Jornal do Ave 197

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11 de fevereiro DE 2021 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 11 de fevereiro de 2021 Nº 197 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

07 | 13 Negócios

06 Santo T irso

atribuÍdo voto de louvor ao Chefe Coelho da PSP

10 Famalicão

luz verde à ampliação do maior fabricante mundial de botões

Associações comerciais temem pelo futuro do comércio local 03 Polícia

14 Desporto

João Correia mais perto dos paralímpicos

3 detidos por ViolÊncia doméstica PUB

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS


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Atualidade

// Santo Tirso - Trofa

Começam esta sexta-feira a ser vacinados contra a Covid-19 os bombeiros do corpos de bombeiros dos concelhos de Santo Tirso e Trofa. Nesta primeira fase vão ser vacinados cerca de 50 por cento do corpo ativo dos 4 corpos de bombeiros (3 de Santo Tirso e um da Trofa), num total e 40 elementos e numa segunda fase serão os restantes elementos do corpo ativo. O processo de vacinação será efetuado no espaço cedido pela Câmara de Santo Thyrso, na Fábrica de Santo Thyrso, para funcionar como centro de vacinação para os utentes do ACES Santo Tirso/Trofa. Os critérios de seleção dos bombeiros a vacinar primeiro são vários, destacando-se entre eles o facto de ter de ser vacinado pelo menos um elemento do comando, os bombeiros assalariados, os que efetuam urgência pré hospitalar. Na

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Bombeiros de Santo Tirso e Trofa começam a ser vacinados sexta-feira

A vacinação será efetuada na Fábrica de Santo T hyrso

primeira fase o ACES Santo Tirso/Trofa vai vacinar cerca de 150 bombeiros No total nacional são 15 mil bombeiros voluntários, sapadores e municipais que vão começaram a ser vacinados contra a covid-19. Corresponde a cerca de metade do dispositivo nacional. O processo deverá demorar duas semanas. O ministro da Administração Interna sublinha que os bombeiros são o primeiro grupo das funções essenciais do Estado a ser vacinado contra covid-19 e afirma que a vacinação das forças de segurança vai começar também esta semana. A Associação Nacional de Bombeiros pede que todos sejam vacinados. Os bombeiros são responsáveis por mais de 85 por cento da ajuda pré-hospitalar, lembrando que durante a pandemia, se não fossem os bombeiros, muitos não teriam conseguido chegar ao hospital.

// Vila Nova de Famalicão

CIOR desmantela sala de aulas e empresta computadores A E scola P rof is siona l CIOR, de Vila Nova de Famalicão, procedeu ao desmantelamento de algumas salas de informática para distribuir os respetivos equipamentos informáticos pelos seus alunos mais carenciados. À semelhança do ocorrido em março do ano passado, com a implementação nesta semana da modalidade de ensino à distâ ncia como “a lte r n at i va de recurso ao ensino presencial”, a CIOR, por u m a “q uestão de con s ciência educativa, cívica e de responsabilidade social “ seguiu mais uma vez o lema “ Ninguém pode fi-

car para trás”, justificou, a propósito, José Paiva, diretor pedagógico da Escola. Para este responsável, apesar de reconhece e que “nada pode substituir o ensino presencial, ato maior da dinâmica educativa e do processo de ensino e aprendizagem em termos de vivências, metodologias, estratégias, avaliação e resultados” torna-se necessário, nesta situação de crise e de emergência, “reforçar práticas de inclusão e de solidariedade através de todos os meios ao nosso alcance”, pensando em todos, muito particularmente nos alunos mais desamparados e em

situação de maior e vários tipos de vulnerabilidade. Neste contexto de ensino à distância, a CIOR elaborou e distribuiu um manual de apoio pelos seus alunos e encarregados de educação contendo boas práticas,conselhos, normas e recomendações no sentido de aproveitar e potenciar este momento de ensino alternativo, centrado na sua maioria nas aulas teóricas. Em todo este “complexo e desafiante processo logístico” a CIOR agradece o apoio da Câmara Municipal, facto traduzido na disponibilidade de conetividade à internet de alunos carenciados, registou José Paiva.

CIOR seguiu mais uma vez o lema “ Ninguém pode ficar para trás”

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Polícia // Região

Trofa e Vila das Aves Pulseiras eletrónicas por violência doméstica O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto deteve, dia 3 de fevereiro, dois homens de 43 e 60 anos por violência doméstica, em duas situações distintas, nos concelhos da Trofa e Santo Tirso. Na primeira situação, no âmbito de uma investigação por violência doméstica no concelho da Trofa, os militares da Guarda apuraram que o suspeito de 43 anos, com antecedentes criminais por violênDetidos foram presentes a tribunal no dia 3 de fevereiro cia doméstica e condução sob o efeito do álcool, movido por ciúmes agrediu, injuriou e o agressor, consumidor habitual de bebidas alcoólicas, fez ameaçou de morte a vítima, de 42 anos, com a qual tinha com que a vítima tivesse de fugir deste e pedir auxílio a uma relação há dois anos. No último episódio de violência, amigos, motivos que levaram à sua detenção.

No segundo caso, um homem de 60 anos, com antecedentes criminais por ilícitos desta natureza, foi detido, na localidade de Vila das Aves, no concelho de Santo Tirso. O detido, consumidor habitual de bebidas alcoólicas, movido por ciúmes obsessivos e desejo de controlo, injuriava e ameaçava de morte a vítima, de 54 anos, com quem mantinha uma relação de namoro de três anos, factos que a levaram a terminar a relação. Pelo facto do agressor por não ter aceitado o fim da relação, passou a perseguir a vítima, difamando a sua imagem e nome nas redes sociais e provocando ainda danos em bens da mesma. Os detidos foram presentes dia 3 de fevereiro a primeiro interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, onde lhes foram aplicadas as medidas de coação de afastamento e proibição de se aproximarem das vítimas, proibição de contactarem com as vítimas por quaisquer meios ou formas, proibição de frequentarem os locais frequentados por estas, não se podendo aproximar num raio de 500 metros, controlados por pulseira eletrónica.

Homem de 71 anos detido por violência doméstica O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto, dia 29 de janeiro, deteve um homem de 71 anos por violência doméstica, no concelho de Santo Tirso. No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito, habitual consumidor de bebidas alcoólicas, movido por ciú-

Detidos por furto em estabelecimento de ensino O Comando Territorial de Braga, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Barcelos, deteve uma jovem de 17 anos e um homem de 23 anos por furto num estabelecimento de ensino em Riba d’ Ave, no concelho de Vila Nova de Famalicão. Na sequência de uma investigação por furto num estabelecimento de ensino, ocorrido no dia 12 de janeiro, os militares da Guarda encetaram um conjunto de diligências policiais que permitiram deter os suspeitos que forçaram o acesso ao local e furtaram bens do seu interior. Desta ação resultou a recuperação de diverso material furtado, destacando-se: um telescópio, um piano, três microscópios, uma viola, um cavaquinho, uma flauta, um televisor LCD e 12 afinadores. O material recuperado será devolvido à direção da escola. Os detidos foram constituídos arguidos, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.

mes, agrediu, injuriou e ameaçou de morte de forma reiterada a vítima, sua esposa de 70 anos, com quem está casado há 46 anos. No último episódio de violência, a vítima foi obrigada a sair de casa, o que levou o agressor a persegui-la de forma constante, exigindo o seu regresso a casa. Perante o escalar da gravidade dos factos, o suspeito foi detido e presente, dia 29 de janeiro, a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Ma-

tosinhos, onde lhe foram aplicadas as medidas de coação de afastamento da residência, proibição de se aproximar da vítima, proibição de contactar com a vítima e com as testemunhas existentes no processo por qualquer meio e proibição de frequentar os locais frequentados pela vítima, não se podendo aproximar desta num raio de 500 metros, controlado por pulseira eletrónica.

