Jornal do Ave nº19

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Bimensal 4 de março de 2015 Nº 19 Ano 1 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

Salvamento no Rio Ave envolve três corporações de Bombeiros

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Violador da ciclovia condenado a 24 anos de prisão

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Autarquia tirsense descentraliza serviços da Ação Social

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Assembleia Municipal aprova Vila Nova do Campo //PÁG.23

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PSD da Trofa rejeita maior transparência na Câmara

Excedentes alimentares vão combater fome em Famalicão


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JORNAL DO AVE 4 março 2015

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Atualidade

// Santo Tirso

Santo Tirso marca presença na 16.ª edição da Xantar De 4 a 8 de março decorre a 16.ª edição 2015 da Xantar, em Ourense, Espanha, onde o Município de Santo Tirso também vai estar representado. PATRÍCIA PEREIRA

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epois de, no ano passado, Santo Tirso ter participado, pela primeira vez, incluído no stand do Turismo do Porto e Norte, o Município apresenta-se, nesta edição, com um espaço próprio, uma opção que reflete a importância estratégica da promoção além-fronteiras. “Espanha, e de forma mais particular a Galiza, é para nós, por razões óbvias, um mercado turístico extremamente importante. O balanço que fazemos da participação no ano passado é muito positivo e, por isso mesmo, consideramos que a Xantar é uma estratégia que merece ser consolidada. É uma excelente montra para mostrarmos o muito de bom que temos para oferecer”, explica Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. O salão gastronómico Xantar é considerado a maior feira gastronómica da Península Ibérica. Durante os cinco dias a participação do Município será feita de forma

Santo Tirso destacou iniciativas como o “Mercado Nazareno”

temática. Arte, património, natureza, música e poesia são as cinco vertentes de Santo Tirso que estarão em destaque. A programação tem previstas várias degustações. Destaque para a doçaria regional: jesuítas, limonetes, bolachas conventuais de Santa Escolástica, bombons e tartes de São Bento. Será ainda feita uma ampla promoção dos licores e xaropes produzidos no concelho, nomeadamente, licor de Singeverga e licor de rosas e, ainda, provas de vinhos da região. A nível de dinamizações culturais é de referir, no dia de abertura, a dramatização de momentos bíblicos daquela que é a grande aposta do Município para a Páscoa: o Mercado Nazareno. Outro

dos momentos altos será, no sábado, dia dedicado à música, o concerto dos Gaiteiros da Ponte Velha. A vereadora da Cultura, Ana Maria Ferreira, irá marcar presença na sessão de abertura do evento, que se realiza esta quarta-feira, às 12 horas. Cultura e gastronomia tirsenses na BTL Antes, a Câmara Municipal de Santo Tirso promoveu o Município na Feira Internacional de Turismo, em Lisboa. A degustação de produtos tradicionais, nomeadamente o artesanal licor de Singeverga e os muito afamados jesuítas e limonetes da doçaria tradicional, marcou o

dia de abertura da BTL – Feira Internacional de Turismo, em Lisboa. Pela segunda vez consecutiva, o Município de Santo Tirso marcou presença na “maior feira de turismo do país”, integrada no stand do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Dando “continuidade à estratégia de promoção do concelho”, o executivo da Câmara Municipal de Santo Tirso aproveitou para, a nível cultural, divulgar a existência do “único Museu Internacional de Escultura Contemporânea ao Ar Livre no país”, com “cerca de 50 obras de escultura pensadas especificamente para os diversos espaços urbanos de Santo Tirso”. Da programação fez parte a dramatização de recriações bíblicas

daquela que é a grande aposta do Município para a Páscoa, o Mercado Nazareno, a promoção da XI Exposição de Camélias, na Fábrica de Santo Thyrso de 27 de fevereiro a 1 de março, a apresentação do programa da XXII edição do Festival de Guitarra de Santo Tirso e o espetáculo dos Gaiteiros da Ponte Velha. Joaquim Couto, edil tirsense, afirmou que o executivo tenta fazer “uma promoção mais alargada, tanto a nível nacional como internacional”, tendo a “expectativa que, insistindo nas feiras, Santo Tirso, em algumas dessas matérias passe a fazer parte dos circuitos mundiais do turismo, nomeadamente em Portugal”. Durante a presença do Município na BTL, as iniciativas “Santo Tirso a cores” ou o “Mercado Nazareno” foram as que tiveram “grande impacto na feira”. “O feedback é francamente positivo. Há referências na comunicação nacional e internacional de algumas destas matérias o que é muito positivo. Os meios de comunicação nacionais, como as televisões e as revistas da especialidade, já começam a referenciar alguns destes aspetos característicos e únicos que Santo Tirso tem”, concluiu.

Pedro Marinho Falcão afirmou que sistema fiscal é “opaco”

Foi com o salão dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso cheio, que o advogado Pedro Marinho Falcão debateu o tema da nova reforma fiscal, no terceiro jantar/debate promovido pela associação Amar Santo Tirso e a autarquia, no dia 27 de fevereiro. MÓNICA RIBEIRO Perante uma plateia atenta o advogado reforçou que a reforma fiscal do IRC e IRS foi “altamente influenciada pela realidade da economia portuguesa diagnosticada em 2011, que determinou o pedido de ajuda internacional. O crescimento insuficiente da produtividade é, segundo Pedro Falcão, a principal explicação para a “baixa criação de valor” e para a “falta de competitividade da economia portuguesa”. Neste âmbito, o advogado destacou que foram penalizados os

Apenas por 47 por cento das famílias portuguesas pagam IRS

“contribuintes que mais contribuíram para a receita fiscal”, sendo que, atualmente, o IRS é pago “apenas por 47 por cento” das famílias portuguesas sendo que dez por cento dessas famílias contribuem em “mais de 75 por cento” para a totalidade da receita. No que diz respeito ao IRC “em média “42,4 por cento da atividade das empresas é canalizada para

o pagamento de impostos e taxas contribuintes”. “Está estudado que um cidadão que tenha que pagar muitos impostos está sujeito a um fator de inibição do trabalho, ou seja, à medida que aumenta a carga fiscal tende a aumentar o ócio dos contribuintes enquanto que à medida que a carga fiscal diminui tende a aumentar a dinâmica do trabalho,

por isso é que há pouco explicava, para melhorarmos a vida dos pobres, é preciso diminuir os impostos aos ricos e só assim é possível dinamizar a economia”, salientou, acrescentando ainda que o sistema atual hoje é “claramente penalizante”, o que “explica o porquê de Portugal ter uma economia paralela que corresponde a 30 por cento da economia nacional”. “Em números, isto significa 12 mil milhões de euros, tanto quanto o Estado poupou na rediminuição das pensões e da redução do salário público”, disse, acrescendo que o sistema fiscal é “opaco” e que “não é percetível à maioria dos cidadãos. “Aumentar a receita, diminuir aos cidadãos aquilo que está a ser retirado através da taxa especial de solidariedade poderão ser medidas implementadas no futuro para o país desenvolver”. A nível municipal, o presiden-

te da autarquia, Joaquim Couto esclareceu que o município está a “tentar fazer uma gestão económico-financeira mais rigorosa e transparente, reduzindo nas despesas correntes”, dando como exemplos disso as “receitas do direito de passagem por parte da EDP e da PT e outras operadoras”, “melhor negociação das dívidas passadas, melhores taxas de financiamento”, etc. Satisfeito com o resultado de mais um jantar/debate, o presidente da Amar Santo Tirso, Pedro Fonseca destacou que “mais uma vez” a vinda de pessoas deste calibre a Santo Tirso coloca o concelho “no mapa”. O próximo jantar/debate está marcado para o dia 13 de março e conta com a participação dos eurodeputados Elisa Ferreira e José Manuel Fernandes, sobre “Portugal e a Europa”.


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Atualidade // Santo Tirso

Banca chumba viabilização da Arco Têxteis O Processo Especial de Revitalização apresentado pela Arco Têxteis, em Santo Tirso, foi chumbado pelos bancos. PATRÍCIA PEREIRA

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ais de 280 desempregados. Este é o resultado do chumbo do Processo Especial de Revitalização (PER), conhecido a 19 de fevereiro, apresentado em setembro pela Arco Têxteis, de Santo Tirso, que conduz ainda a empresa à falência Com vendas superiores a 10 milhões de euros, a Arco Têxteis é, ou melhor, era uma das maiores empresas da região do Vale do Ave, uma vez que não aguentou uma dívida financeira de 25 milhões de euros (32 milhões no total) e as perdas acumuladas. A têxtil não pagará os salários de janeiro e o último subsídio de férias. O PER apresentado pelo gestor judicial da Arco Têxteis defendia o perdão de 40 por cento da dívida bancária, comprometendo-se a empresa a liquidar a parte restante com a venda de ativos imo-

PER da empresa foi chumbado pelos bancos

biliários e das ações do BPI que ainda tem em carteira. A família Rezende de Almeida, dona da empresa, e a própria Arco Têxteis foram acionistas fundadores do BPI, com uma posição da ordem dos dois por cento do capital do banco. Talvez tendo em conta essa relação histórica, o BPI foi o único, entre os seus bancos credores, que votou favoravelmente o PER. Os restantes (BCP, Novo Banco, Montepio, Banco Popular e CGD) reprovaram o plano que defendia a via-

bilidade da têxtil. Face à posição dos credores, o juiz deverá optar pela insolvência da empresa que a banca considera tecnicamente falida. O seu património está avaliado em 33 milhões de euros, podendo gerar uma receita que permita pagar as dívidas acumuladas a todos os credores. Durante uma reunião, a 21 de fevereiro, a Comissão Concelhia do PCP de Santo Tirso concluiu que, “mais uma vez, os interesses dos senhores do capital se sobre-

puseram aos interesses do País e dos trabalhadores”. “Ao votarem contra a viabilização da empresa, os bancos mostraram claramente não estar interessados em contribuírem para que Portugal recupere da crise, para que se produza mais, para que se combata o desemprego. Por outro lado, os governantes nada fazem para salvar o emprego. Fosse a Arco um qualquer BPN, BPP ou BES e haveria certamente ministros, secretários de estado e talvez até o Presidente da República

a defender que era preciso evitar o encerramento”, ataca. Para a Comissão Política, “os valores em causa” são “muito menos do que se gasta em tantas outras matérias que não resultam em qualquer tipo de produção útil ao País e sobretudo poupariam a trágica destruição de 300 postos de trabalho e o atirar de mais umas centenas de famílias para uma vida muito difícil, os subsídios de desemprego, a quebra de receitas para a Segurança Social”. “Para o PCP, o caso Arco pode não ser um assunto encerrado assim o queiram os patrões, credores, governantes e até o poder local, pois todos podem ainda intervir para evitar mais esta desgraça para o concelho e para o País, já que não temos dúvidas, os trabalhadores estão totalmente motivados para lutarem pelos seus postos de trabalho”, mencionou. O PCP levou “os seus anseios” através de uma Moção que apresentaram na Assembleia Municipal, a 24 de fevereiro, que foi aprovada por unanimidade.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Acessibilidades importantes merecem investimento do município “Importante e urgente”. Estas são as palavras do edil famalicense, Paulo Cunha, para classificar intervenção em três artérias em Vilarinho das Cambas, numa das mais “dinâmicas” zonas industriais do concelho, e que o executivo municipal aprovou no dia 20 de fevereiro. MÓNICA RIBEIRO

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rata-se da requalificação da Rua da Roederstein e da Rua Urbanização Navio e a requalificação e o alargamento da Rua 29 de Setembro, obras orçadas em “cerca de 129 mil euros” e para as quais a autarquia aprovou, por unanimidade, um apoio financeiro de 90 mil euros. As vias em causa e com “enorme relevância para a atividade empresarial e para o dia a dia da população” localizam-se na con-

fluência de Vilarinho de Cambas com Ribeirão e Calendário, servindo empresas como a multinacional Vishay, a AAC Textiles e a Fiavit, para além do comércio local. Para o autarca de Famalicão, as obras, apesar de incidirem em Vilarinho de Cambas “são importantes para o concelho, beneficiando uma zona industrial com grande escala e potencial de expansão”. As intervenções nas três ruas inserem-se num plano de renovação e ampliação da rede de aces-

sibilidades às zonas industriais de Vilarinho das Cambas, Lousado e Ribeirão que a Câmara Municipal tem vindo a cumprir. Neste campo foi também concluído recentemente a requalificação da artéria de ligação das instalações da Continental Mabor ao novo armazém da empresa e a construção de uma nova via de ligação deste recente investimento da Mabor à Estrada Nacional 14. O mesmo vai acontecer com a construção em curso da nova rotunda na Estrada Nacional 14 em Vilarinho das Cambas. No futuro, junta-se ainda o plano apresentado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para a Estrada Nacional 14.

Intervenções inseridas num plano de renovação e ampliação da rede de acessibilidades

Inaugurada Casa da Juventude de Delães A freguesia de Delães, em Vila Nova de Famalicão, foi dotada com uma Casa da Juventude. A inauguração oficial decorreu no dia 28 de fevereiro e contou com a presença de Paulo Cunha. MÓNICA RIBEIRO

O projeto que já era ambicionado “há muitos anos” pelos delaenses nasceu no edifício do Sindicato da Indústria Têxtil. A estrutura é composta por um auditório e duas salas, uma com computadores com acesso à internet e outra que servirá de biblioteca. “Assim que fui convidada para integrar a Junta de Freguesia, começamos a trabalhar neste projeto como apoio dos meus colegas da Junta e só assim foi possível torná-lo realidade”, adiantou Sofia Gonçalves, coordenadora da Casa da Juventude de Delães. A nova valência começou a fun-

cionar a 6 de abril de 2014 e desde então tem dinamizado uma série de atividades como workshops em várias áreas, uma aula de zumba, um concerto de natal, entre outros. O espaço foi reabilitado pelos jovens e mereceu o apoio da autarquia e da Junta de freguesia de Delães. Neste âmbito, o edil famalicense, Paulo Cunha destacou o “projeto exemplar”, “executado por jovens” e “para beneficiar os jovens”. “Eu sou contra os atestados de menoridade dos jovens, e algumas franjas da população, que têm a tentação para colocar os jovens numa posição em que eles não têm capacidade para assumir os seus desígnios. Aqui é exatamente o contrário. Aqui hoje aconteceu uma demonstração daquilo que tem sido a nossa convicção e está a ser aqui seguido. O grupo de jovens amadureceu uma ideia, ao longo dos tempos foi concebendo-a e hoje apre-

Projeto que foi inaugurado no dia 28 de fevereiro era ambicionado “há muitos anos”

sentou um produto final de excelência”, enalteceu o presidente. Manuel Silva, presidente da Junta de Freguesia de Delães também contribuiu para a execução

deste projeto. “Isto é um projeto que já muitos anos eu sonhava em realizar para os jovens”, realçou, contando que passou “muitas noites” e “muitos dias” a aju-

dar os jovens a pintar o edifico e a pôr o espaço “aprazível”. “A Junta de Freguesia pouco monetariamente gastou aqui”, salientou, acrescentando que tiveram alguns apoios de pessoas para o “som”, “ar condicionado” e “tintas” que foram oferecidas. O espaço é provisório mas promete dinamizar sempre iniciativas. No próximo mês a Casa da Juventude vai já colher uma exposição de pintura a óleo, quadros a óleo. Quanto ao futuro espaço, Manuel Silva adiantou que será no “antigo Centro de Saúde”. “Não podemos fazer muitos investimentos aqui mas já temos alguma coisa para eles poderem trabalhar”, concluiu.


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Atualidade // Santo Tirso

Autarquia descentraliza serviços de ação social Desde 2 de fevereiro, Santo Tirso passou a dispor de atendimento descentralizado dos serviços da Divisão de Ação Social da Câmara Municipal em todas as freguesias do concelho. Apresentação decorreu no Cento Cultural de Vila das Aves.

