Jornal do Ave nº 23

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Bimensal 6 de maio de 2015 Nº 23 Ano 1 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

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Trofa deve mais de “dez milhões de euros” a Santo Tirso

Famalicão a uma vitória da subida

Acidentes provocam caos na A3

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//PÁG.22 //PÁG. 12

Santo Tirso vai criar Centro de Arte Alberto Carneiro //PÁG. 7

Cortejo Académico marca Queima das Fitas

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Feira Franca “Santo Tirso Market” e Festa da Flor recriam decorre tradições históricas este fim de semana PUB


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JORNAL DO AVE 6 maio 2015

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Detido por suspeita de furto de veículos

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quando a PSP deteve, na Rua Maria etetando um “comporta- Feliciana, em S. Mamede de Infesmento suspeito” por parte de dois ta, Matosinhos, “dois homens, de homens, que se colocaram “em 33 e 36 anos de idade, canalizador fuga apeada”, a Polícia de Seguran- e comerciante, residentes em Faça Pública (PSP) de Matosinhos en- malicão e Braga, respetivamente”. cetou uma “perseguição”, que cul- A detenção surgiu durante o serviminou com a detenção de um ho- ço de patrulhamento. A PSP verimem pela suspeita de prática dos ficou que os homens, “que se encrimes de furto e uso de veículo. contravam no interior de um veícuEram 3 horas do dia 30 de abril, lo ligeiro de passageiros, perante a

presença da viatura policial, assumiram um comportamento suspeito, colocando-se em fuga apeada”. Durante a perseguição, foi “necessário o recurso ao uso da força muscular estritamente necessária para proceder à interceção dos suspeitos”, acrescentou fonte policial. A PSP encontrou na posse dos detidos “um dispositivo eletrónico, três chaves de viaturas por codificar, uma chave de fendas e um par de luvas”, verificando, no decurso de diligências policiais, que “os suspeitos se preparavam para furtar o veículo de marca BMW”. “No momento em que foram surpreendidos pelos agentes, já haviam acedido à centralina do veículo. Constatou-se ainda que a viatura em que se faziam deslocar, havia sido subtraída em Vila Nova de Gaia. Os proprietários deslocaram-se ao departamento policial e formalizaram as respetivas queixas”, avançou fonte da PSP. P.P.

// Santo Tirso

União de Freguesias aposta nas bicicletas citadinas A União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães tem a decorrer uma ação de sensibilização para a utilização de bicicletas citadinas. A primeira ação de sensibilização decorreu na Escola Profissional Cidenai e teve a presença de Jorge Gomes, presidente da União de Freguesias, Ricardo Sampaio, diretor da escola, e Sérgio Sousa, ciclista profissional da LA ANTARTE e padrinho deste projeto. “O projeto Toupeira, que teve o seu lançamento no ano passado, tem como grande objetivo proliferar em toda a União de Freguesias, promovendo a prática desportiva, fomentando a mobilidade na nossa região e incentivando a população para a utilização de um meio de transporte mais económico e sobretudo saudável”, disse Jorge Gomes. Para além desta ação, decorreram ainda outras no dia 28, na Escola Secundária Tomaz Pelayo, e no dia 30, na Escola Secundária D. Dinis. A.C./C.V.

Jovem perde a vida em colisão A freguesia de Landim, em Vila Nova de Famalicão, foi palco de um acidente mortal, que ocorreu a 26 de abril. Tudo aconteceu por volta das 11.20 horas, na Avenida do Monte, quando um jovem, que seguia de mota no sentido Riba d’Ave/Famalicão, foi surpreendido por um carro que entrava na via onde circulava. O motociclista não conseguiu evitar a colisão, chocou contra o carro e foi projetado vários metros até cair desamparado no asfalto. À chegada dos bombeiros, a vítima, de 26 anos e natural de Oliveira Santa Maria, encontrava-se em paragem cardiorrespiratória. Aca-

bou por não resistir aos ferimentos e faleceu momentos depois. O corpo foi transportado para a morgue da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. No local estiveram os Bombeiros Voluntários de Famalicão, Bombeiros Voluntários Famalicenses, Bombeiros Voluntários de Riba d’Ave e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, GNR de Riba d’Ave, GNR de Joane e Núcleo de Investigação em Acidentes de Viação. P.P.

// Santo Tirso

Ministério Público acusa arguidos de tráfico de estupefacientes O Ministério Público de Santo Tirso acusou duas pessoas pela prática de tráfico de estupefacientes e a uma delas imputou ainda o crime de detenção de arma proibida, revela a Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto. Em informação divulgada no seu sítio de Internet, a PGD precisa que a acusação se reporta ao período “entre 17 de janeiro e 24 de outubro de 2014, sendo os factos praticados em S. Tomé de Ne-

grelos, Santo Tirso, e em Alfena, Valongo”. Os arguidos, ambos “em prisão preventiva”, também estão “acusados de terem procedido à venda de haxixe e cocaína, sendo um deles o abastecedor do outro”. O segundo arguido, acrescentou a PGD, “funcionava como distribuidor a terceiros, operando no seu café que também servia como sala de consumo”. P.P.

// Vila Nova de Famalicão

PJ deteve suspeitos de assalto à mão armada A Polícia Judiciária identificou e deteve dois homens “fortemente indiciados pela prática de cri-

me de roubo com arma de fogo a posto de abastecimento de combustíveis”, em Vila Nova de Famalicão. O caso remonta a 7 de abril, quando os suspeitos se “apropriaram da quantia aproximada de seiscentos euros” a um “posto de abastecimento de combustíveis, em Cavalões, Vila Nova de Famalicão”, tendo utilizado “na fuga uma viatura que foi apreendida nas diligências de investigação realizadas”. Os detidos, de 38 e 27 anos de idade, desempregado e vigilante, respetivamente, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, a 23 de abril, para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. O desempregado já tinha cumprido “pena efetiva de prisão pelo mesmo tipo de crime”. P.P.


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Sinistralidade

Uma semana de acidentes provocam caos na A3 Na última semana, os acidentes de viação multiplicaram-se na autoestrada Valença/Porto (A3), no troço Famalicão/Maia e Trofa/Famalicão.

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sta segunda-feira, 4 de maio, dois acidentes de viação condicionaram a circulação na Autoestrada nº3, cerca das 9.30 horas, ao quilómetro (KM) 24,7, no sentido Porto-Valença, do qual resultou apenas um ferido ligeiro. Mais tarde, um choque em cadeia e um despiste, cerca das 13 horas, no sentido Porto-Valença, ao KM 22,6, depois da saída Santo Tirso/Trofa, na zona da Várzea do Monte, provocou ferimentos em quatro pessoas, que foram assistidas pelos Bombeiros Tirsenses e transportadas para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. As operações de socorro estiveram a cargo dos Bombeiros Voluntários Tirsenses. Já na noite de domingo, 3 de maio, um despiste seguido de colisão causou dois feridos, um dos quais com gravidade. Um veículo de marca Peugeot circulava no sentido Trofa-Maia, quando ao KM 16, na zona de Covelas, concelho da Trofa, se despistou, acabando por ser abalroado por um outro veículo, que circulava no mesmo sentido. Os Bombeiros Voluntários da Trofa estiveram no local com duas ambulâncias e um veículo de desencarceramento e tendo sido acio-

nada a VMER- Viatura Médica de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João do Porto. O ferido, de 19 anos, sofreu ferimentos considerados graves e, de acordo com fonte do Gabinete de Comunicação do INEM, “sofreu traumatismo ao nível do tórax”, sendo transportado para o Hospital de S. João. O outro ferido, de 17 anos, apresentava apenas ferimentos ligeiros, mas foi assistido no local pelos Bombeiros da Trofa, acabando por não ser transportado para o hospital. Já na sexta-feira, 1 de maio, cerca das 12.40 horas, também na A3, um outro acidente, perto do nó da saída para Famalicão, provocou dois feridos ligeiros. No local estiveram os Bombeiros Voluntários Tirsenses, com uma viatura de desencarceramento e dez elementos, a SIV (Suporte Imediato de Vida) de Santo Tirso, a Brigada de trânsito da Guarda Nacional Republicana e a Brisa. As vítimas foram transportadas para o Centro Hospitalar do Médio Ave de Vila Nova de Famalicão. Na quinta-feira, na sequência de um outro acidente de viação, uma pessoa ficou ferida sem gravidade num despiste na mesma autoestrada, ao KM 23,2. A prestar socorro à vítima estiveram os elementos da corporação dos Bombeiros Voluntários Tirsenses. No dia 27 de abril, dois militares do destacamento da GNR de Viana do Castelo sofreram um despiste seguido de capotamenpub

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Viatura descaracterizada da GNR embateu nos rails de proteção

to cerca das 12.50 horas, quando circulavam no KM 21 da A3, no sentido Porto-Valença. A viatura Renault Mégane, onde seguiam dois militares, entrou em despiste e perdeu o motor na colisão com os rails de proteção da estrada. De acordo com a fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, ao qual pertencem os dois militares, ambos do sexo masculino e com cerca de 30 anos, o ferido mais grave, um sargento, “sofreu traumatismo cranioencefálico”, encontrando-se internado no Hospital de S. João, do Porto. O segundo militar, um guarda, internado no Hospital de Santo António, “sofreu fratura de uma vértebra e algumas escoriações, mas está livre de perigo”. Segundo a mesma fonte, os dois militares pertencem ao Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Valença, no distrito de Viana do Castelo e sofreram o acidente “quando regressavam de um serviço”. “Por motivos desconhecidos, foram embater contra o pilar da ponte que atravessa a autoestrada”, adiantou aquela fonte.

Despiste aconteceu na manhã de segunda-feira

Acidente provocou quatro feridos

Aquando da chegada ao local, Tiago Miranda, adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, deparou-se com “um veículo capotado” de “um embate muito forte”, com “uma vítima fora do carro e outra vítima presa no seu interior”. “Abrimos a porta e fizemos a extração imediata devido à gravidade que a vítima apresentava, para se conseguir prestar os cuidados de socorro que necessitava”, afirmou, contando que as duas vítimas foram transportadas com “acompanhamento médico das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação dos hospitais de Santo António e de S. João”. O trânsito esteve cortado cerca de cinco horas, para que os bombeiros procedessem à remoção do veículo e à lavagem da estrada, sendo reaberta por volta das 18 horas. No local estiveram a Brisa, a Brigada de Trânsito, os Bombeiros Voluntários Tirsenses, com seis viaturas e 17 homens, os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, com uma viatura e três elementos, e os Bombeiros Voluntários de Ermesinde, com duas viaturas e sete elementos.


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Atualidade

// Santo Tirso

Breves Câmara cede espaços a associações Os protocolos vão ser celebrados entre a Câmara Municipal de Santo Tirso e a União de Freguesias de Lamelas e Guimarei, a Associação Cultural e Desportiva de Lamelas e o Rancho Folclórico de Santa Eulália de Lamelas. A assinatura está marcada para o próximo domingo, 10 de maio, pelas 15 horas, e prevê a cedência das instalações da antiga escola primária de Lamelas (Escola Básica do 1º Ciclo de Sobrecampos), a instituições daquela freguesia. “Esta medida da Câmara de Santo Tirso insere-se na política do executivo municipal, manter a utilização de estabelecimentos de ensino que, entretanto, deixaram de ter atividade letiva”, adianta a autarquia através de nota de imprensa. MMA

Obras de beneficiação em quatro fontes ornamentais

Mercado municipal a concurso no EUROPAN 13 É um concurso internacional de ideias na área do urbanismo, aberto a equipas de arquitetos e outros profissionais da área com menos de 40 anos e é em Santo Tirso que vão ser apresentados, esta quarta-feira, dia 6, os projetos nacionais em competição. MAGDA MACHADO DE ARAÚJO

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concelho tirsense apresenta a este concurso de urbanismo o Mercado Municipal numa sessão que vai ter lugar às 18 horas, no salão nobre da Câmara de Santo Tirso. O Europan tem como tema “A Cidade Adaptável”. “Como usar novos inputs para mudar o espaço urbano” ou “como beneficiar de novos inputs para transformar o espaço urbano e dispersar as dinâmicas positivas emergentes por áreas adjacentes, para criar novas urpub

banidades” são algumas das ques- Municipal de Santo Tirso. tões a que o município pretende Os concursos Europan mobilidar resposta nesta edição. zam em cada edição mais de 70 ciA sessão desta quarta-feira con- dades europeias e mais de duas mil ta com a presença do arquiteto Pe- equipas de jovens arquitetos e oudro Brandão, secretário-geral da tros profissionais, proporcionanEuropan Portugal, e será antece- do contactos internacionais e a redida de duas visitas, uma ao Mer- alização de operações inovadoras, cado Municipal e outra ao Parque de qualidade. Para além de Santo Urbano da Ribeira do Matadouro, Tirso, Barreiro e Odemira/Azenhas reformulado no âmbito do Euro- do Mar são os restantes municípios pan 9. Após a sessão de apresenta- portugueses a concurso. As inscrição, será aberto um debate público ções e entrega de candidaturas sobre a reformulação do Mercado decorrem até 30 de junho de 2015.

Rui Batista eleito presidente da JSD Santo Tirso A JSD (Juventude Social Democrata) de Santo Tirso foi a votos no dia 18 de abril. Para sufrágio apresentou-se uma lista encabeçada pelo atual presidente, Rui Miguel Batista. Depois de ser eleito vice-presidente da JSD Distrital do Porto em janeiro, Rui Batista foi reeleito por mais dois anos à frente da JSD Santo Tirso, com uma mobilização dos militantes, que superou os 40 por cento. A lista liderada por Rui Batista foi renovada, à semelhança da ambição desta estrutura para a juventude do concelho, sendo a nova Comissão Política constituída por 15 membros. Para este novo mandato, a JSD compromete-se a “aumentar a sua militância, bem como reforçar a sua atuação junto dos órgãos autárquicos, por forma a dar aos jovens tirsenses uma voz mais ativa na construção de um concelho para viver, estudar e trabalhar”. Em maio, a JSD propõe-se a realizar “uma visita de trabalho à União de Freguesias de Além-Rio, lançar um novo site e reunir com as associações de estudantes do concelho”. E.G./C.V.

Já estão em marcha as obras de beneficiação das quatro fontes ornamentais da Praça 25 de Abril, da Rotunda de Timor Lorosae, do Parque D. Maria II e do Largo Domingos Moreira. Os trabalhos, promovidos pela Câmara Municipal de Santo Tirso, incidem na reparação das superfícies do pavimento e paredes das fontes (pastilha cerâmica, granito), preparação das superfícies com reparação de fissuras e lavagem com jato de pressão controlada e aplicação de membranas de proteção/impermeabilização. O objetivo é “eliminar as perdas significativas de água detetadas” de “mais de dez metros cúbicos”, que, segundo fonte da autarquia, vão permitir uma poupança na ordem dos 48 mil euros até 2017. Para Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso “trata-se, não só, de uma questão de diminuir o valor médio do consumo de água, mas também de melhorar o impacto ambiental”. Num investimento de 24 mil euros, a autarquia espera que as obras estejam concluídas até ao final do mês de maio. E.G./C.V.

Ciclo de Conferências reflete sobre Igreja Católica No âmbito do Ciclo de Conferências “Santo Tirso - Uma referência Nacional”, realizado pela Associação Cívica Amar Santo Tirso, com o apoio da Câmara Municipal, tem lugar esta sexta-feira, 8 de maio, um jantar debate com o padre/jornalista Rui Osório. O jantar realiza-se no Salão Nobre dos Bombeiros Vermelhos, às 20 horas. E.G./P.P.

Mickael Carreira nas Festas de Nossa Senhora do Rosário De 8 a 10 de maio, a freguesia de Vilarinho vai receber as festas em honra de Nossa Senhora do Rosário. A animação começa pelas 21.30 horas desta sexta-feira, dia 8, com o concerto do grupo 4MENS, terminando a noite com uma sessão de fogo de artifício. No dia seguinte, pelas 22 horas, há o espetáculo de Mickael Carreira e, à meia-noite, mais uma sessão de fogo de artifício. No domingo, o destaque vai para a procissão em honra de Nossa Senhora de Rosário, pelas 16 horas. No recinto das festas não vão faltar “variadas barracas de comes e bebes, animação, variados carrosséis para miúdos e graúdos e tombolas”. “A comissão de festas tem todo o prazer em convidá-los para as grandiosas festas de maio. Apareçam e venham conhecer a nossa terra”, deixou o convite. P.P.


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Atualidade // Santo Tirso

“Santo Tirso Market” este fim de semana Artigos de vestuário, acessórios, decoração, produtos gourmet, exposição de carros clássicos e um mercadinho rural são apenas algumas das atrações do Santo Tirso Market, que decorre no dia 9 de maio, das 11 às 21 horas, na Fábrica de Santo Thyrso. A entrada é gratuita. MÓNICA RIBEIRO

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evento é organizado pela Amazing Bazaar em parceria com a Câmara Municipal de Santo Tirso e pretende “projetar o concelho”, trazendo ao município um público variado, desde os mais pequenos aos mais velhos, sendo também uma forma de “promover a Incubadora de Moda e Design (IMOD)” instalada na Fábrica de Santo Thyrso. A sessão de apresentação decorreu no dia 16 de abril e contou com a presença dos representantes de várias marcas que vão participar e da embaixadora da iniciativa Joana Villas-Boas. Vera Roquete, da Amazing Bazaar, elevou as expectativas e apelidou o Santo Tirso Market como um evento de “outro mundo” e “diferente” pelas atividades paralelas que vai acolher. “Não vai ser só um mercado de roupa, vai ser um evento a que nós chamamos

de 360 graus e que vai estar preparado para toda a família”, disse. No total, estarão representadas 60 marcas, algumas delas patentes na Fábrica de Santo Tyrso e outras de dentro e fora do concelho como a Foz Market, Bazar da Cerca e Espaço 7 Trend Store. “Vamos ter vestuário, bijutaria, decoração, vestuário de criança e de senhora e muitas marcas de venda online”, explicou Paula Austin, outra representante da Amazing Bazaar. O edil tirsense, Joaquim Cou- Iniciativa decorre na Fábrica de Santo Thyrso a 9 de maio to, lembrou que a divulgação da com valor acrescentado e é isso mida de rua que vão servir diveração permite trazer pessoas à ci- que permite salários mais eleva- sos petiscos. Estarão também redade, sendo também uma forma dos”, referiu. presentadas marcas de vinho nade criar capital. “A nossa intenção A iniciativa contará com um con- cional, produtos gourmet e dietéé que as marcas e o comércio onli- curso para eleger a marca mais ticos. Outra das atrações será o ne e local se envolvam no processo, criativa, um desfile com propostas Mercadinho Rural de Santo Tirso, promovendo emprego altamente das marcas presentes no evento e composto por dez bancas, que vai qualificado. Nesse contexto, tam- um workshop sobre moda. reunir a melhor seleção de produbém estamos a cumprir um objeO Santo Tirso Market terá ainda tos frescos e biológicos, vindos ditivo nobre de encontrar alternati- uma zona de alimentação, com retamente da horta. Para os mais vas de emprego com qualidade e Street Food e vários veículos de co- pequenos está reservado um es-

Assembleias do OPJ arrancam a 15 de maio O Orçamento Participativo Jovem de Santo Tirso tem já a primeira Assembleia marcada para o dia 15 de maio, pelas 19 horas. É a primeira de sete e vai ter lugar no salão nobre da Junta de Freguesia de Campo (S. Martinho e S. Salvador) e Negrelos (S. Mamede). MAGDA MACHADO DE ARAÚJO

As Assembleias Participativas são sessões de participação pública, onde se podem apresentar as propostas ao Orçamento Participativo Jovem de Santo Tirso. Numa primeira fase vão constituir-se grupos para debater as propostas colocadas em cima da mesa que, no final, votarão aquelas que devem ser apresentadas oficialmente.

