Jornal Etc... nº11

Page 1

Nesta Edição

» Em destaque: O prazer de ler » A J.I. de S. Nicolau apresenta-se » As diversas actividades desenvolvidas nas escolas do Agrupamento » As redes sociais » Reportagem Etc... » O Concurso Nacional de Jornais Escolares » Etc, etc, etc... Jornal Etc... | Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio de 2011 | Ano IV | nº11 | 1e

Editorial

Ainda e sempre o prazer de ler por Maria José Ascensão (Presidente da C.A.P.)

ilustração de Maria Sousa (aluna do 12ºF, da E.B.S.R.F.)

L

embro-me de olhar para a estante e ver livros, livros e mais livros, grandes, pequenos, de lombada larga, fina, mais ou menos coloridos, alguns bens encadernados, arrumados, como um pronto a servir que me parecia enorme. Para uma criança, aquela estante representava um mundo imenso de mistérios e histórias para descobrir… um dia, quando soubesse ler. Era um fascínio e uma frustração. Encantava-me quando me liam uma história. Devia ser bom ler. Observava o meu pai quando lia. Parecia tão compenetrado e nada interessado em interromper a leitura, mesmo quando o chamava para vir para a mesa. Animava-me pensar que, em breve, iria aprender a ler. Todo aquele mundo estava à minha espera. Entretanto, contentava-me em inventar as minhas próprias histórias, com um livro na mão, fingindo ler para as bonecas. E o dia chegou, o dia em que finalmente tive um livro só meu, com letras gordas, que ainda consigo ler sem óculos. Guardo-o como marco de vida. Daí em diante, poderia desfrutar progressivamente de todo aquele mundo, até aí inacessível, descobrir o que aquelas letras pequeninas escondiam, o que tinham de tão especial que prendia as pessoas, numa palavra, o prazer de ler. A estante afinal não era tão grande assim. Fui-a conquistando à medida que fui crescendo. Certos livros ainda teriam muito que esperar. Não sei se os li todos, até porque comecei a escolher e a procurar em função da idade e dos gostos que ia desenvolvendo. Recordo-me de pedir um livro de presente. Era algo que me iria dar prazer. Deixava-me levar pela leitura, às vezes, avidamente, outras com a tranquilidade de quem saboreia um quadrado de chocolate. Lia até às escondidas, por vezes noite dentro, sem me aperceber do passar das horas. Dava-me gozo. Ler, era mesmo um prazer. Olho agora para a estante, já é outra, bem maior. Muitos daqueles livros permanecem, fazem parte da minha história. Provavelmente não os tornarei a ler, mas gosto de lhes tocar, cada um me deu algo diferente que me fez crescer. Observo os títulos, os autores. Uns fizeram-me viajar, imaginar outros tempos e lugares, com tanto realismo que até parecia sentir os cheiros e os sons, como se lá estivesse; outros fizeram-me sonhar, emocionar, sorrir e até chorar com as venturas e desventuras das personagens; alguns abriram-me as portas mágicas da poesia; outros fizeram-me pensar, questionar, querer saber mais, produzir o meu próprio pensamento. Todos foram importantes para mim e todos me deram mais ou menos prazer. Os tempos mudaram e hoje o livro tem novos suportes, afinal estamos na era digital. Partilhar a leitura é hoje mais acessível do que nunca. A Internet abriu novas portas e alargou fronteiras. Basta pensar no acesso aos jornais on-line, na possibilidade de comentar notícias e artigos, nos blogs, nos milhões de páginas de conteúdos à distância de um click. É bom ter tudo isso, ter bibliotecas, ter amigos com quem partilhar livros e o gosto de os ler. Descobre esse mundo. Vais ver que vale a pena. Ler é realmente bom. Boas leituras.


Apresentação......................................................................... Semana da Leitura na EB de Miragaia

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

Hora do Conto e poesias pelos alunos da EB Miragaia do 5º ano

2

Quem Somos e etc… por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

Magusto

S

Actividade articulada e que envolveu o JI e EB de S. Nicolau

omos a EB/JI de S. Nicolau, localizado na Calçada do Forno Velho, na freguesia de S. Nicolau (uma das freguesias da zona histórica do Porto, cheia de encanto e sedução). Esta freguesia situada em pleno coração da cidade do Porto, classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, é uma zona de grandes contrastes urbanísticos, sociais e culturais e, uma das mais antigas freguesias da cidade, estando situada dentro das muralhas, alargando-se a partir daqui para outras direcções, conquistando assim outros espaços. O edifício da EB/JI do S. Nicolau, possui características seiscentistas, sendo composto pelo rés-do-chão e quatro pisos. Destacamos o diálogo, colaboração e actividades comuns realizadas entre o jardim-de-infância e o 1ºciclo. Esta articulação e o facto de o jardim de Infância estar integrado na EB, possibilita que as crianças contactem com a escola antes da sua entrada obrigatória, constituindo uma condição facilitadora na fase de transição, ajudando a criança a conhecer e a familiarizarse com o espaço físico e humano, estabelecendo relações entre si. O diálogo e a troca de informação entre a educadora e professoras, permite valorizar as aprendizagens, assim como dar continuidade ao processo educativo, tendo como objectivo primordial o sucesso educativo. Destacamos as seguintes actividades de articulação: Humanização dos espaços com trabalhos realizados pelas crianças, comemoração do Magusto, Natal, Reis, Carnaval, Hora do Conto, …assim como actividades de articulação com a EB de Miragaia e sede do Agrupamento Rodrigues de Freitas. Realçamos, também, a participação nos Projectos: Educação para a Saúde, “Porto de Crianças”, Educação Ambiental da Câmara Municipal do Porto, Plano Nacional de Leitura e Museu Soares dos Reis. Educação Para a Saúde São actividades realizadas por estagiárias de enfermagem da Universidade Católica, destacando-se o Semáforo Saudável, com o objectivo de sensibilizar as crianças e famílias para uma alimentação saudável.

dramatização por alunos da Escola S.Nicolau

A festa

Feira do Livro

Visita à feira do Livro na Biblioteca de Miragaia

Humanização dos espaços Os espaços são decorados com trabalhos realizados pelas crianças.

Dramatização do S.Martinho pelos alunos da escola Projecto “Porto de Crianças” da CMP Laboratório Aberto, Encontro Geracional, Companhia de Teatro: Ensemble Sociedade de Actores

Trabalho do JI sobre o Inverno

A EB e o Jardim-de-infância participam neste projecto há vários anos

Trabalho do JI sobre a Primavera Trabalho do JI sobre alimentação saudável

Experiências do JI no Laboratório Aberto


...........................................................E.B/J.I de S.Nicolau Gosto do Jardim de Infância porque….etc...

Curiosidades e… etc... por Ercília Moreira (Coordenadora da EB/JI de S. Nicolau)

por Maria Alexandra Silva (Educadora da EB/JI de S. Nicolau)

N

ada melhor do que ler o que as crianças disseram:

- Aprendo a crescer. -Foi aqui que a minha mãe andou e… gosto! - Os meus irmãos andaram aqui. -Aqui há muitas coisas giras! - Tenho amigos para brincar. - Aprendo canções, jogos… - Temos muitos lápis, canetas, folhas… - Porque gostam de nós! - Fazemos muitos trabalhos engraçados! - Temos muitos livros. - Brincamos muito! - Passeamos! - Ouvimos muitas histórias lindas! E, é isto que procuro que o jardim-de-infância seja: um espaço alegre, interactivo, onde as crianças se sintam bem, proporcionando-lhes experiências educativas significativas, ajudando-as a percorrer com sucesso as aprendizagens e a crescer, desabrochando para a vida que lhes sorri!

Igreja de S. Francisco

Alguém Alguém me falou de muralhas debruçadas sobre o Douro. Alguém me falou de uma torre mais alta do que o meu sonho. Alguém me falou de um mercado em ferro da cor do fogo. Alguém me falou de uma rua que desce em vertigem pró rio. Alguém me falou de uns barcos que lembram quartos crescentes.

Os barcos constituem uma forte atracção turística

E alguém me falou de um sonho em forma de arco, era um sonho unindo duas cidades. Um alemão o desenhou, os de cá lhe deram forma, um nome de rei lhe ficou. João Pedro Mésseder

Sala do Jardim de Infância

A

EB/JI de S. Nicolau, fica situada numa das freguesias mais belas da cidade do Porto.

Aqui, encontram-se diversos e importantes monumentos com grande interesse histórico e documental, retratando a própria história da cidade. É uma zona com grande aglomerado de edifícios e denso casario colorido e aglutinadora de diversas realidades, experiências e aprendizagens, assim como de grandes contrastes urbanísticos e culturais.

O eléctrico é também uma das características

Trabalhos de expressão no Jardim de Infância

O casario típico da Ribeira

A Figura Humana - Jardim de Infância

É também muito movimentada e, com um forte poder atractivo, sendo a sua passagem por esta freguesia “obrigatória” para todos os turistas. Os habitantes são afáveis, acolhedores e orgulhosos da “sua” freguesia, falando dela com emoção e paixão. O padroeiro desta freguesia é o S. Nicolau, festejado todos os anos a 6 de Dezembro, com toda a comunidade, incluindo a EB/JI de S. Nicolau que participa activamente nas diversas comemorações.

Cantinho da Biblioteca no Jardim de Infância

Ribeira

Antigamente e…. etc... por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

A

D. Cidalinha, de 69 anos, funcionária da escola há muitos anos, recorda com emoção as suas vivências da escola e da freguesia: “Antigamente a Escola de S. Nicolau não era aqui, funcionava no prédio onde está actualmente a Junta de freguesia de S. Nicolau; era uma escola só de meninas e, a escola dos rapazes, funcionava noutro edifício mais acima. Depois veio uma lei que mandou juntar tudo: meninos e meninas. Na escola velha, não havia recreio e, por isso, brincava-se nos corredores e nas salas; passávamos a vida a andar atrás das crianças pela escadaria. O médico e uma enfermeira, vinham è escola medir e pesar as crianças, assim como também vinha todos os anos, um carro fazer exames aos pulmões, às crianças e adultos, por causa da tuberculose. Antigamente as crianças eram muitas. Quando a escola passou para aqui, as crianças ficaram com melhores condições, pois aqui têm recreio e, podem brincar à vontade. Não lhes falta nada. Gosto muito de estar aqui e do meu trabalho, pois gosto muito de crianças e, o meu sonho, foi trabalhar com crianças. E realizei esse sonho. Quando for embora vou sentir muitas saudades. Passei aqui a minha vida com eles. Adoro-os.

3


por Célia Beatriz Vouga e Maria Guilhermina Gama (Professoras da EBSRF)

A

sessão “Noite Garrettiana”, dinamizada pelas professoras de Português Célia Beatriz Vouga e Maria Guilhermina Gama, foi levada a efeito na Biblioteca Jaime Cortesão em 7 de Abril de 2011, integrando-se no Projecto de Animação Comum com a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, que comemora, no corrente ano, o seu primeiro decénio. Figura incontornável do Romantismo português, Almeida Garrett afirmou-se como cidadão e homem de letras, destacando-se em campos tão diversos como o teatro, a poesia, a prosa, o jornalismo, a pedagogia e a política. Identificado com os ideais do Cristianismo e do Liberalismo, várias vezes exilado, nunca desistiu de lutar pela monarquia constitucional e de defender, para Portugal, soluções moderadas e conciliatórias. Menos moderada e conciliatória seria, no entanto, a luta travada no que viria, talvez, a revelar-se o seu mais difícil combate: o de índole amorosa, aquele em que o homem volúvel, de amores fáceis e grande coração, se deixaria ancorar numa paixão incandescente e duradoura que, elevando-o a venturas paradisíacas, o aprisionaria também em insolúveis conflitos íntimos. Em meados da década de quarenta, já prestigiada figura pública e em plena maturidade, Garrett apaixonase perdidamente por Rosa de Montufar, andaluza de estonteante beleza, cerca de vinte anos mais nova e casada com o Visconde de Nossa Senhora da Luz. Esta paixão ardente, que se desenrola entre os vibrantes encontros a sós e a máscara forçada do convívio mundano, escandaliza a moral vitoriana da Lisboa oitocentista, que sobretudo censura a ligação adúltera com uma mulher casada. Mas se a relação chocou a sociedade da época, tal escândalo culminaria com a publicação da colectânea de poemas “Folhas Caídas”. Datada de Abril de 1853, sem menção de autoria, a obra surpreendeu e apaixonou o público pelo seu carácter inovador e moderno, pelo despudor, pelo erotismo, pela sensualidade, pela

inclusão do sexual, pelo exibicionismo de uma paixão proibida, traduzida numa expressão intimista, pessoal, aparentemente coloquial e espontânea. Em numerosos poemas, figuravam as palavras “rosa” e “luz”, numa clara alusão àquela que os inspirara. Entre a indulgência das mulheres e a crítica dos homens, a colectânea era comentada, em segredo, nos salões. Em Maio, a edição estava esgotada e, no próprio mês reeditada, a obra viu-se objecto da mesma procura ávida por parte dos leitores. Se, por motivos vários, esta colectânea mereceu uma recepção única, o próprio Garrett parece tê-la previsto e preparado, através até da escolha do título: estas “Folhas Caídas” sugerem, sem dúvida, as folhas outonais que se desprendem das árvores à semelhança de Garrett, que escreve estes poemas no Outono da vida. Mas sugerem mais: sugerem também folhas de papel, dispersas, e s p a l h a d a s a o a c a s o , c o m o s e o a u t o r, inadvertidamente, as tivesse deixado cair e, ao apanhálas, penetrássemos na sua intimidade, na intimidade de uma confissão que se faz pública. Depois da morte de Garrett, no ano seguinte, de entre as muitas cartas de amor recebidas pelo poeta, as centenas que lhe tinham sido dirigidas por Rosa de Montufar foram reunidas e entregues à autora. Quanto às centenas que Garrett lhe haveria também escrito, a Viscondessa da Luz declarou terem sido queimadas. Persistiu, no entanto, a convicção de que algumas dessas cartas teriam conhecido outro destino e, de facto, verificou-se que 22 manuscritos se encontravam nas mãos de um bibliófilo açoriano, de onde transitaram para a Biblioteca Pública de Ponta Delgada. Só em 1954, precisamente um século após a morte do autor, o público pôde conhecer esses manuscritos, o que restou duma vastíssima e inflamada correspondência. Só então os leitores mas os do século seguinte puderam testemunhar a confissão privada, a confissão confessional do que, cem anos antes, fora público em “Folhas Caídas”. E é, sem dúvida, apaixonante conhecer a história dessa paixão. É, sem dúvida, apaixonante, para o leitor das cartas e de “Folhas Caídas”, ver como vida e obra se entrecruzam, num vaivém constante entre o universo íntimo e o cenário público, revelando os conflitos interiores do poeta, exprimindo toda a diversidade de vivências e de estados passionais - desde o enamoramento cego, passando pela saudade, pelo ciúme, pela ansiedade, pela dialéctica entre elevação amorosa e paixão sensual, até à abdicação da transcendência do amor. Com base num trabalho de investigação de cariz literário e histórico, procedeu-se a uma criteriosa análise e selecção da documentação disponível, tendo em vista a elaboração de um guião que permitisse a dramatização de excertos de cartas e a declamação de poemas de “Folhas Caídas”. A sessão “Noite Garrettiana” propôs uma pequena incursão nestes dois universos, uma breve deambulação

entre estes dois mundos. Em ecos facilmente audíveis, numa circularidade que se impõe ao leitor, poemas e cartas dialogam entre si. Sem estabelecer cronologia ou nexos de causalidade, pretenderam-se apenas reconhecimentos - de alguns dos momentos em que, no poeta, lemos o homem e em que, no homem, reencontramos o poeta. A dramatização dos textos garrettianos, que esteve a cargo dos alunos do Ensino Secundário Recorrente, Cursos EFA NS/1 e EFA Básico, permitiu a reconstituição do percurso íntimo de uma paixão avassaladora, plasmada em diferentes matizes e registos linguísticos. A sessão foi enriquecida através da criação de um power-point alusivo às coordenadas semânticas dos textos seleccionados e ilustrativo do enquadramento sociocultural da época. A inserção de momentos do Nocturno op. 9 nº 2 de Chopin e a utilização de diferentes plataformas de representação e jogos de luz contribuíram também para a sugestão dos vários espaços físicos e para a inteligibilidade do discurso dramático. A intenção de conferir autenticidade e realismo à reconstituição biográfica e histórica dos protagonistas traduziu-se ainda na utilização de peças de vestuário e adereços característicos do século XIX. A decoração da Biblioteca Jaime Cortesão foi objecto de especial atenção, de forma a recriar a ambiência romântica da época. Afigura-se-nos fundamental elogiar a disponibilidade e o entusiasmo manifestados pelos alunos do Ensino Nocturno, provenientes de diferentes percursos escolares e diversificadas faixas etárias, que, apesar das suas obrigações profissionais e exiguidade de tempos livres, se prontificaram a participar e se empenharam totalmente nos ensaios realizados. É de salientar a importância de que se reveste a realização de iniciativas desta natureza, fundamentais para a estruturação das competências dos discentes, optimizando a sua expressão oral e a autodisciplina necessária à comunicação com uma plateia e preparando-os para enfrentar situações idênticas no processo de ensino-aprendizagem ou na vida pessoal. O elevado número de alunos participantes bem como os aplausos espontâneos do público confirmam-nos que os objectivos pretendidos foram plenamente atingidos. Andreia Osório (aluna do 12º CCT, da E.B.S.R.F.)

