Jornal do Ave - Edição 2

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Bimensal 18 de junho de 2014 Nº 2 Ano 1 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

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Jovem perdeu a vida em acidente

Fernando Matos eleito presidente do Tirsense //PÁG.21

Andebol do Ginásio de Santo Tirso subiu à primeira divisão

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Grupo de tráfico de droga desmantelado //PÁGS. 12 E 13

Entrevista a Paulo Cunha Presidente da Câmara de Famalicão pub

Foram detidas 12 pessoas, com idades entre os 25 e os 35 anos, numa operação realizada no dia 14 de junho


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Polícia // Trofa

Dois feridos graves em acidente na EN14 Um amontoado de chapas retorcidas, dois feridos encarcerados no interior de um veículo, de marca Seat Ibiza, e dois feridos, que seguiam numa viatura de marca Volkswagen Golf, foi o cenário encontrado pelos Bombeiros Voluntários da Trofa. PATRÍCIA PEREIRA O acidente ocorreu quando o veículo, de marca “Volkswagen Golf, que circulava na Estrada Nacional 14, em Santiago de Bougado, no sentido Porto-Trofa, deu sinal para virar à esquerda, para a Rua Moinhos da Lagoa, e aproximou-se do eixo da via, para mudar de direção”. Em sentido contrário circulava um Seat Ibiza, quando um outro veículo terá feito uma ultrapassagem ao Seat Ibiza, junto ao Restaurante Tourigalo, com quem alegadamente viria “picado”, o que “terá causado atrapalhação do condutor do Seat e causado a colisão frontal”, segundo relatou Bruno Sousa, filho do condutor do Volkswagen Golf.

Da colisão, que ocorreu pelas 23.40 horas de 9 de junho, resultaram quatro feridos, dois deles em estado grave. Os passageiros do Seat inspiravam mais cuidados, tendo sido desencarcerados pelos Bombeiros Voluntários da Trofa, que estiveram no local a prestar socorro com 15 elementos apoiados por cinco viaturas. O condutor, de 25 anos, sofreu uma fratura de um membro superior e queixava-se de dores em vários locais no corpo. Já a passageira, de 20 anos, fraturou um membro superior e queixava-se de múltiplas dores. Por seu lado, o casal do Volkswagen Golf, o homem de 65 e a mulher

de 59 anos, “sofreram pequenos cortes, escoriações várias, hematomas assim como queimaduras no peito provocadas pelos cintos de segurança e airbgs”, adiantou Bruno Sousa. As vítimas foram transportadas

para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave, sendo que o casal que inspirava mais cuidados foi acompanhado pela equipa do INEM. O casal, morador no Edifício Nova Trofa, perto do local do

acidente, após vários exames feitos no hospital acabou por ter alta hospitalar, enquanto os mais jovens ficaram internados. O trânsito na Estrada Nacional 14 esteve cortado cerca de duas horas.

dois estabelecimentos comerciais na Trofa e em pelo menos um deles foram detidos dois clientes, na posse de estupefacientes. Fonte ligada ao processo adiantou que não há indícios de que os proprietários dos estabelecimentos tivessem qualquer ligação ao tráfico. Durante a operação, a GNR apreendeu quatro quilogramas

de haxixe, 100 plantas de canabis em cinco estufas em residências no concelho da Trofa e sete viaturas. No âmbito desta operação foi ainda intercetada uma viatura na A3 junto à saída da Trofa, que transportava estupefacientes, que foram lançados pela janela do veículo quando o alegado traficante se apercebeu da presença dos militares, que acabaram por recuperá-la na mata ao longo da A3. A ação já estaria a ser preparada desde janeiro de 2013 com base em denúncias e num abaixo assinado efetuado por populares a solicitar a intervenção das autoridades. Os 12 detidos foram na manhã desta segunda-feira, 16 de junho, presentes no Tribunal de Santo Tirso para primeiro interrogatório, para ficarem a conhecer as medidas de coação, mas estavam já detidos desde sábado. Fonte ligada à investigação adiantou que foram detidos desde o cabecilha do grupo da Trofa até aos distribuidores que vendiam haxixe e drogas sintéticas em vários locais, inclusive à porta de algumas escolas da Trofa. No fecho da edição os arguidos ainda estavam a ser ouvidos em tribunal. MMA/P.P.

// Trofa

GNR desmantelou grupo organizado de tráfico de estupefacientes Foram detidas 12 pessoas, com idades entre os 25 e os 35 anos, numa operação realizada entre 10 e as 20 horas de 14 de junho, pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento da Guarda Nacional Republicana de Santo Tirso e 90 militares do Comando do Porto da GNR.

Na operação foram realizadas 12 buscas domiciliárias na Trofa, uma em Braga e outra em Vila Nova de Gaia. Os militares efetuaram também buscas em


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Polícia // Santo Tirso

Jovem de 20 anos perdeu a vida em acidente em Santa Cristina

Direitos reservados

Foi um início de manhã trágico o que se viveu este domingo, dia 15 de junho, quando às seis horas, um acidente entre duas viaturas ligeiras resultou na morte de uma jovem de 20 anos de idade, em Santa Cristina do Couto, Santo Tirso. MAGDA MACHADO DE ARAÚJO Ana Moreira terá festejado os 24 anos do namorado, na noite de sábado, numa discoteca, em Santo Tirso, entre vários amigos. De acordo com a informação avançada pelo CM, “uma ultrapassagem mal calculada, na variante à EN104, junto ao cruzamento com a Rua José Cardoso Miranda, fez o carro capotar”. O rail de proteção entrou pelo vi-

dro do carro e decapitou a jovem, que seguia no lugar do pendura. “Tanto a ajudámos e a vida foi tirada num ápice”, disse ao CM o avô da vítima mortal , Francisco Moreira. Os amigos que partilharam a noite de festa com o casal de namorados estavam em estado de choque e não conseguiram conter as lágrimas enquanto os bombeiros realizavam os trabalhos de desencarce-

ramento. A jovem de 19 anos estaria a estagiar na Câmara de Santo Tirso. O namorado terá tentado ultrapassar um Renault Clio que se preparava para virar no cruzamento. As viaturas embateram, o Audi capotou e o rail de proteção foi fatal para Ana Moreira. O condutor do Audi ficou em estado de choque e sofreu ferimentos ligeiros, assim como as duas passageiras do Clio, que foram transportadas pelos Bombeiros de Santo Tirso para o Hospital de Famalicão. O cadáver de Ana Moreira foi transportado para a morgue do Gabinete de Medicina Legal de Guimarães onde será autopsiado. A prestar socorro às vítimas estiveram 15 bombeiros da Corporação dos Voluntários de Santo Tirso e nove da Corporação dos Voluntários Tirsenses. No local estiveram as duas viaturas de desencarceramento das duas corporações da cidade, assim como uma viatura SIV do INEM

e a VMER, cujo médico acabou por declarar o óbito. A circulação automóvel esteve

cortada naquela via até cerca das 8.30 horas.

PJ deteve suspeito de atacar sexualmente várias mulheres Perseguia as vítimas para assim conhecer as suas rotinas, nomeadamente horários e percursos, para depois as atacar de noite e em locais com pouco movimento, onde consumava os atos de natureza sexual. Este seria o modus operandi de um homem que foi detido, por estar fortemente indicado pela prática de crimes de coação sexual. A Polícia Judiciária (PJ), através da Di-

retoria do Norte, identificou e deteve um homem pela presumível autoria de vários crimes de coação sexual, ocorridos entre o final de 2013 e início do corrente ano, na zona de Santo Tirso. O detido, de 21 anos de idade, manobrador de máquinas, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas. P.P.

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Atualidade // Santo Tirso

Jantar anual da CAID juntou “mais de 800 pessoas” O lançamento de “mais de 800 balões com as cores” da CAID – Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente foi um dos pontos altos do Jantar Anual que juntou “mais de 800 pessoas” na Nave Cultural da Fábrica de Santo Thyrso, no dia 13 de junho. Patrícia Pereira O jantar anual ficou ainda marcado pelo sorteio de 15 “balonas”, mascote deste ano da iniciativa de beneficência, e pelas atuações dos utentes da cooperativa. A diretora técnica da CAID, Guida Neto, contou que o motivo da realização deste jantar tem “duas razões fundamentais” como a “divulgação da instituição e dar a conhecer uma resposta que existe no concelho” e que “muitas vezes” parece que “ainda não é conhecida”, e pela “questão económica” que é “muito importante e faz parte da qualidade que a CAID pretende dar aos seus utentes e utilizadores”. “Estes jantares são uma grande e efetiva fonte de angariação de fundos, porque há muitos mecenas, principalmente a Câmara Municipal de Santo Tirso, o que nos permite angariar quase na totalidade o custo dos bilhetes que são vendi-

dos. Este é o terceiro e espero que venham a ser muito mais”, asseverou, confidenciando que desde o primeiro jantar tem havido um aumento no número de participantes, o que “supera todas as expectativas”. Guida Neto contou que a CAID apoia, neste momento, “jovens a partir dos 18 anos”, tendo como serviços “o Centro de Atividades Ocupacionais e a Formação Profissional”, a “residência autónoma, que apoia jovens sem retaguarda familiar, e uma loja social”. A CAID quer “criar mais uma resposta que é a Bolsa de Serviços”, na qual incluem “a jardinagem e a cozinha”, para “prestar serviços de qualidade e com qualidade e, às vezes, com um preço mais económico do que se fosse fornecido por uma empresa”. No discurso oficial, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, de-

fendeu a necessidade da “criação de um novo equipamento como o da CAID na zona nascente do concelho e lançou o desafio a empresários e particulares para, em conjunto com a autarquia, porem em marcha o projeto destinado ao apoio à deficiência”. Joaquim Couto também se manifestou “disponível para, juntamente com as forças vivas de Santo Tirso, envidar esforços no sentido da instalação de uma unidade de atendimento para crianças autistas no concelho”, quer “na CAID ou criado de

um modo autónomo”. “São duas medidas que estavam no meu programa eleitoral quando me candidatei à Câmara, em 2013. Com a construção de uma nova instituição como esta na zona nascente do concelho podemos ter uma cobertura não a 100 por cento que é quase impossível, mas muito significativa. A segunda medida financeiramente não tem muito significado, mas é muito importante para algumas famílias, e sobretudo para as crianças e jovens que sofrem de autismo”, explicou.

Q uanto à s dua s m e di da s anunciadas pelo autarca tirsense, a diretora geral da CAID considerou que são de “extrema importância e bem-vindas, porque há ainda muita gente com deficiência no concelho que ainda não tem resposta”. “Esta medida vem colmatar uma lacuna gravíssima e que se for criado na zona nascente do concelho vai responder a quase mais de metade do concelho que não tem neste momento resposta na CAID”, completou.

// Vila Nova de Famalicão

Marchas Antoninas Infantis encantaram Famalicão Depois das marchas dos graúdos, no dia 7 de junho, milhares de pessoas estavam espalhadas pelas principais artérias do concelho, na tarde de 9 de junho, para ver a passar as Marchas Antoninas Infantis, que são um dos momentos mais esperados das Festas Antoninas famalicenses. Patrícia Pereira “Santo António e a Família” foi o tema das Marchas Antoninas Infantis, que ficou marcado pela cor, alegria e criatividade, onde “cerca de 2000 crianças” de “27 instituições educativas” fizeram uma homenagem à família. No final do percurso, o Centro Social e Paroquial de Vale São Cosme levou para casa o prémio de “Melhor Marcha”, enquanto que o prémio de “Melhor Guar-

da Roupa e Arcos” foi atribuído ao Centro Escolar do Louro, Mouquim e Lemenhe. Além da verba de “200 euros concedida pela autarquia a todas as marchas participantes, as vencedoras recebem ainda um prémio extra de 200 euros”. Para Paulo Cunha, presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, as Marchas foram “magníficas”, notando que, “ano após ano, há “uma melhoria, mais empenho, mais imaginação e mais envolvimento”. “Estas marchas simbolizam o contexto de serviço educativo que as Antoninas também têm que ter. A necessidade de assumirmos a responsabilidade de deixarmos para o futuro os legados que herdamos do passado permite que geração após geração possa conviver com o passado, com a nossa história e com a

nossa memória coletiva, lançando sementes para que no futuro estas iniciativas como as Antoninas continuem a fortificar Famalicão”, adiantou. O edil famalicense confirmou “a ambição que as marchas infantis sejam invocadoras das marchas seniores”, em que “as crianças ganhem o hábito e o gosto pelas iniciativas populares”, que são “marcadas pelo grande envolvimento”, sendo ainda “uma forma de envolver a comunidade famalicense nestas festas das Antoninas”. Também no dia 7 de junho, dez Marchas Antoninas saíram à rua, culminando com uma apresentação no estádio do Futebol Clube de Famalicão. Intitulada ‘São Tesouros’, coreografada pela jovem Mariana Silva, o Clube de Desporto e Cultura de Ribeirão sagrou-se vencedor das Marchas Antoninas

de Vila Nova de Famalicão, sendo esta “a quarta vez que Ribeirão conquista o trono”. Após três anos consecutivos no primeiro lugar do pódio, a Associação Unidos de Avidos, com “As maravilhas de Avidos” ficou este ano em segundo. Em terceiro lugar, a fechar o

pódio, ficou classificada a ARCA — Associação Recreativa e Cultural de Antas, com a marcha “Portugal com história”. Veja a reportagem completa das Marchas Antoninas Infantis, na página do Faceebok do Jornal do Ave.