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ste atendimento descentralizado procura aproximar os serviços sociais da Câmara Municipal às populações. Numa situação de crise em que nós nos encontramos o preço dos transportes pesa na carteira das pessoas e a distância e o tempo e conversando com a rede social onde estão representadas instituições privadas e públicas e da Câmara foi defendido, e bem, que deveriam os serviços deslocarem-se as freguesias para atenderam individualmente Atendimento decorre quinzenalmente em 12 freguesias as pessoa e instituições”, explicou o presidente da autarquia tirsense, Com isto, os munícipes de Santo +Vida, Habitação Social ou enca- cial, em Santo Tirso. Não é necesJoaquim Couto. Tirso não têm de se deslocar à Câ- minhamento social. sário agendar o atendimento, basEsta é uma medida pioneira no mara para tratar dos assuntos reO atendimento decorre quin- ta aparecer nos locais, de acordo concelho, que tem como objetivo lacionados com o serviço de Ação zenalmente em 12 freguesias, na com o horário e os dias prograaproximar os serviços da Câmara Social, nomeadamente o subsídio sede das juntas e uniões de fre- mados. dos munícipes e, assim, dar res- ao arrendamento, Programa Muni- guesia; semanalmente no Centro O edil sublinhou ainda que “esposta aos problemas concretos cipal de Emergência Social, Rendi- Cultural de Vila das Aves; e diaria- tamos perante um verdadeiro proda população. mento Social de Inserção, Cartão mente nos serviços de Ação So- grama de aproximação dos ser-

viços da Câmara às populações, através da descentralização de serviços, das reuniões de câmara e das assembleias realizadas no âmbito do Orçamento Participativo Jovem, ou mesmo ao nível das transferências de verbas para as freguesias, além do que é definido pelo Orçamento de Estado”. Em 2014, o Serviço Municipal de Ação Social registou 8868 atendimentos, abrangendo moradores de todas as freguesias do Município. O Rendimento de Inserção Social, as habitações sociais, o subsídio ao arrendamento e os transportes foram os assuntos que motivaram mais atendimentos. Para Eduarda Ferreira, representante Associação de Moradores do Complexo Habitacional de Ringe, de Vila das Aves, é “fundamental” esta proximidade para a população deste complexo. “Os transportes municipalizados não chegam cá portanto a deslocação acaba por ser muito dispendiosa para os nossos utentes e esta descentralização veio de facto privilegiar o acompanhamento e a relação entre a Câmara e os serviços de ação social e o Complexo Habitacional de Ringe também”, concluiu.

Fábrica de Santo Thyrso vai acolher exposição de Alberto Carneiro É uma das maiores exposições de Alberto Carneiro e, desta vez, em Santo Tirso. Depois do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, em 2013, a exposição de Alberto Carneiro “Esculturas e Desenhos – 1963 - 2015” é inaugurada no dia 7 de março, na Fábrica de Santo Thyrso, numa iniciativa da autarquia. É a sua mais recente mostra an- grandioso projeto de arte públitológica, constituída por uma sele- ca”, congratula-se o presidente da ção de esculturas e desenhos que Câmara de Santo Tirso, Joaquim cobrem o arco temporal dos mais Couto, referindo-se ao Museu Inde 50 anos de atividade deste ar- ternacional de Escultura Contemtista, que renovou os sentidos da porânea ao Ar Livre, único no país. Alberto Carneiro é um dos arescultura realizada em Portugal. Mais de 120 desenhos e 60 escul- tistas que, nas décadas de 60 e turas vão integrar esta grandio- 70, abriu novos caminhos para a sa mostra, que revela as preocu- prática artística em Portugal. Em pações que, desde sempre, estão 1994, recebeu as Comendas de presentes nesta obra dedicada à Grande Oficial da Ordem do Infanrelação entre o indivíduo, os ele- te D. Henrique, que visa distinguir mentos naturais e a perceção pai- a prestação de serviços relevantes a Portugal, no País ou no estransagística do mundo. “É uma honra para Santo Tirso geiro ou serviços na expansão da promover uma exposição de Al- cultura portuguesa, da sua Históberto Carneiro, uma vez que se ria e dos seus valores. O seu trabalho resulta de um trata de um artista que está intrinsecamente ligado ao Município, equilíbrio entre o rigor analítico não só pelo facto de ter obras ex- e a exploração poética dos matepostas na cidade, mas, fundamen- riais da escultura, ambos concortalmente, por ter sido o grande im- rendo para uma auscultação dos pulsionador da realização de um ritmos da natureza e para o des-

Exposição é inaugurada a 7 de março, pelas 18 horas

vendamento das energias contidas nas matérias naturais, a partir das sensações despoletadas pelo seu corpo, através do contacto com a paisagem, os elementos naturais e os seus arquétipos árvore e montanha. Como escreveu em 1965: “A natureza sonha nos meus olhos desde a infância. Quantas vezes adormeci entre as

ervas? A minha primeira casa foi 7 de março, pelas 18 horas, com em cima da cerejeira que é hoje a presença do escultor e do preuma escultura. Entre o meu cor- sidente da Câmara Municipal de po e a terra houve sempre uma Santo Tirso. Com entrada gratuiidentidade profunda. A floresta ta, a mostra pode ser visitada até ou a montanha que eu trabalho ao dia 30 de abril, de segunda a num tronco de árvore ou num blo- sexta-feira, entre as 9 e as 18 hoco de pedra fazem parte integran- ras, e ao fim de semana, entre as te do meu ser.” 14 e as 18 horas. A exposição é inaugurada no dia


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www.jornaldoave.pt “Nós queremos chegar a esses casos de pobreza envergonhada, reformados em que a maior parte daquilo que recebem vai para medicação, vai para as despesas fixas, e depois a questão alimentar está muitas vezes a descoberto”

// Vila Nova de Famalicão

Excedentes alimentares vão combater a fome em Famalicão Acabar com o desperdício alimentar combatendo desta forma a fome é a principal missão do projeto Refood, recém-nascido em Vila Nova de Famalicão. MÓNICA RIBEIRO

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ideia partiu de Hunter Halder, consultor norte-americano a viver em Lisboa há 20 anos. “Um homem, uma visão e uma bicicleta”. Foi assim que o projeto ganhou cor e forma e em 2011 foi implementado pela primeira vez, no bairro de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa. Com um pensamento 100 por cento ecologista, o objetivo é resgatar as sobras alimentares dos estabelecimentos de restauração/pastelarias/cafés e torná-las numa verdadeira refeição “preciosa” para quem a fome bateu à porta. Hoje, o país está solidário e os núcleos replicados são cada vez mais. É o caso do Refood de Vila Nova de Famalicão (VNF), ainda em formação. “Fizemos um grupo de amigos, de Famali-

cão, depois constituiu-se como o grupo pioneiros, tivemos a ideia de contactar a Refood de Portugal, para tentarmos também implementar o núcleo em Famalicão e começamos a desenvolver algumas atividades, que combinaram agora na reunião cimenteira que é apenas a primeira fase do projeto”, começou por contar Estefânia Pereira ao JA, pioneira do projeto em Famalicão. Sem fins lucrativos e criado para servir pessoas com necessidades alimentares, o projeto Refood conta com o apoio de pessoas voluntárias de modo a que estas assegurem a distribuição imediata dos execedentes, neste caso, em VNF. Depois da reunião de cimenteira onde se deu a conhecer à comunidade a visão empreendedora do projeto, Estefância Pereira esclareceu que o Refood VNF está agora na fase de angariar voluntários e gestores para a implementação do projeto, ao mesmo tempo que traça o território de atuação, os parceiros que se que-

Projeto Refood foi apresentado na Casa das Artes

rem associar à iniciativa e os beneficiários. Para já, o projeto acolhe dez pioneiros mas a ideia é conseguir albergar “cerca der 100 a 150 voluntários”. “Nós queremos chegar a esses casos de pobreza envergonhada, reformados em que a maior parte daquilo que recebem vai para medicação, vai para as despesas fixas, e depois a questão alimentar está muitas vezes a descoberto”, salientou a pioneira. A logística é simples: todos os

dias os alimentos doados são recolhidos, seguem para o centro de operações devidamente equipado para a conservação das refeições e os voluntários seguem o seu percurso para a distribuição. O resgate dos alimentos é feito em dois horários: “até às seis e meia da tarde” para serem distribuídos no próprio dia aos beneficiários, e depois dessa hora, no caso de restaurante que ainda servem refeições ao jantar. Aqui, a comida

Estefânia Pereira

é acondicionada e no dia seguinte seguirá o seu destino. “A comida não pode estar nos frigoríficos mais de 24 horas”, esclareceu Estefânia Pereira. “Quando nós tivermos um espaço, um centro de operações, nós vamos ter que o rechear, e é ai que vamos tentar contar com a colaboração da comunidade, seja de apoios de particulares que nos queiram doar frigoríficos, seja de empresas para rechearmos o nosso núcleo”. Quanto ao modo de deslocação, e seguindo as pisadas de Hunter Halder, o objetivo é que os voluntários andem “ a pé” ou “de bicicleta” aquando do percurso de recolha dos excedentes. Refeições boas, que sobram e a quem ninguém pertencem…bolos, pão, almoços e jantares, o desperdício que todos os dias salta dos estabelecimentos diretamente para o lixo. O projeto Refood já nasceu em Famalicão e promete tomar asas para levar a quem mais precisa o alimento diário que pode evitar “barrigas vazias”.

Asgon e Sol d’Este constituem única associação Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) Asgon e Sol d’Este, situadas em Gondifelos, Vila Nova de Famalicão, “uniram esforços, fundiram-se” e deram lugar a uma nova e única associação,

a “Mais Vida”. A tomada de posse dos órgãos sociais da nova instituição decorreu no dia 15 de fevereiro, numa cerimónia que teve lugar no salão nobre da Junta de Freguesia e que

contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. O edil famalicense felicitou as associações pela iniciativa e pela constituição da mais recente EIPSS. Este foi um passo que Paulo Cunha

Gondifelos já tem novo jardim de infância “É sempre com grande satisfação que vemos abrir uma nova escola, bonita e colorida, que vemos os pais e os professores contentes com as novas valências e a qualidade do edifício, mas não há palavras para descrever a alegria das crianças, as gargalhadas e os sorrisos estampados nos seus rostos, com a sua nova casa”. As palavras são de Paulo Cunha, autarca famalicense, que marcou presença no primeiro dia de atividades do novo jardim de infância de Gondifelos, no dia 19 de fevereiro. O cheiro a novo e os olhares curiosos dos mais novos assinalaram a tarde, marcada também por um “misto de entusiasmo e ansiedade”. Ao presidente da Câ-

mara Municipal afirmaram que estavam “felizes” com a nova escola, que é “bonita” e que “gostaram muito” do parque. O edil famalicense mostrou-se sorridente e satisfeito com as críticas enquanto conversava e participava com as crianças nas atividades. Para o diretor do Agrupamento, Jones Maciel, “esta escola era um anseio antigo da comunidade, que finalmente vê o seu sonho concretizado”. “Este novo edifício representa uma melhoria das condições, com novas valências e uma qualidade de excelência”, referiu. Uma sala para prolongamento que dá resposta às necessidades, bancadas para a realização de trabalhos de artes plásticas em todas

considera “o mais sensato, vindo de duas instituições que cedo se aperceberam que juntas são mais fortes e capazes de desenvolver melhor o seu trabalho”. “Este tipo de exemplos são bons para que outras insti-

tuições percebam que só têm a ganhar com o diálogo e união de esforços. Nada se perdeu com esta fusão, muito pelo contrário, ambas as instituições saíram a ganhar”, acrescentou o edil”. M.R.

Câmara Municipal promove formação para voluntários as salas e uma cozinha moderna foram alguns dos aspetos destacados pelo diretor do Agrupamento. Saiba que o novo jardim de infância de Gondifelos nasceu da reabilitação de um edifício centenário – a antiga escola primária – e implicou um investimento municipal de 370 mil euros. As crianças, mais de meia centena, estavam até à data no edifício da escola do 1.º ciclo, num espaço com “poucas condições” para a realização das atividades. O edifício novo é composto por três salas, espaço de prolongamento, refeitório, cozinha e polivalente, área do recreio e de recreio coberto, entre outras valências. M.R.

“Eu e Só Eu! – Filosofia e Voluntariado Ativo” é o nome da formação que vai começar em março em Vila Nova de Famalicão, com os “principais objetivos” de “despertar as pessoas para a importância do voluntariado, oferecer qualificação apropriada, proporcionar experiências reais de trabalho voluntário e um conjunto de práticas enriquecedoras para a vida pessoal e profissional”. A formação, organizada pela Câmara Municipal, através do pelouro da Família, em colaboração com a Organização Internacional Nova Acrópole Portugal, destina-se ao público em geral, a partir dos 22 anos, que tenha “vontade de marcar a diferença e mudar a vida de quem mais precisa”. A formação vai decorrer às quartas-feiras, entre 11 de março a 24 de junho de 2015, das 14.30 às 16.30 horas ou das 19.30 às 21.30 horas. A primeira sessão realiza-se no auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. A participação “é gratuita com limite de inscrições até 25 pessoas”. As inscrições e informações devem ser realizadas através do Banco Local de Voluntariado, sito na Av. 25 de Abril, através do telefone 252 320 900 ou do e-mail voluntariado@vilanovadefamalicao.org. A formação assenta num “programa teórico prático de 30 horas, por um período de quatro meses, sustentado por conteúdos práticos, inerentes à filosofia do Oriente e do Ocidente”. P.P.


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// Vila Nova de Famalicão

Oportunidades para o agroalimentar debatidos em Famalicão O Centro de Estudos Camilianos, em Seide S. Miguel, vai ser palco de uma conferência sobre os incentivos do Portugal 2020 para a indústria alimentar, a 6 de março. MÓNICA RIBEIRO

A iniciativa, organizada pela autarquia famalicense, conta com o apoio da ADRAVE – Agência para o Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, da PortugalFoods e do jornal Vida Económica “No momento de arranque do novo quadro de financiamento, instrumento essencial à melhoria da competitividade e da capacidade inovadora e exportadora das empresas, esta será uma oportunidade única para debater as oportunidades, as tendências

“Banquete com Camilo” senta à mesa empresas do concelho

e o financiamento que o Portugal 2020 reserva para o setor”, lê-se em comunicado. O evento conta com a participação de empresários da região e responsáveis públicos e privados num debate de participação livre, mas sujeita a inscrição prévia e limitada à capacidade do auditório. Os interessados podem efectuar inscrições até 5 de março no portal oficial do programa Famalicão Made IN, em www.famalicaomadein.pt. Orientada essencialmente para empresários, a iniciativa ocorre num momento “áureo” para a indústria agroalimentar em Vila Nova de Famalicão, uma vez que, com 167 empresas, registou em 2012 um volume de negócios de “313.383 milhões de euros”, sen-

do a “mais relevante das indústrias transformadoras no concelho”. Exemplo disso são as empresas ICM, Campicarn, Primor, Porminho ou Seara, que colocam Vila Nova de Famalicão na liderança do agroalimentar na região Norte e em segundo lugar a nível nacional. O município tem intenção de reforçar o posicionamento do concelho famalicense como “epicentro regional de base tecnológica e inovadora” no setor agroalimentar. Esta conferência é também uma forma de “fortalecer a ambição pelo Centro de Competências do Agroalimentar” um dos caminhos para onde aponta o Plano Estratégico de Vila Nova de Famalicão 2014-2025.

