Jornal Espírita de Uberaba nº 129

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Ano 10 – nº 129 – Junho/2017 – “Fundado em outubro de 2006” RESPONSÁVEL: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG) FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba / TWITTER: @jornalespirita SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: contato@jornalespiritadeuberaba.com.br / WHATSAPP: (34) 9 9969-7191

“Alimenta os necessitados e agasalha-os, tanto quanto possível, mas, onde estiveres e seja com quem for, salienta qualidades e esperanças, esquecendo chagas e defeitos, para que a beneficência, em tuas mãos, não se pareça com um prato de mel misturado com espinhos”. Emmanuel EDITORIAL O TRABALHO EM EQUIPE NA CASA ESPÍRITA Vamos nos unir para melhor servir! Não existe casa espírita ou instituição qualquer, que possa dispensar a presença de pessoas para fazê-la funcionar a contento em atendimento aos seus objetivos anteriormente traçados, mesmo quando a atividade de determinada instituição seja em sua grande parte executadas por máquinas, ainda assim, os objetivos são obviamente planejados por alguém, e pede como consequência a vigilância e a manutenção do homem. Especialmente na casa espírita, em virtude das nobres atividades a que se propõe, muito mais dependente se faz, da união e da cooperação de seus tarefeiros em todas as atividades que nela se realizarem, onde o entrosamento e o bom relacionamento dos seus membros são fatores determinantes do bom êxito nos cometimentos espirituais a que se destina. No trabalho em grupo da casa espírita, o individualismo deve ceder lugar ao espírito de equipe para que possa lograr sucesso nas atividades em desenvolvimento. Para tanto é imprescindível que algumas medidas sejam antecipadamente estabelecidas para que o personalismo exacerbado não prejudique o conjunto que deve buscar a cada dia o aprimoramento de todos e das atividades da casa. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 1


Antes do começo da tarefa a que se destina o grupo, é preciso que se reúnam para que possam juntos participar da elaboração das propostas e definirem a responsabilidades de cada membro do grupo. Após esse acordo definido, é necessário que todos se entreguem ao trabalho com boa vontade e comprometimento com as metas a alcançar, elaboradas quando do planejamento, e, cada tarefeiro se esmere na parte da tarefa, que lhe está determinada. Preciso se faz, que a tarefa de responsabilidade do grupo, seja constantemente avaliada por todos os seus participantes, para que sejam feitas as adaptações, as mudanças ou as possíveis modificações que se fizerem necessárias nas partes que não estiverem alcançando os resultados almejados, sem que isso seja motivo de constrangimento para quem quer que seja, e ouvindo-se e analisando-se com equilíbrio as críticas e as sugestões de todos, se possa encontrar as soluções mais adequadas para a melhora da situação, proporcionando a integração e a harmonia da equipe, facilitando um relacionamento sincero e fraterno entre os indivíduos envolvidos no trabalho. É necessário que todos entendam que não existe o grupo perfeito e que por essa razão, é importante trabalhar as diferenças existentes entre cada membro da equipe, que podem ter causas diversas, entre outras as diferenças sociais, culturais etc., e que os possíveis conflitos que surgirem devem ser administrados com equilíbrio, paciência, compreensão e muita conversa, para que sejam evitadas de todas as formas possíveis, as pequeninas querelas que se não forem bem administradas podem se tornar sérios obstáculos ao bom desempenho do grupo na conquista do objetivo planejado. Importante ressaltar que o grupo disposto ao trabalho com Jesus, não prescinde do espírito de equipe, onde "Deus é por todos e cada criatura pelos seus irmãos". Nesse diapasão cada qual possa se transformar em braço do Cristo a serviço da paz e do bem, em constante progresso em direção à pureza espiritual que estamos destinados. “A benfeitora Joanna de Angelis nos esclarece”: “Estamos no lugar certo, ao lado das pessoas corretas, vivendo com aqueles que nos são melhores elementos para a execução do programa. A pretexto de novas experiências ou fascinados pela utopia de novas emoções, não perturbemos o culto dos deveres a que nos jugulamos com fidelidade”. “Tornemo-nos o vaso onde deve arder a flama do bem, oferecendo, também, o óleo dos nossos esforços reunidos a benefício da intensidade da luz”. Fontes: 1) Livro Após a Tempestade – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, Cap. 24. 2) Grifos nossos. Francisco Rebouças Transcrito do link: http://www.correioespirita.org.br/categorias/artigosdiversos/544-o-trabalho-em-equipe-na-casa-esp%C3%ADrita Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 2


EVENTOS ESPÍRITAS ENCONTRO VIVÊNCIA XAVIER O Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier convida a todos para a programação de palestras no mês de junho: Local: Avenida João XXIII nº 1469 – Parque das Américas Horário: 19h30min Dia 23/06: Célio Afonso Dia 30/06: Cel. Maurílio Modesto Cunha REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA Palestra: POR QUE ESTUDAR A DOUTRINA ESPÍRITA? Expositor: LUCIANO SIVIERI VARANDA Programação: Palestra, Apresentação Musical, Sorteio de Livros e Confraternização. Data: 24 de Junho de 2017 (sábado) Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba CONVITE – “VIVÊNCIA XAVIER” Tema: 90 Anos do Início da Mediunidade de Chico Xavier Expositora: Sônia Izabel Benaventana Local: Comunhão Espírita Cristã (Rua Prof. Eurípedes Barsanulfo nº 185 – Parque das Américas – Uberaba-MG). Data: 03/07/2017 (segunda-feira) Horário: 19h30min EM DIA COM O ESPIRITISMO ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA - ESDE A Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Tocantins nº 285 – Vila Celeste) – Grupo Espírita Cairbar Schutel está com novas turmas do “Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita – ESDE”. Há dois horários disponíveis para novas turmas, na quarta-feira às 19h30min e outro no sábado às 17h. Inscrições Abertas através do e-mail apoioesde.gecs@gmail.com ou pelos telefones: Livraria Espírita Emmanuel – 3312-8327 e Banca Espírita Maria Dolores – 3316-6050. Participe! ESPECIAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ARTISTAS ESPÍRITAS LABRARTEI Dez anos de conquistas A Associação Brasileira de Artistas Espíritas completou no dia 8 de junho, o seu décimo aniversário. Fundada em 2007 por 45 artistas de 14 diferentes Estados, que se reuniram por ocasião do 4° Fórum Nacional de Arte Espírita, em Salvador, na Bahia, a Abrarte é uma organização nacional que tem por finalidade proporcionar a união dos grupos, dos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 3


artistas e dos companheiros dedicados e de ideal, servindo de veículo de intercâmbio de experiências, de aprendizado, promovendo o crescimento/aperfeiçoamento dos grupos e artistas, através de ações que estimulem o desenvolvimento da criatividade, a produção de trabalhos originais e de teor eminentemente espírita; e proporcionando reflexões e debates em torno da Arte Espírita. Atualmente congrega 180 associados de 21 unidades da Federação. Nesta edição especial de Notícias da Abrarte, uma pequena retrospectiva dessa história, marcada por muitos desafios, superações e conquistas. L2004-2007I Os antecedentes O desejo de criação da Abrarte é antigo – desde a década de 1990 – , mas ainda não havia sido viabilizado em função de diversos fatores. Sua fundação se deu a partir do movimento chamado Fórum de Arte Espírita, que reúne artistas e integrantes de grupos espíritas de arte de várias cidades e estados brasileiros. O Fórum iniciou em 2004, com a realização, nos dias 14 e 15 de agosto daquele ano, de um pequeno encontro de coordenadores de grupos espíritas de arte, em Florianópolis. Esse evento reuniu 31 pessoas, de grupos da capital catarinense, de Curitiba, de Paranavaí, e ainda alguns integrantes de Itajaí e Balneário Camboriú. Naquele encontro, nomeado 1° Fórum sobre Arte Espírita, foram discutidas várias coisas, entre elas, a necessidade de integração e união dos grupos. Foi criada, então, uma lista de e-mails, para intercâmbio. Esta lista começou a funcionar no dia 17 de agosto de 2004, com os 31 participantes daquele 1° Fórum. Posteriormente, os próprios integrantes da lista foram indicando novos companheiros e, gradativamente, a lista foi crescendo, inclusive, ultrapassando os limites do Sul do Brasil. O primeiro Estado a se integrar foi São Paulo, com alguns participantes de Franca e Araras. Em outubro de 2005, companheiros de Goiânia também passaram a participar da lista que, gradativamente, foi deixando de ser exclusiva do eixo Santa Catarina/Paraná/São Paulo para começar a ganhar o país. Através das discussões na lista, decidiu-se realizar um segundo encontro de coordenadores, o qual ficou caracterizado como o 2° Fórum de Arte Espírita, e que aconteceu na cidade de Curitiba, nos dias 10 e 11 de dezembro de 2005. Participaram deste encontro mais dois estados, além daqueles dois do primeiro Fórum: São Paulo e Minas Gerais. Nesse Fórum de Curitiba começou-se a pensar na possibilidade de resgatar a proposta da criação de uma associação nacional de artistas espíritas, ideia originária dos anos 90. A proposta, no entanto, ficou para ser melhor discutida num futuro fórum, o qual foi designado para acontecer na cidade de Araras, no feriado de Corpus Christi de 2006. De resultado concreto, nesse encontro de Curitiba, foi deliberada a criação de um jornal informativo semanal, que começou a funcionar no dia 3 de março de 2006, com o nome Notícias do Fórum – posteriormente renomeado Notícias da Abrarte –, distribuído pela lista de e-mails todas as sextas-feiras. Em janeiro de 2006, a Revista Internacional de Espiritismo (RIE) trouxe uma notícia que chamou a atenção dos participantes da lista do Fórum: a realização de um evento chamado igualmente de Fórum de Arte Espírita, que iria acontecer em Salvador em março daquele ano. O que chamou a atenção foi o fato de o evento ter o mesmo nome e objetivos do Fórum que se fazia no Sul/Sudeste. Imediatamente entrou-se em contato Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 4