NIC de Santo Tirso deteve homem por carjaking O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de rial utilizado para perpetrar os crimes. Investigação Criminal (NIC) de Santo Tirso, no dia 8 de O detido foi presente ontem, dia 9 de fevereiro, a primeifevereiro, deteve um homem de 46 anos por tentativa de ro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Crimiroubo de veículos e posse de armas proibidas, no conce- nal do Porto, onde lhe foi decretada a medida de coação lho de Valongo. de prisão preventiva, tendo sido conduzido ao EstabeleNo âmbito de uma investigação relacionada com a ten- cimento Prisional do Porto. tativa de dois roubos de veículos, conhecido pelo termo de “carjacking”, com recurso a uma arma branca, na localidade de Alfena, os militares da Guarda conseguiram identificar e deter o suspeito. No decorrer das diligências policiais e através das características descritas pelas vítimas, foi possível reconhecer o suspeito que, devido à violência que utilizava durante os crimes, provocou numa das vítimas diversos ferimentos tendo sido necessário o seu transporte para uma unidade hospitalar. No decorrer da ação policial foi realizada uma busca domiciliária, onde foi possível apreender o seguinte material: sete armas brancas, munições e mate- E m busca domicicliária foram apreendidas armas brancas e munições


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Atualidade

//Vila Nova de Famalicão

Câmara e ACeS instalam Centro de Vacinação em Famalicão A nova fase de vacinação contra a Covid-19, que abrange idosos com 80 ou mais anos e pessoas entre os 50 e os 79 anos com patologias de insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração, vai avançar em Vila Nova de Famalicão no inicio da próxima semana no Centro de Vacinação montado exclusivamente para o efeito no CIIES – Centro de Inovação, Investigação e Ensino Superior, em Vale S. Cosme (antiga Escola CoopeCentro montado no Centro de I novação, I nvestigação e E nsino Superior, em Vale S. Cosme rativa de Ensino Didáxis), mediante uma parceria estabelecida entre o Município de Saúde de Vila Nova de Famalicão. e o ACeS AVE – Famalicão – Agrupamento de Centros O espaço cedido pelo município foi aprovado pelas

entidades de saúde após vistoria técnica ao local que confirmou as condições do mesmo na receção aos utentes, para a vacinação propriamente dita e para o período de recobro que se segue à toma da vacina. Para além de amplo espaço, a estrutura reúne um conjunto de comodidades apropriadas para o efeito disponibilizadas pela autarquia. O município assegura também pessoal para a segurança e vigilância, para higienização dos espaços e acolhimento aos utentes, assim como computadores, Wi Fi e linhas telefónicas. O Agrupamento de Centros de Saúde será a entidade técnica responsável por toda a operação de vacinação, alocando ao local recursos humanos, enfermeiros, assistentes técnicos e médicos, material e equipamentos médicos e fármacos de urgência. A fluidez do processo dependerá do ritmo de receção de vacinas enviadas pelas autoridades nacionais. Em conjunto, as duas instituições estão a trabalhar igualmente numa solução de transporte gratuito de autocarro a partir das unidades de saúde locais e da Central de Camionagem, conforme as marcações efetuadas pelo ACeS. Prevê-se nesta fase a vacinação de mais de 6 mil utentes.

Câmara e associações unidas contra isolamento social A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão quer estar mais perto da população que vive em situação de isolamento social. Para isso, a autarquia famalicense vai fazer crescer o projeto “Palavras e Afetos”, que desenvolve desde 2013 com o objetivo de combater o isolamento e a solidão, chamando para o programa o contributo das associações do concelho cujos voluntários já desenvolvem trabalho nesta área. Atualmente são já várias as instituições locais que manifestaram interesse em se associar ao projeto promovido pelo pelouro do Voluntariado da autarquia e os primeiros protocolos de adesão deverão ser assinados nos próximos dias. Com o alargamento do programa, que até agora se desenvolvia apenas com o apoio dos voluntários inscritos no Banco Municipal de Voluntariado, o presidente da Câmara Municipal espera criar em Famalicão “uma verdadeira rede municipal de proximidade e de combate à solidão e ao isolamento”. “As associações famalicenses têm desenvolvido um excelente trabalho nesta área que vai ao encontro do objetivo do ‘Palavras e Afetos’ e, por isso, não faz sentido manter este programa isolado e alheio do contributo precioso de quem está no terreno todos os dias”, acrescentou Paulo Cunha. Refira-se que o “Palavras e Afetos” foi lançado em 2013 pela Câmara Municipal para promover a melhoria da qualidade de vida da população com mais de 35 anos que vive em situação de isolamento social e fomentar práticas de voluntariado.No trabalho que realizam semanalmente, os voluntários sensibilizam e acompanham os beneficiários

Autarquia famalicense vai fazer crescer o projeto “Palavras e A fetos” do programa na realização de atividades dentro e fora de casa, auxiliando em pequenas tarefas como é o caso das idas à farmácia e/ou ao supermercado. Através de uma simples conversa, de momentos de convívio e de partilha

de histórias, os voluntários promovem também hábitos de socialização e ações de promoção da saúde física e mental.Mais informações sobre o projeto através do email voluntariado@famalicao.pt ou do número 252 320 900.


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Mosteiro de Santa Escolástica é Estrutura de Apoio de Retaguarda O Mosteiro de Santa Escolástica, no concelho de Santo Tirso, é uma das 20 Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) que estão operacionais para reforçar a capacidade de resposta no combate à pandemia de Covid-19. O Ministério da Administração Interna divulgou a lista de EAR disponíveis, sendo que as 20 já operacionais têm capacidade máxima instalada para receber 2069 utentes. Segundo a tutela, para além das 20 Estruturas já em funcionamento, existem outras oito em fase de instalação, completando assim a rede nos 18 distritos de Portugal continental. No total, a rede contará com uma capacidade máxima que ultrapassa as 2300 camas. Através do despacho publicado em Diário da República, assinado pelo Ministro da Administração Interna, pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e pela Ministra da Saúde,

Mosteiro está preparado para reforçar capacidade de resposta ao combate à pandemia as EAR passam a poder ser utilizadas também, excecionalmente, por pessoas internadas em unidades hospitalares, devido a condições clínicas não relacionadas

com o SARS-CoV-2, com alta clínica, mas sem necessidade de internamento em unidade hospitalar ou em outra unidade de saúde. Esta alteração reforça o já de-

finido no Despacho n.º 10942A/2020, de 6 de novembro de 2020, que determinou a criação de uma rede nacional de Estruturas de Apoio de Retaguarda

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Atualidade // Santo Tirso

(EAR). Até agora, as EAR estavam destinadas, exclusivamente, ao acolhimento de pessoas infetadas com SARS-CoV-2 e utentes de estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), infetados com SARS-CoV-2, que careçam de apoio específico, sem necessidade de internamento hospitalar. O novo despacho determina ainda que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) suporta, sempre que necessário, as despesas relativas a alimentação, eletricidade, aquecimento, gás, água, telecomunicações, lavandaria, limpeza e higienização das instalações das EAR. Nesse âmbito, a ANEPC pode agora, de acordo com as necessidades definidas pela respetiva coordenação técnica, celebrar protocolos de colaboração com as entidades detentoras das infraestruturas onde sejam instaladas as EAR, os quais podem prever o fornecimento, por parte de entidades terceiras, desses serviços.

Santo Tirso tem pronto centro de vacinação para utentes do ACES Santo Tirso/Trofa Está pronto o espaço cedido pela Câmara Municipal de Santo Tirso, na Fábrica de Santo Thyrso, para funcionar como centro de vacinação para os utentes do ACES Santo Tirso/ Trofa. Segundo o que o Jornal do Ave apurou, numa fase inicial apenas estava previsto no ACES a instalação de um centro de vacinação, que já está pronto a funcionar, na

Fábrica de Santo Thyrso, no município tirsense, na sede do agrupamento de centros de saude, mas nos últimos dias tem existido pressão para que a Trofa também tenha uma extensão do centro, instalado em Santo Tirso. A autorização para entrar em funcionamento este centro de vacinação na Trofa carece de autorização da Administração Regional de Saúde do NORTE. A segunda fase de vacinação co-

Fábrica de Santo T hyrso tem tudo pronto para receber vacinação meçou na quinta-feira, 4 de fevereiro, no norte do país em alguns agrupamentos de centros de saúde. Um desses locais foi o ACES Vila do Conde/Póvoa de Varzim que tem, pelo menos por agora, apenas um centro de vacinação

na Póvoa de Varzim. Apesar de ainda não haver data certa no ACES Santo Tirso/Trofa a vacinação deverá começar na próxima semana e será ministrada aos idosos com mais de 80 anos ou a pessoas acima dos 50

com doenças de risco. Segundo Nuno Carvalho, diretor executivo do ACES, no total estão previstas serem vacinadas cerca de 12 mil pessoas, sendo que 4 mil são do concelho da Trofa.