PDM reconhecido pela CCDR-N pelo “rigor e equilíbrio”

Os alunos dos cursos profissio- gastronómica do escritor Camilo nais de Técnico de Vendas I Sales Castelo Branco, numa apresenta“O novo Plano Diretor MuniciManager e Técnico de Restaura- ção reinventada e adaptada”. ção do Agrupamento de Escolas No serão, que também contou pal (PDM) de Vila Nova de FamaCamilo Castelo Branco organiza- com a participação dos alunos licão prevê uma estrutura ecoram um jantar temático “Banque- do curso profissional Técnico de lógica municipal com medidas te com Camilo”, na Casa de Cami- Audiovisuais, assistiram-se a “vá- concretas que virão não só belo – Centro de Estudos, com os ob- rios momentos culturais, nomea- neficiar a qualidade de vida da jetivos de “consolidar os conheci- damente, poético musicais, céni- população, como também promentos técnicos adquiridos em cos, num espaço sublime que re- teger e desenvolver a indústria contexto de sala de aula e o forta- meteu ao século IXX”. local”. A certeza é de Luísa Queilecimento das relações da escola Os promotores deste evento rós, da Comissão de Coordenacom o tecido empresarial”. consideraram que “esta ativida- ção e Desenvolvimento Regional A iniciativa, que decorreu a 20 de é um veículo para a promoção do Norte (CCDR-N), que a 26 de de fevereiro, destinava-se “pre- de experiências de trabalho em fevereiro, participou na primeira ferencialmente, às entidades que contexto real, multidisciplinares e sessão pública de esclarecimenacolhem alunos em contexto de criativas”. “Os alunos têm a opor- to do novo PDM, tendo referido formação de trabalho (estágios tunidade de colocar em prática as ainda que o plano famalicense curriculares) ”, tendo estado pre- competências técnicas adquiridas “cumpre as orientações naciosentes “30 convidados”, que tive- e, em simultâneo, contactar com ram a oportunidade de “experi- potenciais futuros empregadores. mentar vários pratos com produ- Esta é uma das essências do ensitos que integravam a preferência no profissional”, afirmou. P.P.

nais ao mais alto nível”. O autarca da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, realçou a forma participada como o novo PDM foi elaborado, com a participação de mais de 20 entidades, “resultando na apresentação de uma proposta de organização territorial que baliza o desenvolvimento do concelho com respeito pelas leis em vigor e procurando garantir o progresso equilibrado do município famalicense”. Com o novo PDM, “pretende-se consolidar a máxima ‘Famalicão, Bom para

Viver, Bom para Investir e Bom para Visitar’, potenciando uma gestão inteligente do território, com espaços verdes bem definidos para as pessoas praticarem desporto, lazer e bem-estar, condições para as empresas investirem e trabalharem mais e espaço para a natureza respirar e pulsar no território”. A autarquia tem agendadas outras quatro sessões de esclarecimento pelas freguesias do município, para além do posto de atendimento diário aberto ao público nos Paços do Concelho. P.P.

Nasceu associação de fotografia em Famalicão A associação Caixa de Imagens é a novo projeto de fotografia nascido em Vila Nova de Famalicão. O objetivo da entidade é “promover culturalmente as artes da imagem”, dando destaque à fotografia. O projeto quer proporcionar à comunidade a possibilidade de desenvolver competências “pessoais, técnicas e artísticas liga-

das às artes da imagem”, nomeadamente através de formação e workshops, organização de concursos, desafios e exposições individuais ou colectivas e ainda a promoção do contacto com pessoas, grupos e entidades que contribuam para o enriquecimento de competências nesta área, “com vista a abrir novos horizontes”. Além disso, a associação quer

também transformar-se num espaço de encontro, oferecendo aos seus seguidores oportunidades que não eram possíveis, até agora, devido à “ausência de dinâmicas coletivas na área da fotografia no concelho de Vila Nova de Famalicão”. O trabalho da instituição pode ser acompanhado através do sítio www.caixadeimagens.pt. M.R.


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Atualidade

Museu Bernardino Machado apresentou plano de atividades para 2015

// Vila Nova de Famalicão

A primeira Guerra Mundial que marcou o rumo da história e a evolução das nações entre 1914 e 1918 foi a temática escolhida pelo Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, para a promoção de diversas iniciativas que vão decorrer este ano. MÓNICA RIBEIRO

O

espaço que se destaca, no plano nacional, como “possuidora do melhor arquivo documental sobre a 1.ª República” vai acolher um conjunto de conferências e exposições tendo sempre como pano de fundo a participação de Portugal na 1.ª Guerra Mundial. A informação foi avançada pelo coordenador científico do museu, Norberto Cunha, em conferência de imprensa realizada a 20 de fevereiro, contando com a presença do edil famalicense, Paulo Cunha. Para o responsável, “pensar a primeira Guerra Mundial é mais do que pensar o passado, é refletir sobre as condições e o rumo sobre os quais queremos construir o nosso futuro”. “O Museu não é uma estrutura estática, nem que-

remos que as pessoas que aqui vêm tenham uma postura passiva”, salientou Norberto Cunha, acrescentando que o plano de atividades exige uma “imaginação permanente”. Das atividades previstas destaque para o ciclo de conferências “Portugal na I Guerra”, iniciado a 27 de fevereiro, que vai decorrer durante os meses do ano, contando com a presença de especialistas nacionais conceituados, como Luís Farinha, Fernanda Rolo, Armando Malheiro, entre outros. Além disso, e de grande relevo nacional, realizam-se em novembro os Encontros de Outono, dedicados às memórias da primeira guerra. Neste âmbito, Norberto Cunha realçou “a presença de ilustres oradores, que dignificam o Museu e o tornam numa referência a nível nacional, nesta área”. Para o presidente da autarquia, os Encontros de Outono “são já uma marca incontornável do Museu e de grande relevo histórico”. “São raros os espaços em Portugal que tratam a história com esta profundidade e interesse”, afirmou.

tou o presidente. Neste âmbito, estão calendarizadas várias iniciativas que podem ser consultadas através do endereço www.bernardinomachado.org. Saiba que Bernardino Machado foi uma figura notável da 1ª República Portuguesa, tendo ocupado o cargo de Presidente da República por duas vezes (entre 1915 e 1917 e entre 1925 e 1927), mas foi também um importante pensador e pedagogo. É, por isso, o único Presidente da República que tem um museu consagrado à sua personalidade.

Ainda este ano, serão lançadas Além da exposição permanenobras de Bernardino Machado, es- te, o Museu vai receber este ano tando previsto a publicação das diversas como “Recortes da 1.ª partes 5 e 6 do 3.º volume Políti- Grande Guerra” e a exposição foca. Além disso, prevê-se a reedi- tográfica do Centenário da 1.ª Preção online completa e melhora- sidência de Bernardino Machado, da dos volumes da primeira Guer- entre outras. ra. Para Norberto Cunha “nenhuSegundo Paulo Cunha, as ativima outra figura da primeira Re- dades do museu vão este ano ser pública tem as suas obras publi- alargadas aos adultos e seniores. cadas, sendo Bernardino Macha- “É ambição que os serviços abrando um caso único”. jam outras faixas etárias”, salien-

Museu celebra Dia da Mulher O Museu Bernardino Machado abre as portas na noite de 7 de março, a partir das 23 horas a uma festa que tem como tema os “Loucos Anos 20”, com “muita música, dança e estravagância”. “Os Loucos Anos 20” são uma iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em colaboração com o bar Chez Café Café, e tem como objetivo assinalar o Dia Internacional da Mulher que se comemora a 8 de março.

CICCOPN apresenta construção em aço leve No âmbito de uma parceria estabelecida com a empresa X-ONE, desenvolveu-se um trabalho de construção em aço leve, o sistema construtivo “Light Steel Framing” (LSF), nas instalações do CICCOPN. O trabalho foi apresentado na manhã pub

desta quinta-feira, 26 de fevereiro. O LSF é um “processo construtivo caraterizado pela utilização de aço galvanizado”, sendo “uma construção sustentável, visto que promove uma maior eficiência económica, uma enorme poupança de

recursos naturais e humanos e um menor impacto ambiental nas soluções adotadas nas fases de construção, utilização, reutilização e reciclagem de construção. Os perfis são projetados para suportar as cargas da construção, de

forma a garantir os requisitos de funcionamento/utilização”. É um sistema construtivo aberto, o que permite a utilização de diversos materiais, tanto no exterior como no interior. Assim, o sistema LSF pode ser usado em cons-

truções novas, mas também na reabilitação. O sistema LSF, sendo uma solução flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos, racionalizando e otimizando a utilização dos recursos e a gestão das perdas.

António Zambujo na Casa das Artes O nome dispensa apresentações e as músicas, essas, quase que pedem para serem ouvidas vezes e vezes sem conta. São assim os temas do português António Zambujo, que em março atua pela primeira vez na Casa das Artes de Famalicão, num mês em que o teatro é também a estrela da companhia. O músico sobe ao palco do grande auditório a 21 de março e na bagagem traz o seu mais recente trabalho, intitulado “Rua da Emenda”, que, entre outros nomes, contou com a participação dos músicos Miguel Araújo e Samuel Úria. No mês em que se assinala o Dia Mundial do Teatro, o espaço cultural assinala a data com duas peças em cena. A estreia, nos dias 6 e 7 de março, de “Trago-te na pele”, numa coprodução do Cine Teatro Constantino Nery com a Casa das Artes, e

a 27 de março os atores Ana Nave e João Reis trazem à cena “Portugal, Meu Remorso”, produzida a partir de textos de Alexandre O’Neil. De 6 março a 29 de abril, o foyer da Casa das Artes acolhe a exposição de pintura “Uma sustentável leveza”, de Artur Baptista, e a 4 de março, o pequeno auditório recebe o encontro temático “Diabo no Corpo: O Erotismo na Arte da Grécia Antiga aos nossos dias”, com a oradora Helena Machado. Destaque ainda para o cinema, com a habitual programação do Cineclube de Joane, no pequeno e grande auditório, e ainda para o bailado “Salpicos Gulosos de Cor”, nos dias 14 e 15 de março. Uma coprodução entre a associação “Crescer Além Dança” e a Casa das Artes, inspirada no conto dos irmãos Grimm “A Casinha de Chocolate”. P.P.


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Atualidade Santo Tirso

Camélias foram rainhas em exposição Amarelas, vermelhas, exóticas, rajadas. Há milhares de camélias em todo o mundo. Neste âmbito, a Fábrica de Santo Thyrso promoveu mais uma edição da exposição de camélias, entre os dias 27 de fevereiro e 1 de março. MÓNICA RIBEIRO

A

tradição nasceu há já alguns anos e desde então tem marcado anualmente o programa cultural de Santo Tirso. “(A exposição) surgiu exatamente porque alguns especialistas e fãs das camélias propuseram

à Câmara a feitura de uma exposição desta natureza. Portanto foi a partir dessas pessoas e dessas instituições que a Câmara, há muitos anos, se balançou a fazer uma exposição de camélias”, contou o presidente da autarquia tirsense, Joaquim Couto, destacando que “há pessoas de todo o mundo que se deslocam de um continente para outro para verem a camélia nova que surgiu”. A abertura do evento decorreu no dia 27 de fevereiro e contou com a exposição de arranjos florais executados por instituições que fazem parte do município que foram convida-

Exposição tem já alguma tradição em Santo Tirso

das a participar na iniciativa. mulos e as condições para a partiSob o mesmo tema, foram anun- cipação e é por isso que eu também ciados os alunos das escolas do enalteci o facto de estarem jovens. concelho vencedores do concurso Se a escola for uma escola mais intede poesia promovido pela Câmara gral, mais global e se estas matérias, Municipal. João Marques (Instituto por exemplo, da poesia, o gosto da Nun’Alvres), André Fernandes (Agru- participação ou o gosto de dar opipamento de Escolas D. Afonso Hen- nião sem medo forem estimuladas riques) e Ana Silva (Agrupamento desde pequeninos, os adolescentes de Escolas de S. Martinho). “O nosso de amanhã, os adultos do futuro, seconvencimento é que a cultura, o co- rão muito mais interventivos e serão nhecimento, a informação, a partici- muito mais úteis à sociedade onde pação cívica, a participação até po- estiverem integrados”, destacou a lítica não nascem com as pessoas, é propósito Joaquim Couto. preciso que na escola e na comuniA exposição ficou ainda marcada dade haja o hábito de criar os estí- pela exposição e mercado de camé-

lias com venda de flores e produtos associados, no dia 1 de março, mas antes, no dia 28, a autarquia promoveu um passeio comentado à Quinta do Casal, em Refojos com o objetivo de levar a comunidade a ver de perto a cultura da camélia. “O senhor engenheiro Manuel Gil, pai do atual proprietário, era um entusiasta fervoroso das camélias, percorria o mundo à procura de camélias exóticas e de camélias diferentes. Ele próprio fez algumas mutações e há uma ou outra camélia com o nome dele porque há centenas de espécies de camélias”, explicou o edil tirsense. Para além destas atividades, a Câmara Municipal promoveu ainda uma exposição de desenhos do mestre José Rodrigues e poemas de António Oliveira, sobre a camélia. “A Palavra e os Sentidos” está patente na Biblioteca Municipal, entre 27 de fevereiro e 13 de março. O vencedor do prémio Melhor camélia de origem portuguesa foram Maria de la Salete Coelho e António Assunção, com a camélia Dª. Herzília Magalhães. Já o Prémio Especial Engº José Gil foi atribuído à Casa de Dinis.


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4 março 2015 JORNAL DO AVE

Atualidade // Santo Tirso

Autarquia comparticipa vacinas para crianças Município de Santo Tirso vai comparticipar as despesas de famílias carenciadas com vacinas que podem custar até 71 euros por dose. A medida foi votada a 18 de fevereiro, em reunião de Câmara extraordinária e aprovada na Assembleia Municipal. “Trata-se de uma medida com um escalão, o pagamento é de 15 euros, grande impacto social e de saúde por dose. Cinco euros por dose são pública. Com este apoio, ajudamos a assumidos pela farmácia aderente e combater a desigualdade no acesso 51,08 euros por dose são comparticiaos cuidados de saúde, trabalhando pados pela Câmara Municipal, num no sentido de uma sociedade mais total de 102, 16 euros referentes às justa, mais coesa e, portanto, com duas doses. As farmácias aderenmelhor qualidade de vida”, explica tes contribuem com um valor de cino edil de Santo Tirso, Joaquim Couto. co euros, em todos os escalões, por Embora excluídas do Plano Nacio- cada uma das vacinas adquiridas penal de Vacinação, as vacinas em cau- las famílias abrangidas pela medida. sa são, segundo a autarquia “recoSegundo Joaquim Couto, a recemendadas pelos médicos”. tividade das farmácias do MunicíO investimento total está orçado pio de Santo Tirso neste projeto foi em cerca de 100 mil euros por ano e importante, na tentativa de “todos conta com o apoio das farmácias do contribuírem para resolver um proconcelho. A atribuição de comparti- blema de saúde pública”. Os intecipação em vacinação infantil desti- ressados neste apoio devem subna-se a crianças nascidas a partir do meter candidatura nos serviços de dia 1 de janeiro deste ano e de acor- Ação Social da Câmara de Santo Tirdo com o rendimento do agregado so. O processo será depois avaliado familiar. Neste âmbito, foi estabele- de acordo com os requisitos. cida uma tabela, que calcula que o A vacina Prevenar é utilizada para valor a pagar pelo beneficiário seja proteger crianças desde os dois meses, de cinco euros, no 1.º escalão, 10 euros, no 2.º escalão, 15 euros, no 3.º até aos cinco anos, contra doenças como a meningite bacteriana, septicémia escalão, e 20 euros, no 4.º escalão. e pneumonia bacteriémica e a vacina RoUma família inserida no 1.º escatarix ou Rotateq está indicada na imunilão e que adquira a vacina Prevenar, zação ativa de crianças a partir das seis pagará cinco euros por cada dose. semanas, para a prevenção de gastroDe resto, a farmácia aderente ao pro- enterites devidas a infeções por rotajeto assumirá um encargo de cinco vírus. Apesar do estudo da Comissão euros por dose e a Câmara contribui- de Vacinas da Sociedade de Infeciologia rá com 49,49 euros por dose, num to- Pediátrica e da Sociedade Portuguesa tal de 197,96 euros pelas quatro do- de Pediatria dar a conhecer os benefíses necessárias. cios da sua utilização, muitas famílias Já no caso por exemplo da Rotarix, optam por não vacinar os filhos, “por para uma família que se integre no 3º falta de recursos económicos”.