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Atualidade

“Alice no País das Maravilhas” encantou 850 pessoas

// Trofa

Foram quase duas horas de puro divertimento, onde a música, dança e teatro se uniram para proporcionar um bom espetáculo subordinado ao conto “Alice no País das Maravilhas”. Patrícia Pereira

O

espetáculo que a academia de dança Alva, do Alva Center, situado na freguesia do Muro, no concelho da Trofa, foi apresentado no Teatro Sá da Bandeira, no Por to, perante um auditório repleto de “850 pessoas”. A peça envolveu “137 bailarinos e uma cantora” nas modalidades de ballet clássico, jazz moderno, danças urbanas, b-boying, capoeira, danças orientais e zumba. A responsável pelo Alva Center, Sílvia Cruz, afirmou que o espetáculo “correu bem”, tendo sido este “o primeiro fora da Trofa”. Sílvia Cruz “não acreditava” que tinha “praticamente casa cheia”, com um “público bem disposto, muitos familiares e curiosos”. “Fiquei um bocadinho estupefacta, porque muitos privados fora da nossa escola optaram por ver o nosso espetáculo”, completou. A responsável denotou que foi “muito fácil” organizar o musical, porque contou com “as turmas todas” e juntou “o trabalho

de todos os professores do Alva Center, inclusive da escola Notas Soltas”. “Tentamos fazer o musical de forma mais dançada, com a separação da história, em que cada turma esteve a dançar uma parte da história, tivemos as modalidades todas praticamente”, explicou, avançando que vai “repetir o espetácu-

Centro interpretativo Monte Padrão recebe concerto do solstício de verão O Centro Interpretativo do Monte Padrão, na freguesia de Monte Córdova, no município de Santo Tirso, recebe no próximo sábado, dia 21 de junho, às 21.30 horas, o concerto do solstício de verão. O evento promovido pela autarquia tirsense, faz parte de um conjunto alargado de iniciativas que decorrem nos diferentes sítios arqueológicos que integram a Rede de Castros do Noroeste, como é o caso do Castro do

Monte Padrão. Com o concer to pretendem assinalar o solstício de verão, que, no hemisfério norte, ocorre geralmente a 21 de junho, considerado o dia mais longo do ano. E, para isso, a Câmara Municipal convidou o Trio Espiral banda de música celta, constituída pela Emiliana Silva (violino), Lara Figueiredo (flauta transversal e flautim) e Sara Vidal (harpa celta e guitarra acústica).

lo no concelho da Trofa” e “repetir os excertos nas próximas atuações, para não ficar com o trabalho dado por acabado”. Já Ana Oliveira, que interpretou a Rainha de Copas e foi responsável pelas meninas do ballet, asseverou que o espetáculo “correu melhor do que esperava”, pois achava que “não iam

ter condições de luz ou de palco, que achava que era pequeno”. Também coordenar as crianças “não foi fácil”, porque estas “devem saber quando entrar e sair do palco”. “Não estão habituadas a estas situações e, além disso, têm o público todo a olhar para elas, o que é logo um fator de ansiedade”, exemplificou.

Festas de S. João Baptista animam Guidões Para “não deixar cair por terra a tradicional festa em honra de S. João Baptista”, um grupo de “cinco amigos” juntaram-se para organizarem as festas em honra do padroeiro de Guidões, na Trofa, que decorrem de 21 a 24 de junho. Patrícia Pereira O programa das festas foi preparado tendo em conta “a realidade económica atual” e indo ao “encontro das tradições, gostos e vontades da comunidade”, sendo que “o ponto alto será a majestosa procissão em honra de S. João”. “Mas as luminosas marchas populares também merecem um lugar de destaque”, acrescentam. Será com as Marchas populares de S. João Baptista, pelas 21 horas do dia 21 de junho, que tem

início o programa das festa. No dia seguinte, pelas 8 horas, o Grupo de Bombos Os Galhofas vão percorrer Guidões a anunciar as festividades. Já à tarde há a atuação do Rancho Folclórico de Alvarelhos (17 horas) e a chegada das cestas dos mordomos (18 horas). No dia 23 de junho, além do embelezamento da típica cascata de S. João Baptista, pelas 8 horas, há a atuação do Grupo Arco Íris, pelas 21 horas, e uma sessão

Responsável pela escola Notas Soltas, Rafaela Fernandes, denotou que “fazia todo o sentido” juntar “música, dança e teatro, uma vez que são “artes que se completam”. “O trabalho do Alva Center é mesmo isto, um complemento de todas as artes e onde o espírito de equipa e camaradagem funciona”, salientou. de fogo de artificio. O programa do dia seguinte começa com uma eucaristia, pelas 8 horas, seguida da entrada da Banda de Música de S. Pedro da Cova (9 horas), missa solene com sermão em honra de S. João Baptista (11 horas) e a procissão em honra do padroeiro (17 horas).Para conseguir apurar o valor para as festas, o grupo dinamizou “atividades”, fez o peditório pela freguesia e pediu “ajudas e patrocínios de empresas”, a quem “agradecem pela ajuda e colaboração”. “Com muita dinâmica e iniciativa, conseguimos um valor que pensamos ser o suficiente para a realização das festas”, contou o grupo. A comissão de festas espera que “as pessoas venham à festa e se divirtam, pois a essência da festa de S. João são os guidoenses, familiares e amigos na rua em festa”.


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Cultura

// Vila Nova de Famalicão

Teatro, circo e cabaret nas ruas de Famalicão de 4 a 11 de julho

Famalicão rende-se ao Vaudeville Rendez-Vous

A cidade de Vila Nova de Famalicão nunca mais será a mesma depois da realização do festival internacional de artes performativas Vaudeville Rendez-Vous. De 4 e 11 de julho, as principais praças da cidade serão invadidas

por artistas de circo, de teatro e de cabaret, num festival único, surpreendente e inesquecível. O evento foi apresentado, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, pelo presidente da Câmara Municipal de Vila

Nova de Famalicão, Paulo Cunha, e pelo diretor artístico da Companhia de Teatro Didascália, entidade organizadora do festival. Para o autarca, “a Câmara Municipal está sempre disponível para apoiar este tipo de iniciati-

vas”, referindo que através destes eventos é possível “massificar a cultura, tornando-a acessível a todos”. Além disso, este evento tem “novos argumentos para trazer as pessoas à cidade, aos lugares públicos”. Já Bruno Martins referiu que este festival tem “características únicas”. “O facto de se realizar na rua para além de valorizar o património edificado da cidade permite também um relacionamento direto entre as artes performativas e os diferentes espaços”, acrescentou. Bruno Martins referiu-se ainda à qualidade dos espetáculos e ao nível de exigência do público, explicando que o festival é o resultado de uma enorme teia de parcerias, que envolve instituições e escolas mobilizando o concelho e diversas companhias de teatro. Durante sete dias, mais de uma dezena de companhias nacionais e internacionais prometem conquistar o público com as suas habilidades artísticas. “Espetáculos envolventes e participados, onde o público intera-

ge com os artistas, num enorme espaço ao ar livre, onde todos têm lugar”, como definiu Paulo Cunha. Quanto ao programa, o diretor artístico da Didascália salientou que “foi desenhada para chegar a todos os públicos, de todas as idades”. “Ao fim de semana, a família pode juntar-se e vir tomar o pequeno almoço e assistir a um filme no centro da cidade”. As películas apresentadas serão o “Belleville Rendez-vous” e o “Chaplin vs Keaton”. Bruno Martins salientou ainda que “esta é uma edição zero, que pretende marcar a cidade”, em que no final vão “perceber se a cidade viveu este festival, se a resposta for positiva ela pode vir a repetir-se”. Destaque para a Companhia do Chapitô, Circolando, ESTE e Radar 360, de Portugal, Elegants e Vaivén, de Espanha, a Peripécia Teatro (luso-espanhola), a Terra na Boca & En Chantier (luso-belga) e ainda Juliana Moura do Brasil entre muitas outras que vão marcar presença no festival. MMA

// Santo Tirso

Tributo a Luís Vaz de Camões

“Para tão longo amor, tão curta vida”. O verso retirado de um dos sonetos de Luís Vaz de Camões serve de título ao trabalho discográfico de António Sousa, Carlos Carneiro e Ivo Machado, que tem como intuito fazer “um tributo a Luís Vaz de Camões”. Patrícia Pereira Na véspera do Dia de Camões, 9 de junho, os professores apresentaram o trabalho no auditório do Cineart, em Santo Tirso, contando com uma encenação de alguns alunos da Escola Secundária Tomaz Pelayo. Para António Sousa tinha “pleno cabimento” que a apresentação fosse neste dia, uma vez que Camões foi “o maior poeta” que “melhor cantou a raça e a gesta nacional”. Esta homenagem surgiu inserida no Dia Internacional da Língua Portuguesa (21 de fevereiro), uma vez que nos “últimos anos” os professores têm

apresentado “sempre um trabalho”, tendo já feito sobre “Miguel Torga, poetas do século 20 e de Zeca Afonso”. “Este ano resolvemos fazer sobre Luís Vaz de Camões e achamos que um projeto destes devia ficar registado em CD, sem grandes preciosismos e de uma maneira simples”, contou. A ideia partiu de Ivo Machado e juntos “escolheram temas”, “aqueles musicados” por Ivo tiveram “o arranjo” de Carlos Carneiro, que lhes “deu uma roupagem da Renascença de século XVI”. “Sou suspeito em dizer isto mas parece que está um traba-

lho bem feito, até porque é difícil encontrar um trabalho só com Camões, dito e cantado”, acres-

centou António Sousa. O trabalho discográfico não está à venda nos circuitos co-

merciais, sendo apenas vendido pelos professores durante os recitais onde marcam presença.


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Cultura // Santo Tirso

Dupla mundial encerrou Festival Internacional de Guitarra

É um dos mais prestigiados duetos de guitarra da atualidade. Yameng Wang e Su Meng compõe o Beijing Guitar Duo e segundo a revista Classical Guitar Magazine, a sua música “funde habilidade técnica sem esforço, com profundidade musical”. Encerraram no dia 13 de junho Festival de Guitarra de Santo Tirso. Magda Machado de Araújo No concerto de sexta-feira, interpretaram obras de referência de compositores como Domenico Scarlatti e Castelnuovo-Tedesco. Yameng Wang tem 33 anos e Su Meng 26. Apesar de ainda jovens, as duas guitarristas de nacionalidade chinesa são já consideradas uma referência a nível mundial. O seu primeiro álbum – “Maracaípe” –, recebeu uma nomeação para os Grammys latinos, graças ao original, com o mesmo nome, composto pelo guitarrista e compositor brasileiro Sergio Assad, para esta formação. Encerraram na sexta-feira no auditório Eng. Eurico de

Melo, o XXI Festival Internacional de Guitarra. Ainda durante a manhã, o Festival Internacional de Guitarra promoveu uma edição do Festival nas Escolas. A segunda iniciativa do género nesta edição abrangeu cerca de 70 alunos do ensino secundário das escolas do Município de Santo Tirso, convidando-os a participar num encontro com os guitarristas Tiago Machado e Carlos Ribeiro. O encontro decorreu no Museu Municipal Abade Pedrosa e visou estimular o contacto entre os músicos e os mais jovens, criando novos públicos. Com este concerto a edição

Guitarristas de nacionalidade chinesa são consideradas uma referência a nível mundial

de 2014 do Festival Internacional de Guitarra chegou, assim, ao fim, com as principais salas do concelho praticamente lo-

tadas em todos os espetáculos, numa edição que conseguiu juntar harmoniosamente vários estilos, da música clássica à músi-

ca tradicional, passando pelo rock progressivo e pela música latino-americana.