4

Noite Garrettiana

Andreia Osório (aluna do 12º CCT, da E.B.S.R.F.)

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

Destaque..........................................................................


..................................................................O prazer de ler

por Mário Sá (aluno do 12º CCT da EBSRF)

F

oi na semana de Leitura, actividade escolar entre os dias 04 e 08 de Fevereiro, nesta Escola, que se ouviu, na nossa língua, a declamação de vários poemas por estudantes de outras terras. A reunião de 30 culturas diferentes, num esforço a declamar os nossos Poetas, como Fernando Pessoa, Miguel Torga, Álvaro de Campo e Eugénio de Andrade, e traduções de Poetas de outras culturas, ditas em português. Mais de 100 alunos presentes a contrariarem a famosa história da Torre de Babel, pois uns após outros, e apesar de diferentes, a demonstrarem uma excelente organização de ideias e a proporcionarem um inicio de noite bastante agradável e divertida aos ali presentes. Entre risos e algumas dificuldades ao se expressarem, no final de cada inter venção denotava-se um orgulho (e algum acanhamento) do que aprenderam nos últimos seis meses. Para além do esforço que cada um, com toda a certeza aplicou para aprenderem a Língua Portuguesa, não deverá ser esquecido, a dedicação, o prazer, o esforço que tiveram os Professores deste curso, em

integrar e ensinar todos os alunos. Não dá para duvidar que as dificuldades foram muitas, pois emtodos eles, analfabetos no falar Português (casos que até na própria língua), vislumbrou-se conhecimento e gosto por ali estarem. Em exposição também foi possível ver alguns dos nossos escritores traduzidos em diversas línguas, nomeadamente em chinês. Foi demonstrado que apesar das diferenças o Homem seria capaz de harmonizar atitudes e conceitos, traçando um objectivo para o bem comum e chegaram ao êxito que testemunhamos nessa noite. Não poderei deixar de referir o banquete que esperava todos os presentes no final da apresentação. Embora não podendo mencionar todos os nomes dos corajosos alunos que participaram nas declamações e na organização do evento, não deveremos deixar de referir o nome das cinco Professoras responsáveis pelo êxito demonstrado pelos alunos, tendo desde o inicio sido anfitriões portugueses dos alunos estrangeiros, e sendo peça fundamental no início da sua integração no nosso País quer a nível cultural quer social. De um dos espectadores do evento permitam-me dar nota máxima então à Professora Maria do Carmo Azeredo Lopes, Isabel Oliveira, Cristina Moreira, Dulce Marques, Ana Maria Silva e Rosália Marques.

Hora do Conto

Hora do Conto

na Biblioteca da EB de Miragaia

na Biblioteca da EB de Carlos Alberto

por Fátima Magalhães e Ana Teresa (Educadoras do JI da Bandeirinha)

por Teresa Cunha, Isabel Lobo e Leonor Camelo (Educadoras do JI da Vitória)

O Jardim de Infância da Bandeirinha tem “Hora do Conto” na Biblioteca de Miragaia

“A Magia está no ar …. a festa vai começar!

N

uma das datas previstas em que o tempo estava chuvoso, impedindo a deslocação das crianças à Biblioteca de Miragaia, a Coordenadora da mesma, deslocou-se ao Jardim de Infância e utilizando o quadro interactivo de uma das salas da escola, deliciou as crianças com duas histórias. Na sessão seguinte e como o tempo já estava agradável, as crianças deslocaram-se à Biblioteca onde observaram e contactaram com os livros (pois já conheciam bem este espaço), “leram” algumas histórias e descobriram outros livros novos. Por fim, ouviram uma história e, um grupo de alunos de Expressão Musical da EB de Miragaia, tocou e cantou algumas canções. As crianças ficaram fascinadas com todas estas actividades! Não queriam ir embora! Aqui vão as suas afirmações: “Foi giro…gosto de vir aqui e gostam de nós…tem muitas histórias até ao céu!...tem histórias para grandes e pequenotes!...gostei muito da história e dos meninos que cantaram para nós! Tocaram bem! Gostava de aprender!”

assim que iniciamos esta actividade. O Jardim de Infância da Vitória vai semanalmente à Biblioteca da Escola de Carlos Alberto para a “Hora do Conto” que possui excelentes recursos. A Hora do Conto está a ser dinamizada a partir de histórias de fadas, bruxas, animais, natureza, canções, danças, poesias, lengas lengas…constituindo autênticos momentos de magia e encanto. E, embora ela faça parte da rotina diária do Jardim de Infância, o facto de ser noutro espaço físico, está a ser entusiasmante para todas as crianças que aguardam com ansiedade esse dia: “É hoje que vamos à Biblioteca da Escola?” questionam eles frequentemente. Temos consciência que esta actividade, fomenta a aquisição de hábitos de leitura, literacia, motivando, despertando a curiosidade da criança para o livro desde a mais tenra idade, alarga os seus horizontes, assim como, estimula a criatividade, socialização e concentração. Procuramos diversificar as diversas actividades de conto, envolvendo sempre activamente as crianças nas mesmas. E, para terminar: “Pozinho de perlimpim…a história chegou ao fim!”

É

por Maria da Luz Leonor e alunos EFA / Ns1 da EBSRF

Adélia Fonseca (Professora da E.B.S.R.F.)

Ler + em vários sotaques

Helena Salgado (Professora da E.B.S.R.F.)

Helena Salgado (Professora da E.B.S.R.F.)

Homenagem a José Saramago

N

o dia 4 de Abril, participamos na Semana da Leitura, com uma actividade, em homenagem a José Saramago. Foi distribuído pelos presentes, o discurso de José Saramago, lido com sensibilidade e prazer, quando recebeu o prémio Nobel da Literatura. Nesse discurso, José Saramago apresenta-nos o amor à terra, como sendo as raízes da felicidade, da verdade, da beleza, o verdadeiro milagre: «O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer»( palavras de sua avó Josefa); «o meu avô Jerónimo, pastor e contador de histórias, que, ao pressentir que a morte o vinha buscar, foi despedir-se das árvores, do seu quintal, uma por uma, abraçando-se a elas e chorando porque sabia que não as tornaria a ver.» No Power Point, audio-visual, passamos extractos das obras do escritor, O Evangelho Segundo Jesus Cristo,e Caim .Reconhecemos a dificuldade da sua leitura, dado o seu estilo que nos impossibilita uma leitura mecanizada, porque, é difícil de imediato identificar as personagens, o narrador, pela ausência dos sinais convencionais, para o efeito. Sentimo-nos, contudo, próximos do escritor, que se expõe continuamente nos seus comentários e nos convida a usar a inteligência e sensibilidade de que somos dotados . Reflecte connosco, como qualquer ser humano o poderia fazer, sem grande instrução, liberto apenas do sentimento de autoridade perante os mais letrados que perderam o hábito de pensar pela sua própria cabeça. Os textos selecionados, incidiam sobre figuras femininas. Maria, habituada aos silêncios do marido José, entrando em cena só com a autorização daquele. José sem problemas em questionar Maria, mas não lhe revelando os seus pensamentos, sempre desconfiado. “Tanta firmeza teria de abalar a postura de desconfiança sistemática que deve ser a de qualquer homem quando confrontado com ditos e feitos das mulheres”. “Falar-lhes pouco e ouvi-las ainda menos é a divisa de todo o homem prudente” José manifesta o seu receio de continuar a apurar a verdade, através da esposa, prefere a dúvida e a incerteza do que imaginar ser ridicularizado por ela e suas amigas, no caso de esta continuar a mentir sem ele poder confirmar o que aconteceu verdadeiramente entre Maria e o pedinte. José defende-se das “artimanhas” atribuídas à mulher em geral, à semelhança dos demais, fala pouco, evita expor os seus sentimentos, arriscando-se a que a dúvida corroa o seu coração não podendo, assim, olhar de frente a esposa, nem reconhecer, pelo brilho dos seus olhos, que estava grávida. Eva é capaz de se impor, decidida, dirige-se ao anjo que guarda o jardim do Éden para conseguir comida. Saramago apresenta-nos Eva, como uma mulher que experimentou o seu poder, quando sem medo com coragem diz exactamente o que pensa .” Era como se dentro de si habitasse uma outra mulher, com nula dependência do senhor ou de um esposo por ele designado.” Mais adiante Saramago desoculta a força da crença da inferioridade da mulher, cravada na própria mente de Eva :“Se eu fosse homem seria mais fácil”. Não volta porém para trás, não desiste, enfrenta o Anjo, foi persistente, coloca o Anjo numa situação extrema , sem medo da ameaça de morte. Eva sabia que o anjo haveria de ceder: “Não podia deixar morrer de fome aqueles que o senhor criou”, diz o anjo Azael.” Lilith, outra personagem feminina, poderosa, autoritária, uma rainha que escolhe os seus parceiros sexuais. Uma mulher que contrariamente ao que é habitual pensar-se, não tem menos desejo que os homens, mas não foge aos preconceitos. É considerada bruxa, ao contrário de um homem, que pelas mesmas razões seria alvo de admiração. Agradecemos a presença dos que estiveram presentes, deixando também um convite, para a refrescante leitura das obras de José Saramago.

5


Destaque.......................................................................... Concurso

Percursos poéticos

«Os livros que eu descobri»

Luísa Lamas

por Henrique Ribeiro e Isabel Botelho (alunos do 6ºD da EBSRF)

Feira do Livro por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

R

por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

F

oi lançado no primeiro período o concurso «Os livros que eu descobri», para todos os alunos do 2º ciclo, que incentiva a requisição e leitura de obras. Também, o Concurso «O Melhor Leitor» foi lançado pelas colegas de português para férias de Natal. Os prémios atribuídos em cada um dos concursos foram: Concurso «Os livros que eu descobri» 2ª Ciclo 1º Prémio: Bárbara Francisca da Silva Santana Concurso «O Melhor Leitor» Básico 1º Prémio: Dinis Bento Loyens Marta Sofia Cardoso de Almeida Teixeira Rita Luís Rêgo Leitão 2º Prémio: André Brochado Pinto dos Reis Ana Catarina Teixeira Bicho Inês Figueiroa Alves Mimoso Diana Sofia Pinheiro Chagas Laranjeira Ana Francisca Peneda Andrade Rita Gomes Almeida Francisco Pedro Cardoso dos Santos Raio 3º Prémio: Mariana Azevedo Alves Rita Mota Moreira Joana Mafalda Guimarães Cláudia Isabel Araújo Marreiros Madeira Secundário 1º Prémio: Maria Miguel Marmelo 2º Prémio: Catarina Alexandra Prata 3º Prémio: Adriana Pinto de Castro Silva

Tertúlia de poesia por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

N

Luísa Lamas

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

ealizamos a segunda Feira do Livro em colaboração com a editora Leya. Esta Feira do Livro esteve patente ao público desde 7 de Março até 8 de Abril, despertando a curiosidade dos alunos que frequentam o CRE e estimulando a vontade de levar um livro para casa.

N

a semana de 4 a 8 de Abril decorreu, na nossa escola, a Semana de Leitura e o nosso professor de Língua Portuguesa propôs-nos que, nesse âmbito, desenvolvêssemos um pequeno projecto que tinha como principal objectivo promover o gosto pela poesia, matéria que, aliás, já tínhamos dado nas aulas de Língua Portuguesa. Depois de analisadas várias sugestões, a nossa turma chegou à conclusão que o projecto chamar-se-ia “Percursos Poéticos”, uma vez que iríamos andar de sala em sala dizendo poemas de vários autores. Assim, no dia 5 de Abril, terça-feira, no período da manhã, um grupo de alunos do 6º D presenteou professores, colegas e funcionários com aquelas poesias. A acompanhar-nos estiveram sempre o nosso Professor Gonçalo e uma outra professora de Língua Portuguesa, a Professora Célia, que nos foram sempre incentivando ao longo do percurso, principalmente quando a voz já fraquejava e as pernas estavam cansadas. Connosco veio também o João Pedro, aluno do 6ºA, que nos acompanhava à viola. Foi uma experiência muita boa! Sentimos que todos gostaram muito de nos ouvir dizer aqueles poemas e pensamos que estes projectos são importantes e até podem favorecer a nossa nota. Adorámos ter participado nesta actividade com o professor Gonçalo e os meus colegas e acho que foi um bom tema de trabalho.

Olimpíadas da ortografia

a Biblioteca Jaime Cortesão decorreu uma tertúlia de poesia com os autores Maria Mamede e José Gomes da Associação Movimentum Arte Cultura da Maia e os alunos do 4º ano da EB de Carlos Alberto com a professora Maria das Dores Folgado, os alunos da professora Lourdes Santos, do 12º ano, uma aluna da professora Cândida Costa e o aluno Daniel Maia com a professora Aura Miranda, às 10 horas, no dia 5 de Abril. A tertúlia iniciou-se com um momento musical realizado pelo aluno João Grilo com uma das suas peças musicais ao piano. Maria Mamede declamou a poesia “Pardal Pimpinelo“. José Gomes contou a sua história do «Coelho Jericó». O Daniel Maia leu uma poesia que ele criou propositadamente para a autora Maria Mamede, declamando também um dos seus poemas. Dois alunos do 4º ano declamaram poesia sendo seguidos pela aluna de 9º ano intercalados com os alunos do 12º ano. No fim, os alunos da EB Carlos Alberto realizaram uma entrevista à poetisa Maria Mamede sobre o seu percurso literário e os seus gostos. O João Grilo encerrou a sessão com mais uma das suas interpretações ao piano. Seguiu-se a entrega de prémios dos Concursos de leitura, aos quais os participantes da tertúlia assistiram e aplaudiram.

A opinião de algumas alunas que participaram "Não tenho vergonha de ser chamada intelectual e, muito menos, não tenho vergonha de ler. Quando queremos ser mais e melhores, não nos podemos cingir ao nosso mundo, aos nossos conhecimentos e à nossa vida. Temos, contudo, de nos debruçar sobre pessoas e actividades que nos inspirem e nos façam crescer como indivíduos. Recentemente ganhei o primeiro prémio do concurso de leitura da nossa Escola, mas pessoalmente nem é realmente isso que interessa. Tenho muito mais orgulho em ver que existem professoras que se esforçam para nos oferecer oportunidades que nos incentivam a colocar a " máquina inspiradora em acção." Maria Marmelo, nº 16, 12ºE "Uma Escola sem movimento não tem ensinamento. É bom e gratificante que sejam promovidas, nesta escola, actividades que desenvolvam e dêem para expor o intelectual de quem a frequenta. Não é preciso muito esforço para ser uma pessoa activamente culta, basta uma cabeça com vontade e mãos à obra... os projectos são desenvolvidos e os alunos vão-se formando!” Adriana Castro, nº 1, 12º E

por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

D

"Relativamente aos concursos e actividades que se têm realizado na Biblioteca, penso que têm vindo a evoluir de ano para ano. Deveremos continuar a apostar no seu desenvolvimento, pois são um incentivo para todos os alunos." Catarina Prata, nº6, 12º E

Sugestões de leitura [1] por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

A

BE/CRE apresenta as seguintes sugestões de leitura por ciclo, porque acredita que a leitura desenvolve a criatividade, a concentração e o desejo de aprender mais. Assim, as nossas sugestões são: 1º Ciclo: Aquiles o pontinho de Guia Risari e Marc Taeger; 2º Ciclo: Yanari: A menina das cinco tranças de Ondjaki e ilustração de Danuta Wojciechowska;

Luísa Lamas

3º Ciclo: A Lua de Joana de Teresa Gonzales; Luísa Lamas

6

ecorreram na Biblioteca Jaime Cortesão, as Olimpíadas da ortografia com as turmas do 5º ano, sob a coordenação das professoras Alexandra Reis e Natividade Gonçalves. Estas olimpíadas consistiram na atribuição de uma palavra ao próximo concorrente, que tinha que a soletrar correctamente em dez segundos. Se o concorrente falhasse, a palavra seria atribuída ao seguinte e ele ficaria excluído. O grau de dificuldade ia aumentando à medida que se progredia na selecção dos elementos. A equipa que iniciou a actividade já tinha sido seleccionada. Todos corresponderam com muito empenho, responsabilidade e entusiasmo. Foram vencedores os alunos o Diogo do 5ºB, a Sofia do 5ºC e o Guilherme do 5ºB.

