Jornal do Ave nº196

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28 de janeiro DE 2021 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 28 de janeiro de 2021 Nº 196 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

07 Santo Tirso

freepik

03 Covid -19

05 Atualidade

Concelhos com risco extremo de contágio

Hugo Delgado - Lusa

Desemprego subiu mais de 30 por cento em Famalicão

05 E leições P residenciais

A vitória de marcelo, a queda de marisa e a ascensão de ventura

09 Santo T irso

08 Economia

Famalicão mantém estatuto de maior exportador do norte

12 projetos a votação no OPJ PUB

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS


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JORNAL DO AVE 28 de janeiro DE 2021

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

// Santo Tirso

Incêndio em escritório na cidade

Dez equipamentos municipais com desfibrilhadores Dez infraestruturas desportivas e culturais do concelho de Vila Nova de Famalicão, contam, desde há alguns dias, com equipamento de Desfibrilhação Automática Externa, uma medida tomada pela autarquia municipal, licenciada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Pavilhões das Lameiras, Delães, Terras de Vermoim e Vila Nova de Famalicão, piscinas municipais de Oliveira S. Mateus, Ribeirão e Joane, Casa das Artes e Parque da Devesa são os espaços que foram dotados com este equipamento.

A aquisição, inserida no Programa Municipal de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE), implicou um investimento de 15 mil euros e incluiu a formação específica de “cerca de meia centena de colaboradores municipais”, ministrada pela CESPU e com certificação atribuída pelo INEM. Os desfibrilhadores são dispositivos portáteis que permitem, através de elétrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em situação de paragem cardiorrespiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou

não um choque elétrico, podendo salvar vidas. Em 2018, a Câmara Municipal tinha já adquirido um desfibrilhador automático para equipar o Estádio Municipal de Vila Nova de Famalicão, providenciado também a formação para seis colaboradores, com certificação atribuída pelo INEM. Aquando deste processo, o município fez ainda a oferta de um desfibrilhador automático externo e armário para a Academia do Futebol Clube de Famalicão, atendendo ao grande número de jovens que frequentam esta infraestrutura.

Poda de árvores na Avenida pode afetar circulação viária Estão a decorrer, até 5 de fevereiro, trabalhos de poda nas árvores situadas no separador central da Avenida 25 de Abril, na cida-

de de Vila Nova de Famalicão. A intervenção é feita, durante o dia, podendo durar até às 18h00, pelo que “poderá afetar a normal cir-

culação do trânsito nesta artéria”, alertou a autarquia, em comunicado, apelando à “compreensão” pelos “incómodos causados”.

I ncêndio não afetou estrutura do prédio Um incêndio destruiu um escritório do terceiro andar do Edifício Cidnay, na Rua de S. Bento, na cidade de Santo Tirso, ao início da tarde de 21 de janeiro. O fogo foi combatido pelos Bombeiros Voluntários Tirsenses, que mobilizaram para o local dez operacionais, apoiados por quatro veículos. “Fomos acionados pelas 14h08 para um incêndio num edifício de seis andares e chegados ao local verificamos que se tratava de um incêndio num escritório de uma imobiliária. Fizemos a evacuação de todo o edifício e o combate ao incêndio”, explicou Tiago Miranda, adjunto do comando dos Bom-

beiros “Amarelos”. Apesar de o fogo ter destruído apenas uma “pequena parte” do recheio do escritório, “a carga térmica e o fumo provocaram vários danos” no escritório, que ficou sem condições para ser utilizado depois do incêndio, que não causou danos que comprometessem a estrutura do prédio. Depois de verificadas as “condições de segurança”, o edifício pôde, de novo, ser ocupado. No local estiveram ainda a PSP, a registar a ocorrência, a Polícia Municipal, que orientou o trânsito e os serviços municipais de Proteção Civil.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Atualidade // Região

Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso estão na lista dos concelhos com mais risco de contágio da doença da Covid-19. CÁTIA VELOSO

Os dados mais recentes da Administração Regional de Saúde, referentes ao período de 19 a 25 de janeiro, dão conta de que foram registados em Vila Nova de Famalicão 1234 casos, mais 18 por cento do que os contabilizados na semana anterior (1047). Somados estes dados, o concelho apresenta numa taxa de incidência a 14 dias de 1732 casos por 100 mil habitantes. Já Santo Tirso registou, na última quinzena analisada, 952 casos, sendo que houve já uma descida das infeções: de 19 a 25 de janeiro foram registados 435 doentes, menos 16 por cento que na semana anterior (517). A taxa de incidência deste concelho a 14 dias é de 1399 infetados por 100 mil habitantes. Face a estes registos, os dois municípios estão na lista dos concelhos com risco extremo, o mais elevado, o que implica esforços redobrados de proteção por parte da população. Setenta por cento dos concelhos estão a “negro”

relativamente à situação epidemiológica. Em situação semelhante está a Trofa, com 547 casos detetados de 12 a 25 de janeiro, que refletem uma taxa de incidência de 1424 casos por cem mil habitantes. Esta terça-feira, o Jornal de Negócios atualizou a lista do número de pessoas já infetadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Vila Nova de Famalicão surge com uma percentagem de população infetada, até 18 de janeiro, de 8,9 por cento, o que corresponde a 11.717 pessoas, às quais devem ser somados 1234 infetados contabilizados de 19 a 25 de janeiro. Já Santo Tirso conta com uma percentagem de 8,38 por cento de população infetada, ou seja, 5706 pessoas, número que está também desatualizado, relativamente aos novos dados da ARSN, que aponta para mais 435 infeções desde 18 de janeiro. A Trofa, por sua vez, conta com mais de 8,34 por cento da população já infetada, o que corresponde a 3203 pessoas que já contraíram a Covid-19. A estas devem ser somadas mais 303 pessoas. Apesar das medidas impostas pelo novo confinamento geral,

foto: prostooleh

Famalicão e Santo Tirso em risco extremo de contágio

Concelhos apresentam taxa de incidência muito superior a mil casos por cem mil habitantes agravadas com o encerramento das escolas na passada sexta-feira, o movimento nas ruas é muito maior do que o verificado no primeiro Estado de Emergência. E como nunca é demais lembrar, estamos em novo Estado de Emergência, em que as regras gerais passam por ficar em casa, a não ser sair para trabalhar, fazer compras ou para tratar de algo urgente, limitar os contactos ao agregado familiar, usar máscara de proteção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir eti-

queta respiratória. Entre as medidas aprovadas recentemente, está a proibição de vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar vão ser proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em ‘take-away’. Quanto aos estabelecimentos cuja atividade não está suspensa, o Governo reajustou os horários, determinando que podem funcionar até às 20h00 durante a semana

e até às 13h00 ao fim de semana, exceto supermercados, que podem funcionar até às 17h00. Ao fim de semana, é ainda proibido a circulação entre concelhos, salvo para deslocações de trabalho ou situações de emergência. O primeiro-ministro, António Costa, adiantou que as regras delineadas “vão ser acompanhadas pelo reforço da fiscalização” por parte das autoridades e das forças de segurança, a quem foi dada indicação de maior visibilidade na via pública.

Famalicão foi o 8.º concelho que mais investiu no combate à pandemia Os dados constam do relatório “Impacto das medidas adotadas no âmbito da COVID-19 nas entidades da Administração Local do Continente”, apresentado este mês pelo Tribunal de Contas, e colocam Vila Nova de Famalicão como o segundo município da região Norte que mais investiu em ações de combate e prevenção contra a Covid-19. Comparado com os 308 municípios do país, surge na oitava posição, com 2,9 milhões de euros alocados para responder à pandemia, entre março e setembro de 2020. Neste relatório, o Tribunal de Contas procedeu à analise “do regime excecional de contratação pública, de autorização da despesa e das medidas para promover e garantir a capacidade de resposta das autarquias locais no âmbito da pandemia”, bem como à análise dos “dados da despesa relacionada com a Covid-19 re-

Famalicão já investiu quase dois milhões de euros no combate à Covid -19 portados pelas autarquias locais”. No Norte, apenas Vila Nova de Gaia superou o concelho famalicense, com 3,3 milhões de euros investidos nesta área. No topo da lista surgem os concelhos de Cascais e Lisboa, com investimentos

de 20,3 milhões e de 19,4 milhões, respetivamente. De acordo com o estudo, as autarquias locais gastaram mais de 166 milhões de euros em despesas relacionadas com o combate à pandemia.

“Entre a despesa comunica- postas como “a comparticipação da pelo município famalicense extraordinária das rendas com a está, por exemplo, a aquisição de habitação, a abertura de um peequipamentos de proteção indi- ríodo excecional de candidatuvidual; os custos assumidos com ras para obtenção de bolsas de a realização de testes à popula- estudo e a redução da fatura da ção, nomeadamente aos funcio- água para todos os famalicenses”. nários e ao universo de residen- “Os apoios que até agora foram tes em lares de idosos, unidades lançados em Famalicão contide cuidados continuados e lares nuam à disposição de todos os faresidenciais de apoio à deficiên- malicenses. Vamos estar sempre cia; a aquisição de computado- atentos e continuar a fazer o que res e outros materiais informáti- for preciso para estarmos à altucos para permitir o ensino à dis- ra das circunstâncias particulartância, entre outros”, descreveu mente difíceis em que vivemos”, a autarquia, em nova informativa. declarou o presidente da Câmara Através das transferências cor- Municipal de Vila Nova de Famarentes, a autarquia diz ter pres- licão, Paulo Cunha, que vê no estado apoio às famílias. “Em abril tudo do Tribunal de Contas uma do ano passado, a autarquia de- prova do “esforço” que a autarcidiu reforçar a área social no quia tem feito no atual contexto orçamento do município com pandémico. Cunha pretende que os famaliuma verba de cerca de dois milhões de euros para garantir as censes “vejam na Câmara Municirespostas necessárias à previ- pal um parceiro e um agente instisível crise social e económica”, tucional disponível e compromeacrescentou, enumerando res- tido com a comunidade”.