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// Santo Tirso

MM4M produz milhares de máscaras no coração do Vale do Ave O ADN empreendedor corre nas veias dos empresários do Vale do Ave e exemplo disso é a criação e instalação na zona Empresarial da Várzea, em Santo Tirso da empresa Mills Masks, que criou a marca MM4M e que já produziu mais de 6,5 milhões de máscaras. Com o agravamento da pandemia, viram na produção de máscaras uma oportunidade para resistir no mercado, por isso, logo que a obrigatoriedade do uso da proteção facial foi decretada, avançaram para a criação da marca MM4M. Desde o início da laboração, em agosto de 2020, a empresa situada na Várzea do Monte, já produziu cerca de 5 milhões de máscaras cirúrgicas e 1,5 milhões de máscaras FFP2.Essencialmente a

Diariamente são produzidas cerca de 110 mil máscaras vender no mercado interno, a empresa nota já uma crescente procura das máscaras FFP2 devido

às orientações de alguns estados europeus para a adoção deste tipo de proteção.

O empresário Luís Malheiro, diretor-geral da Mills Masks adiantou que no início produziam “30

mil máscaras cirúrgicas dia e cerca de 10 mil FFP2 e passou agora para uma produção de 60 mil e 50 mil por dia respetivamente. Temos sentido um crescimento exponencial do número de encomendas”, frisou. Para responder à procura, o quadro de pessoal que conta já com 17 funcionários está a ser reforçado e há já novo investimento em vista, através da aquisição de uma nova máquina para incrementar a produção. A julgar pelas movimentações do mercado e sinais dados pelos responsáveis políticos, apesar de o processo de vacinação contra a Covid-19 já estar em marcha, esta empresa ainda terá muito trabalho pela frente para garantir a proteção da população de Portugal e de muitos outros países do mundo.

Santo Tirso atribui louvor ao Chefe Coelho da PSP O executivo municipal de santo Tirso, deliberou na reunião de Câmara, a atribuição de um voto de louvor a Armindo Coelho, que exerce funções de chefe da Polícia de Segurança Pública. Em causa está a lealdade, dedicação e os serviços prestados à população de Santo Tirso ao longo de duas décadas. Aos 54 anos, Armindo Coelho soma já vinte anos de serviço prestado junto da população de Santo Tirso e a Câmara Municipal distingue, agora, a “lealdade, determinação e dedicação pessoal à causa da Polícia de Segurança Pública, bem como um irrepreensível espírito de missão, profissionalismo e competência”, deu conta o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, em reunião do exe-

cutivo da última quinta-feira. Com uma notável carreira na Polícia de Segurança Pública, ao serviço da qual chegou a fazer segurança pessoal a altas personalidades do Estado Português, nomeadamente a antigos Presidentes da República, Armindo Coelho “conquistou o respeito e a consideração de todos os que com ele privam, assumindo-se, como um exemplo a seguir, fruto de qualidades pessoais e profissionais que vão da lealdade, empatia e humildade ao sentido de dever, disciplina e autoridade”, continuou o autarca. Para além de ter representado a Polícia de Segurança Pública nas funções de adjunto da esquadra de Santo Tirso, chefiou e coordenou policiamentos de grande complexidade em território municipal, algumas vezes

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A rmindo Coelho “sempre soube aliar a experiência em tarefas de comando e chefia” em articulação com a Polícia Municipal e a Proteção Civil Municipal, nomeadamente nas Festas de São Bento, Rali de Santo Tirso, Corrida São Silvestre, Volta a Portugal em Bicicleta, entre ou-

tros eventos de natureza desportiva e cultural. Alberto Costa sublinha o “forte caráter” e a fidelidade aos princípios que norteiam a Polícia de Segurança Pública, lembrando que

Armindo Coelho “sempre soube aliar a experiência em tarefas de comando e chefia, em matéria, por exemplo, de capacidade de planeamento e de organização, e o domínio da doutrina policial”.


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Entrevista

Presidente da ACIST em entrevista

// Santo Tirso

Miguel Rossi é o presidente da direção da Associações comercial e Industrial de Santo Tirso, a época em que se luta pela “sobrevivência” em termos comerciais e empresariais fruto das graves dificuldades económicas provocadas pela COVID-19. “Qualquer pessoa a exercer cargos públicos ou associativos sente uma grande frustração por não conseguir ir mais além na ajuda àqueles que nos procuram”, lamenta Rossi. JA- Ocupa a presidência da ACIST num contexto difícil para as empresas, devido à pandemia de Covid-19. Que desafios atravessam as organizações associadas da ACIST, neste momento? Quais os setores que têm reportado maiores dificuldades em resistir à contração económica? Miguel Rossi(MR)- Ser presidente nesta altura de uma associação patronal é efetivamente um desafio muito difícil. Qualquer pessoa a exercer cargos públicos ou associativos sente uma grande frustração por não conseguir ir mais além na ajuda àqueles que nos procuram. O maior desafio é o da sobrevivência. Sobretudo na área do comércio e restauração e na maioria dos casos micro empresas e de caris familiar. Aqui, o problema é financeiro, social e mental e temos de apoiar e cuidar destes pequenos empresários. JA- Onde residem as principais dificuldades dizem que as empresas/associadas estarem a passar neste momento? MR- Nestes sectores que referi, é a falta de clientes e a consequente perda de vendas. Os estabelecimentos comerciais estando encerrados e sem perspetivas de abertura ou normalização da atividade estão em desespero. Mesmo canais alternativos como o take-away/ entregas ao domicílio ou vendas online, apenas atenuam os prejuízos e mantém as pessoas ocupadas mas não substituem a atividade no estabelecimento. O comércio já não sabe como aguentar, não há mais por onde “rapar o tacho” para pagar água, luz, rendas, impostos e outras despesas que nunca desaparecem quando se tem uma firma aberta. JA- Quantas empresas do concelho/associadas que tiveram de encerrar desde o início da pandemia?

ACIST preocupada com o futuro do comércio Não existem dados oficiais. É visível aos olhos de todos o encerramento de bastantes lojas no concelho. O problema é cada dia que passa mais grave, se com a vacina vamos resolver a questão de saúde pública, creio que a crise económica ainda vai piorar, especialmente quando o governo começar a retirar alguns dos apoios às empresas. MR- Que estratégias ou medidas implementou/está a implementar a ACIST para apoiar os associados neste momento de contração económica? Temos estado muito próximos dos nossos associados. Nomeadamente através do apoio e esclarecimento das medidas que o governo vai lançando, com algumas iniciativas conjuntas com o Município de apoio ao comércio local e ainda com campanhas ao longos dos últimos meses dirigidas aos consumidores para comprarem em Santo Tirso. De referir, que nunca como nos últimos meses tivemos tantas solicitações e atendimentos. É também um sinal da nossa capacidade, da qualidade dos nossos colaborado-

res e da importância para o concelho de existir uma entidade como a ACIST. JA- Em que ponto está o tecido industrial e comercial do concelho de Santo Tirso em termos de adaptação digital, veículo que, neste momento, se reveste de tanta importância para conseguirem chegar aos clientes? MR - Penso que a indústria estava mais avançada nessa área e por outro lado tem tido mais resistência a esta crise. O facto do sector industrial poder laborar tem permitido, que apesar das quebras, esteja para já a resistir e ter canais internos e de exportação abertos. O comércio local transformou-se com rapidez às vendas digitais. Felizmente, não temos o hábito de ficar parados e com as lojas encerrados os proprietários e colaboradores foram atrás de plataforma que lhes permitissem vender os seus produtos. No entanto, as vendas online não substituem o comércio de rua nem são em muitos casos compatíveis.


