Jornal IFFolha 3ªedição

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JORNAL IFFOLHA Dezembro de 2017 | ano II | nº 3

Instituto Federal Fluminense - Campus Santo Antõnio de Pádua

facebook.com/JornalIFFolha

Vamos conversar sobre suicídio? Servidores e alunos participam de conversa sobre a prevenção do suicídio. Essa ação é resultante da grande comoção do IFF em relação à campanha “Setembro Amarelo”.

Alguns servidores do Instituto Federal Fluminense Campus Santo Antônio de Pádua realizaram uma roda de conversa sobre a prevenção do suicídio, no dia 18 de setembro, para cada uma das três turmas de primeiro ano. Essa ação é resultante da grande comoção do IFF em relação à campanha “Setembro Amarelo”.

com eles. Por isso é tão importante que estejamos atentos às pessoas ao nosso redor, não deixando que lhes falte apoio e procurando compreender e aceitar bem as suas dificuldades. Só assim podemos nos ajudar. A palavra-chave é a empatia. Ter esse tipo de conversa pode abrir nossos olhos e, quem sabe, ajudar a salvar uma vida.”

As organizadoras do evento, Amanda Bersacula (assistente social), Thamyres Bandoli (assistente de aluno e psicóloga) e Angélica Brito (estudante de serviço social e chefe de gabinete), que trabalham em nosso Campus, viram a necessidade de discutirem sobre o suicídio, já que se trata de um tema que não costuma ser falado em nossa sociedade, o que resulta em um maior número de vítimas. A roda de conversa ocorreu nas aulas de Língua Portuguesa, e foi muito proveitosa, pois a professora Melina Rezende, responsável por essa disciplina, é a coordenadora do IFFolha e o tema principal desta edição é bullying e suicídio. Assim, toda a discussão da roda de conversa ajudou muito os alunos na produção dos textos do jornal.

A discussão proporcionada foi de grande importância para os alunos, que aprenderam muito mais sobre o conceito de saúde, os motivos e causas da depressão, o suicídio e o que qualquer um pode fazer para impedi-lo.

Mariana Cruz, aluna da turma A do 1° ano, que participou do debate, declarou: “É assustadoramente esclarecedor poder conversar sobre essas situações. Na maior parte do tempo, pensamos nelas como cenários muito distantes, mas muitos dos sintomas e traços da depressão e doenças do tipo estão relacionadas à nossa realidade. Tudo o que nos separa da condição de vítimas é a forma como lidamos

Márcio Lugão, aluno da turma C do 1° ano, que também participou da roda de conversa, afirmou que gostou muito da palestra e da iniciativa! “O fato de ter pessoas no Campus que se preocupam com essa situação é muito confortante! Ainda mais de um assunto que não é tão comentado, mas sim deixado de lado, talvez pelo fato de muitas pessoas não saberem o que fazer diante disso. Apoio mais palestras assim de tempos em tempos.” Como foi dito durante o debate, se você ou alguém que conheça está passando por algum momento difícil e quer uma ajuda profissional, ligue: (22) 3852-0474 (CAPS de Pádua) ou 141 (Centro de Valorização da Vida). Lembre-se: falar é a melhor solução! Por Vinícius Valadão Gonçalves – 2º ano Automação


Editorial Chamada de “o mal do século XXI”, a depressão se mostra uma doença cada vez mais presente na realidade dos jovens do mundo inteiro. Não é novidade que esse e outros problemas psicológicos do tipo afetam de forma direta os estudantes de ensino médio que convivem tanto com as pressões sociais do meio jovem quanto com as exigências da vida acadêmica. Simultaneamente, outro problema ganha visibilidade nos últimos tempos: o bullying, principalmente o que é praticado dentro das escolas. Apesar de um certo esforço por parte da mídia e de professores bem intencionados em prol de uma conscientização de adolescentes e crianças sobre a gravidade desse tema, o assunto permanece, muitas vezes, banalizado e tratado como algo inofensivo. Esses problemas, que em um primeiro momento podem parecer distantes de nossa realidade, estão cada vez mais próximos, preocupantes e fáceis de serem identificados. Já há algum tempo, alguns alunos vêm relatando a ocorrência de bullying no nosso Campus, assim como algumas tentativas ou pensamentos suicidas. A situação nos chama a atenção e desperta a imediata necessidade de se debater tais assuntos, pois em muitos casos, se omitir pode ser o mesmo que compactuar.

As tentativas de propositalmente humilhar, ofender ou envergonhar outras pessoas com o único objetivo de inflar seus próprios egos diante daqueles que servem de plateia são atitudes absolutamente desprezíveis e condenáveis. O primeiro passo para eliminá-las de nossa realidade é demonstrar que bullying, depressão e suicídio integram uma relação de causa e consequência, e o que inicialmente parece inofensivo, pode se transformar em uma situação insustentável. Os temas são muito delicados e difíceis de serem abordados e, exatamente por tais motivos, o IFFolha propõe nesta edição um espaço para que cada um tenha a oportunidade de expressar seu ponto de vista sobre essa realidade. A discussão deve acontecer com cautela, porém, sem medo algum, pois só assim, a conscientização poderá ocorrer de maneira definitiva. Desde já, fica o agradecimento a todos os colaboradores, e o nosso convite a uma leitura atenta desta terceira edição do IFFolha. Por Gabriel Robert, Maria Eduarda Gualberto, Beatriz Ferreira, Israyane Castro 2º ano Administração

Você sabe o que é imunidade? Imunidade pode ser um privilégio concedido a alguém ou defesa do organismo contra agentes patogênicos. Seguindo essa lógica, qual seria a imunidade para o suicídio? Em nossas aulas de Ciências, aprendemos o ciclo da vida (nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos), mas a vida não é pautada simplesmente nessas fases nuas e cruas. As fases evoluem acompanhadas de sucessos e fracassos e esses podem nos causar diversas reações, além de deixar marcas profundas. O tempo é relativo e, por isso, o ciclo é diferente para cada indivíduo. Uns podem nascer, passar lentamente por cada etapa do ciclo e outros podem nascer e morrer num curto intervalo. Porém, há aqueles que morrem e ressuscitam dia a dia, semana a semana, mês a mês, tentando sobreviver a uma situação em que sua imunidade abaixa constantemente e para a qual não há vacina, ou seja, o suicídio.

Tais atitudes nos fazem incorporar o papel de Caronte, personagem da mitologia grega, também conhecido como o barqueiro dos mortos, responsável por fazer a travessia das almas pelo rio Aqueronte, uma vez que por meio dessas “pequenas” atitudes, estamos conduzindo o nosso semelhante ao estágio de escolha entre viver ou morrer. A humanidade está definhando em meio aos pensamentos soberbos, individualistas e hipócritas. Devemos nos vacinar com porções de amor, solidariedade, união, acolhimento, respeito ao próximo e, assim, criar imunidades para concluir o ciclo da vida, o nosso ciclo de vida. #maisdialogomenossuicidio

O suicídio é tratado por muitos como frescura, chilique ou querer aparecer, mas na verdade é algo sério e a pessoa precisa de tratamento. A melhor forma de aumentar a imunidade contra o suicídio é falar sobre o assunto, compartilhar suas angústias, trocar experiências e assim, com um suporte social, o indivíduo conseguirá enfrentar as possíveis recaídas. Estamos nos tornando seres antissociais, introspectivos, estressados, cativos da tecnologia e nos esquecemos do convívio e das relações interpessoais. Usamos a tecnologia para agredir, difamar, depreciar e mantermos a sensação de seres superiores, seja pela condição financeira, física, intelectual, entre outras.

Minúscula partícula da criação, grandiosidade, perfeição...”

“O que sou eu no universo? Simples ser humano, grão de areia no deserto, gota d’água no oceano

(Acadêmicos do Salgueiro, 2006)

Por Ronaldo Bastos (professor de Física)

A doença do século Em um mundo de tanto caos, em um mundo de tanta dor, qualquer um pode ser vítima. Ter uma pessoa com depressão em sua vida é como vê-la se afogando na própria mente e não conseguir salvá-la. Causa dor. Dor esta que não chega batendo na porta, perguntando se pode entrar, ela chega destruindo qualquer ponto de esperança e felicidade que alguém poderia ter. É considerada “drama” por muitos, mas não importa! As pessoas só vão se conscientizar e entender esta dor quando a sentirem. Quando sentirem o desespero e a necessidade de fazer alguém sorrir. Quando souberem que aquele sorriso não é mais do que uma máscara para toda aquela bagunça interna. E por mais que passem as crises, sabemos que irão voltar. É uma doença que precisa ser tratada para se alcançar a cura. Encontro nas palavras forças para ajudar e inspiração para continuar, pois “quem conhece um sorriso verdadeiro, sabe que nem todo palhaço é feliz.” Por Isadorah Muniz – 1º ano A

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Crônicas

Sociedade trissilábica

Despertar

Um por quarenta. A cada um, quarenta. Passam-se quarenta e foi um. Para cada quarenta, um. Quarenta segundos, uma pessoa tirou sua vida. Tirou?! Ah, essa maneira corriqueira de falar... Que a linguagem culta me perdoe, meu sentimento pede por mais: “tirou” é o escambau. Usem o verbo de maneira correta, ao menos. Sua vida foi (re)tirada. Quando seu ser sumiu, e já não sabia mais o que se era: DRAMA! Quando cada característica sua, que deveria te fazer único e especial foi jogada contra você como um defeito: DRAMA! Quando quem você é não basta, e tudo que faz parece pouco: DRAMA! Quando reprimem tudo que sente, tudo que nasce, tudo que evolui, tudo que desperta, tudo que deseja, tudo que floresce, tudo que almeja, TUDO QUE VOCÊ É: BAITA DRAMA! Segue a fila, acompanha o padrão. Ou seja forte pra manter o ritmo ou PARA DE QUERER CHAMAR A ATENÇÃO! “Marcha soldado, cabeça de papel, quem não marchar direito, vai preso pro quartel.”

Acordar esses dias tem sido realmente uma guerra. Em meio a alarmes, lençóis e travesseiros, meus pensamentos estão um turbilhão. Não sei se a maturidade chegou, mas tento enganar minha mente para que me deixe mais uma vez ser criança. Não sei o que está acontecendo comigo. O sol surge na janela e sei que uma batalha logo vem, mas só por hoje, quero ser uma longa noite. A solidão tem sido minha companheira nessas horas que preciso de respostas, mas acredito que ela também precise de folga das minhas insistentes dores. Espero um dia poder acordar e saber dizer ao certo quem sou eu, mas até lá, vou navegar nesse oceano de perguntas e amores.

Agora a geração tá preocupada com o mal do século. Tá assídua nas manchetes: EI, GALERA, tem gente tirando a vida a cada 40 segundos. Sociedade hipócrita! Como se já não fizessem isso a cada milésimo, a cada julgamento, a cada pressão, a cada cobrança para que nos tornemos aquilo que não somos. Se deixa de ser quem é, perde sua vida. É aquela velha conversa sobre viver e existir. Só que só se é manchete quando o 8 vira 80. Quando o coração para, e os neurônios não fazem mais suas sinapses. Só é manchete quando acrescenta um número para o dado estatístico. O mundo é quantitativo, o qualitativo nunca pareceu uma preocupação.

Você tenta, eu sei que tenta, mas eu sou mais forte. Não se sinta mal, adoro sua companhia. Me alimento dos seus pensamentos, que aliás, são muito satisfatórios. Só não gosto quando se afasta de mim. Aí eu fico triste e arrumo um jeito de te trazer de volta. Te ver voltando é uma felicidade pra mim. Espero que seja o mesmo pra você. Poxa, para de bobeira, deita aqui. Essa cama é tão quentinha, ficar aqui é bem melhor, e eu sei que você concorda. O que foi? Por que está chorando? Não me diga que te zoaram na escola hoje. Por que suas roupas estão rasgadas? O que essas pessoas têm contra você? Para de chorar, alguém pode ver você assim. Vai querer mesmo que eles perguntem o que houve e depois saiam falando que tudo não passa de um drama? Faz o seguinte: vai lá no banheiro e usa um daqueles presentinhos que te dei, mas não se esqueça de usar blusa de manga depois, aproveita que tá frio. Que foi? Não adiantou? O que está fazendo? Não me deixa, por favor, amanhã é seu aniversário. Tem muito aí, não vai fazer efeito. Não me deixa, como eu vou me alimentar? Eles não dizem que te amam, mas eu digo. Eu te am... espera aí, espera aí, sua mãe tá vindo! “Então filha, amanhã é seu... filha, FILHA?”

E aí vem você... Quer falar de suas dores, quer gritar para o mundo seu sentimento. Você quer é ser poesia em um mundo que não sabe ler. Em um mundo onde toda letra, palavra, frase, verbo, oração é resumido em três sílabas: MI MI MI. Surgem autores anônimos, frases sem sujeito, frases de sujeito oculto. É compreensível a falta de coragem de se assumir quem é, quando tudo que te dizem é para não ser. E aí já não se é mais, se perde na tentativa de se encaixar em todo esse molde. Surgem as cartas suicidas, assinadas com muito bom gosto, sujeito escancarado. Que leiam-me agora!! Tudo que deixei de ser é responsabilidade sua... mi mi mi minhas condolências. Por Jéssika Curty – 2ºano Edificações

Por Luís Guilherme Vieira – 1º ano C

Até quando?

Por Lorena Rodrigues – 1º ano A

Ana Carolina Lessa (1º Ano A)

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Dentre vários romances, Como eu era antes de você é um que não pode deixar de ser lido, embora seja um livro bastante conhecido. Jojo Moyes é a autora. Trabalhou como jornalista por dez anos, nove deles no jornal The Independente. Ela é autora de mais de dez livros, dentre eles: A última carta de amor, A garota que você deixou pra trás, Um mais um e Depois de você. É uma das poucas escritoras a emplacar três livros ao mesmo tempo na lista dos mais vendidos do The New York Times, incluindo Como eu era antes de você.

O livro retrata a história de Louisa Clark, uma mulher de 26 anos, sem ambições, com um namorado (Patrick) que parece não se importar muito com o relacionamento. Ela depende de seu salário para sustentar a família, mas perderá seu trabalho e ela precisa de um novo. Então recorre à agencia de empregos sem muitas esperanças, já que não tem muitas qualificações. Assim, ela consegue uma ocupação como cuidadora de um tetraplégico. Will é um cara bonito, inteligente, bem de vida, que se tornou tetraplégico em um acidente de moto, tornando-se uma pessoa mal-humorada, arrogante, infeliz e sua vida parece sem sentido e dolorosa. Diante desse panorama, ele planeja dar um fim em seu sofrimento. Lou descobre que o seu contrato é de 6 meses, pois Will, mesmo contra a vontade dos pais, em 6 meses, irá cometer suicídio assistido numa clínica na Suíça. Lou fará de tudo para mostrar a Will que a vida merece ser vivida.

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Este livro é maravilho, surpreendeu todas as minhas expectativas, pois quando o ganhei achei que fosse mais um daqueles livros de romance, monótonos, chatos, que já sabemos o começo, o meio e o fim, mas não, parece que tudo que se espera, quando acontece é muito mais do que o esperado. O relacionamento de Will e Lou é lindo, Lou trouxe de volta cor a sua vida. Além disso, é um livro de ensinamentos para levar para vida. Antes Will era um cara ativo, praticava muitos esportes e depois se tornou incapaz de fazer isso, mas o pior é o olhar das pessoas de pena, o preconceito e discriminação quando ele vai a algum lugar. Isso nos faz pensar na vida real, quando vemos pessoas sendo discriminadas por serem diferentes, ou quando vemos pessoas que ficam nervosas quando há um deficiente no ônibus e precisam ceder o lugar depois de um dia cansativo, ou quando passamos perto de um mendigo pedindo esmola e sentimos pena, mas não fazemos nada. Super recomendo, mesmo para quem não gosta de romance, pois certamente vai amar. Por Wanessa Jorge – 1º ano C


Qual o tamanho do seu fardo? A cada 40 segundos alguém tira a própria vida no mundo. O desespero à beira do intolerável. A cada dia o sofrimento - físico ou emocional - fica mais intenso e o ciclo do dia a dia torna-se um fardo pesado e angustiante. Sua dor parece oculta e ninguém percebe o quanto está sofrendo. A sequência das coisas que te machucam parecem ser mais fatigantes e você se sente cada vez mais naufragado nessa tortura. E a sociedade? Ela está aí. Socorrendo? Não! Todo dia um padrão diferente, você precisa estudar e ser alguém importante ou não será reconhecida por ninguém. Você precisa ter o corpo padrão, caso contrário, ninguém irá te respeitar, e você será motivo de chacotas. Você precisa agir dessa forma, se comportar desse jeito, se vestir assim, andar com tais tipos de pessoas e blá, blá, blá. Somos constantemente bombardeados de informações pré-estabelecidas sobre como viver e isso nos faz ignorar a nossa própria essência interior. “Queremos” porque queremos a todo custo sermos o mais normal possível perante a sociedade. Fardos e mais fardos... Quanto mais pesados eles, menos de nós. Vai deixar que te tirem a coisa mais importante que você já ganhou?! Viva conforme sua essência e torne seu fardo leve, tão leve a ponto de, quando olhar, perceber que sua maior gratidão é viver. Lara Torres Abreu – 2º ano Administração

Comemoração do dia do estudante no IFF Pádua No dia 11 de agosto, é comemorado o dia do estudante. E para festejar esta data, os servidores do Campus Pádua organizaram um evento para todo o corpo estudantil. Foram preparadas várias atividades, como: café da manhã interativo, oficinas e, para finalizar, um palco livre. As oficinas foram sobre os mais variados temas. Sendo eles: fotografia, astronomia, práticas corporais, defesa pessoal, tranças e turbante, desenho, dança, xadrez, percussão e cestaria em papel jornal. Os alunos gostaram muito de participar das oficinas e com certeza adquiriram um grande aprendizado. E para fechar o evento, houve um palco livre no auditório do Campus. Um momento em que todos se reuniram para participar e assistir a apresentações musicais e de dança dos alunos e do ícone professor Leozart, que se vestiu de Chapolim Colorado e animou o palco. E além disso, várias pessoas foram premiadas no sorteio organizado. Como se pode ver, o dia do estudante do IFF Pádua foi um total sucesso. Conseguiu reunir grande parte do corpo estudantil e possibilitou, além da interação entre diversos membros da instituição, o aprendizado fora da sala de aula. Edvânya Borduam, aluna do 2° ano de Edificações declarou: “Eles (os organizadores) foram capazes de fazer um evento tão interessante e acolhedor. Eu e meus amigos adoramos, e esperamos que ano que vem aconteça novamente”. Por Vinícius Valadão Gonçalves – 2º ano Automação

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Por Israyane Santos – 2º ano Administração5


Inaceitação Pra que viver?! Se há a opção de morrer?! Não aguento mais esse sofrimento infernal, Que é tanto real quanto virtual.

