deixa o presidente da junta, Aloísio Nogueira satisfeito e com vontade de continuar a investir neste tipo de festas.

O quinto festival gastronómico de Vermoim “Há porco no parque”, que se realizou entre os dias 5, 6 e 7 de Fevereiro contou com muita alegria, música e animação.

Esta iniciativa da Junta de Freguesia de Vermoim, inserida nas Festas de S. Brás, padroeira da freguesia, tem vindo a registar cada

ano que passa um maior número de participantes e visitantes, tendo o ano transacto atingido um novo recorde, contabilizando perto de 7500 pessoas.

Com os números a subir a subir todos os anos Aloísio Nogueira, presidente da junta de Vermoim, não se podia encontrar mais satis-

feito «este evento tem sido um sucesso em termos de adesão popular e, por isso é que tem crescido em termos de área ocupada, expositores e participantes neste evento», disse o presidente.

A abertura oficial do festival que se deu pelas 18h, foi animada com fados, cantares ao desafio e ka-

raoke.

Durante os dias 6 e 7, as tardes foram preenchidas com jogos tradicionais e um já tradicional torneio de leitões, onde estes vestiram as camisolas dos três grande clubes, FC Porto, SL Benfica e Sporting CP, «uma corrida emocionante e que tem atraído muitos espectadores»,

assegurou Aloísio Nogueira.

Para animar “José Neves & Amigos” deram voz à noite de sábado e “Augusto Canário & Amigos” à de domingo.

Catarina Almendra

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

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maiahoje SOLIDARIEDADE

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Freguesias

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Menina de Santa Maria de Avioso mais perto do transplante

Encontrado dador compatível para Carmen Pinheiro \\ As angariações de potenciais dadores não vão parar. Sob o lema «Bora lá por todos!», as campanhas de recolha vão tentar ajudar o Afonso, a Teresa, o Matias, a Marta e tantos outros que ainda procuram dador compatível.

Mais de sete mil portugueses participaram em campanhas de norte a sul do país, mas foi no estrangeiro que foi finalmente encontrado um dador de medula compatível com Carmen Pinheiro, de cinco anos e vítima de leucemia mieloblástica aguda (LMA) desde Agosto de 2009. «É com enorme e imensa alegria que informamos ter sido encontrado um dador compatível para a nossa Carmen», divulgou a família da me-

POLÍTICA

nina de Santa Maria de Avioso, no dia 2, através do blog carmenpine.blogspot.com e da rede social Facebook.

De acordo com a informação transmitida pelo Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, trata-se de um dador estrangeiro encontrado num banco de sangue do cordão umbilical. Uma «notícia maravilhosa» que acabou por ser «a melhor prenda de aniversário para Carmen, que comemorou o quinto aniversário no passado dia 24 de Janeiro», reconheceu a mãe, Bela Margarida.

Mas há ainda um caminho a percorrer até ao momento do tão desejado transplante. E Carmen deu mais um passo, na passada segunda-feira, ao conseguir a remissão da doença, o que lhe permite começar a prepararse para o transplante. «Até lá fico no IPO com mais um ciclo de quimioterapia para manter os níveis das células más, baixos, que é assim é que tem de ser!», pode ler-se do blog da menina.

Apesar de ter sido encontrado o dador compatível para esta menina da Maia, e porque já estavam outras cam-

panhas de recolha agendadas, a mãe garante que a intenção da família é mantê-las, pois «a lista dos que ainda precisam é infelizmente extensa: o Matias, o Afonso, a Teresa e tantos outros que não sabemos o seu nome. É por isso que queremos continuar como desde o primeiro dia: com a mesma perseverança, a mesma sensibilização. É por isso que continuaremos a procurar e a fazer novas angariações», justificou Bela Margarida.

Por esse motivo, à campanha intitulada «Bora Lá, pela Cá!», segue-se «Bora Lá: Pedalar até à Medula!».

Quem sabe, para entrar para os recordes do Guinness como «o país que em menos tempo possa dar mais dadores de medula óssea», lê-se num dos posts do blog. E há já diversas acções agendadas para este mês de Fevereiro, sob a coordenação do Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE).

«Bora lá por todos!»

Descoberto o dador de medula óssea compatível para Carmen Pinheiro, as campanhas para angariar mais potenciais dadores não param, tendo como lema «Bora lá por todos!».

Num cartaz com a foto da menina de Santa Maria de Avioso ao centro, surgem nomes como o do Afonso, da Teresa, do Matias e da Marta. E são apenas uma amostra dos que ainda procuram dador compatível.

Para os ajudar, estão já agendadas outras colheitas, inclusive na Maia. Na sequência de um apelo lançado em Dezembro por Carlos Gonçalves, responsável pela organização de algumas campanhas de angariação de dadores, o Grupo Motard «Os Atrasados» disponibilizou-se para reunir os requisitos necessários para promover uma colheita, porque, «quando toca a

crianças e a idosos estamos sempre dispostos a colaborar», sublinhou o presidente, Alberto Brilhante.

O grupo já garantiu o número mínimo para a realização de uma colheita (50 pessoas) e, como tal, esta foi marcada para o dia 6 de Março, entre as 10h00 e as 16h00, na sala de formação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Pedrouços. «Não tenham medo», sublinhou Alberto Brilhante, porque «é só dar uma amostra de sangue» para «ajudar as crianças e todas as pessoas que necessitem do nosso apoio».

O Salão Paroquial de Águas Santas acolherá uma outra colheita, no dia 21, entre as 10h00 e as 16h00.

Rita Santos

\\ Outras colheitas 17 de Fev. – Estádio do Dragão – 17h00-22h00 20 de Fev. – Escola EB 2,3 de Baguim do Monte – 09h00-12h30 20 de Fev. – Salão Paroquial da Senhora da Hora – 15h00-19h00 21 de Fev. – Centro Social e Paroquial de Terroso (P- de Varzim) – 10h00-16h00

Desemprego, direitos dos trabalhadores e salários são alguns temas abordados

Campanha do PCP exige «uma vida melhor» \\ A Finex foi a primeira das empresas maiatas a receber a visita da Comissão Política Concelhia Comunista. A Fico Cables e a Confetil estão também em agenda.

«Com esta campanha o PCP pretende levar mais longe a sua proposta de ruptura com a política de direita, animar a luta de todos quantos aspiram a uma vida melhor e não se conformam com as injustiças, com o desemprego, com a pobreza e corrupção que aumenta no nosso país». As palavras são de Teresa Lopes, dirigente do PCP da Maia. A Finex, em Milheirós, foi a empresa escolhida pela Comissão Concelhia do partido para arrancar com a campanha nacional de contacto com as populações e os trabalhadores, sob o lema «Com o PCP, lutar contra as injustiças – exigir uma vida melhor».

De acordo com Teresa Lopes, trata-se de uma campanha que teve inicio no passado dia 25 de Janeiro e que se vai prolongar ao longo do primeiro trimestre deste ano para «chamar a atenção sobre diversos problemas sociais, que o PCP entende que estão no cerne da actual situação e que relativamente ao Orçamento de Estado pesam bastante». O PCP pretende «esclarecer e mobilizar os trabalhadores e a população» para alguns problemas que persistem na Maia e que «às vezes são menos falados» mas que consideram igualmente

«importantes».

Na base da campanha dos comunistas está a questão do desemprego e, relativamente à Maia, a dirigente garantiu que «se mantém a taxa de desemprego nos 12 por cento, o que não sendo a pior do distrito também não é a melhor, até há concelhos do Grande Porto que têm uma taxa mais baixa», justificou. «Até há coisas que parecem estranhas porque, por exemplo, o Vivaci e o Maia Jardim foram abertos recentemente e salientam o número de postos de trabalho que criaram e nós vemos, por exemplo, que de Novembro para Dezembro de 2009, de acordo com os dados do Centro de Emprego, houve um aumento de 74 desempregados. Portanto, o desemprego continua a aumentar e se compararmos com o ano anterior, então é um aumento de 22 por cento. Portanto, na Maia há cerca de 6700 desempregados.

Mesmo relativamente à camada jovem, possuidora de cursos superiores e formação especializada, os números continuam a ser elevados», aditou.

Segundo Teresa Lopes, o problema do desemprego «concretiza-se em falências de empresas que fecham

as portas por falta de apoios e de recursos para fazer face à situação». De acordo com Alberto Neto, elemento da comissão concelhia do PCP, o número de falências também tem vindo a aumentar no município, «ao contrário daquilo que o presidente da Câmara diz nas entrevistas». O militante comunista tinha na sua posse cerca de 20 processos de empresas que entraram processo de insolvência. «Mas serão, com certeza, o dobro ou o triplo delas», garantiu. «O nosso presidente, às vezes, parece que não conhece a realidade do próprio concelho», porque «são empresas que já fecharam mesmo». Os dados são relativos a 2009, mas Alberto Neto assevera que este ano já começaram a surgir. «Já soube que no Maiashopping houve uma empresa que entrou em processo de insolvência». «Temos que estar atentos, porque a situação atira com as pessoas para uma situação de precariedade», frisou.

Direitos dos trabalhadores e aumento dos salários «Outro problema visado nesta campanha refere-se os direitos dos trabalhadores», acrescentou Teresa Lopes. «Há muita falta de cumpri-

mento. Há várias empresas aqui com salários em atraso, com subsídios de Natal em atraso. Aspectos inaceitáveis.

A dirigente do PCP focou ainda a questão do não aumento de salários.

«Temos noção que existe uma grande campanha por causa da crise e do défice e se os trabalhadores não lutarem o peso vai recair outra vez sobre eles», disse.

No breve contacto com as trabalhadoras da Finex, os comunistas ficaram a saber que «as costureiras especializadas tiveram, apenas, o aumento do salário mínimo». E nem foi para todas, pois «as que estavam acima do salário mínimo não receberam mais nada».

Teresa Lopes considerou que «nada» justifica essa situação. “Isto significa manter-se a mesma política, significa que não há dinâmica do mercado interno, porque se as pessoas não têm dinheiro não o podem gastar, ou seja, umas coisas arrastam as outras”, explicou.

Alberto Neto apontou ainda outras empresas maiatas que, nesta altura, estão com salários em atraso. É o caso «da Jomar, em Folgosa, que tem salários em atrasos de Dezembro

e o 13º mês, a Metalobajouca que paga de vez em quando. Os trabalhadores estão presos a uma entidade patronal e não podem ter vida própria.

Parece que estamos outra vez na Era Industrial”.

Mais campanha O PCP arrancou com a campanha na Finex, «por consideramos que esta empresa foi um expoente da indústria de confecção na Maia» e, até ao final do mês de Março, pretende contactar com outros trabalhadores de empresas da Maia, algumas das quais surgem no ranking das mil maiores empresas. Entre elas, estará a Fico Cables, que também se depara com a situação de «manter um grande exército de trabalhadores que vai buscar às empresas de trabalho temporário e de horas extraordinárias que não são pagas». Os trabalhadores da Confetil, da cordoaria Oliveira e Sá, receberão igualmente a visita do PCP da Maia.

«São situações que eu acho que devem ser denunciadas e que devemos fazer alguma coisa contra isso», concluiu Teresa Lopes.

Rita Santos

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14 CULTURA

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Freguesias Noites de Poesia

Opinião \\

«Fevereiro 2010» «Para o ano vamos fazer o Serão de Poesia na Junta antiga e desfrutarmos dos petiscos do “Há porco no parque”, no 5º Festival Gastronómico de Vermoim» diziam alguns presentes, recémchegados do festival.

E continuavam - «E as pessoas são tantas que se acotovelam umas às outras!»

Pois! A “nossa” tertúlia sempre foi mais calma, não tão animada como o Festival Gastronómico (desta vez não tivemos música, nem canções, nem animação!!!), mas tivemos a presença de muitos dos poetas que nos acompanham há muitos anos - e alguns que apareceram pela primeira vez!

José Gomes saudou os presentes e deu início à “Noites de Poesia em Vermoim” cujo tema para essa Noite era “Fevereiro 2010”.

Maria Mamede declamou o seu poema Fevereiro 2010 - balanço: “Tantos anos à porfia / e tantas contas sem prova / tantos, tantos os meus dias / de agruras e de agonias / mais uma ou outra alegria / quando tentei vida nova... (...)”.

Leonel Olhero escapuliu-se de casa, num “vou ali e venho já” e marcou presença, declamando dois poemas seguidos, dos quais destaco este excerto do soneto Temas... motes: “(...) Dão-me temas p’ra rimar, extravagantes. / São motes complicados... mesmo chocantes. / Um breve exemplo: pub

‘fevereiro, dois mil e dez’. (...)”.

Adérito Morais, combalido, compartilhou connosco o difícil momento de saúde que está a atravessar e a operação que irá fazer na próxima semana. Uma grande salva de palmas expressou a nossa solidariedade, amizade e carinho por este amigo que nos acompanha desde a fundação das Noites de Poesia em Vermoim. Dum dos poemas que declamou destaco este excerto de Fevereiro - 2010: “Foi em Fevereiro que a conheci, / Do ano da graça de dois mil e um. / Era esbelta e bela, / Olhos cor do mar, / Alta, corpo franzino, / Lábios sensuais. (...)”.

Lourdes Costa apresentou-nos uma recolha de Adágios populares de Fevereiro, dos quais destaco: “Fevereiro quente, / traz o diabo no ventre. / Quando não chove em Fevereiro, / nem bom prado, nem bom celeiro. / Sol de Fevereiro, / mata a mãe ao soalheiro. (...)”.

