Jornal Espírita de Uberaba nº 133

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Ano 11 – nº 133 – Outubro/2017 – “Fundado em outubro de 2006” RESPONSÁVEL: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG) FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba / TWITTER: @jornalespirita SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: contato@jornalespiritadeuberaba.com.br / WHATSAPP: (34) 9 9969-7191

“A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros”. Allan Kardec EDITORIAL A SÍNDROME DO MELINDRE Os melindres são os verdadeiros fantasmas de um Centro Espírita. Associado às mágoas e ressentimentos, contribuem para fragilizar os laços humanos. Kardec nos falou, em dois momentos, sobre esse fantasma. Destacamos, primeiramente, o escrito em Obras Póstumas (1ª Parte – O Egoísmo e O Orgulho): “A exaltação da personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros. Julgando-se com direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos”. Obviamente, Kardec relaciona o melindre como decorrência do orgulho ferido, associado a um sentimento de inflação do ego. Num segundo momento, em discursos pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux afirma: “Há, ainda, aqueles cuja susceptibilidade é levada ao excesso; que se melindram com as mínimas coisas, mesmo com o lugar que lhes é destinado nas reuniões, se não os põem em evidência(...)”. Pode-se compreender o melindre, pelo viés psicológico, como um artifício usado pelo ego para preservar sua própria identidade. De tal forma, que quando o ego se sente “ameaçado” (ou desestabilizado por algo ou alguém), reage através de um “fechamento psíquico”, de um retraimento emocional, visando preservar, numa atitude defensiva e imatura, as estruturas (orgulho, vaidade...) do próprio Eu. Em certa Sociedade Espírita, um trabalhador tinha por hábito, no momento do passe, apertar a cabeça dos atendidos com as mãos. Imagine! Sendo alertado (educadamente) por um dirigente da Instituição, que tal prática não se coaduna com os Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 1


ensinos espíritas, ficou... “melindrado”. Em um grupo de estudos, alguém ao fazer a leitura de O Livro dos Espíritos, leu errado uma palavra. Um dos integrantes lhe corrigiu, naturalmente. A pessoa se melindrou e quase abandonou o estudo. Poderíamos ficar exaustivamente citando inúmeros exemplos. Quando a pessoa se sente melindrada, deve se questionar sobre isso. O certo é que o melindre está associado, no mínimo, a três elementos básicos: orgulho ferido, insegurança pessoal e baixa autoestima. Dessa forma, o melindre seria um primeiro estágio de outros sentimentos que poderão se seguir, como a mágoa, o ressentimento, a raiva e até a agressividade. Há determinadas contingências que podem tornar a pessoa mais propícia ao melindre, como estresse, separação conjugal, problemas familiares, desemprego, a experiência de uma frustação, etc. O fortalecimento emocional e espiritual é imperativo para o enfrentamento de tais desafios. O melindre e seus derivados, quando não administrados, significam a negação do próprio sujeito, enquanto ser que possui responsabilidades por sua evolução. Mas Allan Kardec também nos fala da “indulgência recíproca” que deveria mover os seres humanos, situados num patamar de incompletude espiritual. Indulgência para com as imperfeições dos outros não é sinônimo de inoperância diante do erro. Ou seja, no grupo espírita não é razoável, diante de algo que esteja errado, fazer-se silêncio, simplesmente, para não “melindrar” este ou aquele. O compromisso maior de todos é com a Doutrina Espírita em primeira instância, e com a instituição em segunda. A forma de abordagem é que deve estar fundamentada na indulgência, não o erro. A grande questão é que necessitamos dissipar essas relações melindrosas e inócuas, que em nada contribuem para a vida de relação, substituindo-as por atitudes verdadeiramente cristãs. O Espiritismo é uma doutrina de vida para “uso diário”. Quando percebermos que é forte o impulso para melindrar-nos ou magoar-nos, busquemos o recurso da oração, imediatamente, a fim de administrarmos mentalmente esses corrosivos sentimentos, adversários da paz. A oração é valioso recurso para a manutenção do equilíbrio da alma, pois potencializa o pensamento para os ângulos positivos da vida, buscando a serenidade das emoções. Portanto, há duas questões fundamentais: a responsabilidade de administrarmos esses sentimentos em nós, e como agirmos diante dos melindres alheios. Somos de opinião que não devemos ter, na Casa Espírita, uma preocupação exagerada com os melindres e os melindrosos para não nos tornarmos reféns deles. Exige-se, como é natural em qualquer outra instituição, que se discuta fraternamente projetos, metas, trabalhos, questões doutrinárias etc., que se busque dar cumprimento aos normativos da instituição, tais como o Estatuto e o Regimento Interno. As atividades de qualquer Centro Espírita necessitam obedecer a certas disciplinas, e os trabalhadores e estudantes necessitam estar inseridos nesse contexto para o bom funcionamento da instituição. Tudo isso sem dogmatismos, sem autocracias ou fundamentalismos. Jamais, sob qualquer pretexto, poderá se cercear a liberdade de pensamento e expressão de quem quer que seja. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 2


Todavia, deixar de cumprir os normativos, sob pretexto de “não melindrar” este ou aquele indivíduo é, no mínimo, um despropósito associado à irresponsabilidade daqueles que possuem a função de administração. Tornar-se omisso para não se “indispor” com alguém, é uma postura totalmente equivocada, fundada numa lógica perversa, que contribui para aumentar os problemas da Instituição. Arrolam-se desculpas do tipo: “necessitamos ser tolerantes”, “caridosos”, “pacientes”... E, enquanto demonstramos nossas “virtudes” (desvirtuadas) para não ferirmos as “almas frágeis” de nosso Centro, a disciplina, os desvios doutrinários, as inoperâncias, os desvios monetários, assolam livres. Torna-se necessário pensarmos sobre os limites da “tolerância” no âmbito das Casas Espíritas. Não se trata, obviamente, da adoção por parte dos dirigentes, como já observamos, de posturas fundamentalistas ou verticalizadas. A tolerância com quem está seriamente comprometido com a Causa tem seus limites naturais. Não se deve comprometer a Causa, simplesmente para atender aos caprichos de alguém. Uma orquestra necessita, para o grande concerto, estar o mais bem afinada possível. Aquele candidato a músico que não aprendeu a tocar para estar em sintonia com o conjunto não poderá participar diretamente do concerto. Por isso, trabalhadores e estudantes que não estejam afinados com o grupo e com a orientação doutrinária e/ou administrativa, melindrando-se com facilidade diante dos mínimos eventos, terminam por afastarem dos labores assumidos. É necessário respeitar a decisão de cada um. A filosofia da convivência implica numa ética do cuidado. Assim como a permissividade ou a indiferença projetam seus frutos negativos para a instituição, da mesma forma deve-se cuidar com a síndrome da intolerância. Em tudo na vida o bom senso é imperativo para uma performance positiva. Constata-se atualmente uma cultura dos extremos, dos “oito ou oitenta”, tudo em nome de uma busca por afirmação, muitas vezes, do próprio narcisismo. Associado, por extensão, aos melindres e mágoas, encontra-se o ressentimento. A psicanalista Maria Rita Kehl, em seu livro sobre o assunto, analisa o que denomina de “ganhos subjetivos do ressentimento”. Para ela, o ressentido é um vingativo não declarado. Mas também é alguém que atribui sempre a um outro a culpa por seus agravos. O ressentido assume papel de vítima e, com isso, foge das responsabilidades que cabem no processo. Aí estão os ganhos do ressentimento! Revestir-se da vitimização, criar a figura de um culpado exclusivo para manter-se numa postura cômoda de alguém livre de responsabilidades. É sem dúvida, um mecanismo perverso do Eu (conscientemente ou não) que denota um nível de imaturidade psicológica associada a uma morbidez da alma. (Do livro: A convivência na Casa Espírita: reflexões e apontamentos com base nas instruções de Allan Kardec, de Jerri Roberto Almeida. Porto Alegre: Editora Francisco Spinelli, 2ª ed, 2011, pag. 57 a 61). Transcrito do link: http://use-sjc.org/site/index.php/orientacao-espirita/188-a-sindrome-domelindre Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 3