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Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso estão na lista dos concelhos com mais risco de contágio da doença da Covid-19. CÁTIA VELOSO

Os dados mais recentes da Administração Regional de Saúde, referentes ao período de 19 a 25 de janeiro, dão conta de que foram registados em Vila Nova de Famalicão 1234 casos, mais 18 por cento do que os contabilizados na semana anterior (1047). Somados estes dados, o concelho apresenta numa taxa de incidência a 14 dias de 1732 casos por 100 mil habitantes. Já Santo Tirso registou, na última quinzena analisada, 952 casos, sendo que houve já uma descida das infeções: de 19 a 25 de janeiro foram registados 435 doentes, menos 16 por cento que na semana anterior (517). A taxa de incidência deste concelho a 14 dias é de 1399 infetados por 100 mil habitantes. Face a estes registos, os dois municípios estão na lista dos concelhos com risco extremo, o mais elevado, o que implica esforços redobrados de proteção por parte da população. Setenta por cento dos concelhos estão a “negro”

relativamente à situação epidemiológica. Em situação semelhante está a Trofa, com 547 casos detetados de 12 a 25 de janeiro, que refletem uma taxa de incidência de 1424 casos por cem mil habitantes. Esta terça-feira, o Jornal de Negócios atualizou a lista do número de pessoas já infetadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. Vila Nova de Famalicão surge com uma percentagem de população infetada, até 18 de janeiro, de 8,9 por cento, o que corresponde a 11.717 pessoas, às quais devem ser somados 1234 infetados contabilizados de 19 a 25 de janeiro. Já Santo Tirso conta com uma percentagem de 8,38 por cento de população infetada, ou seja, 5706 pessoas, número que está também desatualizado, relativamente aos novos dados da ARSN, que aponta para mais 435 infeções desde 18 de janeiro. A Trofa, por sua vez, conta com mais de 8,34 por cento da população já infetada, o que corresponde a 3203 pessoas que já contraíram a Covid-19. A estas devem ser somadas mais 303 pessoas. Apesar das medidas impostas pelo novo confinamento geral,

foto: prostooleh

Famalicão e Santo Tirso em risco extremo de contágio

Concelhos apresentam taxa de incidência muito superior a mil casos por cem mil habitantes agravadas com o encerramento das escolas na passada sexta-feira, o movimento nas ruas é muito maior do que o verificado no primeiro Estado de Emergência. E como nunca é demais lembrar, estamos em novo Estado de Emergência, em que as regras gerais passam por ficar em casa, a não ser sair para trabalhar, fazer compras ou para tratar de algo urgente, limitar os contactos ao agregado familiar, usar máscara de proteção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir eti-

queta respiratória. Entre as medidas aprovadas recentemente, está a proibição de vendas ao postigo nas lojas do ramo não alimentar e de bebidas, incluindo café, nos estabelecimentos do ramo alimentar vão ser proibidas, mesmo nos que estão autorizados a vender em ‘take-away’. Quanto aos estabelecimentos cuja atividade não está suspensa, o Governo reajustou os horários, determinando que podem funcionar até às 20h00 durante a semana

e até às 13h00 ao fim de semana, exceto supermercados, que podem funcionar até às 17h00. Ao fim de semana, é ainda proibido a circulação entre concelhos, salvo para deslocações de trabalho ou situações de emergência. O primeiro-ministro, António Costa, adiantou que as regras delineadas “vão ser acompanhadas pelo reforço da fiscalização” por parte das autoridades e das forças de segurança, a quem foi dada indicação de maior visibilidade na via pública.

Famalicão foi o 8.º concelho que mais investiu no combate à pandemia Os dados constam do relatório “Impacto das medidas adotadas no âmbito da COVID-19 nas entidades da Administração Local do Continente”, apresentado este mês pelo Tribunal de Contas, e colocam Vila Nova de Famalicão como o segundo município da região Norte que mais investiu em ações de combate e prevenção contra a Covid-19. Comparado com os 308 municípios do país, surge na oitava posição, com 2,9 milhões de euros alocados para responder à pandemia, entre março e setembro de 2020. Neste relatório, o Tribunal de Contas procedeu à analise “do regime excecional de contratação pública, de autorização da despesa e das medidas para promover e garantir a capacidade de resposta das autarquias locais no âmbito da pandemia”, bem como à análise dos “dados da despesa relacionada com a Covid-19 re-

Famalicão já investiu quase dois milhões de euros no combate à Covid -19 portados pelas autarquias locais”. No Norte, apenas Vila Nova de Gaia superou o concelho famalicense, com 3,3 milhões de euros investidos nesta área. No topo da lista surgem os concelhos de Cascais e Lisboa, com investimentos

de 20,3 milhões e de 19,4 milhões, respetivamente. De acordo com o estudo, as autarquias locais gastaram mais de 166 milhões de euros em despesas relacionadas com o combate à pandemia.

“Entre a despesa comunica- postas como “a comparticipação da pelo município famalicense extraordinária das rendas com a está, por exemplo, a aquisição de habitação, a abertura de um peequipamentos de proteção indi- ríodo excecional de candidatuvidual; os custos assumidos com ras para obtenção de bolsas de a realização de testes à popula- estudo e a redução da fatura da ção, nomeadamente aos funcio- água para todos os famalicenses”. nários e ao universo de residen- “Os apoios que até agora foram tes em lares de idosos, unidades lançados em Famalicão contide cuidados continuados e lares nuam à disposição de todos os faresidenciais de apoio à deficiên- malicenses. Vamos estar sempre cia; a aquisição de computado- atentos e continuar a fazer o que res e outros materiais informáti- for preciso para estarmos à altucos para permitir o ensino à dis- ra das circunstâncias particulartância, entre outros”, descreveu mente difíceis em que vivemos”, a autarquia, em nova informativa. declarou o presidente da Câmara Através das transferências cor- Municipal de Vila Nova de Famarentes, a autarquia diz ter pres- licão, Paulo Cunha, que vê no estado apoio às famílias. “Em abril tudo do Tribunal de Contas uma do ano passado, a autarquia de- prova do “esforço” que a autarcidiu reforçar a área social no quia tem feito no atual contexto orçamento do município com pandémico. Cunha pretende que os famaliuma verba de cerca de dois milhões de euros para garantir as censes “vejam na Câmara Municirespostas necessárias à previ- pal um parceiro e um agente instisível crise social e económica”, tucional disponível e compromeacrescentou, enumerando res- tido com a comunidade”.


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//Vila Nova de Famalicão

Técnicos do município apoiam no rastreio à Covid 19 A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão disponibilizou 16 trabalhadores do município à ARS Norte, para apoio ao rastreio colaborativo à Covid-19. O município respondeu assim ao pedido de ajuda feito pela Autoridade Coordenadora do Norte, cedendo, temporariamente, dez técnicos da área da juventude, educação e desporto, dois técnicos com funções coordenadoras e quatro técnicos de ação social. Os vários colaboradores receberam formação da respetiva área de atuação, nomeadamente na realização de contactos telefónicos para deteção de casos de Criação de centro de diagnóstico móvel foi outras das medidas implementadas risco através de convívio com casos positivos, como nos contactos -se mais rápida a instituição das autarquia, como, por exemplo, telefónicos considerados de con- medidas necessárias à prevenção a construção de um edifício de forto, ou seja, orientação e escla- do contágio por Covid 19. apoio ao serviço de urgência do recimento e emissão de decla“Desde o início desta pandemia Centro Hospitalar do Médio Ave; rações de isolamento profilático. que demonstramos toda a nossa a ativação do Centro de DiagnóstiO objetivo dos inquéritos epi- disponibilidade para colaborar co Móvel para a Covid-19; a instademiológicos passa por rastrear com as entidades de saúde, por- lação de um Centro de Retaguaras cadeias de transmissão do ví- que entendemos que é necessá- da com 30 camas, no pavilhão da rus, auxiliando nessa missão os ria uma união de esforços e a en- antiga Didáxis de Vale São Costécnicos da área da saúde pública treajuda entre as diversas insti- me, para dar resposta a eventuais e libertando-os para outras mis- tuições para enfrentar a pande- necessidades; o fornecimento de sões. Deste modo, procura-se in- mia”, refere o presidente da Câ- equipamentos de proteção inditerromper mais rápido as cadeias mara Municipal, Paulo Cunha, ga- vidual a diversas instituições de de transmissão do vírus. rantindo que “o município tem ca- saúde do município; a disponibiCom este aumento de recursos pacidade de resposta para apoiar lização de duas viaturas ao servihumanos é melhorada a capaci- no que for necessário”. ço do Agrupamento de Centros dade de resposta no âmbito dos Este apoio surge no seguimento de Saúde (ACES) de Famalicão, contactos telefónicos, tornando- de outros já providenciados pela entre outros.

Mosteiro de Santa Escolástica é Estrutura de Apoio de Retaguarda O Mosteiro de Santa Escolástica, no concelho de Santo Tirso é uma das 20 Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR) que estão operacionais para reforçar a capacidade de resposta no combate à pandemia de Covid-19. O Ministério da Administração Interna divulgou a lista de EAR disponíveis, sendo que as 20 já operacionais têm capacidade máxima instalada para receber 2069 utentes. Segundo a tutela, para além das 20 Estruturas já em funcionamento, existem outras oito em fase de instalação, completando assim a rede nos 18 distritos de Portugal continental. No total, a rede contará com uma capacidade máxima que ultrapassa as 2300 camas. Através do despacho publicado hoje em Diário da República, assinado pelo Ministro da Administração Interna, pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e pela Ministra da Saúde, as EAR passam a poder ser utilizadas também, excecionalmente, por pessoas internadas em unidades hospitalares, devido a condições clínicas não relacionadas com o SARS-CoV-2, com alta clínica, mas sem necessidade de internamento em unidade hospitalar ou em outra uni-

dade de saúde. Esta alteração reforça o já definido no Despacho n.º 10942A/2020, de 6 de novembro de 2020, que determinou a criação de uma rede nacional de Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR). Até agora, as EAR estavam destinadas, exclusivamente, ao acolhimento de pessoas infetadas com SARS-CoV-2 e utentes de estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI), infetados com SARS-CoV-2, que careçam de apoio específico, sem necessidade de internamento hospitalar. O novo despacho determina ainda que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) suporta, sempre que necessário, as despesas relativas a alimentação, eletricidade, aquecimento, gás, água, telecomunicações, lavandaria, limpeza e higienização das instalações das EAR. Nesse âmbito, a ANEPC pode agora, de acordo com as necessidades definidas pela respetiva coordenação técnica, celebrar protocolos de colaboração com as entidades detentoras das infraestruturas onde sejam instaladas as EAR, os quais podem prever o fornecimento, por parte de entidades terceiras, desses serviços.