Teresa Vaz declamou-nos este Fevereiro em que destaco esta parte: “Mês pequeno entre todos / Os meses do ano, / Mês traiçoeiro em que / O tempo é só um engano. (...)”.

Cesário Costa, com o seu peculiar ar jovial, apresentou-nos o trabalho Inventar Fevereiro. Escolhi esta parte: “É urgente inventar Fevereiro de 2010. / O mês só tem 28 dias, / já estamos a 6 / e só me restam 5 horas! (...)”.

Inocêncio Vidal expressou a sua

maiahoje

Deco*

solidariedade com Adérito Morais, proferindo palavras de esperança e amizade. Declamou o seu Fevereiro e escolhi este excerto: “Neste mês de Fevereiro / Do ano dois mil e dez / Quero abarcar por inteiro / Todos os mares e marés. (...)”.

Manuela Carneiro apresentounos um poema carregado e negro a que deu o nome Fevereiro - 2010. É dele este excerto: “(...) Este meu Fevereiro 2010 / É apenas este instante que se desfaz / E eu sou apenas aquilo que já aqui não está / Vos apenas o que imagino e desejo / Natureza criativa que a qualquer instante se refaz (...)”.

Jaime Gonçalves declamou-nos um poema que dedicou a Rosa Lobato Faria. Saboreiem este pedaço: “Senhora tão elegante / De porte altivo e sereno / Educada e bem falante / Olhar meigo, cativante / Com tanta arte e mestria / No declamar poesia! (...)”.

Humberto Buco, um poeta que nos visitou pela primeira vez, “sarrabiscou” nesta sessão Fevereiro que transcrevo parte dele: “Fevereiro / Antes de Março / Logo depois de Janeiro. / Ainda é mês de Inverno / Mas a Primavera não tarda / E o Carnaval está já aí. (...)”.

Quase que Armindo Cardoso ia ficando no esquecimento, escondido lá no fundo do salão!

Dos poemas que declamou escolhi Fevereiro 2010 e transcrevo este excerto: “Fevereiro / sempre foi o segundo mês de cada ano, / tenha

o número que tiver, / nenhum chegou por engano, / com, ou sem amor de mulher; (...)”.

Fernanda Garcias e a Teresa Gonçalves intervieram, nesta primeira parte, com poemas dedicados ao tema mas esqueceram-se de deixar os poemas...

A Poesia na Net esteve representada apenas pelos poemas enviados por João Diogo (Brasil) excerto do poema: “(...) Como mês especial / Fevereiro é carnaval / Em todo o universo. / Alegrem-se, / Quem dele carece, / Pois o riso é uma prece, / E a folia, um sucesso... (...)”. - e por Helena Maltez (Ilhavo) - que vos deixo com este excerto: “No respingo indefinido / nasce Fevereiro / pequeno, chuvoso / estranho e sinuoso. (...)”.

No tema Livre colaboraram com poemas seus ou de outros autores os seguintes poetas: Leonel Olhero, Maria Fátima Leitão, Adérito Morais, António Castilho Dias, Armindo Fernandes Cardoso, Irene Lamolinairie, José Rosa, Fernanda Garcias, Inocêncio Vidal, Teresa Vaz, Manuela Carneiro, Maria Mamede, José Gomes, Lourdes Costa, Cesário Costa e Teresa Gonçalves.

Assim se passou mais uma “Noites de Poesia de Vermoim”.

José Gomes

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Comprei um telemóvel que volvidos alguns dias deixou de funcionar. De que prazos disponho para evocar os meus direitos?

Um bem móvel, como o sejam um telemóvel, um relógio, um electrodoméstico tem um prazo de garantia de dois anos, sendo que o consumidor deve denunciar o defeito ao vendedor até dois meses após o ter detectado. Tratando-se de um bem usado, podemos acordar com o vendedor a redução do prazo de garantia para um ano, o que é usual na compra e venda de veículos automóveis usados. Em qualquer caso, o vendedor dispõe de 30 dias para proceder à reparação ou substituição do bem.

Já no que concerne aos bens imóveis, o prazo de garantia é de cinco anos. Tendo o consumidor tido conhecimento do defeito, deve denunciá-lo no prazo máximo de um ano. O vendedor tem, posteriormente, um prazo razoável para reparar ou substituir o bem.

De referir também que os alegados prazos se suspendem pelo período de tempo em que o consumidor estiver privado do uso do bem, em virtude da reparação.

Muitas são as ocasiões em que nos é proposto celebrar um contrato à distância, como quando somos contactados por via telefónica para aderirmos a serviços de televisão, internet ou telefone, ou mesmo um contrato ao domicílio. Neste caso, o consumidor possui 14 dias seguidos para exercer o seu direito de livre resolução do contrato, sem quaisquer custos e através de carta registada com aviso de recepção. O prazo inicia a sua contagem a partir da entrega do bem, tratando-se de contrato de compra e venda de bens, ou da data da celebração do contrato ou do início da prestação do serviço, no que concerne aos contratos de prestação de serviços.

Após a recepção da comunicação da resolução, tem aquele fornecedor 30 dias para reembolsar o consumidor dos montantes despendidos; ultrapassado este prazo, são dados 15 dias adicionais para proceder ao mencionado reembolso, mas agora em dobro. É de notar que, resolvendose este contrato principal, dá-se imediatamente a resolução de um eventual contrato de crédito que lhe esteja associado.

Na eventualidade de um contrato ser celebrado com o recurso a técnicas ou artifícios que distorçam a razoabilidade económica do consumidor, ou seja, práticas comerciais desleais, pode este solicitar a anulação do contrato no prazo de um ano a partir da sua assinatura, através de recurso aos meios judiciais ao dispor. É também frequente a celebração de contratos de time-sharing (direito real de habitação periódica) em que o consumidor adquire um direito, de longa duração, a utilizar um ou vários locais de férias a tempo parcial. Assinado um destes contratos e após a entrega do mesmo, é concedido ao consumidor um prazo de 10 dias úteis para o resolver, através de carta registada com aviso de recepção, com direito à devolução dos montantes indevidamente pagos, independentemente da sua designação.

Também significativos para a defesa dos direitos e interesses dos consumidores são os prazos consagrados para os serviços públicos essenciais – água, energia eléctrica, gás natural, comunicações electrónicas, serviços postais, serviços de tratamento e recolha de águas residuais, serviços de gestão de resíduos sólidos urbanos. Não sendo cobrado o fornecimento destes serviços ou, ainda que o seja, em valor inferior ao devido, o direito a exigir o pagamento deixa de existir (prescreve)seis meses após a prestação.

No que tange ao contrato de crédito à habitação, é de um ano o prazo para exigir aos consumidores o preenchimento das condições a que estes se vincularam para reduzirem os custos do seu crédito, quer seja através da redução de comissões, do spread ou de outros custos.

Acresce, no que concerne ao crédito ao consumo, o consumidor tem ao seu dispor um prazo de reflexão de 14 dias, dentro do qual pode livremente revogar o contrato celebrado, através de carta registada com aviso de recepção, sem quaisquer encargos e com direito à restituição de todas as quantias pagas. *Liliana Melo Para qualquer esclarecimento adicional, por favor dirija-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto.

maiahoje

O ENTREVISTA

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Desporto KARATÉ

desporto

ANDEBOL

CKMaia vence competição internacional de Vila das Aves

15

Maiastars a apenas três pontos da “pole position” do campeonato nacional, divisão norte

Campeonato Europeu de Kung Fu/Wushu só terá três atletas portugueses

Margarida Santos é a única representante feminina na competição \\ A atleta maiata de Kung Fu/Wushu, da escola de Artes Marciais She-Si, do Porto, foi convocada pela Federação Portuguesa de Artes Marciais Chinesas (FPAMC) para integrar a Selecção Nacional Portuguesa que, entre os dias 6 e 14 de Março, vai disputar o Campeonato da Europa. Sem apoios da federação, a desportista espera que a Câmara Municipal da Maia possa patrocinar a sua deslocação a Antalya, na Turquia.

Maia Hoje (MH) – Como é que começou a praticar Kung Fu? Margarida Santos (MS) – Eu comecei por praticar ballet, numa escola que ficava exactamente na mesma rua da academia de Artes Marciais.

Por volta dos meus dez anos, os meus pais meteram na cabeça que eu e o meu irmão tínhamos que praticar uma arte marcial, só que eu não gostava, porque dizia que o Karaté e o Kung Fu eram desportos de rapaz.

Um dia, na saída de uma aula de ballet, o meu pai convenceu-me a ir assistir a um treino. Eu assisti com o

compromisso de naquele fim-desemana experimentar e modalidade. Experimentei e acabei por ficar lá. Passados três ou quatro meses desisti do ballet, porque não dava para conciliar.

MH – O que é que a cativou na modalidade?

MS – Foi o ambiente da escola, porque não se vive uma relação de mestre/aluno, mas há uma ligação de amizade, de família mesmo. No Kung Fu há o conceito de irmandade. Nós somos todos irmãos. A ordem de entrada determina a posição na família.

Quem está acima é o mestre, que acaba por tomar conta de todos nós. A arte marcial em si também me atraiu. Na altura, o Karaté era mais conhecido, mas o Kung Fu é diferente. Enquanto que o Karaté é mais preso ao chão, o Kung Fu, principalmente o moderno, inclui muita ginástica, muitos saltos, acrobacias, piruetas. Foi uma coisa que eu achei completamente fascinante.

MH - Pode caracterizar-me um pouco este desporto?

MS - O Kung Fu combina ginástica completa de todo o corpo, na maioria das vezes sequências de movimentos, designadas de formas e tem a vertente de combate que é o sanda. Este é muito parecido com o kickboxing, só que no sanda são permitidas projecções. Este é o sistema de luta. As formas são lutas imaginárias, com ou sem armas. Há dezenas de armas diferentes que, para quem está de fora, é mais um atractivo. Há também muitos estilos, os tradicionais: o do norte, mais acrobático, em que as posições base são mais em cima e o do sul,

um estilo muito mais forte, com posições mais baixas. Enquanto que o estilo do norte liberta mais energias, o do sul contém-nas. O Kung Fu moderno é mais competitivo e mais atractivo, com mais acrobacias. Foi o estilo que a China adaptou para tentar cativar mais gente para a prática da modalidade.

MH - Desde que se iniciou na modalidade, em que campeonatos já participou?

MS - Comecei a praticar Kung Fu em 2000 e, passado um ano, competi no nacional. Depois houve um período em que a minha escola não se conseguiu federar e, nessa altura, participava mais em torneios internos e internacionais que a academia organizava para não estarmos parados. Em 2005, finalmente federamo-nos e, em 2006 e 2007 participei nos campeonatos nacionais. Em 2008 e 2009 não se realizaram competições, porque a Federação não conseguiu apoios do Instituto do Desporto de Portugal. No ano passado participei, a título individual em dois campeonatos internacionais: no Open da Hungria, em Budapeste e no Torneio Internacional de Orense, em Espanha.

MH - Que classificações obteve nesses campeonatos?

MS - Na Hungria consegui um segundo lugar em bastão do sul, um terceiro em punho sul e um quarto em sabre do sul. Em Espanha, competi também em três categorias: sabre do sul, tradicional punhos e tradicional armas curtas e conquistei três medalhas de prata.

MH - Como é que foram seleccionados os atletas que vão representar Portugal no Campeonato Europeu que se avizinha?

MS - Em virtude de não se terem

realizado os campeonatos nacionais, a equipa foi escolhida através de um treino de préselecção que decorreu no Porto, à cerca de três semanas.

Infelizmente, daqueles que acabaram por ser seleccionados, muitos desistiram porque a Federação não tem possibilidades de nos custear a viagem. Em princípio, a representação portuguesa neste campeonato ficará resumida a três atletas: eu e o Vasco Ferreira que vamos competir em formas e o Gonçalo Pinto que vai para combate.

MH - Uma vez que a FPAMC não consegue custear a viagem, como vai fazer para a pagar?

MS - Neste momento, estou a tentar conseguir apoio da Câmara Municipal da Maia. Já deixei lá o processo e um portfolio com uma proposta de apoio. Ainda esta semana estive numa reunião com o Professor Pedrosa. Era óptimo conseguir esse apoio, porque a Maia é a «capital do Desporto» e é conhecida por apoiar muito os desportistas. Também, desde Outubro que enviei pedidos de patrocínios para tudo quanto é empresa na Maia e não consegui nenhuma resposta. É muito complicado, porque uma semana na Turquia vai ficar por 1500 euros.

MH - Quais são as suas expectativas?

MS - Vou lá dar o meu melhor.

Vai ser a minha primeira participação num campeonato europeu da modalidade e é uma participação muito desejada de Portugal que, há muitos anos, deixou de competir por falta de fundos. Estou a treinar bastante e vou à Turquia lutar pelo ranking.

Vou participar em duas vertentes, punhos e bastão do sul e gostava de ficar nas cinco melhores.

Rita Santos

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16 KARATÉ

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Desporto

maiahoje

Azeri Rafael Aghayev participa na 16ª edição do estágio e acção de formação.