EVENTOS ESPÍRITAS LANÇAMENTO DE FILME E DVD DO LIVRO “BOA NOVA” No dia 21 de outubro, sábado, às 10h, acontecerá na Livraria Espírita Francisco Cândido Xavier (Rua D. Pedro I nº 165 – Parque das Américas), o lançamento do ÁudioSérie (MP3) BOA NOVA de Humberto de Campos/Chico Xavier e do filme Humberto de Campos – o Imortal da Boa Nova (DVD, com Oceano Vieira de Melo, pesquisador e documentarista), em benefício do Sanatório Espírita de Uberaba. ENCONTRO VIVÊNCIA XAVIER O Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier convida a todos para a programação do mês de outubro: Local: Avenida João XXIII nº 1469 – Parque das Américas Horário: 19h30min Dia: 20 (sexta-feira) Tema: As mulheres do Evangelho Expositora: Ana Cristina Borges Fiuza Dia: 27 (sexta-feira) Tema: Expositor: Enésio De Paulo UNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA Palestra: O DESAFIO DA REFORMA ÍNTIMA Expositora: Adacely Ferreira Andrade Cunha Programação: Palestra, Apresentação Musical, Sorteio de Livros e Confraternização. Data: 28 de outubro de 2017 (sábado) Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba 54ª COMMETRIM – UBERLÂNDIA/MG – 2017 03/11/17 – Sexta-feira PLENÁRIA (C. E. Joana d’Arc – Rua Ituiutaba Nº 633 – B. Aparecida)  17h – Início do credenciamento  19h30in – Apresentação artística  20h – Abertura da 54ª COMMETRIM – palestra: “O Livro dos Espíritos: 160 anos de Esclarecimento e Consolação” – expositor: Manoel Tibúrcio Nogueira (CRE Pontal – Ituiutaba) 04/11/17 – Sábado PLENÁRIA (CDL – Av. Belo Horizonte nº 1290 – B. Martins)  7h às 8h30min – Credenciamento e café  8h30min – Apresentação artística  9h – palestra com Afonso Chagas (Conselheiro UEM – BH)  10h – CONJUV – Conselho da Juventude Espírita da AME/Uberlândia  10h30min – Palestra com Marta Antunes Moura (FEB)  12h – Almoço  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 4


DIJ INFÂNCIA  8h30min às 10h30min – Sala 1 – (6 a 8 anos) – Equipe de Uberlândia  10h30min às 12h – Equipe de Uberlândia  12h – Almoço  13h30min às 16h – Equipe de Ituiutaba  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Equipe de Uberaba  8h30min às 10h30min – Sala 2 – (9 a 12 anos) – Equipe de Uberaba  10h30min às 12h – Equipe de Ituiutaba  13h30min às 16h – Equipe de Tupaciguara  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Equipe de Uberlândia  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. JUVENTUDE  8h30min às 10h30min – Oficina coordenada pelo Departamento Família – Tema: “Jovem espírita: do crush ao casar”  10h30min às 12h – Bate-papo com Afonso Chagas – Tema: “Lei de Conservação: Necessário e supérfluo”  12h – Almoço  13h30min às 16h – Oficina Equipe Santa Vitória – Tema: “Lei de Sociedade: laços de família”  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Oficina Equipe de Uberlândia e Uberaba – Tema: “Por que os pais não escutam direito?”  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. EVANGELIZADORES  13h30min às 16h – Equipe DIJ/AME/CRE Uberlândia  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Equipe DIJ/AME/CRE Uberaba  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. ASSISTÊNCIA FRATERNA  13h30min às 15h – Colaborador de Uberlândia: Eurípedes José de Moura – Tema: “As causas primeiras e o mundo dos Espíritos – Esclarecendo e consolando”  15h às 16h – APSE/AME/Uberlândia – Tema: Amor à vida – consolações e esperanças.  16h às 16h30min – Lanche Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 5


 16h30min às 18h – Colaboradoras: Nara Lemos (Ituiutaba) e Ana Augusta (Prata) – Tema: “As leis morais na Assistência Fraterna”  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. MEDIUNIDADE  13h30min às 14h – Colaboradores: Nereu Nice Sousa (AME/Uberaba), José Eustáquio (AME/Uberlândia), Virgílio Cândido (AME/Araguari) - Dinâmica – Tema: Mundo Espírita ou dos Espíritos  14h às 16h – Marta Antunes Moura – Tema: “Mediunidade, Obsessão e Desobsessão”  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Marta Antunes Moura - continua  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. COMUNICAÇÃO SOCIAL ESPÍRITA  13h30min às 14h45min – Colaborador Wilmar Divino (Ituiutaba) – Tema: “Novas Fronteiras da Divulgação”  14h45min às 16h – Colaborador Fausto Calábria (AME/Uberlândia) – Tema: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará – (Jesus)”  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Colaboradora Leonel Varanda (Uberaba) – Tema: “Estrutura Pedagógica e conteúdo de O Livro dos Espíritos”  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. ÁREA DE ESTUDOS DO ESPIRITISMO (ESDE)  13h30min às 15h – Colaboradores: Equipe Área de Estudos do Espiritismo das AME/Uberaba e AME/Uberlândia – Tema: “Atividade prática sobre O Livro dos Espíritos”  15h às 16h – Tema: “Dinâmica relacionando O Livro dos Espíritos, às demais Obras Básicas e obras subsidiárias que a ele se referem”  16h às 16h30min – Lanche  16h30min – Tema: “Momento de sensibilização sobre estudo, esclarecimento e consolação”  17h – Apresentação da Caravana Espírita de Sensibilização para o Estudo Doutrinário  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. FAMÍLIA  8h30min às 10h30min – Colaborador Joamar Zanolini (Uberaba) – apresentação do Departamento. de Família junto à Juventude – Tema: “Do crush ao casar” Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 6


 13h30min às 14:45min – Colaboradora Marina Baduy (Ituiutaba) – Tema: “A visão da família em O Livro dos Espíritos”  14h45min às 15h45min – Colaboradores Jesusmar Cândido e Lívia Nogueira (Ituiutaba) – Tema: “A responsabilidade da Casa Espírita na assistência à família”  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Apresentação pelo DIJ – Setor Juventude – Tema: “Por que os pais não nos escutam direito?”  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. DIRIGENTES  13h30min às 16h – Colaborador Paulo Eugênio Brumano (Ubá) – Seminário – Tema: Capacitação de Trabalhadores  16h às 16h30min – Lanche  16h30min às 18h – Continuação do seminário  18h – Momento artístico e encerramento da 54ª COMMETRIM. INSCRIÇÕES: www.triangulomineiroespirita.com.br EM DIA COM O ESPIRITISMO AGORA EM UBERABA, PASSE EM ANIMAIS Local: Livraria Universo Espírita (Rua João Pinheiro nº 313 – Centro) Horário: Das 9h30min às 10h30min / De segunda-feira à sábado Informações: 3333-0034 / 9 9118-5666 BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto. Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais interrelacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa. Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro, celular ou tablet. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com. ESTUDO RELEMBRANDO KARDEC Pequena Síntese Biográfica Hippolyte-Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) nasceu em Lyon, França, em 3 de outubro de 1804, filho de Jean-Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 7


Em 1815, sua mãe o conduz ao Instituto Pestalozzi, em Yverdon, para os primeiros estudos. A escola de Pestalozzi era uma das mais famosas da época, recebendo alunos de diversos países. Ali, os meninos estudavam disciplinas de ciências exatas e humanas, segundo o método Pestalozziano, que incluía a auto-avaliação, sem atribuição de notas, recompensas ou lista de classificação, e os alunos que mais se destacavam eram aproveitados para lecionar, o que aconteceu com Denizard Rivail. Em 1822, o jovem Rivail deixa Yverdon e se estabelece em Paris, onde se dedica ao magistério e escreve diversas obras de cunho educacional. Seu primeiro livro – “COURS Pratique et Théorique D'ARITHMÉTIQUE” -, segundo o método de Pestalozzi, foi lançado em 1824, quando tinha apenas 18 anos. Foi premiado em 1831 pela Academia Real de Arras, da qual era membro, pelo seu trabalho sobre a questão: “Qual o sistema de estudos mais de harmonia com as necessidades da época?” Em 6 de fevereiro de 1832, casa-se com Amélie-Gabrielle Boudet, normalista e professora de Letras e Belas-Artes.Ministrou, no período de 1835 a 1840, em sua própria casa, diversos cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia comparada e Astronomia. Escreveu, dentre outras obras importantes: “Plano proposto para melhoramento da Instrução pública” (1828), “Gramática francesa clássica”(1831), “Soluções racionais das questões e problemas de Aritmética e de Geometria”(1846), “Programa dos cursos usuais de Química, Física, Astronomia, Fisiologia”, que lecionava no Liceu Polimático, “Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas” (1849). O Espiritismo No final de 1854, quando já tinha cinquenta anos, o amigo Fortier lhe fala pela primeira vez dos fenômenos espiríticos que pululavam por Paris, sobretudo os fenômenos das mesas girantes. Responde ao amigo “Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto da carochinha”. Todavia, a partir daí começa a se interessar pelo assunto. Entre 1855 e 1856, participou de muitas reuniões, analisou vários cadernos de mensagens que os amigos lhe apresentaram e, em 18 de abril de 1857, lança a obra básica da codificação “O Livro dos Espíritos”, assinando-a, como já assinalamos, com o pseudônimo Allan Kardec. O Livro dos Espíritos, que é dividido em quatro livros: AS CAUSAS PRIMEIRAS; MUNDO ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS; LEIS MORAIS E ESPERANÇAS E CONSOLAÇÕES, devidamente ampliados, fizeram surgir as outras quatro obras do pentateuco kardequiano: A GÊNESE( janeiro de 1868); O LIVRO DOS MÉDIUNS (janeiro de 1861); O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864) e O CÉU E O INFERNO (agosto de 1865). Além disso, lançou o livro “O QUE É O ESPIRITISMO”, em 1859; a REVISTA ESPÍRITA, em 1º de janeiro de 1858 e fundou em Paris, em 1º de abril de 1858, a SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS. Kardec, Um Espírito de Escol Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 8