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// Vila Nova de Famalicão

Ribeirão ganha Parque de Lazer multiusos

O verão de 2021 vai trazer uma novidade à vila de Ribeirão, com a concretização do Parque de Lazer do Rio Veirão. A infraestrutura que terá múltiplas funções vai nascer, como o nome indica, junto à Avenida Rio Veirão, e deverá arrancar a sua construção em finais do mês de março, tendo um prazo de execução de três meses. A obra que era uma grande ambição da freguesia contará com um apoio financeiro da Câmara Municipal de Famalicão, no valor de 100 mil euros. Para além do subsídio, a autarquia elaborou ainda o projeto que contempla um percurso pedonal, uma zona para espetáculos ao ar livre, um parque de merendas, uma área fitness, e diverso mobiliário urbano que convida ao relaxamento e convívio. Para o presidente da Junta de Freguesia, Adelino Oliveira, “trata-se da concretização de um sonho para a vila. Este parque é um sinal do crescimento de progresso de Ribeirão, através dele vamos melhorar a qualidade de vida dos ribeirenses, oferecendo-lhes

A rranque da obra de construção previsto para março deste ano um parque multifuncional que apela ao convívio e a um estilo de vida mais saudável”.

Numa visita ainda recente efetuada à freguesia o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha,

mostrou-se muito satisfeito com o rumo de desenvolvimento da vila, apontando a qualidade das acessi-

bilidades como uma grande conquista, elogiando também a dinâmica, cultural, social e desportiva.

Famalicão triplicou verba para cheque-veterinário A Câmara Municipal de Famalicão triplicou a verba destinada ao cheque-veterinário, um apoio para as famílias famalicenses com cães ou gatos que não têm condições financeiras para os tratamentos médico-veterinários dos seus animais de companhia. A proposta que foi aprovada na última reunião do executivo municipal, que decorreu na semana passada, permitiu a renovação do protocolo com a Ordem dos Médicos Veterinários para a atribuição de cheques veterinários até ao montante de 45 mil euros, sendo que no ano passado foram disponibilizados 15 mil euros. “Decidimos reforçar esta verba, porque percebemos que temos que ir mais além nas necessidades dos famalicenses com os seus animais de estimação”, explicou o vereador da Defesa dos Animais, Pedro Sena, acrescentando que “não quer dizer que vamos gastar os 45 mil euros, mas te-

mos esta disponibilidade”. Refira-se que o “Cheque Veterinário” arrancou em 2018 e tem como objetivo criar uma rede de cuidados primários médico-veterinários para animais em risco, nomeadamente no que se refere à vacinação, desparasitação e esterilização, bem como outros tratamentos e urgências 24 horas. A esta parceria juntou seis clínicas veterinárias do concelho. Os interessados em beneficiar deste apoio devem contactar o Balcão Único do município, que através dos serviços de ação social fará a comprovação da carência económica. A medida abrange também as pessoas que adotarem animais no Centro de Recolha Oficial (CRO) de Famalicão e a própria população animal residente no CRO, nomeadamente na vacinação, desparasitação e esterilização para controlar a reprodução. No ano passado, beneficiaram deste apoio cerca de 400 famílias famalicenses.

R eforçamos esta verba porque temos que ir mais além nas necessidades dos famalicenses com os seus animais


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Santo Tirso é o município com maior investimento em esterilização de animais No total dos 150 municípios do país que aderiram à campanha da Direção Geral de Alimentação Veterinária (DGAV) para a esterilização de animais em 2020, Santo Tirso é aquele que regista o maior investimento. Ao todo, só no âmbito desta campanha, foram esterilizados no Canil /Canil Municipal de Santo Tirso 423 animais. Com a esterilização de 86 gatos, 77 cães, 145 gatas e 115 cadelas, Santo Tirso foi o município com maior investimento, num total de 12.696 euros, em castração de animais de companhia. Em números absolutos, Santo Tirso foi o sexto com maior número de esterilizações, sendo que o maior investimento prende-se com o facto de o município ter, simultaneamente, os números mais altos de cirurgias realizadas a cadelas e a gatas, as mais complexas. “Temos estado empenhados, não só em promover políticas ativas de adoção como também de controlo da população animal do concelho”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. “Efetivamente se estivéssemos a trabalhar para o ranking podíamos ter números muito superiores se tivéssemos optado por esterilizar mais machos em que as intervenções são muito mais simples e, consequentemente, mais rápidas, mas a nossa intenção é a efetividade da medida”, acrescenta. O autarca acredita que em causa está também a saúde e o bem-estar dos animais já que “estas intervenções diminuem o risco de doenças como tumores mamários”. Alberto Costa lembra que o Município tem tido “um papel ativo não só na esterilização de animais abandonados que passam pelo canil, mas também na sensibilização da população para a importância de castrar os

// Santo Tirso

S anto T irso empenhado não só em promover políticas ativas de adoção como também de controlo da população animal seus animais de companhia, garantindo-lhes uma maior esperança de vida”.

Todas as esterilizações foram realizadas pelo veterinário municipal no Canil / Gatil de Santo Tirso.

Celebrar o Carnaval a fazer máscaras Com o Carnaval à porta e na impossibilidade de promover os tradicionais festejos, devido à pandemia da Covid-19, a Câmara Municipal de Santo Tirso decidiu lançar um desafio à população: decorar a máscara de proteção individual e habilitar-se a ganhar prémios. Aberto a participantes de todas as idades, o concurso pretende despertar a criatividade e incentivar a partilha de momentos em família. Como forma de assinalar o Carnaval, o desafio é, este ano, decorar uma máscara de proteção individual e enviar uma fotografia com a máscara no rosto para o e-mail comunicacao@cm-stirso.pt até às 23h59 do dia 13 de fevereiro. Para que a participação seja válida deverá indicar o nome completo, a data de nascimento e enviar preenchido o seguinte formulário -http://bit.ly/3a4fUVn. As imagens estarão, depois, sujeitas a votação no Facebook do Município de Santo Tirso, entre as 11h00 de 14 de fevereiro e as 23h59 de 16 de fevereiro de 2021. As três máscaras com mais gostos serão premiadas com vouchers patrocinados pelo Golfe de Vale Pisão, Termas das Caldas da Saúde e pela Quinta da casa Nova. O regulamento pode ser consultado em http://bit.ly/3aC60t1.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Câmara dá luz verde à ampliação do maior fabricante mundial de botões A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão reconheceu, na última reunião do executivo municipal, o relevante interesse público de uma nova ampliação da unidade fabril da Louropel, a maior produtora de botões do mundo com uma produção diária de 9 a 12 milhões de unidades. O projeto de expansão da empresa famalicense, que está sediada na freguesia do Louro e a que corresponderá um investimento de um milhão de euros, obteve assim parecer positivo do executivo para a desafetação necessária de uma parcela de terreno da Reserva Agrícola Nacional (RAN) onde a empresa pretende instalar uma das cinco novas unidades funcionais a construir - uma estrutura autónoma de classificação e produção de materiais reciclados, designada por Unidade de Reciclagem, destinada à produção de botões a partir de material reciclado. Refira-se que os botões produzidos através de energias mais limpas e com a incorporação de produtos naturais e reciclados– os

O projeto de expansão corresponderá a um investimento de um milhão de euros chamados Botões Ecológicos Bio- sará a rececionar resíduos de ou- neutralidade carbónica e para a degradáveis - são já uma imagem tras atividades económicas, res- economia circular. Recorde-se que a Louropel emde marca da empresa famalicen- pondendo a novos padrões de se, que com a construção desta consumo ecológico e sustentável prega atualmente cerca de 250 nova unidade de reciclagem pas- e contribuindo ainda mais para a trabalhadores e o seu investimen-

to nos últimos anos ascende a 50 milhões de euros em projetos de ampliação e modernização. O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão fala numa “empresa com história, que tem apostado muito na sustentabilidade ambiental dos seus processos produtivos e que é um dos melhores exemplos para a afirmação de Famalicão como a Cidade Têxtil de Portugal”. Paulo Cunha acrescenta ainda q ue a intenção de ex pansão da Louropel “é uma boa notícia para Vila Nova de Famalicão” que, “nesta fase menos positiva, continua a ter empresas dispostas a apostar na melhoria das suas condições produtivas”. Com uma produção diária de 9 a 12 milhões de botões, a Louropel exporta cerca de 85% da produção, sendo a Europa e os Estados Unidos os seus principais mercados, fornecendo grande marcas mundiais de vestuário como a Hugo Boss, Ralph Lauren, Armani, Valentino, Kenzo, Massimo Dutti, entre outras.

