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| GAZETA REGIONAL | 04 a 10 de dezembro de 2021 |
ANIVERSÁRIO SEGUNDO MAIOR DISTRITO DE MOGI DAS CRUZES CELEBRA A DATA DE FUNDAÇÃO NO DIA 30 DE NOVEMBRO
83 anos: uma nova era em Jundiapeba BRUNO ARIB
Por Lailson Nascimento lailsonnascimento@leiaogazeta.com.br
O Distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, comemorou o aniversário de 80 anos, na terça-feira (30/11), de uma forma diferente. Com a presença constante de equipes da prefeitura e obras em andamento nos mais diversos bairros do distrito, a população entende que chegou a vez da região se desenvolver. Na data de comemoração, a GAZETA circulou pelo distrito para verificar os serviços públicos em andamento e ouvir a opinião de quem, de fato, vive a região: os moradores. A julgar pela fala do comerciante Manoel Venâncio, 62 anos, a vida melhorou em Jundiapeba. Proprietário de um imóvel na Rua Jamaica há 17 anos, na Nova Jundiapeba, ele observava o andamento das obras da nova rede de esgoto no bairro, cujas obras beneficiam diversas ruas, quando foi abordado pela reportagem. “Estava ruim o esgoto aqui. Agora está chegando um novo sistema. Fui até a base do Semae, no próprio bairro, e rapidinho eles vieram. A comunicação está bem rápida”, elogiou.
DESTAQUE Distrito se destaca, entre outras coisas, por ser uma região plana
De acordo com a explicação do responsável pela administração regional do distrito, Odair José Souza, a participação popular direta tem feito a diferença na gestão do prefeito Caio Cunha (PODE). “Essa nova administração tem o propósito de aproximar a população da prefeitura e das administrações regionais. Isso a gente vem trabalhando desde
o começo [de 2021]. Estamos constantemente nas ruas de Jundiapeba, executando serviços e ouvindo a população. O programa Participa Mogi também está colhendo essas informações.” A administração regional realiza, entre outras atividades, o nivelamento e cascalhamento de ruas não pavimentadas; limpeza de valetas; mutirão de
Distrito recebe uma série de obras e projetos por parte da prefeitura e da população zeladoria nas ruas; varrição e roçagem; retirada de entulhos; entre outras atividades.
O distrito também está recebendo novo sistema de iluminação pública, com lâmpadas de led, ampliação e reforma de UBS, construção de uma nova creche, além de atividades culturais e esportivas, como a 1ª Festa Nordestina, realizada entre os dias 27 e 28 de novembro, e o Viva seu Bairro, que ocorreu no dia 20 de novembro.
Professor ensina boxe convencional e adaptado em Jundiapeba, em Mogi Por Aristides Barros reportagem@leiaogazeta.com.br
O professor de Educação Física Carlos Dario Aparecido Guimarães e sua esposa, Gledes Marcelino Guimarães, fundaram a AMEES (Associação Mogiana Esporte Educação Solidária), em 2016. No ano seguinte, ele começou a ensinar boxe na quadra localizada na Avenida José Galuci, 841, em Jundiapeba, Mogi das Cruzes – espaço cedido pela prefeitura. “O projeto, que é gratuito, visa tirar a juventude das ruas, onde ela fica exposta a tudo”, resume Guimarães, para não se alongar em casos e situações alvos de polêmica e fartos noticiários. A AMEES conta com 110 alu-
nos com idades de 6 a 60 anos. E em 2019, foi tomada uma atitude inédita no país: fazer o boxe inclusivo. Guimarães passou a ensinar o esporte para pessoas com deficiência. Hoje, são dez paratletas. “Cinco ainda não voltaram por conta da pandemia, que também paralisou nossas atividades”, diz. Na retomada gradativa dos trabalhos, participam um autista, um com síndrome de Down e três cadeirantes. Os alunos da AMEES são das categorias mirim (6 a 12 anos), infantil (13 a 14), cadete (15 a 16), juvenil (17 a 18), e elite (19 a 40 anos). Quando foi convidado pelo professor, o cadeirante Danilo Braga de Oliveira, 21, disse que, a princípio, foi um choque. “Não posso, é impossível, nunca vou conseguir fazer”. A primeira reação foi gerada pelas suas
BRUNO ARIB
FORÇA PROJETO TIRA JOVENS DAS RUAS PARA QUE A REBELDIA EXPLODA EM RESULTADOS POSITIVOS NO RINGUE
SURPRESA
Danilo Braga chegou a imaginar que seria impossível participar do projeto
condições físicas. E, agora, já há dois anos no projeto da AMESS, ele diz: “Está sendo fantástico. Várias coisas que antes eu achava impossível fazer, hoje é possível”, afirma. Guimarães treina seus alunos de segunda a sexta. Chega à quadra às 10 horas e saí às 22 horas. O esforço dele e de seus atletas é traduzido em dezenas de troféus, medalhas e cinturões
expostos numa sala que serve como escritório da AMEES. São resultados de vitórias em competições disputadas em outras cidades. “Segunda, quarta e sexta é boxe convencional. Terça e quinta, adaptado”, avisa o professor. Diferentemente da gestão municipal anterior, a atual apoia o projeto da AMEES, cujo trabalho social chamou a atenção da universidade Unicesumar.