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paço com atividades lúdico-pedagógicas, com scrapbooking ou insufláveis. O espaço da Fábrica conta também com uma exposição de automóveis clássicos e concertos de Inês Morais (finalista do Factor X) e João Morais. Poderá também dançar, ao final do dia, ao som da música dos anos 80 e 90, com os Mini DJ. pub

Foi destas Assembleias Partici- gia; Saneamento e Higiene Urbana; pativas que, em 2014, surgiram os Infraestruturas rodoviárias, Trânsitrês projetos finalistas: “Hortas Ur- to e Mobilidade; Turismo, Comércio banas” – ideia vencedora –; “Rio e Promoção Económica; Educação; Fest” e o Indoor Radical Park. Juventude; Desporto; Ação Social; Os projetos candidatos ao Orça- Cultura e Modernização Adminismento Participativo Jovem podem trativa. O montante anual definiser apresentados nas mais diver- do pela Câmara Municipal de Sansas áreas, designadamente do Ur- to Tirso para o Orçamento Particibanismo; Espaço Público e Espaços pativo Jovem é de 120 mil euros. Verdes; Proteção Ambiental e Ener-

As sessões participativas vão decorrer em maio: dia 15, 19 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia de Campo (S. Martinho e S. Salvador) e Negrelos (S. Mamede); dia 18, 18.30 horas, na EB 2/3 da Agrela; dia 20, 14.30 horas, na EB 2/3 de S. Tomé de Negrelos; dia 22, 19 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia de Lamelas; dia 25, 19 horas, na Biblioteca Municipal e dia 27, 14.30 horas, no Centro Cultural de Vila das Aves. Para o dia 1 de junho, está marcada uma Assembleia para as 14.30 horas, no auditório 2 do Instituto Nun’Alvres.

// Vila Nova de Famalicão

Cortejos para Romaria Nova A Comissão de Festas da Romaria Nova de Lousado continua com as suas iniciativas para angariação de fundos. No dia 10 de maio, realiza-se o primeiro cortejo de oferendas que será leiloado no Alto de Montezelo. As aldeias incluídas neste cortejo são: Atalaia, Ancide, Aldeia Nova, Carvalhosa, Bairro, Fonte dos Castanheiros, Gandra, Loteamento da Mabor, Serra e Carvalhinho. No local, há a habitual “Tasquinha dos Zés”, com serviço de bar. A Comissão agradece antecipadamente a todos os que vão colaborar nesta iniciativa e convida todos os lousadenses a estarem presentes. As Festas em Honra da Senhora da Boa Hora e Sagrado Coração de Maria, realizam-se no segundo fim de semana de setembro.

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Atualidade

// Santo Tirso

Complexo Desportivo de Roriz é uma realidade Mais de uma década depois, a população de Roriz viu concretizada uma das obras mais ansiadas. CÁTIA VELOSO

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complexo desportivo da União Desportiva e Social de Roriz passou do sonho à realidade e a inauguração, a 18 de abril, contou com a presença de centenas de pessoas, entre elas o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, e o secretário de Estado do Desporto, Emídio Guerreiro. O projeto foi concretizado graças à persistência da direção, ao financiamento da Câmara Municipal de Santo Tirso de “340 mil euros” e da alocação das últimas verbas do quadro comunitário de apoio. “Foi complicado, encontramos algumas pedras duras no caminho, mas com esforço e persis-

tência conseguimos terminá-lo”, desabafou Francisco Bessa, presidente da coletividade. Com “cerca de 150 atletas” nas fileiras da coletividade, a União Desportiva de Roriz “não fará uso exclusivo” do complexo desportivo, que poderá ser usufruído “por outras associações ou particulares que o queiram alugar”, informou Francisco Bessa. Joaquim Couto também se mostrou satisfeito com o projeto. “O Governo fez aprovar uma candidatura na ordem dos 500 mil euros e o processo ainda não está completo. Faltam alguns pormenores que a União Desportiva de Roriz vai diligenciar, mas finalmente a freguesia tem um equipamento desportivo à

35 milhões de euros, distribuídos por mais de 70 projetos, só na região Norte”, destacou. O governante considerou que o projeto em Roriz ganha ainda mais expressão por estar situado numa zona periférica. Santo Tirso tem outros projetos de cariz desportivo no terreno. Joaquim Couto relembrou o do Parque da Rabada, cuja obra “está praticamente concluída”, e o da Piscina Municipal com vista à eficiência energética.

Há outros projetos, não desportivos, que também eswww.jornaldoave.pt tão a ser executados no âmbiObra foi muito elogiada pelos governantes to do overbooking, na zona altura das necessidades com digni- a celeridade da obra devido à deci- industrial de Fontiscos, nas dade e que é moderno em qualquer são de canalizar parte do financia- obras de retirada de amianparte do mundo”, afiançou. mento em overbooking em infraes- to nas escolas do concelho O secretário de Estado do Des- truturas desportivas. “Há um ano e na modernização adminisporto, Emídio Guerreiro, valorizou havia zero cêntimos, agora temos trativa. Reportagem vídeo em

“Laços Azuis” alertam para a prevenção dos maus tratos Reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt

Roriz elevada a vila há quatro anos A freguesia de Roriz, em San- com escalada, rapel, slide e teia. to Tirso, esteve em festa entre os A animação esteve a cargo de Zé Agrupamento de Escolas Tomaz dias 11 e 12 de abril com as come- Morais e Joaquim Martins, do Ranmorações do 4.º aniversário de cho Folclórico S. Pedro de Roriz e Pelayo. Alberto Costa, vereador do pe- elevação a Vila, decretada pela do Rancho Etnográfico Santa Malouro da Ação Social da Câma- Assembleia da República a 6 de ria de Negrelos. Houve ainda uma ra Municipal de Santo Tirso, afir- abril de 2011. aula de ginástica e demonstração mou que “as crianças e jovens” O programa de festas foi diver- pelo Núcleo de Karaté e Atletismo são “a prioridade”, porque são sificado, de forma a atrair o maior de Roriz, terminando com o “can“o futuro do nosso país e da nos- número de pessoas. Para os mais tar os parabéns à vila de Roriz” e sa sociedade”. “A melhor forma novos havia insufláveis, parede sessão de fogo. P.P. de chegar aos adultos é através das crianças (…), pois os pais projetam-se nos filhos, que são vistos como uma réplica deles, mas mais moderna e aperfeiçoada. Por isso, sempre que os filhos lhes dizem alguma coisa é quase como se eles próprios lhes estivessem a dizer como haviam de fazer”, finalizou.

Alunos participaram na iniciativa que visava assinalar o Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

Laços azuis de diversos tamanhos e feitos com diversos materiais foram o mote para a exposição de fotografia “Laços Azuis”, patente no átrio dos Paços do Concelho de Santo Tirso. PATRÍCIA PEREIRA A exposição, que culminou a 30 de abril, contou com 35 fotografias de mais de duas dezenas de escolas dos diferentes graus de ensino do concelho. Foi através do concurso “Cria o Laço + Criativo”, que a Câmara Municipal de Santo Tirso e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco assinalaram o “Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infân-

cia”, comemorado em abril. A Câmara Municipal de Santo Tirso atribuiu prémios aos melhores projetos apresentados. A categoria I, destinada ao pré-escolar e 1.º ciclo, foi ganha pela EB da Ribeira, em Roriz; a categoria II, destinada aos 2.º e 3.º ciclos, foi ganha pela EB S. Tomé de Negrelos, na categoria III, destinada ao secundário e profissional, venceu a Escola Profissional de Serviços CIDENAI. Além do concurso, a organização promoveu o Fórum – Estratégias de Prevenção em Situações de Perigo, tendo como orador principal Paulo Fonseca, psicólogo e mediador educativo do

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Cortejo Académico marca Queima das Fitas

A semana da Queima das Fitas de Vila Nova de Famalicão, de 29 de abril a 2 de maio, teve como um dos momentos altos o Cortejo Académico, que lotou as ruas do concelho. DIANA MORGADO/CÁTIA VELOSO Reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt

Feira Franca e Festa da Flor recriam tradições históricas De 8 a 12 de maio, regressam a Vila Nova de Famalicão a Feira Franca e a Festa da Flor, que se unem para uma grande romaria popular. DIANA MORGADO/CÁTIA VELOSO A antiga Feira das Trocas, tam- que a população poderá desfrutar bém conhecida por Feira do Bur- de um desfile rico em cor e beleza ro, reproduz algumas das maio- e que conta com a participação de res tradições históricas do municí- 11 grupos. Exposições de viveiros e florispio famalicense, como o mercado dos enchidos e a feira de gado bovi- tas, workshops, palestras, ateliês no. É neste ambiente que o conce- de pintura e muita animação não lho promove cinco de dias de festa vão faltar no evento que gira em “com uma das feiras mais emblemá- torno da flor e que decorre entre a ticas”, destacou o autarca, Paulo Praça 9 de Abril e a Praça D. Maria II. Está ainda previsto para terçaCunha, referindo-se à Feira da Flor. A Feira decorre na Praceta -feira à noite, 12 de maio, a procisCupertino de Miranda e na Alame- são de velas em honra de Nossa Seda D. Maria II e regressa, ao lugar nhora de Fátima, que já faz parte de origem, Campo Mouzinho de da tradição e que marca o fecho do evento. A procissão percorrerá as Albuquerque. A Batalha das Flores, que aconte- ruas do centro da cidade, numa exce a 11 de maio, é também um dos tensão de cerca de 1,5 quilómetros momentos mais aguardados, visto e que tem início na Igreja Matriz.

Famalicão dedica maio à Família O município famalicense celebra o “Mês da Família” com um vasto conjunto de iniciativas, como exposições, oficinas, conferências, momentos de convívio e reflexões. EMA GUIMARÃES/CÁTIA VELOSO

O mês de maio é o “mês da Família”. Famalicão será palco de várias iniciativas promovidas pela autarquia. A Casa da Juventude de Delães recebe as conversas informais “Duas de Treta”, nos dias 7, 14, 21 e 28 de maio, e a nova Casa da Juventude de Delães as “Conversetas em Família”, nos dias 6,13,20 e 27 de maio. A exposição fotográfica “Família e Afetos” pode ser visitada de 8 a 29 de maio, na Casa da Juventude de Delães. O auditório da CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário) recebe o encontro sobre a educação na primeira infância “Novos Rumos para a Educação de Bebés e Crianças em Creche e Jardim de Infância”, organiza-

do pela Associação Gerações, em parceria com a Câmara Municipal e, no dia 15, Dia Internacional da Família, a conferência “Valores numa Sociedade Moderna”. No dia 10, entre as 14.30 e as 17.30 horas, os Serviços Educativos do CEAB (Centro de Estudos e Actividades Ambientais) recebem a oficina “Árvores com Família”. “A Dança e o Património Local e Regional como interface de Gerações” é o nome da iniciativa que no dia 23 pretende juntar várias gerações através da dança. O Parque da Devesa recebe ainda, no dia 24, o “Family Game”, um jogo de tabuleiro para toda a família, e a iniciativa “Hoje há Histórias na Cidade”, a ter lugar no dia 30 de maio e que pretende fomentar a interação entre adultos e crianças através dos contos. Estas iniciativas inserem-se nas políticas sociais e de promoção da família, promovidas pelo município de Famalicão.

Finalistas “despediram-se” da vida académica

É

etapas”. A estudante apontou ain- dos no cortejo foi a passagem pela esta a festividade que, por da que a praxe académica é fun- tribuna, uma vez que é ali que se todo o país, marca o fim do per- damental “na integração” e que é sabe qual dos camiões é o vencecurso académico para alguns e o aqui que, de certa forma, surgem dor e o curso premiado com 250 início para outros. Os estudantes os “valores que a sociedade cada euros, atribuídos pela autarquia. da Universidade Lusíada de Fama- vez mais está a perder”. O vencedor foi o curso de Fisiotelicão e da Escola Superior de SaúJorge Carneiro, presidente da rapia, da ESSVA, e o pódio ficou de do Vale do Ave (ESSVA) uniram- Associação Académica da ESS- completo com Enfermagem (ES-se em massa para exibir a todo o VA e finalista, garantiu que S. Pe- SVA) e Arquitetura (Universidade público os seus camiões. dro contribuiu para a grandiosida- Lusíada), respetivamente. A emoção e o entusiasmo fize- de do evento, sublinhando que a A festa, que teve também muiram parte deste cortejo, deixan- sua principal intenção passa por ta bebida à mistura, continuou no do clara a sua importância para os “aproveitar ao máximo os corte- espaço Lago Discount para a atuatuais estudantes e mesmo para jos e a semana académica” de Vila ação do cabeça de cartaz Augusaqueles que já concluíram o En- Nova de Famalicão. to Canário. A queima das fitas de sino Superior. O momento fez reNuma altura em que se olha Famalicão prosseguiu até ao dia lembrar os bons momentos já an- para o amanhã, a geração dita 2 de maio, com várias atuações tes passados, mas que ainda se “à rasca” não perde a esperança de grandes nomes da música nanum futuro profissional em Portu- cional e internacional, como Nelmostram tão presentes. Para Ana Lopes, licenciada em gal e argumenta que o fundamen- son Freitas, Carlão, DJ Overule, Fisioterapia pela ESSVA, o Corte- tal é não baixar os braços. D.A.M.A e Agir. Um dos momentos mais esperajo Académico, “é o final de várias

Estudantes exibibiram carros alegóricos


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// Vila Nova de Famalicão

Avenida da Aldeia Nova inaugurada em Ribeirão A

ca, que suportam bem condições requalificação da Avenida climáticas mais adversas. da Aldeia Nova, que o presidenAdelino Oliveira sublinhou prete da Câmara Municipal de Fama- cisamente o facto de esta interlicão, Paulo Cunha, inaugurou a venção responder ao desafio lan18 de abril integrou “a criação de çado pela autarquia aos ribeirenpasseios, passadeiras e estacio- ses, para que tenham uma postunamento e a plantação de árvo- ra colaborativa e participativa em res, tornando mais segura e boni- relação aos assuntos da freguesia. ta aquela via central” de Ribeirão. “O papel de uma Junta de FregueO investimento da Junta de Fre- sia é estar atenta às pessoas e ouguesia de Ribeirão, presidida por vi-las todos os dias, para depois Adelino Oliveira, rondou os 30 mil decidir em função das suas neeuros, tendo a Câmara Municipal cessidades e preocupações. Sabícontribuído com a plantação das amos que os moradores estavam 66 ameixoeiras dos jardins, árvo- insatisfeitos com o estado desta res de médio porte e folha cadu- avenida, com passeios muito de-

gradados por causa das raízes das árvores envelhecidas, pelo que agimos no sentido de concretizar a obra”, explicou. Já o edil Paulo Cunha enalteceu a atitude da Junta de Freguesia de requalificar esta avenida, que serve um número significativo de habitantes de uma urbanização com mais de 30 anos. “Esta intervenção é muito bem-vinda, porque recriou e reabilitou o espaço público. É algo que venho assinalar como um exemplo que gostaríamos de ver replicado”, concluiu o autarca famalicense.

Renault Dias Costa oferece workshop às mamãs

Workshop foi promovido pela Renault Dias Costa

“Mamã ao volante, Segurança Constante” foi o lema escolhido pela Renault Dias Costa para o workshop de segurança no transporte de crianças, realizado no sábado, 2 de maio, e que proporcionou a todas as mães presentes uma tarde bem diferente do habitual. A atividade foi desenvolvida em parceria com a loja Dear Baby da Bébéconfort, e teve como princi-

pal objetivo alertar para a vulne- deram comprovar num Renault, rabilidade a que as crianças es- a rápida instalação da cadeiritão sujeitas no transporte num nha com o sistema ISOFIX, conautomóvel, dado o número de siderado mais seguro por reduacidentes que as envolvem em zir os erros que podem ocorrer toda a Europa. na instalação. As vantagens do uso de um A Renault mostrou como é funsistema de retenção adequado damental o desenvolvimento de ao peso e à idade e de este estar estratégias reais que contribuem voltado de costas para a estrada, para a prevenção e proteção das idealmente até aos quatro anos, crianças. foram destacadas e as mães pu-

Maria José Gonçalves assume direção dos Bombeiros de Riba de Ave Depois de ter sido eleita para o biénio 2015/2017, Maria José Gonçalves tomou posse como presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, a 16 de abril. Na cerimónia de tomada de posse, a presidente afirmou que o momento é de “grandes dificuldades”, não só de ordem financeira, mas também com a falta de meios técnicos e humanos, adiantando que “o trabalho não será desenvolvido em espírito de sacrifício, mas antes com vontade própria, empenho e responsabilidade para elevar esta instituição aos níveis de prestígio que merece”. Para efetuar uma reestruturação interna, procurando reduzir os custos e aumentar a rentabilidade, a presidente tem preparada uma mega campanha de angaria-

ção de sócios e o envolvimento ativo da comunidade civil e empresarial na instituição. A nova presidente aproveitou a presença de um representante da Câmara Municipal de Guimarães para solicitar mais apoio a esta autarquia, tendo em conta que a corporação serve duas freguesias do concelho vimaranense, Guardizela e Serzedelo. A instituição também presta serviços de segurança e socorro em sete freguesias do concelho de Vila Nova de Famalicão: Bente, Carreira, Delães, Oliveira Santa Maria, Oliveira S. Mateus, Pedome e Riba de Ave. O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, referiu que os bombeiros de Riba de Ave podem “contar sempre com o apoio municipal”. P.P.

Francesinha Solidária para ajudar Centro Vale S. Cosme

Com o objetivo de “doar duas cadeiras de banho e quatro cadeiras de jardim” ao Centro Social e Paroquial de Vale S. Cosme (CSPVSC), o Rotaract Clube Vila Nova de Famalicão organizou o 3.º Festival da Francesinha, no dia 2 de maio, para “angariar” fundos. Numa noite “bastante animada, onde o companheirismo e a vontade de apoiar os mais desfavorecidos estiveram em evidência”, participaram “90 pessoas, que permitiram que mais um objetivo deste Ano Rotário fosse cumprido”. Este é “o mais recente projeto” do clube, que conta com “o im-

prescindível apoio” da Fundação Rotária Portuguesa e visa “melhorar as condições de vida dos idosos que frequentam o CSPVSC”. “Tendo em conta as inúmeras dificuldades que as IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) estão a passar, torna-se fundamental a nossa intervenção. A nossa ajuda é apenas uma gota no oceano de necessidades existentes, mas tal como dizia Madre Teresa de Calcutá ‘sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele o oceano seria menor’”, avançou fonte do Rotaract. P.P.


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Paulo Cunha pede mais competências para o poder local Num discurso diferente do que é habitual proferir-se em dia de comemoração do 25 de Abril, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, reclamou “um novo paradigma de afirmação do poder local”. CÁTIA VELOSO

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Intervenções na sessão solene BE – José Luís Araújo “Lamentavelmente o Portugal que hoje temos é cada vez mais parecido com o Portugal da ditadura. Portugal precisa muito mais de políticos sérios que conheçam e defendam aquilo que as populações precisam do que ilustres economistas que apenas conheçam a frieza dos números.” Grupo Municipal CDU “As comemorações da revolução de Abril devem, pois, ser um momento para afirmar a indignação e a recusa da política dirigida contra os trabalhadores, o povo e o País, em que se insere também o ataque ao poder local democrático e ao que ele representa de espaço de afirmação e realização de direitos e aspirações populares.” Juventude Popular - Raquel Pinto “Não tendo vivido o 25 de Abril de 74 nem o período de ditadura que o antecedeu, tenho a obrigação de aprender com os erros do passado para que não se voltem a repetir. Por isso, não podemos permitir, que por ser ano de eleições, se deite a perder todo o esforço realizado até hoje por todos nós. Não podemos permitir que para ter uma vida melhor hoje, se ponha em causa o dia de amanhã.”

epois de cantado o hino nacional, ao som dos instrumentos da Banda de Famalicão, e já na sala da Assembleia Municipal, o autarca pediu mais competência para as autarquias, mostrando disponibilidade de Vila Nova de Famalicão para “assumir um novo cenário de exercício de competências no enquadramento nacional”. “Nós não queremos que, pura e simplesmente, o Estado transfira competências para a Câmara Municipal. Nós queremos que o País transfira responsabilidades, missões e objetivos a atingir para quem está no território para a nossa comunidade”, frisou.