por e-mail com a organização do fórum baiano e a partir de então a Bahia também começou a se integrar com o movimento e a fazer parte da lista de e-mails. Isso aconteceu bem na época em que se estava organizando e divulgando o 3° Fórum de Arte Espírita, que iria acontecer em Araras. Por outra dessas felizes coincidências que só a Espiritualidade pode explicar, integrantes do Estado do Espírito Santo foram indicados para entrar na lista nesta mesma época. Resultado: Araras organizou o 3° Fórum com mais três estados integrados, além dos quatro que já haviam se reunido em Curitiba: Goiás, Bahia e Espírito Santo. Na pauta de discussão, a necessidade da contínua integração dos artistas e grupos, o fortalecimento e a definitiva nacionalização do movimento e a necessidade premente da organização da Associação Brasileira de Artistas Espíritas, denominação já definida em Araras e que ficou sendo a pauta principal de um próximo Fórum, para o qual a cidade de Salvador candidatou-se para sediar. Ainda em Araras, formou-se algumas comissões, uma delas responsável pela criação de um site e outra pela organização de uma proposta de estatuto para a futura Associação. O site surgiu antes mesmo da fundação oficial da Abrarte, sendo inaugurado no dia 15 de março de 2007. Conforme programado, no ano seguinte a Bahia dava continuidade ao projeto, promovendo o 4° Fórum Nacional de Arte Espírita, realizado nos dias 7, 8 e 9 de junho, na sede da federação espírita do Estado. Em decorrência do estímulo e da motivação gerados, depois de Araras, novos participantes integraram-se à lista de e-mails, o que aumentou significativamente a participação de Estados nordestinos no movimento. Desta forma, Salvador recebeu nada mais que o dobro do número de Estados verificados no ano anterior. Reuniram-se aos sete já participantes os Estados do Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Tocantins, totalizando 14 unidades federativas. Foi neste clima de integração e união que se viabilizou, finalmente, o grande sonho de fundação da Associação Brasileira de Artistas Espíritas. Nas primeiras reuniões plenárias do Fórum de Salvador foi discutida a proposta do estatuto, que já estava em discussão, pela lista de emails, desde o mês de fevereiro de 2007. A assembleia geral de fundação da Abrarte ocorreu no dia 8 de junho, às 20 horas. Neste mesmo momento foi eleita a primeira diretoria da instituição, com Rogério Silva no cargo de presidente e Edmundo Cezar como vice-presidente. Concretizava-se, assim, após quatro anos de sucessivos encontros – inspirado em iniciativas ocorridas na década de 1990 –, o grande ideal de união e integração dos artistas espíritas brasileiros. L2007-2009I As primeiras ações Com a criação da Abrarte, o projeto Fórum de Arte Espírita continuou existindo. Em 2008, a cidade de Vitória sediou a quinta edição do evento, a primeira feita sob os auspícios da Abrarte, oportunidade em que foi lançado o Cadernos de Arte da Abrarte, publicação que reunia artigos de artistas de diversas partes do país, fomentando a busca pela qualificação no estabelecimento de princípios para a prática artística de caráter espírita. O ano de 2008 ficou marcado também pelos primeiros contatos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 5


institucionais com o movimento federativo. Em 29 e 30 de março daquele ano, o então 2° Secretário da Abrarte, Francisco Leite, visitou o Amazonas, integrando-se com artistas espíritas locais na federação espírita do estado; e em 11 de julho, o presidente e o 2° tesoureiro da época, Rogério Silva e Marcus Azuma, respectivamente, visitaram a Federação Espírita do Paraná (FEP), onde se reuniram com a diretoria dessa federativa, divulgando o trabalho da Abrarte e abrindo um canal com a Federação Espírita Brasileira. Fruto desse contato, em agosto a diretoria da Abrarte reuniu-se presencialmente na sede da FEP simultaneamente com a reunião do seu Conselho Federativo Estadual. Na oportunidade, o então secretário geral do Conselho Federativo Nacional (CFN), Antônio Cesar Perry de Carvalho, convidou a Abrarte a visitar a FEB e a participar da reunião do CFN, fato que veio a se efetuar entre 5 e 9 de novembro de 2008. Dos encontros com a diretoria da FEB, com as entidades especializadas e demais federativas estaduais resultou uma ampla divulgação da Abrarte ao movimento espírita brasileiro e seu reconhecimento como entidade representativa dos artistas espíritas do Brasil. A Abrarte passou a fazer parte das entidades especializadas de âmbito nacional e integrou-se à comissão designada pelo CFN para discutir e estruturar uma proposta de trabalho artístico no movimento espírita, que culminaram com a publicação pela FEB, em fevereiro de 2014, do documento Orientação para o uso da Arte na Atividade Espírita, instituído pela Resolução CFN nº 05/2014. Ainda em 2008, nos dias 14, 15 e 16 de novembro, a cidade de Guaiuba, na Grande Fortaleza, abriu a série de edições da Mostra Abrarte regional, evento que, ao longo dos 10 anos, repetiu-se em todas as regiões brasileiras: o Nordeste foi contemplado com mais quatro edições (Natal, em 2009; Teresina, 2011; Recife, 2013; e João Pessoa, 2016); o Sudeste com duas (Campinas, 2009; e Rio de Janeiro, 2011); o Centro-oeste com três (Brasília, 2011; Goiânia, 2012; e Campo Grande; 2014); o Sul com uma (Blumenau, 2012), e o Norte também com uma (Macapá, 2015). Foi também no Nordeste, em Aracaju, que aconteceu a segunda eleição da nova administração da Abrarte, durante o 6º Fórum Nacional de Arte Espírita, em junho de 2009, com Rogério Silva reconduzido à presidência e Marcus Azuma eleito vicepresidente. Em novembro do mesmo ano, durante a VIII Mostra Espírita de Dança Oficina do Espírito, promovida pelo Instituto de Difusão Espírita (IDE), em Araras, aconteceu a primeira parceria da Abrarte, com a organização do 1° Curso para Coreógrafos Espíritas, fruto de um trabalho conjunto entre o IDE e a Associação. E no dia de Natal de 2009, o Notícias da Abrarte divulgou o lançamento do CD Abrarte Coletâneas, que havia sido proposto durante o Fórum de Salvador, na fundação da Associação. L2010-2014I Novos produtos No ano do centenário de Francisco Cândido Xavier (2010), a Abrarte entrou no clima das comemorações para fazer da cidade de Pedro Leopoldo, terra natal do médium mineiro, a sede da sétima edição do Fórum. Além disso, a Semana Nacional de Arte Espírita, ocorrida de 16 a 24 de outubro, promoveu inúmeras atividades artísticas, entre apresentações, eventos, shows, saraus, seminários, workshops, em 21 cidades de 10 estados brasileiros mais o Distrito Federal. O ano também foi marcado pela inauguração do Portal Arte Espírita, na internet, por entrevistas com membros da diretoria à Rádio Boa Nova AM, à TVCEI e à Rádio Fraternidade, e pela participação da Abrarte em várias reuniões do CFN, em Brasília e São Paulo. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 6