As reverências que devemos a Kardec não estão moldadas pelo fanatismo; ao contrário, o respeito que lhe devotamos estriba-se no sincero apreço, consideração e estima que granjeou ao longo de sua existência imaculada, onde, segundo os historiadores e escritores sérios, jamais se vislumbrou um único arranhão, desde o nascimento, na famosa Lyon, até seu descenso, na celebrada Paris. Foi um gênio preparado desde a mais tenra idade em todos os ramos do conhecimento, absorvendo brilhantemente os postulados da pedagogia de Pestalozzi, base para o desempenho eficiente dos trabalhos da codificação do Espiritismo, uma empreitada árdua que lhe exigiu trabalho diuturno, paciência, abnegação, coragem e perseverança continua. O Espiritismo não está personificado em nenhum homem. É obra dos Espíritos Superiores, cuja falange, dirigida pelo Espírito de Verdade, encontrou em Allan Kardec o seu mais abnegado missionário, o esteio na Terra para implementação da nova ordem prometida por Jesus. Embora tenha contado com o concurso dos médiuns para recepção das mensagens, Kardec foi aquele que ordenou, de forma a tornar facilitado o estudo das verdades espirituais difundidas pelo Espiritismo, transformando em Código as dezenas de brochuras que recebeu dos amigos que o convidaram a participar das sessões espíritas em Paris. Isto significa dizer que Kardec não se prestou a mero papel de "office boy" dos espíritos, levando ao livreiro uma obra pronta para publicação. Kardec usou seu talento para colocar em ordem as mensagens recebidas; elaborou as perguntas cujas respostas encontrava naquelas orientações superiores; refazia-as pacientemente até que se ajustassem ao comando superior; enfim, não seria para qualquer um a missão de codificar uma doutrina como o Espiritismo, lançando o “O Livro dos Espíritos”, sua obra basiliar, em apenas dois anos (1855-1857), dominando todo seu conteúdo por antecipação, justamente para poder, pelo método da codificação, tornar a obra dos espíritos fácil e inteligível a todos que buscam seus venerandos ensinos. O bom-senso é uma das características mais apreciadas em Allan Kardec. Sempre ponderado, disse tudo aquilo que era necessário e nada daquilo que não devia dizer, embora o soubesse, deferindo ao tempo o surgimento das informações adicionais que o amadurecimento estava a recomendar. Foi humilde, usou o pseudônimo Allan Kardec para não ensejar dúvidas de que o Espiritismo é realmente obra dos Espíritos e não uma concepção humana de Hyppolyte Léon Denizard Rivail, o professor e homem de ciência respeitado, honrado e competente, pinçado pelos amigos de Paris como o estudioso melhor preparado ao estudo dos fundamentos desta doutrina que abalou o mundo, derrotando o materialismo e provando, de forma irretorquível e insofismável: a imortalidade da alma; a reencarnação; a comunicabilidade dos Espíritos; a sublimidade da lei de causa e efeito; a inexorável obrigatoriedade do palmilhar pelas sendas do progresso, sempre em marcha ascensional e a necessidade da prática reiterada da lei de amor e caridade, valioso passaporte à conquista da felicidade que nunca se acaba. Kardec, obrigado pelo seu exemplo. Que possamos, no dia a dia, lutar para seguir suas pegadas luminosas. Que Jesus, o Mestre de todos nós, o recompense por tudo. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 9


Ajuda-nos, Kardec, a honrar a divisa de Cristãos-Espíritas que portamos no peito, inspira-nos na boa obra, única forma que temos para homenagear convenientemente a ti e a Jesus. Obras consultadas: OBRAS PÓSTUMAS (Allan Kardec); ALLAN KARDEC (Zeus Wantuil e Francisco Thiesen); “LES JARDINS DE PARIS” (Prefeitura de Paris); “GUIDE DES CIMETIÈRES PARISI-ENS” (Jacques Barozzi). Por Ismael Gobbo Transcrito do jornal “Notícias do Movimento Espírita” de 03/10/2017 MEDIUNIDADE ORIENTAÇÕES DE ALLAN KARDEC: SEGURANÇA PARA AS COMUNICAÇÕES COM OS ESPÍRITOS Orações milagrosas, oferendas, rituais, vestimentas especiais, talismãs, amuletos, incensos e imagens estiveram e ainda estão presentes em todas as épocas e em todos os povos na busca pela comunicação com a espiritualidade. O Brasil não ficou isento dessas práticas que ainda formam a religiosidade de algumas crenças. Junte-se a elas, a cultura dos índios e africanos, misturados às manifestações da Igreja. Como ainda sofremos de uma marcante “preguiça mental”, essas práticas foram assimiladas com muita facilidade. Que maravilha se existisse uma “fórmula milagrosa” que nos guardasse de todos os perigos e, de quebra, resolvesse todos os nossos conflitos e problemas! Que surpreendente seria se existisse um ritual que nos colocasse em contato imediato com os espíritos, sem nenhum esforço! O uso dessas práticas trouxe um ponto negativo para o Espiritismo, o qual é, erroneamente, confundido com elas. Não é de hoje que a Doutrina Espírita é encarada como prática perigosa, confundindo-se os seus reais objetivos. Fala-se de um assunto sem saber nada a respeito dele. Isso acontece desde os tempos de Allan Kardec, no século 19, onde a Doutrina e ele mesmo foram ridicularizados várias vezes justamente pela falta de conhecimento de seus acusadores. No entanto, os que começam a frequentar casas espíritas, sem nada conhecerem a respeito, descobrem um ambiente e ensinamentos totalmente diversos. Palestras, estudos, evangelho, mediunidade, caridade: essas são as temáticas principais nas casas espíritas cujas atividades estejam baseadas nas orientações de Kardec. Justamente por ter sido alguém sempre preocupado com a verdade, Kardec pesquisou a fundo todos os tipos de manifestações espíritas, todas as formas da mediunidade, conversando com espíritos de todas as categorias e níveis. Ele nos deixou orientações seguras, baseadas nos ensinamentos dos Espíritos Superiores que o assistiam. E, justamente por terem provado a ineficácia de práticas estranhas, por enfatizar que é através do pensamento que nos colocamos em contato com espíritos de tendências semelhantes às nossas, é que Kardec é tão pouco considerado. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 10


É muito mais fácil utilizar uma fórmula mágica do que nos reformamos intimamente, segundo os padrões do Evangelho; é muito mais fácil participar de rituais, do que educar nossos pensamentos... Em seu livro “O que é o Espiritismo”, obra complementar publicada em 1859, que contém um resumo prático dos principais conceitos espíritas, Kardec esclarece o assunto no item 49: “A crítica malevolente compraz-se em representar as comunicações espíritas como cercadas de práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia. Se aqueles que falam do Espiritismo sem o conhecer tivessem tido o trabalho de estudar o assunto de que desejam tratar teriam economizado desgastes de imaginação ou alegações que não servem senão para provar sua ignorância e sua má vontade. Para esclarecer as pessoas estranhas à ciência, diremos que não existem, para a comunicação com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugares mais propícios uns do que outros; que não são precisas, para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; que não há necessidade de nenhuma preparação, nem de nenhuma iniciação; que o emprego de qualquer sinal ou objeto material, seja para atraí-los, seja para repelí-los, é sem efeito, e que basta o pensamento; enfim, que os médiuns recebem suas comunicações tão simples e naturalmente como se fossem ditadas por uma pessoa viva, sem sair do estado normal. Só o charlatanismo poderia afetar maneiras excêntricas e adicionar acessórios ridículos. O apelo aos Espíritos se faz em nome de Deus, com respeito e recolhimento. É a única coisa a ser recomendada às pessoas sérias que querem manter relações com Espíritos sérios”. Se desejamos, sinceramente, alcançar equilíbrio em nossa vida; se estamos realmente interessados em conhecer e desenvolver a mediunidade para a prática da caridade; se buscamos a proteção dos Espíritos Benevolentes; e enfim, se almejamos uma vivência espiritual segura, no contato com os espíritos, devemos nos dedicar com afinco às diretrizes que Allan Kardec nos deixou, depois de anos dedicados, exaustivamente, para a organização dos ensinamentos espíritas. Somente através das diretrizes contidas nas obras de Kardec é que encontraremos a segurança espiritual necessária para o intercâmbio com a espiritualidade. Transcrito do link: http://geak2002.blogspot.com.br/2011/04/orientacoes-de-allan-kardecseguranca.html JUVENTUDE MEDIUNIDADE E JUVENTUDE Na nossa avaliação um dos capítulos mais bonitos e simbólicos da história do Espiritismo é a participação de elementos jovens no processo de codificação da Doutrina. Como registram as pesquisas espíritas, Allan Kardec contou com a colaboração especial de 4 jovens sensitivas na confecção da primeira edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 11