Mais de 240 jovens participaram no programa Ser Europa em 2020 O Programa Ser Europa do pelouro da Educação do Município de Famalicão envolveu mais de 240 jovens do 3º ciclo e ensino secundário do concelho de Vila Nova de Famalicão. Mesmo com um ano dominado pela pandemia COVID 19, o projeto não perdeu dinamismo, passando o trabalho cooperativo e de formação para as plataformas online. O projeto envolve, sobretudo, jovens entre os 13 e os 21 anos que, semanalmente, se reúnem para discutir questões relacionadas com a Educação para a Cidadania Europeia e desenvolvem, de forma concertada, nas suas comunidades educativas e em parceria com entidades locais, projetos de intervenção cívica centrados no voluntariado e em pequenas ações de investigação sobre as temáticas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030 e Educação para a Cidadania Global. Durante 2020, os projetos de

intervenção cívica, para além do modelo de intervenção comunitário e presencial, tiveram também uma forte presença online, adaptando-se às novas realidades geradas pelos tempos de pandemia. Os jovens envolvidos estiveram integrados em grupos de capacitação, em espaços de trabalho cooperativo denominados de Clubes Europa Aventura, todos eles ligados em rede. A Rede de Clubes Europa Aventura apoiadas pelo Programa Ser Europa envolve as Escolas D. Maria II, Escola Básica de Pedome, Escola Secundária D. Sancho I, Escola Profissional Forave, Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, Escola Básica de Ribeirão e INA - Instituto Nun’Alvares. Estes grupos de capacitação têm como objetivos gerais criar um espírito europeu entre os seus membros, transmitindo-o aos outros membros da comunidade em que estão inseridos, promover, com o apoio das entidades com-

M esmo com um ano dominado pela pandemia COVID 19 o projeto não perdeu dinamismo petentes, ações de dinamização tendentes a uma melhor informação sobre a Europa Comunitária, nomeadamente, aspetos geográficos, históricos, culturais, económicos e as próprias instituições e promover o conhecimento do património cultural e natural da Europa e dos problemas contemporâneos que a Europa enfrenta. Ao mesmo tempo, desenca-

deiam um conjunto de ações que também pretendem contribuir para a compreensão do pluralismo europeu, para a compreensão e tolerância recíprocas, para uma tomada de consciência relativamente à interdependência europeia e mundial e à necessidade de cooperação e ainda contribuir para a criação do sentido de responsabilidade dos alunos en-

quanto jovens cidadãos europeus, no que respeita à paz, aos direitos do homem e à defesa e conservação do ambiente e do património cultural. Desde o início de 2021 são mais de 320 os jovens a quem o programa SER Europa chega que continuam a reunir-se semanalmente de forma virtual.


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Atualidade

Santo Tirso investiu mais 370 mil euros em pavimentações em Além Rio O Município de Santo Tirso deu como concluída a pavimentação da Rua Dr. Eduardo Lima Carneiro, que faz parte do plano de requalificação das vias municipais, e representou um investimento de cerca de 370 mil euros. Era apontada como uma necessidade para assegurar a segurança dos peões e automobilistas que, diariamente, percorrem os cerca de 1,6 quilómetros da Rua Dr. Eduardo Lima Carneiro, entre a Rotunda do Operário Têxtil e o Polidesportivo da Lama e já está concluída. Localizada na União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, a Estrada Municipal

510 foi alvo de uma requalificação que para além de um novo pavimento, incluiu a reconstrução de muros de suporte, a construção de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e a colocação de sinalização vertical e horizontal. “Temos vindo a resolver alguns problemas de acessibilidades que existem no concelho e este era mais um dos casos que exigia uma resolução célere, já que o desgaste do piso era grande”, sublinha o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, explicando que a intervenção se insere “num plano mais alargado, que prevê 1,5 milhões de euros de investimento em caminhos e estradas municipais”. O autarca sublinha, ainda o “pa-

// Santo Tirso

Obra é fundamental para reforçar a segurança de peões e automobilistas pel dos presidentes de junta, com quem a Câmara Municipal mantém um diálogo constante, no sen-

tido de priorizar intervenções e ir ao encontro das necessidades da população”.

A requalificação da EM 510 representou um investimento de cerca de 370 mil euros.

Obras nas Ruas de Monte Córdova No âmbito do plano da autarquia para terminar com as ruas terras, em todo o concelho, estão concluídas seis intervenções em Monte Córdova. Financiadas pela Câmara Municipal, num investimento de 160 mil euros, as obras foram realizadas pela junta de freguesia. Estão concluídas as pavimentações da Rua D. Fernando, Rua da Encosta, Rua Presa da Ribeira, a segunda fase da Rua Nossa Senhora da Assunção, um troço da Rua de Barreiros e a Travessa do Monte. Foram, ainda, iniciados os trabalhos na Rua da Liberdade. “Trata-se de apenas um total de 1,2 quilómetros de extensão, mas são intervenções de extrema im-

portância para a mobilidade das pessoas que aí vivem”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. O autarca enaltece ainda o “importante papel dos presidentes de junta no sucesso desta empreitada levada a cabo em todo o concelho”, realçando que as obras estão a ser realizadas “apesar das dificuldades acrescidas trazidas pela pandemia”.O investimento ascende aos 160 mil euros. O plano da Câmara Municipal de Santo Tirso para acabar com as ruas em terra abrange todas as 14 freguesias do concelho, num total de 20 quilómetros de extensão, estando concluída a intervenção em 96 ruas. autarca enaltece o

“importante papel dos presidentes de junta no sucesso desta empreitada”


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Atualidade // Vila Nova de Famalicão

Famalicão avança com Programa Extraordinário de Apoio Direto à Economia Local O Município de Vila Nova de Famalicão vai lançar um novo pacote de medidas de apoio à economia local através da atribuição de “um apoio financeiro não reembolsável, mensalmente e correspondente a 50 por cento dos encargos mensais com as faturas de energia (gás e eletricidade) e ambiente (água, saneamento e resíduos sólidos) durante o ano de 2021, que representem um valor inferior ao período homólogo de 2019, com efeitos retroativos a janeiro de 2021. Os destinatários são empresas sedeadas e com estabelecimento no concelho de Vila Nova de Famalicão, incluindo empresários em nome individual” adianta a autarquia em nota de imprensa. O município de Famalicão vai

ainda manter a “suspensão do pagamento das taxas devidas pela ocupação do espaço público com esplanadas, publicidade ou outros, bem como da publicidade colocada nos estabelecimentos comerciais durante o ano de 2021”, mediante requerimento a apresentar. Vai ainda ser ciada a “plataforma de comércio eletrónico / marketplace Comércio da Vila, em parceria com a ACIF – Associação Comercial e Industrial de Famalicão, solução que permitirá, sem custos para os comerciantes, dinamizar o comércio do concelho, fortemente penalizado pelas restrições aplicadas no combate à pandemia”. Dinamização do serviço de entrega gratuita de refeições ao do-

micílio, em parceria com a “Associação de Restaurantes de Famalicão, ao dispor dos restaurantes do concelho desde o dia 14 de novembro e em funcionamento aos fins de semana e dias feriado, alargado a todos os dias da semana, ao jantar, como resposta ao segundo confinamento obrigatório” decretado é outra das medidas deste programa de apoio que Famalicão vai manter. O município famalicense vai ainda alargar “a isenção da derrama a todas as empresas com volume de negócios igual ou inferior a 250 mil euros. A Câmara Municipal promovia, todos os anos, a isenção da derrama até ao limite legal de 150 mil euros antes da pandemia”.