Em 2011, durante o 8º Fórum Nacional de Arte Espírita, realizado na capital federal, novamente os associados se reuniram para eleger a administração, com Cláudio Marins no cargo de presidente e Rogério Silva como vice. No ano seguinte, uma inovação chegou à área de eventos da Abrarte, com a realização do 1º Encontro Nacional de Arte Espírita, realizado simultaneamente com o 9º Fórum, em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, entre os dias 7 e 9 de junho. A palestra de Haroldo Dutra Dias, com o tema Senhor, que arte queres que eu faça?, realizada durante este evento, foi transformada em DVD, lançado em parceria com o Instituto Ser, em outubro de 2013. Antes disso, em novembro de 2012, aconteceu o lançamento do primeiro livro editado pela Abrarte: Dançando com a Alma, de autoria de Denize Moura de Dias de Lucena, Daniela Luciana Pereira Soares, Mariângela Damiani Gonçales, Eneida Gomes Nalini de Oliveira, Paulo Cézar da Silva e Paula Salles. A obra foi lançada na 1ª Mostra Nacional de Dança Espírita, em Vitória. Depois deste, a Abrarte lançou outros dois livros: Arte no Centro Espírita - Planejamento e Prática, em 2014, no Fórum de Franca, e Círculo de Estudos – Arte e Espiritismo, em 2015, no Fórum de Natal. A capital de Santa Catarina voltou a sediar o Fórum em sua décima edição, em 2013, em comemoração também aos 25 anos de fundação do Núcleo Espírita de Artes (NEA), instituição que promoveu o evento pela primeira vez. Neste Fórum de Florianópolis aconteceu nova eleição da diretoria, com todos os seus membros reeleitos. Ainda em 2013, a Abrarte dava continuidade à meta de integração com o movimento federativo nacional: em fevereiro, a diretoria reuniu-se com a FERN e lideranças artísticas espíritas do Estado, em Natal; em outubro, o então vice-presidente Rogério Silva participou de reunião em Porto Alegre com a FERGS; e em dezembro, o 2º tesoureiro à época, José Ronaldo Pereira Júnior, participou de reuniões com o movimento federativo e artistas espíritas do Amapá e Pará. No Fórum de Franca, em 2014, pela primeira vez a Abrarte concedeu a Moção de Reconhecimento a pessoas – físicas ou jurídicas – que contribuíram com o desenvolvimento da arte espírita no país. O primeiro homenageado foi o músico e compositor Moacyr Camargo, de São Paulo. Depois vieram o Instituto Arte e Vida (2015) e Walter Oliveira Alves (2016). A aproximação com as federativas estaduais continuou na pauta da Abrarte, em 2014, com a realização, em 22 de fevereiro, do encontro O Espiritismo na Arte, em Porto Alegre, em parceria com a FERGS. Em dezembro do mesmo ano, o então presidente Claudio Marins reuniu-se com a Federação Espírita do Amapá, a União Espírita Paraense e trabalhadores da arte espírita da região. Cláudio também se reuniu com a União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE), em outubro, firmando parceria com esta federativa para a realização do 2º Encontro Nacional de Arte Espírita, que se realizou em maio de 2016, na capital paulista. Foi ainda em 2014 que se oficializou a criação dos dois primeiros Núcleos Abrarte regionais, em Campinas e Belo Horizonte. L2015-2017I Parcerias e novos trabalhos O ano de 2015 começou com a participação de Claudio Marins e Rogério Silva, presidente e vice, à época, no programa Espiritismo e Arte, da FEBtv. As entrevistas foram ao ar nos dias 16 e 30 de março, respectivamente. No 12º Fórum Nacional de Arte Espírita, em Natal, entre 4 e 6 de junho, foi eleita a nova diretoria da Abrarte, com Edmundo Cezar na presidência e Rick Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 7


Debiazze como vice-presidente. A transmissão dos cargos ocorreu no dia 1º de julho, na USE, em São Paulo. O novo presidente continuou os contatos com artistas, grupos e federativas pelo pais, participando, já no início de sua gestão, de atividades no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Goiás. Vários outros intercâmbios foram estabelecidos, até os dias de hoje, com a participação da Abrarte nas reuniões das comissões regionais do Conselho Federativo Nacional da FEB. Em 14 de agosto de 2015, entrou no ar o novo site da Associação na internet. Nas semanas seguintes começaram as comemorações de aniversário de 10 anos do Notícias da Abrarte, com a edição nº 500 do informativo (dia 21) e a veiculação do programa Abrarte na TV, em formato de telejornal (dia 28); uma segunda edição do programa foi lançada no dia 30 de outubro. Fruto do trabalho de integração com federativas estaduais, a Abrarte uniu-se com a FERGS na realização do Intercâmbio de Trabalhadores da Arte no Movimento Espírita, em Porto Alegre, em 5 de março de 2016, e com a USE-SP, com a promoção do 2º Encontro Nacional de Arte Espírita, que englobou atividades do 13º Fórum e da 3ª Mostra Nacional de Dança Espírita, entre 26 e 28 de maio, em São Paulo. O Núcleo BH, por sua vez, estabeleceu parceria com a UEM na realização de vários eventos, como o Encontro Marcado, o Festival de Teatro 5 minutos e o Círculo de Estudos sobre Arte e Espiritismo, além de seminários sobre arte espírita. Entre 21 e 23 de abril de 2016, o presidente da Abrarte, Edmundo Cezar, participou da XII Jornadas de Cultura Espírita, em Portugal, iniciando importante intercâmbio com trabalhadores espíritas interessados na área da arte. Por fim, uma das mais recentes atividades desenvolvidas pela Abrarte é o grupo de estudos sobre Arte e Espiritismo pela internet, transmitido pelo Portal YouTube, através do aplicativo Hangout, iniciado no dia 7 de julho de 2016, e realizado quinzenalmente, até os dias atuais. BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto. Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa. Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro, celular ou tablet. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com. ESTUDO ÉTICA E MORAL NA ATUALIDADE Antonio Cesar Perri de Carvalho (*) Os momentos vividos no país provocam impactos na sociedade em geral e diversas abordagens têm sido realizadas para se compreender o cenário atual. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 8


As análises com base na ética e na moral são sempre pertinentes. Há muitos estudos acadêmicos que discutem os conceitos e a aplicação da ética e da moral, porém parece-nos oportuna a reflexão fundamentada na concepção espírita e de maneira mais simples. Em geral, aceita-se que a ética procura distinguir o bem do mal, o justo do injusto, o certo do errado, o que é permitido e o que é proibido, tendo em vista o conjunto de normas adotadas por uma sociedade; seria mais especulativa. Já a moral se refere às normas ou regras que regem a conduta humana e envolve o dever e prática consciencial. A chamada consciência moral é a capacidade de decidir diante das alternativas possíveis, de distinguir o bem do mal. Portanto, a ética é o fundamento e a moral é a prática. Muitos entendem que ética e moral são inseparáveis.1 Allan Kardec, em suas obras, não empregou a palavra “ética”, mas o conceito e o objeto desta estão implícitos em O livro dos espíritos e O evangelho segundo o espiritismo. No livro inaugural do Espiritismo, o Codificador analisa as “Leis Morais”2, e na Introdução de O evangelho segundo o espiritismo, ele define o ensino moral como o objetivo desta obra.3 A ética cristã está fundamentada nos ensinos do Cristo, sintetizados na “regra de ouro”: "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós” (Mateus 7, 12). Em suas memoráveis Epístolas, Paulo de Tarso definiu diretrizes de ordem comportamental das quais destacamos alguns versículos4: “Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5, 21); Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam" (I Coríntios 10, 23); "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Romanos 12, 21); "[...] já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2, 19-20). O fato de Paulo citar o chavão da época referente à cidade de Corinto - “todas as coisas são lícitas” -, aponta para uma situação que o afligia. Os cristãos dos nascentes grupos de Corinto sofriam influências do contexto da época daquela cidade. O sábio grego Estrabão, no século anterior, já havia descrito a devassidão moral que grassava na importante cidade portuária e entroncamento para várias nações e culturas. A expressão “viver como um coríntio” referia-se a desregramentos comportamentais e que eram considerados “normais” naquela cidade. Essa questão ética e a tendência de adoção de práticas aberrantes, motivaram o apóstolo da gentilidade a elaborar a 1a Epístola aos Coríntios.4 Em seus textos Paulo desenvolveu o raciocínio de que alguns princípios que eram defendidos na sociedade local e da época precisavam ser observados através de diretrizes ligadas à conduta cristã, não se restringindo às normas que eles adotavam, e das quais dependiam tanto. Respeitadas as diferenças, em tese, parece-nos que a colocação de Paulo está adequada ao mundo de nossos dias, e com predominância de ambientes de liberdade de pensamento, de legislações liberais e da facilidade de comunicação.4 No conjunto - Constituição do país, Leis e normas -, define-se o que é legal, o que é “lícito” no dizer de Paulo de Tarso. Como ficariam as ideias de conveniência e de edificação que Paulo emprega na citada Epístola? Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 9


A mensagem essencial da Boa Nova fortalece princípios e o cultivo de virtudes. Sobre isso, o Espiritismo traz à tona a ideia do livre-arbítrio dentro dos conceitos que emanam do conhecimento de vida imortal e de reencarnação, e, dos compromissos do ser espiritual consigo mesmo e com a sociedade. Nessa visão ampliada sobre o mundo, podemos também raciocinar sobre o que seria conveniente. O estudioso bíblico Champlin comenta que “conveniente” envolve “ajuda”, “benefício”, “proveito”, “utilidade”, “vantagem”, e, ao mesmo tempo relaciona com a ideia de “edificação”.5 A literatura espírita é muito rica de textos que se fundamentam na ética e na moral cristã. Em O livro dos espíritos as abordagens são referentes à moral, como as questões abaixo2: “Que definição se pode dar da moral? - A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus”. “Como se pode distinguir o bem do mal? - O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringí-la.” Allan Kardec, nas Leis Morais de O livro dos espíritos, destaca que a lei divina ou natural, a Lei de Deus, é “a única e verdadeira a conduzir o homem à felicidade e que lhe indica o que ele deve ou não fazer” e que essa “lei está escrita na consciência do homem.”2 A ética espírita está bem definida no livro inicial de Kardec ao examinar a Lei de Deus no tocante ao bem e o mal e ao apresentar esta lei subdividida em: leis de adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade e, por fim, a de justiça, amor e caridade. Para Kardec "essa última lei é a mais importante, por ser a que faculta ao homem adiantar-se mais na vida espiritual, visto que resume todas as outras." Sobre essa lei moral, Kardec enfatiza em O livro dos espíritos: "O progresso da Humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade, lei que se funda na certeza do futuro."2 A ética espírita baseia-se nas máximas morais do Cristo e busca o conhecimento da verdade. A partir dessas colocações doutrinárias podemos analisar algumas situações de nossos tempos. O comportamento ético-espírita não pode se limitar ao ambiente interno da instituição espírita ou no atendimento das carências do próximo e deve se constituir no nosso modo de ser e de agir em todas as circunstâncias da vida. Inclui os esforços de melhoria pessoal e no relacionamento dentro do contexto em que vivemos. Os problemas morais do mundo são a miséria, a corrupção, a ambição, cuja matriz está no egoísmo. A propósito, Emmanuel discorre que “no mais desenfreado egoísmo, que provocou a crise moral do mundo, em cujos espetáculos sinistros podemos reconhecer que o homem físico, da radiotelefonia e do transatlântico, necessita de mais verdade que dinheiro, de mais luz que de pão.”6 O citado autor espiritual também alerta: “As vossas cidades não se encontram repletas de associações, de grêmios, de classes inteiras que se reúnem e se sindicalizam para determinados fins, conjugando idênticos interesses de vários indivíduos? Aí, não se Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 10