... com o meu medo PARE! Isso machuca! Dói tanto quanto um tiro na nuca É uma dor que não para

Muitos fazem isso por plena diversão, Outros fazem por medo da exclusão. Já alguns, até por exaltação. Será que para estes há solução? Por que tanta repressão?! E tão pouca compreensão?! Me diga o porquê de tanta humilhação?! Até parece que eles não têm coração! Me dói essas palavras escrever, Mas a dor maior é de tentar entender, O porquê de tanto preconceito comigo? Se eles são todos os meus melhores amigos?!

Ao menos que você acabe com essa sua tara. A solidão invade quando estou me escondendo, Mas lá vem você com a porta da cabine do banheiro batendo Me deixando apavorado Enquanto você fica maravilhado (com o meu medo). Não consigo contar para ninguém o que está acontecendo. Ainda estou tremendo. E lá vem você vindo em minha direção E eu corro como se não houvesse solução (com o meu medo). Vivo andando (com o meu medo), Vivo falando (com o meu medo),

Branco, magro, gordo ou negro Todos merecemos respeito! Pois queremos um país sem preconceito! Por Denise Magalhães – 1º ano C

Até porque meu medo é estar contigo, Meu grande ex-amigo. Eles te levaram e te fizeram contra mim. Arranjei então um fim Para toda essa ocasião Já que você conseguiu começar com toda essa confusão.

O mundo era cinza para mim. As pessoas mentem, Fingem que sentem E me perguntava, por que se tornaram assim? Precisava entender, Por isso comecei a escrever Como se algum dia isso fosse ter um fim. Um sábio veio a me dizer, Para dar pontos finais nas dores, que os futuros amores poderiam me trazer. Então eu percebi e logo após decidi, colorir meu mundo como sempre quis. Por Isadorah Muniz – 1ºano A

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Não irão me ver Não irão saber Que eu simplesmente existi Enquanto você estava aí Sendo quem você não é Tomado pela mente de um monte de “mané”. Você ficará com medo e eles te perseguirão, Até você andar (com o meu medo) na escuridão, Tomado pelo arrependimento E solidão. Por Henrique Bairral - 1º ano A


Ela não tinha medo do escuro E isso era preocupante O monstro não estava no escuro, estava em sua alma E sua mente era sua própria ponte Não via mais graça na vida Seu coração ia se desfazendo com o tempo Afinal, ela já estava morta Pois o suicídio começa por dentro Apesar de estar cercada de pessoas Ela se sentia só, sempre Não confiava em ninguém Sua inimiga era sua própria mente A dor só aumentava Se tornou cinza o seu mundo Ela já não aguentava Resolveu acabar com aquilo tudo Não sabia mais o que era amor Ninguém entendia a dor que ela sentia E na tentativa de tirar essa dor Tirou sua própria vida

Uma mente, um universo iluminado ou escuro o meu se encontra inverso preto e branco, e inseguro. Atrás de grades sou um pássaro sem asas e em apuros sou o Titanic em naufrágio sob pressão no mar de gente monturo. Devo pedir ajuda? 141 motivos dizem que não mas algo grita alto pra que eu não haja com a emoção. Não é drama, não sou ator não quero fama, não quero dor quero sair dessa corrente preciso de um salvador Devo pedir a Judas? mesmo sabendo que podes ser um traidor mesmo sabendo que um adulto muito chato é mais capaz de sanar minha dor.

Por Yara Mota- 1º ano C

Por Vinycios Moreira – 1ºano A

Assassino! Ser humilhado Fingir que nada aconteceu Suportar as piadinhas Destruir meu eu. Eu que cala por fora Eu que grita no interior Eu que sofre reprimido Eu cheio de dor. Não posso falar Para nada eu sirvo Silêncio profundo… Ufa! Coração tá vivo.

Mas um dia Já não mais quis viver Seu ódio foi tão grande Que fez-me esmorecer.

ASSASSINO! Você me matou Mas se isto eu escrevi, Quem foi que me ressuscitou?

Sim! Por um tempo eu morri E nem foi eu quem quis Você acabou comigo aos poucos Impediu os planos que fiz.

Foi a intensa vontade De gritar a minha dor Foi o querer sofrido De sentir o seu amor.

Quem é você?! Ladrão repentino Rouba sonhos, destrói vidas ASSASSINO!

Hoje eu vivo. Posso falar e sentir Perceberam-me na tristeza Que vendava meu existir.

Tão dolorosas palavras suas Que soaram como um mal E a cada dia me sufocavam Fizeram-me sentir anormal.

Percebi depois de um tempo Que eu tenho todo direito De ser quem eu quiser E sobretudo, receber seu respeito.

É...sofri bastante! E você que tentou me apagar, Saiba que por incrível que pareça Eu ainda consigo te amar. Por Pedro Rodrigues 2º ano Automação

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Renascer Vagando em meio ao caos, Nessas vielas esquecidas, Buscando uma identidade, Para curar minhas feridas A alma busca repouso, O coração, aconchego, Um oceano de mágoas, E um inverno sem sossego Porque a vida é bolha de sabão, Primeiro te enchem de sentimentos, Depois observam sua explosão Insistiram em dizer, Que eu não tinha redenção, Que toda minha vida, Era uma completa ilusão Esqueceram, porém, de dizer, Que eu sou tornado, Que eu sou furacão, Que eu sou a tempestade inteira, Dentro de um só coração É chegada a hora, O capítulo final, Nessa noite de aurora, Meu corpo recebe um sinal Como fênix, renascerei, Como sol, brilharei, Como vento, serei selvagem, Como guerreiro, lutarei Hoje minha vida mudou, O amor me alcançou, e antes o que era dor, Agora se transformou, em uma linda flor.

Por Luís Guilherme Vieira – 1º ano C

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Eu sou os restos do mundo, O ferimento de suas almas, A dor de seus corações. Eu sou aquele que vê, Que ouve, Que não fala, não opina . Vejo o que fez, Que mata de vez. Sou aquele que sofre, Com a dose de dor, E o odor putrefato do mundo. Sou o resto do mundo, A parte isolada Na área desolada, Aquele que ninguém quer. Sou o resto teu e dele, Os pedaços de tuas carnes podres Sou o que até os vermes rejeitaram.

O que sou, então? O que somos, não?! Somos humanos, Meros seres infelizes. Idiotices de todos os tamanhos, Não há nada que não culpamos, Tanto nos elevamos, Que na cara tomamos. Somos os restos do planeta, O fim que criamos, A página final do. Você sou eu, Eu sou teus restos, No meio de dejetos Do que sobrou do mundo azul. Por Luiz David Silveira 2º ano Automação

Ele tava no banheiro com outro cara Ela tava dando no primeiro encontro Gay! Vadia! E eles choram e somem Você fica e nada de culpa Aquela foto da sua namorada para no meu celular Mas por que isso veio parar aqui? Ela chora, pergunta Você ri e nada de culpa Piranha! Quando ele entra no beco e sente medo, medo por ser quem é Você o faz ter medo e não tem nada de culpa Nada De Culpa Culpado por amar Culpada por desejar Culpada por confiar Culpados por ser Não é culpado quem faz Eles deixarem de ser Se joga Tu canta “sai da sacada, é muito nova pra cair” Mas quem os coloca na sacada? Não é culpado Não chora Nem sempre a cama é lugar quente Às vezes, a cama é pura tristeza Medo e culpa Culpados! Suicídio é pecado Mas matar também é. Por Lara Machado – 2º ano Automação


HORÓSCOPO

“Como cada signo reagiria ao bullying?” Será que iriam pedir ajuda? Teriam facilidade para isso? ÁRIES (21/03 - 19/04)

LIBRA(23/09 - 22/10)

Além de calorosos, os arianos são pessoas valentes. Então é claro que eles afrontam o agressor sem medo nenhum ou até mesmo revidam! E se for com um amigo... pode apostar que é pior ainda!

Consideradas pessoas que buscam um equilíbrio no que fazem, os librianos têm sérias dificuldades quando são intimidados. Não dizem a ninguém, assim como não pedem ajuda. Porém, ignoram o agressor e fazem de tudo para não deixar que a violência sofrida afete sua vida.

TOURO( 20/04 - 20/05) Determinados e com os pés no chão, os taurinos encaram o bullying de frente, sendo práticos e racionais! Como são carinhosos e preocupados com o próximo, sem dúvida agem em prol de seus amigos.

GÊMEOS( 21/05 - 20/06) Sociáveis e discretos quanto à vida pessoal, os geminianos, apesar de comunicativos, têm dificuldade em dizer quando estão sofrendo bullying. Entretanto, como são inconstantes, acabam saindo fácil desta situação.

CÂNCER( 21/06 - 22/07) Totalmente sentimentais, emotivos e sensíveis, os cancerianos chegam ao ponto de achar que a agressão é culpa deles próprios, mesmo não sendo. Sentem-se sozinhos e não gostam de pedir ajuda. Mas, quando têm um amigo muito próximo, acabam desabafando.

LEÃO( 23/07 - 22/08) Compreensivos, generosos, mas também orgulhosos, os leoninos ficam decepcionados com uma situação dessas. O ego não deixa transparecer, mas por dentro a devastação é grande. Porém, o leonino é daqueles que busca ajuda, mesmo que seja de forma indireta.

VIRGEM(23/08 - 22/09) Perfeccionistas, práticos e pacientes, os virginianos ficam chateados, sendo alvo de agressores. Entretanto, levar desaforo para casa não é com eles! Procurar alguém é a primeira atitude a ser tomada.

ESCORPIÃO(23/10 - 21/11) Decididos, positivos e também intuitivos, os escorpianos mantêm em segredo o bullying que sofrem. Sempre tentam resolver sozinhos, mas quando não conseguem, acabam procurando ajuda.

SAGITÁRIO(22/11 - 21/12) Otimistas e dispostos a lutar pelas boas causas custe o que custar, os sagitarianos estendem a mão ao próximo, mas quando o bullying é com eles, têm dificuldade em achar a quem pedir ajuda. Porém, quando o bullying está em excesso, acabam contando para alguém da família.

CAPRICÓRNIO(22/12 - 20/01) Estáveis, seguros e calmos, os capricornianos não sabem se sentir inferiores, negando não só ajuda, mas também a intimidação! Eles simplesmente não ligam para o ocorrido e vivem sua vida da mesma forma de sempre.

AQUÁRIO( 21/01 - 19/02) Visão ampla e tolerância são aspectos da personalidade dos aquarianos. Quando sofrem bullying, eles ficam melancólicos, mas procuram ajuda de algum responsável.

PEIXES(20/02 - 20/03) Racionalidade não é um ponto forte dos piscianos, talvez esse seja o motivo pelo qual não sabem o que fazer quando são alvos de bullying. Mas a sensibilidade e a facilidade em fazer amizades faz com que peçam ajuda de um amigo.

Ressaltamos que este texto é fictício e que todos devem pedir ajuda ao sofrerem bullying. Por Brenda Guimarães (1ºano B), Isadorah Muniz (1ºano A), Lorena Rodrigues (1ºano A), Márcio Lugão (1ºano C) e Maria Eduarda de Castro (1ºano A)

Depoimentos Anônimos Espalhamos algumas caixinhas nos banheiros da escola para que os alunos pudessem postar de forma anônima seus depoimentos sobre bullying sofrido durante sua vida. Sabemos que nem sempre é fácil contar o que já passamos para as pessoas. Pensamos que esta seria uma forma de desabafar, sem precisar se identificar. Seguem os depoimentos recebidos. Depoimento 1: “Não sei se esse relato está de acordo com a “Campanha”, mas tem

algo me incomodando muito e me deixando muito chateada. Há alguns dias, venho percebendo a conversa de uns meninos, em especial das turmas C, A e B (1º ano). Não tem aquelas brincadeiras do tipo “você é doido?”, “você tem problema?” e etc? Então, de uns tempos pra cá, venho percebendo uns meninos falando “você parece que tem autismo”, ou “você é autista?” Quando alguém faz algo “estranho” ou sei lá. Isso tem me deixado muito triste, porque esse tipo de coisa não é brincadeira, é uma “doença” e acho que tem que haver ao menos respeito, afinal, autistas são mais “humanos” que muita gente por aí.”

Depoimento 2: “Não tenho aguentado pessoas dentro da escola implicando, rindo e zombando. Está me fazendo mal e eu tenho medo, às vezes. Me sinto um lixo, enquanto eles deveriam se sentir desse jeito por me deixarem assim.” Depoimento 3: “Meu pai brigava comigo por eu brincar de boneca com minhas irmãs. Meu pai também brigava por eu não gostar de futebol, e eu carrego isso comigo até hoje, de casa pra sala, da sala pra casa, querendo ser um filho melhor.”

Depoimento 4: “Aconteceu um caso dentro do IFF, no início do ano, que envolve um grupo de WhatsApp. Algumas pessoas se reuniram para falar mal de outras. Eu até gostaria de ter falado para os alunos sobre o que esse grupo escreveu de CADA UM DELES. O grupo passou dos limites ao usar fotos particulares minhas para me xingar e depois me rejeitaram. Uma das participantes me acusou de praticar bullying com ela (o que não é verdade). Ela sempre inferiorizava os outros para enaltecer seu próprio ego.” Depoimento 5: “É mais difícil escrever quando você sabe que a escola inteira vai ler seu relato, será melhor prezar pela identidade, neste caso. Portanto, tentarei ser o mais discreto possível ao descrever. Já lidei com muitos hipócritas e ignorantes na minha vida escolar e preciso dizer que em nenhuma dessas escolas eu recebi apoio, exceto no IFF, onde as pessoas incentivam as outras a contarem seus relatos. Um desses casos, no entanto, aconteceu nessa escola. No início do ano, eu estava mostrando os primeiros sinais de piora das minhas condições médicas: ansiedade e pânico. Eu estava em uma época que me sentia confusa e até um tanto receosa de me aproximar dos outros, portanto, estava andando com um grupo “conhecido”. Porém, algumas desavenças surgiram dentro desse grupo, mas não achei que eles iam chegar ao ponto de entrar em uma página pessoal e pegar fotos minhas para me xingar, apesar de que eles já estavam falando mal de outras pessoas. Alguns amigos me contaram o que estava acontecendo, e outras pessoas me disseram que uma delas estava falando mal de mim pelas costas, o que piorou minha autoestima e convivência, além de estar em uma escola nova. Foi necessária muita insistência por parte de alguns colegas para que eu denunciasse o caso para a assistência.” Aconselhamos esses alunos e os outros que sofrem bullying a procurar ajuda. A assistência estudantil da escola está aqui para acolhê-los. Além disso, vocês sempre poderão contar com a ajuda dos professores. Procure por aquele com quem você se identifica mais e conte a ele o que tem passado. Ele, com certeza, irá poder te ajudar.