Paulo Cunha considera que, com este “Paradigma de descentralização”, as comunidades locais estão “a cumprir Abril”, contribuindo “para o desenvolvimento”. O país, continuou, tem o desafio e a “obrigação de capitalizar para o processo coletivo de desenvolvimento todos os agentes disponíveis e responsáveis, como as empresas, as instituições sociais, as freguesias, os movimentos informais e os cidadãos”. Este discurso segue, em consonância, com o caminho ultimamente traçado pelo município, que está no grupo de autarquias a desenvolver o projeto de descentralização de competências im-

pulsionado pelo Estado ao nível da Educação. Também na Saúde, Famalicão está “disponível” para assumir novas responsabilidades e desafios, admitiu Paulo Cunha, numa das recentes intervenções públicas. Nuno Melo, presidente da mesa da Assembleia Municipal, interveio depois de todos os oradores e, em jeito de resposta a alguns defensores da revolta contra as políticas adotadas pelo Governo, afirmou que “Abril cumpre-se diariamente na expressão de liberdade dos cidadãos e na capacidade que têm de escolher os seus representantes das estruturas democráticas”.

Speed Meeting Democrático põe jovens a falar dos ideais de Abril Igualdade de género, políticas municipais de juventude, cidadania ativa, Portugal e a Europa e Transparência Política foram os cinco temas que nortearam o speed meeting democrático. CÁTIA VELOSO

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CDS – Hélder Pereira “Compete-nos hoje, como muitos fizeram a 25 de Novembro de 75, alguns com a própria vida, defender os verdadeiros valores de Abril e não “Uma excelente iniciativa”. Este ficar estáticos e deixar que tudo aconteça naturalmente. Chegou o mo- foi o feedback deixado por Joel mento de afirmamos com todas as nossas forças que não queremos mais Oliveira sobre a iniciativa que a políticas irresponsáveis de endividamento, e que somos capazes e traba- autarquia de Vila Nova de Fama- Speed Meeting realizou-se na Casa da Juventude lhadores o suficiente, para construir um país próspero e independente.” licão promoveu para assinalar o tes, mas não explica aos jovens a ter uma perspetiva de futuro mui 25 de Abril. forma como participar na política to positiva”, evidenciou. PS – Luís Moniz O elemento da Juventude Socia- e de fazerem eles próprios o camiNuno Melo, que por ser euro“Não podemos querer comemorar Abril quando há populações priva- lista do concelho foi um dos par- nho para a sua vida”, evidenciou. deputado falou aos jovens sobre das de infraestruturas mais básicas e elementares como saneamento e ticipantes e considerou que o en- Outra das conclusões retiradas da os desafios de Portugal na Euroágua canalizada. Não estamos a cumprir Abril quando encerramos ser- contro “permitiu aos jovens estar discussão foi a “pouca confiança” pa, elogiou a iniciativa: “Em datas viços de saúde, deixando as populações desprotegidas, principalmente próximos dos decisores políticos”. que os jovens depositam “no po- passadas, temos evocado a necesas mais idosas. (…) Cumprir e honrar Abril é defender o nosso hospital, a Já para Sofia Gonçalves foi impor- der político”, constatação que ex- sidade de se alterar o figurino conossa maternidade e o nosso serviço de urgência.” tante os mais novos poderem “dar plica “a pouca afluência às urnas”, memorativo do 25 de Abril e aqui soluções para o futuro, de modo a acrescentou. tivemos uma inovação muito imJuventude Socialista – Hugo Sampaio garantir a continuidade de todos Essa era uma situação que Pau- portante, que trouxe uma geração “Estamos a assistir a Abril ser anulado e suprimido pela política… ve- os direitos adquiridos” com a Re- lo Cunha queria ver debelada com que nasceu depois do 25 de Abril a esta iniciativa. “Recebemos dos discuti-lo e que já está muito poumos a liberdade a cair pelas nossas mãos, como de areia se tratasse. Em volução dos Cravos. Cinco grupos passaram por ou- jovens um conjunto de contribu- co formatada para frases proclaPortugal 2015 assiste-se a um desmantelamento constante de Abril, vemos posto em causa instrumentos de defesa dos nossos direitos, como tros tantos postos ocupados por tos muito importantes que nos fi- matórias de cariz revolucionário, a Constituição, tudo em nome de um tem que ser ou temos que ir mais Paulo Cunha, presidente do mu- zeram perceber por que não vo- pois o que querem é ter uma resalém. (…) As gerações mais novas têm o dever de acreditar e de lutar con- nicípio, Nuno Melo, presidente da tam e assim será mais fácil com- posta para os seus problemas”. Às críticas recebidas sobre a liAssembleia Municipal e eurode- bater a abstenção e, quem sabe, tra esta ditadura camuflada do que tem que ser.” putado, Paulo Jorge Oliveira, de- num futuro próximo tê-los a par- gação de todos os oradores à coputado da Assembleia da Repú- ticipar mais no processo democrá- ligação PSD/CDS-PP, Paulo Cunha PSD - Vítor Moreira respondeu que “a Câmara não “Praticar diariamente a democracia e afirmar a liberdade, fazendo es- blica eleito pelo PSD, Sofia Fer- tico”, evidenciou. Já Joel Oliveira elegeu o de- convidou nenhum partido, mas colhas com responsabilidade e depositando confiança e ambição, é a me- nandes, vereadora do pelouro da lhor forma de homenagearmos aqueles que, por nós e para nós, fizeram Família, e Mário Passos, vereador semprego como “principal preo- personagens tendo em conta as cupação” da geração mais nova e suas funções”. “É bom notar que a Revolução que estamos a comemorar. Este deve ser o nosso desígnio da Juventude. Cada tema foi discutido durante um dos temas que marcou o spe- tivemos jovens com militâncias para numa postura de compromisso integeracional podermos entregar aos nossos filhos um país e um concelho melhor do que o que foi entre- 15 minutos, sendo que a Educação ed meeting democrático. “É mui- nos diversos partidos e, portanto, gue pelos nossos pais. O presente exige de todos nós a mesma coragem, foi, para Sofia Gonçalves ponto de to difícil para um jovem criar uma não é verdade que seja uma iniciaa mesma entrega desde que há 41 anos temos vindo a construir Portu- convergência em todos os pos- vida estável, muito devido à fal- tiva formatada só atendendo à fitos. “A escola tem várias verten- ta de trabalho. Não conseguimos liação partidária”, concluiu. gal, livre e democrático.”


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// Santo Tirso

“Portugal não é nação sem os portugueses” A sessão solene comemorativa do 25 de Abril reuniu em Santo Tirso todas as forças políticas com representação na Assembleia Municipal. DIANA MORGADO/CÁTIA VELOSO

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de Abril sejam revisitados, ressusual a cor da liberdade? É citados e revividos”. O autarca Joaquim Couto mosverde, verde e vermelha”. Citando Jorge de Sena, o presidente da As- trou-se em concordância com o sembleia Municipal de Santo Tirso, presidente da Assembleia MuniRui Ribeiro, lembrou que as cores cipal e referiu que o programa de da bandeira portuguesa são as da ajustamento levado a cabo pelo Governo tem posto em causa alliberdade. No discurso alusivo à Revolução guns dos direitos conquistados em dos Cravos, Rui Ribeiro aproveitou abril de 1974 e à forma como Santo para deixar a sua opinião sobre a Tirso está a retomar o caminho do atual situação do país e relembrou desenvolvimento. “Nós fazemos a Joaquim Couto considera que executivo camarário “está a cumprir Abril” que “Portugal não é nação sem os nossa parte, uma parte pequenina sociais à população deve nortear nós, autarquias locais, responder de todas as forças com representaportugueses e nunca poderá estar que não tem, obviamente, o refle- o poder político, garantindo que a todas as solicitações se a Admi- ção na Assembleia Municipal, que bem enquanto nação se os portu- xo imediato, no todo nacional mas, “ao fim de ano e meio de manda- nistração Central nos quer impor discursaram sobre o 25 de Abril e gueses estiverem mal”. O presiden- entendemos que o nosso exemplo to”, sente que o executivo cama- novas competências, em matéria frisaram as semelhanças que ainte da Assembleia Municipal acres- pode servir para os restantes mu- rário “está a cumprir Abril”, mas de Educação, Saúde e Segurança da existem entre o Portugal de hoje sem deixar de apontar que o pres- Social, com consequências dire- e o Portugal de há 41 anos. centou ainda que a população não nicípios”, referiu. Para o presidente do município suposto da autarquia começa a ser tas em termos de despesa no orJá no fim do evento, pôde-se oupode ser considerada “um spread, uma taxa ou uma negociação qual- “a requalificação da democracia” e escasso para tantas situações so- çamento municipal?”, questionou. vir “Grândola Vila Morena” de Zeca A sessão contou com a presença Afonso e o Hino Nacional. quer”, desejando que os “valores o restabelecimento dos benefícios ciais dramáticas. “Como podemos

Políticos por um dia O salão nobre da Câmara Municipal de Santo Tirso recebeu uma visita especial, no dia 23 de abril. Pequenos políticos, com idades entre os 12 e os 14 anos e a frequentar o 7.º ano da Escola da Ponte e EB 2/3 da Agrela, tiveram uma manhã diferente ao representarem o funcionamento de uma assembleia municipal. MÓNICA RIBEIRO/ HERMANO MARTINS Reportagem vídeo em Questões ligadas à cidadania iniciativas, uma vez que promove www.jornaldoave.pt e à participação cívica estiveram a “comunicação entre os alunos”. Joaquim Couto considera que executivo camarário “está a cumprir Abril” em cima da mesa no debate dos Pela primeira vez a integrar uma jovens, proporcionado pelo proje- assembleia, Vânia Sá confessou blemas e treinar um bocadinho a lizar toda a gente”, em particular a De acordo com o vereador, este comunidade escolar, para assun- é um projeto para continuar. “Pelo to “Um dia político”. Nada falhou que, no início, ela e os colegas “es- vida política”, salientou. A ideia foi lançada no início do tos “importantes”. “Não consegui- feedback que nos vai chegando nesta iniciativa da autarquia, que tavam um bocado vinculados aos contou com alunos nos lugares de papéis, porque tinham treinado à ano letivo a todas as escolas e é mos ter os adultos que queremos por parte das escolas, vamos alarpresidente da mesa da assembleia, letra”, mas depois, tiveram de se uma experiência piloto. Depois no momento, mas teremos no fu- gar para o ano que vem e, de cersecretários, presidente de Câma- “agarrar” para serem um bom ad- das sessões de esclarecimento so- turo, certamente, melhores adul- teza absoluta, para mais alunos ra, vice-presidente e deputados de versário político. Também Tiago Sá bre os diferentes órgãos de poder tos e mais conscientes para esta nesta faixa etária, tentando ainda considerou ter sido uma “boa ex- local e o seu funcionamento, os área”, afirmou. Além disso, o obje- chegar a outras faixas etárias”, asoutros partidos. Rafaela Oliveira e João Pinheiro, periência”. “Acho que, como a Es- pequenos políticos puseram em tivo passa também por “dignificar severou. A autarquia promoveu, a da Escola da Ponte, de S. Tomé de cola da Ponte faz, também todas as prática aquilo que aprenderam. A o trabalho feito pelas pessoas que 20 de abril, outra sessão destinaNegrelos, foram dois dos protago- escolas deveriam ter uma assem- ideia é, segundo Alberto Costa, ve- fazem serviço público” nas fregue- da aos alunos da EB 2/3 D. Dinis e nistas da iniciativa, ao lado de Tia- bleia escolar para debater os pro- reador da Coesão Social, “sensibi- sias e nos municípios. EB S. Martinho do Campo. go Sá e Vânia Cunha, da EB 2/3 da Agrela. Habituada a participar em assembleias na própria escola “todas as sextas-feiras”, Rafaela OliO quotidiano do povo português entre 1960 e 1974 foi retratado atraveira estava certa de que a sesvés de música, dança e poesia. “Abril Português” foi o nome da peça, são “correu brilhantemente bem”. Apesar de a outra escola “não esque foi apresentada na noite de 24 de abril, no auditório Engenheiro tar preparada”, a aluna destacou Eurico de Melo, numa iniciativa da Junta da União de Freguesias de a importância do seu papel na asSanto Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães, com o intuisembleia ao “comunicar com a soto de celebrar o 25 de Abril. ciedade” e de ter marcado presença para debater os problemas Além disso, houve ainda “uma distribuição simbólica de cravos pela correntes. população”, com o objetivo de “relembrar e homenagear a data junto Já o colega, João Pinheiro, conside quem para ela lutou”. A.C./P.P. dera que é “de louvar” este tipo de

União de Freguesias assinalou o 25 de Abril


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Atualidade // Santo Tirso

Direito de resposta publicado por deliberação do Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social

“Inaugurada Casa Mortuária de S. Tomé de Negrelos” Como Presidente do anterior executivo da Junta de Freguesia venho exercer o “direito de resposta” a afirmações erróneas, que afectaram o meu bom nome e reputação, publicadas na edição de 17 de Setembro, na página 11, na reportagem acerca da inauguração da Casa Mortuária de S. Tomé de Negrelos. Assim, manda a verdade dizer: 1 – A construção da Casa Mortuária foi feita segundo um projecto do Arquitecto Ricardo Azevedo, em permanente diálogo e acolhimento de sugestões e condicionantes por parte do pároco, que aprovou o projecto que foi concretizado; 2 – A Junta de Freguesia a que presidi, manteve, durante 12 anos, um diálogo permanente com o pároco, com o objectivo de ser encontrada uma solução que satisfizesse todas as partes, embora o pároco fosse mudando de opinião ora aceitando ora inviabilizando a cedência de

terrenos da paróquia; ções com a Câmara, fazendo exi- te processo, alguém assumiu o pa3 – Porém, a 23 de Setembro de gências e mais exigências, que ar- pel de “suserano medieval para in2010, o pároco, inesperadamente, rastaram o processo durante mais fernizar a vida aos humildes” não foi quando estavam limadas todas as três anos, e, após o início das obras, a Junta de Freguesia mas tão só e arestas e tinha aceitado o quarto durante mais um ano, quando de- apenas o pároco; projecto de Casa Mortuária, recu- viam terminar em meados de Ou9 – Convém esclarecer que sou o avanço do processo ao alegar: tubro de 2014, 90 dias após a sua o direito de superfície do terreno “Não há base de confiança nas nego- adjudicação; para a construção da Casa Mortuciações com a Câmara. Por isso não 7 – As palavras do Presidente da ária não foi “cedido a título gratuihá terreno! É o fim da linha! O pro- Câmara, no discurso da inaugura- to pela Fábrica da Igreja à Freguecesso descarrilou!”; ção, são claríssimas a este respeito, sia de S. Tomé de Negrelos”. Esse 4 – A partir desse momento a Jun- quando afirmou: “Sei das vicissitu- direito de superfície teve como conta decidiu pedir a intervenção do des por que passou todo este pro- trapartidas exigidas pelo pároco, a Snr. Bispo do Porto, D. Manuel Cle- cesso, sei das dificuldades que hou- construção de uma garagem para mente, que designou como interlo- ve na obra, e procurei sempre ata- dois carros, e de uns sanitários, de cutor com o pároco o Vigário Geral lhar caminho através dos serviços serventia comum à Igreja e à Casa P.e António Coelho; municipais e procurando o diálogo Mortuária. E só a garagem custou 5 – Com a intervenção da Dioce- e o consenso, para que hoje pudés- 50.000 euros, metade do que cusse todo o processo decorreu entre semos inaugurar a Casa Mortuária”; tou a Casa Mortuária!; esta, a Câmara e o pároco. A Junta 8 – Do que se conclui que “claras 10 – Quando o pároco se refere à de Freguesia limitou-se a acompa- críticas ao anterior executivo da “Junta defunta, de triste memória, nhar a sua evolução junto da Dioce- Junta de Freguesia” por parte do pá- Deus lhe perdoe”, apenas se pode se e da Câmara; roco, e citadas na notícia em causa, concluir que é grande o seu ressen6 - O pároco, no entanto, procu- não têm qualquer correlação com timento por a Junta ter agido de forrou entravar o avanço das negocia- a realidade. Pois, se, ao longo des- ma a por fim a um diálogo “a fazer

de conta”, obrigando-o a aceitar a concretização de uma obra requerida por toda a paróquia, e que ele vinha a emperrar há 30 anos, desde muito antes da Junta de Freguesia a que presidi ter tomado posse; 11 – Lamento que na notícia em causa se tenha dado especial ênfase ao teor do que foi apelidado de um “sermão sarcástico e emotivo do pároco”, para tentar menorizar a acção e o empenho determinante da Junta a que presidi, por meter na ordem um pároco que, como represália, proferiu contra a Junta comentários descabidos, atrevidos e pouco próprios de uma pessoa civilizada, tanto mais quanto se trata de um sacerdote católico. Vila de Negrelos, 23 de Setembro de 2014 O ex-Presidente da Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos Henrique da Cruz Pinheiro Machado

Fins de Semana Gastronómicos em Santo Tirso

O cabrito assado no forno, os jesuítas e o licor. Esta foi a proposta de 19 restaurantes do concelho de Santo Tirso, que aderiram à iniciativa “Fins de Semana Gastronómicos”, promovida pela Câmara Municipal, inserida na programação do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Assim, de 1 a 3 de maio, os apreciadores de iguarias típicas que escolhessem esta ementa podiam desfrutar de 10 por cento de desconto nestes restaurantes. Além disso, nos hotéis que aderiram à iniciativa, o desconto era de 15 por cento para o alojamento nas noites de sexta-feira e sábado, para reservas efetuadas diretamente nas unidades hoteleiras do Hotel Cidnay e do Santo Thyrso Hotel. P.P. // Vila Nova de Famalicão

Engenho vence concurso do Dia da Árvore Criar uma árvore com embalagens de plástico e metal e embalagens de bebidas (tetra-pack). Este foi o desafio que a Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos apresentou aos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico. O concurso surgiu no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Árvore e a empresa pretendia “alertar para a importância da separação de resíduos”. Entre as “40 propostas de árvores, muitas delas com uma qualidade excecional”, o júri premiou a turma do pré-escolar da Engenho – Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este, de Vila Nova de Famalicão. Além do 1.º classificado do 1.º ciclo, entregue ao Centro Escolar de Valpaços, o júri atribuiu quatro menções honrosas, tendo uma sido entregue à APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Vila Nova de Famalicão. P.P.

Secundária D. Dinis revive época de Eça de Queirós Acompanhados de música da monstraram os costumes da époépoca, alunos da Escola Secun- ca vivida pelo escritor Eça de Queidária D. Dinis, em Santo Tirso, rós, como foi o caso da dança. A iniciativa teve como objetivos promoveram o tradicional Jantar Queirosiano, a 15 de abril. Com o “melhorar as competências de leiguarda-roupa e decoração ade- tura a partir da obra ‘Os Maias’, dequada, os jovens apresentaram senvolver o espírito crítico e gosuma peça de teatro, onde de- to pela arte com base na obra de Eça de Queirós e na de outros au-

tores portugueses, dar a conhecer o Agrupamento, especificamente a Escola Básica e Secundária D. Dinis à comunidade, potenciar um trabalho conjunto com o envolvimento dos encarregados de educação e promover a educação não formal como base do sucesso educacional”. P.P.

Exposição “Lanzarote a Janela de Saramago” na Fábrica Inaugura na sexta-feira, 8 de maio, pelas 18.30 horas, a exposição “Lanzarote a Janela de Saramago”, do fotógrafo João Francisco Vilhena, organizada pela Câmara Municipal de Santo Tirso. Pa-

tente na Fábrica de Santo Thyrso até 16 de junho, “Lanzarote a Janela de Saramago” é um diário/ caderno de notas sobre o olhar sensorial e apaixonado do escritor, visto e filtrado pelo olhar do

fotógrafo. A exposição tem entrada gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta-feira das 9 às 18 horas, e ao fim de semana, das 14 horas às 18 horas. E.G./C.V.


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Cultura

“Que seja um lugar de fruição para as pessoas, que se divirtam e tenham prazer. Aquilo que faço é meu enquanto faço, depois é dos outros, que vão descobrindo coisas que, provavelmente eu não descobri”.