72 mil euros para instituições do concelho Em reunião ordinária realizada a 26 de fevereiro, o executivo municipal de Santo Tirso aprovou a atribuição de um conjunto de subsídios para várias instituições do concelho. MÓNICA RIBEIRO

N

lor de 10 mil euros, destinados a o total, são cerca de 72 mil obras de ampliação da residência euros destinados a diversas ativi- para idosos. dades culturais, nomeadamente a Na mesma reunião o executidisponibilização de cerca de seis vo aprovou a aquisição de títumil euros para ajudar nas ativida- los de transporte à sociedade de des de Carnaval, 1300 euros para Transportes Urbanos de Santo Tira Associação Cultural Tirsense e so (TUST), para serem distribuí2800 euros a 15 ranchos folclóri- dos gratuitamente pela populacos e etnográficos do concelho. ção mais carenciada. A medida Para além disso, foi ainda apro- está enquadrada nas políticas de vada a atribuição de subsídios a apoios sociais que apoiam os mais três paróquias: 500 euros para a desfavorecidos e vai abranger um de São Martinho, cinco mil euros universo de cerca de 1600 pessoas, para o Centro Paroquial de Areias, num investimento na ordem dos para obras de requalificação do 100 mil euros. telhado, e sete mil euros à de S. O apoio em questão “responMamede de Negrelos, destinados de às mais diversas necessidades a obras de requalificação da igreja. de uma franja da população que, O Centro Social e Paroquial de muitas vezes, por falta de mobiliSanta Cristina do Couto vai tam- dade, não consegue dar resposta bém receber uma ajuda, no va- a medidas potenciadoras de in-

tegração, como a frequência de cursos de formação profissional ou atividades de ocupação, bem como o acesso aos cuidados básicos de saúde”. Os títulos gratuitos serão atribuídos a todos os portadores de deficiência com pelo menos 60 por cento de incapacidade e que possuam um rendimento “igual ou inferior a 500 euros”, assim como aos beneficiários do RSI ou agregados familiares com rendimentos similares, aos beneficiários do Cartão +Vida e a pessoas em situação de carência económica desde que justificada. A reunião de câmara, de carácter público, contou ainda com a presença dos alunos da Escola da Ponte.

// Vila Nova de Famalicão

The Waterboys são cabeças de cartaz de festival de música no Louro Com cerca de um ano de existência, a associação Ecos Culturais do Louro tem já um projeto gigante em mão: o festival Laurus Nobilis Music Famalicão, que decorre de 24 a 26 de julho. Com um orçamento que estará na ordem dos “250 a 300 mil euros”, o evento tem como cabeça de cartaz a banda escocesa The Waterboys, que apresentará o novo trabalho discográfico “Modern Blues”. O grupo encerrará o segundo dia de festival, depois das atuações de Virgem Suta, Lux Yuri. A noite contará também com um tributo aos The Doors. Para 24 de julho, o palco estará reservado para o rock alternativo e

heavy metal, com Éden, More Than ferência de imprensa de apresena Thousand, Ramp e Mão Morta. tação do festival, a 20 de fevereiro. Para o terceiro e último dia, o fiSão esperadas “15 mil pessoas” gurino musical altera-se completa- no evento, considerado “ambiciomente. Ao contrário dos outros dias, so” e “diferente”, por combinar géque terão bilheteira, as portas serão neros musicais distintos, como o abertas, gratuitamente, para quem heavy metal e a música tradicional. quiser assistir aos concertos de AuSegundo José Aguiar, os lucros gusto Canário, Sons do Cancionei- do evento serão canalizados para ro e de uma banda de música e ran- “a construção da Casa do Artista cho folclórico a designar. Amador”, para “albergar e divulgar Além da diversidade, a organiza- projetos culturais amadores”, nas ção quer dar a oportunidade aos mais diversas vertentes artísticas. amadores de se projetarem num Os bilhetes já se encontram à Festival foi apresentado pela Associação Ecos Culturais do Louro festival, que “não ficará a dever venda e o passe para os dois dias nada” a outros que se fazem no país, custa 30 euros. Se for adquirido de- tem o custo de 17 euros (20 euros 15 de julho). Para adquirir os bilheafirmou o presidente dos Ecos Cul- pois de 15 de julho passará a 40 eu- após 15 de julho) e para o do dia tes, pode consultar o site www.lauturais do Louro, José Aguiar, na con- ros. O bilhete para o dia 23 de julho 24 custa 23 euros (25 euros após rusnobilis.pt.


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Polícia

// Santo Tirso & Vila Nova de Famalicão

PJ deteve suspeitos da prática de assaltos a taxistas Polícia Judiciária deteve, em Vila Nova de Famalicão, dois suspeitos pela “presumível autoria, entre outros, de crimes de roubo e sequestro qualificados e detenção de arma proibida que terão tido lugar entre as cidades de Guimarães e Santo Tirso”. PATRÍCIA PEREIRA

P

de 17 de fevereiro. Segundo enviareparava-se para fazer mais do à comunicação social, os suspeium assalto e até o revólver, escon- tos “dirigiram-se à vítima” e “solidido no bolso, estava pronto a dis- citaram-lhe um serviço para local parar, quando foi detido pela Polí- próximo na cidade de Guimarães”. cia Judiciária (PJ). O homem, de 36 “Chegados ao destino, os suspeianos e residente na freguesia de tos manietaram o ofendido e, após Gondifelos, em Vila Nova de Fama- agressões físicas violentas, procelicão, foi apanhado, a 24 de feve- deram à subtração de dinheiro, doreiro, no parque de estacionamen- cumentos diversos e um telemóvel. to de uma superfície comercial do Já com controlo da viatura e vítima concelho, escondido, no interior de deslocaram-se para local ermo no um carro, a vigiar o espaço. concelho de Santo Tirso, onde vieO homem é suspeito de assaltos ram a abandonar o ofendido, tena taxistas e a detenção surgiu no do-se apossado de uma arma de âmbito da investigação de um as- fogo e munições que o homem lesalto a um “taxista de 77 anos de galmente detinha na viatura, acaidade”, que ocorreu cerca da 1 hora bando por abandonar a viatura na

área de Vila do Conde”, relata. Na sequência de “diligências de investigação que vinham sendo efetuadas”, a PJ abordou “um dos suspeitos, no exato momento em que, tudo indicava, estaria iminente uma situação de roubo de pessoas e viaturas com utilização de arma de fogo”, e fez buscas à sua casa, em Gondifelos, onde encontrou “o seu coautor”, que foi detido e enviado para um estabelecimento prisional. Foram ainda “encontrados e apreendidos objetos subtraídos ao ofendido (arma de fogo, munições, telemóvel) e ainda outros que se presume estarem relacionados com outro roubo e se-

Distribuidor de cafés roubado Pouco passava das 14 horas de do um indivíduo entrou pelo lado do ram a carrinha da vítima, carregada sexta-feira, 27 de fevereiro, quando passageiro da carrinha e o mandou de café, que foi abandonada a cerca dois homens, munidos de uma pis- sair. “Entretanto, outro abriu a mi- de dois quilómetros do local do astola e uma faca, agrediram e assal- nha porta e apontou-me uma faca”, salto, junto ao campo de treinos do taram um vendedor de distribuição contou o vendedor ao JN. Grupo Desportivo de Ribeirão. A víde café, que se encontrava parado Já fora da carrinha, o homem de tima sofreu alguns ferimentos ligeina carrinha e se preparava para ir ao 32 anos ainda resistiu, mas os lará- ros, acabando por ser assistida na banco depositar dinheiro. pios ameaçaram-no, apontando- unidade de Vila Nova de Famalicão Tudo aconteceu na Rua Escola -lhe uma arma à cabeça e esfaque- do Centro Hospitalar do Médio Ave. Santa Ana, em Ribeirão, Vila Nova ando-o nos pulsos e pernas, e conse- A GNR de Famalicão esteve no local de Famalicão, quando o vendedor guiram consumar o roubo. Além de assim como a Policia Judiciária que se preparava para ir ao banco, quan- sete mil euros, os assaltantes rouba- está a investigar o caso. P.P.

Homem condenado a 24 anos de prisão Um homem foi condenado a 24 seis crimes de violação, um crime O Tribunal provou que o homem anos de prisão por crimes de viola- de violação na forma tentada, um “atuou relativamente a vítimas ção em série, roubo e violação de crime de roubo e um crime de vio- cujas rotinas conhecia, aproveitando situações em que sabia que esdomicílio pelo Tribunal de Vila do lação de domicílio. Os factos que remontam a 2011, tas se encontravam sozinhas, atuConde. Além de Famalicão, o arguido agiu também na Maia e em 2012 e 2103 tendo um dos crimes ando em cinco casos de madrugaEsposende. ocorrido na ciclovia que liga Fama- da ou às primeiras horas da manhã” “Em cúmulo jurídico, foi o argui- licão à Póvoa de Varzim. Uma das vítimas tinha 82 anos e Segundo a PGD o arguido “abor- foi violada em sua casa, onde vivia do condenado na pena única de 24 anos de prisão”, lê-se na pági- dou mulheres, forçou-as a man- sozinha. Outra mulher foi vítima do na na internet da Procuradoria- ter consigo trato sexual em seis arguido “em duas datas distintas, -Geral Distrital (PGD) do Porto, re- das situações”, não tendo conse- ambas às primeiras horas da maferindo que o acórdão data do dia guido concretizar uma das viola- nhã, quando esta iniciava ou dava ções, “porém por razões alheias à curso ao giro diário exigido pela 2 de fevereiro. sua profissão”, refere a PGD. M.R. O arguido foi condenado por sua vontade”.

questro, designadamente a um ta- contra-se “em liberdade condicioxista na cidade de Braga, ocorrido nal após ter já cumprido cerca de cerca de oito dias antes do crime in- 17 anos de uma pena de 19 anos e vestigado”. A PJ declarou que “as oito meses pelos crimes de homidiligências desenvolvidas indiciam cídio e furtos vários e o outro cumfortemente que os suspeitos acor- prido, igualmente, uma pena de pridaram entre si praticar crimes de são efetiva por condução sem habiroubo a taxistas com a intenção de litação legal, não lhes sendo conheobterem quantias monetárias por cida uma qualquer atividade profissaberem que as potenciais vítimas sional estável nos últimos tempos”. são, normalmente, portadores de O homem voltou para a cadeia, 25 numerário em valor significativo”. de fevereiro, depois de ser captuOs detidos, com idades compre- rado em Famalicão pela PJ, na seendidas “entre os 33 e os 36 anos”, quência de mais um assalto que se vão ser presente a primeiro inter- preparava para fazer, e de outros rogatório judicial para aplicação dois chegou a realizar, a taxistas de das medidas de coação tidas por Braga e Guimarães. adequadas. Um dos suspeitos en-

Incêndio em apartamento em Calendário

Um incêndio deflagrou num para verificar onde se localizava apartamento na freguesia de Ca- o foco de incêndio. Conseguimos lendário, Vila Nova de Famalicão. extinguir com alguma facilidade O alerta foi dado por volta das o foco de incêndio, e depois de zero horas do dia 1 de março e de localizado e extinto procedemos imediato foram mobilizados para a manobras de ventilação”, disse o local dois veículos de incêndio, Sérgio Gomes, adjunto de comanuma ambulância e dez elementos do dos Bombeiros Voluntários de da corporação. Vila Nova de Famalicão, em declaO cenário encontrado à chega- rações ao JA. Segundo o mesmo, da era um apartamento tomado o rescaldo demorou cerca de uma pelo fumo em que não era visível hora. A casa ficou “sem condições a localização do foco de incêndio. de habitabilidade” e o casal pas“Tínhamos conhecimento de sou a noite em casa de familiares. que os habitantes do apartamen- As causas do incêndio não foram to já estavam no exterior do mes- apuradas, e segundo Sérgio Gomo, não se encontrava ninguém mes, apesar de toda a habitação lá dentro a não ser um animal, ter sido tomada pelo fumo e gaum cão. Tivemos que proceder a ses provocados pela combustão, o buscas para fazermos a localiza- incêndio iniciou na “zona da sala”, ção, iniciamos reconhecimento “junto a um sofá”. M.R. pub


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4 março 2015 JORNAL DO AVE

“Armadilhas” nos trilhos florestais alertam ciclistas

Atualidade

// Santo Tirso & Vila Nova de Famalicão

Cabos de aço, arame, cordas ou fitas de plástico. Os ciclistas que pedalam pelas zonas florestais de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso, Guimarães e Braga têm sido confrontados com estas “armadilhas”, colocadas entre árvores, que já fizeram vítimas entre os amantes de duas rodas. CÁTIA VELOSO Estes materiais têm sido co- sos, alguma animosidade por locados em lugares discretos e parte deles, na época de caça”, à altura, podendo provocar fe- atestou. rimentos naqueles que utilizam Paulo Ruivo considera que se os trilhos florestais para peda- trata “de uma minoria de caçalar. Luís Ramos foi um dos ciclis- dores menos bem formados”, até tas que já se confrontou com es- porque “para os proprietários tas “armadilhas”. Foi “há mais dos terrenos, nós somos como de dois anos” e aconteceu por que vigilantes, quer de incên“duas vezes”, mas não chocou dios, quer de deposição de lixo m incêndio deflagrou no nas registados prejuízos materiais. com elas, porque “percorria os ou de qualquer outro tipo de Restaurante Tirsense, junto Em declarações ao Jornal do Ave, trilhos a subir e tornou-se fá- crime contra o património”. Por ao Tribunal de Santo Tirso, na tar- Firmino Neto, 2.º comandante dos cil identificá-las”, contou ao JA. outro lado, acrescentou, “senti- de de 24 de fevereiro. O alerta foi Bombeiros Voluntários de Santo “Eram de fita muito fina” e esta- mos que somos algo de negativo dado por volta das 15.25 horas e no Tirso, contou que, quando chegavam “no alto da Portela e per- para os caçadores, que querem local estiveram “12 homens”, com ram ao local, a cozinha estava “toto de Airão Santa Maria (Guima- o monte em silêncio para que a “quatro veículos”, dos Bombeiros talmente tomada” pelas chamas rães)”, adiantou. presa de que eles andam atrás Voluntários de Santo Tirso e “oito e que, pela “intensidade das cha“Sem querer julgar alguém”, não seja incomodada”. homens”, em “três viaturas”, dos mas, provavelmente o foco de inLuís Ramos acha que as fitas foOs Amigos do Pedal “não” se Bombeiros Voluntários Tirsenses. cêndio inicial seria uma fritadeira” ram colocadas “pelos proprietá- confrontaram com estas arma- O incêndio foi dado como extinto a gás. O incêndio “propagou-se ao rios dos terrenos, não com o ob- dilhas, mas “foram avisados há cerca das 16.15 horas, ficando ape- exaustor do edifício, acabando por jetivo de afetar quem anda de bi- uns meses por amigos de Santo cicleta, mas sim de mota”. “Te- Tirso” para a existência delas “no nho consciência que uma mota monte da Portela”. estraga muito mais do que meia “Estas queixas devem cair na dúzia de bicicletas”, asseverou GNR local”, para que as autorio ciclista que prefere “pedalar dades possam atuar. “Se omitirem grupo”, mas também percor- mos estamos a pactuar com o re trilhos “muitas vezes sozinho”. crime. É fácil, nós andamos sem“Cerca de 3200 peças de vestu- lativa à produção e comercializaPor sua vez, Paulo Ruivo, pre- pre com o telemóvel ou GPS, po- ário e calçado” foram apreendi- ção de têxtil e de calçado contrasidente da associação Amigos do demos referenciar o local, só nos das pela Autoridade de Seguran- feitos. O valor das peças apreendiPedal, tem outro entendimento custa cinco minutos”, afirmou ça Alimentar e Económica (ASAE), das ascende a 94 mil euros. sobre os possíveis responsáveis em forma de apelo aos ciclistas. numa unidade fabril com loja de Segundo o comunicado enviapelas “armadilhas”. “Se fossem Segundo o JN, houve um ciclis- venda ao público em Delães, Vila do pela ASAE, a operação de comos proprietários, fechariam as ta que esbarrou com um cabo de Nova de Famalicão, que decorreu bate à contrafação resultou ainda entradas, ou com correntes ou aço e teve de receber tratamento no âmbito de uma investigação re- na “detenção de um indivíduo e na com pedregulhos ou então le- médico. Há ainda relatos de que vantariam muros. Sendo a meio estes obstáculos foram encondo monte, leva-nos a supor que trados em Castelões, Vila Nova tem mais a ver com caçadores, de Famalicão. porque sentimos, em alguns ca.