Depoimentos digitados por Luiza Batista e Jéssika Curty (2º ano - Edificações)

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ENTREVISTA A assistente social do IFF Pádua, Amanda Bersacula, colocou nossa equipe de entrevista em contato com o psicólogo do Departamento de Saúde Mental de Pádua, Allan de Aguiar. Por considerarmos depressão e suicídio graves problemas que merecem ser ouvidos e discutidos, conversamos com o profissional da área sobre esses assuntos. Quais os principais motivos que levam os jovens à depressão? As causas da depressão podem ser as mais diversas possíveis. Se pensarmos em causas generalizadas, temos uma mescla de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Geralmente, a área médica considera a causa biológica, orgânica. O psicólogo considera a causa subjetiva, os fatores psicológicos. E as causas sociais, por exemplo, ninguém considera. Porém, a depressão é uma junção desses três, um não é maior que outro. É como um dominó. Quando cai um, logo depois cai o outro. E, especificamente, em relação aos jovens, eu noto que uma das principais causas de depressão são, justamente, os fatores sociais. Quais são os seus sintomas mais comuns? A depressão é muito mais do que só uma tristeza ou uma tristeza profunda. Eu gosto de defini-la como “um golpe no desejo”. A pessoa perde a vontade de fazer diversas coisas, como tomar banho. Não é que ela não queira, mas ela se esquece, não se preocupa. Um dos principais sintomas da depressão é este: um apagamento. Todos sabem que o suicídio é um grave problema, mas as pessoas evitam falar sobre o assunto. Por que isso acontece? As pesquisas revelam que o Brasil tem um índice considerado baixo de casos de suicídio, comparado com outros países; entretanto é um índice considerável. É importante ressaltar que algumas pesquisas não são verdadeiras. Por exemplo, quando o suicídio envolve questões de sexualidade e uso de drogas, muitas pessoas mentem ou evitam falar que foram essas as causas e a morte acaba não sendo registrada como suicídio. São muito comuns situações de suicídio que são consideradas acidentes ou até mesmo infarto. Isso ocorre, principalmente, por questões morais. Em uma das minhas especializações, eu fiquei dois anos pesquisando e trabalhando com suicídio, e ele esbarra em questões morais e religiosas. Há vários filmes que tratam sobre o tema, seja o próprio suicídio ou eutanásia. É associado, principalmente, a quadros de ansiedade e de depressão e tem sido marcante nos jovens. Todo esse tabu envolvendo suicídio vem de questões morais, na minha concepção. As pessoas têm vergonha de falar que um familiar se matou e acabam escondendo isso. É algo considerado estranho, desconfortável. A partir de qual momento uma pessoa passa a ter comportamento suicida? Quais são esses comportamentos? A partir de qualquer momento. As pessoas, às vezes, escondem isso delas mesmas, pois a ideia é de que o suicídio é algo errado e elas não podem pensar isso. E se falarem isso para alguém, podem achar que a pessoa está ficando louca. Eu costumo dizer que ninguém quer morrer, pois a morte não pode ser comparada a algo que experimentamos e dizemos se é bom ou se dói. Portanto, há um conjunto de situações que convidam essas pessoas a pensar em se matar ou, então, a pensar em se matar e de fato cometer o ato. Às vezes, é só a ideia e às vezes, há a ideia e a passagem ao ato. Os fatores são: mentais, sociodemográficos, psicológicos e condições clínicas incapacitantes. De transtornos mentais, o de humor e a depressão são alguns deles. Temos ainda transtornos mentais devido ao uso de substâncias psicoativas, álcool e outras drogas. Alguns tipos de personalidades, por exemplo, narcisista, antissocial. Transtorno de ansiedade. Fatores sociodemográficos: ser do sexo masculino, faixas etárias entre os 15 e os 35 anos de idade e acima dos 75 anos. Estratos econômicos extremos: dificuldade de recurso econômico ou ter muito dinheiro também. Pessoas residentes em áreas urbanas, desempregadas e aposentadas, em isolamento social, solteiras ou separadas, imigrantes. Fatores psicológicos: perdas recentes, perdas de familiares na infância, história de suicídio na família, datas importantes, como aniversário de

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morte de familiares, personalidades com traços significativos como impulsividade, agressividade etc. Condições clínicas incapacitantes: dor crônica, lesões, perdas de membros, epilepsia, trauma na medula, câncer e AIDS. Esses são os fatores que aparecem nas estatísticas, mas há outras, como questões passionais. O que uma pessoa pode fazer se ela desconfia que alguém tem vontade de se suicidar? A primeira coisa a se fazer é oferecer uma escuta ao outro, pois incriminá-lo por querer cometer suicídio só irá piorar as coisas. É importante procurar saber o que está acontecendo, não só ajudar a desconstruir essa ideia, mas também ajudar a pessoa a ver que há outras opções, que o suicídio não é a única opção. Além disso, deve-se sugerir que a pessoa procure um profissional que possa ajudá-la a lidar com isso. O que você diria para alguém que está passando por esse problema? O suicídio é uma possibilidade real, mas há outros caminhos. Costuma-se falar muito em transtorno para patologizar o suicídio, porém eu costumo dizer que grande parte das questões que giram em torno do suicídio são motivadas por questões existenciais. Sim, na vida existem problemas e nós ficamos o tempo todo tentando solucioná-los. No entanto, é possível construir outros caminhos com ajuda de familiares, profissionais e amigos. Pedir ajuda é uma possibilidade. Não é necessário sentir vergonha disso. Como é um tema tabu, há muito mais pessoas do que imaginamos passando por essa situação e que não revelam. Não é necessário se sentir um estrangeiro ou um alienígena perante a situação, porque a contemporaneidade tem oferecido uma série de situações que tem aumentado os casos de suicídio, por isso as pessoas precisam procurar ajuda. sem homofobia é um desses projetos que visou, durante muito tempo, diagnosticar as causas e oferecer possíveis respostas e auxílios a essas pessoas que diretamente sofreram violências por motivo de homofobia, lesbofobia, transfobia. Mas é verdade também que, no último ano, houve um desmonte desse programa, então eu diria que os avanços que nós podemos mencionar, apesar de terem acontecido, são poucos. Afinal de contas, o Brasil continua sendo o país que mais mata LGBTQIs, isso sinaliza que foi feito muito pouco, deveria ter sido feito mais e a expectativa de futuro, infelizmente, em termos de programas e políticas públicas voltadas para esse coletivo, não é muito positiva. Acho que esse desmonte do governo do Estado do Rio de Janeiro, em relação ao Rio sem homofobia, aponta para um horizonte bastante nebuloso. Nos manteremos otimistas, mas esse otimismo parte da militância diária das pessoas LGBTQIs, que muitas vezes, não encontram no estado um aporte necessário para sua própria existência e insistência.


O que nós podemos fazer para essa situação diminuir? Tanto a violência física quanto a verbal? Uma das primeiras coisas que se tornam necessárias é reconhecer os privilégios que nós ocupamos na sociedade. Nós, enquanto sujeitos políticos, devemos saber que esses privilégios nos ofertam trânsitos específicos na sociedade, que são traduzidos em benefícios de uma existência mais ou menos pacífica e tranquila. Eu costumo dizer que todos nós devemos assumir o papel na luta contra a homofobia, lesbofobia e a transfobia. Não só as pessoas LGBTQIs, mas todos devem assumir para si a luta contra a violência física e simbólica, que se dá através do discurso. Eu acho que uma das coisas básicas que devemos fazer é sempre questionar, problematizar, interromper uma piada, por exemplo, perguntar por que aquela pessoa está rindo de outra. Na verdade, esse questionamento é algo que deve ser compartilhado. Do contrário, as pessoas LGBTQIs se sentem muito solitárias e constrangidas nessa luta. É curioso que as pessoas sempre diminuam a luta LGBTQI por conta da pessoa que luta ser integrante de uma dessas siglas, como se você só defendesse a luta contra a homofobia, porque você é gay. Como se não pudesse ser um projeto de uma sociedade melhor, seja dentro dos espaços de ensino, seja fora dele. E é curioso também pensar que esses tipos de preconceitos estejam nos ambientes, justamente, onde nós deveríamos combatê-los, ou seja, nas escolas e nas universidades, justamente nos espaços de produção do conhecimento. E se o preconceito e a discriminação estão nesses lugares, nós devemos suspeitar que do lado de fora esteja muito pior. Ali é o espaço onde nós deveríamos repensar o modelo de sociedade em que nós estamos apostando. Por Vinícius Valadão Gonçalves (2º ano Automação), Millena Blanc (2º ano Administração), Lafânia Xavier (2º ano Automação), Cleyciano Mendel (2º ano Edificações), Stéfany Bocafoli (1º ano A), Ana Beatriz Alves (1º ano A)

Depoimentos sobre bullying Brenda Guimarães, 15 anos, negra, mora em Itaocara e estuda no Instituto Federal Fluminense de Santo Antônio de Pádua. Ela sofreu bullying no ensino fundamental por alguns anos. Nunca contou aos pais e a ninguém. Seus pais sentiam um afastamento de sua filha, mas ela dizia que não era nada. Não se recuperou totalmente, quando lembra sempre se entristece. Leia a seguir o seu depoimento. Meu nome é Brenda Guimarães, uma adolescente que não teve um ensino fundamental agradável, e se lembra dos detalhes até hoje. Eu sempre apanhei na escola, lembro que duas meninas me levavam para o banheiro feminino e lá me batiam, indefesa eu apenas chorava. Isso se repetia, frequentemente, todos os dias. Eu contava para a minha mãe, mas não adiantava. Talvez, ela achasse que era brincadeira de criança. Mas não, aquilo realmente me machucava, me corroía cada vez mais. Anos depois, quando eu estava no quinto ano, as meninas pararam de me bater, porque mudaram de escola. Porém, essa história não acabou por aí. Agora não eram mais meninas, não me batiam mais, agora me agrediam verbalmente. Era um bullying racista, eu era discriminada. Não lembro ao certo quantos meninos eram. Mas havia, pelo menos, uns cinco meninos. Eles me xingavam pelo simples fato de eu não ter a mesma cor de pele do que eles, por não ter um cabelo tão bom quanto o deles, pelo simples fato de eu não ser perfeita e por eu ser indefesa, eles sabiam que eu não iria contar a ninguém. A discriminação que eles faziam comigo doía mais do que a agressão das meninas. Eu optaria, com certeza, por uma agressão física, não verbal. Quando eles me xingavam, eu pensava que era realmente o que eles diziam. Me conformava com os adjetivos que recebia. Me sentia muito inútil, diferente. Ficava pensando o porquê de ter nascido negra do cabelo crespo. Queria ter nascido branca, assim não iriam me julgar. Realmente, vejo que errei, não devia ter aceito aquilo. Não devia ter me conformado. Devia ter falado com alguém. Devia ter ido ao psicólogo. No sétimo ano, eu mudei de escola, lá eu não sofria mais bullying, muito menos discriminação. Talvez não acontecesse porque eu não era a única negra da escola. Hoje, no primeiro ano do ensino médio, estou no Instituto Federal Fluminense, onde eu percebi que fui mais aceita, onde ninguém me olhou de olho torto, onde todos me acolheram.

Sempre fui muito tímida, indefesa, com poucos amigos. Talvez, por ser a “bobona” isso aconteceu comigo. Hoje em dia, tudo isso que eu passei serve de aprendizado. Sinto que não dei a volta por cima, mas ainda darei. Sou feminista e estou na luta pelo empoderamento da mulher negra. Vou sempre carregar o bullying que sofri, mas irei levá-lo como um aprendizado. “Jamais devemos julgar um livro pela capa”, como diz William Rafael Dimas. Trabalho realizado nas aulas de Língua Portuguesa por Brenda Guimarães e Samuel Azevedo (1º ano B) O depoimento a seguir é da aluna Cinthia Mendes Carvalho, de 15 anos, que atualmente, cursa o 1° ano do Ensino Médio no Instituto Federal Fluminense. Ela nos contou sobre o bullying sofrido na infância. Aos 10 anos, eu cursava o 5° ano do ensino fundamental em uma escola pequena, localizada em minha cidade. Não havia muitos alunos, mas mesmo assim, eles não gostavam muito de mim. Eu era excluída porque era a mais inteligente da classe, só tirava notas boas; e também porque não era a mais bonita, meus dentes e meu cabelo não eram bonitos. Por isso, eles me obrigavam a dar cola em todas as provas, e, eles me agrediam. Faziam coisas horríveis comigo, tudo porque queriam ser melhores do que eu. Eles não gostavam de mim, queriam me destruir. Lembro-me de uma vez em que eu fui obrigada a dar cola, e não consegui terminar minha própria prova. Recebi uma nota ruim e eles me zoaram muito. Eu sempre chegava a minha casa com marcas de agressão física, mas eu não contava aos meus pais. Em razão do envolvimento dessas pessoas com o mundo do crime, eu tinha medo, por mim e pela minha família, por isso, eu ficava calada. Mas um dia, eles começaram a me zoar devido à orientação sexual da minha tia, e eu me senti tão mal, que decidi pedir ajuda. Contei para minha professora e o assunto chegou até meus pais. Por causa das agressões, foi necessária a intervenção do conselho tutelar, e, para os meus pais, estava tudo certo. Porém, as pessoas que me agrediram psicológica e fisicamente, não sofreram nenhum tipo de correção na época. Hoje em dia, eles se tornaram drogados, e alguns, bandidos. Mas acabou, e eu estou bem. Trabalho realizado nas aulas de Língua Portuguesa por Anna Carolina Faria, Cinthia Carvalho, Emilyn Amorim, Maria Eduarda Braga, Shaiany Lanes (1º ano B)

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Ana Carolina Lessa da Silva, de 15 anos, fluminense, moradora de Itaocara e estudante do Instituto Federal Fluminense Campus Santo Antônio de Pádua, relatou-nos um caso em que foi vítima de bullying. Um dos casos que mais me recordo foi quando eu ainda estava no segundo ou no terceiro ano do ensino fundamental. Havia um grupo de três garotas que ficavam rindo e caçoando de mim sempre que eu passava. Sempre usavam xingamentos diferentes contra mim, mas elas eram realmente espertas, não o faziam na frente dos professores, elas sabiam o que estavam fazendo. Foi nessa época que eu comecei a desenhar, porque elas espalhavam o que faziam comigo e, como as outras pessoas não queriam ser vítimas do bullying também, mantinham-se afastadas de mim. Então, eu comecei a levar brinquedos para a escola e brincava com eles no recreio, já que ficava sozinha, e comecei a desenhar nas carteiras. Depois, essas mesmas garotas começaram a reclamar que eu trazia brinquedos para a escola, a professora perguntou o porquê e eu disse que era porque ninguém brincava comigo no recreio, depois disso ela pareceu começar a perceber o que estava acontecendo. Ela começou a notar. Depois de um tempo, elas fizeram mais alguma coisa, que eu não lembro o quê, e eu escrevi uma cartinha na minha agenda sobre o que estava acontecendo. Eu a colei no mural da nossa sala depois que todo mundo havia saído da escola. As pessoas responsáveis pela limpeza da escola viram, pegaram e mostraram à diretora e, logo depois, fui chamada à direção. A diretora me perguntou por que eu queria sair da escola, já que isso estava escrito no papel, então, eu contei a ela. Mas, como já estava no final do ano, permaneci, sendo que, no ano seguinte troquei de escola. Consegui me “safar”. Mas, até hoje, não sei por que elas faziam aquilo, não só comigo como também com outra garota que sofria o mesmo. Ela não andava comigo pelo motivo de não querer piorar o caso dela. Trabalho realizado nas aulas de Língua Portuguesa por Ana Carolina Lessa Silva, Crislaine Bersot, João Victor Linhares, Maria Rita Aguiar, Silvio Luiz Cunha (1ºano A). Nicolas Saraiva Fuly é aluno do 1° ano B do IFF Campus Santo Antônio de Pádua que concordou em nos contar um pouco mais sobre a experiência de ter sofrido bullying e como isso o afeta. Ler o relato de alguém que passou por tal situação nos leva a refletir e traz uma dúvida à tona: será que percebemos o impacto que causamos na vida dos outros? E: Quando e por qual motivo você começou a sofrer bullying? Nicolas: Eu sofri bullying mais ou menos dos 6 até os 14 anos, basicamente durante a minha infância. O motivo do bullying inicialmente era o meu peso, mas depois passou a ser mais pela implicância mesmo. Diziam que eu era gordo e me ofendiam para fazer com que me sentisse mal. Isso me afetou e me afeta psicologicamente até hoje.