Secundário: África acima de Gonçalo Cadilhe.


..................................................................O prazer de ler Encontro com

Encenação pelos

Ana Saldanha

Poemas musicados

Cérebros Borbulhantes

por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

por Aura Maia (Professora da EBSRF)

R

o âmbito da Semana da Leitura, o grupo "Cérebros Borbulhantes", encenou o poema narrativo da escritora Ana Saldanha que apresentou à escritora na sua visita ao Centro de Recursos da nossa escola. O poema conta a história da pequena Sofia que tinha medo de um papão que ela imaginava morar no desvão da sua casa. Um dia decide enfrentar o papão, constata que ele é bom e simpático, tornam-se amigos e o medo desaparece. Depois de estudada a obra, os alunos apontaram sugestões para a encenação da mesma, e sugeriram que o final da história fosse alterado, porque na opinião deles, as crianças não têm apenas um medo mas vários medos e por isso em lugar de um papão sugeriram que aparecessem vários papões em cena para metaforizar os vários medos. A alteração do final da história resultou do facto de os alunos entenderem que o desvão (onde nunca entrava o sol) só foi escuro enquanto a menina teve medo, porque quando a menina se tornou amiga do papão o desvão transformou-se num "desvão onde já entrava o sol" porque a menina já não tinha medo. Salientaram também que a amizade é fundamental na vida das crianças e dos adultos e que sem ela a vida é triste e escura e por isso temos medos. Os alunos compreenderam a metáfora presente no poema o que permitiu uma representação com sucesso. A autora ficou muito surpreendida e emocionada, agradeceu o trabalho dos alunos.

por António Brandão (Professor da EBSRF)

N

o dia seis de Abril foi realizada uma actividade integrada na semana da leitura com o tema “Poemas Musicados”. Os professores Ana Sousa, Rosa Rocha, Susana Silva, Aura Miranda e António Brandão, foram os responsáveis e dinamizadores. A actividade "Poemas Musicados" foi destinada a todos os alunos da nossa escola. Após uma pré-selecção de poemas de autores lusófonos, realizada pelos professores responsáveis, os alunos que participaram escolheram um poema e musicaram-no. Entre as diversas intervenções contaram-se com interpretações de piano, viola clássica, um conjunto de instrumentos de sopro, bateria e ainda dança rítmica. De realçar que esta actividade visava sobretudo o desenvolvimento da capacidade de compreensão e de interpretação de textos poéticos em língua portuguesa; estimular a relação entre a poesia e a composição musical, e ainda fomentar a criatividade, o trabalho colaborativo e a responsabilidade entre os alunos. Todos os alunos que participaram, souberam fazê-lo com gosto, criatividade e sensibilidade, sempre com a preocupação em relacionar o melhor possível a música, a poesia e a capacidade interpretativa pessoal. A actividade “Poemas Musicados” foi realizada na Biblioteca Jaime Cortesão, e contou sempre com a grande disponibilidade da professora responsável, professora Luísa Lamas, que disponibilizou desde o início aquele excelente espaço, facultando total liberdade para que os alunos expressassem as suas capacidades interpretativas.

N

Luísa Lamas

Luísa Lamas

ealizou-se no CRE um encontro com a Escritora Ana Saldanha, com os alunos de 1º, 2º e 3º Ciclos, NEE e as Professoras Cândida Costa e Alexandra Azevedo, Ana Cristina Cunha (EB Carlos Alberto) e Aura Maia. Este encontro iniciou-se com uma teatralização da história «O papão no desvão» realizada por alguns alunos do NEE em colaboração com outros alunos. Prosseguiu com a apresentação de um filme realizado pela Professora Alexandra Reis e a sua turma de 5º ano sobre as obras da Ana Saldanha lidas e trabalhadas. Continuou com uma conversa entre a autora e os alunos, que tinham muitas perguntas para lhe fazer sobre o seu percurso literário e as obras que escreveu. Seguiu-se uma sessão de autógrafos e uma entrevista final realizada pelo aluno Dinis Bento Loyens.

Sugestões de leitura [2]

Entrevista à autora

Ana Saldanha

para os alunos do Secundário por Ana Bela Saraiva (Professora da EBSRF)

por Dinis Bento Loyens (Aluno do 9ºB da EBSRF)

Breve história do tempo: Do Big Bang aos Buracos Negros (Edição actualizada e aumentada, comemorativa do 1º Aniversário) Autor: Stephen Hawking Colecção: Ciência Aberta

Dinis Bento Loyens (DBL): Se não fosse escritora, o que gostaria de ser. Ana Saldanha (AS): Não me imagino a não ser escritora. Se não o fosse, provavelmente seria tradutora, aliás como já sou. DBL: Com que estilo literário melhor se identifica? Porquê? AS: De certa forma, Realismo na Ficção…porque a realidade é deturpada na escrita. Em suma, escrevo os meus retratos da realidade.

DBL: Ao longo da sua carreira foi galardoada várias vezes. Que prémio lhe deu mais prazer de ter recebido e porquê? AS: Foi precisamente o que eu não recebi. O meu livro “Uma Questão de Cor” foi finalista do Prémio pela Tolerância. Agradou-me imenso, porque mostra que as pessoas ainda se importam. DBL: Gostou da sua estadia em Inglaterra? AS: Gostei imenso, adoro a cultura, mas o que mais adorei foram as relações doces que as pessoas tecem entre si. DBL: O que mais a marcou, quando dava aulas na nossa escola? AS: Esta escola é muito variada e lembro-me especialmente de um aluno de 12 anos que escrevia extremamente bem mas infelizmente não é escritor. A dramatização do “Papão no Desvão” também foi muito bem interpretada, mas sobretudo como representam os medos e como nos mostram, que os devemos ultrapassar. DBL: Alguma Mensagem que queira transmitir a jovens escritores? AS: Leiam muito! Temos que nos basear nos outros para melhorar a nossa habilidade.

Universo, computadores e tudo o resto Autor: Carlos Fiolhais Colecção: Ciência Aberta

Livros à solta por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

Descobrir o universo Autor: Teresa Lago Colecção: Ciência Aberta

N

este projecto pretendeu-se que os professores desenvolvessem com as suas turmas trabalhos temáticos que tinham como produto final a construção de um livro. Por exemplo, um livro-coreto, um livro pop-up, um livro interactivo, um livro de afectos, um livro-biombo… Este projecto foi da responsabilidade e execução da profª. Catarina Sol. No segundo período estas actividades desenvolveram-se no Jardim de Infância da Torrinha, com a educadora Arlete Figueiredo e na Escola EB Carlos Alberto, com a turma de 3º ano, sob a orientação da professora Susana. Os professores de todas as disciplinas forama convidadoa a participar activamente neste projecto.

Cosmos Autor: Carl Sagan Colecção: Ciência Aberta A dupla hélice Autor: James D. Watson Colecção: Ciência Aberta O património genético português A história humana preservada nos genes Autor: Luísa Pereira e Filipa M. Ribeiro Colecção: Ciência Aberta A matemática das coisas Autor: Nuno Crato Edição/reimpressão: 2008 Editor: Gradiva Publicações Coleção: Temas de Matemática

Luísa Lamas

DBL: Identifica-se com outra figura literária? Qual e porquê? AS: Não mas admiro imenso o Orhan Pamuk, achoo fabuloso. A grande vantagem da literatura é que há milhares de escritores que me alegram a vida e a literatura é inesgotável.

O gene egoísta Autor: Richard Dawkins Colecção: Ciência Aberta

Passeio aleatório pela ciência do dia-a-dia Autor: Nuno Crato Edição/reimpressão: 2007 Editor: Gradiva Publicações Coleção: Ciência Aberta

7


Escola viva....................................................................... A Escola Segura na Sede do Agrupamento por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

N

8

Nuno Almeida (12ºF)

No Dia DN a economia foi o tema! por Sofia Alves (aluna do 12ºF da EBSRF)

O

auditório do Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas encheu para ouvir o Ex-Ministro das Finanças Dr. Miguel Cadilhe, responder a algumas perguntas formuladas pelos alunos do ensino secundário. Esta iniciativa decorreu no dia 14 de Março, no âmbito do “Dia D.N” do Projecto N@Escolas promovido pelo Diário de Noticias. A personalidade foi selecionada pelo próprio jornal, na sequência de um editorial, que alunos da nossa escola apresentaram a concurso. Já com o auditório lotado, as apresentações foram feitas pela Dra. Maria José Ascensão, que com algumas palavras agradeceu a presença de todos, em particular do Dr. Miguel Cadilhe e da Dra. Maria José Costa, professora da EBSRF responsável pela iniciativa, e explicou em que circunstancias iria decorrer a actividade, passando a palavra a um dos alunos responsáveis. Gil fez as devidas referências biográficas à ilustre figura e finalmente foi dado início à entrevista. Um grupo de alunos do 12º Ano de escolaridade, com perguntas previamente preparadas, confrontou o Ex-Ministro que prontamente respondeu, deixando bem claro que só teve conhecimento das mesmas, naquela mesma altura. Como foi possível ver e ouvir, actualmente não são só as pessoas ligadas à economia que podem eventualmente sentir interesse num assunto tão actual e prioritário. Hoje em dia, jovens de todas as áreas sentem curiosidade e querem saber como chegou o estado da economia a este ponto. As questões abordadas foram as mesmas que todos fazemos há já muito tempo... Desta vez, pudemos obter uma resposta mais entendida no assunto, esclarecida de forma acessível. Começaram por perguntar, se a crise que Portugal atravessa hoje, era ou não previsível na altura em que o Dr. Miguel Cadilhe exercia o cargo? A resposta foi negativa. Tentando explicar da melhor forma possível aos jovens como era a situação económica, fez algumas achegas a casos críticos que colocaram Portugal nesta posição. Com perguntas mais pertinentes, os alunos partiram para hipóteses mais extremas e referiram a hipótese de serem implantadas algumas das medidas de Salazar como uma das soluções, até mesmo a suspensão da democracia! Na opinião que conseguimos ouvir do entrevistado, essa “não seria a melhor opção”. O que deu mais que falar, foi o facto de se tentar

Acompanha o Etc... no Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=1829508968

e no Twitter: http://twitter.com/etcjornal

Hélder Marques (12ºF)

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

a última semana do 2º período, a Escola Segura dinamizou actividades na escola sede do Agrupamento. Todos os Jardins de Infância do Agrupamento: Torrinha, Vitória, Bandeirinha e S. Nicolau, participaram na Exposição da PSP, com trabalhos realizados pelas crianças e que estiveram expostos ao longo desse dia, para toda a comunidade.

compreender se há ou não uma solução para resolver os casos de desemprego. Tal como toda a gente confirmou, há um exagerado défice público, os bens materiais aumentam e os salários diminuem cada vez mais. Colocou-se também a dúvida de haver algum benefício para os portugueses consumirem mais produtos nacionais ou continuarem a achar que “o que vem de fora é que é bom”? A resposta foi negativa, assumindo que devemos continuar a consumir o que é “nosso”, mas deixando bem assente que a melhoria económica do País, “não passa por aí”. Dando a sua opinião pessoal e, tentando ser o mais concreto possível, o Dr. Miguel Cadilhe deu-nos uma imagem mais clara sobre como tudo acontece no meio económico. Admirado positivamente pela pertinência das questões dos alunos, teceu elogios à equipa que realizou as perguntas e felicitou a inteligência com que abordaram o tema!

Dança educativa por Teresa Cunha (Educadora do JI da Vitória)

N

o dia 26 de Maio, realizou-se no Jardim de Infância da Vitória, um espectáculo de Dança Educativa o qual contou com a presença dos Encarregados de Educação. Esta demonstração foi o finalizar de um ano em que o grupo de 5 anos foi contemplado com esta Actividade inserida no Projecto “Porto Criança”. Além dos Encarregados de Educação também foram convidadas para assistir as crianças dos 2, 3 e 4 anos. Foram momentos de magia, partilha e muita emoção. Obrigada Professora Sofia Alves!

Foi com grande alegria que as crianças dos diversos grupos, descobriram os seus trabalhos “Olha …estão ali os nossos trabalhos!” Observaram atentamente os trabalhos dos outros colegas “Estão também giros!” comentaram eles. As actividades desenvolvidas pela Escola Segura, foram também muito apreciadas: a Banda de Música tocou diversas melodias populares e que eles conheciam. O Hino de Portugal, constituiu também um momento único em que todos os grupos/turmas presentes o cantaram de forma entusiasta. Segundo as crianças “eles tocaram muito bem!” mas, uma das crianças do pré-escolar, questionou “como é que aprendem a tocar?”

Observaram com muita atenção, os diversos veículos utilizados, pela PSP e que estavam expostos no campo de jogos. O espectáculo com os cães polícia fascinou e deslumbrou todas as crianças presentes: “Olha …estão ali os cães! São mesmo inteligentes!” “São mesmo a sério! ” “ Podemos levar um embora?” “É parecido com o meu… o meu sabe alguma coisas…mas não é policia!”

Na hora de regresso aos Jardins de Infância, ninguém queria ir embora e, pelo caminho algumas crianças diziam: “Quando for grande….vou ser policia!” “ Comemos e vimos outra vez? “ “ No Carnaval já me vesti à Policia…pois é o que quero ser quando ficar grande” “Estavam lá os outros meninos pequenotes como nós, no Rodrigues!”


.......................................................................Escola viva Artes circenses nos jardins de infância por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

A

s artes circenses constituem uma forma lúdica de grande interesse que fomentam valores cívicos, morais e que desenvolvem a expressão e comunicação, concentração, coordenação e equilíbrio. As Artes Circenses dinamizadas pelo Eurico Mateus nas escolas do Projecto TEIP deste Agrupamento, estiveram nos Jardins de Infância. Constituíram momentos únicos e que os mais pequeninos adoraram! Foi uma grande festa! Claro que também experimentaram os diversos objectos e já pareciam uns verdadeiros artistas! As fotos são bem representativas desta famosa actividade. Ora vejam as fotos dos nossos pequeninos tão alegres e concentrados nesta actividade.

Chegou a primavera!!! por Teresa Cunha (Educadora do JI da Vitória)

N

o Jardim de Infância da Vitória festejou-se a chegada da Primavera com várias actividades.

Uma delas foi a Hora do Conto, com um Teatro de Fantoches da história “Festa da Primavera” em que entraram muitos animais, uma fada e um lobo muito simpático, ternurento e amigo de todos. Claro que também teve muita música e todos aprenderam e dançaram a “Dança da Primavera” que a fada ensinou a todas as crianças. Nesta actividade todas as crianças do Jardim de Infância se enfeitaram com um adereço de Primavera. As crianças estavam fascinadas e entusiasmadas com esta festa. A sala dos 5 anos foi decorada com muitas flores, borboletas, e pássaros. Mas a construção de uma árvore da Primavera está a ser apaixonante e entusiasmante. Foi também solicitada a colaboração dos encarregados de educação que têm estado a enviar poesias, canções e frases alusivas ao tema e que estão colocadas na árvore.

Exposição de pintura do Clube das Artes por Joana Vilas Boas de Sousa (Professora dinamizadora do Clube das Artes)

O

clube das Artes do 2º Ciclo da Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas realizou uma exposição de Pintura em Tela, entre 1 e 7 de Junho, com os trabalhos realizados ao longo do ano lectivo. O local escolhido foi a entrada da escola, para que toda a comunidade pudesse admirar as obras de arte. O trabalho desenvolvido focou a recriação de obras de arte de conhecidos artistas internacionais. O clube das artes é constituído por cerca de 30 alunos e a grande maioria finalizou as suas telas para que ficassem expostas ao público.

Sim, este ano o Natal é amarelo por Alexandra Soares (Professora da EB de Miragaia)

A

nossa escola participou num projecto da EcoEscolas através do Concurso “Sim, este ano o Natal é amarelo”, cujo principal objectivo foi sensibilizar a comunidade escolar para a reciclagem e especificamente para a colocação das embalagens Tetra- Pak no Eco-ponto amarelo. Com embalagens tetra-pak; sacos de plásticos amarelos reaproveitados (cedidos pela ECOFONE); tampas e palhas amarelas das embalagens tetra-pak criámos uma árvore de Natal cuja cor predominante foi o amarelo. O professor Óscar Barreira, com a sua habilidade na construção, criou com madeira e fio a estrutura da árvore, a professora Alexandra Soares e Amélia Chaves construíram os protótipos florais para embelezar a árvore e a professora Luísa Reis criou a estrelinha de Natal com palhas e tampinhas. Depois,… todos ao alunos de 1º, 2º e 3º ciclos, todos os professores, funcionários e alguns Encarregados de Educação construíram a sua flor que decoraram com fotografias, mensagens ambientais de Natal ou simplesmente com o seu nome ou o nome de pessoas de quem gostam muito. De seguida os alunos penduraram as flores na árvore, principalmente os aluno do PIEF que incansáveis estiveram horas a trabalhar até que, finalmente, ficou pronta a árvore de Natal amarela da Escola Básica de Miragaia. Para além da árvore várias turmas desenvolveram outras actividades no âmbito desta temática e criámos uma mensagem ambiental: Defendendo o ambiente Juntos por um Natal mais belo, Fizemos uma árvore diferente Com tetra-pak e amarelo! As árvores foram sujeitas a votação pela internet e a nossa árvore teve um total de 279 votos, não conseguimos ganhar mas, todos juntos, construímos a árvore mais bonita num ambiente natalício de alegria e colaboração. E claro, nunca mais nos vamos esquecer que as embalagens tetra-pak se colocam no eco-ponto amarelo!