Cozinha do Restaurante Tirsense consumida pelas chamas U

danificar a cozinha, que ficou toda destruída”. Segundo o 2.º comandante, a “principal preocupação estava relacionada com a construção antiga do edifício”, para que o incêndio “não se propagasse ao restante edifício”. O incêndio obrigou ao encerramento do Restaurante por alguns dias, mas, já se encontra a funcionar. P.P.

ASAE confisca mais de 3000 peças de vestuário e calçado

Homem detido por injuriar agentes da PSP A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Santo Tirso foi chamada à Rua Marechal Humberto Delgado, por volta das 4.40 horas de 20 de fevereiro, devido a desacatos que estariam a decorrer no local. Enquanto os agentes procediam a diligências policiais, foram injuriados e agredidos por um homem, pelo que foi necessário o recur-

instauração do respetivo processo-crime”. “Esta ação insere-se num esforço global de combate à economia paralela que a ASAE tem vindo a exercer, numa abordagem dirigida à cadeia de produção, distribuição e venda de material contrafeito”, concluiu. P.P.

Grupo de betetistas famalicenses perde-se no Montemuro

Vindos de Famalicão, oito ciclis- do corpo enquanto aguardavam tas perderam-se no sábado (28 de ajuda, Fernando Paiva salientou fevereiro) na Serra do Montemu- que o mais importar era “manter ro, em Cinfães. Apesar do nevoei- algum movimento” para “evitar o ro e do frio, o grupo de pratican- gelamento”. “Foi uma boa experites de BTT acabou por ser encon- ência para aprender para o futuro so à força muscular estritamente trado pelos bombeiros de Cinfães, também”, disse. Depois de algumas tentativas necessária para dar cumprimento ao fim de 45 minutos de buscas. “Notamos que cada vez estava “falhadas” e com alguns elemenàs medidas de polícia. O homem, de 42 anos de idade, desempre- mais nevoeiro, para não ser tar- tos com “dificuldades” devido ao gado e residente em Santo Tirso, de e perdermo-nos ainda mais. frio, os ciclistas decidiram recorfoi detido e presente ao Ministé- Resolvemos chamar os bombei- rer ao meios de socorro. “A extensão é grande. Como o nerio Público, junto do Tribunal Ju- ros e aguardar”, contou Paulo dicial da Comarca de Santo Tirso, Abreu, em declarações ao Correio voeiro estava cerrado a visibilidada Manhã. de era praticamente nula. Entreno mesmo dia. Para garantirem a temperatura tanto recebemos informação do P.P.

CODU, a perguntar se já tínhamos encontrado as vítimas. Dissemos que não, que a extensão era muito grande, precisávamos de mais meios, visto que a visibilidade ao lado cinco metros era nula”, disse ao Correio da Manhã Vítor Fonseca, bombeiro de Cinfães. Depois de serem encontrados e assistidos, os ciclistas foram levados para um restaurante, na serra, onde receberam bebidas quentes, antes de voltarem para Vila Nova de Famalicão. M.R.


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Atualidade

// Santo Tirso

Câmara de Santo Tirso dedicou fim de semana à Proteção Civil Prevenção rodoviária, busca e salvamento no Rio Ave e entrega de equipamentos às corporações de bombeiros de Santo Tirso assinalaram fim de semana dedicado à Proteção Civil, entre os dias 27 de fevereiro e 1 de março. MÓNICA RIBEIRO

Os três corpos de Bombeiros do concelho tirsense entraram em ação na manhã de domingo num simulacro de busca e salvamento de três vítimas, que naufragaram quando percorriam o rio Ave de “gaivota”. Apesar de não ser um cenário real serviu para os agentes de protecção civil de Santo Tirso porem em prática a formação que ao longo dos anos vão fazendo, para estarem sempre prontos a fazer face a situações reais de socorro. Para Alberto Costa, vereador da proteção civil “esta ação foi importante quer para os bombeiros testarem os meios e a sua capacidade de reação numa situação limite como esta, mas também para mostrar à população como trabalham os bombeiros para salvar vidas” realçando ainda que “o importante é salvar as vítimas não pondo em risco os próprios bombeiros” dando ainda enfase aos restantes agentes de protecção civil envolvidos na ação. Tiago Miranda, adjunto de Comando dos BVT, referiu que “foi possível percebermos, se os meios do concelho estão preparados para intervir neste tipo de situações”. “Verificamos quer ao nível do mergulho, o corpo de bombeiros que tem equipa de mergulho está preparado, verificamos que ao nível de resgate em grande ângulo que não serve só para

este tipo de intervenção no rio, também serve para resgate em altura, em poços, portanto é uma vertente não tão específica”. Já Joaquim Souto, comandante dos BVST considera que “de vez em quando precisamos também de fazer estes exercícios, mas digamos que as nossas capacidades são testadas todos os dias. Coisas deste género não são propriamente situações correntes, e por isso é que também necessitam de ser testadas”. No que diz respeito aos BVVA, José Manuel Araújo, oficial de primeira salientou: “Já tivemos várias intervenções no rio, vários corpos foram retirados por esta equipa de mergulho, neste momento somos nove elementos formados com a capacidade de mergulho, temos um treino por mês”, e realçou a necessidade da corporação de Vila das Aves ser dotada de um novo barco com capacidade para a equipa de mergulhadores uma vez que “o que temos comporta apenas três pessoas”, frisou. De forma a alertar e a prevenir a população, a Câmara Municipal de Santo Tirso promoveu uma feira para assinalar as comemorações do Dia da Proteção Civil. Neste âmbito a Praça 25 de Abril transformou-se numa montra de todos os atores de proteção civil. O circuito de prevenção rodoviária, no qual a população e os agentes da proteção civil foram convidados a assumir o volante de um automóvel rodado a 360 graus, dando a noção real aos participantes do que se sente num capotamento, mas também alertando para a correta utilização dos sistemas de retenção (cinto de segurança e cadeiras) foram a novi-

Bombeiros receberam equipamentos de proteção individual

As três corporações de Bombeiros estiveram em ação no simulacro

dade. Noutro simulador, os automobilistas puderam experimentar, através de uns óculos especiais, conduzir sob o efeito de álcool, podendo verificar os perigos dessa ação. Participam nesta mostra os agentes de Proteção Civil e os estabelecimentos de ensino do Município. “A Proteção Civil é uma prioridade. Entendemos que é uma questão muito importante para a saúde e para a vida das comunidades e como tal, assim como outras iniciativas neste ciclo político que se iniciou nas eleições autárquicas, há também um conjunto de outras iniciativas que não era usual e nunca se fizeram e estão a fazer-se agora porque temos um guião, um mandato para cumprir onde uma das prioridades passa pela proteção civil, pela defesa da floresta, pela defesa do meio ambiente, por uma melhor vivência em comunidade e em segurança”, asseverou o edil tirsense, Joaquim Couto. De acordo com o Tenente Coronel Paulo Esteves da Autoridade Nacional de Proteção Civil/Comandante Operacional do Agrupamento Distrital do Norte, a prevenção permite que se utilizem menos meios num eventual cenário. Os agentes da proteção civil devem ser uma aposta cada vez mais recorrente uma vez que conseguem “mais facilmente” corrigir “comportamentos de risco dos adultos”. Inserido nas comemorações do dia da Proteção Civil, os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (BVST), os Bombeiros Voluntários Tirsenses (BVT) e os Bombeiros Voluntários de Vila das Aves (BVVA) foram entregues equipamentos de proteção individual para combate a incêndios. Os BVST receberam no total 38 equipamentos, os BVT 33 e os BVVA 40.

A comparticipação foi assegurada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, através de uma candidatura feita pelo Conselho Metropolitano do Porto a fundos comunitários para ajudar as corporações de bombeiros. No caso de Santo Tirso, o investimento rondou os 50 mil euros. “Com a comparticipação do Conselho Metropolitano em 200 mil euros, mais importante que as questões financeiras é efetivamente dotarmos os bombeiros de mais meios e melhores equipamentos para poderem salvar vidas, salvar o património porque eles são verdadeiros heróis”, salientou Hermínio Loureiro, presidente do Conselho Metropolitano do Porto, lembrando que as corporações são “imprescindíveis na nossa sociedade”. Para o presidente da autarquia, Joaquim Couto, todo este processo correu “exemplarmente”. “Com esta candidatura foi possível fornecer um conjunto de equipamentos de proteção individual dos bombeiros que eles não tinham e que é absolutamente indispensável para que eles façam o trabalho em segurança”, disse, realçando ainda que a Câmara dá uma ajuda aos bombeiros todos os anos no valor de cerca de 200 mil euros”. Segundo Sérgio Barros, segundo comandante Operacional Distrital do Porto, “os equipamentos de proteção individual permitem que os bombeiros estejam mais bem protegidos no combate aos incêndios, no entanto, isso só não chega”. “Tem que existir mais e melhor formação, mais e melhor treino, mais e melhor disciplina nas operações. É todo um conjunto de situações que levam a que haja mais segurança nas operações os equipamentos são extremamente importantes para

nós”, afirmou, acrescentando ainda que “todos os corpos de bombeiros da Área Metropolitana do Porto receberam equipamentos que dá para 50 por cento de todo o seu efetivo; os outros 50 por cento vão ser financiado por uma candidatura lançada através da Autoridade Nacional de Proteção Civil” e deverão ser entregues “até 15 de maio”. De acordo com Amadeu Silva, comandante dos BVT, “as associações vivem com certas dificuldades a nível monetário, independentemente do sacrifício que elas fazem. “Foi a altura ideal, este equipamento é recebido de braços abertos no meu corpo de bombeiros”, disse. Na próxima campanha mais 66 equipamentos serão entregues à corporação o que equivale a 100 por cento dos equipamentos para todos os homens. Para José Araújo, oficial de Primeira dos BVVA, “esta doação é bastante importante, porque todo o corpo de bombeiros, a nível do país, tem muitas carências a nível de equipamentos e faz muita falta aos corpos de bombeiros, porque estes equipamentos são bastante caros”. Para o corpo ficar completo faltam ainda 37 equipamentos. No caso dos BVST, esta era uma “necessidade fundamental porque estes equipamentos são essenciais na segurança, da proteção dos bombeiros. Estes são equipamentos para incêndios florestais, e o risco é muito elevado, como se sabe. Tem havido mortes, tem havido ferimentos graves, que resultam em incapacidades, que poderiam ter sido evitadas se os bombeiros estivessem melhor equipados”, afirmou Joaquim Souto, comandante do BVST. Para completar a corporação falta ainda “metade dos equipamentos”.


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Atualidade // Santo Tirso

Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento Aberta à comunidade, colaborando com diversas entidades e principalmente com dezenas de escolas, a Escola Profissional Agrícola Conde de S. Bento está, desde há mais de 100 anos, a partilhar conhecimento.

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mpenhada em formar bons profissionais este estabelecimento de ensino sedeado no concelho de Santo Tirso é uma referência em termos de ensino e ao lon-

go de cada ano desenvolve diversas atividades em que os seus alunos têm oportunidade de pôr em prática o que aprendem na escola. “A nossa escola é diferente porque é Agrícola e ser agrícola comporta um determinado número de especificidades e uma mística que só quem tem o privilégio de por aqui passar, poder compreender”. Instalada no Mosteiro de S. Bento, construído no séc. XVII, possui invejáveis os espaços verdes com milhares de rosas, que dão origem à iniciativa a festa das Rosas,

Escola está sediada no Mosteiro de S. Bento

A Festa das Rosas é uma das atividades da Escola pub

a área agrícola, o internato e, fundamentalmente, o carácter humano que existe em cada um “dá origem a uma Escola onde dá gosto viver e aprender”. A oferta formativa que dispõe

é diversificada e não se cinge so- Técnico de Restauração – Cozimente à área agrícola. A Escola nha e Pastelaria e o Curso Técnitem os cursos de Técnico de Pro- co Superior Profissional [Nível V] dução Agrária , Técnico de Turis- de Cuidados Veterinários em parmo Ambiental e Rural, Técnico de ceria com a Escola Superior AgráRestauração – Restaurante e Bar, ria de Bragança.


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Atualidade

// Trofa

Secretário de Estado abre Feira Anual da Trofa Nuno Vieira de Brito, Secretário de Estado da Agricultura abre na sexta-feira, 6 de março a Feira Anual da Trofa que decorre até ao próximo domingo na cidade da Trofa, organizada pela Junta de Freguesia de Bougado (S.Martinho e Santiago).

A tradição na Feira Anual da Trofa já não é o que era. Ano após ano do programa da Feira faziam parte as atuações dos Ranchos e Grupos Folclóricos da Trofa e outros seus convidados assim como a atuação da Banda de Música da Trofa que representavam os costumes, as trapub

dições e a muita da cultura das gentes da Trofa. Na edição deste ano 2015 a organização, a cargo da Junta de freguesia de Bougado (S. Martinho e Santiago), os ranchos deram lugar aos sons mais modernos dos Dj`s e a Banda de Música da Trofa deu lugar à Orquestra Delmar e ao humor de Quim Roscas, Zeca Estacionâncio. Ao palco da Feira Anual da Trofa vão ainda subir o trofense Miguel 7 Estacas e João Seabra para animar a noite de sexta-feira. Durante o fim de semana as vacas das raças Barrosã, Arouquesa, Minhota e Holstein Frísia assim como a mostra de alfaias e máquinas agrícolas e os espetáculos equestres vão animar sexta, sábado e domingo o recinto da Feira e mercado da Trofa.

Feira criada há 69 anos Corria o ano de 1946 quando foi criada a feira da Trofa. O Parque Nossa Senhora das Dores passou a ser palco de uma feira semanal e rapidamente se sentiu a necessidade de avançar para uma Feira com caraterísticas mais específicas que proporcionasse aos agricultores, criadores de gado e vendedores de alfaias agrícolas condições para estabelecer relações comerciais