CKMaia junta avaliação com descontracção \\ Clube de Karate da Maia (CKM) continua a apostar nos seus alunos. Os resultados já se encontram à vista. Nuno Moreira, Fábio Pinto, Inês Rodrigues e Gonçalo Pinto são alguns dos frutos, da boa formação dada pela escola aos seus alunos.

O CKM realizou nos passados dias 22, 23 e 24 de Janeiro mais um evento de formação, que juntou mais de quatro centenas de atletas.

O Pavilhão Municipal de Nogueira da Maia foi pequeno para tantos karatecas que se juntaram ao estágio ministrado pelo Director Técnico AKKP (Associação Kenkyukai Karate Portugal) do Clube, António Moreira.

O estágio e acção de formação foram divididos em duas partes, sendo os dois primeiros dias para o estágio e formação em si, e o último para os atletas serem submetidos a avaliação, mudando então a graduação e subindo mais um degrau na aprendizagem do Karaté.

Quanto à avaliação, os karatecas mostraram-se radiantes com o trabalho desenvolvido, bem como o método inovador que este clube apresentou aos seus alunos mais novos. O exame para os escalões de formação passou por um circuito de etapas onde tinham de realizar em cada espaço trabalhos diferentes. Estas provas, que para os atletas demonstravam apenas momentos lúdicos, serviram para avaliar componentes importantes que registam um melhor desenvolvimento físico, ético e mental de um karateca.

«Foram três dias excepcionais

NATAÇÃO

que me fazem acreditar cada vez mais neste projecto credível que o clube aqui apresentou. O cansaço físico ultrapassou-se com alegria dos mais novos e principalmente com a confiança que os pais depositam nos treinadores para fazer dos seus educandos pessoas confiantes, fortes, elásticas e uns verdadeiros campeões, não só na modalidade mas também na vida», disse assim o Director Técnico do clube.

Estágio de Formação Desportiva conta com a participação especial do número um mundial de Karaté.

Atletas do CKM estiveram presentes na 16ª edição do Estágio de Formação Desportiva.

A 16ª edição do Estágio de Formação Desportiva de Karaté, que se realizou no passado dia 30 de Janeiro, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso, visava somente campeões da modalidade, contando com a presença de atletas do CKM e a participação especial do número um mundial, Azeri Rafael Aghayev.

O atleta de 25 anos, que já conta com cinco títulos mundiais e é a grande referência mundial da modalidade veio a Portugal pela primeira vez e aproveitou para dar alguns conselhos aos presentes e ainda para, frente a quatro centenas de atletas, que ali se

encontravam, elogiar o maiato Nuno Moreira. O atleta conhecido como o melhor de todos os tempos referiu ainda que o maiato tem um grande nível e potencial e apenas lhe falta um bocadinho para os títulos serem contínuos.

Nuno Moreira prejudicado pelo painel arbitral Fábio Barbosa foi outra das grandes revelações do dia. Com apenas 11 anos, e a competir no escalão Iniciados, o atleta maiato venceu os seus quatro adversários sofrendo apenas um único ponto. O maiato provou ainda que já se encontra num nível de qualidade acima da idade com um trabalho técnico excelente ao nível dos membros inferiores.

Com a chegada do final do dia, chegou também a final da formação, dando-se assim início à Competição Internacional de Vila das Aves. Nesta o maiato Nuno Moreira, que participou na prova Open de Campeões Nacionais, e que o ano passado não pode competir devido a uma lesão, eliminou nas três primeiras voltas os seus companheiros da selecção.

Na final encontrou o seu colega Jorge Machado. Neste encontro, Nuno Moreira acabou por ser altamente prejudicado pelo painel

arbitral. O karateka que vencia por 3-2 sofreu um golpe no nariz de grande impacto, ficando assim cheio de sangue pela acção sofrida.

O árbitro acabou apenas por dar uma advertência ao atleta da casa quando as regras dizem que «após um contacto que resulte em sangue o atacante deverá ser advertido com penalização grave, o lesado deverá apenas receber um ou dois pontos resultado desta advertência».

Porém, isso não aconteceu, e, nos segundos finais o árbitro volta a falhar pontuando com dois pontos uma acção que nem sequer teve terminação. Este encontro acabou assim com o resultado 4-3 a favor do atleta da casa.

CKMaia vence Título mais importante do evento Mas, é no grande encontro da noite, onde Fábio Pinto, Miguel Rodrigues, Vítor Silva e Ricardo Rocha se juntaram a Nuno Moreira, que este se volta a encontrar com Jorge Machado, mas desta vez não houve margem para manobras. O atleta maiato venceu por concludente 5-0, ajudando assim os colegas da equipa a conquistar 16 pontos contra os nove dos Avenses.

O Clube de Karate da Maia venceu assim o Título por equipas, o mais importante em disputa.

Atleta maiata alcança o terceiro lugar no Campeonato Europeu de Cadetes No passado fim-de-semana, os dois karatecas maiatos, Inês Rodrigues e Gonçalo Pinto deslocaram-se até Izmir, na Turquia para participar no Campeonato Europeu de Cadetes.

Inês Rodrigues que se encontrava em excelente plano conseguiu arrecadar um brilhante terceiro lugar em Kumite Feminino, já o seu companheiro, Gonçalo Pinto teve algum azar no sorteio acabando por jogar contra um dos finalistas, conseguindo mesmo assim um honroso sexto lugar. O facto de ter pontuado e ganho combates comprova de que é um atleta em quem se deve continuar a apostar, já que tem o perfil técnico e psicológico para arrecadar medalhas. No final, o treinador Nuno Moreira não podia estar mais satisfeito por ver tantos dos seus pupilos seguirem-lhe os seus passos. O CKM ganhou assim mais uma medalha, a somar ao bronze obtido por Nuno Moreira há uns anos atrás.

Catarina Almendra

Clube de Natação da Maia participa no Festival dos 200m

19 novos recordes pessoais \\ O Clube de Natação da Maia (CNM) participou no Festival Nacional de 200 metros e foi representado por nove nadadores. Em 27 provas individuais a equipa arrecadou 19 novos recordes pessoais.

Rodrigues (Cadetes B).

Os nadadores do CNM obtiveram no geral boas prestações desportivas, conseguindo alcançar 13 novos recordes pessoais, salientando-se o segundo lugar obtido por Tomás Rodrigues na prova de 50 metros mariposa e pela estafeta 4x50 estilos masculina, o que permitiu ver uma evolução nos nadadores maiatos.

Nos passados dias 23 e 24 de Janeiro, as piscinas municipais de Felgueiras foram palco do “Festival dos 200m” de natação. Este torneio de preparação, organizado pela Associação de Natação do Norte de Portugal, contou com a presença de 309 nadadores que representaram 21 clubes regionais. As provas de preparação foram uma forma de avaliação necessária para as competições que se avizinham e ainda para indicar referenciais para o processo de treino.

O CNM esteve representado por nove nadadores, que realizaram 27 provas individuais. Esta competição

que se encontra englobada num conjunto de provas de preparação regional originou 19 novos recordes pessoais, destacando-se com novos máximos pessoais, Cláudio Pinheiro nos 200m bruços (2.42.81) e 200m mariposa (2.23.06); Luís Neto 200m mariposa (2.15.70); Joana Maia 200m costas (2.30.36) e 200m mariposa (2.37.08); Paulo Silva 200 bruços (2.53.80); Rui Oliveira 200m Livres (2.12.49), 200m Estilos (2.26.82) e 200m Costas (2.23.91) e João Ferreira que melhorou nas três provas em que nadou.

CNM alcança 13 novos recordes pessoais no XIII Torneio de Natação.

Decorreu no passado dia 23 de Janeiro, nas piscinas municipais do complexo desportivo da Rodovia, em Braga, o XIII Torneio de Natação SCBraga para Cadetes.

Neste evento organizado pela Associação de Natação do Minho, participaram 24 clubes e cerca de 260 nadadores.

O CNM fez-se representar por seis nadadores, a saber, Carolina Moreira e Mariana Oliveira (Cadetes A), Filipe Silva e Nuno Pereira (Cadetes A), Daniel Cruz e Tomás

CNM adaptada, vence no sector masculino.

O grupo de natação Adaptada do CNM que participou, no passado fim-de-semana, nos Campeonatos Nacionais Desportivos de Inverno, esteve representado por seis nadadores, Ana Castro, André Guimarães, César Martins, José Ribeiro, Pedro Leal e Telmo Dias.

Destaque para as classificações de Ana Castro, campeã nacional nos 400m Livres, 200m Costas e 200m Livres e 2ª nos 100m Costas, André Guimarães, campeão nacional nos 50 e 100m Bruços, 50m Costas e 50m Livres, Telmo Dias campeão nacional nos 400m Livres, 200m Costas, 100m Costas e 3º nos 200m Livres, Pedro Leal, campeão nacional nos 50, 100 e 200m Costas, José Ribeiro 3º nos 25 e 50m Mariposa.

Destaque também para Ana Castro e Telmo Dias que alcançaram vários mínimos B para os próximos campeonatos do mundo e Síndrome de Down que se

realizarão em Outubro, do ano presente, em Taiwan. Telmo Dias conseguiu alcançar mesmo o mínimo A na prova de 200m Costas.

Em termos colectivos o Clube de Natação da Maia venceu no sector masculino com 111 pontos.

CNM no quarto meeting internacional Durante o fim-de-semana decorreu ainda o quarto meeting internacional da Póvoa de Varzim, organizado pela associação de Natação do Norte de Portugal, no complexo de piscinas da Varzim Lazer.

Esta competição contou com a participação de cerca de 450 nadadores em representação de 63 clubes nacionais e uma significativa contribuição de nadadores estrangeiros.

O CNM esteve representado por oito nadadores, e como destaque esteve o capitão Luís Neto que conseguiu estar presente em três finais, 50 bruços 31.07 (final A), 100 bruços 1.10.05 e 50 livres 25.62 (finais B), Joana Maia 200 bruços 2.54.23 (final B) e ainda o individual que treina diariamente com o clube, Rui Oliveira, que melhorou o seu tempo dos 50 costas (31.76).

A próxima competição dos nadadores maiatos para os campeonatos regionais de infantis é já no próximo fim-de-semana em Paços de Ferreira.

Catarina Almendra

maiahoje GINÁSIO

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Desporto

17

Rogério Franco e Vera Peixoto participaram no:

Open Day “BodySpace” \\

Divertimento, descontracção e exercício físico foram os ingredientes base para o sucesso do Open Day (dia aberto), no ginásio BodySpace.

O evento realizado com base na apresentação de novas coreografias nas diversas modalidades do ginásio atrai não só sócios, mas também os seus familiares e amigos.

O ginásio BodySpace situado no Castêlo da Maia proporcionou no passado dia 30 de Janeiro, mais um Open Day, aos seus sócios. O evento que ocorreu durante todo o dia teve hora marcada para a primeira aula às 11h.

SAVATE

Este tipo de iniciativas que ocorrem desde que o ginásio abriu em 2004 «com um espaçamento de três a quatro meses», visam proporcionar, não só aos sócios, mas também aos seus familiares e amigos, momentos de divertimento e ao mesmo tempo de

manutenção física.

Neste dia aberto, são apresentadas novas coreografias em várias modalidades, já existentes no ginásio como, Power, Ubound, Mega Danz, X55 e Fight-Do «aproveitamos este dia para mostrar novas coreografias, para atrair a curiosidade das pessoas a experimentá-las», disse Patrícia Santos, sub-gerente do ginásio.

Embora muitos dos participantes já pratiquem estas modalidades regularmente, não deixam escapar esta oportunidade como relatou uma das participantes «as modalidades que cá venho praticar hoje são as que pratico diariamente, mas assim aproveito para ver as novas coreografias e experimentar quem

sabe, outras».

«A maior adesão vêm sempre por parte dos sócios», revela a subgerente «contudo há sempre uma ou outra pessoa que se deixa levar pelo ritmo das músicas e vai experimentar também».

As demonstrações rondaram os 55 minutos e foram orientadas pelos professores do ginásio (excepto a aula de Mega Danz), que contou com a participação de Rogério Franco, criador e “master trainer” do programa Dance Fusion, contagiou todos os alunos com a sua energia e boa disposição, principalmente quando desafiou os presentes a dançarem a música “As gatinhas”.

Também a aula de “X55” teve a participação de Vera Peixoto, ex-

membro da National Team Les Miles, Boddy Combat.

As aulas estiveram cheias de “power” e animação «neste tipo de eventos as aulas são dadas mais com base no “à-vontade” do que se fosse num dia normal. É mais uma aula de descontracção e experimentação», explica André Moreira, professor e coordenador do ginásio.

Terminada a última aula, a boa disposição ainda se sentia no ar, e a vontade de voltar a participar neste tipo de eventos também «adorei este dia, diverti-me muito e consegui ainda queimar algumas calorias», conclui um adepto de Fight-Do. Catarina Almendra

Concelho é «pioneiro» na divulgação da modalidade

Savateurs em estágio na Maia \\ Estágio internacional de Savate/Boxe Francês contou com 70 participantes de Portugal, Espanha e França. Segundo a organização, o evento «excedeu todas as expectativas, tanto por parte da organização como dos dinamizadores e participantes».

O Savate ou boxe francês, é um desporto de combate, desenvolvido na França, na qual os pés e as mãos são utilizados para ferir os adversários e combina elementos de boxe com técnicas de pontapé.

Uma modalidade pouco divulgada em Portugal, mas que já chegou à Maia.