Global Warning venceu bgreen // ecological film As norueguesas, da Ole Vig Videregående Skole, foram sagradas vencedoras do Grande Prémio bgreen // ecological film festival, atribuído na grande gala da 4ª edição, que se realizou na noite de 6 de junho, na Fábrica de Santo Thyrso. Patrícia Pereira As jovens, que ganharam uma viagem EcoAventura aos Açores, foram ainda distinguidas com o prémio Melhor Mensagem. Segundo Janne Steinvik foi “incrível” ganhar dois prémios, “não estando à espera de todo” que conseguissem este feito. “Nós queríamos mostrar às pessoas que temos que fazer alguma coisa, pois é possível”, afirmou. O Prémio Padre Alphonse Luisier pretendia distinguir os trabalhos da Escola Profissional do Ina, que foi entregue a Raquel Silva, com o tema Exhausted. Também os noruegueses, mas da escola Charlottenlud, arrecadaram o prémio de Melhor Making-of. Já o prémio Menção Honrosa foi entregue aos alunos da Escola Profissional Mariana

Seixas, com o tema Keep it green. A grande gala contou com a atuação dos Cabaret Fortuna. Foi desta forma que a Escola Profissional do Ina terminou mais uma edição do projeto bgreen, que tinha como objetivos “sensibilizar os jovens europeus para as questões ambientais, quer através do projeto social, quer pela divulgação e participação de escolas de vários

países, nomeadamente Portugal, Noruega, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Itália e Croácia”. O padre José Lopes, diretor geral do Colégio das Caldinhas, contou que este projeto “nasceu da preocupação pelo clima e pelo planeta” e, como “a escola tem uma dinâmica dentro dos vídeos e da fotografia” decidiu-se criar um concurso, ao

qual se “integrou o projeto social”. “Os miúdos foram-se metendo um bocadinho nesta problemática que toda a gente vive e fala dela, onde se tentou chegar através da imagem. Começou a crescer e a internacionalizar-se, estando presentes escolas da Croácia, da Noruega, da Suécia e este ano responderam escolas de Itália que não foram selecionadas, em que a mensagem vai passando aos bocadinhos”, acrescentou. O diretor geral denotou “a evolução” deste projeto ao longo destes quatro anos, mencionando “uma maior internacionalização, que tem reconhecimento a todos os níveis”. O padre José Lopes assegura que “a criatividade e a mensagem que foi deixada leva a que haja esperança no futuro”, sendo este projeto “uma gota de água que cada escola leva daqui para fazer na sua”. “É pouco mas é muito e pode-se transformar em coisa muito grande. Vou muito satisfeito, contente e feliz”, concluiu. Para Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de

Santo Tirso, foi especial acolher esta iniciativa “desde logo porque estavam numa antiga fábrica têxtil, que foi um local de muita poluição, e que está recuperada de um modo exemplar”, sendo “hoje uma referência na recuperação do património industrial do vale do ave”. “É do nosso agrado que estejamos numa gala para festejar o ambiente. Cada vez mais no mundo e em Portugal a situação é similar. É sobretudo a partir da escola e da educação global que podemos, num espaço de uma ou três gerações, ajudar a recuperar o ambiente e a preservar aquilo que ainda é de preservar”, completou.

Veja o vídeo aqui


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Atualidade // Trofa

Ninho de vespas asiáticas encontrado na Trofa

O que parecia ser um ninho de pássaro, rapidamente foi identificado como um enxame de vespas asiáticas, instalado numa árvore, num quintal, na Rua do Cruzeiro, em Santiago de Bougado, no concelho da Trofa. Debaixo dessa árvore, um grupo de amigos tinha por hábito jogar à malha e acabou por descobrir o achado. Na altura, José Silva que é apicultor há muitos anos, e que costuma frequentar o café das proximidades, identificou o achado como sendo um ninho de vespas asiáticas. José Silva já há cerca de três anos que ouve falar deste tipo de vespas, mas “que tenha conhecimento esta é a primeira vez que procede à queima deste tipo de enxames. Da sua vasta experiência como apicultor, já queimou muitos enxames das vespas que frequentemente aparecem pelas redondezas. A vespa asiática é oriunda da China e está a espalhar-se pela Europa.

Uma vez que o ninho estava a vários metros de altura, numa árvore junto a um café e a um bairro residencial, foi necessário a intervenção dos Bombeiros Voluntários da Trofa que montaram a auto-escada para que o apicultor José Silva pudesse, com recurso a um maçarico, queimar o ninho.

“São vespas muito agressivas e se uma pessoa for picada por mais do que uma pode inclusivamente morrer. Além disso, estes animais dizimam colmeias inteiras, traçam as abelhas a meio. Que eu tenha conhecimento é o primeiro ninho encontrado na Trofa”, adiantou. José Silva garante que com a descoberta de

este ninho não tem dúvidas “de que aparecerão muitos outros ninhos desta espécie invasora”, garante. Um pouco por todo o Alto Minho é uma ameaça séria que parece estar agora chegar à região do Ave. MMA

“40 e Então?” Dez anos depois do sucesso de “Confissões de Mulheres de 30”, Ana Brito e Cunha, Fer nanda S er r ano e Mar ia Henrique regressam ao palco da C a s a da s A r te s , e m Vila Nova de Famalicão, para apresentar o espetáculo “40 e então?”. A s atrizes vão apresentar “histórias comoventes, divertidas, de afetos, novas e antigas que os anos fazem viver de forma diferente”. “São histórias contadas por outras mulheres, com vivências diferentes, a quem a idade não assusta ou, se calhar, assusta e muito. A idade é um posto e as atrizes dão voz a textos seus e a autoras como Ana Bola, Helena Sacadura Cabral, Silvia Baptista, Inês Mar ia Menes es , Rita Fer ro, Rute Gil e, sobretudo, a todas as mulheres que já estiveram, estão ou vão entrar na década da ternura”, avançou fonte da organização. O espetáculo tem início pelas 21.30 horas do dia 28 de junho. O custo é de 13 euros para o público-geral ou, para estudantes e Car tão Quadrilátero Cultural custa 6,5 euros. P.P.

// Vila Nova de Famalicão

Direitos reservados

Assalto a supermercado em Delães Um assalto à mão armada gerou momentos de pânico entre clientes e funcionários de um supermercado de Delães, em Famalicão. O assalto teve lugar no dia 10 de junho, terça-feira, cerca das 19 horas.

Perto da hora de fecho, dois encapuzados entraram na loja e ameaçaram com uma caçadeira quem lá estava. Estavam os dois armados, com luvas e gorro para não serem identificados. Depois, fugiram arrancando a gaveta da

registadora da cafetaria, com todo o dinheiro no seu interior. Um terceiro indivíduo esperava-os no carro, cuja matrícula foi registada por uma testemunha. O caso está agora a ser investigado pela GNR.


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Atualidade // Santo Tirso Câmara de quer melhorar refeições nas escolas A Câmara Municipal de Santo Tirso vai apostar na melhoria do serviço de refeições escolares, alargando o contrato de fornecimento em vigor a todos os estabelecimentos de ensino do concelho. Em setembro a Câmara Municipal de Santo Tirso vai uniformizar o sistema de gestão dos refeitórios do pré-escolar e do 1º ciclo. Várias cantinas deixam de ser geridas por associações de pais, e passam a seguir o modelo de fornecimento de refeições, de acordo com o previsto no atual contrato, num total de 2700 crianças abrangidas. A informação foi prestada na reunião do executivo municipal, que decorreu esta terça-feira. As associações de pais continuarão a dar um apoio importante e insubstituível à comunidade escolar, mas, defende Joaquim Couto, “acreditamos firmemente que a qualidade do serviço aumentará e que a comunidade escolar beneficiará desta medida”. Os trabalhadores que exercem funções nas cantinas do concelho serão absorvidos pela empresa contratada, de forma a garantir-se os postos de trabalho. A decisão da Câmara Municipal de Santo Tirso foi conhecida publicamente hoje - já depois de ter sido promovida uma reunião com as associações de pais do concelho -, tendo sido proposto em reunião de câmara a abertura de um concurso público internacional, para a celebração de um contrato de prestação de serviços de fornecimento de refeições escolares por um período de 11 meses. A proposta foi aprovada por maioria. O executivo camarário aprovou, por unanimidade, a constituição do Conselho Municipal de Educação de Santo Tirso. Um passo “de grande importância, na medida que democratiza a discussão do tema, assente numa plataforma de diálogo plural e diversificado”, destacou Joaquim Couto, após a reunião, acrescentando que a proposta submetida a votação reflete “um trabalho prévio de auscultação e eleição levada a cabo pela

autarquia, de acordo com a lei”. A Câmara Municipal de Santo Tirso deu seguimento a algumas das recomendações efetuadas pelo Tribunal de Contas, em sede de auditoria à regulação das parcerias público-privadas no setor da água (sistemas em baixa). Na reunião extraordinária do executivo municipal, foi aprovada, por maioria, a terceira alteração ao contrato de concessão do serviço público de abastecimento de água, num documento que conta com a concordância de todas as partes envolvidas: Câmara de Santo Tirso, Câmara da Trofa e Indaqua. Entre as alterações introduzidas, está a redução da remuneração dos acionistas e a redução das taxas internas de rentabilidade da empresa. Também nesta revisão contratual, está contemplada a verba da candidatura apresentada a fundos comunitários, no âmbito do Programa Operacional de Valorização do Território. A Indaqua submeteu um projeto de investimento mais alargado, que contemplava um investimento de cerca de 10 milhões de euros , tendo sido apenas aprovada 27 por cento da verba, já que a restante foi reprovada pelo governo. A compar ticipação comunitária será agora refletida no novo contrato e terá reflexos vantajosos nas tarifas praticadas no concelho. Em declarações à Lusa, o vereador da coligação PSD/PPM, Alírio Canceles, adiantou que os vereadores da oposição votaram contra e defendem que “deve ser a Câmara a candidatar-se a fundos comunitários, para levar a àgua a todo o Vale do Leça, incluindo à freguesia de Monte Córdova”. O vereador defende que “pactuar com mais esta alteração ao contrato de concessão da rede pública de água, seria, no mínimo, concordar com a manutenção de um contrato que sempre protegeu os interesses privados em deterimento do interesse público, principalmente os interesses dos munícipes de Santo Tirso”. MMA

Santo Tirso está a MIMAR alunos nas férias

A praia vai estar no centro do programa “MIMAR Verão”, promovido pela Câmara Municipal de Santo Tirso, que começou esta segunda-feira e decorre durante as próximas duas semanas. Estão inscritas 1300 crianças do 1º ciclo da escolas públicas do concelho que, as s im, b e nef iciam de atividades gratuitas . As manhãs, entre 17 e 26 de junho, serão passadas nas pra-ias da orla costeira de Vila do Conde, desde Labruge a Caxinas. Mas não serão só os ‘banhos de sol’ a preencher o programa. Haverá, também, lugar a muitas atividades desportivas – como aulas de aeróbica e jogos de praia -, bem como ações de sensibilização sobre a proteção à exposição solar, esta última resultante de uma parceria entre a Câmara Municipal e a delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa. Garantir o transporte destas crianças para as praias, explica Joaquim Couto, edil da autarquia de Santo Tirso, “seria a missão mais fácil da autarquia”. “Com o programa MIMAR e a promoção no nosso concelho da escola a tempo intei-

ro queremos proporcionar às crianças tempo de qualidade, onde a vertente lúdica se alie à ver tente didática”, advoga. É por isso que o “MIMAR Verão” – programa totalmente financiado pela Câmara Municipal e que nesta edição envolve um investimento de 120 mil euros -, envolve 90 animadores e 50 professores de educação física. “Face à crise, temos consciência de que muitas crianças não terão oportunidade de ir de férias. Por isso, garantimos a praia e um conjunto de outras atividades”. «Guardar o sol», «Sopra vento no meu catavento», «Pega monstros», «Bolas de Sabão», «Lanternas de S. João» são apenas alguns dos nomes dos projetos em que os alunos vão estar envolvidos, desde a construção de papagaios de papel até à criação de lanternas de S. João ou manjericos e o desf ile d e marc ha s p o p ulare s . A par da praia e restantes atividades, que ocuparão as crianças desde as 8.30 horas até às 17.30 horas, a Câmara Municipal de Santo Tirso garante também as refeições de todos os alunos inscritos no programa MIMAR. Na realidade, a única despesa que os encarregados de educação suportam prende-se com o

almoço e, até mesmo neste âmbito, há alunos – os do escalão A – que também não pagam qualquer valor. Já os alunos do escalão C pagam 1,46 euros e os do escalão B apenas 73 cêntimos. O programa MIMAR foi lançado pela Câmara Municipal de Santo Tirso em dezembro do ano passado, durante a primeira interrupção letiva do ano escolar 2013/2014. Na altura, foram 750 as crianças inscritas, pas sando para 110 0 nas fé rias da Páscoa e alcançando quase os 1300 alunos inscritos, agora, na edição de verão. Para o autarca os números demonstram o êxito alcançado com esta iniciativa e comprovam, acima de tudo, “a necessidade de apostar na escola a tempo inteiro, permitindo que as famílias do concelho possam tirar partido de uma medida que se enquadra no conceito de escola pública e inclusiva”. “O investimento camarário nas três edições do programa MIMAR é da ordem dos 200 mil euros, envolvendo várias dezenas de animadores e de orientadores técnicos de forma a assegurar o vasto conjunto de atividades” adiantou o autarca.