Depois do Carnaval, Famalicão Intermarché de cancela Marchas Antoninas Vila das Aves com selo

“Sabemos que as Marchas Antoninas são preparadas e pensadas pelas nossas associações com muito profissionalismo e afinco. Isso implica meses e meses de muita logística, prepara-

ção e ensaios e tal não é possí- mia da Covid-19”. Todavia, o cancelamento das vel com os tempos incertos e difíceis que atualmente vivemos”. marchas não invalida que outras Foi desta forma que a Câmara iniciativas do programa cultuMunicipal de Vila Nova de Fa- ral e desportivo da edição desmalicão, pela voz do presiden- te ano das festas do concelho se te Paulo Cunha justificou a de- realizem, ficando, para o futucisão de cancelar aquele que é ro, a “avaliação” por parte do considerado o “momento alto” executivo municipal “consoante a evolução” da situação epidas festas Antoninas. Em comunicado, a edilidade demiológica. Da reunião com as cerca de fez saber que “após reunir com as instituições e associações do 15 instituições/associações que concelho, a Câmara Municipal participam nas Marchas Antode Vila Nova de Famalicão deci- ninas, que decorreu no passado diu cancelar a edição deste ano dia 13 de janeiro, ficou também das Marchas Antoninas por falta decidido que o tema do desfile de condições para a preparação para o ano de 2022 será o mese ensaios por parte das marchas mo que tinha sido aprovado para participantes, na sequência das 2020 e adiado para 2021: “Jorlimitações impostas pela pande- nais de Vila Nova”.

Covid Safe Place A loja do Intermarché de Vila das Aves conta com o selo Covid Safe Place. Este selo, atribuído pelo organismo AQUALEHA, reconhece a implementação das boas práticas de prevenção e contenção da Covid-19, garantindo máxima segurança a todos os seus clientes, colaboradores e famílias, como tem feito desde o início da pandemia. Segundo a superfície, “o selo foi atribuído ao ponto de venda através de um rigoroso processo de controlo pelo organismo AQUALEHA, que avalia com base em cerca de 300 critérios, a implementação de procedimentos e práticas de higiene e segurança

para prevenção da Covid-19”. Os pontos de venda que detenham o certificado, têm afixado à entrada o selo Covid Safe Place. “Recorde-se que, desde o início da pandemia, todos os pontos de venda do Grupo apresentam medidas rigorosas para proteção de colaboradores e clientes, como o controlo de entradas, a colocação de acrílicos, dispensadores de gel desinfetante e marcas de distanciamento nas secções, bem como a desinfeção das superfícies e distribuição de Equipamento de Proteção Individual para os colaboradores”, acrescenta fonte do Intermarché.


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Marcelo com votação reforçada em Famalicão e Santo Tirso Marcelo Rebelo de Sousa viu reforçada a sua preferência entre os eleitores de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso. CÁTIA VELOSO

Em Vila Nova de Famalicão, o presidente candidato conseguiu 64,78 por cento dos votos, vencendo em todas as freguesias, num total de 37.678 votos. Relativamente ao sufrágio de 2016, Marcelo conseguiu mais 845 votos em território do concelho famalicense. À semelhança do total nacional, Ana Gomes ficou em 2.º lugar, recolhendo 12,53 por cento dos votos (7285). Foi a segunda mais votada em 28 freguesias. André Ventura ficou em 3.º nas intenções de voto dos famalicenses, com 9,82 por cento, conseguindo superar Ana Gomes no 2.º lugar em seis freguesias: Cruz, Fradelos, União de Gondifelos, Cavalões e Outiz, Ribeirão, União de S. Cosme do Vale, Telhado e Portela e Vilarinho das Cambas. O 4.º lugar foi para Vitorino

Silva, com 3,83 por cento. Marisa Matias conseguiu o 5.º, com 3,33 por cento, à frente de Tiago Mayan Gonçalves, 3,30 por cento, e João Ferreira, com 2,42 por cento. Em Vila Nova de Famalicão, dos 119.550 eleitores votaram 59.747, numa abstenção que se cifrou nos 50,2 por cento, maior que em 2016, quando o concelho registou 43,37 por cento de eleitores que não foram às urnas. Já em Santo Tirso, Marcelo Rebelo de Sousa também foi mais votado que nas Presidenciais de 2016, conseguindo 64,77 por cento dos votos. Ana Gomes captou 13,23 por cento do eleitorado (3719 votos), conseguindo o 2.º lugar em todas as freguesias. André Ventura ficou-se pelos 8,34 por cento dos votos, bem destacado dos restantes candidatos. O 4.º lugar foi para Vitorino Silva, com 3,79 por cento. Marisa Matias conseguiu o 5.º, com 3,56 por cento, à frente de Tiago Mayan Gonçalves, 3,39 por

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Atualidade // Região

cento, e João Ferreira, com 2,92 por cento. Em Santo Tirso, houve 53,76 por cento de abstenção, já que dos 62.128 eleitores inscritos votaram 28.728. Uma taxa bem superior à registada em 2016, que foi de 45,07 por cento. Da queda a pique de Marisa ao crescimento abrupto de Ventura Destas eleições há indicadores que interessam analisar. Apesar de ter ficado em último lugar nas votações de domingo, em Santo Tirso, João Ferreira, candidato apoiado pela PCP, conseguiu mais votos que Edgar Silva, candidato que foi apoiado pelo partido em 2016. Enquanto este angariou 671 votos, João Ferreira obteve 821. O mesmo aconteceu em Famalicão, com 1408 votos para Ferreira, quando Edgar Silva conseguiu 1136. Já Marisa Matias sofreu uma queda abrupta nas intenções de votos do eleitorado famalicen-

Paulo Cunha apoiou candidatura de M arcelo R ebelo de Sousa se. Em 2016, foi a 3.ª mais votada, com 5725 votos (8,64 por cento), mais 3791 que nas eleições deste ano, em que conseguiu 3,33 por cento. Em Santo Tirso, cenário semelhante: depois de, em 2016, ter obtido 3241 votos (9,44 por cento), desta vez, viu a sua candidatura reduzida a mil votos no concelho, que correspondeu a 3,56 por cento. Quanto a André Ventura, que se candidatou pela primeira vez

a Eleições Presidenciais, apenas há possibilidade de comparação com as últimas legislativas, de 2019. Nesse sufrágio, em Famalicão, o partido que lidera conseguiu 415 votos (0,56 por cento), menos 5296 que os conseguidos por Ventura, no domingo. Em Santo Tirso, depois de ter conseguido 99 votos nas legislativas, viu a sua candidatura às Presidenciais validada por 2344 eleitores.

Desemprego em Famalicão subiu mais de 30 por cento em 2020 A pandemia veio agravar o desemprego no País e Vila Nova de Famalicão não passou ao lado das contrariedades. Depois de ter registado um dos maiores aumentos na região, o concelho viu o número de pessoas sem emprego atenuar. CÁTIA VELOSO Em dezembro, estavam inscritas no centro de emprego em Vila Nova de Famalicão 4586 pessoas, o que representa um crescimento de 30,6 por cento, quando comparado com o mês de fevereiro, que apresentou o número mais baixo do ano: 3510. Do número total de desempregados no concelho da Trofa, em dezembro, 64 por cento estavam inscritos no centro de emprego há menos de um ano e 58 por cento eram mulheres. No concelho, a faixa etária mais afetada com o aumento do desemprego foi a inferior a 25 anos, que galgou 61 por cento, de 397 desempregados, em fevereiro, para 640, em dezembro. Seguiu-se a dos 25 aos 34 anos, com uma su-

bida de 34 por cento, e a dos mais de 55 anos, com um crescimento de 26 por cento. O agravamento do desemprego entre os mais jovens está, igualmente, refletida nos números distribuídos por níveis de ensino: o crescimento de desempregados com o ensino secundário subiu 45 por cento. A nível regional, subidas acima dos 30 por cento entre fevereiro e dezembro verificam-se nos concelhos da Maia, com um crescimento do número de pessoas sem emprego de 46,6 por cento, Vila do Conde, com uma subida de 33,8 por cento e Vila Nova de Gaia, com mais 31,3 por cento e Matosinhos, com mais 30,5 por cento. Seguem-se Gondomar (28,1 por cento) e Porto (26,4 por cento). Gondomar registou um aumento de desempregados na ordem dos 28 por cento, o Porto 26,4 por cento, a Trofa 24,3 por cento e Póvoa de Varzim 22 por cento. Valongo contava, em dezembro, com mais 20,4 por cento de pessoas inscritas no centro de emprego, relati-

vamente a fevereiro, e Braga teve um crescimento de 17,6 por cento. Santo Tirso com menor subida do desemprego Os concelhos da região com menor crescimento da taxa de desemprego foram Guimarães (14,2 por cento), Barcelos (11,6 por cento) e Santo Tirso (8,6 por cento).

Este último tinha, em dezem- centro de emprego. Quanto à escolaridade, a maior bro, 2581 desempregados, dos quais 59 por cento mulheres. A subida do desemprego verificoufaixa etária mais afetada foi a in- -se nas pessoas com o ensino seferior a 25 anos, com uma subida cundário: mais 39 por cento de dede 42 por cento, relativamente ao sempregados do que em fevereimês de fevereiro. Mas a faixa etá- ro. É neste nível que o desempreria com maior número de desem- go se faz sentir mais: 654 pessoas, pregados é a de mais de 55 anos, mais sete que os registados com com 1030 pessoas inscritas no escolaridade ao nível do 1.º ciclo.


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// Vila Nova de Famalicão

Cunha destacou importância de divulgar objetivos do desenvolvimento sustentável O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, participou, a 20 de janeiro, nas comemorações do 5.º aniversário da Aliança ODS Portugal, que decorreu online. Paulo Cun ha participou na Mesa Redonda "Smart Cities" com a moderação de Gualter Crisóstomo, da Corporate Governance Manager do CEiiA e embaixador da Aliança ODS Portugal, e com a participação de Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras; José Agostinho Marques, vereador da Câmara Municipal da Amadora, e Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa. O autarca famalicense aproveitou a sua intervenção para abordar a agenda da sustentabilidade e a forma como este tema está presente nas políticas municipais. O responsável por “um dos municípios mais tecnológicos do país, com uma indústria muito forte” – como descreveu o moderador – explicou como se conjuga tecnologia com sustentabilidade e industrialização com proteção do ambiente. Paulo Cunha destacou ainda “o papel dos municípios na implementação e divulgação dos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – na comunidade, no-

Paulo Cunha participou nas comemorações do aniversário da aliança ODS meadamente na criação de compromisso e envolvimento dos cidadãos”. Em plena "Década de Ação", a Global Compact Network Portugal, em parceria com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial, dedicou este 5.º Aniversário da Aliança ODS Portugal à necessária transformação para alcançar os ODS com o tema geral "Agenda 2030: Construir o Futuro, Agir com Impacto". Refira-se que o município de Vila Nova de Famalicão aderiu há cerca de um ano à Aliança para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Portugal, uma rede criada em 2016 pela Global Compact Network com o

objetivo de criar parcerias para a implementação em Portugal dos dezassete ODS aprovados em setembro de 2015 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Na carta de compromisso assinada pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha assumiu a vontade da autarquia famalicense em continuar a trabalhar ativamente para a “realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em cooperação com as nossas partes interessadas, com as entidades do sistema das Nações Unidas em Portugal e com a comunidade internacional, de acordo com as nossas opções estratégicas, possibilidades e prioridades operacionais”.