O health club Solmaia recebeu, no fim-de-semana de 23 e 24 de Janeiro, um estágio internacional de Savate/Boxe Francês. O encontro contou com 70 participantes, entre atletas e responsáveis técnicos, oriundos de vários pontos de Portugal, de Espanha e do país de origem da luta, a França.

De acordo com o comunicado

ANDEBOL

da organização, o evento «excedeu todas as expectativas, tanto por parte da organização como dos dinamizadores e participantes».

Antes do início do estágio, no dia 22 de Janeiro, as comitivas de Savate da Maia e da Federação Francesa de Savate foram recebidas na Câmara Municipal pelo presidente da autarquia, Bragança Fernandes, pelo vereador do Desporto, Hernâni Ribeiro e por Ana Miguel Vieira de Carvalho, titular da pasta da Acção Social. «Foi um momento único e de grande intensidade que nos deu força e esperança para continuar com o projecto de divulgar e desenvolver a modalidade em Portugal»,

asseveraram os responsáveis.

Para a autarquia maiata esta é mais uma modalidade que contribui para o engrossamento do número de praticantes de actividades desportivas no concelho e para o aumento do número de modalidades, o que, segundo Hernâni Ribeiro, torna a Maia «o concelho do país com mais modalidades desportivas».

A federação de Savate em território nacional vai ficar sedeada na Maia, facto que torna o concelho «pioneiro» na divulgação deste desporto. «É natural que a Maia seja o destino» das comitivas. «Não é por acaso que a Maia tem o lema de capital do desporto e isso deve-

se à quantidade de desportos que temos na Maia”, acrescentou o vereador.

Como resultado do estágio, foram aprovados 50 atletas com certificado de participação, 12 treinadores certificados e ainda 16 árbitros e juízes. Segundo os responsáveis técnicos do estágio, «o grupo esteve sempre concentrado e envolvido apesar da enorme carga de horas de treino a que foi sujeito». «A maioria dos participantes revelou estar num apurado momento de forma técnico/táctica e física bastante elevado», aditaram.

Perante o «enorme êxito» do evento, os participantes já esperam

«ansiosamente» por um novo estágio. De acordo com o comunicado da organização, os atletas consideraram muito produtivo o estágio na Maia, e avultaram, acima de tudo, o factor convívio. «Além de se ter aprendido muito e de formas diferentes, foram três dias divertidos que contribuíram para conviver e conhecer melhor as pessoas com quem se partilham umas horas rápidas no ginásio”.

Rita Santos

Equipa da Maia vence jogo em atraso

Maiastars considerada a equipa mais bem posicionada da Maia \\

A seis jogos do final da primeira fase para o Campeonato Nacional da primeira divisão sénior feminina de andebol, a equipa maiata Maiastars ocupa o segundo lugar no quadro Norte, com apenas três pontos de diferença das líderes, do Colégio de Gaia.

A contar para o Campeonato Nacional da primeira divisão sénior feminina, o Maiastars, dirigiu-se até ao velhinho Lima para defrontar o Académico do Porto.

O jogo que se encontrava em atraso para o campeonato acabou a primeira parte com a equipa maiata na liderança. Na segunda parte o Maiastars continuou a liderar e ganhou o jogo por 30-20.

Passados dois dias, a equipa Maiastars recebeu o Clube Desportivo da Palmilheira e não deu hipótese ao seu adversário quando na primeira parte já ganhava 24-5. O controlo do jogo continuou do lado da equipa maiata que e acabou o jogo com o resultado de 34-12.

Estas boas jornadas têm permitido à equipa aumentar os seus pontos e subir na tabela dos melhores qualificados.

Com 16 jornadas já concluídas e faltando apenas seis para o final desta

primeira fase, o Maiastars, nos quadros da Zona Norte, já se encontram em segundo lugar, com 41 pontos a apenas três pontos de diferença do Colégio de Gaia.

Assim sendo, o Maiastars é a equipa da Maia melhor posicionada em todos os campeonatos nacionais da primeira divisão de todas as modalidades colectivas, masculinas e femininas.

Infantis só sabem ganhar e por números pouco usuais.

Os Infantis, do Maiastars, depois de se sagrarem campeãs regionais, iniciaram a primeira fase do campeonato nacional na categoria de andebol. No jogo contra a Juve Mar de S. Bartolomeu do Mar, as pupilas da professora Raquel Silva não deram hipótese à equipa adversária ganhando-lhes 47-18.

Maiastars empatam em Aveiro.

No passado dia 30 de Janeiro, a equipa Maiastars deslocou-se até Aveiro, para disputar o Alavarium. Este jogo de uma importância vital para as duas equipas, que têm ocupado os lugares cimeiros desta competição e que lutam, lado-a-lado pela conquista de um lugar na fase final, sofreram um empate a 28, o que permite à equipa maiata manter-se à frente das aveirenses.

Na liderança com juniores e juvenis.

As líderes do Campeonato Nacional de Andebol em juvenis, venceram mais um jogo. Desta vez a “vítima” foi a equipa Clube de Andebol de Caminha, que perdeu 20-44.

Também os juvenis do Maiastars não se deixaram ficar para trás e obtiveram mais uma vitória. A equipa que jogou em casa, contra o Académico do Porto acabou por ganhar também por uma diferença

substancial da equipa adversária, de 35-15, mantendo-se assim invicta a dominar o Campeonato Nacional de juniores femininos.

Maiastars continua a somar vitórias.

A equipa maiata Maiastars continua a fazer história e a prova disso foi o jogo contra o Santa Isabel.

Com um resultado final de 29-24, a equipa da Maia voltou assim a reforçar a segunda posição do nacional maior da primeira divisão. Elisabeth Pessoa com dez golos, Raquel Silva que virou o jogo e a guarda-redes Carla Assunção foram os realces numa equipa que valeu pelo seu todo.

Juniores, juvenis, iniciados e infantis sempre a somarem vitórias.

Os juniores da equipa Maiastars também não se deixa ficar para segundo lugar. A equipa já apurada para a próxima fase há já algumas

jornadas, deslocou-se ao Porto para aí defrontar o Salgueiros e alcançar uma vitória por 30-13.

Maiastars juvenis, que teve como equipa adversaria o Santa Joana juntou assim mais uma vitória a à equipa, vencendo a adversária por 2915.

Para juntar à onda de vitória da equipa, os Iniciados mantiveram o nível e venceram 31-16 o desportivo de Chaves.

Os infantis, depois de se sagrarem campeões regionais continuaram invictos no campeonato nacional e venceram o Fafe por 55-2.

No próximo sábado, os seniores defrontam o terceiro classificado Juve Mar, em Esposende, às 20h para na próxima 16 de Fevereiro, terça-feira, receberem na Maia o também terceiro classificado Santa Joana.

Catarina Almendra

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Desporto

maiahoje

resultados futsal / futebol CAMPEONATOS DISTRITAIS FUTEBOL 11 DIVISÃO HONRA D.Santinenses-2 Pedras Rubras-1 Vilarinho-2 Nogueirense-4 CLASSIFICAÇÃO 1º Alpendorada 21 jog 45 pts 3º Pedras Rubras 21 jog 41 pts 5º Nogueirense 21 Jog36 pts 18º Vilarinho 21 Jog 17 pts PRÓXIMA JORNADA (14/2) Nogueirense-Progresso Pedras Rubras-Vilarinho 1ª DIVISÃO SÉRIE 1 Balazar -0 Castelo Maia- 1 CLASSIFICAÇÃO 1º Custoias 22 Jog47 pts 6º Castelo Maia 22 Jog31 pts 17º Guilhabreu 21 Jog 11 pts PRÓXIMA JORNADA (14/2) Castelo Maia – Guilhabreu 1ª DIVISÃO SÉRIE 2 Leverense-1 Folgosa-2 CLASSIFICAÇÃO 1º Nuno Alvares 5º Folgosa 18ºZezerense

PRÓXIMA JORNADA (13/2 ) Folgosa-Leões Seroa 2º DIVISÃO SÉRIE 1 At. Vilar-0 Maia Lidador-0 Pedroso-2 Milheirós -1 Águas Santas-1 Labruge-0 Gondim-1 Vilar Pinheiro-2 CLASSIFICAÇÃO 1ºMaia lidador 19jog 42pts 5ºMilheirós 19jog 35pts 6º Gondim 18jog 33pts 15ºÁguas Santas 19 Jog 13 pts PRÓXIMA JORNADA (13/2) Maia Lidador - Vila Chã Milheirós - At. Vilar Gondim e Águas Santas ( folga ) AMADORES HONRA SÉRIE 1 Passarinhos Ribeira-5 Moc. Sangemil-3 Fonte Moura-1 Juv. Pedrouços-0 CLASSIFICAÇÃO 1º Cerco do Porto 16 Jog40 pts 7ºMoc. Sangemil 16 jog 23pts 8ºJuv. Pedrouços 16 Jog 17 pts 12º S. Vitor 16 Jog 9 pts PRÓXIMA JORNADA (13/2) Juv. Pedrouços-Est. Guifões Moc. S.Gemil-Fonte Moura

23 Jog 51 pts 23 Jog41 pts 23 Jog12 pts

AUTOMOBILISMO

FUTSAL FEMININO

1ªDIVISÃO Corim-3 Rebordosa-1 CLASSIFICAÇÃO 1º Rest. Avintenses 16 Jog 48pts 6º Corim 16 Jog 24pts 13º Rebordões 116 Jog 6 pts PRÓXIMA JORNADA (14/2) Escola Arreigada -Corim FUTSAL MASCULINO DIVISÃO HONRA Ac.S.Gemil - 10 Coopermaia-3 Arsenal Parada- 2 Leões Valboenses- 5 CLASSIFICAÇÃO 1º Cohaemato 17 Jog 46 pts 4ºAc.S.Gemil 17 Jog 28 pts 8º Arsenal Parada 17 Jog 24 pts 16ºLever 17 Jogos4pts PRÓXIMA JORNADA (14/2 Janeiro) Leões. Valboenses-Coopermaia Esc. Gondomar-Arsenal Parada Aves-Ac. S. Gemil 1ªDIVISÃO SÉRIE 1 Ardacm - 1 S.Sebastião-1 Banco BIP-1 Vermoim- 4 CLASSIFICAÇAO 1º Vermoim 17 Jog 41 pts 11º Ardacm 17 Jog 18 pts 16º Juv. Gaia 17 Jog 7 pts

PRÓXIMA JORNADA (14/2) Invicta Futsal- Ardacm Vermoim- Araujo 1ªDIVISÃO SÉRIE 2 Gramidense- 4 S.Pedro Fins-2 Juv.Águas Santas -3 Aliviada -0 CLASSIFICAÇÃO 1º Sobrado 16 Jog49 pts 5º Juv.Águas Santas 16 Jog 29pts 15ºS.Pedro Fins 17 jog 9 pts 16º Juv. Muro 17 jog 9pts PRÓXIMA JORNADA (14/2) S.Pedro Fins- Magrelos Moinhos-Juv.Águas Santas 2ªDIVISÃO SÉRIE 1 Padrão Vermelho-3 Avioso S. Pedro - 1 CLASSIFICAÇÃO 1º Miramar Valadares 17 Jog 35pts 8ºAvioso S.Pedro 17Jog 18 pts 16ºArcozelo 17Jog 15 pts PRÓXIMA JORNADA (14/2) Avioso S.Pedro- Vilar Paraiso 2ªDIVISÃO SÉRIE 2 Lusitana Pedrouços-1 Meinedo- 2 Silva Escura – 0 Lixa-1 Alpendorada-1 Lusit.Pedrouços-5 CLASSIFICAÇÃO 1º N S. Lapa 17 jog 35 pts

7º Lusit.Pedrouços 17 Jog 26 pts 10º Silva Escura 17 Jog 22 pts 15º Alpendorada 17 Jog 12 pt PRÓXIMA JORNADA (14/2) Baião- Silva Escura 3ªDIVISÃO Vasco Gama-3 Ardacm – 4 Ac. P. Rubras – 0 Areal- 3 CLASSIFICAÇÃO 1º Areal 19 Jog45 pts 15ºAc. Ped. Rubras 19 Jog 17 pts 17º Ardacm 19 Jog 14 pts 19ºEst. Vasco Gama 19 Jog 4 pt PRÓXIMA JORNADA ( 14/02) Juv. Gondomar- Ac. P. Rubras Ardacm- Carvalhosa

CAMPEONATOS NACIONAIS FUTEBOL 11 3ªDIVISÃO SENIORES -Serie B Pedrouços- 2 Famalicão-1 CLASSIFICAÇÃO 1º Amarante 17jog 32pts 12ºPedrouços 17 Jog 9 pts PRÓXIMA JORNADA (14/02) Pedrouços- Serzedelo

CLASSIFICAÇÃO 1º F. C.Porto 19 Jog 57 pts 8º F.C. Maia 19 Jog 21 pts 12º Abambres 19 Jog 2 pts PRÓXIMA JORNADA (21/2) Salgueiros-F C Maia FEMININO PROMOÇÃO ( ex. 2a. divisão ) SERIE B Maia Lidor-1 Gatões-0 CLASSIFICAÇÃO 1º Maia Lidador 7 jog 21 pts 5º Salgueiros 08 7 jog 0 pts PRÓXIMA JORNADA ( 14/2) Salgueiros 08-Maia Lidador FUTSAL 3ªDIVISÃO SÉRIE A Monte Pedras-4 Amanha Criança-2 CLASSIFICAÇÃO 1º Chaves Futsal 16 Jog46 pts 6º Monte Pedras 16 Jog28 pts 12ºAmanhã Criança 15 Jog10 pts 14ºSta.Luzia 16 Jog 5 pt PRÓXIMA JORNADA (14/02) Contacto-Monte Pedras Chaves Futsal-Amanhã da Criança

JUNIORES C (INICIADOS) F C Maia-1 Penafiel-0

Gala foi no Casino do Estoril

FPAK Premeia campeões 2009 Como vem sendo habitual, a FPAK – Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, realizou a sua Gala dos Campeões 2009 no Casino do Estoril, onde entregou as taças aos respectivos vencedores.