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d´VINO - Tapas & Wine Bar - as melhores tapas e excelente garrafeira As tapas, os petiscos e os enchidos no d´VINO parecem ter conquistado muitos apreciadores. O espaço d´VINO, no centro da cidade da Trofa, apresenta uma excecional combinação das cozinhas portuguesa e espanhola. O segredo passa por congregar no mesmo espaço as melhores iguarias da cozinha regional do norte de Portugal com a especialidade das melhores tapas de Espanha. A abertura deste espaço na Trofa surge como resultado de vários fatores como a “inexistência de espaço similar na cidade, que foi determinante na hora de avançar ,pois chegar em primeiro é sempre importante, conjugado com o

facto de termos encontrado um espaço físico disponível onde em tempos já havia funcionado uma taberna, situado numa rua de acesso e estacionamento fácil, o que é um aspeto importante neste ramo” adiantou Hélder Ramos, responsável pela d´VINO. A ementa foi preparada para ser “reflexo do nosso dia a dia” e cuidadosamente pensada para aqueles dias mais agitados, sem tempo para em casa se preparar refeição diferente, mas que não tem tempo para a preparar” afiançou. Várias tapas com influências espanholas e os petiscos portugueses tem papel de destaque, “como é o caso das moelinhas, rojões, as

bifanas, a chouriça assada, alheira de caça e a famosa Tábua de queijos e fumeiros são igualmente produtos do agrado dos nossos clientes”, garantiu o responsável. A decoração e as cores sóbrias dão um ar de modernidade e bom gosto, num ambiente simultaneamente elegante e descomprometido. À entrada fica um espaço mais dedicado a provar tapas e petiscos acompanhados de um bom copo de vinho, com um balcão e poucas mesas. Hélder Ramos descreve que na casa “existe uma área mais ampla mas igualmente acolhedora, onde ao degustar uma tapa poderá, dependendo do dia, usufruir de música ao vivo”. A “excelente garrafeira disponível” no d´VINO é outro aspeto diferenciador desta nova casa de restauração. “Disponibilizamos vinho de todas as regiões portuguesas, alguns dos quais poderão ser servidos a copo”, exemplificou. E como um bom repasto não ficaria completo sem uma sobremesa à altura a mousse de chocolate divinal é a sugestão. d’VINO abriu as portas na véspera dos 40 anos da Revolução de

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abril, “numa data importante para Portugal e espera que seja igualmente para a nossa casa”. Situado na Rua Américo Moreira da Silva 168 (Rua da Antiga estação CP), junto ao Largo Costa Ferreira, o espaço está aberto de terça a domingo das 16 às 02 horas. Hélder Ramos adiantou ainda que “este projeto foi iniciado tendo em mente um espaço de vinhos Wine Bar, mas logo orientamos a nossa estratégia para a oferta gastronómica, aproveitando o boom de tapearias em Portugal e em boa hora o fizemos, pois

estamos situados numa região com cultura de mesa”. O d´Vino – Tapas & Wine Bar tem disponíveis duas salas, sendo uma de fumadores e outra para não fumadores. “Estamos preparados para festas de grupo até 25 pessoas e a próxima data importante será a noitada de S. João, com churrasco e sardinha assada”. Para fazer a sua reserva pode contactar a d´Vino – Tapas & Wine Bar através do número de telefone 252 049 230 ou via facebook. com/dvinobar.


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Atualidade

// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

Autarquia transfere 400 mil euros para juntas São 400 mil euros que a Câmara Municipal de Santo Tirso se prepara para transferir para as 14 freguesias do concelho. A medida foi aprovada dia 11 de junho, por unanimidade em reunião ordinária do executivo municipal. Apesar dos for tes constrangimentos financeiros que assolam o país, as Câmaras Municipais e as juntas de freguesia e na sequência da “diminuição das transferências imposta pelo Governo, a Câmara decidiu fazer um esforço financeiro no sentido de reforçar a autonomia orçamental das freguesias, para que estas possam levar a cabo a execução de obras e, deste modo, salvaguardar os interesses da população do concelho”. Segundo Joaquim Couto, presidente da autarquia, a deliberação marca “uma profunda alteração na cooperação institucional” entre a autarquia e as Juntas. O mesmo é dizer que, a par-

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tir de agora, “há condições para a estabilização das relações entre a Câmara e as Juntas”, na medida em que “cada uma passa a saber com aquilo que pode contar no curto e médio prazos”. O edil Joaquim Couto, defende que “a Câmara, com esta medida, está a dar um forte contributo para a autonomia financeira das juntas de freguesia”, dotando-as de verbas para a execução de obras, designadamente alargamento de vias, rede de drenagem, arranjos, entre outras. De acordo com comunicado enviado aos jornalistas a autarquia relembra que “desde o início do mandato da atual Câmara, já deram entrada nos cofres das Juntas 1,5 milhões de euros, distribuídos por duodécimos, subsídios e protocolos. Até ao final do ano, o executivo municipal estima transferir um montante global de cerca de três milhões de euros”. MMA

Multinacional Alemã mostra-se em exposição para comemorar centenário de existência

Empresa alemã escolheu Vila Nova de Famalicão para se instalar Exposição revisita 100 anos da marca de máquinas fotográficas Leica MAGDA MACHADO DE ARAUJO

Já lá vão 100 anos desde que a multinacional Leica revolucionou o conceito da fotografia ao criar a primeira máquina fotográfica portátil do mundo, a Leitz Camera, sendo ainda hoje uma marca de culto não só para profissionais, mas também para amadores apaixonados por fotografia. Desde 1973 que a marca escolheu Vila Nova de Famalicão para instalar a única unidade fabril da marca fora da Alemanha, onde são produzidas as máquinas fotográficas mais perfeitas do mundo. Para quem sempre sonhou conhecer e até experimentar os objetos de culto fabricados pela Leica esta é a oportunidade, através de uma exposição que Vila Nova de Famalicão recebe em junho e que pretende assinalar o centenário da Leica e os 41 anos de presença da multinacional alemã no concelho famalicense. Numa organização conjunta entre o Município de Vila Nova de Famalicão e a Leica Portugal, a exposição vai estar patente na Casa do Território, Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, entre 17 de junho e 20 de julho, para exibir alguns dos mais emblemáticos modelos de máquinas fotográficas, binóculos e miras produzidos em Vila Nova de Famalicão.

Vão também decorrer sessões de experimentação que pretendem proporcionar aos amantes da fotografia a possibilidade de testarem os equipamentos da Leica sob orientação de especialistas da empresa. A exposição “100 anos Leica” está também pensada para descrever o processo de fabrico dos diferentes equipamentos da marca, que engloba três áreas: ótica, mecânica e montagem. Todas as Leica dependem ainda muito do trabalho manual, que é muito minucioso e sensível, pelo que não há duas máquinas iguais. Entre os equipamentos em exposição merece especial destaque a primeira máquina fotográfica digital fabricada pela marca, a Leica S. Além destes poderão também ser vistos exemplares mais antigos dos modelos analógicos Monochrom, M e MP. De resto, também os binóculos prometem atrair as atenções, com os modelos Geovid, Minas, Televid e Kompact. Famalicão, um concelho com marca A Leica é uma marca incontornável de Vila Nova de Famalicão, um concelho com marca. As Leica do mundo saem da fábrica famalicense, a única unidade da Leica fora da Alemanha. A de-

pendência que a marca tem da unidade famalicense é total, pois cerca de 90% de uma máquina fotográfica é feita em Portugal. Atualmente a Leica emprega mais de 800 pessoas, na sua maioria famalicenses, com elevado grau de experiência e competência. Cerca de 40 por cento dos trabalhadores estão na fábrica há mais de 20 anos. A multinacional alemã é assim um exemplo de aproveitamento do potencial humano do município. “É inegável o papel da empresa enquanto agente impulsionador da criação de emprego jovem e qualificado e da imagem positiva que empresta ao concelho famalicense, que é já o terceiro município mais exportador do país”, considera o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Nos últimos anos a Leica registou um período de grande expansão. As novas instalações industriais, inauguradas em 2013, resultam de um investimento de 22,5 milhões de euros e vieram substituir a antiga fábrica, localizada na freguesia de Antas, também concelho famalicense, que já não correspondia às necessidades e ao potencial de crescimento da empresa. As novas instalações ocupam uma área de 52 mil metros quadrados, dos quais 13,6 mil metros quadrados são área de produção.


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Entrevista

“A atual conjuntura obrigou-nos a centrar a nossa atenção mais nas pessoas e nas suas necessidades” Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão entre 2009 e 2013, Paulo Cunha sucede a Armindo Costa na liderança da autarquia, ao conseguir 55,94 por cento dos votos nas eleições autárquicas. Numa entrevista exclusiva ao Jornal do Ave, Paulo Cunha declarou que as pessoas e as suas necessidades ganham “uma importância superior às obras públicas”. Patrícia Pereira

Jornal do Ave (JA): Qual o balanço que faz destes seus primeiros meses de mandato? Paulo Cunha (PC): Foram meses de muito trabalho mas também de muita gratificação. Este mandato autárquico abriu um novo paradigma na forma de governar localmente. A atual conjuntura nacional e internacional obrigou-nos a centrar a nossa atenção mais nas pessoas e nas suas necessidades, inclusivamente individuais. A dimensão social, educativa e económica ganhou uma importância superior às obras públicas e e isso obrigou-nos a lançar programas novos e a apresentar respostas adequadas às necessidades atuais dos cidadãos e do concelho. Felizmente temos conseguido perceber que o que estamos a fazer tem retorno social e essa é a melhor gratificação que um autarca pode obter. É isto que no dia a dia nos alimenta e nos dá mais energia para que continuemos nesta trajetória.

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mento aos empresários que já esJA: Sucede a Armindo Costa na tão no concelho. Para isso, é funpresidência da Câmara Municidamental que o concelho cresça de pal, depois de ter sido o seu braforma equilibrada a todos os níveis e ço direito. Qual o seu sentimento daí as nossas apostas nos mais vaao suceder ao anterior autarca? riados domínios, nomeadamente Era uma sucessão natural? na Cultura, Ambiente, Educação e PC: “Manter o Rumo” foi o lema da Desporto. Para ser competitivo, um minha candidatura e é esclarecedor município tem que ser bom para viquanto à sua pergunta. O ciclo auver e nós trabalhamos para isso totárquico encabeçado pelo arquitedos os dias. to Armindo Costa foi extremamente positivo para o concelho e o povo JA: Mas esses projetos dependem sempre o reconheceu nas urnas. Fosó de Vila Nova de Famalicão ou ram 12 anos de progresso e afirmahá projetos a nível supra municição de Vila Nova de Famalicão. O pal que queira município agiver desenvolgantou-se em vidos como na vários domíárea dos transnios e afirmou“É fundamental que o con- portes e am-se, com propriedade, como celho cresça de forma equil- biente? um dos mais diibrada a todos os níveis e daí PC: Os muninâmicos munias nossas apostas nos mais cípios não são cípios do país. O variados domínios, nome- ilhas isoladas, sentimento que adamente na Cultura, Ambi- são partes de tive ao assumir ente, Educação e Desporto.” um todo que faz a força de um este desafio foi país. A interasobretudo o de ção municipal responsabilié decisiva para dade para com a racionalidade e eficiência de servieste caminho de exigência, qualiços transversais a vários municípios, dade e ambição que faço questão como, por exemplo, os transportes em manter. públicos e os serviços prestados na área do ambiente. Estou certo que JA: Quais são os projetos estrutuesse é o caminho e é também por rantes, que tem para os próximos isso que sou um defensor convicto quatro anos no concelho? da regionalização. PC: A área económica é absolutamente decisiva para o futuro do JA: O executivo tem avançado concelho e inclusivamente do país. com a iniciativa Made IN. É desta Temos vindo a trabalhar intensaforma que pretende dinamizar o mente na criação de um ambiente tecido empresarial local e inverfavorável para atrair mais investiter a tendência de fecho de lojas mento privado a Famalicão e para de comércio tradicional? proporcionar condições de cresci-

PC: O “Famalicão Made IN” é uma iniciativa facilitadora daquilo que já se faz no concelho no que diz respeito ao empreendedorismo, acrescentando outras ações, tendo em vista a criação e a instalação de novas empresas. É um projeto para afirmar territorialmente o concelho, para atrair mais investimento e para ajudar os nossos empresários a desenvolverem os seus projetos. Neste sentido é também, como refere, uma forma de impulsionar o comércio local, cuja força da atividade está muito dependente da dinâmica e vitalidade do concelho, muito concretamente da cidade e vilas. JA: E em relação ao sector têxtil que é um dos mais afetados pela crise. Como é que o município pode ajudar? PC: Os empresários têxteis do Vale do Ave deram uma verdadeira lição de empreendedorismo ao país. Como sabe, há uns anos atrás, com a globalização dos mercados internacionais, o têxtil sofreu um forte abalo e muitos prognosticaram a sua extinção da região. Os nossos empresários contrariam o vaticínio e hoje temos uma indústria têxtil altamente qualificada e inovadora, com empresas a abrirem portas em todo o mundo – o caso da Salsa é bem exemplificativo. Ao município cabe, como já referi, trabalhar para proporcionarmos um ambiente favorável ao investimento em Famalicão. JA: Vila Nova de Famalicão é um dos concelhos do norte do país mais exportador. Num momento em que a conjuntura económico-financeira é difícil em toda

a Europa e em Portugal, é com orgulho que lidera uma autarquia com um tecido empresarial tão dinâmico? PC: É um orgulho e uma responsabilidade que assumimos com determinação. Famalicão tem um ADN empresarial muito forte, caraterística que nos assenta como uma luva e que nos dá uma força extraordinária no contexto nacional. JA: Como pretende captar investimento privado para o seu município. Quais as medidas implementadas ou a implementar pela autarquia nesse sentido? PC: O roteiro de visitas do executivo municipal a empresas de sucesso do concelho é neste momento a face mais visível de uma estraté-