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e forma mais profissional a Feira Anual da Trofa foi-se modernizando e acompanhando a evolução dos tempos e do Parque Nossa Senhora das Dores passou para as instalações da Feira e Mercado da Trofa, onde no próximo fim de semana decorre. A feira agrícola como era conhecida passou a ser uma das maiores feiras agropecuárias do norte de Portugal sob a orientação da Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado que, por força da agregação, passou agora a designar-se Freguesia de Bougado (S. Martinho e Santiago). Sendo o concelho da Trofa uma região diversificada em termos de atividades económicas que vai desde a criação de gado, passando pela exploração leiteira, a produção e comercialização de alfaias e maquinaria usada na agricultura vai ainda cedendo espaço às energias renováveis que vão também demonstrando que o setor agropecuário está em linha com a modernização que se vai operando em todos os setores. História da Feira da Trofa “Vale a pena recordar, tantas décadas decorridas, a autorização finalmente pela Câmara de Santo Tirso, para que se efetuasse, aos sábados, uma feira na Trofa. Aconteceu quando era presidente do município o Dr. Adriano Fernandes de Azevedo, sendo vice-presidente o Dr. Assoreira. A região dos Bougados tinha nessa Câmara um grande defensor: - o Dr. António Cruz, que era vereador. Consta dos livros de atas do município tirsense, referente à sessão efetuada no dia 5 de Janeiro de 1946, o seguinte: “ Foi presente uma proposta do antigo vereador desta Câmara, senhor Alberto Lima, conforme deliberação tomada na sessão de vinte e oito do mês findo, que é do seguinte teor: Atendendo a que a Junta de Freguesias de S. Marinho de Bougado, e os seus moradores, por várias vezes, têm apresentado a esta Câmara a sua velha aspiração do estabelecimento de uma feira semanal naquela freguesia, a realizar aos sábados, nos terrenos do chamado parque da Senhora das Dores; atentendo a que aquela freguesia está bem servida de meios de transporte e de vias de comunicação que muito devem contribuir para o bom êxito da feira; e atendendo a que os estabelecimento da feira muito deve contribuir para a realização de vários melhoramentos de que aque-

la freguesia carece, pela arrecadação da receita proveniente do aluguer de terrenos, aliviando assim, em parte, os constantes pedidos à Câmara de subsídios e à Junta de Freguesias para realização de pequenas obras urgentes. Proponho que a Câmara delibere ao abrigo do disposto no número quatro do artigo quarenta e sete do Código Administrativo, e autorize a Junta de Freguesia de S. Martinho de Bougado, conforme solicitou, a estabelecer naquela freguesia uma feira semanal a realizar aos sábados, sob a denominação de Feira da Trofa. Pelo senhor presidente foi dito que tendo estudado o assunto não encontrou motivos ponderosos que obstem à aprovação da presente proposta. Que, além disso, a freguesia de S.Martinho de Bougado, pelo seu desenvolvimento e pela sua dedicação ao concelho, merece que lhe facilitem a realização dos seus anseios de progresso. Que tem face do exposto, era da opinião que fosse autorizada a realização da referida feira, no local indicado na proposta, em todos os sábados. Esta proposta foi aprovada por unanimidade, encarregado-se o senhor vereador Dr. António Cruz de comunicar esta deliberação às entidades interessadas da Freguesia. Relativamente ao destino a dar à receita proveniente da nova feira, esta Câmara delibera respeitar o que está preceituado no número quatro do artigo setecentos e setenta e sete do Código Administrativo”. E foi, assim, que nasceu a feira da Trofa, após longas décadas de permanente reivindicação das gentes destas terras.” Eram duas as Feiras Anuais Sobre a Feira da Trofa, Costa Campos, um dos grandes impulsionadores da Feira adiantou que:” A Feira da Trofa foi criada 1946, numa altura difícil, após o termo da II Grande Guerra Mundial, mas, apesar disso, e de muito duvidarem de que a mesma fosse para a frente, o certo é que ela se manteve até hoje e sempre com redobrado entusiasmo. A Feira realiza-se sempre todos os sábados, no Parque Nossa Senhora das Dores. Foi iniciada em 1946, mas faziam-se duas feiras anuais: uma no primeiro sábado de Março ( a data de aniversário da sua criação) e outra no primeiro sábado de Setembro conhecida mais por Feira de S. Miguel. Estas duas feiras existiram de 1946 a 1950. A partir daquela data, ficou só a Feira de Março, pois a de Setembro acabou”. In Revista da Feira Anual da Trofa 2004


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// Santo Tirso

Esperados “cerca de 700” ex-combatentes em Vila das Aves Vila das Aves vai receber o “1.º Encontro de Ex-Combatentes do Ultramar Português”, a decorrer a 10 de junho. PATRÍCIA PEREIRA

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“grande evento” da programação m média, cada combatente será a 10 de junho, com a “inaudo Ultramar tem “17520 horas de guração do marco comemorativo, alerta” e “10 mil horas com arma que terá mencionado os nomes na mão”. A 23 de novembro de dos ex-combatentes que tomba1963, havia “310.060 jovens farda- ram em combate”. A inauguração do marco comedos nas várias províncias”. Ao longo dos 13 anos de guerra estiveram morativo está marcada para as 10 presentes “mais de um milhão de horas de 10 de junho, na Rua dos jovens portugueses” e morreram Combatentes. Segue-se as boas “10731 elementos”. Estes dados re- vindas, hastear da bandeira e misferentes à Guerra do Ultramar, pre- sa campal na Fábrica Rio Vizela, pesentes na Torre do Tombo, foram las 11 horas, e de seguida o almoenumerados por João Carneiro, ço, entrega de lembranças e espepresidente da Associação de Refor- táculo de animação. Os ex-combamados de Vila das Aves, no âmbito tentes que quiserem participar deda conferência de imprensa sobre vem preencher uma ficha de inscria realização do “1º Encontro de Ex- ção “até ao dia 20 de maio”. “Sem -Combatentes do Ultramar Portu- almoço o custo é de cinco euros” e guês” pela Associação e Junta de “com almoço é de 15 euros”, sendo que, na primeira opção, os famiFreguesia de Vila das Aves. Durante a conferência, que de- liares não pagam. Esta atividade correu a 26 de fevereiro, a presiden- está aberta a todos os ex-combate da Junta de Freguesia de Vila das tentes da região ou com ligações a Aves, Elisabete Faria, anunciou que Vila das Aves. Elisabete Faria referiu que a Juneste ano pretende promover “uma atividade por mês para lembrar as ta de Freguesia “aproveitou a ideia comemorações dos 60 anos” da de João Carneiro, que é um defenelevação de Vila das Aves a vila. O sor acérrimo desta causa”, e deci-

diu associar-se às comemorações, te”. Também as Juntas de freguesia através de “um reconhecimento de Delães, Bairro, Lordelo, Oliveira público e oficial a estas pessoas e São Mateus, Oliveira Santa Maria, àquelas que tombaram em comba- Rebordões, Riba d’Ave, Roriz, São

Martinho do Campo, São Tomé de Negrelos e Vilarinho associaram-se a esta causa e têm nas suas instalações informação e fichas de inscrição desta iniciativa. O presidente da Associação de Reformados de Vila das Aves, João Carneiro, afirmou que “costuma haver confraternizações do batalhão”, mas este é um evento “para todos os militares, independentemente da Marinha, da Força Aérea, etc”, adiantando que espera “cerca de 700 ex-combatentes” neste encontro. As comemorações dos 60 anos de elevação de Vila das Aves começam a 4 de abril com “uma pequena cerimónia de aniversário”, na sede da Junta, às 12 horas, com “60 bombas e um pequeno evento”. Já a 10 e 12 de abril decorrem as festas da Vila, na Fábrica do Rio Vizela, onde é esperada “uma adesão das associações da terra”. O mês de maio será dedicado à “saúde em geral e ao coração”, com “uma corrida na freguesia e uma palestra sobre doentes oncológicos”, com a presença de “um doutor” que vai “tentar responder algumas perguntas que estejam sob a mesa”.

Andreia Neto visitou infantário de Vila das Aves Problemas financeiros e diminuição do número de crianças a frequentar a instituição foram os principais problemas destacados pela direção da Associação do Infantário de Vila das Aves (AIVA), durante a visita da deputada da Assembleia da República, Andreia Neto, na tarde de 23 de fevereiro. MÓNICA RIBEIRO Integrado no ciclo de visitas de “proximidade” que traçou para o seu mandato, a deputada tirsense, acompanhada pela presidente da Junta de Freguesia de Vila das Aves, Elisabete Faria foi conhecer de perto os “reais” problemas da instituição. Com 35 anos de atividade, o AIVA tem a capacidade para acolher 140 crianças. Neste momento, são 80 as que fazem parte da instituição que

integra creche e ATL (atividades de tempos livres). O decréscimo do número de crianças ao longo dos anos a frequentar o estabelecimento causou uma “deficiência” nas verbas comparticipadas não só dos pais mas também do estado. “As que existiam começam a ficar em casa até aos três anos”, contou a direção do AIVA, acrescentando que “quanto menos crianças tem (o infantário), menos verbas tem”. Apesar das dificuldades, a deputada transmitiu boas notícias para a instituição. “Esta é também uma instituição de referência da localidade e do concelho de Santo Tirso e nesse sentido, e dados alguns constrangimentos existentes que me foram chegando através de todos os elementos da direção, esses constrangimentos foram denuncia-

dos junto da tutela que neste caso é o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social e o ministério mostrou-se efetivemente disponível para ajudar, apoiando esta instituição nesta fase de alguns constrangimentos e nesse sentido posso hoje aqui afirmar que foi deferido uma verba para ajudar a AIVA, a ultrapassar estes momentos menos positivos”, anunciou Andreia Neto, salientando que o governo “está atento” e “sensível” a esta situação. A abertura de novas valências será a nova aposta da instituição, de forma a colmatar as lacunas que têm vindo a existir. A direção tornou pública a ambição de abrir os seus serviços ao apoio domiciliário a idosos. “Neste momento” o AIVA está em conjunto com a Segurança Social a fazer um estudo sobre

Instituição vai receber apoio do Ministério

essa hipótese. Nesse sentido, a deputada da Assembleia da República está convicta de que este “é o caminho certo”. As instituições “precisam de perceber que têm que reinventar a própria (instituição) de forma a permitir a sua sustentabilida-

de”, realçou. A deputada vai continuar com estas visitas às instituições. Em jeito de conclusão Andreia Neto fez saber de que o AIVA “tem as pessoas certas a dirigir” e “está no bom caminho”.

Quim Roscas e Zeca Estacionâncio trazem humor a Santo Tirso Um espetáculo cheio de humor e muita música. Este é o programa do espetáculo de “angariação de fundos”, que vai decorrer no quartel dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, pelas 21.30 horas deste sábado, 7 de março. O cabeça de cartaz do programa é o grupo Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, que

promete trazer muito humor a Santo Tirso. A noite vai ser animada pela atuação de Raquel Couto e Filipa Martins, concorrentes do Factor X, programa emitido na SIC. A entrada tem um custo de “dez euros”, sendo “livre até aos dez anos”, com “lugares sentados”. Os bilhetes podem ser adquiridos na PANTIR, no quartel ou através

dos números 914 058 391 e 918 138 733. Olga Ribeiro, elemento da corporação, contou que o espetáculo pretende “sensibilizar a população a interagir com os bombeiros e a angariar fundos para a associação de modo a que esta adquira os equipamentos necessários para o seu bom funcionamento”. Além disso, a iniciativa pre-

tende “promover um momento de humor junto da população de Santo Tirso e arredores e a dinamização do corpo de bombeiros”. “As iniciativas vão surgindo, mas esperemos que a adesão seja a pretendida de modo a atingir os objetivos definidos”, referiu. P.P.


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// Vila Nova de Famalicão

AMOB produz máquinas à medida do cliente

No âmbito do roteiro Famalicão Made IN, o presidente da autarquia visitou, a 2 de março, a empresa AMOB, que fabrica equipamentos para curvatura e conformação de tubos. PATRÍCIA PEREIRA

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áquinas construídas à medida das exigências do cliente. Este é um dos fatores diferencia-

dores da empresa AMOB, que foi fundada em 1960 em Louro, em Vila Nova de Famalicão. O facto de produzir máquinas customizadas

para as indústrias naval, militar, química, petrolífera, aeronáutica e automóvel, entre outras, é uma vantagem competitiva em todo o mundo. À empresa apenas chega o aço em bruto, sendo os profissionais da AMOB os responsáveis pelo estudo da conceção e da transformação da matéria-prima em máquinas industriais de última geração, com todos os componentes, incluindo a robótica e o software. A MAH 1000 é exemplo disso, sendo a maior máquina de arquear hidráulica do mundo, destinada à indústria de extração de minério, que foi vendida a uma empresa espanhola com capitais chineses. Uma máquina grandiosa, totalmente projetada e construída em Vila Nova de Famalicão pela AMOB, com 175 toneladas de peso e 20.000 centímetros cúbicos de secção. Com instalações produtivas em Portugal e representações comerciais em Espanha, Brasil e Rússia, a AMOB garante assim presença global e proximidade a importantes mercados. Facto de extre-

ma relevância já que 90 por cento do que produz é para vender ao exterior. Resultado dessa experiência em palcos internacionais, a AMOB aceitou o recente convite da Câmara Municipal para ser embaixadora empresarial de Vila Nova de Famalicão no Brasil, apoiando novas empresas do concelho a explorar comercialmente as potencialidades de uma das economias mais fortes do mundo. Com mais de 14 mil máquinas instaladas pelo mundo, a AMOB é considerada uma das maiores empresas mundiais no fabrico de equipamentos para a curvatura e conformação de tubos e perfis, tendo acabado de concluir um investimento de 30 milhões de euros, essencialmente com capitais próprios, que permitiu modernizar e expandir a área de produção para 18.000 metros quadrados, apostando numa estratégia de expansão e modernização da capacidade instalada em infraestruturas e tecnologia que possibilitou também duplicar o número de postos de trabalho. A nova e imponen-

te área de produção está equipada com tecnologia de ponta, contando-se centros de maquinação, tornos, fresadoras e equipamentos para corte e curvatura de chapa, para “garantir elevados níveis de fabricação, a melhor qualidade e uma resposta eficaz aos desafios do mercado global”, apontam os irmãos Manuel e Luís Barros, a segunda geração da família na gestão desta empresa. No final da visita, Paulo Cunha, edil famalicense, mostrou-se satisfeito por verificar que a “empresa procura criar melhores condições e ir mais longe em termos de aprofundamento de mercado”, sendo “bom saber da vontade, disponibilidade e empenho para continuar uma escalada de sucesso de forma a passar do 4.º para 1.º no ranking”. “É um sinal positivo para a empresa, pois significa que vai produzir mais, vai produzir melhor, vai ter mais quota de mercado, do ponto de vista internacional, e vai empregar mais, o que é um bom sinal para os famalicenses”, referiu.

BE acusa autarquia de “desperdiçar dinheiro dos contribuintes” com rede ciclável A Concelhia do Bloco de Esquerda acusou a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão de “executar uma obra que não cumpre integralmente a Lei em vigor ou tenha sido mal executada”. Autarquia respondeu que a correção da pintura da rede ciclável ficou a cargo da empresa executora. PATRÍCIA PEREIRA A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão anunciou a criação da rede ciclável, que, numa primeira fase, vai ligar a “estação da CP ao Parque da Devesa”. Um processo que está a ser executado e que a autarquia prevê que, dentro de “poucos meses”, estará concluído. A 23 de fevereiro, a Concelhia do Bloco de Esquerda (BE) emitiu um comunicado, dando conta que a autarquia famalicense “adjudicou por ajuste direto, em 27 de novembro de 2014 e por um valor de 75.433,90 euros a pintura do pavimento na Avenida do Brasil e na Avenida 25 de Abril”, que, “sem dar qualquer informação decidiu começar a retirar essa pintura”. “Ao que o BE conseguiu apurar, isto acontece porque a execução dessa pintura careceu do devido suporte legal. Independentemente de ser porque a pintura está ilegal ou porque

a Câmara Municipal não executou a obra como devia ser. O BE considera muito grave que a Câmara Municipal mande executar uma obra que ou não cumpre integralmente a lei em vigor, ou tenha sido mal executada”, acusa. Apesar de considerar “importante haver alternativa ao automóvel”, o BE afirmou que “não pode aceitar que existindo por todo o concelho inúmeras estradas e caminhos a precisarem de intervenções por estarem em mau estado, se dê prioridade a pinturas de estradas que tudo indica é dinheiro deitado fora”. “O BE considera lamentável que se tenha gasto mais de 75 mil euros nessa pintura, acrescido do custo da sua retirada, valor que ainda desconhecemos, que afinal não serviu para nada. O BE de V. N. de Famalicão lamenta a incapacidade (irresponsabilidade) da Câmara Municipal nesta situação

e exige maior rigor na aplicação dos dinheiros públicos. Não podemos aceitar que se deite assim dinheiro dos contribuintes ‘fora’ quando existem tantas carências por resolver em todo o concelho”, concluiu. Questionado sobre esta questão à margem da visita à AMOB, no âmbito do Famalicão MadeIn, Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, explicou que “uma pequena fase desse processo já foi executada”, mas “houve tão só um lapso da empresa que executou essa tarefa, nomeadamente a marcação da Rotunda do Empreendedor, na Avenida do Brasil, e na imagem das bicicletas que foi colocada na via”. “Já estão, neste momento, outras imagens, porque a que estava colocada na via é uma imagem cuja visibilidade não é possível a partir de uma determinada velocidade. Temos que ter consciência que a

Pintura retirada Rotunda da Avenida do Brasil

imagem que lá está tem que ser visível e legível não só para quem usa a bicicleta e para o peão, mas muito particularmente para o automóvel”, salientou, referindo que se “adotou uma imagem mais vertical” e que “tem uma leitura distinta e mais fácil de interpretar para quem circula a mais velocidade”. O autarca mencionou ainda que a Câmara tem “um acompanhamento externo para que seja executado conforme as prescrições técnicas mais exigentes”. “Ao contrário daquilo que o BE pretende sinalizar, não há ne-

nhum desvio/recuo e não houve nenhuma afetação indevida dos recursos do erário público. Pelo contrário, houve a imposição a quem executou da obrigação de fazer as correções para que o processo fosse executado em conformidade e penso que em breve, dentro de poucos meses, teremos a conclusão deste processo que pretende ligar a estação da CP até ao Parque da Devesa para que este trajeto possa ser feito em segurança por quem queira fazê-lo através da bicicleta”, concluiu.