Segundo a tradição histórica, essas corajosas vanguardeiras da mediunidade encontravam-se entre a adolescência e as primeiras clarinadas da juventude e chamavam-se Julie Baudin, Caroline Baudin, Ruth Japhet e Aline Carlotti. Aparentando muita preocupação com a segurança (física, psicológica e espiritual) de suas colaboradoras, Kardec sempre as deixou envoltas em um véu de semi-anonimato, pois o preconceito contra a mulher ainda era monstruoso naquela época. Para se ter um ideia dessa realidade, basta lembrar que 129 operárias americanas foram queimadas vivas dentro de uma fábrica, pelo crime de reivindicarem salários iguais aos dos homens, a apenas 41 dias do lançamento de O Livro dos Espíritos. E, além de mulheres, as tuteladas do Mestre de Lyon ainda eram jovens e paranormais! Um prato cheio para a mentalidade vitoriana dessa época. Essa acertada preservação, todavia, fez com que pouquíssimos dados sobre as quatro moças chegassem ao século XX. Principalmente no que diz respeito às suas histórias pessoais. No aspecto formal, suas participações foram, sinteticamente, as seguintes: Julie e Caroline Baudin, psicografaram a quase totalidade das questões de O Livro dos Espíritos nas reuniões familiares dirigidas por seus pais e assistidas pelo Codificador (1); Ruth Japhet foi a medianeira responsável pela revisão completa do texto, incluindo adições (2); Aline Carlotti fez parte do grupo de médiuns através do qual Kardec referendou as questões mais espinhosas do livro, fazendo uso da concordância dos ensinos (3). Há cerca de três anos, foi editada uma obra que nos permite conhecer alguns dados a mais sobre a vida dessas moças. Seu nome é O Livro dos Espíritos E sua Tradição Histórica e Lendária, escrita por Silvino Canuto de Abreu e editada pelo Lar da Família Universal, através das edições LFU (Rua Guaricanga, nº 357, São Paulo, capital). Canuto de Abreu dispensa apresentação como historiador espírita (para quem não o conhece há uma ficha biográfica no inicio do livro).Essa obra póstuma é uma compilação dos artigos que ele escreveu no jornal UNIFICAÇÃO da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo, de abril de 1953 a junho de 1954, contando, de forma romanceada, como teria sido o 18 de abril de 1857, além de outros detalhes sobre o circulo de amigos e discípulos de Kardec. Esses textos permaneciam inéditos em livro. O opúsculo, contudo não esclarece em que fontes Canuto colheu algumas informações, até então desconhecidas. Essa resposta pode ser encontrada numa biografia do confrade paulista, contida na coletânea PERSONAGENS DO ESPIRITISMO de Antonio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy: “Ao longo de sua vida laboriosa e de suas numerosas viagens ao exterior, conseguiu amealhar livros e documentos raros, formando imensa biblioteca. Durante a II Grande Guerra Mundial, quando os exércitos alemães que invadiram a França, tornou-se depositário de alguns documentos históricos que estavam em poder da Sociedade que dirigia os destinos do Espiritismo naquela importante nação europeia” (4). Com o conhecimento desses fatos, fica mais clara a mensagem do Espírito Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco C. Xavier e dirigida a Canuto, Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 12


reproduzida no inicio de A TRADIÇÃO HISTÓRICA E LENDÁRIA, a título de abonação transcendental: “As tuas anotações, quanto à história dos pioneiros do Espiritismo, não constituem obra do acaso e sim tarefa de elevado alcance moral para a causa que pretendemos defender. Não definem mero arranjo literário para alimentar os caprichos de leitores famintos de novidade e emoção, nem compõem tessitura de fios dourados de ficção, objetivando efeitos especiais em nossos arraiais doutrinários. A tua obra é a revivescência de lembranças, que os soldados e operários de nosso movimento não podem esquecer sob as cinzas, de modo a içarem, cada vez mais alto, o estandarte luminoso da Nova Revelação, confiado aos homens para a glorificação de nossos mais elevados destinos. Imprescindível te mostres digno de tão sagrado depósito, espalhando lhe as cintilações com todos os trabalhadores da Doutrina de amor e luz que à quase um século vem despertando a consciência da Humanidade…” Por isso acreditamos que essa obra do Dr. Canuto é leitura indispensável para todos aqueles que se interessam pelo aspecto histórico do Espiritismo. Dentre outros importantes relatos da epopeia kardequiana, é nela que vamos encontrar várias informações inéditas e especificas sobre nossas jovens e vanguardistas confreiras: suas idades exatas (Julie, 15 anos; Caroline, 18; Ruth e Aline, 20 anos); a descrição física de Caroline e Ruth; dados sobre a infância das meninas Baudin e da senhorita Japhet; a amizade das três moças; revelações sobre encarnações passadas de Julie, Caroline e Ruth; O noivado de Mademoiselle Japhet(5); a falsa neuropatia de Ruth, acertadamente definida pelo sr. Roustan como ” pura influência das almas desencarnadas”. Canuto também conta detalhes acerca de uma outra jovem médium, muito importante para a história do Espiritismo: Ermance Dufaux de apenas 16 anos. Natural de Fontainebleau e filha de um triticultor e vinhateiro de abastadas posses, Ermance, aos 12 anos, também foi vitima de uma nevropatia, definida pelo médico Clever de Maldigny, de Versalhes, como “mediunidade”, uma doença contagiosa (sic) importada da América. Uma semana depois do diagnóstico, a família Dufaux, procurando a cura da mocinha, recebeu a visita do magnetizador Marquês de Mirvile. Estimulada pelo pesquisador, Ermance entrou em transe mediúnico e recebeu sua primeira mensagem psicográfica, assinada por Luís IX, Rei de França, canonizado pela Igreja em 1297 e antepassado de Mirvile. Em 1855, aos 14 anos, já totalmente reequilibrada e com a mediunidade integrada em sua vida, Mlle. Dufaux publicou, através do editor Meluu, de Paris, o livro A HISTÓRIA DE JOANNA D’ARC DITADA POR ELA MESMA, de autoria do Espírito Joanna D’Arc. Segundo Canuto, Ermance e seus pais, convidados e trazidos por Me. de Plainemaison, conheceram Kardec na noite de 18 de abril de 1857, ao comparecerem à pequena recepção festiva organizada pelo Codificador em seus apartamentos, com a finalidade de comemorar o lançamento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS. No final dessa reunião, a jovem paranormal recebeu bela página do Espírito São Luís, que se tornaria, a partir de então, uma espécie de supervisor espiritual dos trabalhos experimentais de Allan Kardec. No final daquele ano, a médium receberia outra importante mensagem, estimulando o Mestre a prosseguir no ideal de lançar um periódico espírita. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 13


Em 1858, o sr. Dufaux, pai da sensitiva, ajudaria Rivail a conseguir a autorização legal para o funcionamento da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, onde Ermance atuou como médium principal durante algum tempo(6). Depois dessa fase, parece que a família voltou a Fontainebleau, pois a última psicografia da srta. Dufaux, recebida na Sociedade Espírita, foi publicada na Revista Espírita em novembro de 1858. Canuto revela em seu livro que Ermance de La Jonchére Dufaux colaborou como médium na elaboração da 2ª edição de O LIVRO DOS ESPÍRITOS que foi revista, reestruturada, ampliada e divulgada pelo Codificador em março de 1860.Em junho, também é reeditada a obra A HISTÓRIA DE JOANNA D’ARC DITADA POR ELA MESMA pela Livraria Ledoyen, de Paris. O Mestre de Lyon saúda o fato com alegria e entusiasmo na Revista. No Auto-de-fé de Barcelona, promovido pela Inquisição espanhola em 1861, vários exemplares desse livro foram queimados junto com as obras de Kardec. Por tudo isso, não faz sentido o comportamento de alguns dirigentes espíritas que vedam – radicalmente – o acesso de jovens às reuniões mediúnicas. É lógico que a decisão de autorizar um rapaz ou uma moça, na adolescência ou saindo dela, a frequentar um grupo mediúnico é uma coisa que deve ser muito bem pensada e avaliada. Principalmente no que diz respeito à real necessidade e capacidade física e psíquica dos postulantes, pois sabemos que essa fase da vida é relativamente complicada, em decorrência de automatismos biológicos e psicológicos que a caracterizam. Além disso, existem as obrigações escolares e, muita vezes, de forma paralela, a necessidade do trabalho remunerado, tomando todo o tempo diário do indivíduo. Há também a influência dos namoros, grupos sociais (tribos ou galeras), diversões, agremiações políticas e outras variadas formas de pressão psicossocial. Sem falar na compulsão da simples curiosidade (7). Contudo, medida bem diferente é baixar uma norma padrão, simplesmente proibindo (ou dificultando em demasia – o que é quase a mesma coisa) a presença de qualquer jovem nas reuniões mediúnicas, inviabilizando o inicio da tarefa daqueles que realmente apresentam sensibilidade acentuada e precisam trabalhar mediunicamente para não deixarem suas instrumentações psíquicas desassistidas. O jovem paranormal deve receber estímulo e atenção e não desconfiança e indiferença por apresentar sintomatologia mediúnica. Aliás, nem todos os adultos estão isentos dos mesmos cuidados, pois, segundo Kardec, “há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas” (8). Em O LIVRO DOS MÉDIUNS, os espíritos superiores afirmaram que não há idade precisa para o inicio da prática mediúnica, pois tudo depende do desenvolvimento físico e, mais ainda, do desenvolvimento moral (9).Na atualidade, Divaldo P. Franco ousou ser mais pragmático: “Parece-me que, a partir dos quinze anos, aos dezesseis, teremos uma idade, senão ideal, pelo menos propiciatória para que o jovem, que participa de nossas atividades doutrinárias no movimento da sua idade, possa também compartilhar das experiências mediúnicas…” (10). Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 14