“Todos pelo Ambiente” na EB de Miragaia por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

N

o dia 9 de Junho, houveram inúmeras actividades associadas à temática do ambiente na EB de Miragaia: jogo da floresta, dos animais, somos saudáveis, escalada, malabarismo, música, plantas, reciclagem de materiais, jogo de cartas ambientais, flores de caixas de ovos, plantações, sementes de girassol e milho para o milheiral e, ainda, uma banca com alimentos saudáveis (inúmeros legumes, frutos e compotas) e que constituíram um alerta para a consciencialização e importância da defesa e preservação do ambiente para que todos possamos viver saudavelmente. A professora Fernanda Pires de Lima, da Escola Rodrigues de Freitas esteve presente neste evento e trouxe uma turma do 11º ano que participou nas diversas actividades de forma entusiasta; foi interessante ver o excelente acolhimento que os alunos da EB de Miragaia fizeram a estes colegas, para que conhecessem a escola, compreendessem e se integrassem nas diversas actividades. Constituíram momentos únicos e gratificantes!

9


Escola viva....................................................................... Notícias da EB da Bandeirinha por Custódia Silva (Coordenadora da EB da Bandeirinha

A peça de teatro “ Beatriz e Barnabé”

Visita ao Palácio de Cristal

N

o dia 23 de Março, fomos visitar o Palácio de Cristal e observamos as plantas e alguns animais. Ao longo da visita, descobrimos pavões, galinhas, patos, borboletas de diversas cores e também muitas plantas! No jardim dos sentimentos demos conta que cada planta tinha uma placa com um nome de um sentimento. Gostamos muito de andar no labirinto e de ver a estátua que lá se encontrava. No final, pudemos conviver e divertir-nos muito no parque infantil, onde experimentamos várias diversões. Foi fantástico!

N

10

Actividade sobre a biodiversidade

N

Semana de integração

O

s alunos do 4º ano da Bandeirinha foram, mais uma vez, à EB2,3 de Miragaia. As atividades realizadas estavam relacionadas com o Ambiente: ouvimos uma história sobre o tema; construímos foguetões que lançamos ao ar; fizemos experiências nos laboratórios e ainda jogamos no computador. Foi um dia muito divertido e interessante!

o final do 2º período lectivo, os alunos do 1º Ciclo da escola da Bandeirinha assistiram a uma sessão de sensibilização sobre a biodiversidade, promovida pela Câmara Municipal do Porto, sob a responsabilidade da Dr.ª Daniela. Esta sessão teve como objectivo alertar os alunos sobre a biodiversidade, a protecção do meio ambiente e a política dos 3R. Depois de debaterem sobre o tema, cada aluno pintou um saco de tecido, com o intuito de ser usado como lancheira. Os alunos aderiram à actividade e ficaram muito sensibilizados, usando com alegria as suas novas lancheiras.

Bebés de S. João: entrega de ofertas por Cândida Costa (Professora da EBSRF)

D

ecorreu na Biblioteca Jaime Cortesão a entrega de materiais recolhidos ao longo do ano nas escolas do Agrupamento para os Bebés de S. João. Recebemos na nossa escola representantes da Instituição “Bebés de S. João” que, simpaticamente, nos falaram de tão importante projecto. Foram acolhidas na Biblioteca Jaime Cortesão, onde as esperavam duas turmas, uma do nono ano e outra do décimo ano, acompanhadas pelas professoras Cândida Costa e Maria de Lourdes Santos. Alguns alunos leram poemas de vários escritores portugueses sensíveis à temática da solidariedade e frases de reflexão elaboradas pelos alunos. Após este momento poético foram entregues os artigos recolhidos pelo grupo de voluntários do nono ano na venda de Natal em que toda a escola foi mobilizada para tão importante projecto. Por fim, os alunos do nono ano entregaram às voluntárias dos “Bebés de S. João” simbólicos presentes: vários postais elaborados pelos alunos, dois exemplares do jornal ETC e ainda um livro assinado pelos alunos, como recordação do encontro. Foi com algum entusiasmo que as turmas presentes reagiram à possibilidade de um novo encontro, a realizar no terceiro período, para partilha de experiências de vida, sexualidade na adolescência, projectos de vida…

Luísa Lamas

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

o segundo período, a turma do 2º ano realizou a peça de teatro “Beatriz e Barnabé”, no âmbito do Projecto “Porto Futuro”. Todas as turmas assistiram à peça com muito entusiasmo e atenção. No final, aplaudiram os colegas que atuaram como verdadeiros atores! Foi gratificante observar os alunos mais tímidos a participar de uma forma tão espontânea. Foi uma atividade muito divertida e todos os alunos da escola adoraram.

pub

Jornais e Revistas Rua da Boavista, nº723


........................................................................Escola viva

Projectos integrados por Alexandra Soares e Cláudia Santos (Professoras da EB de Miragaia)

N

Carlos Filipe Cabral

Exposição conjunta de pintura

Carlos Filipe Cabral e Orlando Sequeira por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E)

E

sta Exposição esteve patente ao público de 21 de Março a 8 de Abril, na Biblioteca Jaime Cortesão. Foi visitada por alunos, professores, assistentes operacionais da Escola, Encarregados de Educação, Professores da Escola já reformados, alunos do Curso Português para Todos das Escolas do Agrupamento, a Escola EB de Carlos Alberto e elementos da DREN. Carlos Filipe Cabral da Cunha Pereira, ex-aluno do Liceu Rodrigues de Freitas realizou várias aprendizagens na área das Artes, nomeadamente o Curso de Pintura (Escola/Atelier de Cedofeita), o Curso de Restauro de Pintura, o Curso de Douramento e o Curso de Restauro de frescos todos eles em Florença (Itália). Tem vindo a desenvolver trabalho de restauro em estuques venezianos - Igreja das Taipas (Porto), realizou uma intervenção de conservação e restauro de pinturas, telas, marmoreados e fingidos no Palácio da Bolsa Porto - efectuou o restauro de pintura decorativa e fingidos da Casa Museu José Relvas Golegã - fez uma intervenção de conservação e restauro de pintura sobre estuque e gessos ornamentais da Associação de Comerciantes do Porto, desenvolveu trabalho de restauro de pintura mural, estuques ornamentais e douramento no Palácio do Freixo Porto; trabalhou no restauro da Pintura mural, estuques ornamentais e douramento da Antiga Cadeia da Relação do Porto; efectuou uma intervenção de conservação e restauro na Capela de Agramonte, talha dourada e

Palestra

“Prevenção contra o cancro da LPCC” por Luísa Lamas (Coordenadora da B.E/C.R.E) Departamento de Educação para a Saúde da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRN)

A

Drª. Cristiana Fonseca da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRN) proporcionou uma intervenção sobre o cancro, as formas de prevenção e a existência do Código Europeu Contra o Cancro no âmbito

Orlando Sequeira policromada, gessos decorativos, ornamentais e imaginária, no Porto e é responsável pelo douramento (a ouro de lei) das peças constituintes do auditório principal da casa da Casa da Música, no Porto. O seu gosto pela pintura e a sua técnica está patente nas suas telas. Orlando Sequeira formou-se em arquitectura, na Escola Superior de Belas Artes do Porto, em 1979, mas revela a paixão pela pintura nas obras que constrói com minúcia e carinho. A sua temática passeia entre elementos geométricos, imagens diáfanas sensuais e femininas integradas em paisagens e elementos representativos da natureza. De carácter naturalista possui uma técnica de tal modo apurada que somos levados pelos seus elementos naturais e pelas silhuetas femininas a deleitarmo-nos nas suas paisagens ou perdermo-nos nos elementos geométricos da sua pintura. A sua sensibilidade como pintor está nas suas telas. O convite para visitar a Exposição foi dirigido a todas as Bibliotecas, CREs e Agrupamentos do Porto, Maia e Matosinhos, todas as Escolas do Agrupamento Rodrigues de Freitas e o Conservatório de Música do Porto e a alguns professores desta escola que já se reformaram. As escolas que aceitaram o convite e que vieram visitar a Exposição foram as seguintes: a Escola EB de Carlos Alberto, e os alunos dos cursos de Português para Todos (PPT) da Escola EBS Rodrigues de Freitas. O total de visitantes ao longo do período de exposição foi de cerca de 590 pessoas. Opinião dos alunos: «Gostei das cores e da maneira como pinta. Como junta a figura feminina às paisagens.» «Gostei particularmente das pinturas com figura humana...»

da Campanha actualmente em desenvolvimento, patrocinada pelo Alto Comissariado da Saúde, para algumas das escolas. Sendo o cancro uma doença com cariz genético e cultural urge conhecermos quais os comportamentos de risco que poderemos ter, quais as formas de rastreio e de diagnóstico, para detecção de indício e sintomas e permitir um tratamento rápido. O alerta passou também por reforçar a necessidade de conhecermos o campo de acção, isto é, o nosso corpo e o seu funcionamento e conhecer os sinais de risco, como por exemplo, líquidos fora do comum nos mamilos, alterações de cor, detecção de nódulos, alterações da pele, alterações de tamanho e de regularidades de funcionamento do nosso organismo. Conhecer também os factores que provocam cancro, como por exemplo, alguns vírus e bactérias, alguns químicos, hereditariedade, dieta, hormonas e radiação. Por último ficou também a mensagem que no tratamento da doença é importante o apoio familiar e de amigos, o tipo de doente que é e o tipo de cancro. Percebemos que, o suporte psicológico que poderemos dar ao doente é muito importante para o tratamento da doença. Será fundamental que o doente tenha autoestima, o interesse da família e até os amigos para suportar a doença.

Nos dias 7 e 8 de Abril os alunos do 8ºD e E e as professoras Alexandra Soares e Cláudia Santos realizaram uma actividade dirigida aos alunos do 4º ano das escolas EB de Carlos Alberto, São Nicolau e Bandeirinha. Foi o resultado da integração de vários projectos e actividades (“Fio Condutor”, “O ambiente é de todos”, Semana da Ciência, Semana da Integração…) que teve como principais objectivos desenvolver a capacidade de organização dos alunos do 8ºano e o espírito de equipa, promover a comunicação e integração dos alunos do 4ºano, trabalhar de forma original e cientificamente pertinente a temática das energias renováveis e não renováveis e o seu impacto no ambiente. Assim a sessão teve início com a apresentação contada da história “O ratinho marinheiro” de Luísa Ducla Soares e posterior discussão tendo por base a história e a partir da qual os alunos concluíram que se fossem os donos do planeta proibiriam o uso das energias não renováveis.

De seguida os alunos do 8ºano da EB 2,3 de Miragaia ensinaram os mais pequenos a construir foguetões em papel de jornal tendo de seguida testado a sua funcionalidade no espaço exterior da nossa escola. E claro, só com a força do nosso corpo, os foguetões foram projectados a grandes alturas e distâncias, todos ficaram espantados com esse voo, com o espírito de equipa, partilha, apoio e amizade que caracterizou esta actividade

11


Escola viva....................................................................... A Semana das Ciências

organizada pelo Departamento de Matemática e Ciências Experimentais por Helena Salgado (Professora da EBSRF)

A

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

SEMANA DAS CIÊNCIAS 2011 decorreu entre 4 e 8 de Abril na Escola Sede do Agrupamento e na EB de Miragaia e contou com a participação de alunos de todos os ciclos de ensino. Com o intuito de consolidar conhecimentos, concretizar aprendizagens e permitir a interacção entre a comunidade escolar e o mundo da ciência, promoveu-se o espírito científico através da realização de pequenos trabalhos experimentais, que possibilitaram a partilha de experiências e ideias entre os participantes. As várias actividades foram alvo de registo que a seguir se apresentam. Obrigado a todos os que participaram!

Feira de produtos biológicos pelos alunos do 12ºG

N

o dia 7 de Abril, os alunos do 12ºG - Curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente dinamizaram uma Feira de Produtos Biológicos. Neste dia os alunos procederam também a uma angariação de fundos monetários para a campanha “Confie ao Parque Biológico de Gaia o Sequestro de Carbono”. A entrega do dinheiro reunido foi efectuada no dia 5 de Maio à Engenheira Vera Afonso, nas instalações do Parque, e permitiu a compra de mais um metro quadrado de terreno. Os alunos receberam um diploma como símbolo da sua participação na mitigação das alterações climáticas. Com estas actividades, os alunos pretenderam alertar a comunidade escolar da importância de utilizar, de forma sustentável, os recursos naturais existentes. Os alunos deste Curso agradecem a todos quantos visitaram a Feira e doaram um pequeno montante para o Projecto dos quais foram Parceiros por um dia!

Feira da Saúde por Alexandra Tabuaço e Luís Ferreira (Coordenadora e colaborador do PES)

12

N

o dia 7 de Abril (Dia Mundial da Saúde) teve lugar na nossa escola, uma Feira da Saúde, dinamizada pelas estagiárias de Enfermagem da Universidade Católica Portuguesa. Os alunos e restante comunidade escolar puderam medir a taxa de glicemia, a tensão arterial, obter o seu índice de massa corporal e esclarecer dúvidas sobre a sua anatomia e os afectos. Para que Saúde não fosse coisa que, nesse dia, nos faltasse, paralelamente, e com a colaboração preciosa das estagiárias de Educação Física desta escola foi, também, realizada uma Master de Actividade Física. Os alunos que puderam comparecer divertiram-se muito a abanar o esqueleto e tiveram de pôr os neurónios a funcionar para acompanharem a coreografia das professoras. Estas duas iniciativas, integradas na Semana das Ciências, pretenderam sensibilizar toda a comunidade escolar para os benefícios de uma vida saudável associada à prática do exercício físico regular.

Laboratório de Matemática

A matemática e a…..

divulga nova linguagem de programação

por Isabel Quinta (Professora da EBSRF)

por Elsa Silva, Fátima Coelho e Isa Monteiro (Professoras da EBSRF)

música no auditório

N

a tarde do dia 6 de Abril, na Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, integrado na Semana da Ciência, realizou-se a conferência intitulada “ A musica rock e a Matemática”. O conferencista foi o professor Jaime Carvalho e Silva, da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, um grande divulgador de Matemática a nível nacional e internacional, nomeadamente através do cargo de secretário-geral do ICMI, a maior associação dedicada ao ensino da disciplina de Matemática. Parece estranho, mas a Matemática está mesmo relacionada com muitos áreas e neste caso ouvimos o seu relacionamento com a música. Falou-se de Mozart, música Pop, música Rock…. Muitos grupos vão buscar inspiração em temas matemáticos, como os Blue Man Group ou os Tool.. A sucessão de Fibonacci, a banda de Moebius, o numero Pi, o numero de Ouro, os Fractais, são temas abordados nas suas músicas e outros escolhem mesmo nomes matemáticos para as suas músicas, como os MuteMath, a Moebius Band ou Infinity Minus Zero. No Auditório, com a lotação esgotada, a conferência foi animada com música, vídeos, a voz e o talento do professor Jaime Carvalho e Silva.

N

o dia 6 de Abril de 2011 realizou-se no Laboratório de Matemática a sessão inaugural da actividade “Aprender a Programar com o Scratch”, dinamizada pelas professoras Elsa Silva, Fátima Coelho e Isa Monteiro. O Scratch é uma linguagem de programação fácil de utilizar e bastante intuitiva. Os programas são escritos encaixando blocos gráficos, uns nos outros, segundo uma sequência de instruções. Esta ferramenta de trabalho inicialmente desenvolvida no Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos EUA, encontra-se já disponível em Portugal e em língua portuguesa no site http://Kids.sapo.pt/scratch/. No novo programa de Matemática esta linguagem é sugerida como recurso de trabalho, tal como afirma a professora de Matemática, Maria Teresa Pinheiro Martinho Marques, na sua Tese de Mestrado: “Tomei conhecimento que no processo de consulta e avaliação do novo programa de Matemática, que entrará em vigor em 2009/2010 (Anexo III), foi acrescentada em “Recursos: sítios da Internet e materiais” uma sugestão de ligação ao Scratch - scratch.mit.edu - descrito como um “Ambiente de programação visual e toolkit, para os alunos construírem jogos, histórias animadas, arte interactiva e comunicar na Internet”. Isto reforça a ideia de que faz sentido iniciar o desenvolvimento de experiências com esta ferramenta, ainda desconhecida pela maioria dos professores (entre 2007 e 2009).” Participaram nesta actividade inaugural, como públicoalvo, 24 alunos do 4º ano da Escola EB da Torrinha, acompanhados pela professora Maria Emília Pereira e 8 alunos do 5º ano, turmas A e B, da E.B.S. Rodrigues de Freitas, como monitores da actividade.