Refeições escolares asseguradas para alunos que precisem À semelhança do que aconteceu em março do ano passado, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai voltar a assegurar as refeições escolares para os estudantes do concelho agora que voltou a ser decretado um novo encerramento dos estabelecimentos escolares em todo o país. A medida vai manter-se enquanto vigorar a suspensão das atividades letivas, destina-se a todos os estudantes do pré-escolar ao secundário integrados nos escalões A e B, mas é também válida para todos os alunos que, justificadamente, necessitem deste apoio.

A inscrição deverá ser efetuada e solicitada pelos encarregados de educação via Agrupamento de Escolas, através do respetivo endereço eletrónico. As refeições são disponibilizadas em regime de take-away na escola afeta à área de residência do aluno, mediante prévia marcação, devendo o beneficiário da refeição ser portador de recipientes para o efeito. Recorde-se que durante os meses em que a medida esteve em vigor, de março a julho, foram disponibilizadas mais de 20 mil refeições em regime de take away.

Joane vai ganhar um novo espaço multiusos A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, a Junta de Freguesia e a Paróquia de Joane querem dar uma nova vida ao Salão Paroquial da vila. A revitalização do edifício, cujas instalações se encontram em parte inutilizadas, é uma das ambições da vila joanense para os próximos anos e foi um dos assuntos abordados na visita que levou o presidente da Câmara Municipal à freguesia. Na tarde de trabalho de 11 de janeiro, Paulo Cunha fez-se acompanhar pelo vereador das Freguesias, Mário Passos, e pelo presidente da Junta de Freguesia, António Oliveira. A vontade de colocar o espaço ao serviço da comunidade joanense foi partilhada por todos

os responsáveis e o desenvolvimento do projeto para a revitalização do edifício deverá arrancar em breve. No que toca aos últimos investimentos realizados nas acessibilidades da freguesia, destaque para a pavimentação da Rua do Romão, que contou com um apoio municipal de 45 mil euros, para a requalificação da rotunda de acesso à VIM, que contou com um apoio de 6 mil euros e para a requalificação da Avenida Padre Silva Rego, cuja obra deverá arrancar em breve. Nota também para a visita ao complexo habitacional Habitorre e ao recinto do Grupo Desportivo de Joane que, recentemente, contou com um apoio da autarquia para a substituição do sistema de

iluminação, tendo recebido ainda um apoio municipal de 11 mil euros para a construção de um gabinete de apoio médico, entre outros trabalhos. Recorde-se ainda que na última visita a Joane, em junho do ano passado, Paulo Cunha tinha já anunciado a revitalização dos terrenos da antiga estamparia Rafael, que vai dar lugar a uma nova área central na vila famalicense destinada à habitação, comércio e serviços, com um novo espaço verde para utilização recreativa, desportiva e de lazer com ligação ao Parque da Ribeira. O edil avançou então com a possibilidade de o espaço vir a receber também um equipamento de saúde pública.

R evitalização do edifício é ambição da vila joanense


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// Vila Nova de Famalicão

Começou obra de restauro da Casa de Camilo A pouco tempo de se assinalarem 106 anos sobre o grande incêndio que destruiu quase por completo a moradia onde Camilo Castelo Branco viveu entre o inverno de 1863 e a data da sua morte, a 1 de junho de 1890, em Seide, no concelho de Vila Nova de Famalicão, a Câmara Municipal iniciou a obra de renovação e restauro da Quinta e da Casa dos Caseiros, observando a traça original do edifício. “Trata-se de uma obra de enorme relevância e que espelha bem a aposta cultural do município na preservação e valorização do património camiliano. Um trabalho incessante e apaixonante que tem atravessado gerações, motivado pelo valor da obra de Camilo Castelo Branco e pelo interesse que sempre suscitou a sua atribulada existência”, afirma o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. A empreitada, que arrancou a 18 de janeiro, insere-se na candidatura “Rota Camilo: Valorização da Casa-Museu e Cemitério

da Lapa”, recentemente aprovada no âmbito do programa operacional Norte 2020, sendo cofinanciada através Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Com um investimento de cerca de 320 mil euros e o prazo de execução de um ano, a obra diz respeito à remodelação, ampliação e arranjos exteriores da Casa de Camilo. “É uma obra de arquitetura que vai valorizar ainda mais este lugar da vida e da ficção camilianas. O restauro da casa dos caseiros e a renovação da quinta permitirá, não só oferecer aos visitantes um cenário tão semelhante quanto o que Camilo experienciou, mas permitir que com essas novas infraestruturas possamos diversificar ainda mais a oferta pedagógica, cultural e científica da instituição para o melhor conhecimento da vida e da produção literária do escritor, além do período histórico em que viveu”, sublinha Paulo Cunha. Refira-se que Camilo Castelo Branco residiu na casa de Seide

E mpreitada arrancou a 18 de janeiro cerca de 26 anos. Aqui chegou por amor, aqui escreveu, viveu com a família e aqui pôs termo à vida. Considerada a mais emblemática memória viva do maior escritor do romantismo português, a Casa de São Miguel de Seide ganhou um significado histórico de fundamental importância para o conhecimento profundo de todas as temáticas camilianas.

Para além deste projeto, a candidatura apresentada em conjunto com a Venerável Irmandade da Lapa, no Porto, prevê ainda a qualificação do Cemitério da Lapa, um monumento de interesse público, onde se encontra o jazigo que guarda os restos mortais de Camilo Castelo Branco. A Câmara Municipal viu ainda aprovada ao Norte 2020 a can-

didatura «Rota Camilo: Qualificação e Divulgação Territorial». No conjunto, a autarquia famalicense irá beneficiar de um investimento de mais de 700 mil euros, contando com uma comparticipação FEDER de cerca de 500 mil euros. Os projetos envolvem, para além do município, um conjunto de instituições parceiras, com ligações importantes à memória camiliana.

Colheita de sangue no Centro Pastoral de Santo Adrião A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão vai promover uma colheita de sangue, no próximo domingo, 31 de janeiro, no Centro Pastoral de Santo Adrião, junto à nova Igreja Matriz, em Vila Nova de Famalicão. A iniciativa decorre entre as 9h00 e as 12h30 e é coordenado pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação, contando com o apoio dos Agrupamento de Escuteiros 206, da União de Freguesias de Famalicão e Calendário e da paróquia de Santo Adrião. A ação ganha especial importância, numa altura em que há escassez de sangue nos hospitais. Em comunicado, a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) alertou para este cenário “preocupante”, apelando aos portugueses que doem sangue. “O inverno traz sempre consigo uma baixa nas reservas, motivada pelo frio e pela gripe, mas este ano temos a pandemia da Covid-19 que fez baixar os níveis de sangue para níveis preocupantes”, sublinhou o presidente da FEPODABES, Alberto Mota. Depois de reservas de alguns

Colheita realiza- se no domingo grupos sanguíneos terem estado em níveis preocupantes, inferiores a sete dias, a adesão às colheitas nos últimos dias melhorou a situação nacional, no entanto, esta é uma necessidade constante. Por isso, a FEPODABES “apela a todos os dadores saudáveis, nomeadamente os mais jovens, a doarem sangue e desta forma ajudam a salvar vidas”. “A dádiva de sangue está prevista nas exceções ao confinamento, pelo que é mui-

to importante que os portugueses não desmobilizem e continuem a dar o seu contributo”, refere Alberto Mota. Todos os cidadãos com mais de 18 anos, que tenham mais de 50 quilogramas e que sejam saudáveis podem dar sangue. A informação sobre os locais oficiais de recolha de sangue está disponível no site da FEPODABES em www.fepodabes.pt e no portal www.dador.pt.


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// Vila Nova de Famalicão

Famalicão mantém estatuto de maior exportador do Norte O Anuário Estatístico da Região Norte confirmou, mais uma vez, o estatuto de maior exportador do Norte do concelho de Vila Nova de Famalicão, no ano de 2019. Com um volume de exportações avaliado em mais de dois mil milhões de euros, o município cimenta a posição já ocupada há vários anos, mantendo, igualmente, o 3.º lugar a nível nacional, apenas superado por Lisboa e Palmela. A autarquia destaca ainda outro indicador presente no relatório do Instituto Nacional de Estatística: “um saldo da balança comercial muito positivo com as exportações a valerem praticamente o dobro das importações”. “A saúde da balança comercial é, de resto, um dos fatores que merecem maior destaque, com Famalicão a chamar a si um lugar no pódio dos municípios portugueses mais bem posicionados,

A nuário E statístico coloca Famalicão, novamente, como o concelho mais exportador a norte com a proeza de um saldo positivo de quase 915 milhões de euros, resultado de uma diferença entre as exportações (2.029.890,175 euros) e as importações (1.115.344,46

euros). O concelho é, desta forma, um dos que mais contributo líquido dá para a economia nacional”, conclui a Câmara Municipal. A propósito destes dados, Pau-

lo Cunha, presidente da edilidade, não se mostrou surpreendido, apoiando-se na premissa de que “é conhecido o ADN empresarial de Vila Nova de Famalicão,

formado ao longo de várias gerações de grandes empresários, que foram sucessivamente legando às gerações subsequentes um território fortemente marcado pelo saber-fazer e pela apetência para o investimento industrial”. Este relatório apenas reporta dados de 2019, mas os revelados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Norte (CCDRN), correspondentes ao terceiro trimestre de 2020, também colocam Vila Nova de Famalicão como o concelho mais exportador a norte. Com cerca 15.000 empresas, que representam um volume de negócios na ordem dos cinco mil milhões de euros, Vila Nova de Famalicão tornou-se numa referência industrial na região, tendo na indústria transformadora – com duas mil sociedades - a área com o mais importante contributo líquido para as contas nacionais e para a empregabilidade do país.