E: Como você percebeu que as “brincadeirinhas” passaram do ponto? N: Eu nunca percebi que passaram do ponto, pois, desde o início, não as considerava “brincadeirinhas”. Eu sentia que me ofendiam, nunca tentei encontrar uma vantagem nisso. Às vezes, achava que era forte, mas sempre me doeu. E: Você procurou ajuda? N: Não procurei ajuda, porque as pessoas que estavam ao meu redor eram as que faziam essas “brincadeirinhas” de mau gosto. Eu percebia que era realmente gordo, tentava emagrecer de qualquer forma, mas não conseguia. Depois até descobri que, por causa do meu metabolismo, eu sempre seria “grandinho” assim. Me sentia numa caixa, num cubo, e eu não poderia falar com ninguém, pois sentia que, se falasse, a situação poderia piorar. E: Você ainda sofre consequências por ter sofrido bullying? N: Sofro muito, porque me foi gerada uma insatisfação tremenda com meu corpo. Eu só busco defeitos em mim, não consigo ver uma qualidade e nem ser feliz com minha aparência. Por mais que digam que não, continuo me achando gordinho. Quando olho no espelho, vejo um monstro. E: Como tenta superar? N: Ainda estou passando pelo processo de superação. Mas a Giovanna, minha namorada, desde que nos conhecemos, tem feito com que eu goste mais da minha aparência. Penso que por mais que esteja gordinho e seja feio, estou com uma pessoa legal, inteligente e que gosta de mim. Encontrei nela uma verdadeira companheira. E, também, minhas amigas estão sempre me apoiando e nunca fazem essas “brincadeirinhas” ridículas de que já fui alvo. Isso me ajuda muito. Quando tenho uma recaída, elas estão lá para me ajudar, como no dia em que a pauta da aula foi o bullying e fui relembrando tudo por que passei até o ponto de querer me suicidar. Então, tento superar ficando perto de pessoas de que gosto e que também gostam de mim. E: Por fim, o que você diria a alguém que se encontra na mesma situação? N: Como ainda estou no processo de superação e tento recuperar minha autoestima cada vez mais a cada dia, procuro sempre ajudar pessoas que passam por problemas exatamente iguais ao meu. Tento sempre aconselhar a se verem com os próprios olhos e se sentirem bem com suas qualidades. Se tiver que haver mudanças, que haja, mas pelo próprio bem-estar e não para agradar a outra pessoa. Por muito tempo, me vi com os olhos dos outros e estive sempre pensando o que achariam de mim e isso me deixava bastante mal. Trabalho realizado nas aulas de Língua Portuguesa por Davi Rikelme, Fabiana Titoneli, Lara Fazol, Luis Henrique dos Santos e Nicolas Fuly (1º ano B).

PLAYLIST

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1- Paradise - NCT 127

6- Deixa Acontecer - Revelação

2-R u mine - Cat & RAWA remix

7- Tempo Perdido - Legião Urbana

3-Pretty Hurts - Beyoncé

8- Resposta - Skank

4- Dois de fevereiro - Selvagens à procura da lei

9- Run away with me - Carly Rae Jepsen

5- Lotto - EXO

10- New Rules - Dua Lipa

Por Beatriz Ferreira (2º ano Administração), Denise Magalhães (1ºano C), Ilmara Pedro (1º ano C), Ithalo Vitipó (2º ano Administração), Maria Eduarda Gualberto (2º ano Administração), Maria Isabel Muniz (1ºano A), Mell Ferraz (1ºano C), Micaella Barcellos (2ºano Automação)


PESQUISA Para esta edição do IFFolha, nossa equipe elaborou e aplicou um questionário para os alunos sobre o bullying dentro da nossa instituição, já que se trata de um problema que está presente cada vez mais em nossa sociedade e precisa ser investigado e principalmente combatido por todos nós.

Caso você presenciasse algum ato de bullying dentro do ambiente escolar, o que faria?

Mas antes de tudo, o que é bullying, afinal? “Bullying” é um termo da língua inglesa que remete a “valentão”. Resumidamente, é a pratica intencional de agressões físicas e verbais, com o objetivo de causar dor e tristeza em outra pessoa (no caso a vítima) que não tem a capacidade de se defender. É um ato muito perigoso, podendo levar a pessoa à exclusão social, à depressão e até mesmo ao suicídio. Confira nas seguintes páginas, os resultados obtidos:

Desde quando começou a estudar no IFF, você foi capaz de perceber uma diminuição ou aumento da prática de bullying em relação à sua escola anterior?

Ficamos felizes com as respostas a essa pergunta, pois a maioria disse que a prática de bullying aqui é menor do que nas outras instituições em que estudavam.

Você já praticou bullying dentro do IFF?

(A) Interviria no exato momento, pois isso é algo que nunca pode acontecer; (B) Ignoraria, pois não é problema meu; (C) Procuraria a ajuda de algum funcionário, porque apesar da minha vontade de intervir, talvez isso não seja tão eficaz como a intervenção de um adulto; (D) Não sei; (E) Prefiro não opinar. Essa questão mostra, novamente, a dificuldade de muitas pessoas em saber lidar com esse tema, já que quase 25% dos alunos declaram que não saberiam o que fazer se presenciassem algum ato de bullying. Ressaltamos que mais de 40% tomariam a atitude mais adequada, ou seja, pediriam a ajuda de algum funcionário. Infelizmente, há uma pequena parcela de alunos que preferiria ignorar por considerar que o problema é apenas do outro. É preciso continuar discutindo este assunto, pois só assim essas pessoas podem se conscientizar de que um dia elas podem estar no lugar deste “outro”.

Na sua opinião, é necessária a presença de psicólogos dentro da instituição?

Apesar de grande parte dos alunos terem respondido que nunca praticaram bullying dentro do IFF, podemos ver que quase 30% deles estão em dúvida, ou seja, é a dificuldade que têm de diferenciar bullying de brincadeira. E devido a essa dificuldade, muitos acabam praticando bullying, achando que estão apenas brincando com o colega. Porém, a brincadeira só é, de fato, uma brincadeira se os dois estiverem se divertindo. Se uma dessas pessoas sente-se angustiada, sente dor física ou emocional, não é mais brincadeira, torna-se agressão.

Você já sofreu bullying dentro do IFF?

Nessa segunda questão também obtivemos um bom resultado, já que quase 70% dos nossos alunos admitem não terem sofrido bullying na instituição. Porém, consideramos o percentual de alunos que sofreram tal violência (20%), ainda alto. Esperamos que o IFFolha contribua para a redução desse número. Observamos ainda que 10% dos alunos não sabe dizer se já sofreu bullying, isso ocorre porque muitos têm dificuldade de perceber a diferença entre o que é apenas brincadeira e quando a “brincadeira” se torna bullying.

O gráfico mostra que os alunos consideram necessária a presença de um psicólogo na instituição. Ele seria a pessoa ideal para os alunos procurarem ajuda, já que é um profissional. A conclusão a que chegamos com esse questionário é que o bullying é um tema importantíssimo e precisa ser discutido entre nós. Muitos ainda não sabem ao certo o que é, o que fariam se o vissem ser praticado e alguns não sabem nem se já foram vítimas desse tipo de violência. Não podemos deixar esse problema crescer cada vez mais sem fazermos nada! E você? Está fazendo sua parte? Por Vinícius Valadão Gonçalves (2º ano Automação), Millena Blanc (2º ano Administração), Lafânia Xavier (2º ano Automação), Cleyciano Mendel (2º ano Edificações), Pâmella Rodrigues (2º ano Edificações), Stéfany Bocafoli (1º ano A), Ana Beatriz Alves (1º ano A), Wanessa Jorge (1º ano C)

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Conhecendo um pouco mais alguns dos nossos professores Fizemos as seguintes perguntas a alguns dos professores da turma do 1ºano C: • Você já praticou algum esporte? • Você já presenciou algum caso de bullying ou suicídio ao longo de sua vida? • Você acha que a prática de esportes ou exercícios físicos pode ajudar a diminuir os índices de suicídio em nosso país? Se sim, como? • Professor Marcos (Matemática): • Sim, durante minha adolescência praticava esportes como futebol e vôlei, cheguei a ser campeão regional interescolar de vôlei. • Sim, já pratiquei o bullying, mas nunca o sofri, e nem presenciei algum caso de suicídio. • É algo relativo, em geral quando pensamos em suicídio temos a ideia de que a pessoa não está bem consigo mesmo, e se ela não se sair bem no esporte praticado, isso pode agravar ainda mais esse problema. • Professor Elson (Sociologia): • Sim, durante minha adolescência pratiquei esportes como o futebol, surf, fazia natação, e até ganhei algumas medalhas nessa modalidade. Mergulhava bastante também. • Sim, já pratiquei bullying, era uma coisa mais normal. Nunca presenciei um caso de suicídio. • Sim, através da integração, da amizade, do companheirismo, da disciplina • Professora Juliana Lauredo (Biologia): • (Risos) Jogava queimada e um pouco de handebol também. • Acho que todos já sofreram bullying, em minha época era algo aceitável, era algo mais leve, tinha o tom de brincadeira, não tinha o objetivo de ofender a pessoa. • Sim, pois quando a pessoa pratica algum esporte, aprende sobre a questão de regras, requer trabalho em equipe e isso pode ser traduzido para a vida. • Professor Carlim (Artes): • Sim, jogava queimada, mas não era muito “chegado” aos esportes. Depois, por problemas de saúde e por um melhor bem-estar do corpo, comecei a praticar exercícios físicos. • Sim, já presenciei ambos os casos, mas o bullying em minha época era mais uma “zoação”. Suicídio já presenciei alguns também. • Sim, e muito, através de estudos percebi que o esporte libera hormônios de prazer e felicidade, o que pode contribuir para evitar o suicido. • Professora Simone (Química): • Sim, praticava futsal, handebol e vôlei, mas não possuía grandes habilidades. • Sim, inclusive já sofri bullying, mas nunca presenciei algum caso de suicídio. • Sim, pois o esporte favorece a socialização e pode contribuir para a melhora nos relacionamentos interpessoais. •Professor Ronaldo Bastos (Física): • Sim, praticava natação e vôlei. • Em minha época não se chamava bullying e as pessoas não falavam muito sobre o assunto, já o suicídio presenciei sim. • Sim, pois o esporte promove a integração social. O que falta nesta geração é o convívio e o diálogo, troca de experiências. É uma geração virtual e o esporte se apresenta como um ramo de interação social e bem-estar. Promove a saúde mental e corporal. • Professora Julianna Henrique (Filosofia): • Sim, jogava vôlei. • Sim, já presenciei casos de bullying e suicídio. • Acredito que sim. Além dos benefícios mais que comprovados do exercício para a saúde mental, o esporte é um meio saudável de socialização. Como já dizia Aristóteles, o ser humano é um ser político por natureza, precisa estar conectado ao outro.

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• Professora Melina (Língua Portuguesa): • Handebol, não gosto de me gabar não, mas eu era sensacional. (risos) • Casos de bullying, eu presenciei vários. Mas naquela época não se usava este termo. O mais recorrente era com os meninos homossexuais. Vi vários colegas serem chamados de “bichinha”, “viadinho”, etc. Não presenciei casos de suicídio na escola. Mas pude contribuir para evitar o suicídio de uma amiga. Já, na faculdade, dois casos de suicídio me marcaram muito. Um deles de um amigo de infância. • Acho que o esporte pode contribuir para tantas coisas, inclusive para isso. A pessoa que está com depressão, por exemplo, pode encontrar no esporte um refúgio e pode aos poucos superar o sofrimento. • Professor José Felippe (Geografia): • Na escola pratiquei os esportes tradicionais como futebol, vôlei, basquete e xadrez. • Era outra época, essa prática era muito comum. Vi, presenciei e às vezes até fui vítima de bullying. • Creio que o esporte pode sim ajudar em diversos aspectos de socialização, além de ser um importante instrumento de combate contra o suicídio. • Professor Diego (História): • Participava de tudo que tinha direito, vôlei, futebol, basquete... • Já presenciei sim, tanto bullying quanto o suicídio. O bullying eu já pratiquei e já sofri, não era a mesma coisa que é hoje. O suicídio que eu presenciei foi com um homem homossexual, que não soube lidar com a não aceitação da sociedade e se suicidou. • Acredito que sim, o esporte fortalece o trabalho em equipe, estabelece laços de solidariedade, desenvolve a vontade de superar os limites e aumenta a autoestima. Além disso, a prática esportiva libera vários hormônios que causam sensação de bem-estar, de prazer. Esses fatores são essenciais para enfrentar problemas que podem levar ao suicídio, tais como a exclusão, o bullying e a depressão. • Professora Ana Beatriz (Língua Espanhola): • Praticava dois, eu era goleira do time de handebol na 3ª e 4ª série e fiz ginástica rítmica quando era do Ensino Médio. Eu não era muito fã da educação física, não. Na época que pratiquei, chegamos até a ir para competições, ganhamos medalhas, foi bem interessante. • Suicídio presenciei na UERJ, que é um dos maiores prédios do Rio de Janeiro, então a gente presenciava algumas pessoas se jogando, tanto que a própria universidade tinha um programa de combate ao suicídio. Bullying sempre, eu era muito gordinha quando criança e tinha aquela coisa “gorda, baleia, saco de areia...”, mas hoje diminuiu muito, antigamente as pessoas não tinham a noção do que era bullying e que iria traumatizar a pessoa, mas hoje em dia não, atualmente eu acredito que o tema seja mais difundido nas escolas. Acontece, mas hoje há uma maior conscientização do problema. • O esporte pode ajudar em tudo, não só no combate ao suicídio. O esporte desenvolve a autoestima da pessoa, além de aumentar a disciplina, já que quando você o pratica, tende a se tornar uma pessoa mais disciplinada, e isso tudo gera uma valorização da pessoa. E quando você tem essa autoestima bem preservada, você consegue se gostar mais e, consequentemente, não tem esse desejo de tirar a própria vida. • Professora Caroline (Língua Inglesa): • Tudo o que tinha direito, handebol, vôlei, corria, nadava, andava de bike, fazia jiu-jitsu... • Não presenciei casos de suicídio, mas de bullying, o tempo todo, como também era vítima pelo meu jeito mais quieta e por ser mais grandona. Então, sempre sofri esse tipo de preconceito na escola. Já ouvi falar de alguns casos de suicídio, mas nunca presenciei. • Sim, te ajuda a desenvolver melhor a autoestima, a relação com o corpo e até questões biológicas e fisiológicas do corpo, o que nos ajuda a ter menos estresse, então acredito sim que tenha uma boa relação.


• Professor Rafael Pureza (Educação Física): • Praticava futsal, vôlei na escola, além de jogos de rua, como pique pega e esconde-esconde. • Como fui criado no subúrbio do Rio de Janeiro, lá nessa pedagogia da rua rolam muitas brincadeiras, quem é mais “baixinho, “gordinho”,”magrinho”, “altinho”. Hoje é tido como bullying por ser uma coisa mais violenta, mas lá eu não presenciava essa violência, porque até quem era encarnado, encarnava também, era um ambiente mais suave, não posso considerar bullying não. Então, eu não cheguei a presenciar isso, eram brincadeiras de infância sem aquela conotação violenta. • Uma questão que deve ser colocada bem clara é de que o esporte é um fenômeno social, e enquanto fenômeno social ele pode contribuir para a diminuição da taxa de suicídio, ou pode ajudar a aumentar, essa questão é uma questão psicológica, então, precisa-se de uma equipe multidisciplinar para desenvolver essas capacidades psicológicas no indivíduo. Temos exemplos de que o esporte colabora na produção de hormônios, principalmente endorfina e serotonina que promovem o bem-estar e afasta pessoas de pensamentos negativos, mas também existem casos, vou ilustrar um, que é de um medalhista de ouro olímpico, o Ian Thorpe, que já tentou cometer suicídio e se encontra em grande estado de depressão por causa do esporte. Hoje ele vaga pelas ruas da Austrália como mendigo e por diversas vezes ele é encontrado e comunicam à família dele. Então, essa questão de depressão e suicídio é algo além do poderio que o esporte pode ajudar ou não, eu acho que tudo não passa de um ambiente social favorável e o tratamento adequado com uma equipe multidisciplinar, ele pode colaborar sim, mas dentro de um contexto multidisciplinar de um tratamento. Por Alexandre Marra (1º ano A), Arthur Campos (1ºano C), João Pedro Melo (1º ano C), Matheus Oliveira (1º ano A). CRÔNICA

Quem sou eu? Eu sou o povo. Sou furacão e sou consequência. Sou a voz que grita em silêncio por socorro. Sou os pensamentos que estão a mil na madrugada. Sou aquele coração aflito precisando de ajuda. Eu sou espinhos. Sou a dor física e psicológica. Sou um grande vazio e sou a escuridão. Sou aquele choro silencioso, e sou até mesmo o último suspiro. E aí, sabe quem sou eu? Tenho muitas características, não é difícil de me encontrar. Para me descobrir você precisa ver além do superficial, além daquele sorriso falso e que diz “estou bem” para poupar explicações. Eu estou em todo lugar e só não me vê quem não quer. Estou naquela autoestima destruída. Naquela carta de despedida. Estou na vítima dos SEUS julgamentos. Naquela pele cicatrizada. Naquele que VOCÊ mata por dentro todos os dias. Estou na pessoa que não suporta mais. Naquele que é humilhado por sua escolha sexual ou religiosa. Naquele que é alvo de brincadeiras ofensivas. Estou naquilo que você chama de FRESCURA. Naquela mente confusa sem saber o que fazer. Eu sou o caminho para um final sem dor. E eu estava naquele que não encontrou saída, que deu adeus ao mundo real e que agora tem a pele fria e coberta por terra. Está vendo? Estou em todo lugar. Mas sou considerada uma doença e uma coisa ruim, só porque moro na alma. Sou companheira, forte e ofereço um conforto diferente para as pessoas. Eles dizem que eu devo ser destruída porque faço mal. Mas e eles? Querem falar de mim, mesmo sendo piores do que eu. E agora, reconheceu? Por Lorena Rodrigues – 1º ano A