abraçam os agiotas, os políticos, os comerciantes, os sacerdotes, objetivando cada grupo a defesa dos seus interesses próprios?”6 [...] Na turbulência política e institucional que o país vive fica clara a debilidade de valores éticos e morais em vários níveis da sociedade brasileira. Todavia, num sistema democrático o povo tem muita responsabilidade na escolha de seus líderes. Assim, há indícios de que a enfermidade ética e moral tem raízes desde a base da sociedade. [...] Evocamos mais uma vez o apóstolo Paulo com seus marcantes registros. Anota a situação dele e, pode-se dizer de muitos, que adotam princípios ético-morais no contexto de nosso mundo: “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” (Gálatas 6, 17) Porém, deixa claro que a consciência tranquila e o dever cumprido são as melhores recompensas espirituais: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4, 7) Referências: 1) Souza, Sonia Maria Ribeiro. Um outro olhar: filosofia. 1.ed. Cap. 10. São Paulo: FTD. 1995. 2) Kardec, Allan. Trad. Ribeiro, Guillon. O livro dos espíritos. 70.ed. 3a Parte, cap. II a XI; questões 629 e 630; Conclusão IV. Rio de Janeiro: FEB. 1989. 3) Kardec, Allan. Trad. Ribeiro, Guillon. O evangelho segundo o espiritismo. 131.e. Cap. XI, item 11. Brasília: FEB. 2013. 4) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Epístolas de Paulo à luz do espiritismo. 1.ed. Cap. 2 e 5. Matão: O Clarim. 2016. 5) Champlin, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado: versículo por versículo. Vol. 4. São Paulo: Hagnos, 2014. 6) Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. O consolador. 29.ed. Questões 68, 127, 148, 170, 204, 345, 365. Brasília: FEB. 2013. (*) Ex-presidente da FEB e da USE-SP. Obs.: Transcrição parcial de artigo publicado na revista digital A Senda, da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo: https://issuu.com/feees_oficial/docs/revista_para_revista Transcrito do informativo Notícias do Movimento Espírita de 27/05/2017 http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/MAIO/27-05-2017.htm MEDIUNIDADE MITOS DA MEDIUNIDADE Por José Benevides Cavalcante Frequentemente espíritas são procurados por pessoas que pedem um contato imediato com entes queridos desencarnados. Não se dão por satisfeitas, quando são informadas de que não é tão fácil assim. Em vez de permanecerem no centro, acabam Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 11


buscando outros meios, quase sempre não confiáveis. Existe, muitas vezes, ingenuidade nessas pessoas, mas há também as que preferem ser enganadas. Quando se trata de mediunidade – um tema muito próprio do espiritismo –, a maioria não se acha bem informada e alimenta muitas crendices a respeito. O que é verdade e o que é mentira? Há uma série de mitos sobre mediunidade que precisamos analisar. As considerações que fazemos aqui estão baseadas nas obras de Allan Kardec e também de Chico Xavier, que muitos, infelizmente, não conhecem ou não se deram ao trabalho de conhecer. Vamos aos mitos: Todo médium é espírita e confiável O simples fato de uma pessoa ser médium não quer dizer que seja espírita e muito menos que conheça o espiritismo. Há honestos e desonestos em todos os setores da sociedade, principalmente no meio religioso, onde muita gente procura levar vantagem, explorando a boa-fé dos menos avisados. O rótulo religioso nunca foi garantia de autenticidade. Os espíritos só falam a verdade Seria bom se fosse verdade. Mas não é pelo simples fato de a pessoa ser médium e de receber alguma mensagem espiritual que esta seja verdadeira ou bem intencionada. A única garantia de autenticidade e de sinceridade está no caráter dos médiuns como seres humanos, na seriedade do centro espírita e, naturalmente, no teor da mensagem. Honestos e desonestos, verdadeiros e falsos existem – tanto entre os homens, como entre os espíritos – já dizia Allan Kardec. Médium não precisa estudar; os espíritos lhe ensinam tudo Kardec afirma, no primeiro capítulo de A gênese, que "os espíritos só ensinam o necessário para guiar no caminho da verdade, mas eles se abstêm de revelar o que o homem pode descobrir por si mesmo". Médium que afirma não estudar, pois os espíritos lhes ensinam tudo, demonstra que não entendeu o espírito da doutrina ou não quer assumir o verdadeiro papel de espírita. Chico Xavier era um estudioso da doutrina e sempre se esforçou moral e espiritualmente para ser veículo de espíritos superiores. Toda pessoa que tem alguma percepção mediúnica precisa desenvolver a mediunidade Allan Kardec afirma, em O livro dos espíritos, que todos somos mais ou menos médiuns, mas a mediunidade ostensiva e missionária – o que ele chama de mediunato – é uma condição de poucos. Neste sentido, ninguém sabe se é médium ou não antes de submeter-se a uma prova prática e concreta. Quando uma pessoa apresenta sintomas de mediunidade e tem interesse em trabalhar como médium para assumir com dedicação e coragem essa missão, ela precisa submeter-se a uma experimentação dentro de um grupo mediúnico, a fim de que seja conhecida sua capacidade mediúnica. Bom médium é aquele que recebe os espíritos com mais facilidade As pessoas obsedadas são as que recebem os espíritos com mais facilidade e, no entanto, muitas delas não são médiuns no sentido estrito da palavra. São apenas Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 12


médiuns casuais, como todo mundo é, e não médiuns com missão específica na tarefa espírita. Obsessão não é mediunidade. A maioria dos obsedados não é médium propriamente dito; tanto assim que, passada a crise obsessiva, eles voltam à condição anterior, sem os sintomas que apresentavam enquanto perturbados. O melhor médium não é o que recebe muitos espíritos e a toda hora, mas é o que revela boas qualidades morais, apresentando comunicações de qualidade. Para se obter uma mensagem de um ente querido desencarnado basta procurar um médium As pessoas que insistem muito em receber mensagens de entes queridos, confiando em qualquer médium, acabam obtendo comunicações falsas. Chico Xavier sempre afirmou que "o telefone só toca de lá para cá". O médium é apenas um receptor que pode ou não ser utilizado, dependendo das condições espirituais do desencarnado. Milhares de pessoas procuravam o Chico para obter comunicações de entes queridos; uma pequena porcentagem, entretanto, saía de Uberaba com alguma mensagem à mão. A mediunidade serve para convencer os incrédulos das verdades espíritas Kardec afirma que as pessoas só se convencem da verdade espírita pelo uso do bom senso e da razão. E isso só acontece com aqueles que já alcançaram maturidade suficiente para atingir certo nível de compreensão. Os detratores do espiritismo sempre acham motivos para combater e desautorizar a doutrina, mesmo diante dos mais extraordinários fenômenos e dos médiuns mais admiráveis, como Chico Xavier. José Benevides Cavalcante é escritor e radialista, coordenador há mais de quarenta anos da rádio "Momento Espírita", na cidade de Garça, SP. Publicado no jornal Correio Fraterno, edição 461 - janeiro/fevereiro 2015 Transcrito do link: http://www.correiofraterno.com.br/index.php?option=com_content&view=art icle&id=1653:mitos-da-mediunidade&catid=108:artigo&Itemid=2 JUVENTUDE O JOVEM ESPÍRITA NA SOCIEDADE Definitivamente, ser jovem nos dias de hoje não é nada fácil. Ser jovem espírita, então, é mais difícil ainda. Afinal, a sociedade atravessa um momento de transição, onde todos os valores tradicionais são colocados na berlinda, contestados, mas sem que ainda se tenha um novo paradigma ou novas propostas para substituir o modelo anterior. No caso do jovem espírita, ele ainda precisa falar lidar com os Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 13