Além dos vários campeões nacionais de automobilismo e karting, a FPAK também atribuiu os seus Prémios Especiais FPAK, distinguindo “Carreira”, “Dedicação” e “Prestígio”. Foram ainda atribuídos os Prémios César Torres, a pessoas ou órgãos que tenham contribuído para promover e dignificar o desporto automóvel português. Este galardão foi entregue aos Campeões do Mundo de Ralis-Produção, Armindo Araújo e Miguel Ramalho, a ao Club Sports Madeira, organizador do Rali Vinho da Madeira.

De salientar que, entre os galardoados estiveram três pilotos “maiatos”, a saber Domingos Sousa Coutinho – Vencedor da Taça de Portugal de Clássicos – Históricos 71 ; Cândido Espinha – 2º lugar na Taça Mil Clássicos e Paulo Ramalho – Vice-Campeão – Campeonato de Portugal de Montanha.

Edgar Alves

\\ Paulo Ramalho

\\ Cândido Espinha

\\ Domingos Sousa Coutinho

maiahoje

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Classificados

19

J.S.C. Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

J. SOARES CORREIA Armazéns de Ferro, S.A.

Sede: Rua do Outeiro, Folgosa, Maia Capital social : 50 000 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o nº 54670 Pessoa Colectiva nº 504 584 804

Sede: Rua do Outeiro – Folgosa – Maia Capital social : 4 250 000 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o nº 9213 Pessoa Colectiva nº 500 029 857

CONVOCATÓRIA

CONVOCATÓRIA

É convocada a assembleia geral anual de accionistas de J.S.C. Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., para reunir na sua sede social na Rua do Outeiro, Folgosa, Maia, pelas 15.30 horas, do dia 26 de Março de 2010, com a seguinte ordem de trabalhos:

É convocada a assembleia geral anual de accionistas de J. SOARES CORREIA - ARMAZÉNS DE FERRO, S.A., para reunir na sua sede social na Rua do Outeiro, Folgosa, na Maia, pelas 14.30 horas, do dia 26 de Março de 2010 com a seguinte ordem de trabalhos:

1º Discutir e deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas relativos ao exercício de 2009; 2º Discutir e deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas, consolidados, relativos ao exercício de 2009; 3ºDeliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; 4º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; 5º Proceder à eleição dos órgãos sociais para o quadriénio 2010 a 2013 O relatório de gestão e os restantes documentos de prestação de contas apresentados pelo conselho de administração, o parecer do fiscal único e a certificação legal das contas, quer relativos à sociedade, que consolidados e as propostas de deliberação a apresentar à assembleia pelo conselho de administração encontram-se à disposição dos accionistas nos escritórios da sociedade, sitos na Rua do Outeiro, Folgosa, na Maia, a partir de 11 de Março.

Advertem-se os senhores accionistas para o disposto nos artigos 11º e 12º do pacto social que regulam os requisitos a que estão subordinados a participação e o exercício do direito de voto, designadamente: Têm direito a assistir e a participar na assembleia os accionistas detentores de pelo menos 100 acções, número a que corresponde 1 voto; A participação dos accionistas na assembleia geral depende do averbamento das respectivas acções, sendo nominativas, ou sendo ao portador, do seu depósito na sede social ou em qualquer instituição de crédito, em nome do titular, até 10 dias antes da data designada para a reunião da assembleia geral.

Sendo o depósito efectuado em Instituição de crédito, este deverá ser comprovado perante a sociedade, até 5 dias antes da data designada para a assembleia geral; Qualquer accionista pode fazer-se representar por outros accionistas ou por qualquer pessoa a quem, por lei imperativa seja atribuído esse direito; Os accionistas titulares de um número de acções inferior a 100 poderão agrupar-se, a fim de participarem na assembleia, indicando um que a todos represente.

Todas as representações deverão ser comunicadas ao presidente da mesa da assembleia, com assinatura reconhecida notarialmente ou autenticada pela sociedade.

1º Discutir e deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas relativos ao exercício de 2009; 2º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; 3º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; O relatório de gestão e os restantes documentos da prestação de contas apresentados pelo conselho de administração, o parecer do fiscal único e a certificação legal das contas, relativos à sociedade e as propostas de deliberação a apresentar à assembleia pelo conselho de administração encontramse à disposição dos accionistas nos escritórios da sociedade, sitos na Rua do Outeiro, Folgosa, na Maia, a partir de 11 de Março.

Advertem-se os senhores accionistas para o disposto nos artigos 9º e 10º do contrato de sociedade que regulam os requisitos a que estão subordinados a participação e o exercício do direito de voto, designadamente: Têm direito a assistir e a participar na assembleia os accionistas detentores de pelo menos 100 acções, número a que corresponde 1 voto; A participação dos accionistas na assembleia geral depende do averbamento das respectivas acções, sendo nominativas, ou sendo ao portador, do seu depósito na sede social ou em qualquer instituição de crédito, em nome do titular, até 10 dias antes da data designada para a reunião da assembleia geral. Sendo o depósito efectuado em instituição de crédito, este deverá ser comprovado, perante a sociedade até 5 dias antes da data designada para a assembleia geral; Qualquer accionista pode fazer-se representar por outros accionistas ou por qualquer pessoa a quem, por lei imperativa, seja atribuído esse direito; Os accionistas titulares de um número de acções inferior a 100 poderão agrupar-se, a fim de participarem na assembleia, indicando um que a todos represente.

Todas as representações deverão ser comunicadas ao presidente da mesa da assembleia, com assinatura reconhecida notarialmente ou autenticada pela sociedade.

Maia, 29 de Janeiro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Maia, 29 de Janeiro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

JORNAL MAIAHOJE EDIÇÃO 245 • 12/02/2010

Carlos Manuel da Costa Assunção Monteiro

PRECISA-SE Desenhadores Betão Armado; Desenhadores Preparadores de Obra; Exige-se: Responsabilidade e sentido de cooperação; Com experiência; Idade até 35 anos; Disponibilidade imediata; Envio de curriculum vitae; Oferecemos: Entrada imediata; Remuneração compatível com a respectiva função; Formação contínua; Regalias sociais em vigor na empresa; Possibilidade de trabalhar em "Part-Time" PRÉGAIA-PRÉFABRICADOS, LDA. Rua das Cardosas - S. Pedro de Fins Apartado 4047 4471-906 Maia

Carlos Manuel da Costa Assunção Monteiro JORNAL MAIAHOJE EDIÇÃO 245 • 12/02/2010

Sardaço – Sociedade de Armaduras de Aço, S.A. Sede: Rua do Outeiro – Folgosa – Maia Capital social : 200 000 Euros Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia sob o nº 12957 Pessoa Colectiva nº 504 919 300

CONVOCATÓRIA É convocada a assembleia geral anual de accionistas de SARDAÇO – SOCIEDADE DE ARMADURAS DE AÇO, S.A., para reunir na sua sede social na Rua do Outeiro, Folgosa, na Maia pelas 16.30 horas, do dia 26 de Março de 2010 com a seguinte ordem de trabalhos: 1º Discutir e deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas relativos ao exercício de 2009; 2º Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados; 3º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade; O relatório de gestão e os restantes documentos de prestação de contas apresentadas pelo conselho de administração, o parecer do fiscal único e a certificação legal das contas, relativos à sociedade e as propostas de deliberação a apresentar à assembleia pelo conselho de administração encontram-se à disposição dos accionistas nos escritórios da sociedade, sitos na Rua do Outeiro, Folgosa, na Maia, a partir de 11 de Março.

Advertem-se os senhores accionistas para o disposto nos artigos 8º e 9º do contrato de sociedade que regulam os requisitos a que estão subordinadas a participação e o exercício do direito de voto designadamente: Têm direito a assistir e a participar na assembleia os accionistas detentores de pelo menos 100 acções, número a que corresponde 1 voto; A participação dos accionistas na assembleia geral depende do averbamento das respectivas acções, sendo nominativas, ou sendo ao portador, do seu depósito na sede social ou em qualquer instituição de crédito, em nome do titular, até 10 dias antes da data designada para a reunião da assembleia geral.

Sendo o depósito efectuado em instituição de crédito, este deverá ser comprovado, perante a sociedade, até 5 dias antes da data designada para a assembleia geral; Qualquer accionista pode fazer-se representar por outros accionistas ou por qualquer pessoa a quem, por lei imperativa, seja atribuído esse direito; Os accionistas titulares de um número de acções inferior a 100 poderão agrupar-se, a fim de participarem na assembleia, indicando um que a todos represente.

Todas as representações deverão ser comunicadas ao presidente da mesa da assembleia, com assinatura reconhecida notarialmente ou autenticada pela sociedade.

Maia, 29 de Janeiro de 2010 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Tel.: 227343121 Fax: 227346361

Carlos Manuel da Costa Assunção Monteiro

Mail: info@pregaia.com JORNAL MAIAHOJE EDIÇÃO 245 • 12/02/2010

JORNAL MAIAHOJE EDIÇÃO 245 • 12/02/2010

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sexta-feira 12 de fevereiro 2010

AMP Porto

PORTO

maiahoje

Escola Secundária Rodrigues de Freitas

«O Porto da liberdade» \\ O início das comemorações do Centenário da República que decorreram na cidade do Porto, tiveram um dos seus pontos alto na EBS Rodrigues de Freitas na semana de 25 a 29 de Janeiro, com diversas actividades numa iniciativa intitulada «O Porto da Liberdade».

A abertura solene das actividades realizou-se na segunda-feira, dia 25, na Biblioteca, com um momento musical da responsabilidade de alguns alunos da Escola, seguido de um momento de reflexão, com leitura de alguns excertos dos Discursos de Rodrigues de Freitas, alusivos à Educação ou à República acompanhada da projecção de um filme com imagens alusivas à implantação da República.

Exposição de época Os dias 26 e 27 foram preenchidos com visitas guiadas à Exposição, patente ao público desde o início da semana na Biblioteca Jaime Cortesão, com documentação alusiva à época, núcleo sobre a vida e obra de Gomes Teixeira (trabalho realizado por professores), núcleo de trabalhos realizados por alunos, núcleo sobre Rodrigues de Freitas e o núcleo sobre Pedro Nunes (porque a nossa Escola se encontra na

PORTO

praça Pedro Nunes, o ilustre matemático e astrónomo). Esta Exposição contou com a colaboração e dinamização dos docentes de Matemática, coordenadora da Biblioteca Jaime Cortesão, e coordenador da Biblioteca da Torrinha.

Faculdade de Letras veio à Escola O dia 28 representou o ponto alto das comemorações contando com dois professores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Gaspar Martins Pereira, responsável pelo departamento de História e de Estudos Políticos, da Faculdade de Letras do Porto que dissertou sobre «o Porto nas lutas pela liberdade» e Jorge Alves, director da Faculdade de Letras da Universidade do Porto que abordou a temática «Rodrigues de Freitas e o republicanismo em Portugal». Ambas as palestras foram muito profícuas para a compreensão do fenómeno histórico da implantação da República e

Prémios de incentivo Às 12h30 realizou-se a entrega de Prémios do Concurso “Os livros que eu descobri...” a três alunas do 5ºC, que foram as melhor leitoras no 2º Ciclo. No concurso “O melhor leitor” para 3ºCiclo e Secundário, a entrega de prémios foi feita na primeira semana de Fevereiro.

tar e formar os jovens para o grave problema de consumo de drogas da república de hoje.

Estamos certos que não erradicamos o problema da droga na sociedade mas contribuímos para que a escola actual seja mais aberta e participativa, formando jovens para a cidadania e para a sociedade do conhecimento, até porque, como dizia um dos políticos da educação, «as escolas de hoje têm uma missão mais difícil do que as do passado».

“Droga: aquilo que não sabes…”

Já da parte da tarde realizou-se a palestra “Droga: aquilo que não sabes…”, proferida por Ana Freitas Gomes, psicóloga, a trabalhar com toxicodependentes da Cadeia de Custóias e a colaborar numa clínica de Toxicodependência que, embora de um âmbito diferente das comemorações da escola, releva uma preocupação em sensibilizar, aler-

Alunos fazem teatro À noite, foi a vez do teatro com a peça “31 de Janeiro – Gérmen da República”, que constituiu uma teatralização da revolução de 31 de Janeiro de 1891, realizada pelos alunos do Ensino recorrente, professores de História e Português do ensino Nocturno, nomeadamente Célia Vouga, Gracinda Paulino, Maria do Carmo Azeredo e Maria

os ideais liberais, que deveriam perdurar até hoje, na educação e na política, de Rodrigues de Freitas e de muitos outros republicanos.