Levando em consideração todos esses fatores, o dirigente doutrinariamente bem preparado deve analisar profundamente cada caso, de maneira diferenciada. É tudo uma questão de bom-senso. E acompanhamento… Que, porém, jamais se esconda do jovem que mediunidade é responsabilidade a mais em suas vidas. Ou, como disse o Espírito Ivan de Albuquerque, pela psicografia do sensitivo José Raul Teixeira, que também se iniciou muito jovem na tribuna espírita e na mediunidade: “Se, no estuário da juventude, o apelo mediúnico te chega, não lamentes a perda da folgança, suposta própria da idade. Mantém-te alegre e prazenteiro, guardando-te, inobstante, no bojo da responsável conduta, que não deixará que te percas pelos dédalos da loucura que são próprias não da mocidade, porém de todos os indivíduos estúrdios e irrefletidos, em qualquer fase etária em que estejam” (11). NOTAS: 1. REVISTA ESPÍRITA, 1858, JAN. P.35, EDICEL; 2. IBIDEM; 3. O MESTRE CITA ESSA ÚLTIMA CHECAGEM EM OBRAS PÓSTUMAS, P.270 (26ªEDIÇÃO DA FEB). ALINE ERA FILHA DE SR. CARLOTTI, UM DOS INICIADORES DE KARDEC NAS COISAS DO INVISÍVEL. EM OBRAS PÓSTUMAS HÁ UMA MENSAGEM DO ESPÍRITO DE VERDADE, RECEBIDA PELA SRTA.CARLOTTI (PAG. 281, DA EDIÇÃO CITADA). MAIS DETALHES SOBRE O PRINCIPIO A VERIFICAÇÃO UNIVERSAL PODEM SER ENCONTRADOS NA INTRODUÇÃO (II) DO EV. SEG. O ESP.; 4. P. 206, ED.FEESP; 5. ATRAVÉS DE OBRAS PÓSTUMAS (P.271, EDIÇÃO CITADA), JÁ SABÍAMOS DO CASAMENTO DAS MENINAS BAUDIN, MAS DESCONHECÍAMOS O DE RUTH. ESSES EVENTOS EXPLICAM O DESAPARECIMENTO PÚBLICO DE TÃO GRANDIOSAS MÉDIUNS. 6. COM A SAÍDA DE ERMANCE, SÃO LUÍS PASSOU A UTILIZAR-SE DE OUTROS INTERMEDIÁRIOS, DENTRE OS QUAIS SR. ROSE, SRTA. HUET, SR. COLIN E SRA.COSTEL. 7. A PRÁTICA DO ESPIRITISMO DEMANDA MUITO TATO, PARA A INUTILIZAÇÃO DAS TRAMAS DOS ESPÍRITOS ENGANADORES. SE ESTES ILUDEM HOMENS FEITOS, CLARO QUE A INFÂNCIA E A JUVENTUDE MAIS EXPOSTAS SE ACHAM A SER VITIMAS ELES. AS EVOCAÇÕES FEITAS ESTOUVADAMENTE E POR GRACEJO CONSTITUEM VERDADEIRA PROFANAÇÃO, QUE FACILITA O ACESSO AOS ESPÍRITOS ZOMBETEIROS, OU MALFAZEJOS (O LIVRO DOS MÉDIUNS, CAP.XVIII, ITEM 222). 8. O LIVRO DOS MÉDIUNS, CAP.XVIII, ITEM 221, 8ª PERGUNTA. 9. IBIDEM 10. PALAVRAS DE LUZ, PAG.47, EDIÇÃO FEB. 11. CÂNTICO DA JUVENTUDE, PAG “JUVENTUDE E MEDIUNIDADE”, EDITORA FRÁTER. IVAN DE ALBUQUERQUE FOI UM JOVEM ORADOR ESPÍRITA, MORTO EM ACIDENTE FERROVIÁRIO. Revista Espírita Allan Kardec Nº 27, ano VII. Por Mauro Quintella Transcrito do link: https://espirito.org.br/artigos/mediunidade-e-juventude/ LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 90 – A VERDADE Ë COMO O DIAMANTE Uma irmã, companheira de viagem, conversava conosco no Hotel Diniz, em Pedro Leopoldo, sobre um assunto familiar. De uma feita, foi obrigada a dizer a verdade nua e Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 15


crua a uma parenta, como uma advertência ao seu mau gênio e por haver incidido num erro grave. Delicadamente, contrariamos seu ponto de vista afirmando-lhe: — Que ninguém ensina ferindo, como nos lembra André Luiz num de seus poemas de AGENDA CRISTÃ. A irmã considerou-se vencida, mas não convencida. Fomos à casa do irmão André, onde o querido Chico nos esperava. Depois dos abraços, já sentados e atentos à palavra do benquisto médium, sob nossa surpresa, conta-nos, logo de início: — Emmanuel, uma vez, me disse que a Verdade é como o diamante. Olhamos para a irmã, convencidos de que os Espíritos ouviram a nossa conversa no Hotel. E o médium prosseguiu: — Oferecemos o diamante a uma moça e ela, com a pedra preciosa, transforma-a numa joia de realce à sua beleza; oferecemos o mesmo diamante a um pobre irmão enfermo e, ele satisfeito, troca-o por dinheiro, com que compra alimento e remédio. Mas, numa hora de descontrole moral, jogando-o à face de alguém, esse alguém todo se envergonha e envia-nos um olhar cheio de vingança e de ódio... Então, a verdade deve ser dosada. Não deve ser dita nua e crua, senão, ao invés de bem, fará mal... A caríssima irmã, companheira de viagem, considerou-se afinal convencida. A vitória era de Jesus, nas lições de seu Evangelho. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama. MENSAGEM ESPÍRITA PERANTE ALLAN KARDEC Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai”. Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual. Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo”. Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação. Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandaliza corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno”. Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre. Disse o Cristo: “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo”. Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 16


entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e servi-los por nossa vez. Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”. Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal. Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”. Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição. Cristo revela... Kardec descortina... Diante, assim, do 3 de outubro que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a Ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Irmãos Unidos. Lição nº 18. Página 95. TRABALHO IMPORTANTE PENTATEUCO KARDEQUIANO As Obras Básicas da Doutrina Espírita, codificadas por Allan Kardec. Para quem deseja descobrir o espiritismo, saber do que se trata e ter fundamentos para entender e discutir esta doutrina, clarear tudo o que o nosso mestre Jesus tentou passar quando esteve entre nós, comecem lendo as obras básicas abaixo: 1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS (publicado em 18 de abril de 1857) Este é o livro básico da Filosofia Espírita. Nele estão contidos os princípios fundamentais do Espiritismo, tal como foram transmitidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, através do concurso de diversos médiuns. Seu conteúdo é apresentado em 4 partes. Das causas primárias. Do mundo espírita ou dos espíritos. Das Leis Morais e das esperanças e consolações. Eis alguns dos assuntos de que trata: prova da existência de Deus, Espírito e Matéria, formação dos mundos e dos seres vivos, povoamento da Terra, pluralidade dos mundos, origem e natureza dos Espíritos, perispírito, objetivos da encarnação, sexo dos Espíritos, percepções, sensações e sofrimentos dos Espíritos, aborto, sono e sonhos, influência do Espíritos nos acontecimentos da vida, pressentimento, Espíritos protetores e outros temas de real interesse ao homem atual. Na parte relativa às Leis Morais, os temas versam sobre o bem e o mal, a prece, necessidade de trabalho, casamento, celibato, necessário e supérfluo, pena de morte, influência do Espiritismo no Progresso da Humanidade, desigualdades sociais, igualdade de direitos do homem e da mulher, livre-arbítrio e conhecimento de si mesmo. E, finalmente, na última parte, refere-se aos temas: perdas de entes queridos, temor da morte, suicídio, natureza das penas e gozos futuros, Paraíso, Inferno e Purgatório. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 17