// Santo Tirso

Projeto “Eu e a Minha Reforma” prossegue Qualificar a população sénior para as questões da gestão das finanças pessoais é o principal objetivo do projeto “Eu e A Minha reforma”, que arrancou no concelho de Santo Tirso a 23 de outubro, e que avançou para uma nova turma, esta semana. Para participar neste programa, os interessados, com mais de 55 anos, podem fazer a inscrição gratuita através do email santotirso@cm-stirso.pt ou pelo telefone 252 830 400. Apoiado pela Portugal Inovação Social, através do Fundo Social Europeu, “Eu e a Minha Reforma” vai decorrer ao longo de três anos e deverá chegar a cerca de 200 pessoas. Em causa está um investimento municipal na ordem dos 18 mil euros. O trabalho junto dos beneficiários é feito através de um projeto da Fundação Cupertino de Miranda, que o Município de Santo Tirso aceitou “de corpo e alma”. Na primeira turma, participaram 11 formandos. O objetivo do projeto é a capacitação digital e financeira através de várias ações, como os laboratórios de educação financei-

ra, que decorrem em sessões semanais. “É um programa gratuito de desenvolvimento de competências financeiras que pretende, a partir de exemplos de situações práticas do dia-a-dia, transmitir conhecimentos que permitiam melhorar a sua saúde financeira da população. As próximas sessões iniciaram a 26 de janeiro e decorrem online às terças-feiras, das 14h30 às 16h30, até dia 6 de abril”, detalhou a Câmara Municipal. “Cada vez mais, as questões são mais complexas, os produtos financeiros também são mais difíceis de entender e as pessoas, se não forem apoiadas, acabam excluídas. O mesmo acontece com a vertente digital. Há serviços financeiros, como o home banking, que implicam que as pessoas estejam capacitadas para poderem beneficiar deles, sob pena de ficarem de parte”, argumentou, no arranque do projeto, Inês Cupertino de Mirada, administradora da Fundação. Apesar de ter sido projetado e aprovado num contexto pré-pandemia, o projeto conta com as adaptações à atual situação sani-

P rojeto prossegue com nova turma tária do País. As sessões vão acontecer online e, para isso, a Fundação disponibiliza “uma equipa que está preparada e disponível para dar suporte a todos os participantes”. Este projeto é mais um investimento da Câmara Municipal de Santo Tirso no desenvolvimento das competências digitais, num esforço de tornar mais acessíveis

os serviços públicos. Sendo a Fundação Cupertino de Miranda pioneira, no país, nas questões da literacia financeira, o presidente da autarquia, Alberto Costa, considera que não podia haver “melhor parceiro”. “Tem muito know how nesta matéria e, desde logo, quando nos apresentou este projeto, dissemos que sim e avançamos de corpo e alma, porque

achávamos que fazia todo o sentido, no âmbito da estratégia do município”. Alberto Costa defende que se trata de “uma ferramenta importante, que contribui para tornar as pessoas mais informadas e resilientes, assegurando a sua inclusão na sociedade e o seu direito ao exercício pleno da cidadania”.


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Atualidade // Santo Tirso

12 projetos a votação no Orçamento Participativo Jovem Arrancam, esta quinta-feira, as votações para eleger aquele que será o vencedor da edição de 2020 do Orçamento Participativo Jovem de Santo Tirso. Até 11 de fevereiro, os jovens do concelho podem votar entre 12 projetos finalistas. Há projetos para todos os gostos, mas é na temática “Espaço Público, Espaços Verdes, Pequenos Equipamentos e Mobiliário Urbano” que se pode ver o maior número de candidatos: entre as propostas há a criação de um espaço de coworking, a construção de um parque infantil adaptado, uma “árvore tecnológica solar” - estrutura que facilita o acesso à internet e permite carregamentos de energia através de USB -, a requalificação de um parque de lazer e a criação de um parque aquático. Na “Proteção Ambiental e Energia”, foram apresentados projetos relacionados com a colocação de painéis fotovoltaicos nas escolas, oferta de cinzeiros de bolso e instalação de estruturas de recolha de beatas e chicletes. A construção de parques caninos e a colocação de um contentor para recolha de alimentação animal são as propostas relacionadas com

Projetos vencedores OPJ

A Horta Urbana foi o primeiro projeto vencedor do OPJ de e localiza-se nas traseiras da Fábrica de Santo Thyrso.

a “Proteção Animal”. No Desporto, a candidatura visa a construção de um campo de minigolfe. A edição de 2020 do OPJ de Santo Tirso contou com a participação de 44 jovens, dos quais 25, com idades compreendidas entre os 16 e os 27 anos, terão agora de agregar a comunidade da sua geração para verem a sua proposta sair vencedora da votação. As 12 propostas finalistas estão disponíveis para votação, exclusivamente, na plataforma www.opjst.cm-stirso.pt, entre esta quinta-feira, 28 de janeiro, e as 12h00 do dia 11 de fevereiro. Cada jovem, entre os 12 e os 30 anos, residente, recensea-

do ou estudante no concelho, poderá votar uma única vez, tendo de, obrigatoriamente, escolher duas propostas diferentes. “Num ano atípico como foi 2020, marcado pela pandemia, foi, sem dúvida, um desafio acrescido mobilizar os jovens para a participação neste projeto que ao longo do tempo tem dado importantes equipamentos ao concelho”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, salientando a importância de os “jovens terem uma voz ativa na sociedade”. Implementado pela Câmara Municipal de Santo Tirso em 2014, foram vencedores do Orçamento Partici-

pativo Jovem os projetos espaço de street workout e espaço desportivo em Monte Córdova, colocação de relvado sintético na Escola Básica de Vila das Aves, recuperação dos lavadouros de Monte Córdova, a construção da Praia Urbana, a criação de uma sala snoezelen e dinamização de um programa de desporto adaptado, e a construção da Horta Urbana. Tendo como objetivo reunir opiniões e contributos da população jovem do concelho de forma a adaptar as políticas públicas municipais às necessidades dos jovens, o Orçamento Participativo Jovem tem um orçamento disponível de 120 mil euros.

A Praia Urbana é uma das vencedoras do OPJ mais emblemática, pelo contributo que deu na reabilitação de uma parte da margem do Rio Ave.

A sala snoezelen foi inaugurada em 2020 e nasceu de uma proposta de alunas da Escola Básica e Secundária D. Dinis


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12 projetos a votação no Orçamento Participativo Jovem Arrancam, esta quinta-feira, as votações para eleger aquele que será o vencedor da edição de 2020 do Orçamento Participativo Jovem de Santo Tirso. Até 11 de fevereiro, os jovens do concelho podem votar entre 12 projetos finalistas. Há projetos para todos os gostos, mas é na temática “Espaço Público, Espaços Verdes, Pequenos Equipamentos e Mobiliário Urbano” que se pode ver o maior número de candidatos: entre as propostas há a criação de um espaço de coworking, a construção de um parque infantil adaptado, uma “árvore tecnológica solar” - estrutura que facilita o acesso à internet e permite carregamentos de energia através de USB -, a requalificação de um parque de lazer e a criação de um parque aquático. Na “Proteção Ambiental e Energia”, foram apresentados projetos relacionados com a colocação de painéis fotovoltaicos nas escolas, oferta de cinzeiros de bolso e instalação de estruturas de recolha de beatas e chicletes. A construção de parques caninos e a colocação de um contentor para recolha de alimentação animal são as propostas relacionadas com

// Santo Tirso

Projetos vencedores OPJ

A Horta Urbana foi o primeiro projeto vencedor do OPJ de e localiza-se nas traseiras da Fábrica de Santo Thyrso.

a “Proteção Animal”. No Desporto, a candidatura visa a construção de um campo de minigolfe. A edição de 2020 do OPJ de Santo Tirso contou com a participação de 44 jovens, dos quais 25, com idades compreendidas entre os 16 e os 27 anos, terão agora de agregar a comunidade da sua geração para verem a sua proposta sair vencedora da votação. As 12 propostas finalistas estão disponíveis para votação, exclusivamente, na plataforma www.opjst.cm-stirso.pt, entre esta quinta-feira, 28 de janeiro, e as 12h00 do dia 11 de fevereiro. Cada jovem, entre os 12 e os 30 anos, residente, recensea-

do ou estudante no concelho, poderá votar uma única vez, tendo de, obrigatoriamente, escolher duas propostas diferentes. “Num ano atípico como foi 2020, marcado pela pandemia, foi, sem dúvida, um desafio acrescido mobilizar os jovens para a participação neste projeto que ao longo do tempo tem dado importantes equipamentos ao concelho”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, salientando a importância de os “jovens terem uma voz ativa na sociedade”. Implementado pela Câmara Municipal de Santo Tirso em 2014, foram vencedores do Orçamento Partici-

pativo Jovem os projetos espaço de street workout e espaço desportivo em Monte Córdova, colocação de relvado sintético na Escola Básica de Vila das Aves, recuperação dos lavadouros de Monte Córdova, a construção da Praia Urbana, a criação de uma sala snoezelen e dinamização de um programa de desporto adaptado, e a construção da Horta Urbana. Tendo como objetivo reunir opiniões e contributos da população jovem do concelho de forma a adaptar as políticas públicas municipais às necessidades dos jovens, o Orçamento Participativo Jovem tem um orçamento disponível de 120 mil euros.

A Praia Urbana é uma das vencedoras do OPJ mais emblemática, pelo contributo que deu na reabilitação de uma parte da margem do Rio Ave.

A sala snoezelen foi inaugurada em 2020 e nasceu de uma proposta de alunas da Escola Básica e Secundária D. Dinis


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// Vila Nova de Famalicão

“Hora do Conhecimento” arrancou para dar mais saber aos anos O novo canal do Youtube do município de Vila Nova de Famalicão, intitulado Famalicão Sénior, lançou, na terça-feira, 26 de janeiro, a transmissão de um novo espaço dedicado à “Hora do Conhecimento”. O programa irá realizar-se todas as terças-feiras, pelas 11h00, e terá uma abordagem multidisciplinar com a apresentação de vários conteúdos, debates e conferências, abordando a nutrição, a psicologia, etc. O primeiro episódio foi dedicado ao Parque da Devesa. Refira-se que a emissão do canal de Youtube Famalicão Sénior

arrancou no início do mês de dezembro e tem vindo a contabilizar várias centenas de visualizações a cada programa. Especialmente dirigido aos seniores do concelho, o canal é uma ferramenta de comunicação que tem como objetivo manter os seniores ativos, informados e próximos da comunidade, especialmente durante este período de confinamento social. O prog ra ma com maior audiência é, sem dúvida, a Hora do Desporto, um momento dedicado ao exercício físico, com aulas diferenciadas. Apresentado por

Faça a sua assinatura anual e esteja a par das notícias do Ave

técnicos municipais habilitados de educação física é transmitido em estreia diariamente, pelas 10h00. E nt reta nto, à s s eg u nd a s e quartas-feiras, pelas 17h00 decorre a Hora da Cultura, um espaço dedicado a várias abordagens da cultura e do património de Famalicão, como a divulgação de acontecimentos, lendas, histórias do povo e curiosidades. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, o canal é uma resposta do município aos seniores do concelho muitos deles “habituados a uma vida ativa, repleta de exercício, animação, socialização e outras dinâmicas, que de repente se viram, mais isolados e desocupados, com as restrições provocadas pela pandemia”. “É precisamente para evitar esse isolamento e quebrar o sedentarismo que decidimos criar este canal, acessível através da internet, com uma programação constante dedicada ao desporto, à cultura e ao conhecimento”, refere. Toda a programação transmitida pode ainda ser acompanhada através das redes sociais do município, nomeadamente através do facebook, em www.facebook. com/municipiodevnfamalicao.