Guilhermina Gama. Um evento que mobilizou grande parte dos alunos do ensino nocturno numa representação teatral montada com bastante pormenor e trabalhada com muita arte e empenho.

No último dia, 29 de Janeiro, continuaram as visitas guiadas à Exposição e durante a manhã realizou-se a distribuição de Jornais com informação sobre a efeméride de 31 de Janeiro de 1910, e do Jornal do Agrupamento.

Decorreu também durante a manhã, um Torneio de Voleibol, no Pavilhão Gimnodesportivo entre alunos do 2º, 3ºCiclo e Secundário.

Durante a tarde efectuou-se uma teatralização na Assembleia de Escola, organizada pelos professores do 1º Ciclo, com os seus alunos, também alusiva às lutas do Porto pela Liberdade e a implantação da República.

Luísa Lamas

Política, educação e religião de mãos dadas, ou de costas viradas ao longo das Repúblicas?

“A escola não faz eleições, faz eleitores!” \\

O Museu de Serralves foi o palco da primeira sessão de debates, que teve como tema «A Educação na I República: que lições para o séc.

XXI?». As antigas Repúblicas e os seus contributos foram relembrados pelos oradores, José Miguel Sardiga, Maria Cândida Proença e pelo comentador Adalberto Dias de Carvalho.

Muitos contam o Estado Novo como uma República, outros como sendo um intervalo entre a I e a II República. Embora sejam todas Repúblicas diferentes, de alturas divergentes, houve ideais e direitos que se mantiveram. Um deles é a Educação.

Na I República deparamo-nos com iniciativas não apenas no ensino oficial como também no ensino particular, como se verificou com as escolas móveis no combate ao analfabetismo.

Houve uma opção clara pelo ensino e pela nova educação, que consistia na libertação do aluno como ser humano.

A laicização introduzida não significou porém um ensino anti-religioso, mas a instituição da neutralidade religiosa. A criação de novas universidades – a de Lisboa e a do Porto foi outro sector onde se avançou, tal como na criação das Escolas Normais Superiores, nas fa-

SERVIÇOS

culdades de Letras das universidades de Lisboa e de Coimbra, onde se formavam professores.

Com a chegada do Estado Novo tudo o que tinha sido criado até ao momento sofreu uma ruptura e Deus, a Pátria e a Família formaram os elos mais fortes. Por isso começava-se desde cedo a incutir nas crianças o espírito patriótico através da escola e da catequese.

“Iluminai a minha inteligência, dirigi a minha vontade, purificai o meu coração, para que eu seja sempre cristão fiel a Deus e cidadão útil à Pátria”, era esta a doutrina implementada nas escolas da altura, como podemos ver neste excerto de uma oração feita no início das aulas.

A educação cristã estava implícita, reduzindo os manuais ao essencial quanto à formação de uma mentalidade cristã. A República que

se seguiu, isto é, a dos dias de hoje, defende que todos os jovens têm igual direito de aprender. O Estado também não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.

Aproveitando o facto das comemorações do centenário da República, o Fórum da Liberdade de Educação iniciou-se com o ciclo de debates, que vai contar com nove encontros, em Lisboa, Porto e Coimbra.

«A Educação na I República: que lições para o séc. XXI?», foi o tema desta primeira sessão, que teve lugar no passado dia 3 de Fevereiro, no Museu de Serralves, no Porto.

A sessão presenciada por Artur Santos Silva, presidente da Comissão Nacional para as comemorações do Centenário da República teve como oradores José Miguel

Sardica, professor na Universidade Católica Portuguesa, Maria Cândida Proença, professora na Universidade Nova Portuguesa e como comentador Adalberto Dias de Carvalho, professor da Universidade do Porto.

Com ideias idênticas no que toca à Educação, foi na alfabetização que mostraram mais preocupação.

Conjugando também sempre a educação com a política e a religião, José Sardica alega que “a escola não faz eleições, mas sim eleitores”. A educação nas diferentes Repúblicas também foi um dos temas falados pelos presentes afirmando que se a educação está como está, a culpa é da sociedade e dos indivíduos, e que “o que faltou no nosso país foi falta de organização”, afirmou Artur Santos Silva.

“A República veio tarde” foi a conclusão final tirada pelo Presi-

dente da Comissão.

Estas iniciativas continuarão até Novembro do ano corrente e estão previstas as participações de Rui Machete (Fundação Luso-Americana), João Ferreira do Amaral (Instituto Superior de Economia e Gestão), Vasco Graça Moura (ensaísta), Nuno Crato (Instituto Superior de Economia e Gestão), Guilherme d’Oliveira Martins (Tribunal de Contas), Pedro Duarte (advogado e deputado pelo PSD), Álvaro Almeida dos Santos (Conselho de Escolas), Eduardo Marçal Grilo (Fundação Gulbenkian), Júlio Pedrosa (Universidade de Aveiro) e Roberto Carneiro (Universidade Católica), entre outros convidados.

Catarina Almendra

Estatísticas do mês de Dezembro da companhia aérea Ryanair

Ryanair é considerada a número um no serviço ao cliente \\

As estatísticas feitas ao serviço ao cliente consideraram a Ryanair a companhia aérea número um em relação ao serviço ao cliente e à pontualidade.

A Ryanair, no passado dia 26 de Janeiro, anunciou as suas estatísticas de serviço ao cliente durante o passado mês de Dezembro. Ao contrário de muitas outras companhias aéreas, tem como norma publicar mensalmente as suas estatísticas de serviço ao cliente. Os dados referentes ao mês de Dezembro confirmam-na como sendo a companhia aérea número um, no que toca ao serviço ao cliente e à pontualidade.

Durante o mês de Dezembro de

2009, a companhia aérea, além de garantir as tarifas mais baixas e a não cobrança de suplementos de combustíveis, teve 72% entre mais de 32.000 voos a aterrarem à hora prevista, menos de um (0.66) reclamações por cada 1.000 passageiros transportados e menos de um (0.42) reclamações por bagagem perdida por cada 1.000 passageiros transportados.

Resultado dessas estatísticas também foi o facto de a Ryanair operar a mais jovem e “verde” frota

da Europa e ser a companhia aérea número um em pontualidade.

Ryanair apresenta nova rota Porto – Dublin Ryanair aproveita o facto das outras companhias aéreas cortarem nas suas rotas para lançar mais uma. A rota disponível desta vez é Porto – Dublin, e vai poder começar a ser usufruída já a partir do dia 30 de Abril.

Para celebrar esta nova rota, a companhia aérea irá alargar a cifra

já alcançada de 600.000 passageiros transportados entre Dublin e os aeroportos de Porto e Faro e ainda disponibilizar a tarifa inicial de 29.99 Euros, disponível para reserva em wwww.ryanair.com.

A Ryanair encontra-se determinada a levar os portugueses a conhecer novos lugares, “esta é oportunidade única para viver a atmosfera dos pubs irlandeses, de visitar Dublin e caminhar ao longo do rio Liffey, de observar os inigualáveis penhascos de Moher ou o enig-

mático Newgrange” sublinha Daniel de Carvalho, da Ryanair.

Enquanto as restantes companhias aéreas efectuam cortes nas rotas disponíveis a companhia aérea número um continua a estender a sua oferta com mais um destino para milhares de portugueses.

Catarina Almendra

maiahoje

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Opinião

As notícias possíveis \\ bundas espreita por ali e vê se vês estranhas nódoas boiando entre o lamento perene das notícias possíveis e a revolta espontânea dos parágrafos

Nelson Ferraz

espreita por ali e diz-me se há algozes pendurados ao virar da página e se já principiaram a construir o edifício azul dos lápis enquanto falávamos da sobrevivência das palavras mori-

depois vem dizer-me quantas amarras encontraste nas sílabas e jura-me que as nuvens ainda não têm títulos espreita por ali

e conta-me o que te parecem as luzes desconhecidas do papel que as letras acariciam de tinta de grafite e de pixels como se bordassem uma história cor-de-rosa de silêncios quando achares oportuno vem buscar um novo índice de urgência capaz de mostrar um chão de textos onde as orações são imprescindivelmente livres e sem arquivos de medo

Os importantes também morrem \\ Fernando Pedroso

Há gajos tão importantes Que correndo nem discorrem Que a vida é feita de instantes E num instante também morrem.

Importantes por instantes

Porque a vida é curta e vã Pouco ou nada hilariantes Pomposos e inconstantes, Podem não ser amanhã!

Há outros inda piores Os que julgam e não são São mais burros e maiores Fazem feios folclores, Escravos da presunção.

Julgam-se senhores nobres Mas são uns pobres mais pobres, São pobreza disfarçada, Adoram mau companheiro,

Presas fáceis do dinheiro, Dinheiro é casca e eles nada!

A natureza tem beleza Toda é simplicidade, Esses falsos são tristeza, Quão triste é falsa vaidade.

Importantes são aqueles Que ao verem precisar deles Abrem coração numa boa E do pouco que lhes sobra São caridade e são obra Obra que Deus abençoa.

Crónicas do meu livro “Instantâneos” - volume 2 \\ Clemente Ribeiro

N.º 4 A propósito de quem paga os bolos e de quem os paga - Ele pagou os bolos todos, coitado, e não comeu nenhum! dizia a mulher para quem a acompanhava.

Estava o trânsito todo parado, tinha havido um acidente mais para diante. O autocarro baforava calor sobre o calor da rua e as pessoas perlavam de suor os corpos castigados pelo calor.

Uma atmosfera de sonolência inquieta, embalada por vozes monótonas e abanada languidamente por tudo quanto era susceptível de obrigar o ar a movimentar-se, prevalecia.

- A culpa é dele que é para ali um bolas. Havia de ser comigo! – comentou a outra, espertando os movimentos do lenço com que se abanava, à falta de melhor.

- Abusam dele, é o que é. O homem anda doente e ninguém

quer saber. A mulher parece um odre! Quanto apanha quanto come!... – volveu a primeira, indignada.

Nessa altura o autocarro arrancou de repente e houve calcadelas, encontrões, um sujeito gordo caiu sobre uma velha magra e uma velha gorda despencou sobre um rapaz magrinho, uma moça agarrou-se firmemente ao ferro, mas deu-me com os seios na cara, um belo presente, se eu não estivesse todo comprometido com outros…

Enfim, brincadeiras da sorte, quando a sorte guia autocarros!

Houve desculpas, gritinhos, insultos! Logo a seguir o autocarro travou a fundo e o motorista foi autenticamente fuzilado com injúrias.

“Pagou os bolos todos, coitado”, pensei para mim “ e não comeu nenhum” As mulheres tinham abandonado a história e começado outra bem menos interessante: - Olhe que uma vez ia eu ao setenta e sete…

- E a mim, no noventa e dois!

– interrompeu a outra, sem deixar contar.

Mas a conversa alargou-se

imediatamente. Todos tinham casos para contar e propunham as suas experiências ao mesmo tempo. Depois fizeram-se grupos cada vez menos numerosos. Pessoas que não se conheciam de lado nenhum pareciam amigas velhas! O autocarro ficou outra vez parado, o tom das vozes começou a esmorecer, muitos desistiram de falar, o calor fez-se mais presente, um velhote já ressonava, uma velha desdentada resumiu o desejo de muitos: - Rais’ partam o autocarro!

E eu continuava a pensar naquela verdade injusta: Há sempre os que comem os bolos todos e o que os paga todos e não come nenhum. E, porque a mim isso já me tem acontecido, eu compreendi que do direito, quando tudo está torto, resta ainda o direito, mas não chega, e apetece gritar, parafraseando a velha desdentada: Rais’ partam isto tudo!

Mas, ainda que raios partissem isto tudo, o direito ficaria só direito, onde tudo seria ainda mais torto!

E o autocarro partiu suavemente e chegámos todos bem, embora atrasados…

Bruxismo \\ Raúl Vaz de Carvalho*

Tensionar os músculos da cabeça e pescoço e/ou apertar os dentes de forma involuntária, durante o sono, parece à primeira vista uma acção inocente e quotidiana sem demasiadas repercussões para o bem-estar e a saúde.

Contudo, a repetição deste episódio por um tempo prolongado causa uma sobrecarga na mandíbula que, em geral, se traduz em desconforto e dor na face, na cabeça, na região do ouvido e podendo se estender até ao pescoço. Outros efeitos danosos são desgastes, fracturas e destruição dentária, fracturas e perdas de restaurações protésicas e fracassos em reabilitações implanto-suportadas. Estes problemas, ao se tornarem crónicos, podem afectar de forma significativa o desempenho geral do indivíduo, bem como interferir em sua qualidade de vida. Esta manifestação neuromuscular, inconsciente e o conjunto de efeitos dela derivada caracteriza o Bruxismo - denominação técnica do “apertar” os dentes.

A prevalência desta doença, ainda que não existam registros oficiais, é muito elevada em todo o mundo. Segundo a Sociedade Espanhola de Cirurgia Oral e Maxilofacial e a Associação Espanhola de Pacientes com Patologia da Articulação Temporomandibular e Dor Orofacial, a percentagem de indivíduos atingidos anda a volta dos 20% a 40% da população, sendo que cerca de 70% dos pacientes afectados carecem de diagnóstico básico - convém considerar a importância de um correcto encaminhamento destes pacientes para profissionais qualificados, para que possam ser adequadamente esclarecidos sobre a extensão clínica do bruxismo e orientados sobre as formas de controlo e prevenção destes problemas.