preconceitos da própria Doutrina, que se confronta em diversos pontos com os apelos da instantaneidade, sensualidade e consumismo que tanto seduzem a todos nós na atualidade. São inúmeros os desafios a serem enfrentados pelo jovem espírita hoje. As propostas e modelos sociais estão em xeque. O conceito de “globalização” impõe, praticamente sem resistência, o domínio do capital transnacional, sem pátria, sem bandeira e sem escrúpulos. Por sua vez, a falta de critérios justos na movimentação das riquezas oriundas desse capital sem pátria coloca hoje toda da economia mundial em profunda crise. No campo do comportamento, também a sociedade se encontra num momento de indefinição, de incertezas. Na sexualidade, o rumo foi perdido. Transita-se desde o conservadorismo e puritanismo hipócrita e exacerbado até a libertinagem indiscriminada. Na questão de usos e costumes, enfrentamos uma padronização baseada no “marketing”, na “marca”, na “etiqueta”. O indivíduo é convencido que tem que possuir e consumir a “marca” porque esta existe, e não mais por suas reais necessidades. Também somos convencidos a adotar comportamentos sociais padronizados, estereotipados, que nos são vendidos pelos meios de comunicação como sendo normais, da vida real, do dia-a-dia. Na busca da interação social, difícil em casa pelas dificuldades do mundo moderno, o jovem busca a “proteção” da “turma”, da “gangue”, o que o leva a muitas vezes à uniformização, à estandardização, à mediocridade da média padronizada. A “turma” cobra o preço da “proteção”, que é a aceitação e repetição do comportamento da “tribo”, a aceitação de que aquilo é correto, que os errados são os que daquela forma não procedem. Na “turma”, o senso crítico é abafado. Mas adiante de todo esse cenário problemático, o que o jovem espírita deve fazer? Acima de tudo, seguir a lei de justiça, amor e caridade, como cabe a um verdadeiro Homem de Bem. Ele deve interrogar a sua consciência sobre seus próprios atos, e a si mesmo perguntar se suas atitudes não violentarão as leis naturais, fazendo aos outros tudo o que desejaria que lhe fizessem. Por ser jovem, ele tem tudo a construir, e construindo, pode mudar o mundo. A sociedade atual exige que o jovem espírita informe-se, desenvolva seu espírito crítico, instrua-se. Ele deve viver intensamente a vida, sempre com o cuidado de não “trombar” com as Leis Naturais. Deve exercitar a paz, a paciência, a não violência, a dialética como sinalizadora do trânsito entre diferentes opiniões e tendências. Deve exercitar a mudança e a evolução constante, pela participação efetiva na sociedade, na escola, em casa e na casa espírita. Não pode calar-se com as injustiças, nem omitir-se na participação societária. Não deve ter vergonha da exemplificação correta, nem do abandono da mediocridade. Deve usar a experiência dos mais velhos para facilitar a elaboração do seu projeto de vida, e ao mesmo tempo a ousadia da juventude para se propor num projeto mais ousado. Deve ter a consciência e assumir a responsabilidade de que a mudança só é possível quando existe flexibilidade, quando a razão e a emoção Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 14


se encontram numa mentalidade que ainda pode ser mudada, e que se dispõe a estar mudando, e que isto é uma característica do jovem. Resumindo: sem sombra de dúvida, o mundo só mudará para melhor, num caminho pacífico e controlado, se os jovens decidirem que irão mudá-lo dessa maneira, numa construção individual, que na evolução das gerações, levará à evolução e construção coletiva. Para tanto, a famosa frase de Kardec é sempre atual: “Reconhecese o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas más inclinações”. Marcos Leite / Revista Cultura Espírita – Ano IV – Nº 37 – Página: 17 – Abril de 2012 – ICEB – Instituto de Cultura Espírita do Brasil – Rio de Janeiro Transcrito do link: https://artigosespiritas.wordpress.com/2012/08/26/ojovem-espirita-na-sociedade/ LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 86 – O DIA COMEÇA AO AMANHECER Estimulando a campanha espírita cristã de amparo à criança, transcrevemos aqui A reconfortante mensagem de Meimei, dada por intermédio do Chico, em 10 de agosto de 1952, em Pedro Leopoldo: O DIA COMEÇA AO AMANHECER Compadece-te da criança que surge ao teu lado. O dia começa ao amanhecer. Pai, mãe, irmão ou amigo, ajuda-a com teu coração, se pretendes alcançar a Terra melhor. Lembra-te das vozes amigas que te induziram ao bem, das mãos que te guiaram para o trabalho e para o conhecimento. Por que não amparar, ainda hoje, aqueles que serão, amanhã, os orientadores do mundo? Em pleno santuário da natureza, quantas árvores generosas são asfixiadas no berço? Quanta colheita prematuramente morta pelos vermes da crueldade? A vida é também um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade. Já meditaste nas esperanças aniquiladas ao alvorecer? Já refletiste nas flores estranguladas pelas pedras do sofrimento, ante o sublime esplendor da aurora? Provavelmente dirás — “como impedirei o sofrimento de milhares”? Ninguém te pede, porém, que te convertas num salvador apressado, cheio de ouro e de poder. Basta que abras o teu coração, com as chaves da bondade, em favor dos meninos de agora, para que os homens do futuro te bendigam. Quando a escola estiver brilhando em todas as regiões e quando cada lar de uma cidade puder acolher uma criança perdida — ninho abençoado a descerrar-se, carinhoso, para a ave estrangeira — teremos realmente alcançado, com Jesus, o trabalho fundamental da construção do Reino de Deus. Meimei Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama.

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MENSAGEM ESPÍRITA CUIDADO COM O NÃO Jesus chegou a afirmar que nossos dizeres deveriam ser o sim sim, não não. Entretanto, as estatísticas possivelmente nos irão mostrar que o não prepondera na vida da maioria das pessoas. Senão vejamos: “Não posso”. “Não irei superar”. “Não aguento mais”. “Não consigo”. “Não suporto fulano”. “Não sou capaz de perdoar”. “Não tenho mais energias”. “Não tenho mais vontade de viver”. “Não encontro alegria em mais nada”. “Já não vejo mais encanto nas coisas e nas pessoas”. “Não gosto de reuniões de estudos”. “Não vejo necessidade de vincular-me a trabalhos sociais”. “Não disponho de tempo para coisas secundarias”. “Não tenho a mesma saúde de outrora”. “Não sou otimista”. “Não confio em ninguém”. “Sou imperfeito, não me peçam condutas polidas”. “Não consigo orar, adormeço a meio do caminho”. “Não me arrependo de nada”. “Não preciso de ninguém”. “Não sou sensível, a franqueza é minha aliada”. “Não tenho mais nada para aprender”... E por aí vai. Meu amigo seja mais ponderado. Volte à atenção para o sim, porquanto esta ele predestinado a vencer as barreiras da indiferença. A partir de agora fique alerta, na certeza de que toda vez que você pronuncia a palavra não, sem que atine está fazendo uma alta afirmação, cuja repercussão negativa ainda está longe de conhecer-lhe as minúcias e o poder de persuasão para que você não avance e fique no mesmo lugar, enxergando os horizontes deformados por seus próprios olhos. Kelvin Van Dine Página psicografada pelo médium Alaor Borges Junior, na noite de 05/02/2017, no Lar Espírita Irmã Valquíria, na cidade de Uberaba-MG TRABALHO IMPORTANTE CENTRO ESPÍRITA FRANCISCO DE ASSIS Tudo teve o início há 30 anos quando então surgiu a mediunidade de José Aparecido da Silva, trabalhando com o Dr. Frederick.

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Inicialmente José Aparecido trabalhou no Centro Espírita Lar da Paz de Jesus, e depois foi para o Centro Espírita Fé Amor e Caridade. A Fundação do Centro Espírita Francisco de Assis, se deu na residência de José Aparecido da Silva, porém, suas atividades iniciaram na Rua Thomaz Bawden, Boa vista, um anos após, nos transferimos para a Rua Santa Vitória e então construímos a sede própria na Rua Canápolis nº 130 – Boa vista. Isso ocorreu em 17 de abril de 2004. As atividades da casa têm como programação:  Segunda-feira – 19h15min – Grupo de Estudos  Terça-feira – Trabalho de Cura (fechado) com agendamento – 19h às 20h15min.  Quarta-feira – Trabalho de Desobsessão – 19h30min às 21h  Quinta-Feira – Trabalho de Cura e Evangelização Infantil – 19h30min às 21h  Sábado – Trabalho de Cura – 19h30min às 21h  Domingo – Quinzenalmente Sopa Fraterna – 7h às 12h  Mensalmente – Entrega de 20 cestas básicas todo dia 10 de cada mês.  Farmácia fitoterápica com manipulação de homeopatia e fitoterapia que é distribuído gratuitamente nos trabalhos de quinta-feira. A atual diretoria está assim constituída: Presidente: Antônio Cesar Barboza Vice: José Aparecido da Silva 1º Tesoureiro: Luciano Martins dos Anjos 2º Tesoureiro: Julio Cesar Ferreira Guariglia 1ª Secretaria: Lucimar Dias Bernardes 2ª Secretaria: Rosa Maria Neto França Silveira Miranzi Conselheiros Efetivos: Hudson Matos Luis Antonio Batista Alves Márcio Fontoura Conselheiros Suplentes: Gisele Carolina dos Santos Barbosa Marcelo Zacarias Coelho Regina PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA AUGUSTO MILITÃO PACHECO O Dr. Augusto Militão Pacheco foi a seu tempo uma das mais destacadas figuras do Espiritismo em S. Paulo. Quase nada se fazia sem que sua veneranda pessoa tomasse parte ativa, o que o tornava um verdadeiro vexilário das grandes ideias e realizações.