É um livro que abre novas perspectivas ao homem, pela interpretação que dá aos diversos aspectos da vida, sob o prisma das Leis Divinas, da existência e sobrevivência do Espírito e sua evolução natural e permanente, através de reencarnações sucessivas. Seus ensinamentos conduzem o homem atual à redescoberta de si mesmo, no campo do espírito, fornecendo-lhes recursos para que compreenda, sem mistério, que é, de onde veio e para onde vai. 2. O LIVRO DOS MÉDIUNS (publicado em janeiro de 1861) Este livro reúne o ensino especial dos Espíritos Superiores sobre a explicação de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com os espíritos, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que eventualmente possam surgir na prática mediúnica. É constituído de duas partes: Noções preliminares e Das manifestações espíritas. Dentre os vários assuntos que aborda, destacam-se: provas da existência dos Espíritos, o maravilhoso e o sobrenatural, modos de ser e proceder com os materialistas, três classes de espíritos, ordem a que devem obedecer os estudos espíritas: a ação dos Espíritos sobre a matéria, manifestações inteligentes, as mesas girantes, manifestações físicas, visuais, bicorporeidade, psicografia, laboratório do mundo invisível, ação curadora, lugares assombrados (com comentários sobre o exorcismo) tipos de médiuns e sua formação, perda e suspensão da mediunidade, inconvenientes e perigos da mediunidade, a influência do meio e da moral do médium nas comunicações espíritas, mediunidade nos animais, obsessão e meios de a combater, trata também de assuntos referentes à identidade dos Espíritos, às evocações de pessoas vivas, à telegrafia humana, além de vários temas intimamente relacionados com o Espiritismo experimental. Não menos importante são os capítulos dedicados às reuniões nas sociedades espíritas, ao regulamento oficial da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritos e ao Vocabulário Espírita. Como se observa, o Livro dos Médiuns é a obra básica da Ciência Espírita, graças a ele, o espiritismo firmou-se como Ciência Experimental. Embora publicado há mais de 100 anos, seu conteúdo é atual, seus ensinamentos permitem ao leitor estabelecer relações evidentes da Ciência Espírita com várias conquistas científicas da atualidade. 3. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em abril de 1864) Enquanto o Livro dos Espíritos apresenta a Filosofia Espírita e O Livro dos Médiuns a Ciência Espírita, O Evangelho Segundo o Espiritismo oferece a base e o roteiro da Religião Espírita. Logo na introdução deste livro, o leitor encontrará as explicações de Kardec sobre o objetivo da obra, esclarecimentos sobre a autoridade da Doutrina espírita, a significação de muitas palavras frequentemente empregadas nos textos evangélicos, a fim de facilitar a compreensão do leitor para o verdadeiro sentido de certas máximas do Cristo, que a primeira vista podem parecer estranhas. Ainda na introdução, refere-se a Sócrates e a Platão como precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo. O Evangelho Segundo o Espiritismo compõe-se de 28 capítulos, 27 dos quais dedicados à explicação das máximas de Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 18


Jesus, sua concordância com o Espiritismo e a sua aplicação às diversas situações da vida. O último capítulo apresenta uma coletânea de preces espíritas sem entretanto constituir um formulário absoluto, mas uma variante dos ensinamentos dos Espíritos e Verdade. Os ensinamentos que contém são adaptáveis a todas as pátrias, comunidades e raças. É o código de princípios morais do Universo, que restabelece o ensino do Evangelho de Jesus, no seu verdadeiro sentido, isto é, em Espírito e Verdade. Sua leitura e estudo são imprescindíveis aos espíritas e a todos que se preocupam com a formação moral das criaturas, independente de crença religiosa. É fonte inesgotável de sugestões para a construção de um Mundo de Paz e Fraternidade. 4. O CÉU E O INFERNO (publicado em agosto de 1865) Denominado também “A Justiça Divina Segundo o Espiritismo”, este livro oferece o exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual. Na primeira parte, são expostos vários assuntos: causas do temor da morte, porque os espíritas não temem a morte, o céu, o inferno, o inferno cristão imitado do pagão, os limbos, quadro do inferno pagão, esboço do inferno cristão, purgatório, doutrina das penas eternas, código penal da vida futura, os anjos segunda a igreja e o Espiritismo, aborda também vários pontos relacionados com a origem da crença dos demônios, segundo a igreja e o Espiritismo, intervenção dos demônios nas modernas manifestações, a proibição de evocar os mortos. A segunda parte deste livro é dedicada ao Pensamento; Kardec reuniu várias dissertações de casos reais, a fim de demonstrar a situação da alma, durante e após a morte física, proporcionando ao leitor amplas condições para que possa compreender a ação da Lei de Causa e Efeito, em perfeito equilíbrio com as Leis Divinas; assim, constam desta parte, narrações de espíritos infelizes, espíritos em condições medianas, sofredores, suicidas, criminosos e espíritos endurecidos. O Céu e o Inferno coloca ao alcance de todos os conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a Justiça Divina, em concordância com o princípio evangélico: “A cada um segundo suas obras”. 5. A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868) “Esta nova obra, esclarece Kardec, é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. Conforme seu título o indica, ela tem por objeto o estudo dos três pontos, até agora, diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os Milagres e as Predições, em suas relações com as novas leis decorrentes da observação dos fenômenos espíritas”. Assim, em seus 18 capítulos, destacam-se os temas: caráter da revelação Espirita, existência de Deus, origem do bem e do mal, destruição dos seres vivos uns pelos outros, refere-se também a uranografia geral, com várias explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, o dilúvio bíblico e os cataclismos futuros, em seguida apresenta interessante estudo sobre a formação primária dos seres vivos, o princípio vital, a geração espontânea, o homem Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 19


corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria. No tocante as milagres, expõe amplo estudo, no sentido teológico e na interpretação espírita; faz vários comentários sobre os fluidos, sua natureza e propriedades, relacionando-se com a formação do perispírito, e, ao mesmo tempo, com a causa de alguns fatos tidos como sobrenaturais. Desta forma, dá explicação de vários “milagres” contidos nos Evangelhos, entre eles, O cego de Betsaida, os dez leprosos, o cego de nascença, o paralítico da piscina, Lázaro, Jesus caminhando sobre as águas. A multiplicação dos pães e outros. Posteriormente, expõe a teoria da Presciência e as Predições do Evangelho, esclarecendo suas causas, à luz da Doutrina Espírita. Finalizando este livro apresenta um capítulo intitulado “São chegados os tempos”, no qual aborda a marcha progressiva do Globo, no campo físico e moral, impulsionada pela Lei do Progresso. Com este livro completa-se o conjunto das Obras Básicas da Codificação Espírita, também denominado “Pentateuco Kardequiano”. 6. OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890) Este livro foi publicado somente 21 anos após a desencarnação de Allan Kardec. Obras Póstumas apresenta vários trabalhos do mestre que nunca haviam aparecido em livro. Na verdade, a maioria já havia sido publicada na Revista Espírita, logo após o seu desencarne, como pode ser verificado consultando o volume da coleção correspondente ao ano de 1869. Constam dele a biografia de Allan Kardec (transcrita da Revista Espírita de maio de 1869) e o discurso de Camille Flammarion, pronunciado junto ao túmulo de Allan Kardec. Ao lado das obras da Codificação Espírita que formam o “Pentateuco Kardequiano”, Obras Póstumas constituí valiosa contribuição ao esclarecimento de vários temas fundamentais do Espiritismo, como: Deus, a alma, a criação, caracteres e conseqüências religiosas das manifestações dos espíritos, o perispírito como princípio das manifestações, manifestações visuais, transfiguração, emancipação da alma, aparição de pessoas vivas, bi-corporeidade, obsessão e possessão, segunda vista, conhecimento do futuro, introdução ao estudo da fotografia e da telegrafia do pensamento. Allan Kardec apresenta vasto estudo sobre a natureza do Cristo, sob vários ângulos e incorpora a este estudo a opinião dos apóstolos e a predição dos profetas, com relação a Jesus. Paralelamente trata também da teoria da beleza, estendendo os comentários à música celeste, à música espírita e encerra a primeira parte deste livro, com a exposição do tema “As alternativas da Humanidade”. Na segunda parte relata, com detalhes, sua iniciação no Espiritismo, a revelação de sua missão, a identificação de seu Guia espiritual, além de outros fatos relacionados a acontecimentos pessoais. Complementando, faz a apresentação da “Constituição do Espiritismo”, destacando a necessidade de se estabelecer uma Comissão Central para orientar o desenvolvimento doutrinário. É oportuno salientar que desta Constituição nasceu o Movimento de Unificação dos Espíritas do Estado de São Paulo, que vem sendo coordenado pela USE-SP – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo desde sua fundação, em 1947. Este livro representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 20