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PERFIL BIOGRÁFICO Paulo Alexandre Matos Cunha nasceu a 22 de agosto de 1971, na freguesia de Gavião, em Vila Nova de Famalicão. - Reside em Famalicão é casado e pai de duas filhas. Amante confesso do desporto e da natureza, é praticante de atletismo e de ciclismo todo o terreno. - Terminou com distinção o curso de Direito da Universidade Lusíada do Porto, onde leciona desde 1994. Pós-graduado em Direito do Ambiente e Mestre em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade de Coimbra é investigador do NEDAL – Núcleo de Estudos das Autarquias Locais – da Universidade do Minho e Professor da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada do Porto, docente na área do Direito Público, com especial incidência no direito administrativo, no contencioso do poder público e no direito do ambiente - Em 2001 foi eleito membro da Assembleia Municipal e em 2009 protagoniza uma candidatura à vereação da Câmara Municipal, sendo número dois na lista liderada por Armindo Costa. Eleito pela Coligação Mais Ação Mais Famalicão, assume a vice-presidência da autarquia famalicense e os pelouros da Cultura, Turismo, Defesa do Consumidor e Freguesias. - Em setembro de 2013 é eleito como Presidente da Câmara Municipal depois de uma vitória esmagado-ra nas eleições autárquicas realizadas. Na presidência da Câmara assume os pelouros Administrativo e Financeiro, Associativismo, Cultura, Planeamento, Urbanismo e Fiscalização, Recursos Humanos, Seniores, Solidariedade Social e Voluntariado. - Representa o município de Vila Nova de Famalicão na AMAVE – Associação de Municípios do Vale do Ave, na CIM do Ave – Comunidade Intermunicipal do Ave, na Associação Famalicão Concelho com Futuro e no Eixo Atlântico – Agência de Desenvolvimento do Noroeste Peninsular. - Em dezembro de 2013 foi eleito Presidente do Conselho Regional do Norte, órgão consultivo da CCDRN – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, que integra os 86 presidentes de câmara da região Norte e cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas do tecido institucional, bem como representantes dos serviços regionais de vários ministérios.

gia muito mais ampla da promoção e facilitação do trabalho empresarial famalicense. O Gabinete de Apoio ao Empreendedor está a trabalhar nas várias frentes de atuação do Made IN: Made INcentivar, para o desenvolvimento de projetos de educação e formação para o empreendedorismo; Made INcubar, para trabalhar o nosso programa de acelerador de ideias e espaços de incubação de empresas; Made INvestir, para o desenvolvimento de áreas de acolhimento empresarial e apoio ao empreendedor ao nível das oportunidades de investimento. Depois, claro, existem outras medidas estruturais para o desenvolvimento do nosso tecido empresarial, principalmente a nível fiscal. A redução de 50 por cento das taxas

urbanísticas nos licenciamentos em PC: Ao nível da Educação, continuloteamentos para indústria e armaar o trabalho que temos vindo a rezéns que sejam reconhecidos como alizar e que nos tem valido alguns de especial interesse económico, a prémios, entre os quais o título de isenção da derrama para as PequeMelhor Município para Estudar. Connas e Médias Empresas que não ulsiste basicamente em trabalhar em trapassem os 150 mil euros em volurede com todos os parceiros e em me de negócios articular a ofer“A construção de uma alter- ta educativa e o programa Finicia que oferenativa à Nacional 14 não re- às necessidace soluções fisulta de um capricho, mas é des do concenanceiras para uma obra que é uma alavan- lho, nomeadaprojetos de inca para o crescimento das mente ao nível vestimento de empresas e desenvolvimen- profissional. A micro e pequecoesão social to das regiões.” nas empresas consegue -se famalicenses, são exemplo disso com trabalho equilibrado em todas as áreas de atuação do municímesmo. pio e atenção muito cuidada à área social, para onde temos canalizaJA: Que medidas defende na área do uma boa parte dos nossos reda Coesão Social e Educação?

cursos, garatindo condições mínimas de dignidade a todos os famalicenses. JA: Quer impulsionar o concelho de Vila Nova de Famalicão em termos nacionais e internacionais com apostas em que áreas? PC: A economia e a cultura são áreas fortes da nossa identidade coletiva e, por conseguinte, aquelas que melhor podem afirmar e posicionar Vila Nova de Famalicão em Portugal e no mundo. JA: Um dos constrangimentos do concelho está relacionado com o trânsito, devido ao congestionamento automóvel que todos os dias atravessa a EN14. Com a divulgação do Plano Es-

tratégico de Transportes e Infraestruturas 3+, o Governo não prevê a construção da Variante à EN14, mas apenas uma intervenção na atual via. O que o executivo pretende fazer? PC: Esse é um dossier que não vamos dar por concluído, enquanto o governo não nos ouvir. A construção de uma alternativa à Nacional 14 não resulta de um capricho, mas é uma obra que é uma alavanca para o crescimento das empresas e desenvolvimento das regiões. Os municípios de Vila Nova de Famalicão, Trofa e Maia estão muito sintonizados em relação a este aspeto e não descansaremos enquanto não for concretizada uma verdadeira e eficaz solução para o problema.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicao

Câmara de Famalicão financia projetos empreendedores no concelho A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou, na semana passada, em reunião do executivo municipal a adesão ao novo protocolo Finicia II. O novo fundo de apoio às micro e pequenas empresas do concelho vai beneficiar os empresários que pretendam desenvolver projectos de investimento com condições financeiras excecionais, com destaque, por exemplo, para um spread de 2,5 por cento. Magda Machado de Araújo “A parte financeira é muito importante para quem está a iniciar um projeto empreendedor. Sabemos que a relação com a banca não é fácil e este protocolo permite não só assegurar o financiamento como tem condições muito vantajosas”, explica o presidente da autarquia, Paulo Cunha. Promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em colaboração com o IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento), a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Médio Ave e a Norgarante – Sociedade de

Garantia Mutua, S.A, o Finicia II disponibiliza um fundo de valor inicial de 250 mil euros, para o qual o município contribui com 50 mil euros referente aos 20 por cento do valor total. De acordo com o protocolo financeiro e de cooperação que será celebrado entre as quatro instituições, o Finicia destina-se a ser utilizado no financiamento de pequenos projetos empresariais, aos quais seja reconhecido interesse para o município, nomeadamente projetos que contribuam para o crescimento e desenvolvimento da atividade empresarial no con-

celho de forma sustentada. Entre as condições de elegibilidade dos projetos destaque para aqueles que apresentarem características inovadoras ou de certa forma diferenciadoras face às empresas instaladas no concelho ou região. De resto, Paulo Cunha sublinha que “o Finicia II é uma das variantes do apoio ao empreendedorismo que nós queremos executar no concelho”. E acrescenta: “Queremos que as pessoas sintam que na Câmara Municipal há um apoio, uma disponibilidade e um ambiente favorável para que os seus projetos empreendedores possam vingar”. Refira-se que a autarquia disponibilizava, desde 2009, o primeiro Finicia, que apresentava algumas diferenças em relação ao novo financiamento agora aprovado, nomeadamente ao nível dos parceiros, mas também

Projeto disponibiliza 250 mil euros

do spread aplicado, que era de 5,25 por cento e agora é de 2,5 por cento. Ao abrigo do primeiro Finicia foram aprovados 33 projetos, num total de 58 candidaturas, permitindo um investimen-

to de 986.747 euros correspondendo a 94 postos de trabalho criados. 67 por cento dos projetos aprovados foram na área dos serviços, 18 por cento na industria e 15 por cento no comércio.

Autarcas de Famalicão conheceram ciclo urbano da água Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão promoveu visitas às estações que tratam as águas do concelho no Dia Mundial do Ambiente. PATRÍCIA PEREIRA Conhecer o percurso da água desde a captação, o tratamento e a distribuição da água de abastecimento até à recolha, tratamento e devolução das águas residuais ao meio recetor. Este foi o motivo da visita dos autarcas do concelho de Vila Nova de Famalicão, que no dia 5 de junho, realizaram uma visita à Estação de Tratamento de Águas de Areias de Vilar, em Barcelos, e à Estação de Tratamento de Águas Residuais de Penices, em Gondifelos. No âmbito do Dia Mundial do Ambiente, as visitas, conduzidas pelos responsáveis das Águas do Noroeste - entidade que assegu-

ra o abastecimento de água pública e o saneamento de águas residuais no concelho famalicense e em mais 31 municípios do Norte do país num total de um milhão de pessoas -, dos presidentes das juntas de freguesia do concelho tinham como objetivo “conhecer o ciclo urbano da água”. O vereador do Ambiente na Câmara Municipal de Famalicão, Pedro Sena, sensibilizou os autarcas para “a importância de otimizarem o consumo de água pública por forma a diminuir a fatura municipal”, ao mesmo tempo que pediu “que ajudem o município a tornar o sistema de sane-

Visitas conduzidas pelos responsáveis das Àguas do Noroeste

amento mais eficiente, sinalizando ligações ilegais e sensibilizando as populações para os cuidados a ter com a rede de águas residuais”. Pedro Sena garantiu que os famalicenses bebem “a melhor água de Portugal”, referindo que no último relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de

Águas e Resíduos (ERSAR) revela que o concelho de Vila Nova de Famalicão apresenta “uma percentagem de água segura distribuída às populações de 99,71 por cento”. “Trata-se de um número superior à meta definida pela ERSAR que aponta como ideal uma qualidade de água de 99 por cento”, acrescentou. Em Vila Nova de

Famalicão o universo de população servida pelo Sistema Multimunicipal do Noroeste é de 121 mil 128 pessoas, sendo o volume de água distribuído de 20.781 m3/ dia. A rede de água no concelho tem uma extensão de cerca de mil quilómetros e uma cobertura superior a 90 por cento.


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Entrevista

Empresário José Manuel Fernandes, do Frezite Group, eleito presidente da AEBA José Manuel Fernandes é o novo presidente da direção da Associação Empresarial do Baixo Ave(AEBA) eleito no dia 29 de maio, para o triénio 2014/2017. Os órgãos sociais eleitos foram apoiados pela direção cessante liderada por Manuel da Silva Pontes. O novo presidente, em entrevista, deu a conhecer os projetos da nova direção para o futuro da AEBA e dos seus associados. Patrícia Pereira

Jornal do Ave (JA): Foi empossado presidente no dia 3 de junho, sucedendo a Manuel Pontes – o primeiro presidente da AEBA. Tendo também sido um dos 17 fundadores, foi uma sucessão natural? José Manuel Fernandes (JMF): Sinto-me tentado a responder com sim e não. Sim, porque como um dos fundadores, tenho um carinho muito especial por uma Associação que ajudei a nascer e que hoje tem de continuar a prestar bons serviços à comunidade empresarial e ao desenvolvimento da região do Baixo Vale do Ave e ao País. Não, porque depois de 28 anos de “Serviço Público” à Comunidade Empresarial no Movimento Associativo Empresarial, nos últimos anos, fui formulando as minhas futuras atividades com a dedicação a novas áreas. Por tudo isto, ressalta o ter aceite o desafio de fazer a transição para uma nova geração de empresários. JA: Quais as expectativas e projetos que tem para este triénio? JMF: As expectativas residem nos resultados que esperamos

obter através do cumprimento do nosso programa: VALORIZAR A EMPRESA, VALORIZAR A COMPETITIVIDADE E VALORIZAR A REGIÃO. Isto traduz-se em reforço da capacidade de participação e Intervenção da AEBA na Valorização de um Património, Tangível e Intangível, já existente, e Projetá-lo na Competitividade das Nossas Empresas. Promoção e Valorização do Papel do Empresário na Economia e na Sociedade - Valorização e Apoio às Empresas na Melhoria e Concretização das Suas Estratégias, para serem mais Competitivas e Melhor Responderem aos Desafios da Economia. Apoiar Através do Portugal 2020. Reforço de Associativismo Empresarial - Estes quatro eixos irão dar origem a projetos correntes e esperamos provocar mudança em melhoria contínua das empresas, dos empresários e gestores e em serviço de apoio à requalificação dos RH, em parceria com Instituições Oficiais e uma plena cooperação com as autoridades autárquicas dos Concelhos do Baixo Ave, Regionais e do Governo. JA: Quais as parcerias estratégicas que têm com entidades da região do Baixo Ave para ajudar

no desenvolvimento da economia concelhia? JMF: A AEBA tem vindo a realizar, ao longo destes 14 anos, um trabalho meritório e profícuo, deixando uma marca indelével, que ficará gravada no tempo, pela sua intervenção no apoio ao desenvolvimento regional, pela melhoria dos serviços em apoio às empresas, requalificação profissional dos recursos humanos, formação interempresarial, à medida dos planos das empresas, e cooperação pró-activa com todas as autoridades, autárquicas, regionais e nacionais. Na prossecução da sua atividade, a AEBA tem contribuído para que o desenvolvimento económico, social e ambiental desta região seja sustentável, designadamente com a conceção e desenvolvimento de soluções integradas de apoio às empresas. O âmbito da nossa ação visa promover a qualidade, a eficiência e a sustentabilidade das empresas associadas, a aquisição de conhecimentos quer dos empresários, quer dos colaboradores, proporcionando um melhor desempenho profissional, desenvolvimento e reforço dos valores desta associação, a criação de valor para os associados e o desenvolvimento de parcerias com as diversas instituições relacionadas com as empresas: Governo, Autarquias, Institutos Públicos, Associações congéneres, Centros de Investigação e Inovação e Incubadoras. Temos boa cooperação com as Câmaras Municipais dos concelhos do Baixo Ave e pretendemos