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Sua conversão ao Espiritismo ocorreu no dealbar do presente século (1901 ou 1902). Materialista que era, resolveu um dia pôr à prova o que lhe diziam sobre a continuidade da vida após a morte. Comparecendo a uma sessão espírita, aí se deu interessantíssima e inesperada comunicação de pessoa de sua família, á desencarnada e de todo o seu afeto. Isto bastou para que ele se pusesse a estudar os livros básicos da Doutrina, vindo a ser um espírita de fundas convicções. Desde então aplicaria todo o seu tempo na caridade material e espiritual a quantos lhe fossem a casa ou ao consultório. Militão Pacheco, filho de José Silvestre Pacheco e Gertrudes Pacheco, encarnou no dia 13 de Junho de 1866, vindo a desencarnar, na cidade de S. Paulo, no dia 7 de Julho de 1954, com a avançada idade de 88 anos bem vividos. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, no ano de 1894, Militão Pacheco foi nesse mesmo ano convidado a ir ao Estado do Maranhão, a fim de combater um surto de peste bubônica que grassava naquela região norte do Brasil. Apesar de não existir lá qualquer hospital de isolamento e nem condições adequadas para o combate àquela enfermidade, dirigiu-se para ali, em companhia do diretor do Hospital de Isolamento de S. Paulo, dois médicos mineiros e mais um outro, conseguindo assim debelar a terrível epidemia. Mais tarde, foi convidado para ser o diretor do Serviço Sanitário do Estado do Maranhão, pelo período de dois anos. Levou consigo esposa e três filhos, mas, após oito meses de atividades intensas, renunciou ao cargo, por não ver atendidas as suas reivindicações, imprescindíveis para o bom andamento dos serviços. Um outro fato veio mudar o rumo de sua vida. Sua esposa vinha sofrendo pertinaz cefaleia havia alguns anos, tendo mesmo esgotado todos os recursos da medicina alopática. Visitando a família do Juiz de Direito de Campinas, ela teve ali uma das suas crises. A esposa do juiz pediu permissão para recomendar-lhe um remédio homeopático. O Dr. Pacheco adquiriu o remédio em apreço e sua esposa iniciou seu uso. Após essa ocorrência, ela teve apenas duas ameaças de crise e o mal desapareceu por completo. O Dr. Militão, que vinha exercendo a medicina alopática havia 5 anos, procurou então o único médico homeopata existente em Campinas, introduzindo-se no conhecimento da homeopatia e obtendo alguns livros a título de empréstimo. Dali por diante, Militão Pacheco deixou, por completo, de prescrever alopàticamente. No dia 23 de Julho de 1896, por meio de decreto assinado pelo então presidente do Estado de São Paulo e por Gustavo de Oliveira Godoy, Militão Pacheco é nomeado, em comissão, para exercer o cargo de Inspetor Sanitário do Estado de S. Paulo, cargo no qual foi efetivado em 26 de Setembro do mesmo ano, exercendo-o até o ano de 1920, quando se aposentou. Militão Pacheco exerceu durante mais de 50 anos, na capital paulista, o apostolado da Medicina. E dizemos o apostolado, porque foi um notável médico, no sentido cordial, humanitário, prestativo, criatura que se consagrou inteiramente ao próximo, realizando gigantesco trabalho de assistência individual e coletiva, como poucos realizaram na Terra. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 18


O «Diário de São Paulo», em sua edição de 27 de Junho de 1944, publicou extensa reportagem em torno das festividades comemorativas do cinquentenário de formatura e de exercício de profissão do Dr. Augusto Militão Pacheco. Por meio dos discursos proferidos na oportunidade, ficaram evidenciados verdadeiros rasgos de generosidade e de amor, emanados da figura inconfundível daquele que tinha em alta conta a dignidade humana e o sacerdócio da Medicina. Foi sempre de incomparável bondade no tratamento de todos os seus incontáveis clientes. Figura plutarquiana, retornou ao mundo espiritual abençoado por milhares de corações, legando aos homens uma vida que foi autêntico modelo de virtude, um exemplo de incomparável beleza moral, oriunda de um caráter reto e de uma diretriz moral a toda prova. Muitas pessoas, que não podiam pagar as consultas, eram atendidas e, não raro, voltavam com o auxílio financeiro para a aquisição dos remédios prescritos por aquelas mãos abençoadas. Na Seara Espírita, foi fundador e diretor de antiga sociedade espírita, que tão excelentes frutos produziu, e que se chamou «União Espírita de Santo Agostinho». Participou da fundação da Associação Espírita «São Pedro e São Paulo», da qual foi abnegado e criterioso presidente, tendo mantido em sua sede, com desvelo cristão, um dispensário gratuito que atendia a grande número de pobres. Exerceu o cargo de secretário da Associação Feminina Beneficente e Instrutiva do Estado de S. Paulo, fundada por Anália Franco, quando aquela Associação teve por diretor o Dr. Canuto Abreu. A Federação Espírita do Estado de São Paulo - a tradicional Casa da Rua Maria Paula, na capital bandeirante - teve em Militão Pacheco um dos elementos que mais propugnaram pela sua criação. E a reunião convocada para apreciar a redação final dos estatutos sociais, e proceder à eleição da primeira diretoria, foi por ele presidida em 12 de Julho de 1936. Dessa primeira diretoria, Militão ocupou o cargo de vice-presidente, constituindo- se naquela respeitável e progressista instituição um dos seus mais abalizados conselheiros. No terreno filosófico, conquanto Militão Pacheco fosse grande admirador de geniais pensadores de várias escolas, pois era um cidadão independente e portador de grande cultura intelectual e científica, nunca negou a sua incondicional dedicação à Doutrina Espírita, tornando-se um dos espíritas mais respeitados e dignos do Estado de São Paulo e mesmo do Brasil. Médico essencialmente homeopata, honrou e dignificou a medicina hahnemanniana, tendo consagrado ao Espiritismo, ou à Doutrina da Reencarnação e da Imortalidade, o melhor de sua esplêndida e proveitosa existência. Era na realidade autêntica fonte inesgotável destinada a suavizar as dores do corpo e minorar os sofrimentos do espírito. Apesar de ter sido um dos médicos de clínica mais numerosa em São Paulo, morreu na pobreza, porém sobejamente rico em virtudes cristãs. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 19


Aos 2 de Junho de 1968, a Associação Paulista de Homeopatia inaugurava, solenemente, na Praça Marechal Deodoro, na capital de S. Paulo, um monumento comemorativo em memória destes vultos da Homeopatia Nacional: Alberto SEABRA, Antônio Murtinho Nobre e Augusto Militão Pacheco. Reproduzimos, a seguir, com o objetivo de propiciar maiores dados acerca da vida exemplar de Militão Pacheco, alguns trechos de uma crônica do escritor e jornalista Irmão Saulo, publicada no «Diário de São Paulo», dias após a desencarnação daquele vulto espírita, e intitulada: «No Espiritismo como na Medicina, Militão Pacheco foi um exemplo». Seguem, logo após, duas crônicas da ilustre e notável escritora Dinah Silveira de Queiroz, publicadas no «Jornal do Commercio», do Rio de Janeiro, edições de 26/27 e de 31 de Julho de 1954, intituladas «Um Santo Que Eu Conheci» e «O Testamento do Santo». Leiamos então, primeiro, alguns trechos respigados do supracitado trabalho do «Irmão Saulo»: «Médico, dotado de sólida cultura e larga inteligência, podia Militão Pacheco ter feito no mundo o que se costuma chamar «uma carreira brilhante». Exerceu funções importantes no «Serviço Sanitário do Estado», tendo prestado relevante contribuição à campanha contra a febre amarela, ao empregar os seus conhecimentos de sanitarista em várias cidades, como São Simão, Cosmópolis, MogiMirim e Amparo. Durante muito tempo, nada se podia fazer, em São Paulo, em matéria de Espiritismo, sem o concurso de Militão Pacheco. Ele representava uma bandeira, sem a qual nenhum batalhão se sentiria encorajado a marchar. O Espiritismo era então grandemente hostilizado, muito mais do que hoje. E Augusto Militão Pacheco lhe oferecia o anteparo do seu nome de médico, inteligente e culto e, sobretudo, de homem íntegro. Um amigo que, durante cerca de vinte anos fora seu companheiro de trabalhos, contou-nos que, certo dia, tendo de fazer um recibo para uso interno, dispensou o selo. Militão Pacheco o repreendeu imediatamente: «Faça novo recibo, e ponha os selos. Isso é um roubo. E nós, espíritas, não podemos apenas pregar, temos de dar o exemplo». Este pequeno episódio basta para mostrar a têmpera do homem que, há apenas quatro dias, concluiu a sua longa tarefa, de 88 arios, neste mundo sublunar. Sua severidade em matéria de honestidade, de retidão, de direito, tornou-se proverbial no meio espírita. Em todas as religiões, e até mesmo fora das religiões, encontramos, graças a Deus, caracteres assim, que constituem «o sal do mundo», da linguagem evangélica. Profundamente caridoso, mas dessa caridade natural, que nasce do coração e não vive de intenções, Militão distribuía sistematicamente uma parte dos seus recursos a pessoas e famílias pobres. E apesar de ter sido um dos médicos de clínica mais numerosa de São Paulo, morreu pobre, ele também. Quando curou Dino Bueno, vice-governador do Estado de São Paulo, numa época em que os médicos de fama já cobravam fortunas pelas consultas, fez questão de receber os seus numerários na base de vinte mil réis por Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 20