Cerca de 80% das cefaléias são associadas à tensões musculares Diversos estudos disponíveis na literatura médico-científica demonstram que cerca de 80% das dores de cabeça estão associa-

Terminou em 6.º lugar a Maiata CAROLINA no programa IDOLOS da SIC. Sinceramente acho que foi uma injustiça a sua saída comparada com a congé-

nere Inês que era de longe bem mais fraca que a nossa encantadora concorrente. A sua passagem cativou muitos admiradores dentro e fora do programa, na internet existem vários blogues e comentários que são testemunha do seu sucesso. E como prémio foi convidada pelo director da SIC Radical e membro do júri Pedro Boucheri para ser apresentadora do programa Curto Circuito.

Todos acreditamos que ela vai

aproveitar esta oportunidade e com certeza vai ser o princípio de uma longa carreira no mundo dos áudio visuais. Resta deixar uma palavra de apreço para a Câmara Municipal da Maia e Junta de Freguesia de Vermoim pela cedência do transporte que semana após semana permitiu que os AMIGOS a fossem apoiar. Força Carolina a MAIA está orgulhosa da tua prestação.

Rogério e Isaura, uma paixão diferente

Para muitos causou sensação Colocando perguntas, vendo defeitos Na rua vamos de mão em mão Superando imensos preconceitos

Escrevi isto muito a sério Muita gente comenta e diz A ISAURA e o ROGÉRIO São um casal bonito e feliz

Ela cedo provou ser especial E mexeu com muita gente A Isaura que é linda e normal Namora com um Deficiente

Sou feliz ao conquistar-te No chão de qualquer soalho É na confeitaria MIRA PARQUE Onde passa as horas de trabalho

Devo-te tantos e tantos carinhos Por mim sempre muito lembrados Recebe um sorriso num beijinho Neste lindo Dia dos Namorados

Não gosta muita de modas A todos dá o seu melhor E na minha cadeira de rodas Partilhamos o nosso AMOR

Se trocamos carinho ou carícia É estranho e não sei o porquê Ignorantes fazem notícia E até programas na TV

Rogério Gonçalves Dia dos Namorados 2010

das a diferentes níveis de tensão muscular. Assim o diz a IHS (Internacional Headache Society) que alerta sobre estes transtornos que, cada vez mais se propagam pela população. Um estudo publicado recentemente pela IASP (International Association Study of Pain), durante a semana europeia contra a dor, afirma que um em cada cinco europeus (cerca de 75 milhões), sofre de dor crónica. Segundo os dados apresentados um grande número dessas dores localiza-se especificamente no segmento cefálico (cabeça e pescoço). As complexas relações biomecânicas craniomandibulares estão incluídas nos diversos factores que causam os sintomas, entre estas, é possível destacar as discrepâncias maxilo-mandibulares, as perdas dentárias sem compensação, próteses em desequilíbrio oclusal.

Outra estimativa preocupante intitulada “Dor na Europa” aponta que cerca de quinze milhões de europeus pensaram em suicídio devido à dor crónica e incapacitante. Do ponto de vista económico foi demonstrado que os prejuízos associados à dor crónica estão na ordem dos 35 bilhões de euros/ano (ausência do trabalho, medicamentos, exames, internações). Para o estudo mais de 46.000 pessoas foram entrevistadas e se destacou também que este problema tem um impacto profundo nas relações pessoais, já que afectam de forma decisiva o comportamento emocional, gerando conflitos sociais e profissionais, divergências familiares, privação do sono, podendo resultar na síndrome da fadiga e depressão.

Uma significativa parte destes doentes sofrem deste problema há mais de 20 anos e passaram por mais de 8 áreas médicas diferentes, posto que durante este tempo não foi encontrado profissionais que oferecessem tratamento efectivo para combater os problemas. Profissionais e estudiosos do tema concordam que existem poucos serviços especializados no tratamento da dor crónica, como também, poucos profissionais com suficiente qualificação e formação para a sua abordagem clínica.

Causas O ranger dos dentes é causado principalmente por factores como o stress, a tensão e ansiedade. Fadiga generalizada, efei-

tos adversos de medicamentos químicos, privação do sono, oscilações hormonais, são também factores causadores dos episódios nocturnos. As relações dentárias em desequilíbrio constituem um factor de agravamento e potenciadoras dos efeitos das tensões neuromusculares. A contracção estática e mantida dos músculos não apenas travam a mandíbula contra a maxila, mas também se estende para os músculos da coluna (cervical e dorsal), agravando significativamente a evolução das patologias da coluna cervical. Finalmente, os estudiosos estão de acordo que a presença de anormalidades nos músculos pericranianos, mastigatórios, faciais, posturais, e cervicais, pode desencadear disfunções e dores de ouvido (perda de audição), zumbidos, tonturas e sensação de ouvido tapado.

Tratamento Uma avaliação da literatura actual, bem como, referências de entidades e centros avançados que tratam destes problemas em vários países, permite constatar que não estão definidos, ainda, protocolos estandardizados para identificação e abordagem destes transtornos - de fato, é difícil detectar e padronizar algo que ocorre quando o paciente está a dormir. Os critérios de tratamento e controlo também estão, em geral, pouco definidos, embora tenha sido enfatizado o princípio multidisciplinar. Contudo, esta área teve um grande impulso no meio científico com o surgimento de um novo campo médico, conhecido como “Medicina do Sono”, onde se abordam temas como a fisiopatologia e a neurobiologia química e comportamental. Os métodos terapêuticos combinam diversas modalidades como os medicamentos, a manipulação tecidual, a electroterapia (estimulação eléctrica transcutânea neural), o laser, os bloqueios infiltrativos de pontos musculares desencadeadores de dor, a electroacumputura, os aparelhos intra-orais para estabilizar as relações biomecânicas craniofaciais (balanceamento oclusal e cervical), e os ajustes da oclusão dentária com os mesmos objectivos. *Médico Dentista da C.D.I.

O Pré-sal do Brasil \\ João Diogo

Carolina apresenta programa na Sic Radical \\ Rogério Gonçalves

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Digamos que a camada PréSal descoberta a baixo do leito do mar, é, segundo Luiz Inácio Lula da Silva (Presidente), a nova independência do Brasil- património da União- riqueza e futuro dos Brasileiros, porquanto explorada, pode colocar este País, entre as 10 maiores reservas de petróleo do mundo.

Englobando 3 bacias sedimentares (Espirito Santo, Campos e Santos) o Pré-Sal Brasileiro é uma faixa que cobre 800 quilómetros de extensão por 200 quilómetros de largura e que vai desde os Estados do Espirito Santo a Santa Catarina, guardando uma estimativa de cerca de 100 bilhões de barris de petróleo, só nas jazidas descobertas a 7 mil metros abaixo do nível do Mar e da espessura de Sal com cerca de dois quilómetros.

Formadas há mais de 100 milhões de anos o Pré- Sal Brasileiro é o resultante de uma fenda entre os continentes Africano e Brasileiro, que ocasionalmente originou a chamada rocha geradora de petróleo, ou seja, uma confinação de milhares de anos que após evaporação da água, o Sal se concentrou em cima da própria rocha, definiti-

vamente, daí o surgimento da camada Pré-Sal, a resguardar esse precioso ouro negro que tão providencial parece ser, para todo o Brasil, se for observado o sistema de partilhas dos Royalties do petróleo, porquanto Estados nãoprodutores revindicam equidade na distribuição do referido bónus No entanto podemos adiantar que até hoje foram econtrados em todo o Brasil, cerca de 14 bilhões de petróleo, o que equivale a dizer, que esta recente descoberta, será no mínimo sete vezes mais abundante do que tudo que se tenha descoberto até hoje, em todo o País; daí que no ranking das reservas petrolíferas, o Brasil tornar-sehá, na quarta reserva mundial, a primeira fora do Oriente médio Ainda que não tenham sido estimadas estas imensas reservas de petróleo, mas, só em uma parte, concentradas que estão em vários campos, com a Tupi á cabeça entre vários outros, porquanto e segundo estimativa, aguardar-se desses poços, uma produção de cerca de 8 bilhões de barris de petróleo bruto, o que de facto é já um número bastante substancial, se atendendermos a que o tamanho de toda essa riqueza global, ir certamente assegurar e auxiliar o futuro do povo Brasileiro Sendo considerada uma das maiores descobertas do mundo dos ultimos 7 anos ( descobertas cientificas ) pode-se colocar o Brasil nos próximos 20 anos entre os

dez maiores produtores do mundo, atendendo a algo próximo de 100 bilhões de (boe) barris de óleo equivalente. Acresce dizer que em princípio a empresa contratada para a exploração do petróleo será a Petrobras, companhia estatal, que apesar da sua grande mobilidade, congregará outras companhias na exploração do petróleo. É certo e sabido, que a Petrobras, tem competência para controlar o Petróleo do Brasil, mas para isso, terá de ser 100% estatal e não mista como é hoje Claro que é importante não subestimar essa imensa riqueza, que anos atrás ainda era uma utopia. No entanto hoje, como realidade que é, o Pré- Sal encontrado em águas territoriais Brasileiras será a longo prazo, um elemento fundamental no tocante á sua soberania e isso se acreditam, que deverá ser tratado como novo marco regulatório, em toda a sociedade em geral.

No entanto não resta dúvida absolutamente nenhuma, o facto de o Brasil ter deixado de ser um País subdesenvolvido para se tornar num País desenvolvido, aliás, com uma nova visão sobre o mundo que o rodeia e isso se nota hoje em dia com a formação da sua gente, quer no ensino escolar quer na formação rural dos analfabetos e agora, com a possibilidade de novos recursos extraídos do petróleo, a convergir na Saúde e em melhor qualidade de vida para todos os Brasileiros.

O Tempo

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sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Coffe Break

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Chuva. Parcialmente nublado. Máxima 11 °C .

Vento ES-NORDESTE 18 km/h .

Parcialmente nublado.

Mínima 1 °C . Vento ESNORDESTE 18 km/h .

Sensação Térmica: -3 °C .

Hotspots Wi-Fi (MAIA)

Céu limpo. Máxima 11 °C .

Vento NORDESTE 14 km/h .

Céu limpo. Mínima 0 °C .

Vento ESTE 14 km/h .

Sensação Térmica: -4 °C .

Possibilidade de chuva.

Parcialmente nublado.

Máxima 12 °C . Vento ES-SUDESTE 10 km/h .

Dia Turno

SAÚDE: C. de Saúde da Maia . . . . . . . . . . . . . . . . .229 470 940 (Linha Azul) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 487 918 C. Saúde de Á.Santas . . . . . . . . . . . . . . . .229 735 420 C. Saúde do Castêlo . . . . . . . . . . . . . . . . .229 810 238 Unid. Saúde de Moreira Maia . . . . . . . . .229 867 036 U. S. Moreira Maia(Linha Azul) . . . . . . . .229 427 968 Unidade de Saúde de Gueifães . . . . . . . .229 438 449 Unidade de Saúde de Milheirós . . . . . . .229 723 322 Unidade de Saúde de Nogueira . . . . . . . .229 448 655 Unidade de Saúde de Vermoim . . . . . . . .229 470 950 Serv. Atend. a Situações Urgentes . . . . .229 448 790 Cruz Vermelha Port. (Núcleo Maia) . . . . .229 411 221

Pouco nublado. Mínima 9 °C . Vento ESTE 10 km/h . Sensação Térmica: 1 °C .

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A (SERVIÇO PERMANENTE) AGRA - MILHEIRÓS GRAMAXO - MOREIRA DA MAIA B (SERVIÇO PERMANENTE) BOM DESPACHO - MAIA DA MAIA - ÁGUAS SANTAS C (SERVIÇO PERMANENTE) BASTOS - GUEIFÃES DAS GUARDEIRAS - GUARDEIRAS D (SERVIÇO PERMANENTE) MARTINS DA COSTA - ÁGUAS SANTAS ÁLVARO AGANTE - VERMOIM E (SERVIÇO PERMANENTE) MOREIRA BARROS - PARADA ALIANÇA - VERMOIM F (SERVIÇO PERMANENTE) EUGÉNIA - PEDROUÇOS CENTRAL - CATASSOL G (SERVIÇO PERMANENTE) LIMA COUTINHO - GUEIFÃES SOUSA TORRES - ARDEGÃES

Telefones úteis

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA: Cartório Notarial da Maia . . . . . . . . . . . . .229 439 810 Conservatória do Registo Predial . . . . . .229 483 929 1.ª Repartição de Finanças . . . . . . . . . . . .229 448 133 2.ª Repartição de Finanças . . . . . . . . . . . .229 785 040 1.ª Tesouraria da Fazenda Pública . . . . .229 484 332 2.ª Tesouaria da Fazenda Pública . . . . . . .229 717 271 Tribunal Judicial da Maia . . . . . . . . . . . . .229 438 900 Santa Casa da Misericórdia . . . . . . . . . . .229 448 136 Correios de Vermoim . . . . . . . . . . . . . . . .229 439 610 EN - Electricidade do Norte . . . . . . . . . . .800 506 506 EN - (Comunicação de Avarias) . . . . . . . .800 246 246 S.M. Águas e Saneamento da Maia . . . .229 430 800 Inst. Emprego Form. Profissional . . . . . .808 200 670 Áeroporto Sá Carneiro . . . . . . . . . . . . . . . .229 413 141 Câmara Municipal da Maia . . . . . . . . . . .229 408 600 Aeródromo de Vilar de Luz . . . . . . . . . . . .229 687 322 Biblioteca Gulbenkian . . . . . . . . . . . . . . .229 483 472 Forum da Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 408 643 Forum Jovem da Maia . . . . . . . . . . . . . . . .229 436 390 Gab. Apoio Defesa do Consumidor . . . . .229 442 462 E. M. Estacionamento da Maia . . . . . . . .229 408 643 Academia das Artes da Maia . . . . . . . . . .229 408 721 Linha Directa Ambiente . . . . . . . . . . . . . .229 484 821 Linha Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .800 202 639 Casa do Alto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 059 520 Táxi Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 482 660 Canil Municipal da Mai . . . . . . . . . . . . . . .229 823 687 Quinta da Gruta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 870 292

Parcialmente nublado.