7. OUTRAS OBRAS Além das Obras Básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como: • A obsessão; • Catálogo racional para a criação de uma biblioteca espírita; • Instruções práticas sobre as manifestações espíritas; • O espiritismo em sua mais simples expressão; • O que é o espiritismo; • Resumo da lei dos fenômenos espíritas; • Revista espírita, “jornal” que esteve sob sua direção por 12 anos; • Viagem espírita em 1862. Transcrito do link: https://ceacs.wordpress.com/ceac/como-comecar-no-espiritismo-pentateucoespirita/ PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA ALLAN KARDEC Um menino nascia em 3 de outubro de 1804, na cidade francesa de Lion, localizada a mais ou menos quinhentos quilômetros ao sul de Paris, próximo à divisa com a Suíça. Era uma quarta-feira, às 19 horas, e foi registrado com o nome de Denisard Hypolite Leon Rivail. Foi batizado em 15 de junho de 1805, na Igreja Católica de Saint-Denis de la Croix Rousse. Os autores divergem quanto ao seu nome correto. Temos Leon Hipollyte Denizard Rivail, Hippolyte Leon Denizard Rivail e Denizard Hippolyte León Rivail. Mas na certidão de nascimento está Denisard Hypolite Leon Rivail, o mesmo que consta da certidão de óbito. Foi filho único do casal Jean Baptiste Antoine Rivail, magistrado, e Jeane Louise Duhamed, que o criou num ambiente de amor e paz e teve como orientações primeiras a retidão, a honestidade e o gosto pelos estudos. Aos 12 anos foi estudar na Suíça, no Instituto Pestalozzi, em Iverdum, próximo ao lago Neuchatel e a importante cidade de Berna. O mestre era Johann Heinrich Pestalozzi, doutor em direito e professor da Universidade de Zurique, que revolucionou a França e a Alemanha no final do século XVIII com seu método de ensino conhecido como ‘Educação Ativa”, num colégio fundado em 1805. Aos quatorze anos, Denisard começou a receber maiores incumbências dentro do instituto, pois era muito inteligente e dos discípulos do mestre era o mais zeloso e entusiasta divulgador dos seus métodos de ensino. Pestalozzi confiava muito em Denisard, e devido a essa confiança, quando ele tinha aproximadamente dezesseis anos, Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 21


passou a tomar conta do instituto praticamente sozinho, coordenava e lecionava. Pestalozzi viajava por toda a Europa para divulgar e dar palestras sobre seu sistema de educação. A formação religiosa de Denisard era Católica, mas a Suíça era um País eminentemente protestante. Por esse motivo ele sofreu muitos atos de intolerância que lhe causaram descontentamentos. Esses incômodos fizeram nascer em sua mente pensamentos de uma reforma religiosa. Sua idéia inicial era unir todas as crenças. Mas, ele trabalhou em silêncio. Quando terminou os estudos na Suíça, em 1824, Denisard voltou à França deixando o grande mestre Pestalozzi já velho, sofrido e esgotado pela sua luta missionária, providenciando o fechamento do famoso instituto. Isento do serviço militar, Denisard vai para Paris onde funda seu próprio instituto técnico. Tinha grande conhecimento sobre magnetismo, que havia estudado em 1823. É neste momento que ele conhece e se apaixona por Amélie Gabriele de La Combe Boudet, professora de desenho, com quem se casa. Ela era nove anos mais velha. O casamento deu-se a 6 de fevereiro de 1832. Dominava, além do francês, sua língua natal, também o alemão, o holandês e o inglês, além de falar o espanhol e o italiano e ainda, tinha fortes conhecimentos do latim, do grego e do gaulês. Pelo fato de gostar, particularmente, muito do alemão, traduziu para esta língua importante obras sobre educação moral, principalmente do filósofo francês Fénelon. Publicou suas primeiras obras: “Aritmética do 1.º Grau”, 1824, e Plano Proposto para a Melhoria da Instrução Pública, 1828, deixando claro a grande herança moral e educacional herdada do Mestre Pestalozzi. Em 1829 publicou Curso Prático e Teórico de Aritmética – em dois volumes (Segundo os Métodos de Pestalozzi). Esse livro era para o uso de professores primários e mães de família (molas propulsoras na educação da humanidade). Publicou também outros de Gramática, Física, Química e Astronomia (disciplinas que Denisard lecionava gratuitamente em sua residência para alunos pobres). Publicou também uma obra, que ainda hoje é editada, devido a sua importância para a França, que é: -Estudos para os Exames da Prefeitura de Sorbonne. A intenção de Denisard, com a publicação dessas obras, era unir e esclarecer as pessoas ligando-as ainda mais à sua terra e às suas famílias; ele seguia o lema “Família, Amor e Pátria”. De inteligência notável e vocação literária, Denisard começa a escrever muitas obras didáticas, projetando-se no cenário escolar. Sentia-se plenamente integrado na função de orientador, mas faltava algo, que lhe estava reservado. É quando surgem as mesas girantes que serviam de divertimento para a sociedade francesa e que ele assistiu uma reunião pela primeira vez em uma terça-feira em meados de maio de 1855. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 22


Depois de observar e perceber a seriedade dos fenômenos, quando as “mesas” respondiam perguntas desconhecidas das pessoas, passou a freqüentar as reuniões em diferentes residências. Em 30 de abril de 1856, na casa da Sra. Roustan, a médium Celine Japhet, com 14 anos, transmite a primeira revelação positiva de sua missão. Cabia-lhe desvendar todo mistério que os senhores Carlotti, Taillandier, Tiedman, Sardou, Didier e outros, haviam reunido em cinqüenta cadernos de comunicações diversas que puseram à disposição de Denisard. Finalmente, compila e revisa todos os dados do livro que organizou e lança em 18 de abril de 1857, a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, com 501 perguntas e respostas. Usa o pseudônimo Allan Kardec, num misto de modéstia e razão para que a obra fosse lida pelo conteúdo e não pelo nome do autor, pessoa já de algum prestígio no mundo literário. O nome foi sugerido pelos Espíritos e era o que ele tivera em encarnação antes de Cristo tempo em que era um Sacerdote do povo druidas Em 18 de março de 1860, revisaria e ampliaria a obra lançando a segunda edição que permanece até hoje, com 1019 questões. Logo em 1 de janeiro de 1858, numa sexta-feira, cria a Revista Espírita para anotações e divulgação de tudo o que ocorria no movimento espírita em diferentes lugares, inclusive fora do país. Em 1 de abril de 1858, numa quinta-feira, fundaria a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, o primeiro Centro Espírita para reunião e estudo. Passa por momentos difíceis de lutas e perseguições, quando é vítima de calúnias que o levam a ser processado. Mas tudo superava e seguia firme no seu trabalho. Sabotado acaba tendo problemas com seu colégio que abandona e se dedica exclusivamente ao Espiritismo. Numa terça-feira, 15 de janeiro de 1861, lança “O Livro dos Médiuns”, ampliação da parte terceira de “O Livro dos Espíritos”, tratando do relacionamento entre os dois planos de vida. No dia 29 de abril de 1864, sexta-feira, lança o livro que daria caráter religioso à Doutrina, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, lançado originalmente como A Imitação do Evangelho. Eram as Leis Morais. A obra se deveu também a conversa que manteve com seu Espírito guia, em 9 de outubro de 1863, enquanto a elaborava, quando este lhe disse : “Aproxima-se a hora em que terás de apresentar o Espiritismo como ele é realmente, mostrando a todos onde se encontra a verdadeira doutrina ensinada pelo Cristo. Aproxima-se a hora em que, diante do Céu e da Terra, terás de proclamar o Espiritismo como a única tradição verdadeiramente cristã e a única instituição verdadeiramente divina e humana. Ao te escolher, os Espíritos conheciam a solidez de tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual um muro de aço, resistiria a todos os ataques.” Em 1 de agosto de 1865, terça-feira, lança “O Céu e o Inferno”, com explicações sobre a quarta parte de O Livro dos Espíritos, que são as esperanças e consolações na visão espírita. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 23


Finalmente, numa segunda-feira, em 6 de janeiro de 1868, lança “A Gênese” com análise da parte primeira do Livro: Deus e a Criação. Já havia escrito algumas outras pequenas obras como O Principiante Espírita, O que é o Espiritismo, O Espiritismo em sua expressão mais simples, Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas, Preces Espíritas, etc. Em 31 de março de 1869, quando se preparava para mudar de local para ampliação das suas tarefas, é vitimado pelo rompimento de um aneurisma. Sua esposa, Amélie, ainda lutaria muito pela divulgação doutrinária até que também sucumbiria a 21 de janeiro de 1883, com quase 90 anos. Seu editor publicaria ainda, em 1890, as Obras Póstumas de Allan Kardec, onde se vê registrada toda a sua preocupação com a doutrina espírita e o que seria dela depois que ele se fosse. Uma leitura que vale muito a pena. Se hoje estudamos o Espiritismo, essa doutrina que liberta o homem, devemos tudo ao Codificador Allan Kardec, pelo esforço e zelo demonstrados para que a Doutrina fosse organização e pudéssemos ter acesso a ela, com a clareza que hoje ela nos chega. Que Deus o abençoe, caro missionário, onde quer que se encontre nesta sua caminhada nas trilhas da vida eterna!… Transcrito do link: https://essenios.wordpress.com/2008/10/27/conheca-allan-kardec/ DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO OUTUBRO Dia 01 de 1923 – Em 1923, em Buenos Aires, Argentina, fundação da revista La Idea, por Angel Scarnichia. Dia 01 de 2003 – Em 2003, é criado o Momento em Casa, oferecendo a possibilidade de receber, aos que se cadastrem através do site do Momento Espírita, de segunda a sexta, de 3 a 4 textos, selecionados a partir dos transmitidos, na semana, através das Rádios, na Capital do Estado. Dia 02 de 1860 – Em 1860, nasce em Ayerbe, província de Huesca na Espanha, Angel Aguarod. Desencarna em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 13 de novembro de 1932. Dia 02 de 1920 – Em 1920, em Paraíba do Sul, Rio de Janeiro, fundado o Centro Espírita União e Caridade. Dia 03 de 1804 – Em 1804, nasce em Lyon, França, Hippolyte Léon Denizard Rivail, cognominado Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo. Desencarna em Paris, França, no dia 31 de março de 1869. Dia 03 de 1947 – Em 1947, realizado o 1º Congresso Espírita Panamericano. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 24