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Atualidade // Santo Tirso

Alteração do nome da União de Freguesias em discussão na Assembleia

Dezoito pontos compunham a sessão ordinária de fevereiro da Assembleia Municipal de Santo Tirso, que decorreu nos dias 24 e 26, por motivos de prolongamento de horário, no salão nobre os Paços do concelho. MÓNICA RIBEIRO

A

ntes do período da ordem do dia, Rogério Frião, do PS, interveio sobre a alternativa à Estrada Nacional 14 apresentada recentemente pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, alegando que a solução “não serve os interesses da população de Santo Tirso”, apelando, em nome do PS, que o projeto anterior “seja recuperado” porque esta solução “prejudica” o concelho. Graça Mesquita do PSD respondeu dizendo que “nunca se ouviu nenhuma palavra do PS de Santo Tirso acerca deste assunto” e que a reação do mesmo veio “três semanas depois” e que “os outros concelhos nas suas reuniões fizeram se representar pelos respetivos presidentes da Câmara ao contrário da Câmara de Santo Tirso que se fez representar apenas por um técnico”. A deputada acrescentou ainda que “os problemas de Santo Tirso não são as ligações ao Porto” mas sim “no interior do concelho”. Já nos pontos da ordem do dia, destaque para o ponto quatro relativo a uma emissão de parecer sobre a alteração da designação do nome da União de freguesias de Campo (S. Martinho), São Salvador do Campo e Negrelos (S. Mamede) para “Vila Nova do Campo”, proposto pela Junta da União de freguesias. Antes da votação José Alberto Ribeiro da CDU interveio questionando o presidente da União de Freguesias em causa se o PS “já dá como adquirida esta alteração” ou se “ainda vão voltar à discussão”. Por sua vez, Henrique Pinheiro Machado, representante do Movimento Pr’a Frente Santo Tirso realçou que “nem a Assembleia, nem a Junta da União de freguesias, nem a Assembleia da República têm legitimidade para alterar o nome”, uma vez que estas

gar de Arnosela, situado na União de freguesias de Campo (S. Martinho). S. Salvador do Campo e Negrelos (S. Mamede) com o objetivo, segundo Joaquim Couto, de “recuperar instalações que permitam a ocupação por empresas e a criação de postos de trabalho”. A proposta foi aprovada por unanimidade. Assembleia foi realizada em duas sessões

alterações “carecem de um verdadeiro suporte legal”, de acordo com a lei estabelecida. O deputado salientou ainda que aquando do referendo apenas “25 a 30 por cento” dos eleitores votaram e que “não lhes era permitido manifestar no boletim de voto se estavam ou não de acordo com a alteração do nome da União de Freguesias”. Em resposta, o presidente da União de freguesias em causa, Marco Cunha, explicou que foram feitas “várias sessões de esclarecimento” e que “não legitima a agregação de freguesias como ela foi feita”. Marco Cunha esclareceu ainda que a Junta da União de freguesias “não tem legitimidade” para fazer a alteração, “quem tem é a Assembleia da República” que até já o fez em “outras freguesias”, inclusive em algumas “propostas feitas pelo Partido Comunista”. O presidente clarificou também que “a morada das pessoas mantém-se” e que “não vão alterar nenhuma identidade”, dando como exemplo a atual “freguesia de Gouveia”, cujo nome foi alterado com a agregação das freguesias. A proposta acabou por ser aprovada por maioria, com 34 votos favoráveis, três contra e duas abstenções. A ordem de trabalhos foi interrompida por volta da meia-noite e foi retomada no dia 26 de feverei-

ro (quinta-feira). Foi aprovado por unanimidade o ponto quatro relativo à rectificação da apresentação de candidatura à celebração de um contrato de empréstimo no âmbito do empréstimo-quadro contratado entre a República Portuguesa e o Banco Europeu de Investimento, até ao montante de 228.398.73 euros, para financiamento de parte da contrapartida nacional de operações aprovadas e co-financiadas pelo FEDER. O fornecimento de refeições em refeitórios escolares foi novamente falado aquando da ratificação da alteração dos encargos estimados do contrato relativos à correção do valor global do concurso. Paulo Sousa, do PSD, questionou o presidente da autarquia, Joaquim Couto porque razão ganhou o concurso a atual empresa, uma vez que havia outra empresa que apresentou um valor mais baixo (Eurest). Joaquim Couto explicou que no caso do concurso internacional “não é só o valor” que define a decisão final mas sim o “preço e qualidade” que valem 60 e 40 por cento dos critérios de adjudicação, respetivamente. A proposta foi aprovada com 13 votos contra, uma abstenção e 25 votos a favor. Foi ainda votado um reconhecimento de “interesse público” da uma operação urbanística no lu-

PME excelência recebem voto de congratulação

No período do público da Assembleia Municipal, Carlos Valente, morador na Vila das Aves, manifestou preocupação devido à falta de iluminação em algumas ruas na freguesia, “sem as condições mínimas para as pessoas poderem circular em segurança”, com “postes desligados”, dando como exemplo a “Rua de S. Miguel” que tem “poste sim, poste não ligado”. Joaquim Couto respondeu afirmando que, no passado, no anterior executivo, houve um “plano poupança no consumo de energia” no concelho e que esta é uma situação “recorrente” que tem gerado “muitas queixas” nessa matéria. O presidente esclareceu ainda que a autarquia está a fazer um plano com a EDP para reavaliar essa poupança. Já Ireneu Marques questionou o presidente da Câmara sobre a delimitação de território na freguesia de Água Longa, uma vez que “mais de 24 hectares” deixaram de pertencer ao concelho de Santo Tirso e respetiva freguesia, pretendendo saber “como é que hoje se encontram registados esses respetivos territórios. O presidente Joaquim Couto afirmou que “desconhecia” que Água Longa tivesse perdido esses hectares, dizendo que ia “averiguar” a situação.

Ainda antes do período da ordem do dia, a coligação do PSD-PPM propôs à assembleia municipal a atribuição de um voto de congratulação às empresas tirsenses que foram distinguidas recentemente através do prémio PME excelência 2014: Carlos Alberto & Filhos, Lda. (Dubral), Infiniauto - Importação e Exportação de Peças Auto, Unip., Lda., M. E. C. R. - Representações e Comércio de Máq. e Equip., Lda., Malhas da Torre, Lda., Olímpio Miranda, Lda., Ribaembal - Indústria e Comércio de Embalagens, Lda., T. M. S. - Têxteis, Lda., Tealt Trilhos D’Aventura Unipessoal, Lda., Construção de outras obras de engenharia civil, n.e. A proposta foi aprovada por unanimidade. No mesmo período, o PS entregou uma moção relativa à delegação de competências que o governo quer dar às autarquias locais afirmando que a solução recentemente apresentada é “incompatível com o poder local” e deve ser acompanhada de meios humanos, custos financeiros e do património adequados. Neste âmbito, o PS mostrou o seu “desacordo” face a este regime jurídico. A proposta foi aprovada por maioria e será entregue também à Associação Nacional de Municípios e Conselho de Municípios Portugueses.

miar os seis melhores trabalhos”. Os trabalhos são “individuais, com exceção do concurso de Expressão Audiovisual/Multimédia que pode ser em grupo até três elementos”. Os participantes podem optar pelo uso de um pseudónimo. O 1.º prémio é um computador, o 2.º um Tablet, o 3.º uma bicicleta e o 4.º, 5.º e 6.º recebem um vale de material escolar. Os

participantes têm que “usar a criatividade, através de diversas formas de a expressar, transmitir o que significa e qual a importância do SNS”. O prazo para entrega dos trabalhos termina a “31 de março” e estes devem ser entregues “em envelope fechado ou outro meio que não permita a sua identificação, contendo o boletim de candidatura”.

Falta iluminação na Vila das Aves

Centro Hospitalar do Médio Ave organiza concurso para estudantes “O Serviço Nacional de Saúde e EU” é o lema do concurso que o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) está a organizar e que tem como destinatários os jovens estudantes do 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário das escolas dos concelhos da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso. O concurso surge no “âmbito das comemorações do 35.º ani-

versário do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. Além disso, o concurso “pretende estimular a criatividade dos jovens, proporcionando-lhes a possibilidade de expressarem a sua visão sobre a importância do SNS, através de uma de três formas: expressão literária, expressão plástica e expressão audiovisual/multimédia”. O concurso encontra-se “dividido em

três escalões: 6.º e 7.º ano do Ensino Básico, 8.º e 9.º ano do Ensino Básico e Ensino Secundário”, sendo que o Escalão A e B podem participar através da expressão literária ou plástica e o Escalão C pode optar por uma das três formas. Em cada escalão, o júri, composto um profissional do CHMA, um representante do setor Educativo e outro das autarquias, irá “pre-


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

“Circular da Trofa” dominou Assembleia Municipal A Circular da Trofa, solução apresentada pelo Governo para colmatar o trafego à Estrada Nacional 14, dominou a primeira sessão da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão, a 27 de fevereiro. Sessão vai continuar esta sexta-feira, 6 de março. PATRÍCIA PEREIRA E HERMANO MARTINS

O

tema da Circular da Trofa foi introduzido por Paulo Pinto, elemento eleito pelo PS, que apresentou um voto de recomendação à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, para que possa “promover todas as diligências e fazer uso de todas as ferramentas e competências em seu poder, de modo a assegurar que o projeto da verdadeira va-

riante, a que poderá verdadeiramente colmatar as lacunas existentes, não seja abandonada e venha a ser uma realidade”. Para assegurar o voto de recomendação, Paulo Pinto afirmou que a “variante poente a Famalicão contribuiria para um desenvolvimento sustentável das zonas industriais de Ribeirão e Lousado, potenciando outras a Norte-Poente”, assim como “facilitaria a acessibilidade à cidade, muitas vezes congestionada e com reduzida fluidez de tráfego”. “O projeto apresentado recentemente não pode ser considerado uma substituição à Variante, visto que não só não resolve muitos dos problemas estruturais que a variante poderia resolver, como também algumas das soluções que apresenta estarão bastante limitadas num curto médio prazo.

As filas de trânsito vão continuar, pois o perfil passará a ser apenas de duas faixas de rodagem. As obras de ligação às zonas industriais serão por conta e risco da Câmara. A ligação à A3 e às freguesias de Norte-Poente do nosso concelho também é abandonada”, terminou. O voto de recomendação do PS foi rejeitada com 46 votos contra, 3 abstenções e 17 votos a favor. Já Paulo Jorge Oliveira, do PSD, criticou os “governos do PS”, que “tiveram todas as oportunidades para construírem esta via e uma alternativa à EN14”, tendo “todas as oportunidades alavancadas de fundos comunitários que existiam à época em abundância para este tipo de infraestruturas e que hoje não existe”. “Uma solução que foi concertada com os autarcas interessados, que é menos custosa para o erário público, que combina diferentes possibilidades técnicas e que é ajustada ao Pacto de Financiamento Comunitário existente. É uma alternativa eficiente, realista, exequível e responsável. Aplaudida por todos, menos pelo PS, que teve todo o tempo do mundo e dinheiro para a fazer e não o fez”, mencionou. Paulo Pinto voltou a usar da palavra para acrescentar que a “obra vai avançar, mas não vai resolver o problema”, que “só uma verdadeira variante que estava prometida, de que havia um financiamento previsto, e que só uma solução com duas faixas é que poderia resolver esta solução”. O elemento pediu que a “Câmara tomasse as devidas providências para que a obra não fosse abandonada” e que os “fundos comunitários (…) não sejam canalizados para outra situação”. Em reposta, Paulo Cunha, edil famalicense, garantiu que “não há nenhuma assunção de compromisso pela Câmara à comparticipação de qualquer montante em qualquer parte desta obra”. O autarca garantiu ainda que “não há fundos comunitários para as estradas”. Já Fernando Moniz (PS) afirmou que a “obra como estava projetada era importantíssima para o pub

concelho, não sendo verdade que a realização de eixos deixou de estar financiada por fundos comunitários”. “Considera que não será um encargo insuportável para a Câmara ao assumir sem meios de financiamento garantido a ligação às zonas industriais de Lousado e de Ribeirão? Considera que não é um encargo quase insuportável inerente à desclassificação do troço da EN 14 e que provavelmente vai trazer enormes dificuldades no futuro a esta Câmara”, questionou. Paulo Cunha respondeu que a “Câmara Municipal não assumiu nenhuma responsabilidade financeira neste processo, nem escrito, nem por escrever”, e que o “conceito last mile não foi aceite em Bruxelas”, sendo que “o único aspeto que vingou foi financiar alguns lanços de estrada, com a vocação de servir de alavancas empresariais”. “É com esse argumento que se candidatam as duas antenas para Lousado e Ribeirão”, acrescentou. António Meireles (PSD) acrescentou que “não é linear que a solução apresentada seja pior que a anterior”, cabendo “aos municípios por intermédio de seus instrumentos urbanísticos fazer uma gestão do território apertada, inteligente e com visão que assegure longevidade à intervenção viária”. Para o elemento, será “o Município da Trofa a ter a grande responsabilidade de assegurar longevidade a esta estrutura viária dado que a mesma atravessa o seu território demasiado perto do aglomerado urbano e mais sujeito a pressões urbanísticas e a descaraterização prematura”. Já Nuno Sá (PS) quis saber “como se descobriu em um mês uma solução tão fantástica que justifica que tenha vindo os responsáveis políticos do PSD e do CDS dizer tão mal da solução como foi feito”, ao qual Paulo Cunha respondeu que “o que faz mudar é a realidade do país, situação em que ele está, que não é tão boa como alguns têm dito ultimamente”. A Assembleia foi interrompida, três horas depois e reinicia os trabalhos esta sexta-feira.