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Sim Bombons inova com simbiose de chocolate, cerveja e aguardente Esta é uma união inesperada, mas bem-sucedida, de um dos negócios mais promissores no setor primário português: bombons de chocolate negro recheados com cerveja de vinho verde, branco ou tinto, e aguardente. “O teor alcoólico obriga a que sejam apenas para adultos”. Quem o afirma, em tom de brincadeira, é Susana Azevedo, a empresária de Vila Nova de Famalicão que, em 2017, iniciou o projeto da sua vida, a empresa Sim Bombons, detentora da premiada marca Sim Chocolate & Flavours. Com um crescimento sólido e contínuo, foi na perspetiva da inovação que, recentemente, surgiram estes “Bombons de Cervejola”, da marca Escândalo, com uma embalagem reciclada e reciclável, já certificada. “Um produto que surpreendeu o mercado, que reagiu de forma excecional, porque, mais uma vez, fizemos diferente e com muita qualidade”, conta. A Sim Bombons está, aliás, a evoluir em matéria de sustenta-

A Sim Bombons apresentou um produto inovador bilidade e economia circular. “A consciência ambiental está presente na produção das nossas embalagens e na gestão diária da nossa atividade”, diz Susana Azevedo, 38 anos, revelando que, no quadro de uma aposta interna de reforço dessa estratégia, será lançada, ainda durante este ano, uma embalagem biodegradável.

O ano de 2020 fica marcado como “o melhor de todos”, com a empresa a registar um crescimento na ordem dos 50% face a 2019 em termos de volume de faturação. O objetivo imediato passa pela promoção das duas marcas já criadas. Para tal, desde novembro de 2019, dispõe de uma uni-

// Vila Nova de Famalicão

dade de produção com cinco co- comendas atrás de encomendas. Susana começou por levar os laboradores e em que investiu 125 mil euros num equipamento que seus bombons a eventos da reproduz 2.000 a 3.000 bombons gião e o sucesso motivou-a a quepor hora, ainda que exista uma li- rer evoluir cada vez mais, atrenha de bombons produzidos total- vendo-se a inovar em sabores e cores. Até que, em 2017, deixou mente de forma artesanal. Mas, no futuro próximo, exis- a sua profissão para abrir a Chote também a ambição de expor- colataria SIM, em Vila Nova de Fatação, prevendo-se o lançamen- malicão, com uma gama de produto de uma “nova e arrojada” mar- tos da marca Sim Chocolate & Flaca de chocolates, que vai trazer vours, constituída por bombons ao mercado “algo apimentado e artesanais recheados, tabletes, crocantes, cacos e trufas cremodiferenciador”, adianta. Susana Azevedo não tem dúvi- sas de chocolates negro, Vinho do das quando diz que tem hoje “um Porto, caramelo, espumante e vinegócio inovador que apoia o co- nhos verdes. “Cremosos por dentro e estalamércio local e os produtores nacionais, com combinações de di- diços por fora, o segredo destes versas gamas de produtos portu- produtos famalicenses está na exgueses, e já reconhecido através celência do chocolate aromático utilizado, puro de origem, 100 por de vários prémios”. A história da Sim Bombons co- cento natural”, assegura. Todos são produtos reconhecimeçou por brincadeira, no Natal de 2014, quando Susana e a filha, dos com o Selo Made IN Famalicão inspiradas pela magia da época – Produto que é Nosso, atribuído e pela descoberta em preparar pela Câmara Municipal, no âmalgo com amor, fizeram bombons bito do recente Programa de Inpara a família e amigos. Logo, sur- centivo ao Consumo de Produtos giram comentários positivos e en- Locais e Endógenos.

ACIF e Made In promovem Cimeira de Negócios CE-CPLP A Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF), em parceria com o Famalicão Made In, está a promover a Cimeira de Negócios CE-CPLP, que decorrerá de 5 a 7 de maio de 2021, no Centro Internacional de Conferências de Sipopo, em Malabo, Guiné Equatorial. A organização pertence à Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) que escolheu a Guiné Equatorial como país anfitrião para esta primeira cimeira que tem por objetivo levar ao país empresas internacionais da Comunidade CPLP, nove países, quatro continentes e países observadores associados. A parceria ACIF/Made In pretende levar as empresas famalicenses interessadas em promover a sua atividade na Guiné Equatorial, permitindo a entrada noutros mercados e estabelecer novos negócios com outras empresas. Ao mesmo tempo, visa fortalecer o papel da Guiné Equatorial no seio da Comunidade CPLP, demons-

trar o seu potencial, recursos e abertura ao investimento externo. Desta forma, serão apresentadas oportunidades de negócio, bem como instituições de suporte ao investimento internacional, indo de encontro às diretrizes de desenvolvimento do país nas seguintes áreas: energia, pesca, agricultura, transformação alimentar, formação, turismo e hotelaria, meio ambiente, saúde, transportes e indústria. A Confederação Empresarial elegeu a Guiné Equatorial para o país anfitrião da 1ª Cimeira de Negócios, com o propósito de consolidar a integração deste país na esfera da Comunidade e, demonstrar o seu enorme potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro. A CE-CPLP é uma organização fundada a 4 de junho de 2004, que tem como principal objetivo, a promoção e dinamização das relações empresariais entre associações e entidades empresa-

Cimeira realiza- se em maio riais, integradas no âmbito dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O papel de entidade promotora da cooperação económica e empresarial no espaço da CPLP foi formalmente reconhecido na XIX Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP. As empresas famalicenses interessadas em marcar presença

nesta cimeira de negócios devem consultar as condições de acesso junto da ACIF. Para mais informações podem recorrer aos seguintes contactos: inovacao@acif.pt ou 963 896 985. ACIF promove formações modulares certificadas Dirigida a ativos empregados

e desempregados, a ACIF está a promover formação modular certificada, em horário laboral, pós-laboral, presencial e online, em diversas áreas, como informática, estética, restauração, línguas, primeiros socorros, liderança, legislação, entre outras. Estas ações têm uma duração de 25 ou 50 horas, conforme referencial aprovado. O objetivo destas ações de formação é melhorar a empregabilidade da população ativa, promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade dos trabalhadores. No que concerne ao acesso à formação modular certificada, podem candidatar-se ativos empregado a partir do 4.º ano de escolaridade e desempregados inscritos no Centro de Emprego com escolaridade igual ou superior ao 12.º ano. As inscrições encontram-se abertas em www.acif.pt ou através do telefone n.º 963896985 ou do e-mail inovacao@acif.pt.


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Atualidade

Jornal do Ave - Edição 196 - 28 de janeiro de 2021

Tribunal Judicial da Comarca do Porto Juízo de Comércio de Vila Nova de Gaia - Juiz 2 ANÚNCIO VENDA POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR

INE recruta 11 mil recenseadores para os Censos O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a recrutar, em regime de Contrato de Prestação de Serviços, 11 mil recenseadores para a realização do XVI Recenseamento Geral da População e VI Recenseamento Geral da Habitação – Censos 2021. A maior operação estatística nacional vai decorrer entre os meses de abril e junho e, de acordo com o INE, a retribuição de cada recenseador irá variar em função do seu desempenho, podendo um recenseador com 600 alojamentos atribuídos e que termine o seu trabalho em 6 semanas receber, em média, 1500 euros. As candidaturas deverão ser obrigatoriamente formalizadas até 15 de fevereiro, através do preenchimento online do formulário disponível em https://recrutamento.ine.pt. Os candidatos deverão ter habilitações académicas ao nível

do 12.º ano (preferencialmente); ter competências ao nível da microinformática e da utilização das TIC; ser detentores de um smartphone (Android 5.0 ou iOS 12 ou superior, com ecrã de 5 polegadas ou superior) com ligação à internet ou tablet com ligação à internet; capacidade para estabelecer contactos interpessoais, ser cordial, agradável, metódica/o e rigorosa/o; conhecer bem a zona geográfica para a qual se candidata, ter disponibilidade aos fins de semana e durante a semana a tempo parcial e ainda disponibilidade de transporte próprio (preferencialmente). Os recenseadores serão responsáveis por distribuir cartas com códigos para acesso a resposta por internet; assegurar a totalidade das respostas; prestar todos os esclarecimentos necessários às famílias sobre a resposta aos Censos; recolher/confirmar a informação de edifício;

recolher e registar as respostas em alojamentos que não respondem pela internet e proceder à validação da informação recolhida, de acordo com as orientações recebidas. A recolha de dados para “contar” todos os cidadãos e famílias residentes no território nacional, será feita, preferencialmente, através do autopreenchimento de questionários pela Internet. Refira-se ainda que, de acordo com o INE, a decisão surge após uma rigorosa análise e avaliação da viabilidade da realização dos Censos 2021, para a qual o INE definiu um Plano de Contingência de modo a garantir a qualidade da execução dos Censos e acautelar os riscos para a população e estrutura de recolha que a operação comporta no atual contexto epidemiológico. O Plano de Contingência para os Censos 2021 inclui, entre outras medidas, a observação de um estrito protocolo de segurança de saúde pública ao abrigo das regras emanadas pelas autoridades de saúde. Ao longo de mais de 150 anos os Censos têm colocado à disposição da sociedade o maior retrato estatístico de Portugal. Os organismos públicos, as entidades privadas e os cidadãos em geral, reconhecem a utilidade da informação censitária, enquanto fator essencial para a planificação de serviços ou para a definição de políticas em áreas como a educação, a saúde, a habitação e o emprego.