// Trofa

Trofa vai ter Burguer King ainda em 2021 A cadeia norte americana que detém a Burger King já iniciou, na cidade de Trofa, as obras de construção da sua loja, num investimento de cerca de 1 milhão de euros. O restaurante está a ser construído na Rotunda do Conhecimento, no terreno contiguo à bomba de Gasolina da Repsol, na estrada nacional 14, em frente ao McDonalds. O Burguer King Trofa tem abertura prevista para o verão de 2021. Há quase 20 anos em Portugal marca Burger King vai levar a cabo o rebranding e em março espera-se a abertura de um novo restaurante já com a nova identidade e fará do restaurante da trofa um dos primeiros a abrir já com novo visual. O rebranding, que vai do logótipo à presença digital da marca, é da norte-americana Jones Knowles Ritchie. “O design é uma das principais ferramentas para comunicar quem somos e o que valorizamos, e desempenha um papel crucial na criação do desejo pela nossa comida e na satisfação da experiência dos clientes”, refere Raphael Abreu, Responsável

I nvestimento será de 1 milhão de euros de Design da Restaurante Brands International, citado em nota de imprensa. “Queríamos usar o design como fio condutor para que as pessoas desejassem a nossa comida; a sua perfeição está no autêntico cozinhado na grelha ao mais puro estilo Burger King e, acima de tudo, o seu sabor.” Mudança passa pelo logotipo da marca (que não era mexido desde 1999), pelas cores (“vivas e atraentes, inspiradas no icónico processo de cozinhar a carne na grelha” com “os novos elementos visuais, nomeadamente as fotografias, possuem uma textura hiper-realista que realça o aspeto sensorial da comida”), pela ti-

pografia (a fonte exclusiva Flame), fardas (que “remetem para os mestres da grelha, combinando um estilo contemporâneo e confortável com cores e padrões marcantes”) e embalagens. “Este esforço está espelhado em todo os elementos deste novo desenho, tanto na nova identidade visual como na imagem do restaurante, mas também em toda a experiência do cliente no ambiente digital”, refere a cadeia. A nova identidade visual começa a ser visível já este ano e nos próximos anos a Burger King pretende implementar esta nova imagem nos restaurantes de todo o mundo.


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Atualidade

ACIF pede mais apoio à economia

ber se podem ou não estar abertos, horários a praticar e alternativas para continuarem a comercializar os seus produtos (comércio online), assim como informações sobre as medidas de apoio à economia e ao emprego. Temos procurado disponibilizar o máximo de informação possível, num contacto e comunicação diários com os associados, e apoios de técnicos especializados em áreas como contabilidade, jurídica, financeira ou formação. Disponibilizamos ainda apoio e um espaço online para a divulgação, promoção e venda de produtos e/ou serviços de forma digital, o Comércio da Vila, para todos os associados que pretendam desta forma continuar a fazer os seus negócios de uma outra forma, uma vez que a atividade presencial não é permitida em muitas das áreas de negócio.

A Associação Comercial e Industrial de Famalicão desafia o comércio tradicional a digitalizar-se mas reconhece a complexidade do processo. Faltam apoios em todos os setores de atividade e no setor das vendas de vestuário as quebras são de 90 por cento. Jornal do Ave (JA) - Ocupa a presidência da ACIF num contexto difícil para as empresas, devido à pandemia de Covid-19. Que desafios atravessam as organizações associadas da ACIF neste momento? Quais os setores que têm reportado maiores dificuldades em resistir à contração económica? Fernando Xavier (FX) - Os principais desafios dos associados da ACIF têm a ver com o facto de não poderem desenvolver a sua atividade económica de forma normal, uns por estarem encerrados devido às imposições do Governo e outros porque as condições para o fazerem são diferentes e com outras exigências. Dessa forma, alguns deles têm de se reinventar e procurar outras formas de conseguirem desenvolver a sua atividade porque o que está em causa é o seu meio de subsistência. O desafio é o da sobrevivência dos seus negócios. Sobrevivência essa que depende dessa capacidade de reinvenção, mas que por si só também nunca será suficiente na maioria dos casos. São necessários apoios, de

// Vila Nova de Famalicão

F ernando X avier presidente da ACIF diversos níveis, e olhar para estas questões com responsabilidade e percebendo as reais necessidades de cada área de atividade. Todos os setores atravessam dificuldades, desde a restauração até todo o tipo de comércio a retalho, sendo que por exemplo no setor do vestuário há associados da ACIF com quebras a rondar os 90% em termos de vendas. JA - Onde residem as principais dificuldades dizem que as empresas/associadas estarem

Dificuldades são a falta de liquidez e de apoios financeiros

a passar neste momento? FX - As dificuldades têm a ver com a falta de liquidez e de apoios financeiros para cumprirem com as suas obrigações. É certo que existem alguns apoios aos quais podem recorrer, mas todo o processo burocrático e o tempo que é necessário esperar por esses apoios, faz com que muitas das empresas passem por graves problemas financeiros. É preciso também que esses apoios sejam os mais adequados às diferentes áreas de atividade, respondendo rapidamente às solicitações que as diversas empresas necessitam.

sas revelam um grau de preocupação e incerteza elevados face à sua continuidade em termos de atividade. Mas o pessimismo relativamente ao futuro atinge outras áreas de atividade, como a maioria das ligadas ao comércio a retalho não alimentar. De qualquer forma, temos a noção que algumas lojas já encerraram no concelho e que esse número poderá crescer bastante ao longo deste ano de 2021 e trazer ainda repercussões nos anos seguintes, em termos do Comércio e Serviços do nosso concelho.

JA - Que estratégias ou mediJA - Quantas empresas do con- das implementou/está a implementar a ACIF para apoiar os celho/associadas que tiveram de encerrar desde o início da associados neste momento de contração económica? pandemia? FX - É nos momentos menos FX - A ACIF ainda não tem esses números nem outros dados bons que temos de dizer presenrelativos às empresas associa- te e é isso que temos tentado fazer. das, até porque nesta fase é di- Queremos sempre estar ao lado fícil perceber quais as lojas que dos nossos associados e apoiáestão encerradas em definitivo e -los naquilo que necessitem e nesas que têm apenas a sua ativida- te caso em particular temos tentade em suspenso. Existem é da- do reforçar ainda mais os serviços dos em relação a um cenário de que disponibilizamos. A ACIF tem evolução adversa da situação de um total de 900 associados das liquidez/financeira das empre- mais diversas áreas de atividade sas, em que, por dimensão, preo- e neste momento 63% dos assocupa mais as empresas de me- ciados da ACIF estão impedidos nor dimensão, constituindo uma de exercer a sua atividade em virpreocupação elevada ou mode- tude das medidas impostas pelo rada para 84% das microempre- Governo no âmbito do novo consas, face a 73% das grandes em- finamento. As principais solicitapresas. Também sabemos que ções dos associados da ACIF são no setor do alojamento e restau- por informações sobre as mediração, mais de 90% das empre- das impostas, nomeadamente sa-

JA - Em que ponto está o tecido industrial e comercial do concelho de Vila Nova de Famalicão em termos de adaptação digital, veículo que, neste momento, se reveste de tanta importância para conseguirem chegar aos clientes? FX - O processo de digitalização do comércio tradicional é algo que não se constrói do dia para a noite, mas é antes um resultado de um trabalho bem estruturado que tem de ser realizado. Primeiro, é preciso sensibilizar os comerciantes para a importância dos novos meios e modelos de negócio, baseados no online e no digital, e segundo, necessitamos de lhes dar competências e formação na área. Depois temos de lhes facilitar o acesso aos meios digitais, como por exemplo a uma loja online, a um Marketplace, às novas formas de pagamento e aos serviços de distribuição. Neste momento, em Famalicão, já existem diversas lojas e marcas com presença online, sobretudo na área do vestuário e da moda em geral, mas temos a noção de que há ainda um grande caminho a percorrer. Estamos a dar passos nesse sentido, como disse atrás, temos o projeto “Comércio de Vila”, em parceria com o Município de V. N. Famalicão, projeto esse que tem evoluído, estando neste momento a negociar-se a criação de uma plataforma específica para o comércio tradicional famalicense em formato online.