// Santo Tirso

Autarquia anuncia criação do Centro de Arte Alberto Carneiro Na véspera do encerramento da exposição “Esculturas e Desenhos”, a 29 de abril, na Fábrica de Santo Thyrso, Alberto Carneiro oficializou publicamente a doação à autarquia de Santo Tirso de dez esculturas e 50 desenhos, avaliados em um milhão e meio de euros. CÁTIA VELOSO

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ste foi o primeiro passo para a cedência do espólio de Alberto Carneiro, artista natural de S. Mamede do Coronado, concelho da Trofa. A forte ligação pessoal e artística ao município tirsense justificou o gesto do escultor. “Tenho elos de ligação, particularmente, através da criação do Museu de Escultura Con-

temporânea, porque foi um processo que me envolveu durante muito tempo e foi gratificante em todos os aspetos”, explicou Alberto Carneiro, em declarações ao JA. Para a autarquia, “é uma honra” ficar na posse desta pequena parte do espólio do escultor. O objetivo, segundo o edil tirsense Joaquim Couto, é “permitir a fruição do pú-

Alberto Carneiro, escultor, sobre o Centro de Arte

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blico em geral e, em particular, daqueles que procuram arte e escultura, viajando pelo mundo à procura das obras”. “Não há local no Mundo que reúna tantas obras de arte contemporânea em área urbana, como Santo Tirso”, sublinhou. Para receber o espólio, a autarquia vai criar, na Fábrica de Santo Thyrso, o Centro de Arte Alberto Carneiro, que terá uma sala de exposições permanentes, um centro documental e um espaço para armazenamento, limpeza e acon- Escultor vai dar nome a Centro de Arte na Fábrica de Santo Thyrso dicionamento das obras. “Um lo- liosíssimas”, asseverou. ça foi possível manter, ao longo do cal de encontro dos amantes da Alberto Carneiro confessou que tempo, a chama acesa. É bom dizer arte do professor Alberto Carneiro “duvidava” que a autarquia concre- que isto custou, em certo sentido, e de todos aqueles que gostam de tizasse o Museu de Escultura Con- pouco à Câmara, porque os esculescultura”, acrescentou o autarca. temporânea, projeto pelo qual se tores não cobraram direitos de auA autarquia espera que mais pe- dedicou durante 25 anos. “O jogo tor pela participação, o que repreças do artista sejam cedidas e que dos políticos é do interesse ime- senta muito dinheiro”, evidenciou. este exemplo contagie outros a fa- diato, através do qual as coisas O presidente da Câmara Municizer o mesmo. “Em Santo Tirso, te- podem ser alteradas com o tem- pal espera ver o Centro de Arte Almos pessoas e instituições com co- po, mas felizmente não aconteceu berto Carneiro concretizado “denleções de arte contemporânea va- assim. Com a minha perseveran- tro de três anos”. pub


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Saúde

// Vila Nova de Famalicão

Utentes de Fradelos protestam contra médica Cerca de 50 utentes da extensão de saúde de Fradelos protestaram, a 28 de abril, contra o alegado mau serviço prestado pela única médica de família, que entretanto foi transferi“Esta médica não é humana. pensam em vir aqui, porque ficam Rua. Basta. Respeito pelos uten- com as tensões alteradas e tudo”, tes e pelos velhinhos. Queremos contou uma utente, com outra a uma médica para pessoas”. Es- completar que a médica “fala alto tas foram algumas da frases de para as pessoas” e “é arrogante”. ordem que imperaram nos carNas redes sociais circula a intazes de cerca de 50 utentes, que formação que a médica “já esteprotestaram uma vez mais à por- ve no Posto de Saúde do Louro”, ta da extensão de saúde de Frade- onde “não passava exames, melos, em Vila Nova de Famalicão. O dicamentos, entre outras coisas”. motivo foi, segundo alegaram, o “Antes de vir para o Louro foi exmau serviço prestado pela úni- pulsa de Gondifelos, enfim... com ca médica de família ali colocada. as queixas que houve deve ter ale encontrasse uma pessoa Esta foi a segunda vez que os guém por trás com muito poder”, em paragem cardiorrespiratória, utentes protestaram contra a clí- pode ler-se num comentário no saberia o que fazer? Sabia que o nica, tendo sido necessária a in- Facebook. facto de fazer as manobras de Sutervenção da Guarda Nacional ReEntretanto, os responsáveis do porte Básico de Vida (SBV), enquanpublicana, para “acalmar os âni- ACeS – Agrupamento de Centros to a ajuda especializada não chega, mos” dos utentes, uma vez que de Saúde Ave, decidiram transfe- pode salvar vidas? A pensar nisso, a estes chegaram a invadir a exten- rir a médica, de nacionalidade bra- Associação Humanitária dos Bomsão de saúde. sileira, para Famalicão, onde aten- beiros Voluntários de Famalicão Segundo alguns testemunhos, de os utentes, uma vez que os ser- promoveu, a 18 de abril, um Massos utentes “preferem ir fora e pa- viços administrativos da unidade training em Suporte Básico de Vida, gar do que ter que aturar uma mé- de Fradelos continuam a marcar que contou com a participação de dica daquelas”, que, segundo os consultas para a médica. Em Fra- “550 pessoas”. A iniciativa teve uma mesmos, “não tem vocação” para delos, continuam a funcionar os componente teórica, na qual foram a profissão de médica. “Aos velhi- serviços de enfermagem. transmitidas as noções básicas do nhos até lhes dá diarreia quando SBV, seguida dos exercícios práti-

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Mais de 500 pessoas aprenderam manobras de suporte básico de vida S

// Santo Tirso

“Cuidar de Quem Cuida” Dirigido às necessidades dos cuidadores informais de pessoas com demência, o programa psicoeducativo “Cuidar de quem cuida” iniciou a 25 de março, nas instalações do Centro Comunitário de Geão da Misericórdia de Santo Tirso. O CASTIIS – Centro de Assistência Social à Terceira Idade de Sanguêdo - é a entidade promotora do projeto “Cuidar quem cuida”, que dá apoio a cuidadores informais Programa visa apoiar cuidadores de pessoas com demência. Em dez sos comunitários legais. sessões, os cuidadores partilham Este projeto surgiu do financiaexperiências e consolidam conhe- mento do Programa Cidadania cimentos sobre o tema, através do Ativa, cujos fundos são provenienapoio de técnicos de diversas áre- tes do Mecanismo Financeiro do as, como psicologia, enfermagem, Espaço Económico Europeu (EEA terapia ocupacional e assistência Grants), que em Portugal são gesocial. O programa aborda vários ridos pela Fundação Calouste Gultemas, nomeadamente informa- benkian. Foi implementado na reção e cuidados à pessoa com de- gião entre o Douro e o Vouga, mas mência, dificuldades sentidas, in- o objetivo passa por “abranger à formações sobre os sistemas de Área Metropolitana do Porto, caapoio social, legal e ainda recur- pacitando um organismo de cada

município e, deste modo, alargar o âmbito de ação e apoiar mais cuidadores”, adiantou fonte do programa. Cuidar de uma pessoa com demência é uma tarefa de grande sobrecarga física e emocional, e por isso, a Misericórdia de Santo Tirsó reconhece o projeto “Cuidar de Quem Cuida” como “uma resposta necessária para o concelho, colaborando em saber técnico, instalações e logística”.

cos, onde os participantes pude- básico de vida, posição lateral de ram praticar nos manequins. “Sal- segurança e técnicas de desobstruvar vidas e ajudar a prevenir even- ção da via aérea”. Francisco Samtuais acidentes” foi o lema da ini- paio adiantou ainda que a Associaciativa, que também foi organiza- ção Humanitária de Bombeiros Voda no âmbito do 125.º aniversário luntários de Vila Nova de Famalida Associação Humanitária. Segun- cão organizará ainda outras atividado Francisco Sampaio, comandan- des como simulacros e, pelo menos, te da corporação, o objetivo da ini- dois dias de quartel aberto. ciativa passou por “promover uma Daniel Mendes, um estudante de atividade preventiva de formação 17 anos e um dos formandos, consie suporte básico” e “fazer com que derou a iniciativa “bastante imporos formandos de hoje passem a ser tante” e que deveria ser imposta os formadores de amanhã”. nas escolas, para que os alunos es“O treino de massas”, como apon- tivessem preparados para agir em tou o comandante da corporação, situações imprevisíveis. desenvolve técnicas de “suporte P.P.


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Cultura

// Santo Tirso

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Mais de 300 pessoas para ouvir Mia Couto

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O átrio da Câmara Municipal de Santo Tirso foi pequeno para acolher as mais de 300 pessoas, que desfrutaram de um momento de partilha com o escritor Mia Couto, na tarde de terça-feira, 5 de maio. PATRÍCIA PEREIRA E HERMANO MARTINS

C

zada por Mia Couto para descrever asa. Esta foi a palavra utili- Santo Tirso, depois de ser desafiapub

Átrio dos Paços do Concelho encheu para encontro com o escritor

do por um aluno da Escola Básica de Batalha. O escritor moçambicano encerrou a iniciativa “Poesia Livre”, que lotou o átrio da Câmara Municipal de Santo Tirso. De forma a celebrar o Dia Mundial da Poesia, que se comemorou a 21 de março, a Câmara Municipal de Santo Tirso dedicou quatro dias a Mia Couto, com várias iniciativas que espalharam as palavras do escritor moçambicano e prestaram tributo à lusofonia. Para Mia Couto, a sessão de encerramento tratou-se de “um encontro intimista”, onde num espaço de uma hora foi possível “falar do fundo da alma”. “É importante que as crianças tenham a possibilidade de conversar e de desmitificar aquela ideia de que o es-

critor é uma pessoa muito particu- lo XIX, entre a crise do Mapa corlar e especial,” afirmou, contando -de-rosa e a detenção do imperaque “o escritor fala alguma coisa dor de Gaza, no sul do Moçambique vai para além da língua”, sen- que, Ngungunhana. No final da iniciativa, Joaquim do que a “história que conta venCouto, presidente da Câmara Muce a barreira do idioma”. No encontro, Mia Couto tomou nicipal de Santo Tirso, declarou contacto com o trabalho desen- que ao organizar estas iniciativas, volvido pela comunidade tirsen- a autarquia está a “festejar a litese, que se mobilizou através de ratura, poesia e língua universal”. dezenas de instituições, na pro- O autarca referiu que um dos “obmoção da poesia e na divulgação jetivos primordiais” destas iniciada sua obra. Agora, e poucos dias tivas é promover a leitura junto depois de ter lançado a Funda- dos mais jovens, sendo esta uma ção com o nome do seu pai, Fer- forma de os fazer desenvolver ennando Leite Couto, Mia Couto deu quanto jovens e alunos. “Através a conhecer alguns pormenores da leitura, das particularidades da do próximo romance, com o títu- língua e das suas origens, estes jolo provisório de “Terras, guerras, vens serão muito mais cultos, leienterros e desterros”, onde a his- tores assíduos e com uma intertória se passa nos finais do sécu- venção cívica maior”, terminou. pub


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Cultura

// Vila Nova de Famalicão

Biblioteca Digital mostra as várias formas de luta contra o fascismo

A atuação da Escola Pé de Dança de Gui- peça de teatro, onde narra a história de marães marcou o início das comemorações “uma família numerosa”, em que a “filha do 58.º aniversário do Grupo Folclórico de vai para Lisboa com a madrinha para estuS. Martinho do Campo, de Santo Tirso. No dar”, tendo-se formado em “professora de dia que se assinalou a Revolução dos Cra- história”, e “o filho mais velho não quer ir vos, a 25 de abril, o Grupo Folclórico prepa- para a tropa e tenta arranjar uma solução”. rou um programa recheado, onde não falO espetáculo terminou com o Grupo a tou a música, dança e teatro. cantar a “Grândola Vila Morena” e a “GaiDepois das danças de salão, seguiu-se vota”, finalizando com “os parabéns” pea apresentação do Grupo Folclórico de S. los 58 anos dedicados à cultura. Martinho do Campo, que apresentou uma P.P.

arquivo

Folclórico de S. Martinho do Campo festejou 58 anos

A

Biblioteca Digital “A oposição democrática em Vila Nova de Famalicão” já está online, através do portal da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. O acervo, que reúne no total 1500 documentos e retrata as várias formas de luta travadas contra o regime fascista no concelho famalicense e na região, ficou disponível no dia 25 de abril, num momento simbólico, que decorreu no âmbito das comemorações do 41.º aniversário do 25 de Abril, na Biblioteca Municipal. A sessão serviu também para recordar e partilhar factos, memórias e peripécias deste período conturbado da história nacional e con-

tou com a presença de várias figuras famalicenses ligadas à oposição democrática e do vereador da Educação e Conhecimento, Leonel Rocha. Para já, apenas estão disponíveis para consulta cerca de 900 documentos, nomeadamente cartas, fotografias, panfletos, relatórios, circulares, requerimentos, de um total de mais de 1500 testemunhos datados entre 1945 e 1974 e que mostram bem quais foram as movimentações e a ações da oposição democrática no concelho e na região. Os documentos integram os espólios doados à Biblioteca Municipal por um conjunto de personalidades locais ligadas à oposição do regime. E.G./C.V. pub

Mais 40 títulos doados por José Viale Moutinho à Casa de Seide As edições de bolso das obras do escritor Camilo Castelo Branco “La novela de un hombre rico” e “María de la fonte”, datadas de 1955 pela editora madrilena Aguilar, são duas das relíquias doadas pelo ensaísta e escritor José Viale Moutinho à Casa de Camilo de S. Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão. Um dos maiores colecionadores de edições estrangeiras camilianas, Viale

Moutinho, defende que é “na Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, que se deve reunir tudo quanto a Camilo diz respeito”. São volumes raros que, segundo Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão, “vêm enriquecer ainda mais a Biblioteca da Casa de Camilo”. Este espólio composto por cerca de 40 títulos junta-se às 344 obras doadas já em 2011 pelo escritor. E.G.


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Cultura

// Santo Tirso

Cruz Vermelha da Trofa lançou livro J

osé Saramago, valter hugo mãe ou Adélia Carvalho são apenas alguns dos escritores consagrados, cujos escritos fazem parte do livro, editado pela Tcharan, intitulado “A Inocência das Facas” e que foi apresentado, no sábado, 2 de maio, por Manuel Pizarro, vereador da Câmara do Porto, em representação do edil portuense Rui Moreira. O autarca realçou a importância do trabalho da Cruz Vermelha em geral e da delegação da Trofa em particular, na “defesa da Liberdade e na luta contra a violência”, considerando o livro “muito bom”. O livro lançado nas instalações da editora, na Rua Miguel Bombarda, na cidade invicta, surge, de acordo com Daniela Esteves, presidente da Delegação da Trofa da Cruz Vermelha, “ na sequência do projeto “A Outra Face”, desenvolvido pela delegação”. “Decidimos que deveríamos dar continuidade a esse trabalho de forma a prevenir a violência e a falta de liberdade e entendemos que um livro seria a melhor forma de o fazer. No início pensamos que um livro com um ou dois autores se-

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ASAS expõe na Trofa para assinalar 20 anos Depois de ter estado em Santo cia, dignidade, confiança rumo e Tirso, a exposição alusiva aos 20 futuro. anos da Associação de SolidarieHelena Oliveira, presidente da Manuel Pizarro esteve presente na apresentação do livro da Cruz Vermelha dade e Ação Social de Santo Tirso direção da ASAS, adiantou que ria muito bom, mas o trabalho da fase íamos fazer apenas com um (ASAS) chegou à Trofa e pretende “apesar de o número de crianças a Tcharan foi muito bom. Tínhamos autor, mas depois decidimos esco- também fazer alusão à sua inter- frequentar a instituição variar ao uma expectativa elevada mas su- lher e convidar vários escritores e venção neste concelho. As duas longo dos anos, o balanço é posiperou sem dúvida”, denotou. ilustradores e conseguimos este décadas que marcam a instituição tivo no que diz respeito à atividasão assinaladas através da mostra de da ASAS.” Os rostos das crianJá a responsável pela editora, a resultado final”, referiu. A edição só foi possível graças que inaugurou no dia 29 de abril, ças que frequentam ou frequenescritora Adélia Carvalho, considerou “difícil a escolha do título ao apoio das empresas trofen- no espaço da antiga Trofauto, na taram a instituição, os desenhos para o livro”, tendo pensado em ses Altronix, D’Accord, Falual, JPC Rua D. Pedro V. e os números são alguns dos asAtravés do trabalho interventi- petos que mais chamam à atenchamar-lhe “Stop”, mas um dia, Contabilidades, Panike e a Parque lembrou-se que, no próprio livro, da Cidade Clínica e da disponibi- vo, que faz junto das crianças e jo- ção na exposição das ASAS. existia um texto cujo título é a Ino- lidade da Editora Tcharan e para vens em risco, a ASAS definiu cinA exposição pode ser visitada cência das Facas, acabando por o adquirir basta contactar a Cruz co palavras que servem de pila- até ao dia 15 de maio, de segunda res para manter a casa. Persistên- a sábado, entre as 14 e as 18 horas. “optar por ele”. “Numa primeira Vermelha da Trofa. H.M./E.G

// Vila Nova de Famalicão

// Santo Tirso

Diana Taveira é a nova cara da MTV 2.ª edição do Tomaz Alive

Foi através de uma mensagem privada pelo Facebook, que Diana Taveira foi convidada a ser a nova cara da MTV. PATRÍCIA PEREIRA

“Fiquei histérica por dentro, mas tentei disfarçar”. Diana Taveira nem queria acreditar quando foi convidada por Rita Pinto, diretora de Programação da MTV Portugal, para ser a nova cara da estação. O convite surgiu no “final do ano de 2014”, tendo participado numa reunião nos escritórios do canal, onde lhe explicaram “a verdadeira razão” pelo contacto pelo Facebook. A escolha recaiu sobre a jovem famalicense, porque tinha vencido, em 2012, a etapa de Lisboa do casting nacional da MTV. Para Diana Taveira ser convidada para ser a nova cara do canal foi “absolutamente maravilhoso”, acreditando que “tudo na vida é fruto de muito trabalho, mas também de perseverança e, acima de tudo, de acreditar em nós próprios”. “Agora posso dizer que me sinto em casa e realizada no meu local de trabalho”, evidenciou.

Diana Taveira é a nova cara da MTV

A residir há três anos em Lisboa, Diana Taveira contou que já “há oito anos” que tenta entrar neste meio. “Saber que finalmente estava a ser convidada a integrar uma estrutura com a popularidade, credibilidade e a imagem forte que a MTV tem, não poderia ter acabado o ano de 2014 da melhor forma”, denotou, acrescentando que 2014 foi “um ano em que trabalhei muito noutros canais por cabo e no qual acabei por ver a grande oportunidade surgir num

canal de grande projeção”. A famalicense participou no “VJ Casting por duas vezes e sempre foi finalista”, tendo visto estas “experiências como enriquecedoras” e a tornado na “pessoa e profissional que é hoje”. “Além de que conheci fantásticos profissionais nessas experiências, assim como as apresentadoras da MTV antes de mim, como a Ana Sofia e a Luísa Barbosa. A equipa recebeu-me de um modo fantástico, o que é já ‘meio caminho andado’”, completou. Diana Taveira já trabalha “há cerca de três anos em televisão”, tendo passando pela “parte de produção de programas”, foi repórter na SIC Radical e “apresentadora de um programa de entretenimento dedicado ao setor automóvel”, emitido pel’ A Bola TV. Neste momento, a jovem apenas tem um objetivo que “a MTV e o público gostem da sua prestação” e se sintam “identificados e a queiram ver como cara do canal por muitos e muitos anos”. “Adoro o que faço, tenho a certeza que nunca seria tão feliz como sou a fazer outro trabalho”, finalizou.

superou expectativas

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Iniciativa teve como objetivo “promover a música”

Organizado pela Associação de Pais e pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Tomaz Pelayo, o TomazAlive 2015 realizado no sábado, 2 de maio, surpreendeu e superou o número de presentes em relação ao ano anterior. Do espetáculo fizeram parte sete bandas jovens, Boundless, Ecos da Tuna, F.M.L, Grey, Cats e Leonor Alves e uma banda convidada, os Room40, que animaram e encantaram a noite de véspera do Dia da Mãe. O espetáculo teve como principal objetivo “promover a música” e ajudar os alunos “nestas áreas,

que são tão importantes para a formação do indivíduo”, apontou Isaura Brito, presidente da Associação de Pais da Escola. Para Diogo Silva, presidente da Associação de Estudantes, o evento apreciado pelos alunos e pelos presentes “é uma oportunidade única, porque não é fácil atuar ao vivo”. Para o jovem, é “ótimo e reconfortante” ver o trabalho organizado por ambas as associações e ser “estimado e respeitado pelo público”, que mais tarde se lembrará da escola Tomaz Pelayo. Os alunos que participaram na iniciativa provêm de várias escolas do concelho.