Olá, amizades! Criamos uma página no Facebook com o intuito divulgar e promover a integração entre os Campi do Instituto Federal Fluminense. O termo “Amizade” surgiu de uma forma muito simples. Uma aluna do IFF- Campus Pádua, no começo do ano, começou a utilizá-lo com a intenção de fazer novas amizades. Como ela era caloura, mal conhecia os veteranos e a partir daí, conseguiu contagiar a todos e espalhar o “oi amizade” por todo o Campus! Com esse termo, ela conseguiu fazer grandes amigos, os quais ela levará consigo por muitos e muitos anos! Então, se você é do IFF e quer divulgar suas grandes amizades feitas no seu Campus, mande sua foto junto com suas “Amizades” para publicarmos! Divulgue a Amizade!!! Promova a Amizade!!! Denise Magalhães – 1º ano C

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ACONTECE NOS ARREDORES

O Centro Cultural de Miracema O Centro Cultural Melchíades Cardoso, localizado na Praça Ary Parreiras, em Miracema, é uma instituição governamental, que funciona como um museu sobre a história da cidade onde se localiza. O Centro Cultural promove diversos eventos culturais, artísticos e literários, e atua intensamente na conservação e tombamento dos muitos patrimônios históricos presentes na cidade. A instituição foi a pioneira das que surgiram na região do noroeste fluminense e ainda é de grande importância para o município, que graças a ela é o quarto município que mais possui seus patrimônios históricos tombados do estado do Rio de Janeiro. Além disso, o CCMC, há muito tempo, recebe o apoio técnico, estímulo e reconhecimento do Instituto Cultural do Estado, o INEPA, que o ajuda a crescer cada vez mais. Marcelo Salim de Martino, chefe da divisão de patrimônio e tombamento de imóveis, conta um pouco sobre como está funcionando a conservação desses patrimônios históricos: “Para um melhor entendimento, vou dividi-los em setores. A parte documental, bibliográfica e museológica, atualmente, conta com a colaboração de uma equipe coordenada por um museólogo e por um arquivista, que têm feito tudo de acordo com os recursos disponíveis, que são um pouco limitados. Há cinco anos, estamos fazendo a limpeza e higienização de cada folha dos nossos arquivos, que foram infestados por cupins, o que é um trabalho bem demorado, contando a quantidade de documentos que temos e os riscos que eles correm durante a limpeza. Em relação à parte arquitetônica, aos imóveis que são tombados, o secretário de cultura Eduardo Lúcio está desenvolvendo um projeto que se encontra na fase de captação de recursos através de leis de incentivo e emenda parlamentar, que é a substituição da fiação exposta nas ruas para uma subterrânea e que serviria para retirar um pouco da poluição visual que os postes e o excesso de fio acarretam nas ruas em que estão localizados os prédios tombados. Entende-se que o diferencial que Miracema tem em relação às outras cidades da região são justamente os prédios que compõem nosso patrimônio arquitetônico.” Mas apesar de tudo, o Centro Cultural ainda enfrenta grandes desafios para conseguir o tombamento desses imóveis, como continua Marcelo: “Acho que o mais complicado é convencer o governo e a administração municipal da necessidade de preservação do patrimônio. E, além disso, os proprietários desses locais, porque acham que, com o tombamento, os imóveis ficam desvalorizados e que isso é uma imposição, pelo fato de não poderem modificá-los. Há essa dificuldade de entendimento. Hoje em dia há uma flexibilidade maior. Os órgãos de proteção dos patrimônios entendem que a pessoa não pode ter, por exemplo, uma casa com um banheiro e uma cozinha do início do século XX. E é justamente por isso que temos uma série de recursos que proporcionam conforto ao proprietário. Temos também a possibilidade de adaptação do uso do imóvel. Às vezes, um prédio que foi construído com a finalidade residencial serve para o uso comercial ou vice versa.” Além disso, o instituto conta com o desenvolvimento de vários outros trabalhos, como o arquivo de memórias, como explica Marcelo: “Antes da emancipação de Miracema de Pádua, houve uma época em que os miracemenses se reuniram e começaram a exigir que o dinheiro arrecadado no então distrito (era o que mais lucrava em relação aos outros), retornasse em forma de investimento, coisa que não ocorria. Assim foi-se criada em 1927, a sub-prefeitura de Miracema. E foi a partir desse ano que fomos recebendo documentos, embora a emancipação só tenha ocorrido em 1935, através de transferências de outros órgãos e de doações particulares de famílias, chefes políticos, de pessoas ligadas à instituições da cidade. Sendo assim, nosso acervo hoje é muito grande. Temos o acervo da prefeitura, documentação de diversas escolas que foram fundadas no início do século XX, todo o acervo documental da fábrica de tecidos que foi extinta, da liga desportiva, uma coleção de jornais que foram publicados na cidade, papéis de natureza cartorária, entre outros”. Esses documentos são guardados adequadamente e preservados no centro cultural. Marcelo Salim ainda relata um trabalho pessoal em desenvolvimento, que se trata do histórico das famílias libanesas na região do noroeste fluminense. “Um dia eu estava conversando com a minha mãe e percebi que ninguém da minha família (que era libanesa) sabia sobre seu histórico a não ser minha mãe. Então, comecei a fazer seu registro, e conversando com outras famílias, vi que o mesmo ocorria. Sendo assim, resolvi fazer um levantamento das famílias libanesas de Miracema. Porém, em uma visita de trabalho em Varre-Sai, soube de uma notícia que, apesar de ter me causado muito espanto, aguçou muito minha curiosidade. Lá existiu uma família inteira de libaneses que foi chacinada. Eu fiquei com muitas dúvidas, já que vi uma realidade tão diferente da de Miracema, onde essas famílias eram bem acolhidas [...] Não satisfeito com isso, eu queria mais informações. Então, eu resolvi ampliar minha pesquisa, que antes era restrita à Miracema, para os treze municípios da região noroeste do estado do Rio de Janeiro. Hoje a pesquisa está no sétimo ano e ela pretende contar um pouco da parte genealógica, um pouco da história de cada família dos libaneses que se transferiram para a nossa região. Um trabalho bem complicado, pois muita gente já saiu da cidade procurando os grandes centros e perderam totalmente o vínculo. E é justamente esse o trabalho mais difícil, localizar essas pessoas para obter informações. Mas também temos outra linha de pesquisa, que é ir a órgãos públicos, prefeituras, cartórios, investigação em jornais, entre outros.” Além desses trabalhos, o CCMC está aberto para visitação de segunda à sexta das 8 às 17 horas e conta com uma exposição permanente que fica no Museu Ventura Lopes, um anexo ao Centro Cultural, onde se encontra uma sala de jantar de uma família do século passado, uma lojinha alemã e diversas máquinas de tecidos utilizadas na antiga fábrica. Além disso, há um arquivo aberto à população e uma biblioteca especializada em arte, patrimônio, história e folclore. “E se houver algum escritor regional, que tenha livros publicados ou que queira fazer uma doação para nós, estamos abertos para recebê-los, pois entendemos que tudo está entrelaçado e a cidade é formada pelas pessoas que estão ao seu redor. É importante conhecermos as obras, os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos na nossa região”, diz Marcelo. A seguir, vemos algumas fotos do local. Por Vinícius Valadão Gonçalves – 2º ano de automação

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Fachada do CCMC e do Museu.

Biblioteca.

Primeira sala de arquivos.

Representação de uma antiga lojinha alemã.

Exposição permanente de máquinas de tecido da antiga fábrica.

Segunda sala de arquivos.

Uma das antigas máquinas de tecidos.

Representação de uma sala de jantar do século XX.

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ACONTECE EM PÁDUA

Os caminhos da Gestão Cultural de Pádua O IFFolha conversou com o gestor cultural de Santo Antônio de Pádua, Carlos Eduardo Fíngolo Tostes. Durante o bate-papo, que aconteceu na quinta-feira, dia 21 de setembro, Duda ressaltou as atuais dificuldades que enfrenta em sua gestão, em meio a uma grande crise econômica, e também os objetivos da Secretaria Municipal de Educação e Cultura do município. Antes de tudo, é muito importante destacar que, ao contrário do que é conhecido por grande parte da população, principalmente pelos jovens, a cidade de Pádua conta com três espaços públicos de cultura. São eles: o Teatro Municipal Geraldo Tavares André, que é cedido para a realização de diversos eventos artísticos, a Biblioteca Municipal Dr. Lemant Decnop, que atualmente conta com mais de 16 mil livros em seu acervo, e o Centro Cultural Professor Lavaquial Biosca, localizado no prédio da antiga estação ferroviária da cidade e que dá lugar a exposições de artistas locais e convidados. Segundo Duda, a falta de conhecimento e interesse da população por tais riquezas patrimoniais se dá, principalmente, pela ausência de visibilidade que essas questões sempre tiveram, o que é um grave problema de desvalorização da cultura. Desde que assumiu a frente dessa gestão em Pádua, Duda vem buscando formas de divulgar todas as ações da Secretaria, o que é um passo importante para resolver alguns preconceitos e o desinteresse em relação ao setor. Em maio deste ano, foi sancionada, em Pádua, a Lei Nº 3806, instituindo o Sistema Municipal de Cultura - SMCSAP, que, entre outras providências, “visa proporcionar efetivas condições para o exercício da cidadania cultural a todos os paduanos, estabelecer novos mecanismos de gestão pública das políticas culturais e criar instâncias de participação de todos os segmentos sociais atuantes no meio cultural.”, explica Duda. Com essa lei, fica instituído também o Fundo Municipal de Cultura, com a finalidade de prestar apoio financeiro a projetos de natureza artístico-culturais. Ainda durante a conversa com o bolsista do IFFolha, Gabriel Robert, Duda ressaltou que essa lei se adequa a um Sistema Estadual, que foi instituído em 2015, o que deixa Pádua no radar de futuras verbas do estado do Rio ou até mesmo da União, o que seria muito importante para fortalecer os grupos artísticos do município. Além dos espaços públicos de cultura, Pádua conta com vários artistas independentes, como, por exemplo, a Academia de Arte e Música e a Academia de Dança Le Bec Fin, que são direcionadas especialmente ao público jovem e que serão temas da próxima edição do IFFolha. Com o objetivo de identificar e reconhecer precisamente as pessoas envolvidas com atividades do tipo, está sendo realizado um Censo Artístico/Cultural na cidade. Os interessados que possuam algum projeto ou desenvolvam qualquer atividade que se enquadra em uma forma artística de se expressar, podem procurar pelo Duda ou, se preferirem, pelo Gabriel. Seguem abaixo os contatos da Gestão Cultural de Pádua: Email: culturapaduana2016@gmail.com Institucional: cultura@padua.rj.gov.br Página no Facebook/Instagram: @CulturaPaduana Por Gabriel Robert (2º ano Administração)

Encontro de Folia de Reis em Pádua O IFF Pádua recebeu, pelo segundo ano consecutivo, um Encontro de Folias de Reis em Santo Antônio de Pádua. O evento aconteceu no dia 12 de agosto e reuniu 9 folias, inclusive algumas de fora da cidade. Na tradição cristã, como é narrado na Bíblia Sagrada, no capítulo 2, do Livro de São Mateus, os três reis magos, Belchior, Gaspar e Baltazar, convertidos em santos pela Igreja Católica, teriam saído do Oriente após o nascimento de Cristo e, guiados por uma estrela, levaram consigo três presentes: ouro, incenso e mirra. A Folia de Reis é um festejo de origem espanhola, ligado às comemorações do Natal, trazido para o Brasil pelos portugueses ainda nos primórdios da formação de nossa identidade cultural, e incorporado às nossas tradições. Apesar de receber influências regionais, o sentido da celebração é essencialmente religioso. Nesse ano, a festividade em Pádua contou com a presença de folias de várias localidades, incluindo o distrito de Santa Cruz e os municípios de Itaocara, Palmas, São Fidélis e Nova Friburgo. Aderbal Ferreira, conhecido como Dunda da Folia, ressalta que a festa foi marcada pela diversidade entre os grupos, pois cada um recebe influências de sua região. A folia de Pureza (distrito de São Fidélis), por exemplo, é marcada por um ritmo que se assemelha ao Maracatu, como foi notado pela diretora de cultura do IFF Pádua, Lívia Brasil. O fato pode estar ligado às origens do grupo, que é um dos mais notáveis da região. A festa foi um sucesso e ganhou boa repercussão. Para o próximo ano, os organizadores planejam um encontro com mais de 15 folias, contando com a ajuda de voluntários para a execução do evento. As expectativas incluem, inclusive, a realização de uma filmagem profissional para registrar o momento. Por Gabriel Robert – 2º ano Administração

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NOTÍCIAS

Alunos do Campus Pádua vão à Bienal 2017

Na segunda-feira, 4 de setembro de 2017, foi realizada uma viagem com destino à 18ª edição da Bienal Internacional do Livro na cidade do Rio de Janeiro, considerado o maior evento literário do país e um grande encontro que tem o livro como astro principal. A viagem foi organizada pelas professoras Melina Rezende Dias (professora de Língua Portuguesa), Ana Beatriz Simões (professora de Língua Espanhola) e Simone Silva (professora de Química) e contou com a participação de 27 alunos do nosso Campus Santo Antônio de Pádua. Chegamos ao evento por volta das 10h e retornamos às 17h30min. Podemos dizer que a aprendizagem se torna mais divertida e prazerosa quando realizada por vontade própria. A Bienal, para o leitor, é a oportunidade de aproximação dos seus autores preferidos, além de conhecer vários outros. Nos espaços dedicados às atrações, os públicos de todas as idades puderam participar de debates, bate-papos com personalidades e escritores, além das atividades culturais que promovem a leitura. “Já havia ido à Bienal, mas foi a primeira vez que fui com alunos. E foi uma experiência muito gratificante. É muito bom ver a empolgação deles em meio a tantos livros que lhes permitem descobertas incríveis e o entusiasmo de encontrar os autores de livros que eles já leram ou querem ler. O evento aguça a vontade dos alunos que já são leitores assíduos de continuarem lendo cada vez mais, e desperta, nos alunos que ainda não leem com frequência, um interesse em conhecer o fantástico mundo da leitura.” – disse Melina Rezende, professora de Língua Portuguesa, que se mostrou surpreendida com o interesse dos alunos. Logo pela manhã, a organização do evento já chamava bastante atenção pela disposição de elementos visuais, trazendo uma riqueza de cores, imagens, e atividades destinadas aos diferentes públicos, o que se traduziu em uma grande diversidade. Ao longo de todo o dia, os alunos se empenharam ao ver as novidades, lançamentos, autores presentes e até mesmo na compra de livros, o que é um terror para os não leitores. Dessa forma, com tantas atrações, os alunos puderam criar realmente um gosto para a leitura, em um ambiente agradável. “Os espaços, os estandes, estavam mais bem decorados do que os de 2015. Tinha mais personagens para tirar fotos e para quem não gostava de ler literatura ou outro tipo de livro, tinha a parte dos quadrinhos e dos geeks, além de brincadeiras para as crianças. Também havia local de mesas redondas para debates e mais autores para você conversar e tirar foto. Eu acho que a organização dos estandes mudou e ficou melhor. Tinha mais coisas de livro, por exemplo, a Rocco, que estava toda decorada de Harry Potter. Assim, quem gosta

muito de Harry Potter adorou seu estande. Até eu que não gosto muito, achei que ficou muito bonito. A arrumação ficou bem disposta no lugar. A questão da praça de alimentação também ficou boa, estava tudo mais organizado do que em 2015.” – afirmou a aluna Gabrielly Rodrigues do 2º ano de edificações, que havia ido à Bienal em 2015. Além de desfrutarem de toda a diversão oferecida pelo evento, os alunos poderiam participar de programações culturais diversas, como o Café Literário - uma sala de estar onde são debatidos alguns assuntos que estão na pauta do dia a dia; a Arena sem Filtro - um espaço para todas as idades, onde um autor pode publicar e se relacionar com seu público por meio da mídia; o espaço EntreLetras – local infantil, onde os livros são casas de letras, palavras, histórias, o cenário é para brincar, explorar com o corpo e conhecer por dentro; o Encontro com Autores - um lugar ideal para um bate-papo descontraído e divertido; o espaço Geek e Quadrinhos - envolvendo batepapos com escritores e diversas atividades incluindo experiências com realidade virtual, games, oficina de poções, oficina HQ, apresentações de cosplay, mesas de jogos de tabuleiro, batalha ilustrada e sessões de swordplay; o 2º Fórum de Educação - com uma programação marcada por encontros especialmente desenvolvidos para professores, educadores e docentes de todas as redes de ensino, entre outros. “Ir à Bienal foi uma experiência marcante; não fazia ideia da grandiosidade do evento e fiquei surpreendida. Adorei as promoções dos clássicos e dos livros infantis (sou tia coruja assumida!). Lógico que aproveitei! Sobre viajar com a galera, foi muito divertido! Pra começar (e foi bem no começo da manhã mesmo!), encontrei apoio e pude realizar meu sonho de parar na serra de Teresópolis e ver mais de perto tanta beleza. Já no evento, achei encantador nossos jovens “soltos” em meio a tantos outros, cheios de abraços grátis para dar, disputando espaço pelo contato com autores, andando para cima e para baixo (em círculos às vezes), tirando milhões de selfies, flertando com a pessoinha sabe-se lá de onde, mas vivendo a vida real... E quando as “tias velhas e cansadas” esperavam que eles quisessem vir mais cedo para casa... NADICA DE NADA! Havia energia para mais uma semana de evento. Cansaço à parte, foi uma experiência muito gratificante que sempre será lembrada com muito carinho.” - contou Simone, professora de Química do Instituto, sobre como foi sua experiência ao levar os alunos a um evento internacional e repleto de aprendizado. Além disso, as alunas do 1º ano Stéfany Machado, Luísa Ribeiro e Ana Beatriz Alves, nos contaram o que acharam do evento. “Gostamos dos marcadores grátis, dos livros baratos de R$10, R$5 e R$2 e dos autores que vimos, como a Thalita Rebouças.” – disseram as meninas, que nunca haviam ido à Bienal. Por Luiza Batista – 2º ano Edificações