Máxima 11 °C . Vento ESTE 14 km/h .

Farmácias de serviço

Filme

Aeroporto Francisco Sá Carneiro . . . . .Pedras Rubras ANJE . . . . . . . . . . . . . . . . . .Tr. Cruzes Monte, 46 - R/C CEPSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Av. António Santos Leite CTT . . . . .R. Dr. José Rodrigues Silva Júnior, 355 - R/C Galeria Central Plaza . . . . . . . . .R. D. Manuel II, 2076 GALP - A.S. Águas Santas . . . . . . . . . . . . . .A4, Km 9.8 (Porto/Amarante - Ermesinde) GALP - A.S. Águas Santas . . . . . . . . . . . . . .A4, Km 9.8 (Amarante/Porto - Ermesinde) Loja PT . . . . . . . . . . . . . . . . .Av. Visconde Barreiros, 15 Lusomundo MaiaShopping . . . . . .Lugar de Ardegães Maioritelica . . . . . . . . . .R. Eng. Frederico Urich, 3196 McDonald’s (Maia Centro) . . . . . . .Lugar de Catassol McDonald’s (Maia Jumbo) . . . . . . .Jumbo, EN14, Km9 McDonald’s (MaiaShopping) . . . . . . . . .Lj. 238, Piso 2 TOTAL . .Via Eng. Belmiro de Azevedo - Z. Ind. Maia I

EMERGÊNCIAS: SOS Número Nacional de Socorro . . . . . . . . . . . . . .112 Intoxicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .808 250 143 Bombeiros Voluntários de Moreira . . . . .229 421 002 Assoc. Human. Pedrouços . . . . . . . . . . . .229 012 744 P.S.P. Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 413 853 P.S.P. Aeroporto de Pedras Rubras . . . . .229 482 693 G.N.R. Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 867 430 Protecção Civil (C.M. Maia) . . . . . . . . . . .229 408 722 Protecção Civil (C.M. Maia) Fax . . . . . . . .229 412 038 Protec. Civil (C.M.M) Linha verde . . . . . . .800 205 169 Polícia Municipal Maia . . . . . . . . . . . . . . .229 440 853 PSP Águas Santas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .229 713 537

Possibilidade de chuva.

Parcialmente nublado.

Mínima 4 °C . Vento ESTE 18 km/h .

H (SERVIÇO PERMANENTE) VALES - ARROTEIA SOUSA BEIRÃO - MAIA a (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) DO AEROPORTO - PEDRAS RUBRAS b (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) GEMUNDE - CAMPA DO PRETO c (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) CASTÊLO - CASTÊLO DA MAIA

Chovem Almôndegas (Cloudy with a Chance of a Meatballs) Duração: 90m Classi.: M6 Género: Animação Realização: Phil Lord, Chris Miller Vozes: Carla Chambel, Filipe Duarte, João Lagarto, Manuel Marques Sinopse: Flint Lockwood é um jovem inventor que sonha em criar algo que irá melhorar a vida de todos. Sparks é uma jornalista que está a cobrir esse fenómeno, e esconde a sua inteligência por detrás do seu engraçado exterior. Um dia Shelbourne, o presidente da cidade, descobre que a invenção de Flint pode colocar a cidade no mapa, e tornar numa cidade mais importante. Muitas invenções de Flint têm falhado até à data, mas esta invenção vai finalmente funcionar... em tão grande escala, que toda a cidade poderá ser "comida".

d (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) VILA NOVA DA TELHA - QUIRES e (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) SILVA ESCURA - FREJUFE f (REFORÇO ATÉ ÀS 24H) ARAÚJO - NOGUEIRA y (DISPONIBILIDADE ATÉ ÀS 22H) MENDONÇA - SÃO PEDRO FINS

Informação patrocinada por:

Prop. e Dir. Técnica Dr. José Pedro M. Duran G. Dinis

Cinemas Warner lusomundo cinemas MAIASHOPPING DE 12 de FEVEREIRO- 17 de FEVEREIRO

Todos os filmes têm inicio 10 minutos após hora marcada Tel: 22 977 04 50 • Fax 22 972 45 37 Nas Nuvens

[11:15(*); 13:55; 16:30; 18:55; 21:25; 23:50]

Homens que Matam Cabras Só Com o Olhar

[16:40; 21:55]

Invictus

[13:45; 19:05; 00:10]

Percy Jackson e os Ladrões do Olimpo

[11:00(*); 13:35; 16:10; 18:45; 21:45; 00:30]

A princesa e o Sapo (V.P.)

[11:20(*); 14:05; 1620; 18:30]

A Bela e o Paparazzo

[21:50; 00:00]

Avatar 3D

[13:30; 17:00; 21:00; 00:25]

Dia dos namorados

[13:20; 16:05; 18:50; 21:35; 00:20]

FARMÁCIA ALIANÇA De seg. a sex. das 9h00 às 21h00 • sáb. das 9h00 às 13h00

VIVACINE MAIA

DE 12 de FEVEREIRO- 17 de FEVEREIRO Todos os filmes têm inicio 10 minutos após hora marcada Tel: 22 947 15 18 Chovem Almôndegas 3D (V.P.) Avatar 3D Alvin e os Esquilos (V.P.) Ouviste falar dos Morgans?

|01:29; 11:10(****); 13:50; 16:00; 18:20] [02:42; 20:50; 00:15]

14 de Fevereiro

[01:29; 13:40] [1:43; 16:10; 18:30; 21:10; 23:30]

A Princesa e o Sapo

[01:37; 11:00(****); 14:00; 16:20; 18:40]

A Bela e o Paparazzo

[01:50; 21:30; 23:40]

Homens que matam cabras só com um olhar

PERMANENTE

Av. Padre Manuel Alves do Rêgo, 657 • 4470-330 Vermoim Tel. 22 944 08 86 • Fax 22 940 64 35

[01:33; 13:30; 15:50; 18:10; 21:20; 23:50]

(*) Só ao Domingo - (**) Só 6ª e Sábado - (***) Excepto Sábado e Domingo - (****) Sexta a Sábado (*****) Domingos e Feriados PUB

maiahoje

sexta-feira 12 de fevereiro de 2010

Viagens

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Viagens //

Pelo interior do Líbano

Estávamos em Beirute, mas logo depois do pequeno-almoço partimos para o interior. A saída de Beirute estava totalmente entupida. Depois, começámos a subir, mas não descobríamos a auto-estrada. Parámos numa farmácia, perguntei pela auto-estrada… era aquela a estrada para Baalbeck. Auto-estrada não havia... A estrada era péssima, sempre a subir, só com duas faixas, cheia de camionetas.

Mas finalmente, o trânsito melhorou, a estrada melhorou, e o caminho tornouse bem agradável. Montanhas, montanhas, áridas, sem vegetação alguma, cabras e ovelhas.

Primeira paragem, Aanjar, também conhecida por Haouch Moussa (a quinta de Moisés). Foi fundada por refugiados arménios que fugiram da Turquia, do “Grande Genocídio” de 1915, no qual pereceu mais de um milhão de pessoas.

Interessante em Aanjar são as ruínas da antiga cidade omíada, construída há 1300 anos. A cidade era fortificada, cortada em quatro quartos iguais por duas grandes avenidas de 20 m de largura. Foi construída nos primeiros tempos do Islão, sentindo-se assim ainda grandes influências das antigas culturas. Parece que o material usado foi reciclado de antigas estruturas bizantinas, romanas e gregas.

Visitar Aanjar à hora de maior calor não terá sido ideal, mas foi a hora possível… Havia relativamente poucos turistas, mas… uma cobra enorme, talvez de 1.5 m, bem preta que se assustou com os nossos passos.

Para refrescar, fomos até Ksara, onde visitámos as caves. O Chateau de Ksara são as caves mais antigas do Líbano — o nome vem da palavra árabe qsar que quer dizer castelo. As primeiras vinhas foram plantadas em 1857 por padres jesuítas. O vinho amadurece numas caves naturais, nuns túneis já usados pelos romanos e descobertos durante a 1ª Grande Guerra por mero acaso, como quase

sempre acontece nestes casos—2 km de túneis a uma temperatura constante de 11 a 13º C. Além de vinho branco e tinto mono-castas e de multicastas, as caves também produzem arak, a aguardente de anis tão apreciada no Líbano e na Turquia.

Ao final da tarde chegámos a Baalbeck, o centro da Herzbollah no Líbano, mas também o local onde se encontra o maior complexo de templos do império romano. Nem em Itália existe um complexo tão grande! É algo fenomenal. O muro à volta tem pedras de 1 toneladas — como foi possível trazê-las até ali e colocá-las exactamente umas ao lado das outras! Andamos pelos templos e sentimos a História a ser-nos contada pelas pedras. Sobreviveram ao tempo, às guerras aos tremores de terra, um conjunto de seis colunas com a trave mestra original e um templo maior que o Partenon (!), com as suas colunas e o seu tecto todo trabalhado em baixos-relevos.

Ficámos num hotel mesmo em frente das ruínas de Baalbeck — fenomenal abrir a porta da varanda e ver a monumental escadaria, mandada construir pelo imperador Caracalla, que leva ao propileae, um pórtico de doze colunas flanqueadas por duas torres de base triangular.

De resto o hotel era simples, três camas e um lavatório, casa de banho e duches comuns. Mas por US$ 30 por noite não se pode pedir muito mais...

Baalbek significa “Deus do Sol (Baal) de Beqaa” e se refere à região da planície fértil de Beqaa. Segundo historiadores libaneses, o local não era muito importante no passado, pois não se conhecem registos em textos assírios ou egípcios. Sabemos que foi habitada por fenícios; o local foi escolhido por estar próximo de nascentes de água e dos rios Litani e Al-Aasi. Na era dos Seljúcidas e dos Romanos, a cidade era conhecida por Heliópolis (ou “A Cidade do Sol”).

A época de ouro de Baalbek começou quando o Imperador Júlio César fundou uma colónia romana na área e construiu um templo em homenagem ao deus Júpiter, com um vão central de mais 4000 metros quadrados, com os maiores granitos em peça única do mundo.Depois do governo do Imperador Trajano, que em muito privilegiou a adoração ao Deus Júpiter, que segundo ele, travou importantes batalhas junto ao Império Romano. Trajano, inclusive, construiu jardins que ligavam a cidade ao templo, com hexaedros de grande tamanho.

Na volta que demos pela cidade, descobrimos a bela mesquita, coberta de azulejos azuis e desenhos persas. É o mausoléu de Khawla, a filha do íman al Hussein. Era dia de festa. Entrámos, mas sentimos alguma hostilidade. Saímos.

De Baalbeck saem duas estradas principais, ambas para Tripoli. Uma dá a volta pelo norte do país e a outra segue por Bcharré e por Os Cedros, a

estância de esqui do Líbano. Era esta que queríamos tomar, pois em Bcharré queríamos ver o Museu Kahil Gibran. Começámos a viagem bem cedo. À hora de almoço, chegámos finalmente a Bcharré, tendo ido directamente para o Museu dedicado a Kahlil Gibran, o grande poeta místico libanês, autor de “O Profeta”, entre outras obras. O museu, que alberga uma colecção de 170 dos seus 440 quadros, foi instalado num antigo mosteiro, comprado por Gibran que aí pensou fazer o seu retiro de velhice. Morreu porém pouco tempo depois da aquisição. Na antiga igreja, está não só a sua cama como também o seu caixão (!).

A alguns metros, uma gruta dedicada a Maria, a que foi dado o nome de Nossa Senhora de Lourdes. Segundo a lenda, um dos monges do mosteiro tinha a seu cargo a horta.

Perto do mosteiro não havia água e o monge jardineiro tinha de descer ao vale para ir buscar água para regar a

sua horta. Nossa Senhora teve pena dele e, um dia, teve uma visão: Maria que lhe dizia que ali mesmo ao lado havia uma nascente. Um pouco mais acima, está um obelisco em forma de cone (lembra um monte de formigas) que é um antigo túmulo fenício de 750 a.C. Seguimos por Os Cedros — bem, a “floresta” de cedros é um amontoado, pequeno de cedros. Em tempos, todo o Líbano era coberto de florestas de cedros que foram sendo desflorestadas — e agora já nada existe. Já nada se compara às descrições bíblicas da região - em 1 Reis 5, 6 lê-se: “Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem cedros”. Longe estão esses dias. No Líbano, já não há cedros, mas felizmente ainda muita História.

M.Margarida Pereira-Müller Fotos: Hans-Jürgen Müller

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