.......................................................................Escola viva

Mostra de Modding

Biologia para OS PEQUENINOS

por Ernesto Pinto (Professor da EBSRF)

N

por Daniela Pinto e Mónica Almeida (Professoras estagiárias de Biologia e Geologia)

N

Laboratórios abertos Geologia

pelos Professores do Grupo de Biologia e Geologia

E

ste ano, pela primeira vez, foi promovida a actividade - o laboratório aberto de Geologia que atraiu no dia 7 de Abril de 2011 inúmeros visitantes. Aí os alunos tiveram oportunidade de observar e realizar actividades práticas no âmbito da Geologia, nomeadamente: a observação à lupa binocular de areias vulcânicas dos Açores e da Madeira; a observação de minerais diversos e a simulação da formação de cristais de enxofre; a observação de um fragmento de meteorito, um siderito, caído em 1947 na Sibéria estimado em 70 toneladas; a observação de fósseis do Paleozóico e Mesozóico; a simulação de uma erupção vulcânica quer efusiva, quer explosiva, o relembrar de geossítios únicos do património Português através da galeria de fotografias na Exposição “Visita ao Geopark de Arouca” e observar maquetes da ocupação antrópica realizadas pelos alunos do 12ºG (Curso profissional de Técnico de Preservação do Ambiente). Esta actividade permitiu grande interacção entre alunos e pomoveu um salutar convívio. Para o próximo ano há que repetir!

o dia 7 de Abril, na Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas, o núcleo de estágio de Biologia e Geologia, coordenando os alunos do 11º A do curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias, abriu as portas do laboratório de Biologia aos “pequenos cientistas” do 2º ano da Escola EB da Torrinha, no âmbito da Semana das Ciências. Uma actividade dinâmica numa manhã diferente, em que os alunos do 11º A rodaram os parafusos dos microscópios e das lupas à procura do conhecimento. Entre plantas e minúsculas células animais, “os pequenos aprendizes” perderam-se no meio da Ciência, encontrando-a num pedaço de grafite e numa folha de papel, onde registaram as observações. Face ao entusiasmo e motivação de todos os participantes esta será uma experiência a repetir no próximo ano. Por isso, não percam o próximo episódio, porque nós também não…

2011, Ano Internacional da Química pelo Grupo 510, Ana Maria Sá Para comemorar o Ano Internacional da Química, o grupo de Física e Química aproveitou a Semana das Ciências e promoveu a palestra com o título sugestivo "A QUÍMICA do AMOR e do SEXO". Com um dia de Laboratório Aberto aos alunos do 6º ano da Escola Sede do Agrupamento tentou, com êxito, chamar a atenção à comunidade escolar da importância da Química nas nossas vidas.

13 Fábio Araújo (Aluno do 7ºC)

o seguimento da iniciativa do ano anterior, pautada pela grande adesão comunidade escolar os grupos de Informática e Electrotecnia do AERF participaram na Semana das Ciências no âmbito do Departamento de Ciências Experimentais. No ano transacto, os grupos incluíram na Semana de Informática uma mostra de Modding, que consiste na alteração do hardware constituinte de um PC, de forma a por um lado alterar o seu aspecto exterior, e por outro aumentar as suas performances. Esta mostra revelou-se uma grande surpresa, não só pelo evidente interesse e sucesso que demonstrou junto da comunidade, bem como, e sobretudo, pela grande originalidade das propostas, razão pela qual se decidiu incluir novamente este ano a mostra desses trabalhos. O grupo de Electrotecnia acrescentou este ano uma nova dimensão à Semana das Ciências, já que na anterior edição se focou sobretudo o produto acabado das Tecnologias da Informação e Comunicação, dos Sistemas Digitais e da Electrónica: Os Computadores. Este ano, puxou-se o “filme” atrás. Como se fazem as memórias? O que é um Descodificador de 7 Segmentos? Como se fazem os robots e os autómatos? Tudo isso se abordou este ano através de vários trabalhos de Electrónica Digital e Automação executados pelos alunos do 11º e 12º ano do curso Profissional de Técnicos de Gestão de Equipamentos Informáticos. Nesta mostra estiveram patentes trabalhos de Electrónica Digital: Descodificadores e Contadores, Interruptores accionados por palmas, geradores de ondas e até um pequeno jogo com base na elementar Lei de Ohm. Estes e outros trabalhos presentes foram dinamizados e coordenados pelos Professores Ernesto Pinto, Pedro Alves, Jonatas Pereira, Augusta Martins, João Sousa, Teresa Ferreira e Sofia reis. Mas é óbvio que o principal destaque foi para a demonstração do funcionamento de uma placa controladora K8000. Esta placa é o State-Of-the-Art de vários sistemas actuais de controlo, estando estes na base da moderna robótica e automação. Esta placa recebe informação através de uma série de sensores e executa operações baseadas numa rotina pré-programada na placa e no valor das entradas dos sensores. A K8000 presente na mostra da Semana das Ciências comandava um rádio, um candeeiro e uma pequena lâmpada de 40W e foi integralmente montada e programada por alunos do 12º Ano, com supervisão do Docente Ernesto Pinto do grupo de Electrotecnia da Escola. Como forma de apresentação lúdica de vários aspectos relacionados com as Tecnologias da Informação foi jogado também um jogo baptizado por “Info-Paper”, já que consistia numa actualização dos Rally-Papers, mas claro, sem os carros, e baseado em inúmeros conceitos afectos à informática. Vários alunos, divididos em várias equipas, percorreram a escola respondendo a perguntas e competindo para chegar em primeiro à meta. Ciência divertida! Tal como no ano anterior tentou-se projectar uma imagem de colaboração de todos os envolvidos neste projecto, num espírito de equipa e concórdia, simbolizado nas camisolas criadas para esse efeito. O balanço final não poderia ser senão positivo. A Semana das Ciências demonstrou a vitalidade criativa e cientifica da escola. Mostrou invenção, dinamismo e espírito empreendedor. E todos os participantes, alunos, professores e comunidade estão de parabéns. Até para o ano!

Consulta as novidades e participa no nosso Blogue em:

http://etc-jornal.blogspot.com


Escola viva........................................................................ Algumas curiosidades sobre a nossa escola por António Augusto Cunha (Professor da EBSRF) 1ª Porque é que no frontão do edifício está o nome de D. Manuel II? O leitor, certamente, já se questionou sobre a razão de o nome de D. Manuel II aparecer no frontão da nossa escola sendo ela Rodrigues de Freitas. De facto, criado em 1836 com o nome de Liceu Nacional do Porto, o Liceu teve vários nomes, entre eles, o de D. Manuel II (entre 1908 -1910 e entre 1947-1974), e o de Rodrigues de Freitas entre 1910-1947, e a partir de 1974. No tempo do reitor A. Américo Guerreiro (1946-1966) foram executadas avultadas obras no edifício do Liceu, nomeadamente alterou-se o frontão da fachada do corpo central do edifício para aí gravar o nome do último monarca português, nome que, apesar da mudança de patrono, ainda aí permanece. O que é interessante é que, em democracia, a nossa escola sempre foi Rodrigues de Freitas: Iª República e logo após o 25 de Abril até hoje.

Semana das Ciências em Miragaia

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

pelos alunos do 4ºB da EB/JI S. Nicolau

N

o dia sete de Abril, fomos à escola EB 2/3 de Miragaia, comemorar a Semana da Ciência.

Quando lá chegámos, fomos para a sala de reuniões onde ouvimos a história do “Ratinho marinheiro”. Em seguida, fomos divididos em grupos de dez para construir foguetões de papel que, seguidamente foram lançados com a ajuda dos alunos do oitavo ano. Após o lançamento dos foguetões, passámos por diversas salas em que cada uma delas tinha várias actividades para realizar, tais como: jogos didácticos e experiências com diferentes tipos de materiais, sólidos, líquidos e gasosos. Depois de terminar as actividades, voltámos para a nossa escola e estivemos a conversar sobre o que fizemos nessa manhã. Foi uma manhã muito diferente! Todos nós aprendemos muito!

A história do Ratinho Marinheiro

Construção do foguetão

14

Experiências no laboratório

Visita de Estudo ao

Paço Real de Sintra e Palácio Nacional da Pena por Daniela Pinto (Núcleo de estágio de Biologia e Geologia)

A

companhando os alunos do 11º A e a Professora de Português, Ana Lhamas, no dia 25 de Março de 2011, pude admirar a beleza do Paço Real de Sintra e do Palácio Nacional da Pena, situado na Serra de Sintra. Foi demarcável a tentativa de interdisciplinaridade entre as disciplinas Português e Biologia e Geologia. Para além de consolidar conhecimentos abordados no estudo da obra “Os Maias” de Eça de Queirós, através da distribuição de um panfleto produzido pelos alunos, foi possível conhecer algumas características da Serra de Sintra, também conhecida como Monte da Lua. Para além de ser um prolongamento da cordilheira da Serra da Estrela, a serra conta com uma fauna e uma flora riquíssimas, com raposas, salamandras e falcõesperegrino, e com carvalhos, sobreiros e pinheiros mansos. O Paço ou Palácio Real de Sintra sintetiza muitos anos da História de Portugal, desde o domínio árabe e conquista cristã, até à Implantação da República. Daí que a sua arquitectura englobe uma panóplia de épocas e estilos, e ainda a expressão da alma portuguesa os azulejos , colocados no Palácio a ordem de D. Manuel. Sem querer alargar uma descrição que apenas pode ser compreendida pela visita ao Palácio, vou referir o espaço, uma sala, que mais me chamou a atenção: a “Sala das Pegas”. Num tecto de madeira figuram 136 pequenos painéis triangulares, cada um com uma pega pintada, segurando no bico uma serpenteante banda onde se lê “por bem”. Nesta sala eram recebidos os eloquentes do reino, aqueles que falavam bem, estando as pegas directamente associadas a esta característica, à arte de bem falar, ao talento de convencer, exaltar ou comover, falando. Curioso… o simbolismo actualmente atribuído às pegas é o de estas serem chocalheiras e linguarudas, associando-se à arte de bem falar da mulher. Mas devo admitir o meu deslumbre pelo Romantismo do Castelo da Pena, assim também chamado, situado num dos cumes da Serra de Sintra. O Castelo remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II iniciou a adaptação a palacete das ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena. Os majestosos quartos, grandemente decorados; as proporções elevadíssimas de cada divisão; a graciosidade de cada peça de mesa; e os brilhos amarelos e prateados dos pertences de abastados senhores… Com toda a sinceridade, é impossível descrever o que os olhos vêem e quase conseguem tocar, dentro do Palácio. Mas fora, é diferente… O barulho endinheirado é restituído por um silêncio do vento a balançar as árvores e das nuvens a caminharem pelos céus. O frio de Março, que corta a pele e solta uma lágrima dos olhos, ao admirar a beleza no topo do castelo, dissipa-se no calor de memórias de quem, opulento, caminhou por aqueles mesmos paços. Os alunos do 11º A gostaram da visita de estudo… pela beleza destes dois edifícios e pela Serra de Sintra, aproveitando até a hora de almoço para a explorarem. Toda a turma optou por descer a serra no final da visita, a pé, levando a mim e à Professora de Português nesta pequena aventura…

2ª Porque é que se chama Rodrigues de Freitas? O nome Rodrigues de Freitas é dado ao Liceu a 23 de Outubro de 1910, 18 dias após a implantação da República. O patrono da escola, republicano convicto, foi, aliás, o 1º deputado republicano no Parlamento, e aí proferiu (em 1879) um célebre discurso sobre a educação. Mas o seu nome está ligado ao liceu por, além de ser uma figura muito popular e estimada na cidade do Porto, ter como deputado, no Parlamento, saído em defesa da instituição numa acesa polémica que envolveu o liceu e a tutela a respeito da imposição, em 1870, duma nova reforma, quando estava em curso uma outra iniciada dois anos antes. 3ª O Liceu e a partilha das instalações. Em 1840 o então Liceu Nacional começou a funcionar num edifício da Rua de S. Bento da Vitória (antigo convento das Carmelitas), partilhando as instalações com a Academia Politécnica e com uma parte da Academia de Belas-Artes. Actualmente, como no princípio, partilharmos o edifício (construído de raiz para instalar definitivamente o Liceu em 1933), com o Conservatório de Música. 4ª Os estudos clássicos no Liceu. A actividade pedagógica do Liceu começou no ano lectivo de 1840/41, apenas com os professores de Língua Latina, Língua Grega e Oratória (o professor de Ideologia estava ausente e não havia alunos para a Língua Alemã). Hoje, apesar de oferecer uma formação muito diversificada, faz jus às suas origens com o ensino do Latim. 5ª Já ouviu falar da “Universidade da Carvalhosa”? Pois era assim que, de uma forma jocosa, se chamava ao Liceu. E porquê? Porque muitos dos seus professores também o foram na Faculdade de Letras e também porque professores do Liceu foram ministros da Instrução na República: Leonardo Coimbra, que tem uma estátua no jardim frente ao Liceu, foi por duas vezes Ministro da Educação (uma em 1919 e outra em 1922) e Eduardo Ferreira dos Santos Silva, também por duas vezes. Foi o último Ministro da Instrução da Iª República. Em 1919 é criada a Faculdade de Letras da Universidade do Porto pelo ministro Leonardo Coimbra, o qual, logo após deixar o cargo, foi seu (primeiro) director. Extinta em Abril de 1928, pela Ditadura Nacional, Leonardo Coimbra regressa ao Liceu e com ele vários outros, por exemplo, Francisco Torrinha, ilustre lexicógrafo que havia sido reitor interino em períodos entre 1919 e 1924. Jaime Cortesão foi outro professor ilustre. A Faculdade de Letras da UP é recriada em 1961 e o lançamento dos cursos de Filologia Germânica e de Geografia foi coordenado por dois professores do Liceu Rodrigues de Freitas, respectivamente Armando Pinho de Morais e Rosa Fernanda Silva (que foram destacados para o efeito). 7ª Um Liceu misto já no século XIX. A partir de 1895/96 referem as estatísticas que o Liceu era frequentado por alunos e alunas em regime de ensino misto, embora os responsáveis tivessem o cuidado de estruturar as turmas por géneros, tentando reduzir os contactos entre rapazes e raparigas. Em 1914/1915 é criada a Secção Feminina dos Liceus do Porto, na rua de Cedofeita, nº441 (embrião da actual escola secundária Carolina Michäelis). A partir daí, o Liceu, até 1974, funciona como exclusivamente masculino. Hoje, como não podia ser de outra forma, o ensino é misto.


....................................................................Aldeia Global Literatura... falta! por Francisco Melo (Aluno do 12ºE da EBSRF)

C

omeça a ser motivo de preocupação. Nos dias que hoje correm, os pais não incentivam os seus filhos a ler livros. Em vez disso, deixam-nos desde muito cedo criar e gerir contas no Facebook, Twitter, hi5 etc. para "fazer-lhes a vontade" e quando na escola se deparam com um texto para ler em voz alta, a garganta aperta, os soluços começam e o resultado está à vista de todos; a maioria dos jovens não é capaz de ler um texto com uma dicção correcta. Hoje, os jovens quase todos têm (pelo menos) uma conta no Facebook e preocupamse com o facto de terem (ou não) varias centenas de amigos sem o serem de facto. Perdem a sua vida social (porque o Facebook é mais importante) e perdem a sua vida familiar (porque o Facebook, muitas vezes, também é mais importante do que a propria familia). Começam-se discusões e "rompimentos" de namoro, por causa do fb. tambem fazem-se novos amigos (virtuais) por causa desta rede social que, arrisco-me a dizer, virou moda nacional! até o Presidente da Republica já tem a sua página oficial. Onde é que já se viu isto? fazer politica atravez do... FACEBOOK! A verdade é só uma. A juventude ocupa-se das redes sociais, das saidas com os amigos, festas e concertos, mas não se lembram que existem livros, e ficam aborrecidos quando na disciplina de português é preciso ler dois ou três livros no âmbito do plano nacional de leitura. É urgente o incentivo à leitura. É preciso incentivar, de alguma forma, os jovens a lerem e a cultivarem-se porque sem leitura, o país continua "atrasado" mentalmente e isso vê-se pelas conversas dos jovens que, ou é futebol, ou é "Jet-set", ou então fala-se (bem ou mal) das outras pessoas; eventualmente falar-se-á das fotos novas que este ou aquele pôs no Facebook ou no Twitter. O apelo está feito. Agora, jovens, pensem... e façam alguma coisa por vocês mesmos!