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6 maio 2015 JORNAL DO AVE

Atualidade

Sismo com epicentro em Braga sentido a vários quilómetros de distância U

Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Trons dizem que parecia “trovoada”, fa, Guimarães, Paços de Ferreira, Lousada, outros tiveram a ilusão de uma “explo- Ermesinde e Fafe. “Não foi uma sensação são” com um barulho “duradouro”. Um nada boa”, descreveu Vera Gonçalves, de sismo de magnitude 3,0 na escala de Ri- Vila das Aves, enquanto Natália Cruz, de chter teve epicentro em Braga e foi senti- Vila Nova de Famalicão, espera “que não do num raio de vários quilómetros, quan- torne a acontecer”. Já Manuel Barros, da to faltavam pouco mais de 15 minutos Trofa, sentiu tremer e “quase” viu “o canpara as três horas da madrugada de sá- deeiro cair”. bado, 2 de maio. Segundo o Instituto Português do Mar À página de Facebook do Jornal do Ave, e da Atmosfera, o sismo teve grau 4 de inum dos primeiros órgãos de comunicação tensidade máxima, na escala de Mercalli, social a dar conta do sismo, chegaram re- mas não causou danos materiais. latos de pessoas que sentiram o abalo em C.V.

Vento forte provoca estragos no Ave

Bombeiros com tarde atarefada devido ao vento forte

As condições meteorológicas de segunda-feira, 4 de maio, faziam crer que ainda estávamos em pleno inverno. O vento foi o principal ator e as suas fortes rajadas provocaram estragos, um pouco pelos três concelhos. No centro da cidade de Vila Nova de Famalicão, os ramos de árvores e folhas encheram as ruas. No Parque da Juventude caíram três árvores, obrigando a PSP e os bombeiros a vedarem o local. Na Praça 9 de Abril uma árvore de grande porte foi derrubada, assim como na Avenida de França, onde também caiu um poste de iluminação pública. Houve ainda registos de quedas de árvores em Joane, Riba de Ave e Vilarinho e de um abrigo de passageiros em Requião. Pelo menos sete viaturas ficaram danificadas, devido à queda de ramos ou árvores. Em Santo Tirso, na Rua Termas, junto à OFICINA - Escola Profissional do Instituto Nun’Alvres, uma árvore tombou sobre o edifício contíguo, tendo sido necessá-

ria a intervenção dos Bombeiros Tirsenses e dos funcionários da Câmara Municipal para a removerem. Também os Bombeiros de Santo Tirso tiveram que proceder ao corte de três árvores: uma em Santiago da Carreira e outras no centro da cidade. Na Avenida da Ponte da Alameda e na Rua Doutor Francisco Sá Carneiro, o trânsito foi cortado, devido ao perigo iminente da queda de árvores. Uma viatura, que estava estacionada na Rua Doutor Francisco Sá Carneiro, ficou danificada devido à queda de uma árvore. Também na Trofa, houve registos de quedas de árvores. Na freguesia do Muro, na Rua Aldeia Nova de Quintão, os Bombeiros Voluntários da Trofa contaram com a ajuda de populares para removerem da estrada uma árvore de grande porte, que esteve parcialmente cortada ao trânsito. A queda da árvore destruiu um poste de iluminação. Também em Covelas, caiu uma árvore na estrada.

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Sismo sentiu-se a vários quilómetros de distância do epicentro

// Região


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Atualidade

// Santo Tirso

Contas aprovadas por maioria Onze pontos estiveram em discussão na sessão ordinária da Assembleia Municipal de Santo Tirso, que decorreu nos dias 28 e 29 de abril, mas foi a prestação de contas de 2014 que esteve no centro do debate. MÓNICA RIBEIRO

N

o que diz respeito à informação financeira relativa ao ponto um da ordem do dia, Joaquim Couto informou que, “até este momento”, a receita cobrada à dívida representa uma execução de “8, 315 milhões” e a despesa atingida é de “7,508 milhões”. A receita corrente “foi superior à despesa corrente, tendo sido gerada poupança corrente para ser utilizada em despesas de capital”. De janeiro ao fim de abril, o município “não recorreu à banca” e amortizou o valor de “301,729 milhões de euros”. Já no ponto dois, que diz respeito à prestação de contas de 2014, o

presidente da autarquia, Joaquim Couto, assegurou que a receita do município, de 2013 para 2014, “diminuiu 7,1 por cento”, enquanto a despesa “decresceu 9,4 por cento”. Em 2013, as despesas correntes foram cerca de 21,2 milhões de euros e, em 2014, quase 21,5 milhões de euros. “A despesa corrente aumentou cerca de 2,9 por cento”, frisou o edil tirsense, acrescentando que a despesa de capital “diminuiu 25 por cento” devido ao “ano zero” do quadro comunitário Portugal 2020. Por essa razão, “houve uma diminuição drástica do investimento em 2014”. “A despesa total em 2013 foi de 37 milhões de euros e em 2014 foi de 33 milhões”, o que corresponde a uma “diminuição de 9,4 por cento”, explicou. Joaquim Couto comunicou também que houve um “reforço da poupança corrente”, de cerca de 5,9 milhões. De 2013 para 2014 passou de “18 por cento para 28 por cento”, o que permitiu fazer pub

Prestação de contas de 2014 dominou sessão

um investimento de “11,8 milhões de euros”. Quanto ao Plano Plurianual de Investimentos (PPI), “houve uma alteração muito significativa”: “Temos dialogado com as juntas de freguesia e procurado não prometer mais do que aquilo que é possível. Os tempos mudaram e não é possível ultrapassar esta máxima. A crise chegou a todos”, salientou. No que diz respeito aos prazos de pagamento aos fornecedores, a Câmara “reduziu de 145 dias, no final de 2013, para 76 dias, em 2014. Quanto ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóvel), representa uma receita “importante” para a Câmara de cerca de “sete milhões de euros”, afiançou Joaquim Couto. Como resposta, Henrique Pinheiro Machado, líder do grupo independente Pr’á Frente Santo Tirso, insurgiu-se sobre o assunto, afirmando que a “consolidação das contas” não passa de “mera retórica política”. “Comparando os resultados operacionais líquidos, na demonstração de resultados entre 2013 e 2014, verifica-se que passaram de o valor positivo de 1.503.193,62 euros, para o valor negativo de 2.338.007,60 euros”, exemplificou, acusando ainda a Câmara de “praticamente não fazer investimento”. As críticas às contas do município continuaram e Henrique Pinheiro Machado apelidou a prestação de contas de “descalabro”, alegando de que essas “inspiram cuidados”. Mas o assunto das contas começou no período antes da ordem do dia, com a intervenção de Marco Cunha, presidente da União de Freguesias de Campo, S. Salvador do Campo e Negrelos S. Mamede, que em nome da bancada socialista criticou o PSD local de “atirar areia para os olhos da população”, no que diz respeito à taxa do IMI cobrada pelo municí-

pio. Quando tomou posse, ressalvou, a maioria socialista desceu a taxa de IMI para “0,375 por cento”, o que corresponde a “25 por cento abaixo do limite máximo imposto pelo governo”, disse, alegando que com esta redução a Câmara Municipal “aliviou a carga fiscal das famílias em 2,2 milhões de euros”. Marco Cunha afirmou que o município baixou o IMI “responsavelmente”, lamentando a “demagogia” da bancada do PSD. Graça Mesquita, do PSD, respondeu e disse que a receita de IMI em 2014 foi de “mais de 6,612 milhões” e teve o “maior aumento de todos os tempos no concelho de Santo Tirso”, alegando que a taxa deste imposto “aumentou 18 por cento” em relação ao ano anterior. O ponto dois acabou por ser aprovado pela maioria do PS, com quatro abstenções, uma da presidente da Junta de Vila das Aves, Elisabete Faria, uma do CDS-PP, Ricardo Rossi, e duas da CDU, de José Alberto Ribeiro e Cláudia Monteiro, e dez votos contra do PSD-PPM e de Henrique Pinheiro Machado. Na declaração de voto, Graça Mesquita (PSD) ressalvou a posição do partido, que considera “inquietantes” os resultados referentes à conta de gerên-

cia de 2014 que lhes foi apresentada pelo executivo. A social-democrata alegou que se verificou um “aumento de mais de 2,197 milhões na despesa total face ao exercício do ano anterior” e a receita “diminuiu cerca 1,6 milhões”, sendo que o resultado líquido foi “negativo em cerca de 2,3 mil milhões” e “o passivo total ronda os 70 milhões de euros”. Também em comunicado enviado, a bancada do PSD dá conta da conta de fornecimentos e serviços externos que “registou um aumento de cerca de 32 por cento, face ao ano anterior”, com a despesa total a “subir cerca de 7,1 por cento”. Na informação, pode ler-se que a execução orçamental foi de “65 por cento”, a execução do PPI foi de “51 por cento” e do PAM (Plano de Atividades Municipal) de “49 por cento”. O PSD dá ainda conta de que a autarquia “arrecadou 10,6 milhões de euros em impostos diretos e registou um crescimento de 1,166 milhões, que corresponde a cerca de 12 por cento face ao ano de 2013”. Quanto ao IMI, e segundo a bancada do PSD, a receita “cresceu cerca de 1,17 milhões”. Em 2013, “a receita líquida de IMI foi de 5,590 milhões e em 2014 de 6,653 milhões”, denotaram.

Trofa “deve mais de dez milhões” a Santo Tirso No período da ordem do dia, José Alberto Ribeiro, da CDU, questionou Joaquim Couto sobre a possibilidade de o município de Santo Tirso receber “cerca de nove milhões de euros” do município da Trofa devido à delimitação do território. “Será que se acredita que isto será exequível?”, perguntou. Joaquim Couto respondeu que em 1998, quando o município da Trofa foi criado, “foi feito o divórcio entre Santo Tirso e a Trofa mas não foram feitas as partilhas” e, desses pagamentos que a lei determina, “a Trofa nunca pagou”. “Um terço das responsabilidades económicas e financeiras do município de Santo Tirso teria de ser satisfeito pela Trofa e nunca foi. Isso, contando os juros, dá uma conta astronómica de dez milhões e meio”, esclareceu.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Gramafam aposta em soluções “amigas” do ambiente No âmbito do roteiro Famalicão Made In, o presidente da Câmara Municipal visitou esta segunda-feira, 4 de maio, a empresa Gramafam, que se dedica a criar pavimentos e revestimentos em rochas naturais e artificiais. PATRÍCIA PEREIRA

“N

um futuro próximo os espaços habitáveis vão reconhecer os seus utilizadores e serão controlados à distância”. Foi desta forma que Rui Rodrigues, sócio-gerente da Gramafam, explicou o projeto que a empresa famalicense está a preparar, tendo já começado a trabalhar na parte domótica com a Universidade do Minho. Numa estratégia de desenvolvimento, a Gramafam vai desenvolver a arquitetura contemporânea através da introdução de sensores nos materiais de revestimento. A Gramafam é ainda pioneira no país a oferecer a possibilidade de utilização de pedra com papel reciclado em superfícies arquitetó-

nicas, apostando cada vez mais em potenciar o uso de materiais sustentáveis no setor da construção. E como prova são os 70 por cento da faturação da empresa, que representam o recurso a pedra industrial, fabricada com materiais naturais. Novas superfícies com soluções inovadoras e “amigas” do ambiente, em que a tecnologia e a qualidade imperam, ganham assim terreno na atividade da empresa. “O futuro das novas gerações precisa de estar assegurado e a Gramafam está comprometida com este princípio”, disse o sócio-gerente Rui Rodrigues, que representa a quarta geração da família e o responsável por este novo caminho que está a ser trilhado. Esta perspicácia com o aproveitamento e a utilização de materiais sustentáveis valeu à empresa o prémio para a construção mais inovadora do ano no concurso internacional para cidade do futuro organizado, em 2014, pela Europe Business Assembly de Oxford de Londres. O projeto resultou de um consórcio que juntou a Grama-

fam, a EcoPaint, a Amorim, a Secil e a Quimidois, empresas que contribuíram com materiais e saber-fazer para tornar habitável e confortável um contentor de carga marítimo em fim de vida. Com um volume de negócios de dois milhões de euros, em 2014, e 28 colaboradores, a Gramafam vende para o exterior 80 por cento do que produz. Está presente em países da Europa e África e quer chegar também ao continente americano. Neste momento, decorrem relações comerciais com um parceiro em S. Paulo, Brasil. “Gostaríamos de ser a primeira empresa portuguesa do setor a operar em três continentes. Seria um enorme orgulho para nós”, sublinhou. O reforço da internacionalização faz parte de um plano de crescimento que prevê a contratação de mais 15 pessoas nos próximos meses e a expansão e modernização da capacidade instalada em infraestruturas e tecnologia. O objetivo é duplicar a faturação para os quatro milhões de euros até 2017.

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Gramafan vai desenvolver arquitetura contemporânea com sensores

O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, referiu-se à Gramafam como uma empresa que “soube associar a tradição à modernidade com solidez e perspicácia”, destacando-a como “única e original naquilo que faz”. “A sua presença e força vem reforçar a ideia de que a heterogeneidade nos diferentes setores industriais é uma marca do nosso concelho”, argumentou, enaltecendo ainda a ambição de crescimento com

a consequente criação de novos postos de trabalho. A 20 de abril, o Made In Famalicão deu a conhecer a empresa de Joane, Alma de Luce, na qual dois jovens arquitetos famalicenses criam móveis com alma e design que contam histórias e valorizam tradições. Uma semana depois, em Oliveira S. Mateus, a visita foi à empresa S. Roque, que se dedica à construção e comercialização de máquinas de estamparia têxtil.

Contas dominam Assembleia de Famalicão Discussão e votação do relatório de gestão e documentos de prestação de contas de 2014 geraram discórdia entre os partidos na Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão (VNF), que decorreu nos dias 27 e 29 de abril. MÓNICA RIBEIRO O edil famalicense, Paulo Cunha, comunicou que a Câmara Municipal tem uma execução orçamental na “ordem dos 90 por cento” e que o número de ações “também não ficou aquém dos mesmos 90 por cento”. Com este resultado, o autarca fez um balanço “francamente positivo”, destacando ainda a “redução da dívida” e a autonomia financeira do município, que “é superior a 72 por cento”. O deputado do PS, Fernando Moniz, apresentou uma análise diferente das contas municipais e alegou que as receitas totais “aumentaram oito milhões de euros face a 2013”, enquanto a receita paga com os impostos famalicenses “subiu em 50 por cento”, com destaque para a derrama e o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), que “rendeu mais de 13 por cento face ao ano anterior”. O socialista alegou ainda que os apoios sociais “diminuíram” e deixou uma questão: “Onde é que a Câmara gasta o dinheiro dos contribuintes?” Fernando Moniz questionou ain-

da a Câmara Municipal acerca da transferência para “bolsos privados” de “seis milhões de euros” a propósito do negócio relativo ao Parque da Devesa, perguntando se os “investimentos privados falam mais alto” e se a Câmara “não tem força para defender o interesse público”. Também o deputado da CDU, Domingos Sousa, criticou o atual executivo camarário, afirmando que a taxa arrecadada em IMI tem um número “acima do que é necessário” e que “tem vindo a aumentar” ao longo dos anos. As críticas negativas ao documento de prestação de contas foram constantes e relativamente à execução do plano plurianual, Domingos Sousa afirmou: “Mais do mesmo. Promete-se mas não se cumpre”. “Quando o montante previsto orçava cerca de 17 milhões de euros e se executa 11,7 milhões, ficando-se apenas nos 70 por cento, temos que convir que se trata de um logro e uma falácia quando se afirma que houve um grande empenho para consolidar o

nosso concelho”. Paulo Cunha respondeu que “não houve aumento de 50 por cento dos impostos”. “Há um aumento da receita que se deve claramente ao dinamismo económico do concelho em alguns impostos, mas em circunstância alguma houve um aumento das taxas. Ao nível do IMI cada vez nos destacamos mais por estarmos mais perto do limite mínimo”. Paulo Cunha afirmou ainda que a Câmara “aumentou” o apoio social. “O que eu assumi é que para o setor social não há números orçamentais, há uma vontade que não vai ser quantificada nem traduzida em números”, disse, dando como exemplo o programa Casa Feliz, refeições escolares e transportes. “O investimento não é necessariamente alcatrão, nem tijolo nem cimento”, afirmou. Quanto ao Parque da Devesa, o autarca mostrou-se convicto e consciente na sua decisão e asseverou que, “enquanto presidente de Câmara, a posição era cómoda se entregasse aos tribunais o pro-

cesso” mas, estes “não servem como arma de arremesso”, defendeu. O que fez, disse, foi “romper caminhos, antecipar o futuro e criar condições” para que seja “melhor hoje do que no futuro”. “Nunca hei de aceitar que os interesses privados prevaleçam sobre o interesse público”, garantiu. Entre outras intervenções e discórdias, também Paulo Costa, do BE, fez um discurso negativo sobre o relatório apresentado. Segundo este, a receita apresentada é “significativamente suportada pelos famalicenses”. Ao folhear o relatório, Paulo Costa diz ter sentido uma “inquietação”, no meio de uma “tonelada de papéis propagandísticos”. “Encontramos uma máquina que mais do que servir a comunidade se serve a si e aos seus servidores auto-satisfeitos com os seus brilharetes”, afirmou. O líder do BE enumerou alguns investimentos que deveriam ser feitos nomeadamente no que diz respeito ao “saneamento”, “água” e “mobilidade”. “Que os luxuosos planos estratégicos com

que este executivo tentou descortinar horizontes não impeçam de ver as carências imediatas dos famalicenses”, apelou. Entre críticas, perguntas e respostas, a discussão foi constante sobre o mesmo tema. Enquanto a oposição se impôs contra a execução deste relatório, a maioria PSD-CDS defendeu o resultado apresentado. O ponto acabou por ser aprovado com 49 votos a favor do PSD e CDS e 14 votos contra do PS, uma da CDU (Domingos Sousa) e outra do BE (Paulo Costa). PS propõe constituição de comissão para analisar cedência de terrenos na Devesa No período antes da ordem do dia, o Partido Socialista (PS) levou à Assembleia a proposta de uma constituição de uma comissão eventual, para “analisar os terrenos” que vieram a integrar o Parque da Devesa, constituída por nove elementos e que deveria vigorar por um prazo de 60 dias. A proposta acabou por ser rejeitada com 51 votos contra do PSD e CDS.