consulta. E o doente lhe fora parar às mãos depois de desenganado! Monteiro de Barros prestou assistência ao seu mestre, como médico, amigo e filho espiritual, até os últimos instantes. E nos conta, comovido, que Militão Pacheco sabia estar chegando ao termo da existência terrestre, o que muito o alegrava. No derradeiro momento, chamou-o e lhe disse: «Que Deus pague, a vocês, tudo o que fizeram por mim. E que vocês recebam, com a mesma serenidade com que estou recebendo, este fenômeno da morte, que é uma misericórdia de Deus. Estou-me desencarnando conscientemente». E foi assim, conscientemente, que Augusto Militão Pacheco abandonou na Terra seu velho corpo material, após 88 anos de uso, para voltar ao mundo espiritual. Esse homem exemplar era casado com D. Alice Mendes Pacheco e deixou numerosos filhos, netos e bisnetos. Mas sua família maior, mais numerosa, e que, como a outra, também Jamais o esquecerá, é a família espírita de São Paulo e do Brasil». UM SANTO QUE EU CONHECI Chamava-se Dr. Militão Pacheco, e foi um bem espiritual de minha vida. Hoje, quando acabo de ter a notícia de sua morte, não sinto angústia. Nem sequer sinto pena. Uma sensação talvez de distância maior, como se ele embarcasse para uma excelente viagem, fosse para uma Europa melhor e mais radiosa do que a que costumamos visitar. Um santo vive para morrer. E é agora que realmente se cumpre o sentido de existência de um homem como o Dr. Pacheco. Posso visualiza - lo, como se ele estivesse aqui ao meu lado. Até fisicamente era marcado pela sua santidade. Vejo os seus olhos febris, brilhantes e profundos. A sua barbicha de apóstolo, a sua mansidão, o seu riso silencioso, mas expansivo, e que era uma retribuição à gente - mais do que uma alegria. Do tempo da minha infância, vou extraindo passagens singulares. De vez em quando - seriam as amígdalas, alguma gripe, uma simples indigestão de criança? _. Lá vinha a febre enorme, e minha mãe telefona vai ao Dr. Pacheco. (Será preciso explicar aqui no Rio, onde poucos o conhecem, que ele era um médico homeopata. Parentes irônicos caçoavam das «aguinhas » do Dr. Pacheco.) Lá do outro lado do fio, ouvia o médico a descrição da doença. Às vezes receitava pelo telefone, e então, frequentemente, a doença continuava, mas se ele viesse em casa era fatal... Minha mãe o atendia, contando pormenorizadamente todos os sintomas. Ele a ouvia, interessado e bondoso. Ao cabo da conversa, dizia natural: «Vamos ver a doentinha.» Subiam a escada, ele se aproximava do leito, punha a mão na minha testa, e dizia para minha mãe: - Mas ela não tem nenhuma febre. Dedicado, tomava-me o pulso. Estava perfeitamente normal. Mamãe ficava subitamente envergonhada: - Dr. Pacheco, eu lhe posso assegurar que não exagerei nada... O médico debruçava-se e me examinava com todo o cuidado: - Se esteve doente, já está boa! Esse estranhíssimo fato não se passava apenas comigo, mas com muita gente. A presença do Dr. Pacheco - dentro de casa - curava instantaneamente a doença. Quando me chega a notícia de que aos oitenta e oito anos morreu nosso grande amigo, reflito sobre a riqueza que esse homem pobre legou a seus amigos. Quem o conheceu de perto, acreditou certamente em que a vida é um pouco mais do que o jogo do sucesso e do dinheiro. Os médicos que acompanharam sua carreira, devem ter ficado ou edificados ou envergonhados.

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Durante toda a sua vida o Dr. Militão Pacheco manteve um consultório aberto só para os pobres. Já velhinho, acabou com os clientes ricos, e ficou, como um irmão do Cristo, servindo unicamente aos pobres. Como eu disse no começo da crônica, não sinto tristeza alguma ao pensar que o nosso santo amigo já não pertence mais ao mundinho pequeno e feio. Sua aurora começou. O TESTAMENTO DO SANTO Quando escrevi a crônica sobre a morte do Dr. Augusto Militão Pacheco, dizendo que «não sentia pena por sua morte, pois que os santos vivem para morrer», mal sabia que esse extraordinário velhinho havia tido em tudo um extraordinário final. Limitava-se a cronista a falar do passado, posto que o que ela sabia de sua morte era uma lacônica notícia. Agora, sei de detalhes extraordinários. O Dr. Militão Pacheco previu a sua morte e esperou calmamente por ela. Calmamente, disse mal. Contam-me agora que ele ficou radiante e emocionado, e que, na véspera de partir, conversou até duas horas da madrugada com seus amigos e sua família. O Dr. Pacheco preocupou-se muito mais com seu testamento espiritual, do que com aquele em que dividia os seus poucos bens pela família. Fêz uma bela peça de crença na imortalidade da alma. A segurança com que o Dr. Pacheco deixou este nosso mundo de aflições e de disputas, faz bem à gente. Por isso, aqui transcrevemos um trecho de seu testamento espiritual: «No limiar da vida espiritual, hoje com a morte penetro na verdadeira porta da imortalidade. Como pecador que sou, confesso-me arrependido perante o Senhor. Jesus ensinou-me como proceder para ingressar na vida espiritual. Seguro dessa promessa, peço à minha gente e a meus amigos que participem também dessa minha alegria; que não a perturbem de forma qualquer. O meu funeral será feito com toda a decência; o meu lar não alterará o seu ritmo normal, salvo para melhor; apresentará tom alegre e festivo, de modo a afugentar qualquer ar de tristeza, e assim todos os presentes se sentirão no gozo de qualquer estado inédito até então, e poderão dizer: «A despedida do Pacheco deixou-nos bem impressionados, pena foi que não estivéssemos convenientemente preparados para dizer-lhe também o nosso adeus.» «Peço à minha gente que continue a viver na Paz e Harmonia do Lar; e que cada qual faça germinar em seu coração a Semente Bendita que Jesus nele plantou. «Graças a Deus, asseguro que os que observarem esta minha súplica, como uma saudação de despedida fraterna, ao ressurgirem na Vida Espiritual conhecerão o Reino de Deus: «o Amor». «Que a minha gente cultive sempre a Simplicidade e a Humildade, quer em sua vida íntima, quer social. A todos os meus irmãos em Deus, os mesmos votos por minha gente. «Que assim seja.» Intervém aqui a cronista para fazer o. Último reparo: sob a assinatura, velhinha de oitenta e oito anos, a mão trêmula do homem feliz que se despedia para viajar para junto de Deus traçou ainda uns dizeres. Apelidava-se de O Pequeno Servo Inútil, único absurdo, dessa carta de despedida que é toda uma canção de fé. *** Para finalizarmos, vejamos mais algumas particularidades do caráter do Dr. Augusto Militão Pacheco, reveladas pelo Dr. Luiz Monteiro de Barros, que foi por ele iniciado na Homeopatia e no aspecto evangélico do Espiritismo: «O que caracterizava essencialmente a figura ímpar do Dr. Pacheco, era a sua fé consciente em Jesus, a sua convicção indiscutível na terapêutica homeopática, o seu amor à Verdade e a sua personalidade extraordinariamente positiva». Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 22


Afirmava ele que o Evangelho continha a solução de todos os problemas humanos, com o que, naquela época, eu não concordava. Todas as vezes em que eu lhe apresentava meus problemas íntimos, pois ele era o meu conselheiro, dizia-me: «Vamos ver o que, a tal respeito, nos ensina Nosso Senhor Jesus Cristo». E realmente, para espanto meu e satisfação de nós dois, aparecia a solução evangélica. Quando, em seu ambulatório, suas clientes diziam estar com medo disso ou daquilo, sua resposta era sempre a mesma: «Minha filha, só tenha medo de uma coisa: é de pecar. Se você pecou, trate de desfazer o erro; se não pecou, caminhe tranquila, pois a Lei Divina a defenderá». De sua maneira de pensar e de sentir decorria, evidentemente, o seu profundo amor à Verdade, que se manifestava por horror à mentira e por um viver dentro de uma franqueza rara, uma honestidade a toda prova, sempre de acordo com a admoestação de Jesus: «Seja o seu dizer sim, sim, não, não!» No entanto, se suas atitudes eram de profunda e invulgar energia, nem por isso deixava de ser compreensivo e tolerante para com os errados, a quem ministrava salutares conselhos, terminando sempre com o «vai e não peques mais.» Transcrito do informativo “Notícias do Movimento Espírita” de 14 de junho de 2017 DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO JUNHO Dia 04 de 1867 – Bezerra de Menezes, segundo os Anais da Câmara dos Deputados, ocupa pela primeira vez a tribuna em defesa de causas nobres. Dia 05 de 1947 – Em São Paulo, São Paulo, realizado o Primeiro Congresso Educacional Espírita Paulista, ocasião em que é fundada a União das Sociedades Espíritas de São Paulo, sendo o primeiro Presidente Edgard Armond. Dia 08 de 1847 – Em Chaves, Portugal, nasce Monsenhor Manuel Alves da Cunha, missionário da caridade na África. Desencarna em Luanda, África, em 4 de junho de 1947. Dia 08 de 2007 – É fundada a ABRARTE – Associação Brasileira de Artistas Espíritas durante o 4° Fórum Nacional de Arte Espírita, em Salvador, na Bahia. Dia 10 de 1854 – Em New York, EUA, é constituída a primeira sociedade para estudo e difusão do Espiritismo, tendo dentre os seus membros o Juiz Edmonds e o Governador Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 23