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Água Longa tem menos 5 ruas em terra EDITAL

Inserida no plano da autarquia para acabar com as ruas em terra, está concluída a pavimentação de cinco ruas em Água Longa. Intervenções foram financiadas pela Câmara Municipal e executadas pela junta de freguesia. “É um trabalho importante que está a ser levado a cabo em todo o concelho. Em boa hora decidimos descentralizar estas obras e dar um voto de confiança aos presidentes de junta, que estão próximos da população e sabem o que é prioritário “, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. O autarca destaca ainda o empenho dos presidentes de junta, “que conseguiram avançar com as obras no difícil contexto atual de pandemia da Covid-19”. Em Água Longa, estão concluídas as intervenções na Rua de S.

Jornal do Ave 11/02/2021

O s presidentes de junta sabem o que é prioritário Roque, um troço da Rua do Barreiro, segunda fase da Rua Soldado João Moreira Cunha, Rua do Outeiro e Travessa de Nossa Senhora do Rosário. O plano da Câmara Municipal de Santo Tirso para acabar com as ruas em terra abrange todas

as 14 freguesias do concelho, num total de 20 quilómetros de extensão e num investimento de dois milhões de euros. Em todo o concelho está concluída a intervenção em 96 ruas. Em Água Longa o investimento é de 50 mil euros.

CAC/ 670

Faço saber que ENDUTEX - REVESTIMENTOS TÊXTEIS, SA, pretende obter licença para uma instalação de combustiveis constituída por Armazenagem de Combustíveis Liquidos destinada a consumo próprio, sita em Rua da Baiona, 22, freguesia de Vilarinho, concelho de Santo Tirso e distrito de Porto. A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposições do Decreto-Lei n.° 267/2002, de 26 de novembro, na atual redação dada pelo Decreto-Lei n.° 217/2012, de 9 de outubro, que estabelece os procedimentos de licenciamento das instalações de armazenamento de produtos derivados do petróleo e postos de abastecimento de combustíveis e pelos respectivos regulamentos de segurança. Em conformidade com a disposição no n.° 9 da Portaria n. 1188/2003, de 10 de outubro, alterada pela Portaria n.° 1515/2007, de 30 de novembro, são convidadas as entidades singulares ou colectivas a apresentar por escrito, dentro do prazo de 20 dias contados da data de publicação deste edital, as suas reclamações contra a concessão da licença requerida pela entidade acima indicada com a seguinte constituição:

João Correia perto de garantir presença nos Paralímpicos João Correia está muito perto de garantir apuramento para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, cuja edição de 2020 foi adiada para este ano. O atleta tirsense, que representa o Centro de Atletismo de Santo Tirso, realizou a prova dos 100 metros (classe T51 – afetação de movimentos nos membros superiores e inferiores) com o registo de 22,22 segundos, após a participação no Torneio Absoluto do Norte, a 6 de fevereiro, na pista de atletismo do Complexo Desportivo de Lousada. Esta foi a melhor marca internacional do ano, o que permite a João Correia defender a 5.ª posição no ranking mundial de apuramento, quando faltam menos de dois meses para encerrar (1 de abril). Os primeiros seis classificados ganham direito a participar na competição. “Após quase um ano a treinar de forma condicionada, fruto de todas as restrições e cuidados a que a pandemia nos obriga, esta competição teve um significado muito especial, até pela sua impor-

tância, quer para mim, quer para Portugal, uma vez que nos encontramos a pouco mais de um mês para terminar a fase de atribuição de vagas para os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, e este resultado irá abrir mais uma vaga para o país, na modalidade de atletismo”, sublinhou o atleta, que dedicou o resultado “a todas as pessoas que, diariamente, se apre-

sentam na linha da frente, na luta contra a pandemia”. Com 20 anos de carreira desportiva e 68 participações em provas nacionais e internacionais, João Correia espera agora marcar mais uma página gloriosa com a participação nos Paralímpicos, que estão previstos para o final de agosto deste ano.

num total de 973.000 litros. 08/02/2021

Atualize a sua assinatura anual João Correia tem 20 anos de carreira


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Entrevista

Fernando Eurico entrevistado por aluna da OFICINA É uma das vozes da rádio, dos jogos míticos da seleção portuguesa. Nascido e criado em Peso da Régua, Fernando Eurico ainda pensou ser futebolista, mas os seus dotes artísticos acabaram por se revelar aos microfones da Antena 1. “Grita que é golo” é uma imagem de marca nos seus relatos. Grita que é preconceito bem que poderia ser a frase de lançamento desta entrevista concedida a Cátia Azevedo, aluna do curso Técnico de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade da OFICINA, em torno da igualdade de género, em especial no desporto. Que evolução notou relativamente ao desporto no que diz respeito à igualdade de género? Acho que nada é como antes. Já foi muito pior, mas agora julgo que estamos noutro patamar de evolução,porque os tempos também são diferentes, o acesso à informação é muito maior e as próprias equipas do género feminino conseguem ter equipas de comunicação que fazem chegar essa informação, que fazem “vender” essa informação aos órgãos de comunicação social. Nos tempos modernos, era o que faltava ainda vivermos como se estivéssemos na idade média e fazer distinção de géneros. É claro que há desportos em que o género masculino pode ter maior prevalência, mas há outros em que a prevalência é do género feminino. Mas no geral, penso que hoje em dia já está tudo muito mais esbatido. Por exemplo, no jornalismo desportivo as diferenças têm-se esbatido? Ainda não é o ideal, claro que não, mas progredimos de tal forma nas últimas duas décadas que nada se pode comparar a antes. E isso também se reflete não só no desporto, reflete-se na própria vida. Por exemplo, na redação da Antena 1 nós temos uma jornalista que faz tão bem ou melhor o trabalho de qualquer homem jorna-

lista, e isso espalha-se por outros órgãos de comunicação social. Portanto a questão do género na minha perspetiva já não faz muito sentido ser colocada. Isto porque nos tempos atuais as pessoas conseguem refletir melhor sobre as situações, conseguem perceber talento, inteligência, conseguem perceber todos os atributos que no género feminino as pessoas podem fazer tão bem ou melhor como as do género masculino. Então esses são os exemplos que vê em relação a quando começou a sua carreira e agora? Sim, a diferença é gritante porque quando comecei a trabalhar não havia mulheres. Só que isto vai funcionando também por arrastamento. Basta uma pessoa começar a atividade que outras acreditam que podem chegar lá. Cria-se aqui uma bola de neve imparável. Por exemplo no Canal 11, na SPORT TV, na Antena 1, temos colegas jornalistas a fazer o trabalho que antes era impossível. Dou um exemplo. Um dia uma senhora foi narradora de futebol no Brasil veio cá a Portugal, e eu fiz-lhe uma entrevista e ela perguntou-me se em Portugal existiam pessoas do género feminino a fazer desporto. Eu disse que não, ou melhor disse que estava uma colega que se chama Cláudia Martins a começar essa atividade. E ela fez questão de lhe deixar uma mensagem de incentivo porque ela foi pioneira também no Brasil há trinta ou quarenta anos atrás. Ou seja, no Brasil só os homens é que faziam narrações desportivas e essa senhora fez uma narração e aquilo correu tão bem, foi tão bom, que a partir daí ela conseguiu rivalizar com os nomes mais fortes do género masculino. Considera que o preconceito ainda persiste? Penso que os preconceitos ainda existem de forma ténue, mas por exemplo, quando vemos a Telma Monteiro fazer o que faz no Judo, quando vemos a Seleção Feminina de Futebol, que fez o que fez no último campeonato da Eu-