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Atualidade

// Trofa

Assembleia da Trofa aprova contas de 2014 Catorze pontos compunham a ordem do dia da sessão ordinária da Assembleia Municipal da Trofa, realizada a 30 de abril. No entanto, foi o ponto dois relativo ao relatório de gestão e contas do município de 2014 o momento alto das intervenções. MÓNICA RIBEIRO

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do a 811 mil euros abaixo do limioi Alberto Fonseca, do PSD, te”, alegou. O ano 2014 encerrou que iniciou o discurso relativo ao com “4,2 milhões de euros” abaiponto dois da ordem do dia. O so- xo do limite imposto pelo governo cial-democrata congratulou-se e que “está completamente afascom “o excelente resultado ob- tada a possibilidade de o municítido nas contas no exercício de pio recorrer ao FAM”. Pedro Ortiga, do PS, em nome 2014”. “Este executivo triplicou a execução da receita e da despesa de toda a bancada, insurgiu-se de 2012 para 2014. Quando che- sobre o assunto e começou por gou, a execução orçamental era afirmar que o relatório de contas de apenas 22 por cento e hoje é apresentado está “definitivamende 65 por cento, mesmo registan- te ferido de morte, com a incordo em dívida valores relativos a poração do pagamento das verprovisões por processos judiciais bas do PAEL e PRF, não permitinantigos no montante de 2,6 mi- do assim realizar comparações lilhões de euros acrescidos do va- neares”. O socialista evidenciou lor da quota-parte do município que o triplicar da percentagem para o FAM (Fundo de Apoio Mu- de execução da receita e despenicipal) no montante de cerca de sa entre 2012 e 2014 “não corresum milhão de euros”. Alberto Fon- ponde à verdade” e tem a ver com seca afirmou que, mesmo com a a “libertação das verbas do PAEL e subscrição de capital da Águas do PRF com os correspondentes paNoroeste, de “390 mil euros”, e da gamentos” e não por “mérito” do incorporação das dívidas da em- executivo. Com estes pagamentos, presa municipal Trofa Park, o mu- explicou, “estas dívidas passaram nicípio apresentou um “superavit a ser contabilizadas como dívida 8,1 milhões de euros”. Segundo o de médio e longo prazo, sendo resocial-democrata, os fundos pró- fletido no orçamento apenas e só prios totalizam “11,1 milhões de as prestações do ano em curso, euros” o que, disse, “nos retirou sendo tudo o mais “empurrado” da falência técnica, situação em para os orçamentos seguintes, o que o município se encontrava que permite aumentar o grau de antes da entrada deste executivo”. execução do orçamento”. Pedro O resultado líquido do exercí- Ortiga afirmou que “não foi rescio é de “cerca de 2 milhões de eu- peitado o princípio de equilíbrio ros, mesmo com grande aumen- financeiro”, porque o “volume de to de encargos financeiros como despesa corrente (23,1 milhões os empréstimos do PAEL (Pro- de euros) foi superior à receita grama de Apoio à Economia Lo- corrente (apenas 19,5 milhões de cal) e do PRF (Programa de Ree- euros)”, sendo que a despesa toquilíbrio Financeiro). “A boa ges- tal “superou a receita total, 31 mitão efetuada pelo executivo per- lhões de euros de despesa face a mitiu tirar o município da situa- 30,7 milhões de euros de receita”. O socialista foi mais longe e gação de rutura financeira, declarada pelo anterior executivo e con- rantiu que o investimento deste seguiu, já no final de 2013, fican- executivo é um “mito” sendo que

Partidos com análises diferentes às contas de 2014

o volume de “investimento/obra e realizado pelo anterior executipaga”, em 2013, era de “9,9 mi- vo”, frisou. Foi ainda referenciado lhões de euros” e, em 2014, foi de de que nas contas de 2014 “estão “cerca 5,2 milhões de euros”. contabilizadas as receitas de IMI e O facto de as receitas corren- derrama de dois anos”. tes terem aumentado tem a ver, Já Paulo Queirós, da CDU, afirsegundo o membro do PS, com o mou que “estava à espera de me“aumento fiscal” pago pelos muní- lhores resultados”, num ano em cipes no que diz respeito ao IMI e que “oficialmente acabou a criderrama. Em 2014, o “IMI aumen- se”. “Apesar da propaganda contou 27 por cento” e a derrama “au- trária, os trofenses pagam cada mentou 56 por cento”, analisou. vez mais e têm cada vez menos”, Quanto ao superavit “propa- disse. “Há receita de capital que gandeado” é o “resultado do en- teve de cobrir as despesas cordividamento líquido face ao limite rentes daí tendo sido arrecadado imposto pela lei dos compromis- 11 milhões”, disse. As críticas e a sos e não o superavit do resulta- análise a todo o relatório continudo líquido do exercício de 2014”, aram, com Paulo Queirós a referir fez saber o socialista. Destaque que a “autarquia não gera receiainda para os custos correntes da tas próprias, estando dependenCâmara, que se mantiveram “es- te das verbas provenientes da artáveis” em cerca de 15,8 milhões recadação de impostos efetuadas de euros mesmo com “a redução pelo estado central e das transfeanunciadas de custos”. rências previstas no Orçamento Segundo Pedro Ortiga, o que de Estado”. Também o valor apliinfluencia o excedente de capa- cado nas áreas sociais foi criticacidade de endividamento face ao do e o comunista apelidou-o de anunciado de 8,1 milhões de euros “irrisório comparado com transé a “evolução do ativo que aumen- portes e comunicações”. No que ta 10,5 milhões de euros, influen- respeita ao plano de atividades, ciado de forma mais expressiva o comunista afirmou que “os vapelo aumento do valor dos bens lores para obras prioritárias estão em domínio público (1,2 milhões muitas vezes com graus de execude euros) e das imobilizações cor- ção miseráveis”. póreas (mais 2,45 milhões de euEm resposta, o vice-presidenros), resultantes da contabilização te António Azevedo, que substido parque escolar renovado no tuiu o ausente edil trofense, Sérâmbito da candidatura europeia gio Humberto, afirmou que “até fi-

caria admirado se viessem louvar” o relatório de gestão. “Em 2013, estávamos a 800 mil euros de termos que recorrer ao FAM. Presentemente, em 2014, estamos a oito milhões”, disse. Em relação ao dinheiro do PRF e do PAEL, acrescentou, “foi isso que salvou para pagar dívida”. António Azevedo destacou ainda que o grau de execução da receita foi “três vezes mais”. “Estamos a fazer poupança e equilíbrio”. “A execução deste executivo este ano foi de 8,154 milhões. Claramente que isto, de certeza absoluta, está mal, portanto isto vai ser visto e revisto pelos senhores juízes do Tribunal de Contas que fiscalizam”, ironizou. António Azevedo continuou na análise às críticas lançadas pela oposição e explicou que a autarquia “teve que introduzir na dívida 2,6 milhões de processos negociados em tribunal”. “O ano passado era de 5,549 milhões e em 2014 temos 2,908 milhões. Esse dinheiro se não fosse introduzido na dívida os nossos resultados eram maiores”, asseverou, ressalvando que “pela primeira vez” o município deixou de estar em “falência técnica”. “Os nossos fundos próprios eram negativos. Hoje temos 11,106 milhões de euros positivos”, continuou, frisando também que “foi uma execução orçamental vocacionada para a poupança”. Já a Paulo Queirós, António Azevedo respondeu que, nas “transferências e subsídios correntes”, a Câmara “aumentou de 2,7 milhões para 3,357 milhões”. Como conclusão, o vice-presidente apelou ao “apoio”, pedindo para que “deixem a luta partidária”. Na votação, o ponto foi aprovado pela maioria, com 15 votos a favor do PSD, do CDS-PP e do presidente da Junta de Freguesia do Muro, Carlos Martins, com um voto contra da CDU, e dez abstenções do PS.

// Santo Tirso

Comissão Social da Zona Nascente visita Casa de Acolhimento A C o m i s s ã o S o c i a l I n t e r-fregue sias da Zona Nas cen te (CSIF-ZN) organizou, a 27 de abril, uma visita à Casa de Acolhimento Sol Nascente (CASL), com sede em Monte Córdova. A iniciativa, inserida no Plano de Ação de 2015, teve o objetivo de “dar a conhecer as instalações da CASL e o trabalho que dia-

riamente é levado a cabo pelos seus colaboradores no apoio a pessoas com deficiência”. Cerca de duas dezenas de participantes tiveram oportunidade de conhecer o polo que a instituição tem em funcionamento na antiga escola de Paços, em Monte Córdova, e o seu edifício sede. No que diz respei-

to às atividades desenvolvidas e que visam a promoção do reconhecimento social da pessoa com deficiência pela competência, foram destacadas as novas tecnologias adaptadas à deficiência visual, a sala de atividades sensoriais e a sala de snoezelen. P.P.

Visita teve como objetivo “dar a conhecer as instalações da CASL”


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6 maio 2015 JORNAL DO AVE

Atualidade

PCP exige execução do metro até à Trofa Depois de ver falhada a hipótese de trazer o metro até à Trofa, através de um projeto de resolução que entregou em 2012 na Assembleia da República, o Partido Comunista Português (PCP) entregou a 24 de abril, uma nova proposta. MÓNICA RIBEIRO

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a antiga estação de comboios do Muro, onde nas paredes se escreve poesia e se lamenta uma promessa esquecida, Jaime Toga, responsável regional do PCP, apresentou a nova proposta deste grupo parlamentar desta vez com data agendada, que visa dar

continuidade àquele que foi entregue em abril de 2012, e que recomendava ao governo que executasse a 2.ª fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto, com a ligação ISMAI-Trofa. Segundo Jaime Toga, é recomendado ao governo que o prolongamento da linha C do Metro do Porto se concretize até ao fim do 1.º semestre de 2016. Num assunto de interesse para servir as populações e que se arrasta há mais de 12 anos, o comunista criticou o executivo camarário da Trofa por nada dizer sobre o assunto: “Não chega vir aqui na campanha eleitoral e dizer que tudo se vai fazer para que o me-

Jaime Toga quer metro até à Trofa

tro venha até à Trofa. O presidente da Câmara disse que tudo ia fa-

// Trofa

zer e o que nós temos assistido é que até agora nada fez (…). A Câmara é mais um agente ao serviço do governo do que propriamente um agente ao serviço da Trofa”, lamentou. Uma vez que a exploração do Metro do Porto foi entregue a uma empresa privada espanhola, com contrato assinado a 23 de abril, e cuja “concessão não contempla a possibilidade de nos próximos dez anos haver a linha do metro para a Trofa”, Jaime Toga quer a desvinculação desta medida, considerando que “é obrigação da Câmara Municipal impedir que este processo se concretize”. Segundo o responsável regional

do PCP, a autarquia pode “apresentar providências cautelares e intervir junto do governo e do Conselho Metropolitano”. O comunista acrescentou ainda que este acordo “não tem semanas, mas meses” e durante este tempo, disse, “não vimos a Câmara da Trofa a levantar uma palha em relação à necessidade de se acautelar nesse concurso”. O PCP espera que o projeto seja discutido e votado antes das próximas eleições legislativas, no entanto, alertou Jaime Toga, o partido “não tem deputados suficientes para aprovar esta proposta,” sendo necessário que outros partidos se associem à causa.

zação das Margens do Ave. O natural princípio da continuidade administrativa também explica, por exemplo, que quem tenha lançado e executado o projeto de construção do Pavilhão Municipal e da Biblioteca Municipal tenha sido o atual presidente da Câmara Municipal e quem o inaugurou foi o seu sucessor. Estranho seria, aliás, que não houvesse continuidade das políticas levadas a cabo pela Câmara Municipal nas últimas três décadas. Afinal de contas, os dois últimos presidentes de Câmara são do mesmo partido, pelo que devem partilhar dos mesmos princípios, valores e visões. Mais: é duplamente natural essa continuidade. Primeiro, porque pertencem ao mesmo partido e, depois, porque Castro Fernandes é um produto de Joaquim Couto, tendo sido o seu Delfim no partido e seu número dois na Câmara. Não causou, portanto, estranheza a ninguém que, quando Joaquim Couto deixou a Câmara Municipal para assumir o cargo de Governador Civil do Porto e, mais tarde, de deputado na Assembleia da República, Castro Fernandes o tivesse sucedido como presidente do executivo municipal, dando – e muito – continuidade aos eixos estratégicos estabelecidos pelo seu antecessor. Só para dar este assunto por encerrado, no que a mim diz respeito, na lógica da continuidade administrativa posta em prática na administração central e local, que defendo e que me afasta, uma vez mais, do leitor F. P. Castro, ninguém é dono dos projetos

e das obras que se realizam. Os únicos donos são as populações que beneficiam com os investimentos feitos por quem tem a obrigação de os fazer. Preocupado e incomodado com o défice de participação cívica e política do anterior presidente da Câmara Municipal, F. P. Castro exorta-o a não cair na tentação de apenas “andar a passear o cão” e lança-lhe o apelo para que apareça mais vezes publicamente, intervindo na opinião pública – não confundir com publicada… – e comentando tanto o que se faz bem como o que se poderia fazer melhor. Parece, de facto, que o anterior presidente da Câmara Municipal deu ouvidos ao leitor F. P. Castro, porque, na verdade, já me confirmaram a sua presença na inauguração da esquadra da PSP e também já me deram conta da cada vez mais regular presença em iniciativas partidárias, a última das quais ocorrida no Porto, na Festa da Democracia. Como aprendi, ainda em tenra idade, que em política o que parece é, parece ser verdade aquilo que já se diz à boca cheia no seio da família socialista: o anterior presidente da Câmara Municipal estará a preparar-se para fazer parte da lista de deputados à Assembleia da República, indicado pelo PS/Santo Tirso. Num aspeto, pelo menos, estará o leitor F. P. Castro de acordo comigo: melhor palco para intervir publicamente do que a Assembleia da República não haverá para o ex-presidente da Câmara. Emanuel Medeiros Santo Tirso, 4 de maio de 2015

// Santo Tirso

Carta dos Leitores: Leitura obrigatória Confesso: já não passo sem a leitura obrigatória das Cartas dos Leitores do Jornal de Santo Thyrso escritas por F. Pereira de Castro (F. P. Castro), que se confunde mais com uma espécie de articulista do regime do que com um fervoroso leitor do centenário jornal do concelho. É, para mim, um regalo abrir todas as sextas-feiras o Jornal de Santo Thyrso e deliciar-me com as prosas assinadas por F. P. Castro, as quais, se outro mérito não tivessem, servem pelo menos para impedir que saiam da ordem do dia temas tão fraturantes para o futuro de Santo Tirso como, por exemplo, o “Seguro de vida da atual Câmara” ou a “Voz que faz falta ao concelho”. Verdade seja dita: as Cartas dos Leitores da autoria de F. P. Castro têm também um outro mérito, não menos negligenciável: permitem tomar o pulso a uma espécie de quinta-coluna* que se arvora na defesa desinteressada e escrupulosa dos interesses do concelho. *Do dicionário | quinta-coluna: elemento(s) inimigo(s) que se introduz(em) no interior de partido ou organização e que aí fomenta(m) manobras hostis. Só assim se entende a profusão de Cartas dos Leitores publicadas e assinadas por F. P. Castro no Jornal de Santo Thyrso, instituição com responsabilidades acrescidas em matéria de debate de ideias e de temas que dizem respeito à sociedade tirsense, contribuindo para a necessária chamada de atenção dos poderes instituídos acerca dos reais problemas que afetam o quotidiano da comunidade.

Uma das últimas grandiloquentes prosas de F. P. Castro assinadas no Jornal de Santo Thyrso denuncia o distanciamento que vai entre uma iniciativa da Câmara Municipal e os verdadeiros interesses da população do concelho. Interessante e atual. Não fosse a opinião do leitor ser traída pela realidade. Pelo menos, aquela que tive oportunidade de ver, tal como, com toda a certeza, a que foi vista pelo autor do texto. E o que eu vi desmente, em toda a linha, as afirmações de F. P. Castro. Se realmente houvesse desinteresse e distanciamento por parte da população de Santo Tirso em relação ao Mercado Nazareno, o recinto não teria estado todos os dias, sem exceção, repleto de visitantes, alguns dos quais vindos de Espanha. Se, mesmo com o desfasamento que F. P. Castro diz existir e que só ele viu, foi o que foi, imagine-se o problema que teria sido colocado à Câmara Municipal se tivesse havido interesse por parte da população de Santo Tirso. Em vez de uma Praça 25 de Abril, teriam sido necessárias duas ou três… Do alto da sua sabedoria e detentor de informação só possível a quem anda por aí a vaguear junto dos decisores políticos, F. P. Castro não tem rebuço em afirmar que o Mercado Nazareno, números por alto, custou à Câmara Municipal 200 mil euros. A ignorância, por vezes, prega-nos partidas. Ou a preguiça. Se tivesse feito o trabalho de casa, F. P. Castro constataria que o valor pelo qual foi adjudicada a organização do Mercado Nazareno, por deliberação do executivo municipal,

é praticamente 10 por cento do anunciado. Já no caso da TVI, F. P. Castro é mais vítima do que réu. Vítima, é verdade, da sua ignorância, porque não sabe que a produção do “Somos Portugal” não implica “cachet”. Foi assim este ano. Foi assim no ano passado. As únicas despesas que a produção do “Somos Portugal” – e não da TVI, como incorretamente se diz – imputa ao Município são de ordem logística, ou seja, irrisórias para o impacto e projeção que a transmissão televisiva, vista por cerca de 1,1 milhões de telespetadores, proporcionam ao concelho de Santo Tirso. Passadista convicto, F. P. Castro é da opinião que há um Município de Santo Tirso antes de 2000 e outro a partir de 2000 até 2013. É uma opinião. Subjetiva. Mas contrariada por uma lógica existente no exercício de funções públicas e políticas, da qual partilho: a continuidade administrativa e de planeamento. Mais importante do que discutir quem foi quem até que data, importa referir que, para o bem e para o mal, o Município de Santo Tirso foi governado, nas últimas três décadas, pelo Partido Socialista. O que, do meu ponto de vista, deve estar em discussão não são as pessoas, mas antes as políticas. Porque seria fácil afirmar que, se o anterior presidente da Câmara teve o mérito de pôr em prática a regeneração urbana das Margens do Ave, com a criação, por exemplo, do Parque Urbano da Rabada, ao atual presidente da Câmara também se deve, uma vez que foi ele quem, em meados da década de 90, elaborou o Plano de Urbani-


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Desporto

// Futebol

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Famalicão a três passos da subida Um mar de gente encheu o Estádio Municipal 22 de Junho para assistir a um dos jogos da época, que colocou frente a frente Futebol Clube Famalicão e Varzim Sport Clube. CÁTIA VELOSO/EMA GUIMARÃES

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epois de uma forte campanha durante a semana, os adeptos não falharam a convocatória e quiseram mostrar todo o apoio à equipa na escalada até à 2.ª Liga, assumindo-se como um verdadeiro 12.º jogador na bancada. Foram cerca de dez mil as pessoas que encheram o estádio e vibraram com uma partida imprópria para cardíacos. O Famalicão venceu por 2-1 o “arquirrival” do Campeonato Nacional de Seniores e está a um triunfo de garantir a promoção aos campeonatos profissionais duas décadas depois da última participação. A vitória diante do Varzim começou a ser construída aos 21 minutos. Joel Monteiro construiu a jogada pelo lado direito do ataque e serviu Diego Medei-

ros que, na área, agradeceu o espaço dado pelos adversários e, de cabeça, empurrou para o fundo da baliza. Foi a primeira explosão de euforia dos adeptos azuis e brancos. Na segunda parte, já com o Varzim a jogar em inferioridade numérica devido à expulsão do capitão Tiago Lopes, o Famalicão aproveitou para ampliar a vantagem. Aos 66 minutos, Feliz aproveitou o desacerto defensivo varzinista e cruzou para a grande área, onde lá morava Éder Diego que, também de cabeça, fez o 2-0. Os forasteiros ainda conseguiram reduzir a desvantagem, por intermédio de Hernâni, na sequência de um livre direto, dando à equipa a possibilidade de sonhar com a reviravolta do marcador. Os cinco minutos de compensação poderiam ter ditado o empate para as duas equipas, devido a um remate perigoso de Sandro, mas o Famalicão conseguiu segurar firmemente a sua vitória, também movido pela força moral vinda das bancadas. O técnico famalicense, Daniel

Ramos, descreveu o jogo como “muito intenso e de grande entrega”. “Estamos contentes, mas focados no próximo jogo para dar mais uma alegria à cidade”, acrescentou. A subida de divisão passará a ser realidade caso o clube vença, em casa, o Lusitano F.C.V., penúltimo classificado, no próximo domingo, dia 10 de maio. Na fase de subida, o Famalicão ainda não perdeu, somando nove triunfos e dois empates. Regista ainda 18 golos marcados e três sofridos. Já o Varzim caiu no 3.º lugar da tabela classificativa cedendo o seu lugar ao Fafe. Homenagem: Além de viajarem a Famalicão em grande número, os adeptos do Varzim prepararam uma homenagem a Renato, aficionado do clube, que perdeu a vida no alegado quadrúplo homicídio, na freguesia da Estela, Póvoa de Varzim, a 28 de abril. “Renato, descansa em paz… na curva do céu”, lia-se na tarja colocada pelos adeptos varzinistas.