A vida social à distância de um clique. por Sofia Alves (aluna do 12ºF da EBSRF) A cadeira da secretária tornou-se demasiado confortável

T

al como tudo, também as redes sociais podem tornar-se vícios demasiado perigosos para a integridade não só de crianças e jovens como também de alguns adultos. O que inicialmente é apenas um site onde se partilham fotografias de férias e jantares de amigos, musicas e vídeos, vai calmamente transformar-se numa disputa; quem tem mais “likes”, mais comentários, qual a pessoa que tem mais amigos adicionados entre outras coisas que o Mundo do Facebook permite. Com o passar do tempo vai aparecendo a necessidade de ficar parecido com…ou ter igual a… A pessoa X já não passa sem ir actualizar o seu estado ou ver qual foi o último comentário que recebeu. Além disto é também mais facilitada a forma como a vida das pessoas é exposta de maneira fácil e nem com a opção de “privacidade” implícita no momento em que criamos a conta faz com que esteja tudo protegido. A verdade é que as opções com que o facebook nos presenteia são de todo louváveis, desde jogos, a concursos, a oportunidade de conseguir ver e apreciar um mix de toda uma sociedade de novos e velhos é inacreditável. Aquilo que há uns anos acontecia apenas quando nos deslocávamos a certos sítios, hoje acontece numa pequena janela que existe dentro de nossa casa. No entanto desenganem-se, os riscos continuam lá. Para quem não consegue aguentar a pressão ou não tem a capacidade de separar as coisas, decerto que este é mais um iminente factor para futuras depressões entre outros distúrbios psicológicos. Afinal todos os dias são uma conquista pelo lugar de “melhores post's”. Na teoria é estranho acreditar que um “pequeno site” possa destabilizar a tantos níveis uma pessoa, na prática este fenómeno já se compreende e é aí que vemos pessoas em estados depressivos que, em alguns casos precisam até de acompanhamento. No fundo podemos ver o facebook como um “Espelho da Bruxa má da Branca de Neve” que nos diz se somos ou não os mais bonitos da web, como todos podemos calcular não é fácil ver nos julgados e criticados perante milhares e milhares de pessoas que todos os dias, de diferentes pontos do Mundo encontram ao acaso a nossa página. Depois de estudos feitos e de acharmos que é tudo inofensivo neste meio, que só acontece aos outros e que nós “somos muito espertos”, esquecemos nos que não há nada que nos transcende mais do que aquilo que não é apresentado à frente dos nossos olhos. Afinal não devemos ser julgados e rotulados através de um clique rápido na internet.

Interrogando as mudanças sociais e educação por Carlos Jorge (Professor da EBSRF) A nossa leitura da realidade não captar todas as experiências vividas e não consegue compreender os variados significado e experiencias humanas que o sujeito experimenta. A nossa compreensão da realidade é sempre parcial. Mas poderemos aproximar-nos de uma melhor compreensão da realidade e das mudanças sociais afinando a nossa sensibilidade interpretativa. Desta leitura da realidade, resumida de maneira inacabada, entrelaçámos aquelas mudanças sociais que de modo mais significativo influíram nas práticas educativas. a) A revolução tecnológica A Televisão, a era digital. As novas tecnologias. O uso convulsivo das novas tecnologias por parte dos jovens e adolescentes coloca em perigo, em muitos casos, algumas aquisições atitudinais necessárias à convivência e ao desenvolvimento de novas sociabilidades (!?). Os efeitos secundários da sua utilização desmedida comporta podem determinar a privação de habilidades, o individualismo, a escassa capacidade de imaginação, o infantilismo, o consumismo, as dependências e a aculturação do banal, etc (!?). Com frequência a família preocupa-se mais com a localização física dos seus filhos e filhas do que com as paginas da internet que visitam, com quem comunicam nos chats, com o tipo de videojogos que utilizam ou com os programas que vêm na televisão. Estão preocupados fisicamente e não tanto moralmente (!?). As novas tecnologias, desde a televisão até à internet, transmutaram muitos dos nossos valores (?!). A internet é um reflexo da nossa realidade virtual (?!). Devemos demoniza-la (?!). Ou aprender a lidar com esta nova realidade ajudando os jovens e adolescentes a utilizar estes veículos digitais (?!). O zapping que se pratica em frente ao televisor serve para ilustrar a ideia de que muitos destes jovens e adolescentes praticam o zapping sensorial, mental e atitudinal em muitos aspetos da sua vida quotidiana (?!). Este zapping repercute-se de maneira especial nos comportamentos dos nossos alunos provocando algumas disfunções na convivência diária na aula (?!). b) Mudanças na estrutura familiar Existe uma profunda mudança na estrutura social da família e no seu núcleo familiar (?!). A (sua) frágil geometria dos afetos e de conflitos é como um espelho partido em algumas ocasiões e coloca dificuldades à necessária colaboração da família com a educação e com a escola (?!). A dedicação exclusiva de pais e mães a uma atividade profissional transmuta as relações familiares (?!). A herança cultural que a família transmite aos seus filhos é importante para a educação (?!). Sendo, por isso, igualmente importante que os educadores e professores analisem os canais de transmissão dessa cultura (?!). c) Os movimentos migratórios Os movimentos migratórios estão atravessando as fronteiras do nosso país e emergem como novas e estranhas culturas na sociedade (?!). A interculturalidade é um desafio social que exige um adequado procedimento curricular (!?). É necessário orientar a educação da e para a cidadania e recrear espaços de convivência para compartilhar os bens culturais e económicos (!?). As políticas que foram seguidas relativas à imigração têm sido denunciadas pelos movimentos pacifistas (?!). Recordemos a eliminação das culturas ou genocídio, o apartheid ou a segregação, a assimilação, o fenómeno do etnocentrismo etc. (!?). Admitir o multiculturalismo não é suficiente (!?) porque vivemos em sociedades liberais que admitem os direitos individuais (!?). Uma cultura é uma cosmovisão com distintas visões de vida e do mundo que deverá ser capaz de articular os direitos individuais e os coletivos (!?). A cidadania multicultural deve transmutar-se numa cidadania intercultural (!?). Para construir uma convivência democrática é necessário que a educação seja plural e que tenha em conta a diversidade cultural (?!). No diálogo entre culturas existe uma pergunta que deveremos fazer: quem pode determinar o que se deve ou não aceitar nas diferentes culturas? Deveremos decidir interculturalmente (!?), pelo facto de as culturas serem dinâmicas e se modificarem com as influências de outras culturas (!?). Para aprender a conviver interculturalmente é conveniente educar tendo em

consideração que todas as culturas e todas as pessoas são portadoras de hibridismos (!?): O Teu Cristo é judeu O teu carro é japonês A tua pizza é italiana A tua democracia é grega Os teus números são árabes As tuas férias são turcas O teu café é brasileiro O teu ipad é fabricado na china O teu pai foi i(e)migrante O teu país colonizou outros A tua mãe é Angolana O teu vizinho é estrangeiro d) Modificações laborais As vias para entrar no mundo do trabalho estão em contínuas e aceleradas transformações. Já não são as especializações que mais contam para o acesso ao posto de trabalho, mas sim a capacidade de a ele se adaptar (!?). Nas últimas décadas a educação na escola era entendida como uma etapa de preparação para o exercício de uma profissão (!?). Este vínculo era tão estreito que o êxito na escola, do sistema educativo, se media pelo êxito profissional (!?). Mas a escola já não pode garantir um futuro profissional aos alunos (!?) o que deve garantir é um tipo de aprendizagens para a mudança profissional ao longo da vida laboral (!?). Os professores têm a perceção de que o sistema educativo está (ainda) organizado para a transmissão de conhecimentos que fazem dos alunos marrões (!?) e hoje o mercado laboral não requer este tipo de perfil (!?). São necessárias aprendizagens de procedimentos e habilidades que complementem a especialização e que esta, por sua vez, tenha uma dimensão de aprendizagens úteis para a vida, tais como a capacidade para elaborar e gerir projetos, capacidade para trabalhar em equipa, capacidade para a aprender, dialogar, iniciativa e criatividade (!?). É necessário valorizar a educação na escola não como uma etapa transitória que nos pode preparar para o exercício de uma profissão mas como um momento importante da vida (!?). Viver é conviver. A educação escolar deve cooperar na construção de projetos de vida, no desenvolvimento da capacidade critica, na escolha das opções; deve oferecer afeto, amizade e o exemplo dos adultos no processo de desenvolvimento físico e moral dos alunos. (!?) e) As novas cidadanias Outra tarefa da escola é a de ser o motor de mudanças para as novas cidadanias (!?). A tarefas dos educadore(a)s, e professore(a)s é a de colaborar na construção de cidadãos e cidadãs (!?). A educação para a cidadania é plural e inclui a cidadania: democrática (que modelo de democracia: participativa, representativa, deliberativa) social (educação para a solidariedade: nova consciência social acerca da exclusão e descriminação), paritária (educação para a igualdade: direito da pessoa a aceder à cultura e à educação para ter melhor qualidade de vida e lutar contra a desigualdades), intercultural (convivência na diversidade: educar para o valor da pluralidade e diversidade como riqueza e não como obstáculo), ambiental (a educação ambiental é necessária para a defesa e preservação do planeta: é necessário uma nova ética e firmar um contrato natura que, tal como Rousseau com o seu contrato social, reclame a defesa da natureza) (!?). Educar com estas novas cidadanias não pressupõe aumentar o currículo escolar, mas sim trabalhar com convicção e utopias para que todas as pessoas a assumam como atitude e modelo de práticas educativas (!?). Conflitos e convivência escolar As demandas das mudanças sociais que analisamos repercutem-se na convivência escolar, provocam tensões, conflitos e contradições. A sociedade é cada vez mais exigente com a qualidade da educação não significando isto um maior compromisso com ela. As contradições entre as demandas sociais e a escola criam constantes tensões no âmbito da educação que afetam toda a comunidade escolar (!?). Devemos evitar, no momento de abordar um conflito escolar, a estratégia do frentismo e reduzir as suas causas a uma das suas partes: seja ela do alunos(a), da família, d(a)o educador(a), do professor(a), da direção escolar, do sistema educativo ou da sociedade (!?). O diagnóstico deve ser global pois não devemos responder aos problemas complexos com respostas simples (!?). É necessário abordar as origens do conflito a partir das múltiplas perspetivas de que ele é percebido (!)?. O tratamento das situações conflituais dentro da instituição escolar exige que se entenda a sua origem complexa e a multiplicidade de variáveis sobre as quais deveremos ponderar (!?).

15


O encanto das letras......................................................... Quando os marcianos desceram a Avenida 5 de Outubro Por Gonçalo Guido (Professor da EBSRF)

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

A

Dona Graciete compreendeu finalmente que a Senhora Ministra estava ocupada ao telefone, deixando pois de a massacrar directamente. No entanto, a alternativa que escolheu foi ainda pior. Puxando pelo braço frágil de Vanessa, com a sua manápula imponente, que mais parecia uma tenaz, transferiu para a Secretária da Senhora Ministra a direcção dos queixumes. Só que a Dona Graciete era uma daquelas pessoas que murmuram mais forte do que falam: ao pretender sussurrar “discretamente” as razões da sua fúria, encheu a sala com os requebros da sua voz roufenha. E a Senhora Ministra já precisava de gritar para se fazer entender ao seu próprio telefone. Como se a restante gritaria não fosse suficiente, Vanessa, por cima do insuportável ruído ambiente enquanto a Dona Graciete lhe berrava ao ouvido e a própria Senhora Ministra, esbaforida, procurava apressadamente acabar a já longa conversa telefónica com o seu homólogo esforçava-se agora por transmitir ao seu superior o que o engenheiro informático lhe dissera do outro lado do seu fio! Era medonho, era patético, era uma verdadeira feira! António sentiu-se a mais naquele lugar. Pareceu-lhe, de súbito, que nada tinha a ver com aquelas personagens pitorescas que se agitavam febrilmente à sua frente, dirse-iam marionetas de um artista pouco talentoso… Levantou-se, sobraçando os seus pobres dossiers, e caminhou para a porta com uma expressão de lassidão no rosto. Expressão que durou tão-só alguns segundos, pois depressa se transformou em estupefacção. Com efeito, António Gusmão acabara de enxergar, do lado de fora da janela (e estava-se num quinto andar) dois tubos

Dia da Árvore

Trabalho de grupo

pelos alunos do 2ºA da EB/JI S. Nicolau Nas árvores dão oxigénio para respirarmos. As árvores dão sombra, resina, papel e flores. Os animais fazem os ninhos nas árvores. Na Primavera, as árvores enchem-se de folhas verdinhas e flores. Devemos proteger as árvores. Não devemos cortar as árvores.

grossos, quais duas antenas bizarramente esverdeadas, com luzinhas nas pontas, a mexerem, a roçarem nos vidros. Por poucos momentos, o cenário fixou-se nestas posições, numa espécie de introdução a todos os acontecimentos rocambolescos que iriam desencadearse: a sala imersa numa enorme anarquia, com os actores menores alheios ao drama que se vivia junto àquela janela, onde António, petrificado, seguia as antenas que, como que hesitantes, avançavam e recuavam no exterior da janela. Este intervalo de tensão desfez-se brutalmente quando a janela foi estilhaçada com estrépito e um estranhíssimo objecto, com as antenas à frente, pingando água e pisando os cacos de vidro disseminados no soalho, penetrou desajeitadamente no gabinete. A configuração da coisa era incrível, quase grotesca. Teria um metro e meio de altura. Era verde, um verde metálico, brilhante e aparentemente viscoso. Era gorda, qual saco de batatas, com duas membranas espalhadas uma para cada lado, a servirem de pés, e uma espécie de cabeça, espalmada, terminando nas tais antenas enormes, com duas bolinhas luminosas nos extremos. O brilho que irradiava do corpo, muito estranho, muito forte, fazia doer os olhos. O todo resultava insólito, deselegante, desconfortável. Aliás, António preferiria que tudo aquilo fosse um sonho mau, do qual sairia com muito prazer. Como que por encanto, a completa desordem que havia pouco imperava no local cessou, congelada pelo espectacular aparecimento do intruso esverdeado. Todos os comparsas presentes, alarmados pelo violento estilhaçamento da janela, encaravam o objecto andante sem proferir uma palavra. Os únicos sons que se podia ouvir provinham de dois telefones, que a Senhora Ministra e Vanessa maquinalmente seguravam ainda, dos quais se desprendiam vozes esmaecidas e da própria coisa que, atrapalhada, marchava em círculo, partindo vidros e chocando com cadeiras, sofás e com os dossiers que o funcionário do arquivo entretanto s, numa

espalhara. Este continuava de joelhos, numa posição de prosternação face ao objecto, que, noutras circunstâncias, se poderia pensar de origem religiosa… Passaram assim alguns instantes intermináveis. A primeira voz humana que quebrou a penosa indecisão gerada foi, para gáudio do escalonamento hierárquico governamental, a da própria Senhora Ministra, que conseguiu articular as seguintes palavras: “O PrimeiroMinistro! Alguém avise o Primeiro-Ministro do que se está a passar!” Ninguém entendeu a necessidade de avisar o chefe do Governo, mas também ninguém pensou em cumprir a ordem que a Senhora Ministra emitira. E assim, uma vez mais, um despacho de um alto funcionário do Governo ficava sem a devida execução! Que espanto… No entanto, foram estas frases infelizes duas mais entre tantas outras que tiveram o condão de fazer António emergir do torpor em que mergulhara desde que aquele corpo se introduzira no gabinete. Com uma clarividência fria, percebeu então que estava defronte de um ser extraterreno. Sim, só podia ser isso! Afinal, sempre existiam seres vivos sem ser na Terra, e aí estava um, que aterrara no seu Ministério. Não havia do que duvidar. António Gusmão era um materialista, acreditava no que via, e, defronte dos seus olhos, arrastava-se com evidente atabalhoamento um objecto animado, que andava, quebrava vidros e que, pensando com calma e apesar de tudo, até lembrava vagamente a estrutura de um animal terráqueo. Era óbvio que se tratava pois de uma manifestação viva gerada fora da Terra, um bicho, uma pessoa, enfim, um vivente de algures no espaço, um habitante de qualquer planeta perdido que agora aparecia logo naquele (organizado?) edifício. António empertigou-se. Havia que tomar uma decisão, ultrapassando aquele impasse doloroso. Deu uma olhadela em redor e confirmou a convicção de que as restantes pessoas que trabalhavam naquele gabinete não tomariam decerto a avaliar pelos últimos meses qualquer iniciativa inteligente nos tempos mais próximos. Compenetrou-se então da importância histórica da situação e da superioridade natural dos homens que, no momento certo, assumem a responsabilidade do destino.