Talmadge, de Wisconsin, criando-se na mesma oportunidade o jornal The Cristian Spiritualist. Dia 11 de 1941 – Fundada a Sociedade de Medicina e Espiritismo do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, sendo seu primeiro Presidente Dr. Levindo Gonçalves de Mello. Dia 12 de 1851 – Nasce Sir Oliver Lodge em Penkhull, Staffordshire, Inglaterra, físico e cientista, pesquisador dos fenômenos mediúnicos. Desencarna em 22 de agosto de 1940. Dia 12 de 1856 – Em Paris, França, Allan Kardec, por intermédio da médium Aline C., recebe a confirmação do Espírito de Verdade a respeito da sua missão. Dia 14 de 1853 – O Jornal do Comércio do Rio de Janeiro noticia o fenômeno das Mesas Girantes, nos Estados Unidos e na Europa. Dia 14 de 1881 – Nasce em Liège, Bélgica, José Lhome, divulgador do Espiritismo, Presidente da Federação Espírita da Bélgica. Desencarna em 3 de maio de 1949, na mesma cidade. Dia 14 de 1900 – Funda-se em Buenos Aires a Confeceración Espiritista Argentina. Dia 15 de 1974 – A Editora Thomas Cromwell Company, dos EUA, lança o livro O cirurgião da faca enferrujada, do escritor John Fuller, versando sobre as operações do Espírito Dr. Fritz, pelo médium José Arigó. Dia 16 de 1871 – William Crookes entrega à Rainha Vitória da Inglaterra relatório confirmando a veracidade dos fenômenos mediúnicos produzidos pela médium Florence Cook, com as materializações do Espírito Katie King e outros. Dia 17 de 1832 – Nasce em Londres, Inglaterra, William Crookes, químico e físico, que durante quatro anos pesquisou a mediunidade de Florence Cook, com as materializações de Kate King. Desencarna na mesma cidade, em 4 de abril de 1919. Dia 17 de 1985 – Em Tours, França, fundada a União Espírita Francesa e Francófona. Dia 18 de 1893 – Nasce em Sacramento-MG Edalides Milan de Rezende, irmã de Eurípedes Barsanulfo. Desencarna a 3 de março de 1984, em São Paulo-SP. Dia 24 de 1908 – Em Belo Horizonte, Minas Gerais, fundada a União Espírita Mineira – UEM, sendo seu fundador e primeiro Presidente Antônio Lima, fundador também do Jornal “O Espírita Mineiro”. Dia 25 de 1883 – Em Uberaba, MG, nasce o médium Anésio Siqueira. Desencarna em Campo Grande, MS, em 14 de janeiro de 1943. Dia 29 de 2008 – Na sede seccional da Federação Espírita Brasileira – FEB, no Rio de Janeiro, lançado o filme Divaldo Franco – Humanista e Médium Espírita. Presentes o presidente da FEB, Nestor Masotti, o produtor do filme Oceano Vieira de Melo, Divaldo Pereira Franco e o ator Ednei Giovenazzi, que faz a narração. Dia 30 de 1953 – No Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, fundada Sociedade Pró-Livro Espírita em Braille, tendo como principais responsáveis o Marechal Mário Travassos, Luiz Antônio Milleco e Marcos Vinícius Teles. Dia 30 de 1975 – Em Monte Carlo, Mônaco, realizado o 2º Congresso Internacional de Pesquisas Psicotrônicas, promovido pela The International Association for Psichotronic Research. Dia 30 de 2002 – Desencarna em Uberaba, MG, Francisco Cândido Xavier, cujo nome de nascimento é Francisco de Paula Cândido. Nasce em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, MG. 06/1905 – Realiza-se em Liége, Bélgica, um Congresso Espiritualista Internacional.

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LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA “MARIA DOLORES” Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro QUANDO É INVERNO EM NOSSOS CORAÇÕES – Pelo Espírita de Clara – Psicografado por Américo Simões Clara e Amanda são irmãs que cresceram num lar europeu, do final do século 19, quando os casamentos ainda eram arranjados pelos pais. Clara é apaixonada por Raymond, o jardineiro da família. Por ser a filha mais velha, se vê obrigada a se casar com o rico Raphael. Porém, às vésperas de suas bodas é acometida por uma doença desconhecida que a deixa à beira da morte. Para não interromper o acordo entre as famílias, Amanda se casa no lugar da irmã. Mas a troca das noivas não é bem recebida por Raphael, já que havia se apaixonado por Clara. O rapaz não supera a decisão, alheia à sua vontade, e passa a desconfiar de que a doença repentina da jovem é puro fingimento para evitar o matrimônio. Essa paixão não correspondida e um segredo inviolável marcarão para sempre a vida da jovem Clara e de todos que a rodeiam. NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO – Pelo Espírito de Irmão José – Psicografado por Carlos A. Baccelli Livro escrito por Irmão José sobre o problema da OBSESSÃO e da AUTOOBSESSÃO, estudando as suas Causas, o seu Tratamento e a sua Cura. “NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO”, além de ser uma OBRA SUIGENERIS, de alto significado doutrinário, é também um volume de abençoado conteúdo espiritual cujas páginas se constituem em VALIOSA TERAPIA para quem, na vida cotidiana, se sente incomodado por pensamentos infelizes. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Allan Kardec Baseado em instruções de Espíritos Superiores, sempre registradas nos finais dos capítulos, Kardec explica as máximas morais de Jesus, convidando-nos a vivencia-las no nosso dia a dia. Expondo com clareza e simplicidade a razão e ao coração, é o livro de cabeceira de milhares e milhares de criaturas. A sua introdução define o objetivo desta obra: abordar exclusivamente o ensinamento moral do Evangelho, pois esse código divino é acima de tudo, o caminho infalível da felicidade esperada. SUGESTÃO DE LEITURA RELATOS DA VIDA – Pelo espírito Irmão X – Psicografado por Francisco Cândido Xavier Humberto de Campos nasceu no estado do Maranhão, em outubro de 1886. Membro da Academia Brasileira de Letras foi poeta, contista, crítico, cronista e produziu cerca de 40 títulos literários em vida, além de artigos para jornais e revistas. Quase três anos depois de sua morte, em dezembro de 1934, transmitiu ao médium Francisco Cândido Xavier sua primeira obra espiritual. Por causa de uma ação judicial promovida pela Jornal Espírita de Uberaba – Ano 10 – Nº 129 – Junho/2017 Página 25


viúva do escritor, ele adotou o pseudônimo “Irmão X”, um artifício que já havia usado encarnado: quando precisou mudar de estilo, adotou o nome fictício “Conselheiro XX”. Alguns críticos literários examinaram atenciosamente as obras e constataram a autenticidade das mesmas. Entre elas esta, Relatos da Vida, onde com seu estilo inconfundível, Irmão X discorre sobre temas como dificuldades mediúnicas, livrearbítrio, fatalidade, depressão, entre outros. VIDAS DE YVONNE DO AMARAL PEREIRA – Denise Corrêa de Macedo Yvonne do Amaral Pereira nasceu em uma véspera de Natal: 24 de dezembro de 1900. Inicialmente registrada como Yphone, com menos de um mês de vida teve sua morte constatada após um violento acesso de tosse que a deixou com características próprias de um defunto. Dizem que foi a piedosa e dolorosa oração de sua mãe que despertou a criança para a vida material novamente. Era o (re)começo de uma difícil jornada, cujos detalhes podem ser conferidos nesta obra, cuja novidade é a tentativa da autora em ligar a vida e obra de Yvonne a suas outras encarnações. Apresenta ainda um recorte dos romances e relatos pessoais, que se misturam de maneira complementar para ressaltar o progresso de Yvonne como espírito determinado a vencer a si mesmo. SETE ESFERAS DA TERRA – Mário Frigéri Conhecemos realmente o Planeta que nos serve de moradia? A vida desenvolve-se apenas na superfície do globo terrestre? Quais são as “muitas moradas” a que se referia Jesus? As respostas a estes e outros questionamentos encontram-se nesta instigante obra de Mário Frigéri. Em um estudo minucioso e surpreendente, o autor nos convida a refletir sobre a constituição do Planeta em que vivemos e como a vida estende-se além das fronteiras físicas. Para isso, Frigéri compila valiosos trechos divulgados na literatura espírita, especialmente em Nosso lar, do Espírito André Luiz, assim como na Codificação de Allan Kardec e também no Apocalipse de João. O notável trabalho de Frigéri nos brinda com uma nova visão, conscienciosa, realista e séria, que contribuirá para melhor entendimento da natureza do nosso Planeta. HUMOR ESPÍRITA – “Estudo” http://espitirinhas.blogspot.com.br

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