Trofense desce aos campeonatos amadores O Trofense viu a descida de divisão confirmada esta terça-feira, depois de o Braga B vencer 3-2 o FC Porto B. A equipa da Trofa tinha adiado a descida ao Campeonato Nacional de Seniores, ao vencer o Portimonense por 3-2, na 42.ª jornada da 2.ª Liga, a 1 de maio, mas não dependia de si próprio para se manter nos campeonatos profissionais. Nove anos depois, a formação da Trofa está de regresso aos campeonatos amadores, depois

de uma passagem pela 1.ª Liga, em 2008/2009. Ainda faltam quatro jornadas para o fim do campeonato e o objetivo do clube é não ficar em último lugar, que ocupa atualmente com 32 pontos. Acima, seguem também “aflitos” o Marítimo B, com 36 pontos, e o Atlético, com 39. Esta quarta-feira, os trofenses têm encontro marcado com o Santa Clara, em casa, num jogo marcado para as 16 horas. C.V.

Aves empata com Freamunde O Desportivo das Aves empatou com o Freamunde, por 1-1, em encontro da 42.ª jornada da 2.ª Liga. O golo inaugural surgiu por Mauro Caballero à passagem da meia hora, com o Aves a aproveitar o crescimento dos visitantes para tentar ampliar o resultado. Marco Brandão evitou o golo de Platiny (33 minutos) e de Jorge Ribeiro (57 minutos). Só quando esteve a jogar com dez jogadores, por expulsão de Rainho,

é que o Freamunde conseguiu igualar o resultado num livre direto de Djim (70), cobrado a cerca de 30 metros, a que Quim não deu a melhor resposta. Até ao fim, o jogo conheceu momentos de grande intensidade e as balizas voltaram a estar sob ameaça de ambos os ataques, acabando por prevalecer o empate, desfecho que atrasa ambas as equipas na luta pelos seus objetivos. A.C./P.P.

Campeonato Nacional de Seniores

Vila Real derrota Tirsense, Oliveirense empata e Ribeirão perde

Equipa de Santo Tirso não evitou desaire

Na 11.ª jornada da manutenção da série norte, o Futebol Clube (FC) Tirsense foi derrotado em casa, por 3-2, pelo Vila Real, em jogo realizado a 3 de maio. Com uma entrada melhor no jogo, o Tirsense sofreu o primeiro golo da partida aos 20 minutos, numa defesa permissiva. Aos 36 minutos, a equipa de Santo Tirso respondeu e colocou-se em igualdade, mas o Vila Real voltou ao ataque aos 40 minutos e colocou-se em vantagem. Dois minu-

tos depois, o Tirsense voltou a sofrer um golo e foi para intervalo a perder por 1-3. No segundo tempo, o Tirsense conseguiu novamente atacar e fez o segundo golo aos 65 minutos, que acabou por ditar um resultado final de 3-2. Para o técnico adjunto do Vila Real, Nuno Ribeiro, este “foi mais um passo importante” no caminho da equipa e o jogo da jornada que se segue “poderá decidir o seu rumo”. Já o treinador do Tirsense, Ricardo Lima, asseverou de

que a equipa “entrou bem na 1.ª e 2.ª parte” e está convicto de que “o Tirsense vai conseguir a manutenção neste campeonato. Com este resultado, a equipa continua em 5.º lugar e na próxima jornada defronta a Oliveirense. Esta última, empatou a zero frente ao Felgueiras, estando em 3.º lugar, com 31 pontos. Já o último classificado Ribeirão acumulou mais uma derrota, por 5-2, desta feita frente ao Vizela. Na próxima jornada, defronta o Felgueiras.


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6 maio 2015 JORNAL DO AVE

Desporto

S. Mamede vence taça concelhia de futebol

// Futebol

Na última jornada da taça concelhia de futebol, organizada pela Associação de Futebol Amador de Santo Tirso (AFAST), a U D S. Mamede venceu por 2-1 a AD Guimarei, em jogo disputado no Complexo Desportivo de Roriz, a 1 de maio. MÓNICA RIBEIRO

N

em a chuva deteve o público que assistiu do início ao fim ao final desta competição. Num primeiro ano em que a AFAST entrou ao ativo, o presidente, Carlos Moura, considerou esta prova “super positiva”. Com mais competições a decorrer, fora da Taça, o feedback, “até agora, é excelente”. Entre as doze associações que estiveram em competição, o S. Mamede e o Guimarei conseguiram destacar-se e chegar à final. Satisfeito com a vitória, o treinador do S. Mamede, Rogério Mon-

teiro, afirmou que a equipa que coordena “trabalhou muito para chegar à final” e “ansiava vencê-la”. Já Vítor Pinto, capitão do Guimarei, fez um balanço “positivo” das jornadas que decorreram, mas, por outro lado, confessou que a equipa “saía frustrada” porque “não merecia perder”. Com a colaboração da autarquia de Santo Tirso, a AFAST tem vindo a trabalhar em prol do futebol amador no concelho. Apesar de ter “quase todas” as freguesias representadas por um clube nas diferentes provas, o presidente da associação salientou

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S. Mamede venceu Taça Concelhia

que há a possibilidade de “mais equipas participarem”. O vereador do desporto, José Pedro Machado, que marcou presença na iniciativa, deu os “pa-

rabéns” à AFAST e à equipa vencedora mas também ao Guimarei pelo “fairplay que teve no final”. “Já tenho muitos anos de vereação e não me lembro de

ver uma equipa que ficou em segundo lugar ter uma atitude tão nobre para com os vencedores”, salientou.

Santo Tirso e Trofa em despique... no futsal

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Areal e Núcleo do Sporting da Trofa defrontaram-se na final da Taça concelhia de seniores femininos

A Taça Concelhia de Futsal Sénior Feminino de Santo Tirso foi conquistada por uma equipa do concelho vizinho. O Núcleo do Sporting da Trofa venceu a Associação Recreativa do Areal por 0-2, numa final disputada no pavilhão municipal de Santo Tirso, no dia 25 de abril. CÁTIA VELOSO Este jogo acabou por se destacar dos restantes por colocarem frente a frente equipas de concelhos diferentes. Face à inexistência de competição no concelho da Trofa, o Núcleo do Sporting e o Guidões Futebol Clube foram integrados nos campeonatos amadores de Santo Tirso. O primeiro está na 3.ª posição do campeona-

to a quatro pontos do líder e conseguiu chegar à final da Taça, levando o “caneco”. Numa partida quase sempre equilibrada, mas com ascendente do Areal, a eficácia acabou por ditar o resultado. O Núcleo do Sporting aproveitou duas situações para chegar ao golo e garantir o triunfo, enquanto o adversário foi sempre perdulário na hora de decidir. O treinador da equipa vencedora, Pedro Andrade, considerou que foi um jogo “muito bem disputado”, enquanto Carlos Meireles, técnico do Areal, confessou que “não contava perder o jogo”. “Eu acho que somos mais fortes que a equipa adversária, mas neste jogo não fomos felizes.

Foram as minhas jogadoras que praticaram um futsal mais bonito e atraente”, sublinhou. Quanto à integração nas competições de Santo Tirso, os responsáveis do Núcleo do Sporting sentiram-se “muito bem recebidos”. “Pensei que íamos ser colocados um pouco de lado, mas não. Agradeço à Câmara Municipal de Santo Tirso e à organização de futebol amador por nos ter recebido tão bem”, afirmou Pedro Andrade. Nélia Magalhães, guarda-redes da equipa trofense “há seis anos”, considerou a participação no campeonato concelhio de Santo Tirso “uma boa oportunidade para voltar a ter ritmo de jogo” depois de “um ano sem

competir”. Carlos Meireles foi um dos defensores da integração das equipas trofenses. “Eu apoio o futsal e de ano para ano vê-se a diminuição das equipas. Eu fui daqueles que disse que se devia arranjar mais, porque há mais equipas escondidas. Temos de chamar as pessoas para o desporto e para o futsal”, frisou. Treinador do Areal pede apoio da autarquia Carlos Meireles aproveitou para apelar à autarquia tirsense que apoie os campeonatos através da “cedência de espaços fechados, durante o inverno”. E usou um exemplo: “No escalão de juniores, o campeonato só

teve quatro equipas. E percebe-se porquê. À sexta-feira, é duro vê-los jogar a temperaturas de dois e três graus, porque jogam às nove, dez e onze da noite”. O técnico afirmou que as associações querem “mostrar que há pavilhões em Santo Tirso, que ao fim de semana estão encerrados e podiam estar disponíveis para proteger os atletas do frio e da chuva”, argumentou. Outros resultados Da Taça Concelhia Escolinhas: AR Areal 1-0 AB 92 Infantis: AB 92 5-1 AD Tarrio Iniciados: AD Tarrio 4-2 AR Areal Juvenis: AB 92 6-3 ACD Lamelas Juniores: AM Ringe 4-0 Água Longa

// Boccia

Luís Silva conquista bronze em Santa Maria da Feira O atleta famalicense Luís Silva, da Associação de Boccia Luís Silva, começou a época de 2015 com a conquista de mais um pódio no Campeonato Nacional de Boccia – Zona Norte, que decor-

reu nos dias 18 e 19 de abril, em Santa Maria da Feira. Luís Silva demonstrou uma “regularidade espantosa durante toda a competição”, somando vitórias atrás de vitórias na fase de

grupos e nos jogos decisivos. Nas meias-finais, Luís Silva perdeu com o seu colega de seleção Armando Costa, redimindo-se no jogo seguinte de atribuição do 3.º e 4.º lugar, com “uma demonstra-

ção de experiência, maturidade e qualidade tática”. Com este resultado, Luís Silva qualificou-se para a fase final do Campeonato Nacional. A Associação de Boccia Luís Silva foi também representada

pela atleta Ana Talaia, residente na Trofa, que no ano da sua estreia na associação famalicense, teve “uma participação meritória”, não conseguindo, contudo, qualificar-se para as eliminatórias. P.P.


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Desporto

AR S. Martinho promove Torneio de Escolinhas

// Modalidades

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Mais de 150 jovens participaram na competição da AR S. Martinho

A Associação Recreativa de S. Martinho organizou, pela terceira vez, o Torneio de Escolinhas que juntou várias equipas das zonas Norte e Centro do País.

Ginásio é o vencedor da Taça Toupeira

DIANA MORGADO/MÓNICA RIBEIRO

A jogar em casa, a equipa do Ginásio Clube de Santo Tirso foi a grande vencedora da primeira edição da Taça Toupeira – Futsal Veteranos, organizada pela União de Freguesias (UF) de Santo Tirso, Couto (Sta. Cristina e S. Miguel) e Burgães, que decorreu no dia 1 de maio. MÓNICA RIBEIRO

A

o disputar a final com a Associação Desportivo de Tarrio, o Ginásio derrotou o adversário por 8-3. A Associação Desportiva de Tarrio ainda esteve a vencer por 3-1, mas não conseguiu segurar o resultado e chegou ao intervalo já com um empate a três golos. O Ginásio antecipou-se na segunda metade e garantiu a conquista ao marcar mais cinco golos sem resposta. O responsável pela equipa do Ginásio, João Moreira, estava satisfeito com o resultado: “Acho que merecíamos esta vitória pelo jogo que fizemos. Foi um jogo extremamente complicado na primeira parte mas acho que, na segunda, justificamos plenamente a vitória”, disse. A equipa está também inte-

grada na Liga Toupeira, que ainda não terminou, estando em 2.º lugar. Este é o primeiro ano que o Ginásio participa na competição. Esperando outro resultado, Norberto Sousa, treinador da equipa do Tarrio, afirmou que o “objetivo era ganhar”. No entanto, os jogadores “deram o seu melhor”. “Ninguém contava com a nossa equipa na final. Claramente que éramos uma das equipas menos votadas para estar na final”, asseverou. Na Liga Toupeira, o Tarrio encontra-se em 6.º lugar, mas o objetivo é ficar entre “os três primeiros”. Para Jorge Gomes, presidente da UF, esta primeira edição da Taça “superou as expectativas” numa final onde “imperou o bom censo, a camaradagem e promo-

veu-se o desporto”. “Foi de facto um exemplo de uma Taça Toupeira que nós idealizamos, com o respeito mútuo das pessoas e das equipas e com a valorização das associações no recinto”, sublinhou. No final da competição, foram ainda distribuídas pelas equipas a caderneta de cromos relativas à Liga Toupeira 2014-2015, com destaque para todos os intervenientes na atividade. Com a Taça Toupeira encerrada, a Liga Toupeira continua e a próxima jornada está marcada para dia 8 de maio, no Poliodesportivo de Merouços, a partir das 15 horas. O AR Areal vai defrontar o AB 92, o Núcleo Sporting o AD Tarrio, o FC Tirsense o Ginásio e a Casa Benfica a AUSBB.

// Hóquei de Patins

Famalicense e Riba d’Ave vencem

O Famalicense Atlético Clube (FAC) entrou a ganhar na reta final do campeonato nacional da 2.ª divisão, ao vencer o HC Marco, por 5-4. A primeira metade da 27.ª jornada ficou marcada por “um jogo mal jogado”, indo para intervalo com a vitória dos marcoenses, 1-0. No segundo tempo, o FAC deu a volta ao marcador e proporcionou aos espectadores “um espetáculo diferente e mais apelativo”, conseguindo conquistar a vitória com os golos de An-

dré Barbosa (2), Kika (2) e Chumbinho (1). O FAC ocupa agora o 8.º lugar da tabela classificativa e, neste sábado, desloca-se a Lavra. No mesmo campeonato, o Riba d’Ave (RAHC) saiu vitorioso perante o Valença HC, por 5-4. Os golos ribadavenses foram marcados por André Alves, Vitor Hugo, Diogo Machado (2) e Ricardo Lopes. Este sábado, pelas 21 horas, o Riba d’ Ave HC visita o reduto de Fânzeres. Já os escalões jovens do RACH disputaram a Taça do Minho. Os

Infantis B perderam com os Limianos por 3-5, enquanto os Escolares venceram os Limianos por 7-0. Na receção ao HC Fão, Iniciados e Juniores venceram por 8-0 e 6-4, respetivamente. Na visita ao recinto do HC Braga, o RACH saiu derrotado, por 7-2. Frente ao mesmo adversário, os Escolares venceram por 3-6. Também os Infantis A perderam com a ADB Campo, por 3-1, enquanto os Juvenis venceram o HC Braga por 9-4. A.C./P.P.

Incentivar os mais jovens a ter um contexto competitivo mais abrangente foi um dos objetivos deste torneio que uniu mais 150 atletas no feriado de 1 de maio. Para Nuno Carvalho, coordenador da Associação Recreativa de S. Martinho, a intenção do evento que vai já na terceira edição passa por “juntar grupos da mesma faixa etária e proporcionar-lhes mais competição do que aquilo que eles já têm durante o ano”. A

fase inicial do percurso desportivo das crianças é das mais importantes e para Nuno Carvalho é fundamental que os mais novos se “habituem à competição ainda com o futebol de sete, para mais tarde passarem ao futebol de 11”. Nas disputas finais, a equipa de Vizela acabou por ganhar por 1-0 ao Freamunde, na Taça dos Campeões. Já o S. Martinho a zero com o Amarante mas nos penáltis acabou por perder por 3-2, na Taça S. Martinho. “A Liga dos Campeões” mais juvenil é, para Nuno Carvalho, uma forma de “ajudar no desenvolvimento” dos jovens. Para além desta competição, a associação realiza outro torneio não competitivo para outros escalões.

Carlos Veloso e Rui Gomes na 1.ª Divisão de bilhar O Famalicense Atlético Clube (FAC) esteve representado por seis atletas no último Open da 2.ª Divisão de Bilhar, sendo que apenas dois atingiram os quartos de final. Carlos Veloso terminou a época em 4.º lugar, alcançando a subida de divisão. Ao invés, Amândio Marinho, que andou durante muito tempo nos lugares de subida, não conseguiu superar Miguel Santos, atleta do FC Porto, e acabou a temporada em 10.º lugar, não conseguindo a subida de divisão.

Apesar da descida para a 8.ª posição, Rui Gomes assegurou a subida de divisão. Na competição participaram ainda Jorge Lopes (18.º), David Veloso (20.º) e Manuel Figueiredo (30.º), que por não participar num dos Open acaba despromovido. Carlos Sampaio e Frederico Figueiredo têm ainda a hipótese de alcançar a subida de divisão na próxima competição, que vai decorrer nos salões do Fenianos Portuenses e FC Porto. A.C./P.P.

Dupla famalicense no Campeonato da Europa Rafael Almeida e Sara Peixoto estiveram em Chisinau, na Moldávia, para representar Portugal no Campeonato de Europa de dança desportiva de Juventude Standard, que decorreu nos dias 25 e 26 de abril. Esta participação foi para os jovens famalicenses, que foram campeões nacionais da modali-

dade em 2014, “uma estreia internacional em representação de Portugal”. “Estes dias foram inesquecíveis não só pelo orgulho em representar o nosso país, arrecadando no nosso primeiro europeu o 44.º lugar, mas também por tudo o que aprendemos e descobrimos nesta viagem”, denotaram. P.P.


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6 maio 2015 JORNAL DO AVE

Equipas de Vermoim vencem competições de andebol Os Infantis masculinos da Associação Cultural de Vermoim (ACV) venceram, a 1 de maio, o CCR Fermentões, por 26-18, em jogo da modalidade de andebol, onde se destacaram Diogo Silva, com 12 golos, João Oliveira, com sete, Luís Carvalho, João Miguel Oliveira, Tiago Carvalho e João Pacheco que pontuaram igualmente. No dia seguinte, derrotaram o AC Fafe, por 26-17, com golos de Diogo Silva (10), João Pacheco (sete), Luís Carvalho, João Pache-

// Modalidades

Santo Tirso recebeu prova de trampolim

co e Francisco Antunes. Com estes triunfos, a equipa está bem colocada para conseguir o apuramento para os Nacionais. Já a equipa Júnior/Sénior feminina venceu, por 25-22, as bracarenses do ABC/Manabola, com golos de Mélanie Oliveira (três), Raquel Torres, Ana Fernandes (quatro), Bruna Oliveira (quatro), Bruna Silva (dois), Viviana Dias (três), Jéssica Carneiro (cinco) e Daniela (dois). A.C. /P.P.

Famalicense destaca-se no badmington Adriana Gonçalves e Catarina Martins, do Famalicense AC destacaram-se na última jornada do circuito nacional para atletas não seniores, na modalidade de Badminton. A sub17 Adriana Gonçalves assegurou mais uma final, mas, como não venceu no terceiro set, ficou em 2.º lugar do ranking nacional. Já Catarina Martins chegou, pela primeira vez, às meias-finais da competição, perdendo para a vencedora Mariana Leite-CHEL. Esta “estreia” valeu-lhe a subida ao 7.º lugar nacional. A dupla FAC foi finalista nos pares senhoras, mantendo o 2.º lugar do ranking, e, na modalidade de pares mistos, Catarina foi finalista. Já na Categoria C, Silvina Guimarães continua invicta, tendo vencido todos os jogos em que

Desporto

participou individualmente. O seu regresso à modalidade fica marcado pela sua invencibilidade e para a próxima época vai regressar à categoria absoluta. A 1 de maio, a atleta venceu o ranking zonal e vai agora preparar o campeonato nacional, que se realiza no início de junho, onde é “candidata a campeã da categoria”. Na categoria C, para além de Silvina que venceu em singulares e pares mistos com Rui Gomes, Miguel Pereira conseguiu atingir a final em singulares. Na categoria D, Henrique Pinheiro e Rui Carvalho venceram a prova em pares homens, apresentando-se assim ao seu melhor nível. Em absolutos, Sónia Gonçalves venceu em singulares e em pares senhoras com Adriana Gonçalves.