Fecho os olhos. Imagino-te

Sem medo

por Diana Teles (Aluna do 9ºB da EBSRF)

por Maria Tojal (Aluna da Turma Mais)

C

S

abelo prateado e com um sorriso meigo. Rugas preenchem-te a testa e emolduram-te os olhos; todas elas têm uma história para contar como páginas amarelecidas e gastas de um livro antigo que ninguém parece querer ler. Mas eu quero. Quero ouvir a tua voz débil e calorosa a segredar-me ao ouvido os teus tempos de menina e como te tornaste mulher. Não me importa quantas vezes as repitas, pois vou sempre escutar com toda a atenção como se fosse a primeira vez. Quero confidenciar-te as minhas angústias, ouvir os teus conselhos sempre tão assertivos e o “vai correr tudo bem” que me faz acreditar num amanhã melhor. Vais falar-me da saudade que tens do passado em que tudo parecia tão certo como o nascer do Sol e do receio do futuro que espreita pela janela dos teus medos. Em seguida vais tentar conter as lágrimas que querem tão desesperadamente brotar dos teus olhos e eu vou segurar te a mão dizer que te amo. Permaneceremos em silêncio. De súbito, um sorriso rasgado vai iluminar tua face. É assim que te imagino, avó. Posso não te ter conhecido, não ter tido uma memória à qual me agarrar, mas sei que foste uma lutadora e uma pessoa maravilhosa pois deixaste pequenos pedacinhos teus na melhor mãe do mundo.

er corajoso é viver todas aquelas situações que te assustam de morte, todos os dias.

Coragem, é apaixonares-te loucamente de novo, mesmo que te tenham magoado recentemente. É voltar, e voltar a lutar por aquilo que queres, embora sempre que o tenhas feito não tenhas conseguido. É corajoso ter fé que um dia tudo melhore. É ter força para dizer adeus a quem só te prejudica, mesmo sabendo que não conseguirás respirar sem ela. És corajoso se te apaixonas por alguém próximo de ti tendo a noção que essa pessoa está feliz com outra. E se alguém te pede desculpas vezes suficientes por coisas que não vai parar de fazer, eu penso que é um acto corajoso parar de acreditar nessa pessoa. É corajoso dizer “Não, tu não estás arrependido” e ir embora. Ser corajoso não é não possuir medos ou dúvidas, pelo contrário, é ter montes de fraquezas.

Gosto de ti por Edgar Castro (aluno da Turma Mais)

16

Hoje, parei para pensar, deitei-me naquele chão frio e solitário. A única coisa em que conseguia pensar era nela. O que fiz eu de errado, para não conseguir tê -la?! Já tentei esquecer-te, mas não consegui.

Penso em ti a todos os momentos. Penso como tudo seria diferente, se estivesse contigo… Mas pensar não adianta. Amar é uma palavra forte, mas neste caso é muito fraca para poder descrever o que sinto por ti. Não gosto de ti pela tua aparência, mas sim pela pessoa que és.

Gosto de ti por muitas razões… Mas a principal é pela pessoa que te tens revelado. Só quero que saibas que estou aqui à tua espera. À espera que penses e repenses sobre este texto, ou sobre este assunto. Embora nada vá mudar decido fazê-lo, apenas por ti.

pub

Multi-Serviços Ópticos Guedes Ópticas

Optometria | Contactologia | Consultas Permanentes

Rua de Cedofeita, nº 236 | 4050-174 Porto | Tel. 222 057 085 | Fax: 222 086 019


.................................................Curiosidades e passatempos As 7 diferenças

Descobre as sete diferenças que existem entre as duas imagens (Solução em http://etc-blogspot.com) por Hélder Marques (aluno do 12ºF da EBSRF) a partir de uma pintura de Joan Miró

Graffiti, arte urbana? por Diogo Matos Rodrigues (aluno do 9ºB da EBSRF) um fenómeno que podemos integrar nas manifestações da chamada contra-cultura, a partir da qual jovens urbanos, registam as suas expressões artísticas, uma espécie de grito social dos oprimidos e excluídos. O graffiti urbano é assim uma marca que evoca a nostalgia da identidade e da memória. Uma forma ingénua e plástica de anunciação juvenil, num mundo massificado e globalizado. Os primeiros graffiti´s datam desde do Império até a nossa actualidade, “são uma forma de expressão através da gravação/inscrição de um desenho num suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade”.Actualmente é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do Grafite ao do Rabisco, que é bem mais controverso. São uma forma de afirmação social que pretende apoiar a contra-cultura, uma cultura em que há uma hierarquia dentro da cultura underground, na qual o “King” é o estatuto máximo e “toy” o mais baixo e menosprezado equivalente aos rabiscadores. O graffiti em Portugal tem ganho muitos adeptos neste últimos 15 anos tendo o seu “Boom” por meados de 1998 e 2002 com a expansão do Hip-hop. Hoje, temos uma geração de Writers experientes e conhecedores , e por um lado uma outra geração mais recente que não possui a maturidade e a experiência estética e ideológica dos primeiros. O graffiti foi perdendo a sua dimensão de contracultura, de marca urbana que contestava a ordem e status quo, e aparece mais como uma necessidade de afirmação de um “Eu” mais hedonista próprio de uma sociedade vazia e efémera. Uma espécie de Kitsch urbano, que vai ampliando os seus registos pelas ruas, pelas paredes de casas e prédios, que ocupa espaços marginais e canónicos da cidade. Umas vezes com nexo e sentido social, outras sem nenhuma intencionalidade a não ser a de querer impor uma presença anónima e saturante de uma linguagem esteticamente agressiva na forma e no conteúdo.

É

Bifes à roda viva

Receitas culinárias por Glória Rocha (Coordenadora do Pessoal Assistente Operacional da EBSRF)

Salada de frango com maçã e iogurte

Ingredientes: 2 peitos de frango; 4 cebolas pequenas; 1 chávena de aipo às tirinhas; 2 maçãs ácidas; 1 iogurte magro; 1 cenoura atada com 2 folhas de louro; salsa, cebolinho, manjericão, q. b.; vinagre, óleo de milho, sal, alface e salsa picada, q. b.. Cozinhe o frango juntamente com a cenoura em muito pouca água. Tempere com sal. Limpe a carne de peles e ossos e desfie-a em pedacinhos uniformes. Coloque numa taça e junte as cebolas cortadas às rodelas muito finas, o aipo e as maçãs cortadas aos cubos, com a casca. Tempere com óleo, vinagre e salsa picada. Verta o iogurte e envolva bem. Guarneça com alface.

Ficha técnica do Jornal Etc... Propriedade: Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas. Porto Contactos: E-Mail: etc.jornal@gmail.com Url: http://etc-jornal.blogspot.com

Ingredientes: 1 kg de batatas; 6 bifes do vazio; ½ kg de cebolas; ½ kg de toucinho fumado; 1 cerveja pequena; sal, pimenta, óleo e salsa, q. b.. Tempere os bifes com um pouco de sal e pimenta. Descasque e corte as batatas aos quadradinhos e cozaas. Corte as cebolas às tiras. Numa frigideira, salteie as batatas em óleo bem quente. Salteie também os pimentos cortados às tirinhas. Noutra frigideira, refogue a cebola e o toucinho cortado às tiras e junte os bifes. Deixe apurar uns minutos e regue com cerveja. Tape o deixe ferver 2 minutos. Deite a carne sobre as batatas. Polvilhe com salsa picada e sirva.

Sobremesa veloz

Ingredientes: 6 bananas maduras; 1 chávena de açúcar mascavado; 2 copos de iogurte natural. Leve ao lume o açúcar com meia chávena de água, mexendo sempre até derreter. Adicione as bananas descascas e sem os fios e mexa até se desfazerem por completo. Retire do lume e desfaça o doce no liquidificador. Junte o iogurte e misture bem. Deite em tacinhas e leve ao frigorífico. Sirva bem gelado, decorado com fatias de banana e uma cereja ao centro. Pode substituir o iogurte por creme de coco, o que lhe dará um sabor muito agradável.

Envia os teus trabalhos para:

etc.jornal@gmail.com Consulta as recomendações para envio dos trabalhos no nosso Blogue!

Telefone: 226 064 829 Fax: 226 062 701 Morada: Praça Pedro Nunes 4050-466 Porto Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=1829508968

pub

Twitter: http://twitter.com/etcjornal Nome do Jornal: Tomás Rodrigues (11ºA) Logótipo: Hugo Oliveira (ex-aluno) Coordenação: Eduardo Miguel (Professor) Redacção: Clara Costa (3ºB); Carolina Monteiro (3ºB); David Costa (4ºB); David Amaral (4ºC); André Teles (7ºB); Barbara Guedes (7ºA); Daniela Brito (7ºB); Diogo Reis (7ºB); Fábio Araújo (7ºB); Gabriela Sofia (7ºB); Tiago Leite (7ºB); Luís Marques (8ºA); Bernardo Monteiro (9ºB); Diogo Rodrigues (9ºB); Dinis Loyens (9ºB); Edgar Castro (9ºA); Filipe Teixeira (9ºB); Maria Inês Pessegueiro (9ºB); Miguel Guedes (10ºA); Margarida Cardoso (11ºA); Hélder Marques (12ºF); Francisco Melo (12ºE); Sofia Alves (12ºF); Mário Alexandre Sá (12ºCCT) Glória Rocha (Coordenadora do Pessoal Assistente Operacional); Alda Saraiva (Professora); António Augusto Cunha (Professor); António Lima Reis (Professor); Beatriz Marques da Costa (Professora); Helena Salgado (Professora); Isa Monteiro (Professora); Maria José Ascensão (Presidente da C.A.P.); Noémia Ferraz (Professora) Revisão: Alunos e professores da EBSRF Fotografia: Diogo Reis (7ºB); Tiago Leite (7ºB); Bárbara Almeida (12ºF); Bernardo Machado (12ºA); Hélder Marques (12ºF); Nuno Almeida (12ºF); Sofia Marisa (12ºF) Ilustração: Miguel Falcão (7ºB); Manuel Vieira (10ºB); Luís Moreira (12ºF) Distribuição: Clara Costa (3ºB); Carolina Monteiro (3ºB); David Costa (4ºB); David Amaral (4ºC); André Teles (7ºB); Daniela Brito (7ºB); Diogo Reis (7ºB); Gabriela Sofia (7ºB); Mariana Maltez (7ºB); Tiago Leite (7ºB) Design, Paginação, Blogue e Newsletter: Eduardo Miguel Marketing e publicidade: Diogo Rodrigues (9ºB); Filipe Teixeira (9ºB); Miguel Guedes (10ºA) Facebook: Hélder Marques (12ºF) Twitter: Bárbara Almeida (12ºF)

17


Beatriz Almeida (Aluna do 12ºF )

No berço da francesinha à moda do Porto

Beatriz Almeida (Aluna do 12ºF )

Repórter Etc.....................................................................

por Bárbara Almeida, Beatriz Almeida e Nuno Almeida (alunos do 12ºF da EBSRF)

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

N

ascido no seio de uma família de emigrantes na França e na Bélgica, Daniel David da Silva foi o grande criador da tao famosa e apreciada francesinha. Nasceu em Portugal, mas desde novo que foi para a Bélgica e após um curto período de tempo foi para França. Enquanto estava na França, ele fazia umas sandes apelidadas de croque-madame e de croque-monsieuresta última foi “usada” para ser a francesinha. Enquanto lá estava, tinha um amigo, que era o dono do Hotel Batalha e de “várias casas de refeições” pelo Porto convidou-o a trabalhar para ele dando-lhe uma cota de 10% por cada croque-monsieur. O nome “francesinha” é uma história engraçada, na época dos anos 50. Na França as mulheres já usavam a mini-saia, enquanto que em Portugal ainda usavam os vestidos compridos, braços tapados, lenços na cabeça… E por essa razão, Daniel Silva dizia sempre que “as mulheres mais picantes são as francesas”. Veio para o Porto e foi trabalhar para o restaurante A Regaleira na Rua do Bonjardim e lá começou o grande negócio da francesinha. Nos seus primeiros anos, a francesinha era uma pequena refeição servida como lanche da tarde e mesmo ceia para aqueles que saíem dos inúmeros espaços de lazer a que dantes o porto estava habituado, como o teatro e os primeiros cinemas. Hoje em dia, vários outros restaurantes já confeccionam a francesinha por causa de antigos trabalhadores se terem mudado e terem aberto novos estabelecimentos, mas o que nunca ninguém sabe e vai saber é fazer o “verdadeiro molho da francesinha”. Como o Sr. António (actual co-proprietário do restaurante) disse “ ele levou a receita com ele para a cova quando morreu e por isso é aqui o sitio em que o molho é mais parecido com o original”, pode-se dizer que sim pois os cozinheiros que ainda estão aqui conheciam Daniel Silva e de vez em quando podiam ver o molho a ser confeccionado, pois apesar de ser produzido diariamente é num local escondido. E isto é o “carta de visita” desta casa com 50 anos de confecção de Francesinhas, e por opinião de quem já lá foi, é quase como “um manjar dos deuses”.

O Etc... esteve na festa dos campeões! por Bernardo Machado (aluno do 12ºA da EBSRF)

D

Beatriz Almeida (Aluna do 12ºF )

18

ia 8 de Maio de 2011, Estádio do Dragão. É este o dia em que o F.C. Porto - reconhecido como o clube mais representativo da nossa cidade recebe o troféu de Campeão Nacional 2010/2011, depois de uma época sem derrotas para o campeonato até à 28ª jornada. Perspectiva-se uma noite de grande festa e emoção, pois para além dos motivos óbvios, o estádio esteve praticamente lotado: 48 309 espectadores acompanharam o jogo nas bancadas. Como grande acontecimento, o Jornal ETC esteve lá, no estádio do Dragão, a cobrir este grande acontecimento, por intermédio de dois repórteres: Bernardo Machado, na Bancada de Imprensa e, Beatriz Almeida no relvado, a fazer a cobertura fotográfica da noite. Às 20:00h em ponto, a taça estava pronta a ser entregue, à saída do túnel. Entretanto desfilaram no relvado a equipa de Andebol, que se sagrou campeã no sábado passado e, também a equipa de sub-19 do FC Porto que, igualmente se havia sagrado campeã recentemente. Ambas as equipas foram fortemente aplaudidas. O ambiente no estádio estava digno de uma grande noite de futebol. Os jogadores do Paços de Ferreira entraram em campo e alinharam-se para receber o plantel portista no relvado. Começou a soar o hino do FC Porto. Os jogadores do Porto entraram em campo e foram felicitados pelos jogadores do Paços de Ferreira e, obviamente, também pelo público. Falcão foi cumprimentado e recebeu o prémio de melhor jogador do mês, referente ao mês de Abril. Pinto da Costa entrou no relvado e cumprimentou os seus jogadores, à medida que estes foram recebendo das mãos de Fernando Gomes, presidente da Liga, uma miniatura do troféu. A taça foi entregue a Helton, Mariano e Falcão e, prontamente partilhada com os restantes companheiros, que se juntaram para apreciar a taça. O público, de pé, aplaudiu. Entoaram-se vários cânticos. Às 20:15h, o árbitro Cosme Machado fez soar o apito. Quando falamos de futebol, falamos de golos, e esses apareceram no Estádio do Dragão. Para os lados da Invicta, quando se fala em golo, em quem se fala? Sim, esse mesmo: Falcão. Foi ele o autor do primeiro golo da noite, que surgiu logo aos 8 minutos, depois de um livre batido por James Rodriguez. O público, evidentemente que festejou, gritando por Falcão. Estava assim dado o primeiro passo para uma noite que se adivinhava de festa e, para continuar a luta rumo a um marco histórico: terminar o campeonato sem qualquer derrota, algo que apenas o Benfica alcançou até à data. O ambiente no estádio nunca esmoreceu, desde o apito inicial que o público aplaudiu e entoou cânticos de incentivo aos jogadores. Fez-se a onda por diversas vezes, gritou-se, aplaudiu-se, chamou-se pelos jogadores, até a voz não deixar. O ambiente era realmente fantástico, digno de uma grande partida de futebol e, destaco, que o Jornal ETC esteve lá para acompanhar a festa. Aos 41m surgiu o segundo golo, marcado pelo Incrível Hulk, depois de este ter recebido um passe fantástico de James Rodriguez, que o isolou perante o guarda-redes. Apenas teve de o fintar, e atirar para a baliza deserta. A segunda parte abriu com o Paços de Ferreira a facturar, por intermédio de Pizzi, aos 47 minutos, depois de um erro de Rolando. No entanto, o Porto não esmoreceu e, 5 minutos depois, aos 53 minutos, o camisola 9 Falcão, bisou na partida. Aos 58 minutos Hulk caiu na área reclamando grande penalidade, o árbitro não atendeu e, no seguimento da jogada, em contra-ataque, Pizzi bisou na partida e reduziu para 3-2 a vantagem do Porto, devolvendo a incerteza ao resultado. Para os portistas, chegou a preocupação aos 62 minutos: não por a sua equipa sofrer um golo, mas pela eventual lesão de João Moutinho, que saiu lesionado após entrada dura de Nelson Oliveira que, aliás, recebeu ordem de expulsão. Aos 87 minutos, deu-se a surpresa no marcador: o Paços de Ferreira empatou o encontro por intermédio de, mais uma vez, o camisola 31 do Paços, Pizzi, que