Administradora de Insolvência: Dalila Lopes Insolvente: SUPORIO - Promoção e Serviços Imobiliários, Ld.ª Processo n.º 893/20.5T8VNG Nos autos acima identificados procede-se à venda por negociação particular, através de apresentação de proposta em carta fechada do seguinte bem, apreendido no âmbito do processo de insolvência: Prédio Urbano – fracção autónoma “IM” – lugar de garagem n.º18, sito na Rua Mártir Tirso, n.º 60, em Santo Tirso, descrito na Conservatória de Registo Predial de Santo Tirso sob o n.º 1081/19920626IM e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo n.º 8365-IM, da União das Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães. A proposta deverá ser enviada em envelope fechado, até dia 19 de Fevereiro de 2021, com indicação de «Proposta de Compra – Processo nº 893/20.5T8VNG - SUPORIO - Promoção e Serviços Imobiliários, Ld.ª», para a morada da administradora de insolvência na Rua Camilo Castelo Branco, n.º 21 – 1º - 4760-127 Vila Nova de Famalicão. Na proposta tem de constar o preço proposto para a aquisição do bem, a identificação completa (nome, n.º de cartão de cidadão, n.º fiscal e residência), assinatura do proponente. As propostas têm de ser acompanhadas com cheque caução bancário/visado no valor de 20%. Em caso de desistência da proposta apresentada o valor da caução reverte para a massa insolvente. O bem é vendido no estado físico e jurídico em que se encontra. Valor Base de Venda: 4.728,13€ A Administradora da Insolvência Dalila Lopes

ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 21º do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 6), titulada pelo alvará 2/78 de 11/01/1978, localizado em Rua D. João IV, nº. 80A, na freguesia de Roriz, com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais.


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Cultura // Região

“Sculp Entre Sonhos” é da autoria de Joaquim Pavão

Curta-metragem inspirada no MIEC distinguida na Argentina

Obra ficcional, baseada nas esculturas que compõem o Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC), “Sculp Entre Sonhos” recebeu o prémio de melhor filme experimental no “Festival Internacional de Cine sobre Ufología y Fenómenos Paranormales”, que decorreu no Museo Nacional de Bellas Artes de Neuquén, na Argentina. Com mais de 100 filmes em competição, o “Festival Internacional de Cine sobre Ufología y Fenómenos Paranormales” é um evento único a nível mundial que procura explorar através do cinema duas perguntas transcendentais para o ser humano “Estamos sozinhos?” e “para onde vamos?”, e distinguiu “Sculp Entre Sonhos” com o prémio de melhor filme experimental. Curta-metragem, de 23 minutos, da autoria de Joaquim Pavão, “Sculp Entre Sonhos” decorre num mundo pós-capitalis-

mo em que toda a existência está determinada, todos os problemas resolvidos e o equilíbrio atingido. Através do sonho, as personagens mergulham numa abstração antagónica à realidade onde habitam. Este confronto leva-as a questionar o seu próprio papel dentro de um sistema, promovendo a sua saída. Estes, os instáveis, habitam o contraponto, uma realidade onde o livre arbítrio entrega a existência à complexa teia de ações individuais. Joaquim Pavão realizou o filme instalação “Sculp Sonhos”, uma longa-metragem ficcional em torno do acervo do Museu Internacional de Escultura ContemporâF ilme recebeu prémio de melhor filme experimental em festival internacional na A rgentina nea, que deu também lugar a uma exposição, em 2020. “Sculp Entre e Córdoba (Argentina). Foi ain- do Alberto Carneiro. Atualmen- Reis, Fernanda Fragateiro, Júlio Le Parc, Fernando Casás e Carlos Sonhos” surge como uma interpe- da escolhido para a competição te, é composto por 57 esculturas oficial dos festivais americanos ao ar livre, dispersas por seis po- Criz Diez. A 21 de maio de 2016, lação dessa primeira obra. “Entre Sonhos” foi já exibido “Bridge Fest 2021” e “7th Art Fes- los da cidade de Santo Tirso, con- o MIEC “ganhou” a sua sede, reta com obras de 56 escultores na- sultado de um projeto que juntou na RTP2 e estreou no festival 24º tival of Miami”. O Museu Internacional de Es- cionais e internacionais, desde o os dois prémios Pritzker portuAVANCA. Posteriormente passou pelos festivais de Montecatini (Itá- cultura Contemporânea nasceu artista belga Paul Van Hoeydon- gueses, os arquitetos Álvaro Siza lia), Meihodo (Japão), OSFF (Bir- no início dos anos 90, numa ideia ck, que tem uma obra sua na lua, Vieira e Eduardo Souto de Moura. mânia), Entre Olhares (Barreiro) que partiu do escultor já faleci- até nomes como Pedro Cabrita

Setor cultural de Famalicão reconhece apoio do Município durante a pandemia As entidades culturais e artísticas de Vila Nova de Famalicão reconheceram publicamente “todo o apoio, dinâmica e empenho que o Município de Famalicão teve para com as estruturas, associações e movimentos culturais do concelho em 2020, durante a pandemia”. Os 23 representantes de associações culturais que esta terça-feira, dia 26 de janeiro, participaram na reunião extraordinária do Conselho Municipal de Cultura aprovaram, por unanimidade, a atribuição de um Voto de Louvor à Câmara Municipal pelo apoio que a autarquia prestou ao setor durante o contexto pandémico. De acordo com a proposta apresentada ao grupo pela CAISA – Cooperativa de Artes, Intervenção Social e Animação C.R.L, “mais do que apoio financeiro, são as boas palavras e a humanização municipal em relação aos agentes e associações culturais que nos

fazem ganhar forças”. A dinamização de uma programação cultural online, através do projeto municipal “Há Cultura em Casa”, e o “Anima-te”, o programa de Verão promovido pela Câmara Municipal durante os meses de julho, agosto e setembro, foram dois exemplos apontados pelos agentes culturais do concelho de iniciativas desenvolvidas pela Câmara Municipal para mitigar os efeitos da pandemia no setor. Refira-se ainda que na reunião desta terça-feira foi também apresentado e aprovado, por unanimidade, o Plano Municipal de Cultura. O documento está alinhado com a estratégia de desenvolvimento do território definida no Plano Estratégico “Famalicão Visão25” e assume como missão “a promoção da cultura como meio de consolidação da coesão social e comunitária, valorização da identidade e do território e integração no diálogo com outros

povos”, através da implementação de uma dinâmica cultural assente na diversidade, com projetos que atravessem todos os géneros e estejam em todo o território, chegando assim a um maior número de pessoas. Para tal, foram assumidos 3 eixos de orientação para a ação cultural: preservação e valorização do património com a comunidade; criação, acesso e fruição artística (produção e consumo de atividades artísticas); e mobilização e envolvimento dos atores culturais e artísticos do concelho, da comunidade e de outras parcerias. O vereador da Cultura do Município de Famalicão lembrou que se trata “de uma base de trabalho aberta aos contributos de todos os agentes culturais do concelho”. Para Leonel Rocha, mais do que um plano elaborado com o intuito de iniciar e fomentar processos de dinamização cultural no território, o Plano Municipal de Cultura resulta da constatação e po-

A nima- te foi um evento realizado no verão tenciação do trabalho já existente no concelho na área da Cultura, fruto da ação conjunta e do traba-

lho em rede realizado com os diferentes agentes e parceiros culturais e artísticos.


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Crianças em casa

O coelhinho aventureiro O Coelhinho Aventureiro, certo dia, saiu da sua casinha, que estava ao pé de um campo cheio de papoilas e, de mala na mão, com as suas gravatas nela guardadas, a escova dos dentes e uma muda limpa, partiu para ir conhecer o mundo. O Coelhinho Aventureiro andou toda a manhã sem encontrar vivalma. E chegou o meio-dia. – Bolas! – dizia para si o Coelhinho – já estou com fome e não vejo nenhuma casa onde possa encontrar alguma coisa de comer. Continuou a caminhar e, à tardinha, encontrou na berma do caminho uma linda borboleta, e disse-lhe: – Amiga Borboleta! Estou muito contente por te ter encontrado, porque eu perdi-me, sabes, e não vejo nenhuma casa onde possa passar a noite. Podes-me indicar alguma? – Sim, Coelhinho Aventureiro, respondeu a Borboleta -continua por este caminho e, ao chegar ao fim dele, verás a pousada do senhor Gato. Ali, com certeza que encontras comida e lugar para dormir. – Obrigado, linda Borboleta! Vou já para lá. E assim fez o Coelhinho aventureiro. A andar, a andar, chegou ao fim do caminho e, com efeito, encontrou a pousada e bateu à porta, perguntando: – Podem-me dar de comer e aloPinta cada objeto de acordo com a cor

jamento para esta noite? – Tens dinheiro para pagar? – perguntou o senhor Gato. – Então, não havia de ter! – respondeu o Coelhinho. – Nesse caso, podes entrar – resolveu o dono da pousada, mas nenhum dos dois tinha reparado em que, escondida atrás de umas árvores, estava a Raposa Bandida, que tinha visto chegar à pousada o Coelhinho Aventureiro. A Raposa Bandida pensou: – Mas que coelho tão gordinho! Vou esperar que saia da pousada e, logo que o tenha entre as minhas mãos, como-o guisado com tomate. Coitadinho do Coelhinho Aventureiro! Que longe estava ele de imaginar que, ao pé da casinha, estava à sua espera, pacientemente, a Raposa, lambendo já os beiços de prazer, porque vocês devem saber que uma das coisas de que ela mais gostava era de lombo de coelho grelhado, depois de

um aperitivo à base de orelhas de coelho. O Coelhinho estava a aquecer-se ao lume, enquanto assava o frango que lhe ia servir de jantar, quando entrou pela janela a Borboleta, dizendo: – Coelhinho Aventureiro, Coelhinho Aventureiro! À porta da pousada está escondida a Raposa Bandida, à espera de te apanhar, ao saíres daqui, para te espetar o dente. Não tens por onde fugir, pobre Coelhinho Aventureiro, porque a casa não tem nenhuma outra saída fora daquela onde a Raposa está à tua espera. O que é que pensas fazer? O Coelhinho foi à janela com muito cuidado. Lá estava, à espreita, perto da porta, o seu terrível inimigo. Mas o Coelhinho Aventureiro teve uma ideia feliz. Apanhou da chaminé uma brasa e, aproveitando que a Raposa tinha a cauda tão levantada que chegava até ao pé da janela, encostou-lhe a esta a brasa. A Raposa Bandida, sentindo que se queimava, olhou para trás e viu a cauda a arder, deu um enorme pulo e desatou a correr para longe da pousada, dando urros de medo, à procura de água onde poder apagar o fogo. O Coelhinho Aventureiro saiu, então, livremente da pousada e voltou para casa muito contente. Fonte: https://www.terravista.pt/


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Atualidade

Campanha de Natal mostrou “veia solidária” dos famalicenses A Cabana Natal de Vila Nova de Famalicão encheu-se de solidariedade. Durante a época festiva, à qual a Câmara Municipal associou uma recolha de bens, a população contribuiu com “mais de sete toneladas de bens alimentares e produtos de higiene, quase 600 peças de roupa e mais de meio milhar de brinquedos e livros”. Para a autarquia, este resultado revelou a “veia solidária” dos famalicenses. À campanha esteve ainda associada a “Todos Por Todos”, lançada durante a pandemia

de Covid-19, com o apoio das Juntas de Freguesia e das Comissões Sociais Inter Freguesia (CSIF) e que decorreu nas sedes das Juntas de Freguesia, nos Agrupamentos de Escolas, estabelecimentos comerciais e empresas. “Foram também alcançados cerca de cinco mil euros em donativos monetários de particulares e empresas, que juntamente com os alimentos e bens doados vão permitir ajudar mais de 500 famílias do concelho famalicense”, anunciou, igualmente, a Câmara Municipal.