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F ernando E urico umas das vozes míticas da rádio ropa. Quando vemos agora uma outra judoca nomeada para a judoca revelação do ano. Quando vemos as nossas atletas nos jogos Olímpicos, como a Fernanda Ribeiro anteriormente, outras agora mais recentemente, a própria Rosa Mota, são símbolos que fazem arrastar outras senhoras para poderem fazer aquilo que elas já conseguiram. Portanto, considero que o preconceito vai sempre existir e sobretudo mais nos meios rurais. Em que ponto considera que a população portuguesa está na importância que dá ao desporto feminino? Julgo que a importância é extraordinária nesta altura, porque os portugueses sobretudo depois do feito dos homens no Campeonato da Europa 2016. Parece que de repente todos nós criamos a ideia de que Portugal é um país de super homens e também de super mulheres em termos desportivos. E, portanto, todos os feitos são vividos com grande emoção, com grande consumo de informação, com paixão nacional, quase que se confunde se é homem se é mulher, já nem é tão relevante fazer essa distinção do género. E portanto, eu acho que no global a população portuguesa já nem faz essa distinção. Sinceramente, pode haver alguns locais mais recônditos do país onde isso seja complicado, mas globalmente a população portuguesa já não faz essa distinção e vibra com os sucessos de todos e de todas. Na sua opinião o que é que poderia ser feito para chegarmos à igualdade de género? Sobretudo é continuarmos este caminho de informação, de aber-

pt | Redação: Magda Araújo e Hermano Martins | Colaboração: António Costa, Manuel Veloso | Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:39 €; Extra europa: 45€; PDF 13 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Tiragem

tura, e também de os próprios géneros, seja masculino, seja feminino perceberem que os dois só têm a ganhar, mostrando as capacidades e mostrando que não há diferenças. Antes quem pensaria que as senhoras poderiam jogar tão bem futebol como jogam agora? A verdade é que jogam. A verdade é que a própria FIFA atribui prémios do género feminino nas galas em que realiza, com o mesmo patamar de importância que dá aos homens. Portanto, é continuar com este caminho de informação e sobretudo de abertura dos géneros. Dou sempre como exemplo os judocas masculinos que têm que treinar com outros judocas e quando não há praticam e treinam com mulheres judocas, e o contrário é igual. É um bom exemplo de que mesmo sendo diferentes em termos físicos, podem praticar e podem ajudar-se uns aos outros. É esse o caminho, um caminho mais de cooperação entre os próprios atletas, entre as próprias pessoas do meio social. E, claro, continuar esta onda de informação, porque eu acho que a desigualdade existia muito por desinformação ou por falta de acesso aos eventos. Agora as pessoas já têm montes de televisões especializadas em desporto, têm televisões generalistas e portanto, começamos a perceber que não faz sentido, nem há necessidade de estar a fazer distinção de géneros. Já presenciou algum episódio ou comentários preconceituosos em relação ao desporto feminino. Sim, claro que sim, eu acho que toda a gente já sentiu um pouco isso na pele, uns mais, outros me-

7000 exemplares| NIB: PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos

nos. Agora, também cabe a todos nós enquanto cidadãos, quando ouvimos esse tipo de comentários, fazer ver às pessoas que não é bem assim, e de lhes explicar que nos tempos modernos é quase ridículo estar a fazer esse tipo de distinções ou de fazer um crivo entre se é do género masculino ou se é do género feminino. Vemos por exemplo, que já começamos a ter senhoras a arbitrar jogos de futebol. É claro que levam sempre aquelas bocas machistas de alguns menos consciencializadas para essa diferença. A verdade é que elas estão a arbitrar, as senhoras, estão a ter confiança das altas instâncias internacionais, e portanto, claro que isso vai acontecer sempre, como costumamos dizer, tem que haver sempre alguém a ser a ovelha ranhosa. Porque razão nos últimos anos há mais mulheres a entrar na área do desporto? Talvez porque também houve aqui algum trabalho das instâncias que tutelam o futebol e no caso específico a Federação Portuguesa de Futebol que na minha opinião está a fazer um trabalho extraordinário a esse nível. Mas julgo que nos próximos anos os números vão ser muito mais surpreendentes, porque se é verdade que a prática da atividade física é muito importante, a competição também, e as mulheres não são menos competitivas que os homens. Provavelmente, até podem ser muito mais competitivas, e como eu costumo dizer, elas estão aí, ainda bem, é para ficar, e sobretudo para avançarem ainda mais, é o meu desejo.

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COVID19 – Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) vão servir para “desconfinamento controlado” A utilidade e pertinência da utilização em massa deste recurso já era defendida pelos especialistas há já muito tempo. A importância de “testar, testar, testar”. Epidemiologistas, virologistas, especialistas em saúde pública, cientistas das mais diversas áreas, governantes e representantes de inúmeras entidades falam nisso há muito tempo. É preciso andar mais rápido do que o vírus e identificar rapidamente o máximo dos casos de infeção para quebrar as cadeias de transmissão. E, para isso, é preciso testar, testar muita gente e testar rápido para decidir rápido. Em nota divulgada ao fim da tarde de ontem, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que os testes de rasteio à covid-19 vão ser alargados aos contactos de alto e baixo risco e também a setores de grande exposição social, como escolas e empresas. A Ministra da Saúde, Marta Temido, divulgou esta medida no dia de hoje no Parlamento: o objetivo, “e atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção”, é começar a antecipar um desconfinamento controlado. Mas o que é um Teste Rápido de Antigénio COVID19? O Teste Rápido de Antigénio é um teste de proximidade, por recurso a análise de

exsudado recolhido por zaragatoa nasofaringea e que permite detetar as proteínas do coronavírus obtendo resultados em 15-20 minutos sem necessidade de recurso a laboratório. São testes que permitem identificar rapidamente os indivíduos infetados quando a colheita é realizada nos 5 primeiros dias da doença, isolando esses casos e minimizando o risco de novas infecções ou de surtos. O Teste é realizado pela colheita de amostras do trato respiratório (exsudado da nasofaringe). São realizados de forma rápida e permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto, com leitura visual em equipamento portátil. O procedimento de colheita demora escassos segundos e o resultado é obtido em 15 minutos. As colheitas são realizadas por profissionais reconhecidos legalmente para exercer esta atividade. Na nossa equipa contamos com Enfermeiros especialistas nesta área (com vastos anos de experiência nas áreas de Urgência, Emergência Médica e Saúde Ocupacional), com milhares de testes já realizados em hospitais, domicílios particulares e empresas. Os nossos equipamentos são topo de gama, cumprindo com todos os requisitos indicados pela DGS e pelo INFARMED. De acordo com as normas da

Direção-Geral da Saúde relativa à Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, os testes rápidos de antigénios estão indicados para: • pessoas com sintomas e/ou com indicação para vigilância clínica e isolamento no domicílio nos primeiros cinco dias (inclusive) de doença; • pessoas assintomáticas que tiveram ou mantêm contacto de alto

risco com algum caso confirmado de covid-19; • surtos em escolas, lares e outras instituições ou empresas; Para seu conforto, assegurando a sua privacidade e com vista a minimizar os riscos, a nossa equipa desloca-se à sua residência ou à sua empresa. Estamos sediados na Trofa/Santo Tirso/Famalicão e asseguramos as zonas limítrofes. Para informações e agendamen-

tos ligue 91 700 92 94. Informe-se sobre os nossos preços especiais para empresas. Suspeita que pode estar infetado? Apresenta algum tipo de sintoma? Existem infetados na sua empresa ou no seu núcleo familiar? Nós podemos ajudar. Somos parte da solução! Pedro Leal Enfermeiro do Trabalho Enfermeiro de Urgência/Emergência Telemóvel 91 700 92 94


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