assinalou um grande golo, numa grande noite, fazendo um hat trick. Terminou o jogo, com o resultado final de 3-3. A equipa de arbitragem foi fortemente visada pelos adeptos, que fizeram questão de “brindar” os árbitros com um monumental coro de assobios. No entanto, esta não era noite para tristezas, mas sim a noite de comemorar o 25º título de Campeão Nacional do FC Porto. Saíram os jogadores, entraram homens, desenrolando um tapete azul, outros trazendo o palco, que se montou para a festa. Apesar do empate, o público cantou energicamente pelo seu clube. Não houve um único adepto que abandonasse o estádio após o apito final, ninguém queria perder a festa. A onda voltou a agitar o estádio, que só parou porque passou um vídeo, mostrando os novos campeões de Portugal. Já ninguém se lembrava que este jogo tinha terminado com um empate. Palco montado, pirotecnia pronta, era hora de virem os actores do belo campeonato deste ano. Mas antes disso, tivemos no relvado uma coreografia de habilidosas bailarinas. Quando estas terminaram a sua actuação, as luzes desligaram-se e ouviu-se: “Campeões sem Luz, Campeões sem Luz”, numa clara alusão ao título conquistado no Estádio da Luz, em que, como todos sabem, as luzes foram apagadas quando o jogo terminou. Os jogadores entraram no estádio, debaixo de aplausos e euforia, um de cada vez, acompanhados das suas famílias, num trajecto desde o túnel, até ao centro do relvado, onde se encontrava o palco. João Moutinho, foi dos jogadores mais aplaudidos e aclamados, mas teve a forte concorrência de Falcão e do Incrivel Hulk. À medida que entravam, um holofote apontava sobre os jogadores, acompanhando o seu percurso até ao palco, onde se juntavam aos colegas e, esperavam pelos colegas que ainda haviam de vir. A seguir aos jogadores, seguiu-se a equipa técnica e a seguir, talvez o homem mais aplaudido, o Mister André Villas Boas. Com todos no relvado, de luzes apagadas, ouviu-se “We are the Champions” e também o hino do FC Porto. Os jogadores estavam eufóricos e seguiu-se uma demorada volta olímpica ao relvado. A festa demorou largos minutos, entre sorrisos, fotografias e muitos, muitos pulos de alegria. Para André Villas Boas, os festejos no relvado tinham terminado, seguiu-se a conferência de imprensa e, como não podia deixar de ser, o Jornal ETC também lá esteve. Acompanhei a conferência de imprensa e tive inclusive a oportunidade de colocar uma pergunta ao treinador campeão: “André Villas Boas, no início da temporada disse que ocupava a sua cadeira de sonho. Para o ano, os adeptos do Porto vão ter a sorte de o ver novamente sentado nessa cadeira?”, ao que respondeu: “Sim, eu tenho respondido a essa pergunta. Não vejo nenhuma razão porque isso não acontecerá”. Terminada a conferência de imprensa, tive ainda a oportunidade de tirar uma fotografia com o treinador. Meninas, não fiquem com inveja!!! Resumindo, foi uma noite alegre, de festa e euforia, da consagração do título de Campeões Nacionais e, o JORNAL ETC ESTEVE LÁ! Mais fotografias em: http://etc-jornal.blogspot.com


Sofia Marisa (Aluna do 12ºF )

.....................................................................Repórter Etc

Apresentação de “Disco Voador” pelos Clã na Casa da Música por Maria Sousa (aluna do 12ºF da EBSRF)

A

sala Guilhermina Suggia da Casa da Música encontra-se cheia de espectadores; vêem-se umas parabólicas suspensas na parede do fundo do palco, que por si se inclina ligeiramente, e os instrumentos musicais estão colocados de maneira assimétrica: a bateria no fundo, o baixo e a guitarra acústica à frente, acompanhados das teclas e do piano, e no centro está, obviamente, o microfone. As luzes apagam e entra sorrateira na sala pelo lado esquerdo uma pessoa a segurar uma lanterna e a caminhar por entre o público até chegar ao palco. É a vocalista, Manuela Azevedo. Aponta-se um holofote na sua direcção e começa a falar sobre bichos num tom de história infantil… O palco fica unicolor e umas luzes em espiral, projectadas por cima, começam a girar em torno no palco: deu-se início à música. Bastante energética, a canção fala sobre o real e o verdadeiro amigo, que deve existir em carne e osso e não através de um ecrã, num computador. Suponho que sirva de crítica à juventude de hoje em dia e a sua maneira peculiar de socializar e de julgar. Nas parabólicas coloridas ilustra-se agora a música através de palavras e imagens projectadas, o que não deixa de ser uma ideia interessante. De seguida principia outra música, que se dirige a um tal de Mestre Hermeto e à sua loja, mantendo o tom infantil nas letras e na interpretação. A cor das luzes varia entre tonalidades fortes e coloridas, como o laranja, o roxo e o verde. “Era uma vez uma palavra com tantas sílabas que ninguém consiga dizê-la… e isso é triste porque as palavras são para se dizer. (…) Decidiu então emigrar e foi para um sítio onde toda a gente gosta de a dizer, mesmo sem saber o que significa” explica a vocalista numa declaração um pouco irónica e, mais uma vez, analítica. Novamente alegre e traquina, a letra da música que começa está repleta de onomatopeias. O espectáculo de luzes é agora intensificado e projectam-se “smiles” nos ditos tambores. “É um prazer estar aqui na casa da música…” expressa Manuela e agradece o facto de estarem presentes crianças de várias idades e lembra que este é um concerto destinado às mesmas. Discursa depois sobre algo que acontece em todas as idades - a paixão - e segue por afirmar que “amar é lindo, mesmo que amemos uma pessoa feia”. De acordo com o ambiente, a sala enche-se de tons rosa. A letra da canção que se segue é engraçada, aponta os defeitos da rapariga e do rapaz que formam um casal e anota que, apesar desses mesmos defeitos, o amor que sentem um pelo outro não esvanece. E nisto, os casais à minha volta enchem-se de carinho. A vocalista conversa sobre a separação dos sexos em criança e como os rapazes são umas pestes e as meninas são, pronto, meninas, pega numa pandeireta e começa a cantar. Há, logicamente, diferenças entre os dois e criaram-se estereótipos acanhados por esse mesmo

facto. Verifica-se repetidamente uma grande preocupação com a mensagem transmitida através da palavra. “Era uma vez um pássaro que tinha vertigens e, por isso, tinha receio de voar (…) certo dia caiu duma árvore e quando estava mesmo quase a chegar ao chão, bateu asas e perdeu o medo! E percebeu que voar era, afinal, óptimo” conta, mais uma vez, Manuela. A música é a voz da cantora e o piano, os outros membros da banda viram as costas e as luzes iluminam a sala de tons de azul claro. Parece uma canção de embalar, muito calma e leve. Trata do medo de crescer e como tudo muda quando a criança deixa de ser criança e as pernas esticam, os braços crescem e os pêlos nascem. Grande interpretação por parte de Manuela, que sente profundamente o que representa. “Chegou a parte de vos fazer um inquérito” informa a vocalista, sempre bem-disposta e humorística. “Será sobre gastronomia. Se a resposta for afirmativa, quero que ponham os braços no ar, se não, deixem-nos estar”. Uma boa forma de envolver o público, sem dúvida. Inicia uma sequência de perguntas como “Quem gosta de sopa de legumes?”; “Quem gosta de agriões?”; “E sushi?” etc, comparando a população do Porto com a de Lisboa, constatando que as pessoas de norte são menos esquisitas no que toca a comida. A última pergunta é a seguinte: “E quem gosta de chocolate?” à qual os espectadores respondem calorosamente que sim, emitindo, em conjunto, sons que demonstram o seu inevitável sentimento em relação ao chocolate. Manuela desloca-se para o lado direito do palco, juntando-se ao membro da banda com a guitarra acústica e, ao mesmo tempo, os restantes membros deslocam-se para o lado oposto. “Sou ché ché por chocolate!” grita, começando a cantar, e enquanto o faz, os quatro indivíduos à esquerda do palco principiam uma espécie de dança/encenação em conjunto. Esta terá sido, provavelmente, a interpretação mais divertida durante todo o acto. Foi sem dúvida a que mostrou mais união entre as pessoas do grupo. É de salientar que o tratamento visual do concerto foi um constante cuidado da banda, obtendo resultados excelentes, muito cativantes. “E chegámos à parte triste do nosso concerto… Todos os concertos têm uma parte triste e esta é a nossa…”, o palco cobre-se de um azul eléctrico, “Sou um cão salsicha” declara a cantora. Este excerto aplica-se às pessoas que têm animais domésticos e que não lhes dão a atenção necessária, não permitindo aos mesmos uma vida feliz. Um pormenor curioso: escondido atrás de uma parede do lado direito do palco, estava alguém a esticar o braço com um letreiro que dizia “PODEM UIVAR”. Deu um efeito visual agradável à performance, mais uma vez envolvendo o público, que uivou “ao ritmo do cartaz”. Projectam-se as estrelas, o espaço e a lua… “Era uma vez a Capuchinho Vermelho (…) quando viu o Lobo Mau disse: - Estás aí para comer a minha avó? Porque não me comes logo a mim? – “ Começa uma música mais pesada, cujo tema é ter asas nos pés e saltar! Para finalizar, discursa sobre a pressão que é feita aos rapazes para serem fortes, machos e ignorarem o que sentem. Realça-se a qualidade das letras e a forte interpretação por parte da vocalista. Posto isto, foi um serão agradável e surpreendente! Repleto de significado, para variar das banalidades que tanto nos habituámos a ver. Parabéns aos Clã! Mais fotografias em: http://etc-jornal.blogspot.com

por Sofia Alves e Hélder Marques (alunos do 12ºF da EBSRF)

O

título deixa bem claro, hoje pessoas de todo o país descobriram que ficar no sofá à espera que as soluções caiam do céu, não é a melhor das escolhas. A baixa da cidade do Porto encheu-se de gente de todas as faixas etárias, de todas as religiões e etnias, crenças e ideais que puseram as diferenças de parte e juntos entoaram palavras, frases de força e desespero por um País com condições dignas e merecidas para um povo que tenta sobreviver em situações precárias e desesperantes. Vive-se na incerteza, numa angústia desmedida de não saber se amanhã ou depois, o ordenado vai continuar a cair numa conta de forma segura. Nesta tarde de revolta pacífica, miúdos e graúdos mostraram solidariedade uns com os outros e juntos tentaram fazer-se ouvir, na esperança de que os cartazes com frases de pura desilusão dessem frutos perante os mandatários deste país. Muitos que já sentiram as experiências que a geração actual traz na própria pele, ou na pele dos que lhes são mais próximos, todos sabem o que é viver literalmente “à rasca”. Enganam-se os que acham que só alguns sentem esta queda aterradora do nosso País. A crise, as condições de saúde fantasiadas, um ensino insuficiente… todos fazem contas matemáticas de como é possível esticar ordenados mínimos e reformas ate ao fim do mês, os preços sobem os salários diminuem. “Mas afinal onde é que isto vai parar?!” Numa altura em que se tenta incentivar jovens e já adultos a ter um gosto maior pelo estudo e pela aprendizagem, estes simplesmente sentem-se incapazes, devido a assistirem constantemente a um futuro que se apresenta em queda livre. Como pudemos constatar na manifestação, também os mais jovens se sentem ameaçados contudo não se deixam calar e deixam bem claro que “não devemos ir por partidos, mas sim pelos nossos direitos”. São muitos os licenciados de todas idades, alguns já com doutoramentos que afirmam estar quase numa situação de miséria. Isto não se deve literalmente há falta de ofertas no mercado de trabalho, tanto que neste assunto a frase de guerra foi: “O problema não é arranjar emprego é a insuficiência de condições com as quais nos deparamos, quando estamos empregados”. Foram estas algumas das opiniões que os manifestantes fizeram questão de dizer à reportagem do Jornal Etc.... Compareceram também, algumas pessoas já com uma idade avançada que fizeram questão de mostrar o seu apoio e, lutar juntamente com os elementos desta geração. A faixa etária que mais se tentou fazer ouvir, foi aquela que exactamente há alguns anos atrás, estava nesta mesma situação. Com isto vieram provar que estão fartos de se sentirem menosprezados e pressionados por uma sociedade que aparentemente não se interessa. Avós, filhos, pais, irmãos, primos, amigos, meros curiosos, famílias completas, mostraram aos governantes que este evento não foi uma brincadeira de “parvos”, mas sim um de muitos mais para se repetir. Afinal, um milhão e meio de precários não passam assim tão ao lado. Depois de gritos e cânticos de intervenção provaram que estão revoltados o suficiente para não darem descanso. Isto é só mais uma prova que somos uma “Geração à Rasca”!

19

Mais fotografias em: http://etc-jornal.blogspot.com

Sofia Marisa (Aluna do 12ºF )

Barbara Almeida (Aluna do 12ºF )

Já não é “à rasca”, é mesmo “à rasquinha”!


Para fechar....................................................................... Diário da viagem a Braga Noémia Ferraz

Dr. Eduardo Jorge Madureira, Director do Concurso

Distribuição da edição nº10 em Braga

Helena Salgado

Francisco Melo (12ºE)

A Equipa Etc... recebe mais um prémio

Hélder Marques (12ºF)

Hélder Marques (12ºF)

Os elementos do Júri Serigrafia de Júlio Pomar, um dos prémios “República” pub

O Director do Museu da Imprensa, Dr. Luis Humberto Marcos, felicita o nosso repórter

Exposição de jornais escolares no Museu da Imprensa por Eduardo Miguel (Professor da EBSRF)

20

“Leitura em dia” durante a viagem

Mais fotografias em: http://etc-jornal.blogspot.com

Diogo Rodrigues (9ºB)

Jornal Etc...| Agrupamento de Escolas Rodrigues de Freitas | Maio 2011 | nº11

N

o final de Março, fomos à Universidade do Minho, acompanhados pela Presidente da CAP, Dr.ª Maria José Ascensão, receber os prémios do Jornal ETC, pela participação no Concurso Nacional dos Jornais Escolares, promovido pelo Jornal O Público. Foi um orgulho ter participado neste evento, não só pelos prémios, mas também pela visibilidade dada às dinâmicas e ao pulsar deste Agrupamento. A Câmara Municipal do Porto disponibilizou transporte, o que possibilitou que um grupo alargado de alunos do Agrupamento acompanhasse este evento. Os alunos do primeiro ciclo aguardavam ansiosos a partida do autocarro, olhando fixamente para os relógios: “Então quando é que partimos? Está na hora!” Pelo caminho, alguns dos pequenos “jornalistas” entretiveram-se a desenhar e a escrever entusiasticamente e, quando os questionei sobre o motivo, disseram que “era para depois mostrarem à professora e aos colegas o que tinha acontecido….pois eles iriam querer saber …” Uma das crianças desenhou um coração grande e escreveu “ estou ansiosa por chegar a Braga”. Outra criança escreveu no final do desenho “Estou a adorar o passeio!” e “ é o melhor passeio da minha vida!” Pelo caminho foram lendo o jornal com muita curiosidade e reconheceram algumas das notícias publicadas. Quando chegaram a Braga, observaram tudo com muita atenção e ficaram deslumbrados com a sala, repleta de pessoas.” Tanta gente! Estas pessoas também vieram apoiar o nosso jornal?” perguntou-me uma delas. A entrega dos prémios constituiu um momento inesquecível, principalmente quando todo o grupo foi ao palco receber o terceiro prémio do dia. E, para o ano, lá estaremos outra vez!

Hélder Marques (12ºF)

por Noémia Ferraz (Coordenadora do Pré-Escolar)

O

Jornal Etc esteve outra vez presente no Museu da Imprensa no Porto, na inauguração da exposição dos jornais escolares que participaram na edição anterior do Concurso Nacional promovido pelo Jornal O Público, subordinado ao tema “O que é uma República?” Perante uma plateia maioritariamente constituída por alunos e professores envolvidos no projecto, os oradores presentes realçaram a qualidade geral do trabalho desenvolvido nas várias escolas do ensino pré-escolar, básico, secundário e profissional, no âmbito do jornalismo escolar. Mais fotografias em: http://etc-jornal.blogspot.com


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.