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Pierre de Fermat - O príncipe dos amadores Pierre de Fermat nasceu no dia 17 de agosto de 1601 em Beaumont-de-Lomages, França, e morreu no dia 12 de janeiro de 1665 em Castres, França. Seu pai, Dominique de Fermat, era um rico mercador de peles e lhe propiciou uma educação privilegiada, inicialmente no mosteiro franciscano de Grandselve e depois na Universidade de Toulouse. Ingressou no serviço público em 1631. Foi advogado e oficial do governo em Toulouse pela maior parte de sua vida. Pierre de Fermat nunca teve formalmente a matemática como a principal atividade de sua vida. Dedicava à Matemática apenas suas horas de lazer. Contribuiu nas mais diversas áreas das matemáticas, sendo as principais: cálculo geométrico e infinitesimal, teoria dos números e teoria da probabilidade. Pascal o considerava como o maior matemático de seu tempo. Ao se investigar a produção matemática de Fermat, percebe-se facilmente a característica amadora predominante em seus trabalhos, um dos motivos para tal peculiaridade é que a matemática do século XVII estava ainda se recuperando da “Idade das Trevas”, portanto, não é de se admirar o caráter amador dos trabalhos de Fermat. Esse atributo proporcionou ao advogado o apelido de “Príncipe dos amadores”. No entanto, se ele era um amador, então era o melhor deles, devido à precisão e à importância de seus estudos. Fermat não publicou quase nada durante a sua vida, anunciando as suas descobertas em cartas aos amigos. Às vezes, ele anotou resultados nas margens dos seus livros. O trabalho dele foi largamente esquecido até que foi redescoberto no meio do século XIX.

Último Teorema O campo predileto de estudos de Fermat é o da teoria dos números, no qual se consagrou e é mais lembrado ainda hoje. Em particular, o Último Teorema de Fermat, de todos os seus legados, foi o que resistiu mais tempo, escrito nas margens da página 6161 da Aritmética de Diofante, junto com a frase: “Eu tenho uma demonstração realmente maravilhosa para esta proposição, mas esta margem é muito estreita para contê- la”. Considerando-se a equação xn + yn = zn, Fermat estabeleceu que não existem valores inteiros para x, y e z que a satisfaçam, quando n é um número inteiro e maior do que 2 Durante mais de três séculos, grandes matemáticos, entre os quais Euler e Gauss, se empenharam nesse teorema. Com o avanço da computação, foram testados milhões de valores x, y e z, sem se conseguir uma igualdade. O teorema desafiou matemáticos por todo o mundo durante 358 anos. Dentre eles, está o do matemático Paul Wolfskehl, que havia marcado uma data e horário para seu suicídio. Para passar o tempo enquanto a hora de sua morte não chegava, encontrou em sua biblioteca uma referência ao Último Teorema de Fermat. Extasiado em tentar demonstrá-lo, nem percebeu que passava da hora de seu suicídio, acabava-se o dia, e, ao se dar conta, mais um dia raiava, e ali estava ele. Em seu testamento, destinou 100.000 marcos a quem demonstrasse o teorema que lhe salvou a vida. Até que Andrew Wiles, um matemático britânico, conseguiu demonstrá-lo, primeiramente em 1993 e, depois de consertar alguns dos erros apontados, definitivamente em 1995. Cumpre esclarecer que Wiles utilizou conceitos avançadíssimos, com os quais Fermat nem poderia ter sonhado.

Por Caroliny Pires (1ºano A) e Matheus Ramos (2º ano Automação) Orientação: Marcos Medeiros (professor de matemática)

DESAFIO: Preencha os 16 quadrados da figura acima com os algarismos de 1 a 16, de uma forma que a soma nas horizontais, verticais e diagonais seja 34.

AINDA SOBRE A BIENAL...

Queremos deixar registrado aqui, nosso agradecimento às professoras, Ana Beatriz, Melina e Simone, por se empenharem em levar os alunos deste Campus à Bienal do livro que aconteceu este ano na cidade do Rio de Janeiro. Elas saíram da sua rotina, só para ver, nos rostos de seus alunos, sorrisos de alegria. Agradecemos também aos outros professores que foram compreensivos em mudar a data das provas de recuperação para que os alunos pudessem ir. Beatriz Ferreira e Israyane Castro (2º ano Administração)

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POEMAS

Enfia no “bolso” Existe um outro eu Que habita em meu interior Maltratado por seu preconceito O que me causa tanta dor. Eu sou bem mais do que mostro Não posso mostrar quem eu sou Me reprimes de tal maneira Que perdido em mágoas estou. Machista! Homofóbico! Estúpido! Que humilha por puro prazer. Desejo que todo esse mal, Vire amor e te faça crescer. Eu quero e exijo respeito! E nem é por ser diferente Pois antes de ser bi, homo ou hético, Não se esqueça que eu sou gente. Gente como você Gente como outro qualquer Gente que ama a si próprio Gente que luta pelo que quer. Se o meu colorido te incomodar, Me avise por favor Que eu te levo para dar um mergulho Nesse arco-íris de amor. E se insistir em ficar preso Nesse seu mundinho “azul”, Deves pegar sua ignorância E enfiá-la no seu … bolso. Por Pedro Rodrigues – 2º ano Automação

Você

Por não saber amar

Perco-me pensando em você Na sua voz, sorriso, em tudo. Tudo que mais importa para mim É um sentimento diferente Impertinente talvez Às vezes triste Mas sozinho quase sempre

Ela procurava insistentemente por amor Mas não o encontrava No meio dessa caminhada Ela se apaixonou várias vezes E várias vezes se decepcionou Ela se iludia, ela sonhava, ela cantava, ela voava Só que ela sempre acordava e encontrava a realidade E ela caía e todas as vezes se machucava

Um sentimento puro Mas estranho Bonito, sincero e feliz. Mas tão momentâneo Tão sozinho, triste e feio Tão... Confuso Você me deixa sem palavras Sem saber o que fazer Sem ter controle do que sinto Sem realmente sentir algo Sem ter noção do tempo Sem saber se você sente o mesmo Sem... Você Perguntas, perguntas e perguntas Sempre sem uma resposta Sempre acabando comigo Sempre me fazendo ficar triste Sempre na minha mente Sempre do meu lado Mas nunca com você Por Ilmara Pedro – 1º ano C

Em uma dessas quedas ela não chegou ao chão Pois quando estava prestes a cair Um anjo a segurou E esse anjo a fez sentir algo diferente Não era somente atração era amor Ambos se apaixonaram Quando ele se declarou Ela não sabia o que dizer Pois de tanto cair e se magoar Ela não sabia mais como amar Não sabia o que falar Sem querer ela o magoou Ele se foi e ela ficou Até hoje ela lamenta ter dito que bom Quando ela deveria ter dito eu também amo você E ela espera que seu anjo volte a amá-la E que volte a se declarar Para que, enfim, ela possa se libertar Da culpa de não saber amar. Por Fabiana da Cunha Oliveira – 1ºano C

O Fim da Missão Cassini

Com missão bem-sucedida, a sonda Cassini mergulha no Planeta Saturno após 20 anos em órbita. 2017 na lua Encélado. Foi descoberto um oceano de água sob sua superfície gelada. A água desta lua e os compostos de carbono nela contidos são alguns dos principais ingredientes necessários para a vida. Outra grande descoberta foi um rio formado principalmente por metano, na lua Titã.

Ilustração da Cassini na atmosfera de Saturno. Fonte: https://saturn.jpl.nasa.gov/ A missão Cassini-Huygens foi um projeto conjunto da NASA (National Aeronautics and Space Administration) com a ESA (European Spacial Agency), que teve como elementos principais a sonda Huygens e a nave Cassini. Os nomes “Huygens” e “Cassini” foram dados em memória aos astrônomos Christiaan Huygens e Giovanni Domenico Cassini. Christiaan descobriu Titã (uma das luas de Saturno) e descobriu que Saturno tinha anéis. Giovanni Cassini descobriu outras quatro principais luas de Saturno. A sonda foi lançada em 15 de outubro de 1997, e sete anos depois (em 2004), Cassini entrou na órbita de Saturno. Alguns meses depois, Huygens aterrissou em Titã e concluiu a primeira tentativa de aterrissagem em uma lua diferente da nossa. A missão explorou Saturno, suas 62 luas e oito grupos de anéis. A nave estava equipada com instrumentos para identificar moléculas no ar, medir ventos e névoas, e capturar imagens. Sua exploração trouxe diversas novidades para a ciência sobre o planeta gasoso. Uma das descobertas mais surpreendentes da sonda foi realizada em Abril de

Imagem feita pela sonda do satélite Encélado. De abril a setembro de 2017, a sonda fez suas últimas 22 órbitas entre Saturno e seus anéis. Com o fim do combustível da nave, foi necessário mergulhar a sonda na atmosfera do planeta para que não haja chances de causar algum dano ou contaminação nos satélites que podem ser propícios à vida. A missão teve seu fim no dia 15 de setembro com quase 20 anos de duração desde o seu lançamento, com sucesso e um marco na história. Por Vinycios Moreira (1ºano A) Orientação: Marcos Medeiros (professor de matemática)

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Não há cura para o que não é doença Um dos assuntos mais falados nos veículos de comunicação, recentemente, é sobre a “cura gay”. Existe um debate enorme entre dois lados que se dividem em: “ser gay é uma doença ou não é”. Para responder esta pergunta, é evidente, que se conhece o que iniciou tal problematização. O juiz Waldemar Cláudio de Carvalho do Distrito Federal autorizou, nas últimas semanas, que psicólogos pudessem realizar a “reversão sexual” em pacientes que solicitassem o procedimento. O caos da questão é a ambiguidade criada: a lei permite que haja uma “cura gay” ou há equívoco na interpretação dela? Na nota, Carvalho afirma que seu despacho em nenhum momento tratou a homossexualidade como doença. “Em nenhum momento este magistrado considerou ser a homossexualidade uma doença ou qualquer tipo de transtorno psíquico passível de tratamento”, diz ele, para quem a “interpretação e a propagação” de sua decisão foram equivocadas. (https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/09/21/juiz-que-autorizou-cura-gay-dizque-decisao-teve-interpretacao-equivocada.htm?cmpid=copiaecola) Porém, é necessário que sejam feitas algumas reflexões: por que conseguimos transformar as palavras do juiz em pensamentos preconceituosos? Por que para boa parte da sociedade é necessário que haja uma cura para algo que não é uma doença? Desde 1999, tratar questões relacionadas à orientação sexual como patologia viola a conduta dos psicólogos e, desde o dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde desconsiderou a homossexualidade como uma doença mental. Mesmo assim, o Brasil retrocedeu algumas décadas quanto a isso. Partindo desta decisão, torna-se inapropriada a utilização do termo “homossexualismo”, devido a seu sufixo “ismo”, que em sua etimologia representa dentre outras coisas, doenças. Todavia, antes da pequena desconstrução dessa ideia, desde muitos séculos atrás, o homem vem tentando medicar a homossexualidade de formas bizarras e desumanas, como: o eletrochoque, tratamento hormonal, hipnose, violência e até mesmo o estupro. Contudo, nenhum desses testes obteve sucesso que possa ser provado de forma científica em toda história. Nós, brasileiros, carregamos uma cultura que tem raízes fortes, essa mesma cultura força a morte de um imenso quantitativo de pessoas da comunidade LGBT. A “cura gay” tem sido vista como mais um método de opressão e tortura, seja por pessoas do meio acadêmico ou por cidadãos fora deste meio. O que está por trás, então, dessa abertura na lei, é o quanto prejudicial se faz a autorização da reversão sexual. Enquanto muitos defendem o fato de ser uma decisão individual, não cabe nem a mim, nem a você, “decidir” a sexualidade do outro. O que poderia acontecer, seria uma imposição por parte da família ou grupo social no qual o indivíduo se encontra. Muitos jovens sofrem rejeição por serem gays, lésbicas, bis ou trans, e a decisão do juiz daria liberdade para esse tipo de opressão ocorrer de maneira abafada. E este é o cerne da discussão. Para uma criança que se descobre homossexual ou transsexual, crescer no atual ambiente proporcionado por nossa sociedade como um todo, que condena onde não há o quê ser condenado, acarreta inúmeros problemas relacionados à autoaceitação. A patologização da homossexualidade é um expediente que se alimenta da homofobia e que a reproduz. É uma tentativa de legitimar preconceitos e discriminação, de um modo pseudocientífico. Logo, é necessária sim, a intervenção psicológica como uma ajuda, não como um reversor. Entender, portanto, que a “cura gay” vai para muito além de uma discussão de individualidades ou de uma interpretação ambígua, é entender o que este tema trouxe à tona. Há tanto ódio e preconceito encobertos por um lençol social que é difícil ver qual o limite entre uma decisão benéfica ou maléfica, visto que a falta de pensamento leva as pessoas a acreditarem que há quem queira ser curado, e não que isso possa ser uma opressão. Por Ithalo Vitipó (2º ano Administração), Lara Machado (2º ano Automação), Maria Eduarda Gualberto (2º ano Administração), Maria Fernanda Muniz (2ºano Edificações), Mariana Blanc (3ºano Administração)

Terá revanche? Servidores do IFF Campus Pádua golearam o 1º ano C em jogo amistoso A partida foi realizada no dia 20-09-2017, com a presença dos alunos do Campus Pádua. Os servidores entraram em quadra para disputar um amistoso com os alunos do 1º ano C. No time dos alunos, houve muitos desfalques. Com a bola em jogo, no primeiro tempo, teve show de bola da equipe dos servidores. Com a posse de bola e um ataque impulsivo conseguiram um placar de 4 x 0. Já no segundo tempo, o jogo melhorou para os alunos, mas foi muito tarde e o placar terminou com o resultado de 5 x 2 para os servidores. Em destaque, o professor Diego Porto fez vários lances, além de um hat-trick. Ele foi o herói do time se posicionando corretamente na posição de um pivô. A frase que pode definir esse jogo, utilizada por Zlatan Ibrahimovic é: “O futebol tem que ser divertido. Se não for, não vale a pena jogar” Por Everton Lucas - 1º ano C


Semana de Divulgação Científica e Cultural

campus Santo Antônio de Pádua

Ocorreu entre os dias 26 e 28 de setembro a 1ª Semana de Divulgação Científica e Cultural do Campus Santo Antônio de Pádua, o Sacaiff. O evento contou com mais de 50 atividades diferentes, dentre palestras, oficinas, minicursos e, claro, a exposição científica realizada pelos alunos do Instituto, que contou com 32 experimentos e demonstrações de cunho científico. A mostra Científica e Tecnológica foi iniciada na manhã de terça-feira, dia 26 de setembro, e se repetiu nos dois dias posteriores. Diversas escolas da rede municipal de ensino de Pádua trouxeram seus alunos para assistirem a demonstração, livremente pensada e organizada pelos alunos do Campus. Outros estudantes de escolas particulares, estaduais e também de outros IFFs marcaram presença no evento. Os alunos do 3º ano de Edificações apresentaram uma forma alternativa de uso de argamassa e concreto, visando à economia desses materiais, já que a Experimento “Tubo de Rubens” construção civil é uma das indústrias que mais libera CO2 no mundo. Outro destaque na mostra foi o Tubo de Rubens, um experimento físico que consiste na criação de um efeito visual que permite a visualização de ondas sonoras nas chamas provenientes de um tubo. Provando a variedade dos trabalhos exibidos, um dos grupos apresentou um óculos de realidade virtual, que aproveitava de uma tecnologia Google para oferecer um tour pelo sistema solar. Outra equipe, preocupada com as questões ambientais, desenvolveu uma embalagem orgânica para a plantação de mudas de plantas, o que elimina o uso de plástico nesse procedimento, tornando-o sustentável. Durante a mostra, a turma do 2º ano de Gestão e Negócios apresentou o Projeto Inovar, orientado pelo professor Fábio Eiras, e que consistia no lançamento de novos produtos, aplicando inovações incrementais (quando são feitas melhorias em produtos já existentes), ou de mercado (quando a empresa é a primeira a produzir tal produto). Quatro grupos apresentaram suas inovações que incluíam desde um quibe com valores nutricionais saudáveis, até uma camisa que, com alguns ajustes, se transformava em cropped. Enquanto isso, os 1º e 2º anos do PROEJA representaram o fluxo logístico de transportes em 4 diferentes maquetes. As turmas foram divididas, ao todo, em 4 equipes, que ficaram responsáveis, cada uma delas, pela construção de uma maquete expositiva modal de transportes rodoviário, ferroviário, marítimo ou dutoviário. A exposição chamou bastante atenção pela qualidade e complexidade dos trabalhos apresentados.