Dia 03 de 1950 – Em 1950, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, Francisco Cândido Xavier recebe mensagem de São Francisco de Assis, dirigida ao médium Divaldo Pereira Franco. Dia 05 de 1939 – Em 1939, em Juiz de Fora, Minas Gerais, fundada a Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora. Dia 05 de 1949 – Em 1949, no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, assinado o Pacto Áureo, com vistas à Unificação do Movimento Espírita, depois de aceitos os 18 itens apresentados pelo Presidente da Federação Espírita Brasileira, Dr. Antônio Wantuil de Freitas. Dia 05 de 1951 – Em 1951, editado, pela Federação Espírita Brasileira - FEB, o romance Há dois mil anos, do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Dia 09 de 1900 – Em 1900, nasce no Recife, PE, Djalma Montenegro de Farias, orador, jornalista espírita e por três vezes Presidente da Federação Espírita Pernambucana. Desencarna em 6 de maio de 1950. Dia 12 de 1985 – Em 1985, em Buenos Aires, Argentina, abertura do 1º Congresso de Periodistas e Escritores Espíritas. Dia 13 de 1990 – Em 1990, abertura da 4ª Jornada para Estudo da Reencarnação, em Buenos Aires, Argentina, promovida pela Sociedade Espírita Victor Hugo, sob a presidência de Mário Bruno. Dia 14 de 1881 – Em 1881, nasce em Liège, Bélgica, José Lhome, divulgador do Espiritismo, Presidente da Federação Espírita da Bélgica. Desencarna em 3 de maio de 1949, na mesma cidade. Dia 15 de 1953 – Em 1953, em Salvador, Bahia, na região dos Alagados, Divaldo Pereira Franco funda a Casa de Jesus, de taipa, com a ajuda de colaboradores, destinada a acolher doentes e moribundos sem recursos, e que encerrou suas atividades em 1962, em virtude da sua destruição pelas chuvas. Dia 17 de 1841 – Em 1841, nasce em São Luís, Capital do Maranhão, Francisco Raimundo Ewerton Quadros, que foi o primeiro Presidente da Federação Espírita Brasileira. Desencarna no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 1919. Dia 18 de 1859 – Em 1859, nasce em Paris, França, Henri Bergson, Presidente da Psychical Research de Londres. Desencarna em 5 de janeiro de 1941, em Londres, Inglaterra. Dia 18 de 1918 – Em 1918, nasce em Congonhas do Campo, MG, o médium José Pedro de Freitas, conhecido como Zé Arigó. Desencarna em desastre automobilístico em 11 de janeiro de 1971. Dia 20 de 1950 – Em 1950, em Teresina, Piauí, fundada a Federação Espírita Piauiense. Dia 22 de 1922 – Em 1922, nasce Irma de Castro Rocha, conhecida como Meimei, em Mateus Leme, Minas Gerais. Desencarna no mesmo Estado, em Belo Horizonte, a 1º de outubro de 1946. Dia 30 de 1950 – Em 1950, em São Luís, Maranhão, fundada a Federação Espírita do Estado do Maranhão, sendo fundador e primeiro Presidente Antônio Alves Martins. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 25


Dia 31 de 1949 – Em 1949, partindo do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, inicia-se a Caravana da Fraternidade, composta por Leopoldo Machado, Lins de Vasconcelos, Carlos Jordão da Silva, Ary Casadio e Francisco Spinelli, com destino a todo Norte e Nordeste, criando os órgãos Federativos Estaduais. LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA “MARIA DOLORES” Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro UMA RECEITA DE VIDA – Richard Simonetti Atendendo às expectativas dos leitores, este livro compõe uma receita valiosa, combinando: Autoajuda. Conhecimento espírita. Princípios evangélicos. Poderes da mente humana. Experiências instigantes. Citações exemplares. No conjunto, é uma obra para saborear, leitura agradável e esclarecedora, no estilo bem-humorado, claro e objetivo que consagrou o autor, para uma vida sem esmorecimento, a fim de florescermos onde estamos plantados. O QUE FAZEMOS NESTE MUNDO? – Richard Simonetti Qual a finalidade da existência humana? Baseando-se nos ensinamentos espíritas, traz oportunos e bem humorados comentários sobre o que estamos fazendo no mundo.

AUTISMO, UMA LEITURA ESPIRITUAL – Hermínio C. Miranda O mundo fechado do autismo continua sendo um enigma para a ciência. Variadas e conflitantes abordagens, predominantemente genéticas, não chegam a resultados conclusivos. Este trabalho se distingue por basearse numa premissa inteiramente original: a de que o ser humano é um espírito imortal, que preexiste à sua atual existência, a qual é consequência do que foi semeado em vidas anteriores. Além de familiares e especialistas merece ser lido por todos, pois abre perspectivas fascinantes, senão para a cura definitiva, ao menos para atenuar e entender o problema. CAMÉLIAS DE LUZ – Pelo Espírito Antonio Frederico – Psicografado pela médium Cirinéia Iolanda Maffei No Brasil do final do século 19, três mulheres têm suas existências entrelaçadas entre amores, paixões, derrotas e conquistas. Em meio às fazendas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, em um momento préabolicionista, elas vivenciam desencontros e são marcadas pela paixão que cega, enlouquece e desencadeia processos obsessivos, pelo orgulho que leva ao crime e o despertar de consciências que aprimora os sentimentos e estabelece o equilíbrio. Acontecimentos que fazem parte da história brasileira são abordados sob o prisma espiritual como a rotina das camélias do quilombo do Leblon, símbolos do movimento abolicionista, as quais lutavam pela liberdade de um povo. Uma história que jamais será esquecida. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 11 – Nº 133 – Outubro/2017 Página 26


SUGESTÃO DE LEITURA INSTRUÇÕES DE ALLAN KARDEC AO MOVIMENTO ESPÍRITA – Allan Kardec – Tradutor: Evandro Noleto Bezerra Nem todos os espíritas já tiveram oportunidade de compulsar as páginas da Revista Espírita? o jornal de estudos psicológicos de Allan Kardec? Publicada sob a sua responsabilidade direta no período de janeiro de 1858 a abril de 1869. Todavia, além das matérias de cunho doutrinário e daquelas relacionadas com a fenomenologia mediúnica, seus 12 volumes estão repletos de instruções e esclarecimentos de grande valia, da lavra do próprio Codificador, especialmente dirigidos aos espíritas e ao Movimento Espírita. São orientações judiciosas, que primam pela urbanidade, pela clareza e pela correção de estilo, muitas delas visando à formação de grupos e de sociedades espíritas que, então, se multiplicavam na França e em outros países. Dir-se-ia que foram escritas hoje, tamanha é a sua atualidade e oportunidade. Ao selecioná-las e enfeixá-las num só volume, é nossa intenção disponibilizar aos companheiros de ideal, sobretudo aos dirigentes e trabalhadores espíritas, de maneira fácil e cômoda, quase tudo quanto escreveu Allan Kardec sobre tão fascinante assunto. Com o mesmo objetivo, pinçamos alguns artigos de Obras póstumas e os agregamos a esta coletânea. O último deles sintetiza de modo admirável o pensamento de Allan Kardec a respeito da caridade, tal qual a entendia Jesus. A CONVIVÊNCIA NA CASA ESPÍRITA - REFLEXÕES E APONTAMENTOS COM BASE NAS INSTRUÇÕES DE ALLAN KARDEC Um estudo dos relacionamentos humanos nas casas espíritas, com seu foco sobre a qualidade dessas convivências. Observações do codificador, em seus vários escritos, instruções delicadas para nos guiar nessa tarefa. É necessário trazermos o pensamento espírita, em sua base kardequiana, para fortalecermos nossa socialização e união. Diríamos Associados às mágoas e ressentimentos, contribuem para fragilizar os laços humanos. HUMOR ESPÍRITA – “Já Nasce Sabendo” http://espitirinhas.blogspot.com.br

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