alargar esta pró-atividade mesmo com associações locais existentes, em que a palavra dominante seja cooperação, em prol da melhoria da competitividade da economia regional. Reconhecemos o mérito e o esforço que as outras instituições de formação profissional e qualificação de recursos humanos fazem em apoio ao emprego e as necessidades, cada vez maior, de RH qualificados, em acompanhamento com a evolução das tecnologias, quer de comunicação, quer de produção, numa correspondência às necessidades das empresas. Esperamos continuar a desenvolver a melhor cooperação e não concorrência destruidora de recursos como, por vezes, neste País tanto se pratica. Daremos continuidade e queremos ainda aumentar a cooperação com a COTEC, o IAPMEI, a AICEP e o IEFP. Acreditamos que só criando sinergias e utilizando-as bem, conseguiremos alcançar as melhores soluções e atingir os melhores resultados. JA: Qual a data e o que motivou a criação da AEBA? JMF: A AEBA surgiu a 12 de abril do ano 2000, fruto da irreverência e do empreendedorismo de 17 empresários trofenses, que no seguimento da criação do concelho da Trofa, sentiram a necessidade de criar uma estrutura que apoiasse, defendesse e representasse os empresários e as empresas desta região. Logo de início, percebemos que não poderíamos limitar a intervenção deste novo projeto empresa-

rial somente ao concelho da Trofa e, por isso, alargamos a área de intervenção a toda a região do Baixo Ave, abrangendo assim os concelhos de V.N. Famalicão, Maia, Vila do Conde e Santo Tirso. Hoje, passados 14 anos, percebemos que esta foi uma aposta acertada, pois a AEBA já alargou fronteiras e conta já no seu grupo de associados com empresas de Braga, Porto, V.N. de Gaia, Guimarães, Vizela, Matosinhos, Santa Maria da Feira, Paredes, Valongo, Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras e Celorico de Basto, Fafe, Felgueiras, Lousada, Penafiel, Paços de Ferreira, Guarda, Leiria Oliveira de Azeméis, Ovar e até Lisboa. JA: Qual a missão da Associação Empresarial do Baixo Ave? JMF: A AEBA tem como missão disponibilizar às empresas, com eficiência e simpatia, soluções completas e integradas de serviços de apoio ao desenvolvimento, que satisfaçam as necessidades e exigências de cada uma em particular e da região em geral. Pretendemos que os nossos associados e as empresas da região vejam na AEBA, para além de uma Associação que os representa, que presta serviços e os apoia, também como parceiro do seu desenvolvimento e sua competitividade. A AEBA pretende, acima de tudo, ser um importante parceiro nos negócios, um parceiro na ajuda e na solução. Queremos que todas as empresas, empresários e empreendedores possam dirigir-se aos serviços da AEBA e aí obter apoio para tratar de todos


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Entrevista os assuntos relacionados com a sua empresa. Desejamos ser a opção estratégica dos empresários da região para ajudar a resolver os problemas da empresa, permitindo que cada empresário possa colocar toda a sua energia e orientação no desenvolvimento do seu negócio. JA: Que serviços disponibiliza aos seus associados? JMF: A AEBA define os seus serviços, com base fundamentalmente em quatro linhas de ação, que visam aumentar os negócios das empresas, quer a nível nacional como internacional, reduzir os custos operacionais dos associados, auxiliar nas cobranças e facilitar o acesso ao crédito.

Ao ser associada da AEBA, cada empresa contribui para garantir a existência de uma estrutura que a defenderá a toda a hora e está integrada numa estrutura onde estão potenciais clientes e fornecedores e não só concorrentes, o que nos diferencia e torna

mais competitivos, além de usufruir de um conjunto importante de serviços. O desafio que temos hoje é de gerar contributos importantes e seletivos para dentro das nossas empresas associadas, numa expectativa de ganhos da visão estratégica, da produtividade, assim como de uma forma mais transversal no desenvolvimento regional e em ambiente apelativo para uma cultura de Inovação e da Internacionalização, ajudando-as a interiorizar os novos conceitos da gestão e aplicá-los com a certeza de vencer. De entre os serviços mais requisitados pelas associadas, que vão de encontro às necessidades efectivas das empresas, tais

como o Apoio Administrativo e Fiscal, a Consulta Jurídica, a Consulta Médica, a Formação Profissional certificada, apoiar na elaboração de Candidatura a sistemas de incentivos, nos Licenciamentos, a Consultoria, as Auditorias, o Recrutamento e Seleção, a

Comunicação e Relações Públicas, entre outros. A AEBA disponibiliza ainda, gratuitamente, aos seus associados o serviço de Medicina no Trabalho, através de um conjunto organizado e sistemático de exames, que visam avaliar a aptidão dos colaboradores para o exercício das suas funções. Este é um importante apoio que permite reduzir, no imediato, custos operacionais das empresas. A par disso, a AEBA tem estabelecido protocolos com diversas entidades que permitem aos associados, aos colaboradores das empresas e, muitas vezes até, aos familiares directos usufruírem de condições privilegiadas na aquisição de serviços e produtos. Tem também a funcionar nas suas instalações um Posto de Correios, disponível especialmente para os associados. JA: Quantos associados tem? JMF: A AEBA tem 600 associados todos ativos na sua relação com a AEBA, próximos e muito participativos nas dinâmicas da associação. Este número assume uma tendência crescente, fruto da maior abrangência, quer em termos geográficos, quer em termos de portefólio de serviços que disponibiliza aos seus associados. De salientar que a AEBA cresceu, só no ano passado, 38%, e para este ano temos a expectativa de superar este número. Temos a equipa focada, empenhada e motivada para fazer chegar a AEBA e os seus serviços a um maior número de empresas. Cada vez mais, as empresas percecionam a associação como um importante parceiro nos seus negócios, confiam na AEBA e acreditam no nosso projeto, e nós trabalhamos todos os dias para sermos merecedores dessa confiança.

serviço, indústria)? JMF: Em termos percentuais, a tipologia de empresas associadas divide-se essencialmente em três grupos muito próximos, o comércio, cerca de 29%, os serviços 30% e a indústria que perfaz 28% dos associados. Os restantes 11% dizem respeito à restauração e 2% ligados à construção civil. JA: Qual a caracterização em termos industriais que faz da região do Baixo Ave em termos de tipologia de empresas e quais os ramos de negócio mais preponderantes? JMF: Em termos industriais, a região do Baixo Ave, envolvendo os cinco concelhos – Trofa, V.N. Famalicão, Maia, Santo Tirso e Vila do Conde – é sobretudo subdividida pela indústria de vestuário, logo seguida pela indústria

metalomecânica. A fabricação de têxteis ocupa também uma posição de destaque na indústria transformadora do Baixo Ave, com maior presença nos concelhos de Famalicão e Santo Tirso. A indústria alimentar também tem vindo a destacar-se, com maior incidência nos concelhos da Maia, Vila do Conde e também Famalicão. Também a indústria da madeira tem vindo a crescer, sobretudo em Vila do Conde, logo seguida da fabricação de mobiliário e de colchões, com destaque para o concelho de Santo Tirso. A indústria de reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos vai ganhado algum relevo, na área geográfica do Baixo Ave.

Empresários da Intraplás e da Cerealis homenageados No dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi atribuído a comenda da Ordem do Mérito Empresarial – Classe de Mérito Industrial ao empresário Alberto Machado Ferreira, da Intraplás, instalada em Santo Tirso. Também José Marques de Amorim, presidente do conselho de administração da Cerealis, que tem uma das suas unidades fabris sediada no concelho da Trofa, recebeu pelas mãos do presidente da República, Cavaco Silva, a comenda da Ordem do Mérito Empresarial - Classe do Mérito Industrial.

JA: Qual a tipologia de empresas associadas (número de lojas de comércio, empresas de Alberto Machado Ferreira - Comendador da Ordem do Mérito

José Marques de Amorim - Comendador da Ordem do Mérito


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Desporto

Ginásio de Santo Tirso sobe à 1.ª Divisão Nacional de Andebol “Foi resultado de um trabalho muito longo de alguns anos”. Foi desta forma que Ricardo Pinto, vice-presidente da modalidade de andebol do Ginásio Clube Santo Tirso, referiu-se à subida da equipa sénior à 1.ª Divisão Nacional. Patrícia Pereira Depois de na época passada que este feito é resultado de “muinão ter conseguido subir à 1.ª Di- to trabalho, de muitos sacrifícios visão Nacional de Andebol nos de todos, atletas, treinadores e “últimos dois segundos do cam- dirigentes, e com muito apoio de peonato”, a equipa sénior do Gi- muita gente de Santo Tirso”, que násio Clube de Santo Tirso alcan- foi “foi fundamental e importançou a subida quando ainda falta- tíssimo”. Além dos “adversários”, a “prinvam três jornadas da 2.ª Divisão Nacional, juntando-se assim “aos cipal dificuldade” da equipa foi “limelhores clubes de andebol a ní- dar com a ansiedade de chegar à fase final”, para que “não acontevel nacional”. Ricardo Pinto afirmou que “80 cesse o mesmo que aconteceu na por cento do plantel sénior é com- época passada” e mostrar que o posto por atletas de Santo Tirso e clube “tem valor para subir à 1ª diformados no Ginásio Clube”, ten- visão e para se juntar às melhores do sido essa “a base”, que estava equipas de Portugal”. Quanto à próxima época, o vice“mais madura”, para que a três jornadas do fim alcançasse a subida -presidente referiu que “as ideias, a base de trabalho e a filosofia do à 1ª Divisão Nacional. “Na época passada tivemos a clube vão-se manter na mesma”, um pequeno passo, mas não atin- havendo “outras dificuldades”, gimos esse objetivo nos últimos como “os adversários e o próprio dois segundos do campeonato. campeonato”, que contará com Este ano, a história foi diferente “mais deslocações, mais equipas e a equipa mantendo-se a mes- da zona sul, uma dos Açores e ouma, mas mais madura, alcançou tra da Madeira”. “Também as deslocações têm a subida”, declarou, asseverando

influência em tudo aquilo que vamos enfrentar, tendo em conta que é uma equipa cem por cento amadora, todos eles ou trabalham ou estudam e o andebol é uma segunda ocupação que os ocupa muito, mas não é a primeira. Tudo isso são condicionalismos que vamos ter que contornar, que os atletas e treinadores vão ter que contornar, porque não somos uma equipa profissional ao

Torneio Nacional contrário de algumas que vamos de Ginástica Rítmica defrontar”, concluiu. Já este sábado, 14 de junho, a equipa deslocou a Guimarães O 6.º Torneio Nacional de Conpara defrontar o Xico Andebol, em juntos de Ginástica Rítmica do Gijogo a contar para a 8ª jornada da násio realiza-se este sábado, dia Fase Final do Campeonato Nacio- 21 de junho, no Pavilhão Municipal de Santo Tirso. A prova, que nal da 2ª Divisão. O Xico Andebol conseguiu supe- começa pelas 13.45 horas, conta riorizar-se, acabando por vencer com “a presença de 35 conjuntos, por 30-27, sagrando-se Campeão formados por aproximadamente 210 ginastas”. Nacional da 2ª Divisão.