Maquetes representando o fluxo logístico transportes

O início da tarde de terça foi marcado pela peça O Auto da Compadecida, organizada pela Companhia de Teatro do Campus Quissamã. A apresentação consistia numa releitura da obra, de forma a promover a interação com o público jovem, preservando a essência do enredo original. Na quarta-feira, nesse mesmo horário, o professor Douglas Falcão, do Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST, palestrou sobre as motivações por trás da divulgação científica no Brasil. Na quinta-feira, a doutora em Física e diretora científica do Museu Ciência e Vida, Mônica Santos Dahmouche, falou sobre as atividades e oficinas de cunho cultural e científico desenvolvidas pelo Museu. A professora ressaltou as questões de cortes financeiros sofridos pela ciência e a relação desses fatos com o enfraquecimento do senso crítico por parte da população. A partir das 15h de todos os três dias, diversas rodas de conversa, comunicações orais, oficinas e minicursos estavam disponíveis para qualquer um que tivesse o interesse de participar. Dentre essas atividades, os projetos de pesquisa e extensão do IFF Campus Pádua tiveram a oportunidade de apresentar tanto questões relacionadas aos próprios projetos, quanto assuntos que são pautas dos mesmos. Para o professor Diego Porto, coordenador do projeto “Da Guerra ao Terror”, “o Sacaiff deu uma grande oportunidade aos participantes dos projetos deste Campus, permitindo-lhes divulgar para discentes, docentes, demais servidores e a comunidade local os trabalhos desenvolvidos”. Diego ressalta que percebeu que as comunidades acadêmica e local não faziam muita ideia do que acontecia nesses projetos e que, a partir da exposição dos

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trabalhos, “muitas pessoas se interessaram pelos temas desenvolvidos e, inclusive, manifestaram vontade de participar dos projetos”. Além da parte científica e tecnológica, o Sacaiff contou com uma ampla participação de grupos culturais. Lívia Brasil, diretora cultural do Campus Pádua, ressalta que a proposta do evento era a de usar a cultura como forma de produzir conhecimento, o que vai bem além de simplesmente apresentar trabalhos artísticos. Dentre as participações mais importantes, destacam-se o Grupo de Caxambu e Jongo Dona Sebastiana II e o Grupo Pérolas Negras. A intenção era fazer um contraponto entre um grupo de matriz africana tradicional e outro mais contemporâneo. Às 15h do dia 27, foi discutida em uma roda de conversa a importância desses grupos na comunidade local. Os cursos técnicos também marcaram presença nas atividades, e foi apresentado um estudo de caso sobre as etapas da construção civil e um minicurso sobre a automação robótica. O 2º ano de Gestão e Negócios, por sua vez, organizou a II Feira de Trocas, momento em que as pessoas podiam doar objetos e, no ato da doação recebiam um vale trocas, com este podiam adquirir outros produtos que haviam sido doados. Também foram arrecadados alimentos que no dia 02 de outubro de 2017 foram doados para a APAE do município. A II Feira de Trocas contou com a participação de servidores e alunos do campus.

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Três oficinas abordaram temas do universo digital e suas relações com práticas educacionais, o que incluiu a elaboração de jogos em SCRATCH, uma linguagem de programação voltada para iniciantes, que busca ensinar técnicas básicas de criação de jogos, por exemplo. Além dessa, outra oficina retratou formas de se fazer inclusão a partir do mundo digital. A Semana foi encerrada no fim da tarde de quinta-feira, quando um grupo musical do IFF de Itaperuna fez uma apresentação cultural intitulada “Parada Musical: quem canta seus males espanta”. Para a aluna Maria Eduarda Gualberto, que assistiu a Parada Musical, o momento foi de descontração e muito bem recebido por todos após dias de empenho e trabalho. Na visão de Bruno Jardim, diretor de Ensino e Políticas Estudantis do IFF Campus Pádua, foram os próprios alunos os responsáveis pelo sucesso do evento. Ele avalia que o entusiasmo e a vontade de adquirir conhecimento por parte dos estudantes do nosso Campus eram visíveis e que esse protagonismo foi fundamental para o brilhantismo do evento. Bruno garante que a 2ª edição do Sacaiff irá ocorrer no próximo ano, com a ambição de até mesmo superar o sucesso da primeira. Por Gabriel Robert – 2º ano Administração


ENTREVISTA

O 3º ano chegou e com ele o estágio! E agora? Em 2017, haverá a primeira formatura no IFF Campus Santo Antônio de Pádua. Porém, para as turmas de terceiro ano alcançarem este objetivo, precisam escrever um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) ou realizar um estágio. Conversamos com algumas alunas que optaram pelo estágio e perguntamos como tem sido esta experiência. Acreditamos que essas informações ajudarão muito os outros alunos do Campus, que terão de tomar esta decisão em breve. Agradecemos às alunas Leticia Barros (3º ano de Administração), Vanessa Farias (3º ano de Automação), Emilly Curty (3º ano de Edificações) e Yanna Oliveira (3º ano de Edificações) pelas informações prestadas. Nosso objetivo é mostrar o que nossas alunas pensam sobre os estágios no último ano, e seus caminhos para o ramo profissional. 1) Como você chegou à conclusão pela escolha do estágio em vez do TCC? Yanna (Edificações): Não foi uma decisão fácil, mas com o estágio eu iria conseguir mais experiência prática das matérias já vistas no técnico. Leticia (Administração): Eu escolhi o estágio devido às oportunidades de colocar tudo que eu aprendi na teoria, em prática. Emilly (Edificações): Durante o curso, eu percebi que teria uma visão mais apurada se eu conhecesse a realidade de um profissional da área, além dos meus professores do IFF. Então, por isso, eu escolhi o estágio. Vanessa (Automação): TCC e estágio são duas ferramentas muito importantes para a formação na vida acadêmica, seja no nível técnico ou superior. Acredito que com eles podemos nos aprofundar no conhecimento de forma mais ativa, integrando boa parte do que foi visto em sala de aula. Enxergo como duas propostas distintas, enquanto o TCC trabalha a criatividade, análise de caso, pesquisa, registro, documentação e apresentação, o estágio, por sua vez, envolve todo o trabalho prático, como a convivência no ambiente empresarial/industrial, as relações interpessoais e a aplicação dos conhecimentos desenvolvidos em sala de aula. A partir da consideração entre os prós e contras das duas opções, optei por fazer o estágio. A escolha foi devido à vontade de vivenciar uma realidade diferente da usual de sala de aula, tendo a possibilidade de ter contato com outros profissionais que atuam na área, colocando em prática o que havia estudado, além de adquirir novos conhecimentos. De fato, o que me motivou foi buscar o “ensaio” da nova realidade e tudo o que ela poderia acrescentar. 2) Como você conseguiu seu estágio? Yanna (Edificações): Eu fui à prefeitura e de lá me encaminharam para vários lugares, até que eu cheguei na secretaria de obras e conversei com o Alexandre (responsável por lá). Tivemos que acertar algumas coisinhas da papelada, mas deu tudo certo. Leticia (Administração): Consegui através de conhecidos que sabiam que eu estava cursando técnico em Administração e também estavam precisando de estagiários. Emilly (Edificações): Eu conheço uma desenhista da prefeitura, que é da minha igreja, então ela contactou um arquiteto, que é chefe no setor em que ela trabalha. A partir daí, nós fizemos o contato, e ele se disponibilizou para ser o meu supervisor de estágio. Vanessa (Automação): Consegui o estágio na empresa COPAPA (Companhia paduana de papéis), após ir ao local e procurar as pessoas responsáveis pela disponibilidade de vagas. Tive também incentivo de pessoas conhecidas que nela trabalham. Foram muitos meses de “negociações” entre o IFF e a empresa, já que antes não havia nenhum tipo de parceria e nenhuma questão burocrática resolvida.

3) Como está sendo o estágio para você? Yanna (Edificações): Tem acrescentado muito aos meus conhecimentos técnicos, e à minha vivência na área. Leticia (Administração): Está sendo uma oportunidade muito grande, como disse acima, podemos colocar nossos conhecimentos teóricos em prática e também perceber que é tudo muito diferente. É uma oportunidade também, já que estou no 3° ano, de conviver com as pessoas, com esse ambiente diferente e decidir se é realmente isso que eu quero. Emilly (Edificações): Está sendo maravilhoso, tenho aprendido coisas novas e tenho uma visão diferenciada da que eu tinha antes. Vanessa (Automação): Para mim, o estágio está sendo de grande contribuição, tanto intelectual quanto pessoal. Durante o expediente tenho contato com vários tipos de funcionários. Dos cargos mais simples até os mais renomados, todos desempenham funções importantes na empresa. Convivendo com a variedade de pessoas em suas diferentes funções, pude refletir sobre que tipo de papel gostaria de desempenhar em um ambiente de trabalho e o porquê dele. Nem sempre é uma tarefa fácil manter as atividades propostas, às vezes bate a famosa “lombeira”, mas temos de ser mais fortes do que ela. Há dias em que a rotina nos puxa para baixo, mas é necessário seguir, mesmo que em meio aos tropeços. No estágio podemos acompanhar o dia a dia na empresa, e isso significa ver de perto os problemas (da área de Automação, no caso), o

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diagnóstico dos erros, o processo de resolvê-los e também as novidades (novos equipamentos, softwares, etc.).

6) Você pretende continuar trabalhando onde está sendo realizado seu estágio ou na mesma área?

4) A empresa já possuía estagiários? Se sim, algum do IFF?

Yanna (Edificações): Acho que na mesma área sim, mas isso os vestibulares da vida é que vão me dizer. Leticia (Administração): Ainda não sei ao certo, pois não pretendo seguir a carreira de Administração. Emilly (Edificações): Não tenho certeza, mas se eu fosse continuar, trabalharia na mesma área. Vanessa (Automação): No momento me encontro em uma grande incerteza da vida e pretendo analisar outras áreas para ter a certeza de qual me encaixo melhor, até porque em Automação existem infinitas possibilidades e muitas outras áreas relacionadas. Mas, se já estivesse em mente que iria seguir a vertente de Automação existente na empresa, certamente gostaria de trabalhar onde realizo o estágio.

Yanna (Edificações): Sim. Somente alunos já da faculdade, por isso foi meio complicado na hora da papelada. Leticia (Administração): Já sim. Nenhum aluno do IFF. Emilly (Edificações): Sim, mas não era nenhum do IFF. Vanessa (Automação): A empresa possuía estagiários do SENAI e jovens aprendizes. Não havia estagiários do IFF, justamente por sermos as primeiras turmas a ter a demanda deste tipo de atividade.

5) Você se sentiu bem acolhido no ambiente?

7) Você tem alguma dica para aqueles que pretendem ir pelo mesmo caminho?

Yanna (Edificações): Sim. Leticia (Administração): Sim. As pessoas são ótimas e possuem muita paciência para me ensinar tudo que eles fazem em seu dia a dia. Emilly (Edificações): Sim, o meu supervisor foi muito legal comigo, tirava todas as minhas dúvidas e até me auxiliava em alguns projetos do IFF.

Yanna (Edificações): Faça estágio, estágio é legal. Leticia (Administração): Acredito que todos possam ter a mesma chance que eu tive, de fazer um estágio, porque através dele você pode ter uma visão mais ampla de tudo que foi estudado e decidir se é realmente aquilo que quer para sua vida, para não tomar decisões equivocadas. Emilly (Edificações): Eu recomendaria o estágio, é uma experiência única, na qual você pode analisar todos os conceitos e conteúdos aprendidos na sala de aula, e observar a sua aplicação em uma construção, por exemplo. Por isso, a minha dica é que o estagiário não se acanhe, e tire todas as dúvidas e aproveite a oportunidade. Vanessa (Automação): Minha dica para quem busca o estágio como a ferramenta para a conclusão de curso é que busque o local com mais possibilidades para contribuir com bons conteúdos para sua formação acadêmica, e que, de fato, aborde algo ou boa parte do que é visto em sala de aula. Um bom lugar evita que a rotina se torne muito maçante, ou que leve às reflexões sobre “a que cheguei com esse curso”. São muitas horas dedicadas para uma atividade específica, por isso devemos procurar o melhor apoio.

Vanessa (Automação): Particularmente, me senti acolhida como um funcionário assalariado (tirando a parte do assalariado), porque foi uma série de processos até o início do estágio de fato. Foram pedidos muitos documentos e isso logo já deu a impressão de algo mais formal. A questão do tratamento no mesmo nível de um funcionário da empresa acarreta em alguns benefícios, mas também deveres a serem cumpridos. Foi uma boa recepção, nos trataram sempre de forma respeitosa e com boas expectativas iniciais, e para não sair muito desta linha de pensamento, acredito que devemos contribuir com uma postura madura, de mesmo respeito pelas pessoas e pelo ambiente. Não senti discriminação por parte dos demais funcionários, apenas a curiosidade devido à presença inusitada do uniforme verde e branco em meio aos outros.

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Por Luiza Batista – 2º ano Edificações


Piadas Nerd Biologia

Química

piadas enviadas pela professora Juliana Lauredo

piadas enviadas por João Pedro Melo, retiradas do livro que a turma C ganhou da professora Simone Silva

Por que a célula foi ao psicólogo? Porque ela tem complexo de Golgi.

Cantada de químico: “Não sou de origem nobre, mas poso virar. Quer ser o elétron que completa minha camada de valência?”

Como as organelas saem para passear? De “motocôndria”. Por que a hemácia foi multada? Porque ela não viu a plaqueta. Por que o vírus da gripe não é amigo dos outros vírus? Porque ele é uma má Influenza. Cantada nerd: “Eu não sou adenina, mas sou louco por timina”. Fonte: http://piadasnerds.etc.br/tag/biologia/

O que acontece quando se esfrega uma lâmpada debaixo d’água? Surge um hidrogênio. Você acha um elétron e o leva para casa. Qual o nome dele? Elétrondoméstico Por que o cátion tentou animar o elétron? Porque ele estava muito negativo. Um químico resolve pintar usando um nitrogênio e três hidrogênios. Qual é o nome do quadro? Amônia Lisa. Fonte: BARONI, Ivan; GIOLO, Luiz Fernando; POURRAT, Paulo. Piadas Nerds: as melhores piadas de Química. Campinas: Verus, 2012.

Matemática

piadas enviadas por Luiza Batista – 2º ano Edificações

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Conhecendo os cursos técnicos do nosso instituto Pensando em ajudar os alunos novatos, que estão em dúvida ou que querem conhecer mais sobre os cursos técnicos que o IFFluminense Campus Pádua oferece, decidimos em cada trimestre escrever um pouco sobre esses cursos e entrevistar alguns alunos que já fizeram sua escolha. Temos, no nosso Instituto, os cursos de Automação Industrial, Edificações e Administração. Nesta edição, trataremos do curso de Administração. O curso de Administração está incluído no eixo de Gestão e Negócios e relacionado com outras áreas, tais como: Logística, Marketing, Finanças e Gestão Empresarial. Então, pedimos ao professor Fábio Eiras, coordenador do curso, para falar um pouco sobre o curso e sobre a carreira profissional. Ele nos forneceu as seguintes informações:

Perfil Profissional O curso técnico em Administração visa à preparação para o trabalho e para a cidadania, através da formação de profissionais com competências técnicas e científicas, e com capacidade de relacionamento humano, que os habilite a compreender as atividades de administração e de suporte à produção e à prestação de serviços em qualquer setor econômico, de forma que possam atuar conscientemente, atendendo às necessidades da sociedade e do processo produtivo, com competências profissionais que o qualificam a exercer as seguintes funções: • Dar suporte à produção e prestação de serviços em qualquer setor econômico, atendendo a diferentes tipos de organizações; • Auxiliar nas atividades de planejamento, organização, direção e controle dos processos que se referem a recursos humanos, produção, marketing e finanças; • Executar rotinas organizacionais relacionadas a escritório; • Auxiliar no desenvolvimento de projetos e na elaboração de relatórios técnicos. • Auxiliar na elaboração de indicadores e na gestão contábil e financeira. • Conhecer e auxiliar na interpretação e na aplicação da legislação relacionada ao contexto de organizações; • Contribuir no desenvolvimento de práticas de marketing, vendas e negociação; • Realizar estudos de viabilidade de projetos de investimento; • Executar rotinas relacionadas aos aspectos técnicos de gerenciamento de pessoas e contribuir no desenvolvimento das mesmas; • Atender aos processos de produção e administração de materiais, com ênfase nos princípios da gestão de qualidade; • Identificar os conceitos da responsabilidade social e suas aplicações nas organizações; • Promover o empreendedorismo, dando ênfase à prática dos conhecimentos da administração. • Conhecer os problemas e as perspectivas na administração frente aos desafios da atualidade.