35 clubes estiveram em competição, representados por cerca de 150 atletas

O Pavilhão Municipal de Santo Tirso foi palco do Campeonato Nacional de Trampolim nos dias 2 e 3 de maio. Foram cerca de 35 clubes, representados por cerca de 150 atletas, que participaram no evento, organizado pela Federação de Ginástica de Portugal, em parceria com o Ginásio Clube de Santo Tirso. MÓNICA RIBEIRO

O

s melhores ginastas a nível nacional estiveram em Santo Tirso a participar na “prova rainha” da ginástica em Portugal. Atletas de todos os concelhos, entre os vários escalões, competiram, a nível individual, por equipas e sincronizado, para obterem as melhores classificações. Para além da vertente desportiva e do espetáculo que proporciona, esta é também uma forma de “mobilizar a cidade” de Santo Tirso pela

“injeção” que o evento provoca na “restauração e alojamento”, como referiu o vice-presidente do Ginásio Clube de Santo Tirso e diretor das Academias de Ginástica, Gaspar Gomes. “O objetivo também é ajudar a economia local e regional, promover espetáculos diferentes e poupar custos ao clube com deslocações”, garantiu. O Ginásio Clube de Santo Tirso pôs em prova cinco ginastas: Ana Catarina Pacheco, Ana Margarida Ramos, Hugo Novais, Inês Machado e Ricardo Santos. Segundo Isabel Falcão, da direção técnica de ginástica de trampolins da Federação de Ginástica de Portugal, “esta é a maior prova da ginástica de trampolins”. A prova contava para o apuramento do campeonato do mundo que vai decorrer em dezembro, na Dinamarca, em conjunto com a qualificativa e a Taça de Portugal, em maio.

Nesta prova, Ana Ramos foi campeã nacional no escalão de seniores femininos da 1.ª divisão. Ricardo Santos conseguiu o 3.º lugar em elites seniores masculinos e Ana Catarina Pacheco o 6.º lugar, em elites seniores femininos. No escalão de juniores masculinos, da 1.ª divisão, Hugo Novais ficou em 4.º lugar. Já nas elites seniores masculinos em sincronizado a dupla Ricardo Santos e Diogo Ganchinho arrecadou o 3.º lugar. Já Inês Machado participou no apuramento do Campeonato do Mundo por idades. Ricardo Santos no projeto olímpico Ricardo Santos, do Ginásio Clube de Santo Tirso, integra neste momento o projeto olímpico de Portugal, ao lado de mais quatro ginastas. Neste âmbito, o atleta tem a hipótese de se qualificar para os jogos olímpicos.

Caminhada da Continental juntou centenas por causa solidária Reportagem vídeo em

Iniciativa de Continental Mabor ajudou três instituições de solidariedade social da região.

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EMA GUIMARÃES/CÁTIA VELOSO

Foram centenas as pessoas que participaram na Caminhada Solidária organizada pela Continental Mabor. Com um total de 1700 inscrições, a IV Caminhada Solidária deu início às 10 horas de 25 de abril, no Largo do Souto, em Vila Nova de Famalicão. A inscrição com o custo de dois euros permitia caminhar ao longo de cinco quilómetros para ajudar três instituições de solidariedade social da região: ASAS (Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso), Mun-

Fundos angariados na caminhada reverteram para três associações

dos de Vida e Centro Social de Ribeirão. As receitas angariadas foram “dobradas” pela empresa famalicense para “ajudar as instituições que circundam a empresa”, adiantou Pedro Carreira, presidente do conselho de admi-

nistração da Continental Mabor. À iniciativa associaram-se ainda empresas que trabalham com a Continental Mabor, que não cobraram as despesas inerentes às “barracas, deslocações dos bombeiros e espaços”, sendo também

essas verbas doadas às instituições, assegurou Pedro Carreira. Helena Oliveira, presidente da ASAS, aproveitou para “homenagear e agradecer à Continental mais este gesto de solidariedade, pois tem manifestado ao

longo dos anos sempre uma responsabilidade social de uma evidência extraordinária”. Esta não é a primeira vez que a empresa famalicense realiza atividades do género, sempre com o objetivo de ajudar os que mais precisam. Esta estava inserida nas comemorações dos 25 anos da Continental. Mesmo com o tempo pouco favorável à realização da caminhada, as pessoas aderiram ao evento e mostraram-se visivelmente satisfeitas com a iniciativa. Foi o caso de Célia Costa, participante, que descreveu como sendo de “boa qualidade por proporcionar o convívio”, entre os participantes com coração solidário.


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Desporto

// Modalidades

300 amantes das duas rodas juntos em convívio

Cerca de 600 pessoas no BTT e caminhada solidária Cerca de 600 pessoas uniram-se por uma causa solidária: ajudar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Tirsenses. PATRÍCIA PEREIRA

P

ara isso, participaram no BTT e caminhada solidária, que a associação e o Núcleo Associativo de Santo Tirso organizaram, a 19 de abril, contribuindo com uma verba monetária. A caminhada era de 12 quilómetros, enquanto o passeio de BTT tinha dois percursos: um de 20 e outro de 40 quilómetros. O ciclista Sérgio Sousa aceitou ser o padrinho da atividade, por considerar ser “sempre bom ajudar quem precisa”, assim como

“promover o desporto, a mobilidade e o convívio entre os habitantes de Santo Tirso”. O responsável pelo Núcleo Associativo de Santo Tirso, Vítor Teixeira, afirmou que o trajeto “não foi muito difícil, porque tinham betetistas dos 17 aos 60 anos”. Como a iniciativa tinha como “principal razão ser-se solidário com os bombeiros”, a organização teve o cuidado de fazer “um percurso adequado a toda a gente”, para que “cada um pudesse impor o ritmo e usufruir como quisessem o trajeto”. Também Tiago Miranda, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, explicou que o BTT Solidário tinha como “intenção chamar a sociedade a colaborar com quem presta cui-

dados e está sempre disponível para ajudar quem necessita”. “O país está a passar uma fase difícil e nós não fugimos à regra. Pedimos ajuda às pessoas e elas colaboraram connosco de forma massiva, sendo que as verbas angariadas são para comprarmos equipamentos para o corpo de bombeiros, para que possamos estar mais preparados para socorrer a população no dia a dia”, enumerou. Já Adélio Gouveia, dos Bombeiros Tirsenses, denotou que a atividade visitou “locais emblemáticos da cidade”, como “a nascente do Rio Leça”, o Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção, o Monte Padrão, S. João do Carvalhinho e parques do Matadouro e da Rabada.

A Associação Amigos do Sanguinhedo, de Santo Tirso, organizou pela sexta vez o Passeio de Motorizadas Clássicas até 50 cc, que juntou cerca de 300 pessoas de várias associações diferentes. DIANA MORGADO/MÓNICA RIBEIRO

Cento e quarenta quilómetros foi o valor total percorrido pelos motociclistas de Santo Tirso e de vários concelhos vizinhos para exibir as relíquias possuidoras de um enorme valor sentimental. Para Domingos Pereira, um dos

responsáveis pela organização, os objetivos do evento passam por “promover as viaturas clássicas” com especial ênfase na motorizada e “pôr a trabalhar as motorizadas de 50 centímetros cúbicos”. A motorizada mais antiga que esteve presente na no evento é de 1953. Antes do passeio, foi servido um porto de honra e o convívio terminou com o já habitual almoço de feijoada para todos os membros do clube no Parque de Avidos, em Vila Nova de Famalicão.

Sara Moreira segunda em Praga A atleta tirsense Sara Moreira cortou a meta da maratona de praga em segundo lugar alcançando um novo recorde pessoal de 2:24.49 horas, a um minuto da etíope Yebrgual Melese que venceu a prova. Com esta marca, Sara Moreira, atleta do sporting Clube de Portugal, que se estreou em novembro de 2014 nas maratonas com o tempo de 2:26.00, em Nova Iorque, passou a ser a terceira melhor portuguesa de sempre na distância, a seguir a Rosa Mota,

com 2:23.29 em Chicago, em 1985, e a Jessica Augusto, com 2:24.25 em Londres, o ano passado. Na sua página oficial do “facebook”, Sara Moreira escreveu: “Fantástico 2º lugar e excelente record pessoal num percurso nada fácil para mim”. E aproveitou para marcar este domingo com uma dedicatória à progenitora: “Estou muito feliz, no dia da Mãe e simultaneamente no seu aniversário este resultado é dela”.

3 horas noturnas de BTT nas ruas de Santo Tirso Foram sete os quilómetros percorridos pelos cerca de 250 atletas na primeira edição das “3 horas noturnas de BTT”, que encheram as ruas de Santo Tirso no sábado, 2 de maio. DIANA MORGADO/CÁTIA VELOSO

Nem a chuva deteve os atletas nesta noite desportiva organizada em conjunto pela Câmara Municipal, Café do Rio e pelos Trilhos Tirsenses. Para o autarca, Joaquim Couto, a iniciativa visava “incentivar à prática do desporto, bem como divulgar o município e a sua imagem como cidade dinâmica, divertida e que acompanha as tendências mais atuais em termos de eventos desportivos”. O circuito que se caracterizava por ser 50 por cento em solo ur-

bano e os outros 50 em terra, na zona da Escola Agrícola, incluiu a passagem pela Rua Ângelo de Andrade, Rua do Tapado, Rua do Vale do Ribeiro do Matadouro, Rua da Ponte de Frádegas, Rua do Monsenhor Gonçalves da Costa, Avenida de Unisco Godiniz, Alameda da Ponte, Avenida de Soeiro Mendes da Maia e Rua de S. Bento. O evento destinado à população em geral, com idade superior a 12 anos, foi para José Pedro Machado, vereador do Des-

porto, uma forma de “complementar a oferta desportiva” que é apresentada aos tirsenses nos últimos tempos. O vereador destacou ainda que o feedback por parte dos participantes foi bastante positivo e que as pessoas “voltarão na próxima edição”. Também para Paulo Silva, responsável pelos Trilhos Tirsenses, o balanço foi bastante positivo. O conceito da atividade passava por tentar que os participantes tivessem “resistência para estarem as três horas em prova e suportar os trilhos criados”. O circuito que reuniu participantes de vários concelhos vizinhos como de Paredes, Penafiel,

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Participantes pedalaram por sete quilómetros

Paços de Ferreira, Vizela e Santa Maria da Feira, teve como vencedores da categoria individual feminino Cidália Valente e da categoria individual masculino Sérgio Rego.

A iniciativa serve também para promover o turismo no concelho, apontou José Pedro Machado, pois “ajuda a aumentar o número de pessoas que visitam o património”.


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6 maio 2015 JORNAL DO AVE

Tiago Reis perto da vitória na Rampa da Penha O monte da Penha em Guimarães foi palco da primeira prova do Campeonato Nacional de Montanha de 2015, no fim de semana de 2 e 3 de maio. RUI COUTO

A

Demoporto - Clube de Desportos Motorizados do Porto, foi a responsável pela rampa, tendo contado com 21 participan-

Farmácias Farmácias Santo Tirso Dia 6- Farmácia Central Dia 7- Farmácia Fernandes Machado Dia 8- Farmácia Salutar Dia 9- Farmácia Faria Dia 10- Farmácia Vilalva Dia 11- Farmácia Central Dia 12- Farmácia Fernandes Machado Dia 13- Farmácia Salutar Dia 14- Farmácia Faria Dia 15- Farmácia Vilalva Dia 16- Farmácia Central Dia 17- Farmácia Fernandes Machado Dia 18- Farmácia Salutar Dia 19- Farmácia Faria Dia 20- Farmácia Vilalva

Farmácias V. N. Famalicão Dia 6- Farmácia Valongo Dia 7- Farmácia Gavião Dia 8- Farmácia Cameira Dia 9- Farmácia Central Dia 10- Farmácia do Calendário Dia 11- Farmácia Nogueira Dia 12- Farmácia Valongo Dia 13- Farmácia Gavião Dia 14- Farmácia Barbosa Dia 15- Farmácia Central Dia 16- Farmácia do Calendário Dia 17- Farmácia Nogueira Dia 18- Farmácia Valongo Dia 19- Farmácia Gavião Dia 20- Farmácia Barbosa

Farmácias Trofa Dia 6- Farmácia Nova Dia 7- Farmácia Moreira Padrão Dia 8- Farmácia Ribeirão Dia 9- Farmácia Trofense Dia 10- Farmácia Barreto Dia 11- Farmácia Nova Dia 12- Farmácia Moreira Padrão Dia 13- Farmácia Ribeirão Dia 14- Farmácia Trofense Dia 15- Farmácia Barreto Dia 16- Farmácia Nova Dia 17- Farmácia Moreira Padrão Dia 18- Farmácia Ribeirão Dia 19- Farmácia Trofense Dia 20- Farmácia Barreto

tes, distribuídos pelas várias categorias. Na tarde de sábado, decorreram as sessões de treinos e uma subida de prova e no domingo, uma subida de treinos e duas de prova. Com chuva prevista para os dois dias, a primeira subida no sábado decorreu sem que esta marcasse presença. Na classificação geral, Rui Ramalho colocou o seu Juno SSE com o tempo mais rápido da sessão (1:31,526), deixando o seu irmão Paulo em Juno CN09, a 1,223 segundos. Estes eram também os únicos representantes da Classe 1.0. Na 3.ª posição, colocou-se o piloto da Transfradelos, Tiago Reis, que estava assim de regresso ao volante do Ford Fiesta RS Cosworth. Com o tempo de 1:33,670, Tiago rodou muito rápido, sendo o melhor da categoria 3. Não teve, no entanto, a vida facilitada pois teve forte oposição de Manuel Pereira em Mitsubishi Evo VI, 4.º da geral e 2.º na categoria 3. Na 5.ª posição, colocou-se o melhor da categoria 2, Manuel Correia, em Skoda Fabia S2000, a

menos de meio segundo de Manuel Pereira. Também na categoria 2, o segundo melhor e 10º da geral, era Edgar Reis que estreava um Porsche 997. O piloto do Team Transfradelos, rodou com a sua nova máquina de forma cautelosa, devido ao pouco entrosamento com um carro que debita 450 cavalos. Mesmo assim, foi o melhor dos GT presentes. De referir ainda que nesta primeira subida, o melhor da classe 4 (7.º da geral), foi José Pedro Gomes em Ford Escort. No domingo, a chuva apareceu com intensidade e complicou a estratégia dos pilotos. Com a pista completamente molhada e escorregadia, seriam os carros de quatro rodas motrizes a dominar a segunda subida de prova. O vencedor foi o Ford Fiesta de Tiago Reis com o tempo de 1:45,295, tendo logo a seguir, na 2.ª posição a 3,012 segundos, o Mitsubishi Evo VI de Manuel Pereira. No 3.º lugar, colocou-se José Correia em Seat Leon, a apenas três décimas de segundo do homem do Mitsubishi. Sendo os três da frente pertencentes à Catego-

Telefones Polícia Municipal S. Tirso Bombeiros Voluntários 252 830 400 de Riba de Ave 252 900 200 Bombeiros Voluntários Cruz Vermelha Portuguesa - Núde S. Tirso 252 853 036 cleo de Ribeirão 252 491 266 Bombeiros Voluntários Cruz Vermelha Portuguesa de Vila das Aves 252 820 700 - Núcleo de Oliveira São Mateus Bombeiros Voluntários Tirsen- 252 938 404 ses 252 830 500 Polícia Municipal Telefone: 252 GNR de Santo Tirso 252 808 250 320 999 GNR de Vila das Aves 252 870 100 Polícia de Segurança Pública Polícia de Segurança Pública 252 373 375 de Santo Tirso 252 860 190 Guarda Nacional Republicana Serviço Municipal de Proteção - Vila Nova de Famalicão 252 Civil de Santo Tirso Linha azul: 323 281 808 201 056 GNR - Riba D’ Ave 252 980 080 GNR - Joane 252 920 230 Bombeiros Voluntários de Famalicão Guarda Nacional Republicana 252 301 112 | 252 301 115 | 252 Trofa 252 499 180 301 117 (Emergência) Bombeiros Voluntários da Trofa Bombeiros Voluntários 252 400 700 Famalicenses Polícia Municipal da Trofa 252 330 200 (Emergência) 252 428 109/10

Ficha Técnica Diretora: Magda Machado de Araújo (TE 1022) Sub-diretora: Patrícia Pereira (9687) Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda e -mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt Redação: Cátia Veloso (9699), Patrícia

Tiago Reis venceu a categoria 3

ria 3, só na 4.ª posição é que aparecia o primeiro da categoria 1. Rui Ramalho teve muitas dificuldade sem colocar a potência do seu Juno no chão, refletindo-se na classificação obtida, sendo apenas 4.º classificado. O mesmo aconteceu ao seu irmão, tendo sido ainda mais lento e por isso desceu na classificação. Manuel Correia (Skoda Fabia S200) mantém-se na frente da Categoria 2, tendo sido 5.º da geral. Nesta categoria, também Edgar Reis foi bem mais lento, tomando ainda mais precauções pelo pouco conhecimento do seu Porsche. Na categoria 4, José Pedro Gomes continuava a ser o mais rápido. Na derradeira e decisiva subida de prova, Rui Ramalho apostou muito forte e venceu, surpreendendo os seus adversários ao retirar cinco segundos e meio ao tempo da subida anterior. Com este tempo realizado, torna-se o vencedor da Rampa da Penha e o melhor da categoria 1, na frente do seu irmão Paulo. O vencedor é encontrado com a soma dos tempos das duas melhores subidas de prova. Tiago Reis também melhorou o seu tempo na derradeira subida, colocando o seu Fiesta na 2.ª posição a apenas 3,2 segundos de Ramalho, sendo o vencedor da categoria 3. “O fim de semana correu bem, apesar da chuva”, afirmou Tiago Reis. “O carro esteve perfeito e no domingo não quisemos correr riscos desnecessários depois do acidente que terminou com a nossa época no ano passado. Estivemos perto da vitória à geral, com adversários muito fortes

Próxima edição do JA é publicada a 20 de maio Pereira (9687), Mónica Ribeiro (TP 2095), Hermano Martins (TE 774) Colaboração: António Costa, Rui Couto (CO 1403) Composição: Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho Assinatura Anual: Continente 16 €; Europa: 34,75 €; Extra europa: 44,25

€; PDF 16 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Nib: 0038 0000 39909808771 50 Redação: Rua Aldeias de cima, 280 Trofa | Sede: Travessa de Rãs, 71 4760 Santo Tirso | Telm. 969848258 Propriedade: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda Nif. 510170269 | ERC: 126524 | ISSN 2183-4601

mas o mais importante era voltar a ganhar confiança, perceber que está tudo bem com o carro e conseguir amealhar pontos para o campeonato”, concluiu. Manuel Pereira no Mitsubishi, fechou o pódio da geral. Também muito forte na última subida, retirou três segundos, mas não chegou para levar a melhor sobre Tiago Reis e no final a diferença entre ambos foi de 3,9 segundos. Na Categoria 2, Manuel Correia (Skoda Fabia S2000) dominou por completo os seus adversários. Edgar Reis (Porsche 997) apostou forte na última subida e dessa forma foi o 2.º classificado, da categoria, depois de uma “guerra” de Porsches, em que levou a melhor sobre o Porsche 997 de Joaquim Teixeira. “A estreia com o Porsche correu dentro das nossas expectativas”, referiu Edgar Reis. “Sabíamos que era um carro completamente diferente do que eu estava habituado e não pude fazer muitos quilómetros de testes para me habituar. Optei por uma estratégia cautelosa ao longo do fim de semana, sobretudo nas travagens e nas passagens de caixa. Só com maior experiência poderei começar a ‘abusar’ um pouco mais. Para já fiquei satisfeito”, complementou. Na Categoria 4 (Clássicos), o dominador foi José Pedro Gomes (Ford Escort MKII), tendo o pódio ficado completo com Mário Mesquita (Datsun 1600 SSS) e Cândido Monteiro (Datsun 1200). A próxima prova do Campeonato, é a Rampa da Falperra em 16 e 17 de maio.

Nota de Redação Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Jornal do Ave respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


28JORNAL DO AVE 6 maio 2015

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