INTENÇÃO DE DECLARAÇÃO DE CADUCIDADE DO ALVARÁ DE LICENÇA DE LOTEAMENTO Nº8/2004 de 2004/05/25 Dr. José Pedro Machado, Vereador da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º1 do artigo 70º do Código de Procedimento Administrativo, ficam notificados todos os interessados, nomeadamente proprietários, possuidores, dos lotes, sito no lugar da Poupa em Santo Tirso, proferi a14 de Abril de 2014 despacho da intenção desta Câmara Municipal de declarar no prazo de 10 dias a caducidade da licença titulada pelo alvará de loteamento n.º 8/2004 de 2004/05/25, sito no lugar da Poupa em Santo Tirso. O despacho fundamenta-se no disposto na alínea a) do nº 3 do artigo 71º do supracitado diploma, pelo facto de as obras não terem sido iniciadas no prazo de nove meses a contar da data de emissão do alvará. Mais se adverte que, findo o referido prazo de 10 dias sem que os interessados venham invocar razões (de facto e/ou de Direito) procedentes em contrário, será proferida definitivamente a decisão manifestada no presente despacho, com todas as consequências legais. Informa-se ainda, em cumprimento do disposto na segunda parte do n.º 2 do artigo 101.º do Código do Procedimento Administrativo, que o respetivo processo poderá ser consultado no Balcão Único desta Câmara Municipal, das 9 às 18 horas de segunda a sexta – feira. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do concelho, 30 de Maio 2014 O Vereador Dr. José Pedro Machado

Ginásio Clube de Santo Tirso inaugura bar O dia 14 de junho de 2014 vai ficar marcado na história do Ginásio Clube de Santo Tirso, pela inauguração do bar, que, segundo o presidente Rafael Sousa, era “uma falha que existia no clube”, uma vez que “não havia um espaço de confraternização, onde o pessoal pudesse tomar o seu café, os atletas pudessem conviver e os pais pudessem estar à espera, sem ser nos corredores ou

nos carros”. versarem cria uma união A aber tura deste novo que estando nos corredores espaço foi assinalado pelo ou nos carros não se cria”, descerrar da placa alusi- assegurou Rafael Sousa. va à inauguração por JoaO bar do Ginásio vai ser quim Couto, presidente da explorado pelo Café do Câmara Municipal de Santo Rio, que pagará “uma renTirso, e Rafael Sousa. “Fa- da”, sendo esta “uma fonzia todo o sentido que hou- te de receita” para o Clube. vesse um espaço onde as O Bar do Ginásio está aberpessoas pudessem conver- to todos os dias das 8 às 23 sar, tomar o seu café des- horas, sendo que “até secansados, criar uma dinâ- tembro encerra aos dominmica de ginásio, porque o gos”. P.P. facto de virem aqui e con-


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Desporto

“Cerca de 200” participantes no Thyrso Urban Race

// Santo Tirso

Equipas vencedoras da prova

Correr, escalar, saltar e rastejar. Estes foram alguns dos desafios que os participantes tiveram que ultrapassar na 1ª edição do Thyrso Urban Race. Patrícia Pereira

E

sta era uma prova de dez quilómetros com uma dezena de obstáculos, que levou cerca de 200 pessoas a percorrer as ruas entre a Câmara Municipal de Santo Tirso e o Parque Urbano da Rabada. Por equipas, os Jesuítas venceram a prova, seguido de Team Bardinolas e Elite Fit Box Team. Com o tempo de 39 minutos e 41 segundos, Albino Magalhães foi o primeiro atleta a terminar a prova, seguido de Vítor Teixeira (00:41:37) e Pedro Ferreira (00:44:49). No final da prova, Albino Magalhães afirmou que “o percurso estava muito bem delineado” e “esgotante”, com “zonas muito rápidas em que depois se tem de parar para passar os obstáculos, que estavam situados em sítios bons”. “A iniciativa é louvar”, pois “agora toda a gente faz desporto em Santo Tirso”, sendo, na sua opinião, este tipo de atividades que “deviam de ser incentivadas e incrementadas”. Já no setor feminino, Lilian Silva foi a primeira a terminar a prova, mas como estava a par-

-ticipar como elemento de uma equipa, a medalha de ouro foi entregue a Abília Silva, com o tempo de 01:03:56, seguida de Raquel Gomes (01:05:33) e Carla Moreira (01:07:44). Lilian Silva estava “contente com o resultado e, especialmente, porque ia no meio dos homens”, tendo esta sido “a primeira vez” que participou. Quanto à prova classificou-a de “bastante dura, especialmente para quem não tem preparação”, tendo sido “bem conseguida dentro do que é o circuito urbano”. Já para Abília

Silva ter atingido “o primeiro lugar neste tipo de prova” foi “um orgulho pessoal”, pois foi “a primeira vez” que participou numa prova urbana, apesar de “já estar habituada a participar em trail, BTT e duatlos”. “Achei acessível. Para o ano podiam propor melhores e mais desafios. Podem continuar e com mais obstáculos e desafios, de forma a que se fique mais incentivado”, denotou. O Thyrso Urban Race foi uma iniciativa dinamizada pelo Trilhos Tirsenses, Câmara Municipal de Santo Tirso e Café do Rio. Pedro Costa, elemento da organização, contou que a oportunidade de organizar esta pro-

va “surgiu de uma conversa entre amigos”, em que um tinha “participado numa prova destas e mostrou os vídeos”, deixando os colegas convencidos que seria “bastante interessante” dinamizá-la. “Estão cerca de 200 inscritos que par ticiparam. Acho que correu bem para a primeira vez, atendendo também a nossa experiência. Uma prova dura que exigiu um bocado de esforço”, declarou, acrescentando que já estão “a pensar numa segunda edição”, onde será melhorada “alguma coisa que correu menos bem”. Para Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de

Santo Tirso, estas iniciativas “já se tornaram uma rotina que apelam a vida ao ar livre, ao exercício e a uma mente sã num corpo são”. “Temos tido várias iniciativas, umas mais radicais outras menos, mas todas com o objetivo de fazer exercício, ter vida ao ar livre e de qualidade de vida e, nesse contexto, este Município tem condições ótimas para a prática de desportos radicais e ao ar livre”, concluiu. Veja a reportagem completa na nossa página do Facebook, onde pode visualizar alguns obstáculos da prova.


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Desporto

Breves

“Cerca de 600 atletas” no Torneio Internacional de Ringe

Corrida

Descida mais louca de Famalicão Muita criatividade e uma dose de loucura à mistura foram os principais ingredientes da segunda edição da Descida Mais Louca de Famalicão, que se realizou no dia 10 de junho, na Alameda Caminhos de Santiago, que foi pequena para acolher as milhares de pessoas que assistiram a este espetáculo. Promovida pela Associação Recreativa e Cultural de Antas, a Descida Mais Louca teve a participação de “30 carros artesanais em competição” que protagonizaram um verdadeiro espetáculo. P.P.

Mirandela (benjamins), Dragon Force (petiz) e o Porto (traquinas) foram os vencedores do Torneio Internacional Escolinhas de Ringe, que se realizou no estádio do Clube Desportivo das Aves, durante o dia 8 de junho. Patrícia Pereira Nas finais, que decorreram ao fim do dia, o Mirandela venceu por 4-3 o Vianense, em benjamins, O Boladas perdeu por 2-3 com o Dragon Force, em petiz, assim como o Roma perdeu com o Porto por 1-4, em traquinas. No Torneio das Escolinhas de Ringe, que já vai na 8ª edição, participaram “mais de 30 clubes nacionais e estrangeiros, desde Bragança até à zona centro do País e uma equipa

espanhola”, envolvendo “cerca de 600 atletas”. Organizado pela Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Ringe (AMCHR), com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, o presidente Joaquim Faria afirmou que esta foi “uma festa de futebol” e um “encontro onde não interessa quem ganhe ou quem perca, mas que as crianças se divirtam e façam aquilo que mais gostam que é jogar

futebol”. Considerando que esta atividade é “uma mais-valia para a Vila das Aves e para Santo Tirso”, Joaquim Faria denotou que o torneio decorreu “dentro da normalidade” e das “das expectativas dos últimos anos”, em que apenas houve “um pequeno problema, que foi a chuva, que foi sanado”. “Por causa das redes sociais e das tecnologias, não é fácil hoje em dia jun-

tar as crianças para a prática do futebol, mas estas ainda gostam de jogar futebol o que é importante, porque é desporto em si”, apontou, explicando que os objetivos do torneio foi “tentar que crianças dos diversos pontos do país convivam e se divirtam”. O presidente acrescentou ainda que é “muito importante incutir em tenra idade” o “fair-play e o desportivismo”, que existe no futebol.

Sara Moreira e Rui Pedro Silva na Taça da Europa A equipa feminina da Seleção Nacional venceu, no dia 7 de junho, a Taça da Europa de dez mil metros, deixando a França na segunda posição e a Espanha na terceira. A prova decorreu em Skopje, na Macedónia. Patrícia Pereira Individualmente, Jéssica Augusto foi segunda classificada com 31:55.56 minutos, atrás da francesa Calvin Clémence (31:52.86 minutos). No terceiro lugar ficou a tirsense Sara Moreira, que, com 32:01.42 minutos , regre s s a aos

grandes palcos do Atletismo Europeu com um lugar no pódio, juntando ainda a marca de qualificação para o Campeonato da Europa de Atletismo. A tirsense torna-se assim a sexta por tuguesa a conseguir qualificação para os dez mil metros do Europeu de Zurique, evento que tem lugar de 12 a 17 de agosto, e onde cada país apenas pode apresentar três atletas por prova. Sara Moreira sentia-se “orgulhosa deste resultado e regresso à 3.ª posição”, acrescentando que “agora” vai começar “a pre-

paração rumo a Zurique”. Pela seleção feminina participaram ainda Sara Catarina Ribeiro (7.ª posição), Carla Salomé Rocha 11.ª, Marisa Barros 18.ª e Cláudia Pereira 22.ª. No setor masculino, Portugal foi sexto classificado, numa prova ganha pela Turquia, seguida da Itália e da Ucrânia. Individualmente, o trofense Rui Pedro Silva foi o melhor atleta Luso, cortando a meta na 10.ª posição com 29:23.47 minutos, seguido de Ricardo Ribas na 17.ª posição e José Moreira no 30.º lugar. Tiago Costa

Atletismo

Correram 290 atletas na Prova Bernardino Machado O 4.º Grande Prémio de Atletismo Bernardino Machado regressou, no dia 8 de junho, às ruas do concelho de Vila Nova de Famalicão, onde correram 290 atletas. A prova, organizada pelo Município de Vila Nova de Famalicão em colaboração com a Associação Famalicão Concelho com Futuro, a Gestão do Núcleo Urbano e a Associação de Atletismo de Braga, começou na Avenida de França (Pavilhão Municipal) e decorreu numa “extensão de dez mil metros”, disputando “em simultâneo com o Campeonato Regional de Estrada nesta distância”, segundo contou a Associação Cultural de Vermoim (ACV). A EARO - Escola de Atletismo Rosa Oliveira ganhou coletivamente a prova. P.P.

Futsal

Encontro Concelhio reuniu 130 crianças e Pedro Ribeiro não concluíram a prova. Já pré-selecionado para os Europeus, mas na maratona, Rui Pedro Silva queria fazer “os mínimos (28.50,00 minutos)” para os dez mil metros. O trofense assegurou que “deu o seu melhor”, mas que o tempo com que concluiu a prova “não era o que esperava”. Não conseguindo os mínimos para os dez mil metros, Rui Pedro Silva afirmou que “agora é preparar a maratona do Europeu, em Zurique”.

“Treze equipas”, envolvendo “cerca de 130 atletas”, participaram no Encontro Concelhio de Escolinhas em Futsal, que se realizou no Pavilhão Municipal de Santo Tirso, no dia 7 de junho. Segundo Vítor Neto, presidente do Campeonato Concelhio de Futsal, este encontro é “um convívio entre associações e crianças do concelho, não havendo uma classificação, mas um prémio igual para toda a gente”. “Correu cinco estrelas. Já faço parte do concelhio há muitos anos e se há dia que me alegra fazer parte disto é o dia do encontro, pois é um dia fora do normal para as crianças”, denotou, contando que cada equipa recebeu “um troféu para simbolizar o dia”. Para Vítor Neto esta atividade “nunca deveria de acabar”, sendo para si “o ponto alto do campeonato” ver “esta adrenalina e o espírito das crianças a correrem atrás de uma bola”. “Acompanho o futebol de 11 e o sénior e para mim tudo o que englobe as crianças é o top”, frisou. P.P.


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Desporto

Fernando Matos é o novo presidente do FC Tirsense

Mais de uma década depois, o Futebol Clube Tirsense elegeu os novos órgãos sociais, no dia 13 de junho. Com “181 votos”, Fernando Matos ganhou as eleições frente a Ricardo Rossi, com “128 votos”. Patrícia Pereira Depois de contados os votos e anunciado o vencedor, o eleito Fernando Matos mostrou-se “satisfeito” com a vitória, que se deveu a “uma equipa” que esteve consigo e que “nem dormiu”. O presidente agora eleito contou que os projetos para os próximos dois anos dividem-se “em quatro áreas”. A “bandeira” do seu mandato passa pelas camadas jovens, uma vez que Fernando Matos é da opinião que “não se pode construir uma casa pelo telhado”. “Já ando nisto há vários com o meu filho e aquilo que vi nos vários clubes onde jogou, vou tentar aplicar no Tirsense, porque acho que é uma daquelas questões que nunca se fez e nunca se apostou, contando muito com o apoio da Câmara”, acrescentou.