Exigências No curso, o aluno conta com diversas disciplinas necessárias para a capacitação profissional. São elas: Administração da produção, Marketing, Logística, Gestão de pessoas, Administração Financeira, Administração de Materiais, Contabilidade, Segurança de trabalho, Empreendedorismo, além de outras tão importantes quanto as mencionadas.

Mercado de Trabalho Diante disso, conclui-se, que o profissional de administração tem amplas e constantes oportunidades de inserção no mercado de trabalho, podendo atuar em praticamente todas as organizações, públicas ou privadas, de todos os portes e ramo de atividade, sendo eles funcionários assalariados, autônomos ou pequenos empresários prestadores de serviços.

Faixa Salarial O salário inicial da profissão fica entre R$ 917,70 e R$ 2.900,00. Em média o valor é de R$ 1.768,60. Por Aline Teixeira – 2º ano Administração

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Entrevista com o Aluno de Administração do 3º ano: Júlio Machado P: O que você tem a dizer aos alunos que querem escolher o curso de administração? Júlio: Digo que será uma excelente escolha, pois administração é uma área muito abrangente não só no mercado de trabalho, mas também é importantíssima para a vida, pois os temas abordados na sala de aula se interligam ao nosso cotidiano. E para quem estiver na dúvida sobre qual faculdade cursar logo após a conclusão de seu ensino médio, eu recomendo a escolha do curso de administração, já que ele faz uma ligação com todas as profissões, sem exceção. P: Do que se trata o curso de administração? Júlio: Trata-se de um curso que visa formar profissionais qualificados que exerçam uma função de apoio tanto à pessoa jurídica quanto à pessoa física. P: Qual a importância do técnico em administração para o desenvolvimento da sociedade? Júlio: Atualmente, como a competividade no mercado de trabalho é alta, há necessidade de profissionais muito bem qualificados que se destaquem neste mercado. Dessa forma, o profissional poderá contribuir para que a sua empresa seja mais competitiva no mercado. Além disso, o curso técnico é muito proveitoso, pois ao se formar, você já sai com uma profissão em mãos, e isso com, no máximo, 19/20 anos. P: Qual foi a sua motivação para a escolha do curso? Júlio: A motivação se deu por causa de a uma oportunidade futura vista por mim, devido a tudo que disse anteriormente. O leque de oportunidades que esse curso dá é imenso, creio que o aproveitarei muito bem e, se por acaso, não conseguir aproveitar como planejo, não será um atraso para minha vida, pois como já dizia Francis Bacon “conhecimento é poder”, ou seja, nada nessa vida se perde, mas sim se acrescenta, se aprende.

Pesquisa Na edição anterior, fizemos uma pesquisa com os alunos das três turmas do 1º ano de 2017 para saber quem já havia decidido o curso que iria escolher em 2018. Repetimos a pesquisa nesta edição. Apresentaremos o resultado atual e o resultado da edição passada para comparação. Podemos perceber pelos gráficos que muitos alunos ainda estão indecisos sobre qual curso escolher. Também podemos perceber que houve muita mudança de curso entre uma pesquisa e outra. Por Aline Teixeira – 2º ano Administração

Pesquisa realizada em junho de 2017 com 99 alunos do 1ºano

Pesquisa realizada em outubro de 2017 com 98 alunos do 1ºano.

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Estar - Não acha que já passou da idade de criar amigos imaginários, Alice? - disse minha mãe, parecendo irritada com isso.

- Você não existe. Como pode ter algum tipo de sentimento por mim? Todos estavam certos em relação a você.

- Não vejo problema, como disse, são imaginários, não há nada demais.

Seu sorriso mudou rapidamente para uma expressão triste, seu olhar não era direcionado a mim, mas sim ao chão. Pensei ter exagerado no que disse, contudo, não aguentava a pressão por tê-lo “ao meu lado”, não queira perder minha mãe por causa de uma amizade criada em minha mente.

Ela me olhava por cima dos óculos, suas mãos estavam em volta de sua cintura e suas roupas sempre da mesma cor: brancas. Sua expressão não era boa, quase não ficava irritada comigo, mas tudo mudava quando percebia que conversava com Bruno, pois não gostava de saber que sua única filha não tinha amigos e, para se sentir melhor, criava-os.

Bruno deixou o que escondia cair, era uma caixa vermelha, não sabia o que tinha dentro. Ele percebeu minha curiosidade.

Fernanda vinha em minha direção. Seu humor não era mais o mesmo. Sentouse ao meu lado, acariciou meu rosto e olhou em meus olhos:

- Pensa mesmo isso? Se sim, eu não apareço mais, vai ser difícil para mim, mas não posso querer por nós dois.

- Estou preocupada com você. Acha que gosto de chegar a casa e ver minha filha conversando sozinha? Acha que me sinto como?

- Vai ser a melhor coisa a se fazer, irei sentir saudades da sua voz, de todas as nossas conversas, dos seus abraços, de você. (Minhas lágrimas não hesitaram em cair). Não queria perder você, mas é a única solução, eu sinto muito!

Minha mãe levava a sério esse assunto, parecia haver algum problema comigo, porém, eu só gostava da presença dele. Bruno parecia saber quando eu estava mal, importava-se com o que acontecia em minha vida, eu realmente gostava dele. - Já conversamos sobre isso, tantas vezes brigamos por causa do Bruno, qual o problema de ter um amigo assim? (Eu estava nervosa com tudo que faziam por causa disso) - Se não vê o problema, não posso mostrar, tente achar sozinha e depois venha falar comigo. Fernanda levantou-se com pressa e subiu as escadas. Fiz o mesmo, fui para o meu quarto e acabei adormecendo, estava exausta de tantos comentários a respeito dele. Achava que, pelo menos, minha mãe entenderia que ele é alguém importante para mim, mas ficava cada vez mais óbvio o desinteresse que ela tinha por mim. Acordei com alguém passando as mãos em meu rosto, demorei um tempo para abrir meus olhos, por causa do cansaço. Ele tinha um sorriso lindo, só de vê-lo já me sentia bem, independente do quão ruim tivesse sido o meu dia: - Escutei a conversa que teve com a sua mãe mais cedo, você está bem? - disse ele, dando um beijo em minha testa. Tirei suas mãos do meu rosto e virei-me, fechei meus olhos e tentei dormir novamente, mas ele apareceu ao meu lado, seu sorriso ainda não havia saído de seu rosto. - Fiz uma pergunta, responda-me! Olhei em seus olhos. Eles brilhavam. Seu sorriso deixava-me totalmente em transe, não via minha vida sem aquele garoto. - Sabe a resposta, qual o motivo de ainda perguntar? Ele deu uma risada fraca, desapareceu por alguns minutos e reapareceu mais rápido do que saiu. Estava com algo em suas mãos, não conseguia ver, mas parecia importante. - Pergunto por estar preocupado com você, Alice, não quero vê-la triste!

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Bruno sorriu para mim, pegou a caixa que havia caído e veio em minha direção, entregou-a em minhas mãos e me beijou. Por alguns minutos pensei estar dormindo ou ao menos delirando, conseguia sentir o toque dele, como se ele estivesse comigo. Ele se afastou, olhou fixamente em meus olhos e disse: - Não me deixe, por favor! Olhei a caixa em minhas mãos, ela era pequena, parecia ter algo do mesmo tamanho. Abri e dentro havia um colar e seu pingente era em forma de uma lua. Bruno tirou o colar da caixa e colocou em meu pescoço, passou sua mão por cima da lua e sorriu. - Sempre que se sentir triste ou sozinha, aperte-o e pense em mim, em nós, não esqueça nunca de mim! Seu sorriso era diferente de qualquer outra pessoa, era confortante, não cansava de olhá-lo e dizer o quanto me sentia bem quando o via; deitei-me em minha cama, ele fez o mesmo, mexeu em meu cabelo, até adormecermos. O sol estava por toda parte do quarto, meus olhos demoraram a acostumar com a luz, olhei ao meu redor, Bruno não estava deitado, tentei chamar por ele, mas nada acontecia, até ver uma coisa embaixo da cama, era uma carta, peguei-a e seu nome estava escrito nela. “Não está sendo fácil escrever esta carta para você, não tenho palavras para dizer o quanto estou profundamente triste por perceber que não se sente bem ao meu lado, por ouvir da sua boca que não existo ou pior, que não tenho um sentimento por você. Sinto que não percebe o quanto amo o seu jeito, seu sorriso, sua voz, seus olhos, tudo. Não é um adeus, eu voltarei, mas de verdade, espere por mim. Com amor, Bruno.” Meu mundo simplesmente desmontou ao ler aquela carta. Um buraco havia se instalado em meu peito, levando tudo que tinha por perto, sendo o mais prejudicado o meu coração, que não estava apenas em pedaços, mas sim destroçado e não restou nem um caco para reconstruí-lo. Acabou.

Por Ilmara Pedro – 1ºano C


Indicações de filmes, livros e séries

Por Israyane Castro (2º ano Administração), Lara Machado (2º ano Automação), Micaella Barcellos (2ºano Automação), Nathália Carvalho (1º ano C)

Livro: A Seleção América Singer é uma garota bem decidida, que tem suas ideias próprias e não “segue o fluxo” ou vai pela cabeça das outras pessoas. Ela vive num lugar em que são divididos por castas, do 1 (realeza) ao 8 (extrema pobreza). Ela é da casta 5 e cada casta tem suas profissões específicas. A nossa protagonista é artista. No reino de Illéa ocorre um evento, como um concurso, para ver quem será rainha e se chama Seleção. São 35 garotas competindo pela mão do príncipe Maxon (LINDOOO), uma competição acirrada. Enquanto todas as outras 34 meninas estão lá pelo príncipe, América está pela comida, mas não se engane, ela não é tão boba assim. Competição, paixão, intrigas e torta de morango. Assim é A Seleção.

Livro: Assassinato no expresso do Oriente Tudo se passa em uma viagem do detetive Hercule Poirot à bordo do trem Expresso do Oriente, que no meio do caminho é barrado por uma forte nevasca, que impede a continuação da viagem. Nesse meio tempo, um dos passageiros (que tinha diversos inimigos) aparece brutalmente assassinado com 12 facadas, e Poirot é prontamente requisitado para trazer uma solução ao crime, que parece impossível de se resolver. Ao longo da narrativa, Agatha Christie nos disponibiliza diversas provas e situações, nos encaminhando junto com o detetive para a conclusão do caso, nos deixando curiosos para saber o desfecho da trama e finalmente quem seria o culpado.

Série: Lucifer Entediado e infeliz com sua vida ao comando do Inferno, Lucifer Morningstar resolve abandonar sua casa para tentar uma vida nova em Los Angeles, a Cidade dos Anjos, no comando agora de uma boate chamada LUX. Em LA, Lucifer se depara com a morte de uma amiga, e assim ele cruza com a detetive Chloe Decker, com quem vai passar a trabalhar em busca de vingança pela morte de Delilah. Nesse meio tempo, Deus começa a requisitar o retorno imediato do filho ao Inferno, que não tem intenção nenhuma de voltar. A série, que é uma produção da FOX, está disponível na Netflix e tem o lançamento da terceira temporada previsto para outubro.

Série: Once Upon a Time Emma é uma mulher que vive uma vida “normal” (ela é agente de fianças), até que um dia, no seu aniversário de 28 anos, um garotinho bate na sua porta dizendo ser seu filho e precisar da sua ajuda. Ele a leva para uma cidade pequena chamada Storybrook, e lá ela conhece várias pessoas peculiares, que de alguma forma estão relacionados com ela, e para saber como, ela precisa acreditar. Acreditar em que? Só vendo pra você descobrir.

Filme: O mínimo para viver O mínimo para viver é um filme da Netflix, que tem como foco a anorexia. A personagem principal foi internada (mais uma vez) em uma clínica com métodos diferentes da maioria. Ali se encontrou com as razões de algumas pessoas desenvolverem a doença, por exemplo, para se sentir vivo ou para ficar mais bonita. As calorias são contadas assim como os dias e os abdominais e há uma eterna luta para ir contra as vozes que dizem para correr quilômetros e depois vomitar quando chegar a casa. Na clínica, há vários tipos de pessoas, mostrando que distúrbios alimentares não atingem apenas mulheres, que sofrem com constantes julgamentos. Um filme carregado de tristeza, vontade de viver, amor e superação.

Filme: Simplesmente Acontece Simplesmente acontece é um filme voltado para um público mais jovem. Dois amigos de infância são apaixonados e não sabem, e estão à procura de um amor, até que eles se envolvem com outra pessoa. Rosie (Lily Collins) acaba engravidando e Alex (Sam Claflin) recebe um convite para estudar fora e os dois se separam. Mas Alex descobre que sua amiga vai ser mãe e vai visitá-la. Ele acaba sendo padrinho da filha de Rosie. Porém, essa trama não acaba por aí. Rosie e Alex passam por muita coisa até ficarem juntos.

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Equipe IFFOLHA

Diagramação: Alexandre Willian, Gabriel Robert, Jéssika Curty, Luiza Batista, Vinícius Valadão e Aline Santos Coordenadora do projeto Jornal IFFOLHA: Melina Rezende Dias (professora de Língua Portuguesa) Vice-coordenadora: Ana Beatriz Simões (professora de Língua Espanhola) Revisoras: Melina Rezende Dias (professora de Língua Portuguesa) e Ana Beatriz Simões (professora de Língua Espanhola) Redatores: Aline Teixeira – 2º ano Administração Alexandre Marra – 1º ano A Ana Beatriz Alves – 1º ano A Anna Carolina Faria – 1º ano B Ana Carolina Lessa – 1º ano A Arthur Campos – 1º ano C Beatriz Ferreira – 2º ano Administração Brenda Guimarães – 1º ano B Caroliny Pires – 1º ano A Cinthia Carvalho – 1º ano B Crislaine Bersot – 1º ano A Cleyciano Mendel – 2º ano Edificações Davi Rikelme – 1º ano B Denise Magalhães – 1º ano C Emilyn Amorin – 1º ano B Everton Lucas – 1º ano C Fabiana da Cunha Oliveira – 1ºano C Fabiana Titoneli – 1º ano B Gabriel Robert – 2ºano Administração Gabriel Rocha – 1º ano C

Henrique Bairral – 1º ano A Ilmara Pedro – 1ºano C Isadorah Muniz – 1ºano A Israyane Castro – 2º ano Administração Ithalo Vitipó – 2º ano Administração Jéssika Curty – 2ºano Edificações João Pedro Melo – 1º ano C João Victor Linhares – 1º ano A Lafânia Xavier – 2º ano Automação Lara Fazol – 1º ano B Lara Machado – 2º ano Automação Lara Torres Abreu – 2º ano Administração Lorena Rodrigues – 1º ano A Luís Guilherme Vieira – 1º ano C Luiz David Silveira – 2º ano Automação Luis Henrique dos Santos – 1º ano B Luiza Batista – 2º ano Edificações Márcio André Lugão – 1º ano C Marcos Medeiros – professor de Matemática Maria Eduarda Braga – 1º ano B Maria Eduarda de Castro – 1ºano A Maria Eduarda Gualberto – 2º ano Administração

Maria Fernanda Muniz – 2ºano Edificações Maria Isabel Muniz – 1º ano A Maria Rita Aguiar – 1º ano A Mariana Blanc – 3ºano Administração Matheus da Silva Oliveira – 1º ano A Matheus Ramos – 2º ano Automação Mell Ferraz – 1º ano C Micaella Barcellos – 2ºano Automação Millena Blanc – 2º ano Administração Nathália Carvalho – 1º ano C Nicolas Fuly – 1º ano B Pâmella Rodrigues – 2º ano Edificações Pedro Rodrigues – 2º ano Automação Ronaldo Bastos – professor de Física Samuel Azevedo – 1º ano B Shaiany Lanes Ferreira - 1ºano B Sílvio Luiz Cunha – 1º ano A Stéfany Bocafoli – 1º ano A Vinícius Valadão Gonçalves – 2º ano Automação Vinycios Moreira – 1ºano A Yara Mota – 1º ano C Wanessa Jorge – 1º ano C


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