Polícia

PSP detém suspeito de roubos a estudantes A PSP de Vila Nova de Famalicão deteve, na manhã de segunda-feira, 25 de janeiro, um homem de 25 anos por suspeitas da prática de vários crimes de roubo, praticados junto da comunidade escolar de Famalicão. A detenção surge “no âmbito de um processo em investigação que decorria há alguns meses” e que permitiu apurar que o indivíduo terá cometido “16 crimes de roubo, cujas as vítimas são, essencialmente, menores de idade”. O detido foi presente, no dia seguinte, no Tribunal Judicial de Guimarães, para aplicação das medidas de coação. “Esta Polícia pretende assim restabelecer o sentimento de segurança junto da comunidade escolar e continuará como sempre empenhada em garantir o sentimento de segurança dos cidadãos”, frisou a PSP, em comunicado.

Jovens detidos por furto em estabelecimento comercial Quando foram abordados, tinham na sua posse “duas caixas registadoras, três gavetas, seis películas para telemóveis, quatro auscultadores, pilhas e mais de 260 euros em numerário que haviam subtraído de uma loja, situada na Rua Lourenço da Silva Oliveira, na cidade de Vila Nova de Famalicão. Agentes da PSP, que se encontravam em patrulhamento junto à Praça D. Maria II, acabaram por deter os dois jovens, de 16 e 17 de anos, cerca das 4 horas da manhã de 19 de janeiro. Os suspeitos foram presentes hoje no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão para aplicação das medidas de coação.

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@

Mercadona substituiu sacos de plástico por outros feitos de fécula de batata A Mercadona, retalhista com lojas abertas em Santo Tirso e Trofa e previsão de abertura em Famalicão este ano, cumpriu a primeira das seis metas da Estratégia 6.25, no âmbito da sustenbilidade. Nas lojas, foram eliminados os sacos de plástico de uso único em todas as secções e adotados os sacos compostáveis feitos de fécula de batata, que, depois de utilizados, devem ser depositados no contentor de lixo orgânico. “Esta informação está indicada através do pictograma incluído nos sacos, com a intenção de informar os clientes como fazer a separação e reciclagem adequada dos seus resíduos. Este símbolo foi também incorporado nos restantes sacos na linha de caixas, em três opções de sacos reutilizáveis e sustentáveis disponíveis na Mercadona”, explicou o retalhista em comunicado. Com esta medida, a Mercadona estima reduzir, por ano, 3200 toneladas de plástico nas superfícies. “A Estratégia 6.25 tem o triplo

jornaldoave.pt | Redação: Cátia Veloso | Colaboração: António Costa, Manuel Veloso | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso:

objetivo de, até 2025, reduzir 25% do plástico das embalagens, ter todas as embalagens de plástico recicláveis e reciclar todos os resíduos de plástico gerados nas suas instalações. Este objetivo está a ser cumprido através de um total de seis ações que envolvem modificações em diferentes processos da empresa, desde redesenhar as embalagens em coordenação com os fornecedores, a adequar lojas e logística, a gestão de resíduos, entre outros”, detalha a marca, que vai investir “mais de 140 milhões de euros” até 2025 no âmbito desta estratégia. A Mercadona criou uma equipa de trabalho transversal para identificar e definir as mudanças a implementar nos diferentes processos da linha de montagem A empresa começou a trabalhar nesta estratégia em 2019, envolvendo todos os colaboradores no desafio de “Continuar a cuidar do Planeta” e tornar os diversos processos da linha de montagem mais sustentáveis. A Mercadona possui uma equi-

0,70 € Tiragem 7000 exemplares| NIB: PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus

pa de trabalho que coordena todas as áreas de atuação da Estratégia 6.25, que é composta por trabalhadores dos diferentes departamentos da empresa, como Lojas, Prescrição, Informática, Compras, Logística, Finanças, Recursos Humanos, Relações Externas e Obras. Nos últimos quatro meses, a Mercadona adaptou um total de 72 lojas em Espanha e Portugal ao modelo de Loja 6.25, que será alargado a toda a cadeia durante 2021. Em Portugal já existe um supermercado com este conceito, em Matosinhos (Porto). Nestas lojas, onde é possível observar os avanços da Estratégia 6.25, têm como objetivo ouvir a opinião de clientes e colaboradores sobre todas as ações que a empresa está a desenvolver nesta área. Neste período, foram recebidas mais de 5.000 opiniões e sugestões, tanto de clientes como de colaboradores, que ajudam a melhorar a aplicação das diferentes ações definidas para reduzir o plástico e promover a economia circular.

subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave.pt/index.php/estatuto-editorial


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Cultura

// Vila Nova de Famalicão

Condicionado, no primeiro ano de execução, pela pandemia de Covid-19, o projeto de educação pela arte “Há Cultura | Cultura para Todos” vai avançar com 17 ações, em 2021, envolvendo várias entidades culturais, comissões sociais interfreguesias e agrupamentos escolares. Um dos propósitos deste projeto da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão é “capacitar públicos mais vulneráveis”, para criar “sensibilidade artística nas comunidades”. CÁTIA VELOSO Depois de ser obrigada a reestruturar o projeto, devido à pandemia de Covid-19, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão preparou um ano 2021 recheado de cultura, através do “Há Cultura | Cultura para Todos”. Com um investimento de cerca de 310 mil euros – dos quais 85 por cento cofinanciados pelo NORTE 2020, através do Fundo Social Europeu (FSE). - para executar “cerca de 60 por cento das atividades totais previstas” e possíveis no contexto pandémico, a autarquia vai colocar no terreno 17 ações, repartidas por três tipologias de operação, e distribuídas pelo concelho de Vila Nova de Famalicão, prevendo a participação direta e indireta de “400 pessoas”. A intenção é, segundo o vereador da Cultura da autarquia, Leonel Rocha, “capacitar públicos mais vulneráveis”, para criar “sensibilidade artística nas comunidades”.

A primeira, “Ações de Dinamização e Práticas Artísticas e Culturais”, vai envolver várias entidades culturais, assim como agrupamentos escolares e comissões sociais interfreguesias, para a execução de dez ações de dinamização de práticas artísticas com grupos vulneráveis, e comunidade, em regime de cocriação. Estão em cima da mesa propostas distribuídas por várias expressões artísticas, como arte urbana, teatro, dança, artes circenses e música, através do envolvimento d'A Casa ao Lado, ACE Escola de Artes, Aldara Bizarro, Companhia Instável, Fértil Cultural, Instituto Nacional de Artes do Circo, Momento Artistas Independentes, Ondamarela e Teatro da Didascália. Na segunda tipologia, “Ações de Intermediação”, o “Há Cultura | Cultura para Todos” prevê a execução de cinco iniciativas, “com vista ao favorecimento de atitudes e capacidades de aprendizagem básicas, profissionais, sociais e pessoais, junto de grupos vulneráveis, recorrendo designadamente à inclusão de conteúdos e ou práticas artísticas”. O “Laboratório Cívico de Inovação Cultural” a acontecer na Via Ciclo-Pedonal Famalicão-Póvoa de Varzim; o “Centro de Cultura Digital (CCD) – Empreendedorismo Juvenil pela Música Eletrónica”, dinamizado no Bairro da Cal, o “Encontro Arte e Comunidade” e o “Atelier de Música Colaborativa” são as ações programadas. Noutro âmbito, o projeto prevê a

arquivo

Câmara leva cultura à população vulnerável, espalhando-a pelas freguesias

Paulo Cunha considera “H á Cultura” um “projeto ambicioso” dinamização de “ações de desen- pósito de criar condições para que quiais”, “criando condições para volvimento de projetos que con- cada vez mais famalicenses te- que possam receber atividades corram para a melhoria do acesso nham acesso e fruição da cultura”. culturais”. Para além do que este projeto à cultura e à arte. O “Cinema Pa- E, neste plano, destacou o autarraíso”, uma parceria com o Cine- ca, há uma dimensão a destacar: pode dar à população, principalclube de Joane, é uma delas e ga- a possibilidade de “formação de mente à mais vulnerável, é imporrantirá cinco sessões de cinema novos agentes culturais”, abrin- tante destacar, na ótica do vereaem cinco freguesias do concelho, do portas para a escalada do mu- dor da Cultura, Leonel Rocha, o enquanto o “Allegro Para Todos”, nicípio na pirâmide do progresso. “balão de oxigénio” que o finandesenvolvido pela ARTAVE / Ar- “Não é por acaso que várias insti- ciamento dará às entidades cultemave - Associação de Promoção tuições neste setor têm vindo para turais, fortemente afetadas pela das Artes e Musica do Vale do Ave, cá exercer a sua atividade. Quere- pandemia de Covid-19. “Este é vai “promover o desenvolvimento mos ser atrativos para eventos e daqueles projetos que vêm a cade capacidades básicas de apren- agentes culturais”, salientou Pau- lhar e na hora certa para os artisdizagem através da música, jun- lo Cunha, convencido de que Fa- tas, que nos agradeceram por não to de crianças portadoras de de- malicão está no caminho de saltar desistirmos da cultura”, sublinhou. Leonel Rocha sublinhou ainda ficiência ou com outros tipos de mais um “patamar civilizacional”. E para esse objetivo, acrescen- que, apesar de ter “necessidade perturbação”. Na conferência de imprensa, tou, é fundamental “diminuir dife- de alocar verbas” para o combarealizada tendo em conta a nova renças entre cada pedaço de ter- te à pandemia, a Câmara Municirealidade pandémica, através de ritório”, nomeadamente no que à pal “olhou sempre para a Cultura uma reunião online a 21 de janeiro, descentralização diz respeito. Por como área a acarinhar, tendo em o presidente da Câmara Municipal isso, anunciou, a autarquia tem em conta que as pessoas, neste conde Vila Nova de Famalicão, Paulo marcha um plano de reforma de texto de confinamento, podemCunha, referiu que o “Há Cultura infraestruturas espalhadas pelas -se cultivar através destes esca| Cultura para Todos” é um “pro- freguesias, entre as quais “jun- pes de espírito”. jeto ambicioso, porque tem o pro- tas de freguesia e centros paro-


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