O “saneamento financeiro do clube é importantíssimo, não” sabendo como é que “o vai encontrar”. A terceira área passa por “dar uma imagem a este clube”, que está com “alguma degradação”. “A minha promessa é tentar fazer obra neste clube”, acrescentou. Outro dos objetivos de Fernando Matos é chegar “aos mil sócios pagantes”. Bernardo Tavares é o treinador do FC Tirsense Já na segunda-feira, 16 de junho, a sala de reuniões da sede do Futebol Clube Tirsense acolheu a tomada de posse de Hernâni Gomes, presidente eleito da Assembleia-Geral. Na sessão, o vice-presidente cessante da Assembleia-Geral do Clube, Miguel Dias, deu posse a Hernâni Gomes, que ficou

Fernando Matos (centro) venceu eleições

com “a competência estatutária de empossar os restantes membros dos órgãos sociais”. Seguiu-se a apresentação do treinador Bernardo Tavares que assume a equipa sénior do Futebol Clube Tirsense. O presidente da direção, Fernando Matos, explicou que a “razão da escolha passou pela formação, que não vai abdicar”, uma vez que é da opinião que “a casa terá que ser construída de baixo para cima e não ao contrário”. “Acho que é o treinador ideal para pegar num projeto destes e que traz muito know how na área da formação.Esperemos que tenha sucesso, pois será o nosso sucesso”, denotou, adiantando que existiam “vários nomes em cima da mesa que foram avaliados”. A apresentação termina com “as chamadas”, a “muita pressão e interesses” que existia por parte de “muitas pessoas que tinham interesse em treinar o Tirsense”, por ser um clube histórico, mas “adormecido”. Com a aposta num “treinador jovem”, Fernando Matos espera que Bernardo venha “dinamizar” o clube, assim como “fazer a ponte entre a formação e o plantel sénior”, sendo que, para este “primeiro ano”, procura “uma época tranquila em que os resultados vêm jogo a jogo”. Para que consiga levar a bom porto a aposta na formação, o presidente avançou que “tem a garantia da Câmara” que o sintético que está a ser construído no Parque da Rabada fique pronto “no final de agosto”, para que os

jovens possam jogar “entre as 18 e as 22 horas”. Além disso, conta com “o campo que está junto às piscinas” para as crianças dos “quatro aos dez anos”. O presidente quer ainda “formar uma escola de guarda-redes”, contando com “a ajuda” do técnico. De camisola vestida e com o cartão de sócio número 1285, Bernardo Tavares contou que quando o presidente lhe ligou teve “logo a vontade de dizer que sim, mas primeiro ouviu a conversa até ao fim”. Por ter estado no Tirsense “várias vezes como observador”, Bernardo denotou que este é “um clube histórico que esteve na 1ª liga e foi campeão da 2ª Liga, da 2ªB e da 3ª divisão” e que está “adormecido”, esperando que, “juntamente com a direção, seja um catalizador para acordar este elefante, porque a região e os jesuítas assim o merecem”. “A primeira coisa que fiz foi averiguar como estão os jogadores

e o que é que foi feito na época passada. Uma coisa é certa, se temos material com qualidade, vamos dar primazia a quem cá temos e não buscar ninguém de fora. A aposta também passará pelos frutos da formação”, enumerou, completando que a sua “ambição neste momento é planear da melhor forma o plantel, juntamente com o diretor desportivo (Mota) e todas as pessoas envolventes ao Tirsense”. Sabendo que “nem todos os anos dá para ir buscar muitos jogadores à formação”, o técnico salientou que se começarem “a trabalhar desde já, quem sabe se no futuro o Tirsense tenha ainda mais jogadores na equipa principal oriundos da sua formação”. Na última temporada, Bernardo esteve no Al Hadd do Bahrain e de 2010 a 2012 foi adjunto e preparador físico do Belenenses, tendo ainda passado pelo Sporting e Benfica.

Bernardo Tavares vai dar primazia à prata da casa


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Burros de Miranda recebidos no Vale do Coronado Dóceis, amistosos e muito peludos. Estes são três dos adjetivos que caraterizam os exemplares do Burro de Miranda que estiveram em S. Mamede do Coronado, na Trofa, para serem as estrelas da “Zurra – Festa do Burro”. Patrícia Pereira Numa organização conjunta entre APVC– A ssociação para a Proteção do Vale do Coronado e a AEPGA– Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino foi possível trazer “o Cinza e o Russo”, dois exemplares já com alguma idade para serem apresentados e admirados pelos visitantes, ficando assim a “valorizar este animal que sempre ajudou o homem e que tem muita docilidade e paciência”. “Com esta iniciativa as pessoas ficaram a conhecer melhor os cuidados a ter com AF_anuncio_geral.pdf esta espécie, em

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vias de extinção assim como saber como adquirir animais desta raça”, adiantou Joana Braga, presidente da AEPGA. Durantes os dias 14 e 15 de junho, decorreu a apresentação de diversos projetos e atividades pensadas para todas as idades como a Aula do Burro, que pretende proporcionar a aproximação e o conhecimento da raça asinina de Miranda, através da realização de atividades lúdico-didáticas. O principal objetivo destas atividades não é mais do que dar a conhecer a raça asinina de Miranda –Burro de Miranda, o seu ciclo de vida, cuidados, características e usos, assim como promover e divulgar os valores culturais e naturais do Planalto Mirandês. “Esta foi uma aula singular, pois não é todos os dias que podemos aprender mais sobre o ciclo de vida do Burro de Miranda”, contou Jo1 ana17/06/14 Braga. 15:13

Escola de Ballet do Ginásio Clube de Santo Tirso comemorou o 10º aniversário “A dança como ela é” foi o tema do espetáculo comemorativo do 10º aniversário da Escola de Ballet do Ginásio Clube de Santo Tirso, que se realizou no auditório Engenheiro Eurico de Melo, no dia 8 de junho.

Decorreram ainda sessões de cinema ao ar livre, exposição de fotografia, oficina de orelhas de Burro, jogos populares entre muitas outras atividades. Atualmente, a APVC tem uma parceria com a AEPGA, resultando assim no acolhimento de burros transmontanos em pleno Vale do Coronado. André Tomé, presidente da APVC, fez um balanço muito positivo dos dois dias de certame “considerando-os como a festa das famílias e das crianças já que estes Burros são raros e

tivemos oportunidade de fazer o passeio do Burro, contamos com a presença de onze animais, fazendo com que as crianças e a população em geral tivessem conhecimento”. “Vamos repetir esta atividade pois as pessoas aderiram e esta parceria com a AEPGA tem o objetivo de divulgar e proteger”, completou. O responsável agradeceu a todos quantos ajudaram a realizar e divulgar esta iniciativa. Durante a tarde de domingo, o pároco Rui Alves benzeu os animais.

Coreografadas pelos professores Aleksander Vorontsova e Elena Vorontsova, as várias classes do ginásio apresentaram o seu trabalho, contando ainda com os convidados vindos do Porto: o Estúdio de Dança Margarida Valle e o BellyStudio de Flor Coelho. Aleksander Vorontsova explicou que o espetáculo contou com as modalidades de “ballet clássico, dança de caractér, dança moderna, jazz e variação de clássico”. “Na organização deste espetáculo, os pais ajudaram muito com as roupas. Obrigada”, agradeceu. Quanto à evolução das alunas da escola de

ballet, que atualmente conta com 30 jovens, Elena Vorontsova denotou que “elas crescem e que em cada ano elas evoluem e mostram trabalho”. “Durante o ano elas trabalham muito e espero que gostem de trabalhar, pois sem trabalho não há resultados. Elas evoluem de ano para ano e apresentar coreografias com as pontas é um nível muito mais complicado”, acrescentou. Com “a crise”, o número de alunas na escola de ballet diminui, uma vez que está já contou com “cerca de 50” inscritos. Contudo, com 30 alunas, os professores garantem que conseguem “mostrar um bom trabalho”. As aulas decorrem “três vezes por semana, em clássico e pontas”. Os professores aceitam inscrições de crianças “a partir dos quatro anos de idade”, não tendo limite. Veja a reportagem video em www.jornaldoave.pt


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18 JUNHO 2014 JORNAL DO AVE

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Mixing Art promete “muita animação” “Momentos de muito divertimento” é a promessa da turma finalista do curso Técnico de Animação Sociocultural da Escola Profissional Cior, que vai dinamizar o Mixing Art, na Praça D. Maria II, em Vila Nova de Famalicão. Assim, entre os dias 20 e 22 de junho, há espetáculos, animações de rua (malabarismo, mi-

mos, espetáculos de fogo, estátuas vivas, danças), workshops (auto maquilhagem, capoeira, boxe, risoterapia, dijiridoo), demonstrações de skate e BMX, street workout, graffiti, aula de body combate e zumba, espetáculos de reggae, hip-hop, POP, tunas universitárias, Dj’s, mercado e gastronomia. “Esperamos

Farmácias Farmácias Santo Tirso Dia 18 - Farmácia Salutar Dia 19 - Farmácia Faria Dia 20 - Farmácia Vilalva Dia 21 - Farmácia Central Dia 22 - Farmácia F.Machado Dia 23 - Farmácia Salutar Dia 24 - Farmácia Faria Dia 25 - Farmácia Vilalva Dia 26 - Farmácia Central Dia 27 - Farmácia F.Machado Dia 28 - Farmácia Salutar Dia 29 - Farmácia Faria Dia 30 - Farmácia Vilalva Dia 1 julho - Farmácia Central Dia 2 - Farmácia F. Machado

Farmácias Vila Nova Famalicão Dia 18 - Farmácia Cameira Dia 19 - Farmácia Central Dia 20 - Farmácia Nogueira Dia 21 - Farmácia Valongo Dia 22 - Farmácia Gavião Dia 23 - Farmácia Barbosa Dia 24 - Farmácia Cameira Dia 25 - Farmácia Central Dia 26 - Farmácia de Calendário Dia 27 - Farmácia Valongo Dia 28 - Farmácia Gavião Dia 29 - Farmácia Barbosa Dia 30 - Farmácia Cameira Dia 1 julho - Farmácia Central Dia 2 - Farmácia de Calendário

Farmácias Trofa Dia 18 - Farmácia Trofense Dia 19 - Farmácia Barreto Dia 20 - Farmácia Nova Dia 21 - Farmácia Moreira Padrão Dia 22 - Farmácia de Ribeirão Dia 23 - Farmácia Trofense Dia 24 - Farmácia Barreto Dia 25 - Farmácia Nova Dia 26 - Farmácia Moreira Padrão Dia 27 - Farmácia de Ribeirão Dia 28 - Farmácia Trofense Dia 29 - Farmácia Barreto Dia 30 - Farmácia Nova Dia 01 de julho - Farmácia Moreira Padrão Dia 02 – Farmácia de Ribeirão

Contacte-nos e dê as suas sugestões que estes dias sejam do vosso agrado e que correspondem às expectativas”, avançou fonte da organização, referindo que o projeto tem “o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e de outras entidades”. P.P.

Quer que a sua coletividade, associação, grupo social, desportivo e educacional seja tema de notícia no nosso Jornal? Gostaria de ver algum tema retratado no Jornal ou sabe de algum assunto que deva ser noticiado? Então, contacte-nos através do email geral@jornaldoave.pt, onde pode informar sobre as suas atividades e apresentar as sugestões.

SUDOKU

Festival de folclore em Fradelos O Grupo Folclórico Santa Leocádia de Fradelos vai organizar o seu 14.º festival de folclore, no dia 5 de julho, junto à Capela do Espírito Santo, em Vila Nova de Famalicão. O evento começa pelas 21 horas com um desfile etnográfico, na Rua do Espírito Santo, seguindo-se a entrega das lembranças e o início do festival, onde, além do grupo

organizador, vão atuar o Grupo Folclórico Nossa Senhora da Nazaré (Aveiro), Grupo Etnográfico de Corticeiro de Cima (Cantanhede), Rancho Folclórico São Martinho de Crasto (Ponte da Barca), Rancho Folclórico da Associação Cultural e Desportiva da Folhada (Marco de Canavezes) e o Rancho Folclórico S. Paio (Arcos de Valdevez). P.P.

Veja a solução do sudoku na próxima edição do Jornal do Ave

Telefones Polícia Municipal S. Tirso 252 830 400 Bombeiros Voluntários de S. Tirso 252 853 036 Bombeiros Voluntários de Vila das Aves 252 820 700 Bombeiros Voluntários Tirsenses 252 830 500 GNR de Santo Tirso 252 808 250 GNR de Vila das Aves 252 870 100 Polícia de Segurança Pública de Santo Tirso 252 860 190 Ser viço Municipal de Proteção Civil de Santo Tirso Linha azul: 808 201 056 Bombeiros Voluntários de Famalicão 252 301 112 | 252 301 115 | 252 301 117 (Emergência) Bombeiros Voluntários Famalicenses 252 330 200 (Emergência)

Fácil

Bombeiros Voluntários de Riba de Ave 252 900 200 Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Ribeirão 252 491 266 Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Oliveira São Mateus 252 938 404 Polícia Municipal Telefone: 252 320 999 Polícia de Segurança Pública 252 373 375 Guarda Nacional Republicana - Vila Nova de Famalicão 252 323 281 GNR - Riba D’ Ave 252 980 080 GNR - Joane 252 920 230

Soluções da edição anterior

Guarda Nacional Republicana Trofa 252 499 180 Bombeiros Voluntários da Trofa 252 400 700 Policia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Ficha Técnica Diretora: Magda Machado de Araújo Sub-directora: Patrícia Pereira (9687) Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda e -mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt Redação: Cátia Veloso (9699), Patrícia Pereira

Nota de Redação (9687) Composição: Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda Assinatura Anual: continente 16 €; Europa: 34,75 €; Extra europa: 44,25 €; PDF 16 € (IVA Incluído) Avulso: 0,70 €

Nib: 0038 0000 39909808771 50 Sede: Travessa de Rãs, 71 4760 Santo Tirso | Telm. 969848258 Propriedade: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda Nif. 510170269 ERC: 126524 Exemplares: 5000

Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Jornal do Ave respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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