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Atualidade

PSD da Trofa rejeita maior transparência na Câmara

// Trofa

A bancada municipal do PS da Trofa recomendou à Câmara Municipal a instituição de medidas promotoras de uma maior “transparência municipal”. O Projeto de recomendação foi inviabilizado pelo PSD, que votou contra. Presidente da Câmara desafiou: “Quem não acredita que vá para Santo Tirso”. PATRÍCIA PEREIRA

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a Assembleia Municipal (AM) da Trofa, que decorreu a 27 de fevereiro, a bancada municipal do PS apresentou um projeto de recomendação para discussão e deliberação pela AM. No preâmbulo, o PS denota que “a transparência da governação é um princípio fundamental para a evolução da democracia, assumindo uma particular importância ao nível do Poder Local, dada a especial proximidade entre este e os cidadãos”. Por essa razão, o PS defende “a necessidade de implementar uma maior transparência da prossecução de atos públicos de gestão autárquica”, recomendando que o “executivo da Câmara Municipal da Trofa execute todos os esforços para disponibilizar aos Munícipes pelos vários meios de comunicação, nomeadamente através do portal eletrónico do Município, um conjunto de informações”. Além da informação “sobre os membros do executivo municipal”, como a “publicação do abono de despesas de representação (procedendo-se a atualização mensal)”, o PS pede que seja publicado a “lista de trabalhadores autorizados a acumular funções públicas e privadas”, os “contratos de prestação de serviços (regime de avença e tarefa) celebrados, com descrição do serviço a prestar e montantes envolvidos”, as “atas completas, incluindo documentação anexa, relativas às reuniões dos órgãos dos municípios” e a “lista dos bens próprios, móveis ou imóveis, administrados pela autarquia local, dados em concessão ou cedidos para exploração”. Além de outros pontos, o PS pretende ainda que seja publicada os “bens e serviços adquiridos sem concurso (ajuste direto ou outro procedimento), respetivos fornecedores, montantes e documentação que justifique tal modalidade de contratação, bem como informação das entidades concorrentes ou consultadas”, os “mapas de execução orçamental atualizadas mensalmente”, o “investimento por freguesia (listagem das despesas de capital efetuadas por freguesia)”, as “alterações e retificações orçamentais” e a “evolução do endividamento

líquido do município”. A recomendação à Câmara Municipal da Trofa foi chumbada com 12 votos contra do PSD, três abstenções do CDS e Carlos Martins, presidente da Junta do Muro, e 11 votos favoráveis do PS e CDU. Em comunicado enviado à comunicação social, o PS referiu que foi com “perplexidade” que viu o PSD votar contra o projeto, sendo que o líder Marco Ferreira “não tem dúvidas que isto mostra que ‘caiu a máscara ao PSD da Trofa’”. “Esta era uma proposta construtiva que visava colocar a Trofa no mesmo patamar de outros concelhos do país em termos de transparência municipal e promover a subida nos rankings. É cada vez mais evidente que o atual executivo camarário tem problemas com a transparência da sua gestão”, denotou, sublinhando “o incómodo do presidente da Câmara da Trofa perante a proposta do PS e a forma como tentou condicionar o voto da bancada do PSD e do CDS”. “Foi notória a forma envergonhada como o PSD votou contra este projeto. Nada disse na discussão da proposta e não apresentou declaração de voto. Ou seja, limitou-se a obedecer às ordens do irritado presidente de Câmara. Já o CDS optou pela abstenção”, adiantou Marco Ferreira. “Quem não acredita que vá para Santo Tirso” Durante a sessão, o presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, afirmou que o município “tem condições de continuar a fazer obra, de estabilizar-se financeiramente e de honrar o seu nome como honra as pessoas da Trofa”, sem recorrer ao FAM – Fundo de Apoio Municipal. E foi mais longe: “O futuro passa realmente por aqui, na Trofa, e quem não acredita que vá para Santo Tirso”. Na discussão e votação do relatório de execução orçamental da Trofáguas, Paulo Queirós, eleito pela CDU, declarou que, “ao contrário do que o senhor presidente julga, votar muitas vezes contra, não é ser contra a Trofa”. “Não se pode dizer a quem não acredita no seu projeto para ir morar para Santo Tirso. É ofensivo para a democracia. (…) Todos temos direi-

Elementos do PSD votaram contra projeto de recomendação do PS

to a termos a nossa opinião, mesmo que seja diferente da dos outros”, concluiu. “Não queremos nenhum centímetro de Santo Tirso, mas aquilo que é nosso” No período de intervenção do público, Luís Pinheiro quis saber “em que pé está a delimitação Trofa/Santo Tirso” e o “que fez ou pode fazer o atual executivo para denunciar a ruinosa e inadmissível transação assinada em maio de 2010”, entre os presidentes das câmaras da Trofa e Santo Tirso. Segundo o alegado documento, os ex-autarcas da Trofa, Joana Lima, e de Santo Tirso, Castro Fernandes, “reconhecem que os limites provisórios, que foram estabelecidos pela zona da autoestrada, valem até à fixação dos definitivos, para efeitos de todos os procedimentos administrativos, bem como para a arrecadação de todas as receitas”. “A ex-presidente da Câmara da Trofa tinha legitimidade para assinar este acordo ruinoso da cedência dos direitos sobre a zona industrial, que foi construída sobre 85 por cento dos terrenos registados na aldeia de Ervosa? A Câmara de Santo Tirso já anunciou obras de arruamentos nessa zona industrial. Que pensa a Câmara da Trofa fazer para re-

solver este imbróglio?”, questionou ainda. O edil trofense explicou que a “Câmara de Santo Tirso colocou uma ação à Câmara da Trofa no âmbito do projeto da ALET, relativamente a 2007/2008/2009, para não avançar com esta candidatura”, tendo a Câmara da Trofa “recorrido” e chegado “a um entendimento”. Na reunião ordinária da Câmara da Trofa, a 4 de julho de 2010, foi “levada a sentença e não o acordo que foi assinado entre os dois presidentes”. O executivo “foi alertado” para este acordo, através de “uma reunião com a AEP – Associação Empresarial de Portugal, proprietária de um terreno (Zona Industrial de Fontiscos), para um acordo existente e assinado entre as câmaras da Trofa e Santo Tirso”. “A AEP diz que temos que passar uma certidão, porque a anterior presidente assinou um documento com Castro Fernandes, que abdicava de toda aquela área de S. Martinho em prol de Santo Tirso. Aquela área representa, em território, o mesmo que a de S. Romão do Coronado”, adiantou, referindo que de “toda aquela área industrial de Fontiscos, 85 por cento tem a matriz da freguesia de S. Martinho”. O autarca garante que vai “avançar com um processo para

salvaguardar os limites legais, reais e verdadeiros”. “Não queremos nenhum centímetro de Santo Tirso, queremos aquilo que é nosso”, assegurou, mencionando que tentou “várias vezes o diálogo com o senhor presidente Joaquim Couto, para tentar chegar a um consenso e a um entendimento para resolver este problema”, mas “até agora não foi possível”. Sérgio Humberto enumerou que a “5 ou 6 toneladas de processos de obras estão na Câmara de Santo Tirso e que eles não cedem por maldade”, assim como as “90 propriedades no concelho da Trofa que estão no nome da Câmara de Santo Tirso”, como foi o caso da Casa da Cultura, que “até há bem pouco tempo ainda estava no nome da Câmara Municipal de Santo Tirso”. Já Joaquim Azevedo quis saber “qual a razão da presença da Polícia Judiciária (PJ), no dia 13 de fevereiro, na Câmara Municipal”. O autarca respondeu que “não foi a PJ que esteve na Trofa”, mas sim “a Câmara da Trofa é que esteve na PJ”. “Numa reunião de câmara, dissemos que íamos entregar toda aquela documentação e mais alguma à PJ, onde seguiu para o Ministério Público (MP) e para tudo”, denotou.


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Desporto

Maus ventos voltam ao Trofense Aves soma 13.º empate

Jogo acabou com triunfo do Leixões

Depois de ter empatado a zero frente ao Marítimo B na 30.º jornada, o Trofense voltou aos maus ventos ao ser derrotado em casa pelo Leixões por 0-2, em encontro da 31.ª jornada da 2.ª Liga, a 1 de março. MÓNICA RIBEIRO C/ LUSA

O

embate entre um Trofense em posição muito aflitiva, por ser lanterna-vermelha, e um Leixões intranquilo, depois de uma semana agitada com a ameaça de saída do treinador e o anúncio de novos investidores, gerou um jogo de constante tensão. O primeiro golo da partida surgiu logo aos cinco minutos, muito graças a um erro de André Teixeira, que permitiu que Hugo Monteiro finalizasse bem uma combinação com Enoh. Seguiu-se um período de gran-

de equilíbrio, com Micael Babo a dispor, aos 10 minutos, da mais flagrante oportunidade para fazer o empate, mas foi mesmo a relva que lhe negou o golo ao travar a bola. Até ao intervalo, Diogo Freire teve a oportunidade de brilhar, ao protagonizar duas grandes defesas a remates fortes de De Leonço, aos 16 e 27 minutos. No segundo tempo o Trofense entrou para tentar inverter o resultado e, num cabeceamento de Cláudio (60 minutos) e num remate de Simãozinho (62), quase conseguiu. Em contra-ataque, o Leixões colocou a cereja no topo do bolo com Moedas a isolar Enoh, que fez o segundo golo, aos 65 minutos. Garantido o resultado, os visitantes remeteram-se à defesa, de forma a travar o ataque

desesperado da equipa da Trofa. Com este resultado, o Trofense quebrou o ciclo dos quatro jogos sempre a pontuar, enquanto o Leixões regressa às vitórias, após seis jornadas de jejum. “Acho que o Trofense valorizou a nossa vitória, foi uma equipa organizada e lutou, mas fomos mais fortes ao longo dos 90 minutos e por isso foi uma vitória que é justa e que demonstra realmente que os resultados anteriores tinham sido enganadores com situações de golos anormais”, disse o técnico do Leixões, Horácio Gonçalves. Já Vítor Campelos, afirmou que o Trofense jogou contra uma “boa equipa”. “Quando estamos na posição onde estamos e entramos num jogo a perder é óbvio que surge intranquilidade e podemos ver que erramos muitos passes em situações que tivemos transições que podiam criar perigo, houve sempre um último passe, a bola saiu com mais força ou mais devagar e foi isso que aconteceu hoje no jogo”, afirmou. Na próxima jornada, o último classificado Trofense desloca-se ao reduto do Feirense, numa partida marcada para as 15 horas de 7 de março.

Depois de um empate a uma bola na jornada passada frente à Oliveirense, o Desportivo das Aves voltou ao empate na 31.ª jornada da Segunda Liga, a 2 de março, com os dois golos a serem apontados nos primeiros dez minutos. MÓNICA RIBEIRO C/ LUSA Com Traquina a inaugurar o marcador em casa dos avenses, aos sete minutos, a baliza de Quim foi posta à prova. Zé Tiago fez um passe de rutura que abriu a defesa do Aves, perante o guardião português, Traquina rematou para o fundo das redes. Dois minutos depois Caballero respondeu, já depois de Taborda ter defendido para a frente um primeiro remate de Jorge Ribeiro. Até ao intervalo, a equipa da casa esteve por duas vezes perto de aumentar a vantagem: pri-

meiro num cabeceamento de Romaric a que Taborda respondeu com uma grande defesa, aos 10 minutos, depois num golpe de cabeça de Rafinha, que saiu por cima, aos 30. Já na recarga do segundo tempo, a qualidade de jogo baixou e só aos 78 se viu um lance de perigo, quando Caballero, em boa posição, procurou desfeitear Taborda com um chapéu, que saiu a rasar a barra. Nos últimos minutos, os leões da serra acercaram-se da baliza de Quim e, ao minuto 81, Bilel esteve perto de garantir a vitória, mas por duas vezes o esférico esbarrou no poste, confirmando-se o empate a uma bola. Este é o 13.º empate para a equipa de Manuel Simões. Na próxima jornada o Aves defronta o Oriental, no Estádio Eng.º Carlos Salema, numa partida marcada para as 15 horas do dia 7 de março.

Geração Benfica assina protocolo com Arnoso Santa Maria A Escola de Futebol do Benfica Geração Benfica Famalicão assegurou a continuidade da sua presença na freguesia de Arnoso Santa Maria, em Vila Nova de Famalicão, “até 2023”. A informação foi divulgada no sítio web oficial do Sport Lisboa Benfica. O diretor da Escola de Futebol de Famalicão, José Figueiredo, referiu que o prolongamento deste protocolo visa “assegurar um crescimento ainda maior da Escola, com a melhoria das condições de formação para os jovens atletas”. P.P.

Famalicão vence e luta pela subida à 2.ª Liga A jogar em casa, o Famalicão conseguiu uma importante vitória na fase de subida do Campeonato Nacional de Seniores (CNS), no domingo, 1 de março, frente ao Mirandela. O Famalicão teve uma primeira parte intensa, não aproveitan-

do as oportunidades criadas por Correia, aos 4 minutos, num remate forte ao lado da baliza do Mirandela, e também por Feliz, logo a seguir, atirando ao lado isolado diante de Pedro Fernandes. Na segunda metade do encontro, embora mais fraca em ter-

mos qualitativos, o Famalicão foi mais eficaz, conseguindo chegar ao golo aos 52 minutos, na marcação de uma grande penalidade, por derrube de Pedro Fernandes a Correia, com Vítor Lima a transformar o lance em golo. A equipa da casa sentenciou a partida, aos 72

minutos, por Correia, após uma falha clamorosa de Pedro Fernandes. Na próxima jornada, o Famalicão desloca-se ao reduto do Varzim, com quem disputa o lugar de subida à 2.ª Liga. Já na série B da fase de permanência no CNS, o Ribeirão saiu der-

rotado por 1-2 com o Amarante, o Tirsense empatou com o Santa Eulália (1-1) e o Vizela goleou a AD Oliveirense por 3-0. Na próxima jornada, a Oliveirense (4.º lugar) recebe o Felgueiras, o Ribeirão (7.º lugar) o Vizela e o Tirsense (5.º lugar) desloca-se ao reduto de Vila Real. P.P.

Irmandade Bike Team apresenta equipa A Quintinda de Padroso, em Lemenhe, Vila Nova de Famalicão, foi o local escolhido para a apresentação oficial da equipa Irmandade/Digarda/DiasAluminios, que se realizou no sábado, 28 de fevereiro. A equipa, constituída pelos atletas Paulo Loureiro, Miguel Rodrigues, Rodrigo Machado, Miguel Machado, Rui Silva, Carlos Castro, André Rocha e Fernando Martins tem como objetivos “disputar o Campeonato Regional do Porto XCM, Campeonato Regional do Minho XCM e XCO e o Campeonato Nacional de XCO”. P.P.


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Desporto

8.º Campeonato Inter Municípios Norte de Ralis apresentado O Team Baia, apresentou em cerimónia efetuada nas instalações da junta de freguesia de Cavalões, o 8º Campeonato Inter Municípios Norte de Ralis. RUI COUTO

P

resentes neste evento estiveram todos os clubes organizadores, pilotos, comunicação social e representantes da FPAK. O calendário composto por nove ralis teve como destaque, os novos eventos, tendo cada organizador apresentado e mencionado os detalhes das suas provas. O campeonato tem o seu início agendado para Vilarandelo, no concelho de Valpaços, com a realização do Rali Rota do Folar. A prova organizada pelo Motor Clube de Vilarandelo desenrola-se como habitualmente no sábado de Pascoa (4 de abril), com duas especiais de classificação com dupla passagem, nos moldes do ano anterior. O Rali Gondomar é D`Ouro, em 19 de abril, é o segundo evento da época e desenrola-se na freguesia da Lomba em Gondomar. O GAS – Gondomar Automóvel Sport, mantém o esquema de 2014. Alpendurada recebe a terceira prova a 6 e 7 de junho. O Rali União corre-se em dois dias. Com a realização de uma Super Especial noturna no dia 6, igual a 2014, é no dia seguinte que o rali sofre alterações em relação ao ano transato. Enquanto o ano passado se realizou uma só classificativa com dupla passagem, este ano

irão realizar-se duas Especiais que serão percorridas duas vezes. A 21 de junho, Fafe recebe o Rali Montelongo a cargo da Demo Porto – Clube de Desportos Motorizados do Porto. O percurso desta prova ainda não está confirmado, por estarem a ser abordadas duas alternativas. Segundo o presidente do clube, Carlos Cruz, brevemente será anunciado o percurso escolhido. A 5.ª prova do campeonato está reservada para o concelho de Famalicão. Com base em Fradelos, o Rali 125 Anos dos Bombeiros Voluntários Famalicão decorrerá nos dias 18 e 19 de julho. A estrutura do evento, mantém-se igual a 2014, com a realização da Super Especial no centro de Fradelos, na noite do dia 18 e com 4 passagens na especial de classificação Fradelos/Calendário no dia 19. A grande novidade da época, é a realização de uma prova completamente nova em Pedras Salgadas. O Rali de Pedras Salgadas é a 6.ª etapa do campeonato e decorre no primeiro dia de agosto. Com um formato de dupla passagem em duas classificativas, a organização a cargo do Clube Automóvel de Vilarandelo, promete um traçado espetacular esperando que seja do agrado dos concorrentes e público. As margens do Douro, voltam a sentir e pela terceira vez na época, o roncar dos motores, com a realização do Rali Município de Mesão Frio. A 7.ª prova do campeonato, decorre nos dias 29 e 30 de agosto, sob a responsabilida-

Final 8 da Taça de Voleibol joga-se em Santo Tirso A Final 8 da Taça de Portugal, em seniores masculinos, disputa-se esta sexta-feira, sábado e domingo, dias 6, 7 e 8 de março, no pavilhão do Ginásio Clube e no Pavilhão Municipal de Santo Tirso. A prova é organizada pela Federação Portuguesa de Voleibol com a colaboração da Asso-

ciação de Voleibol do Porto e o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso. Os jogos dos quartos-de-final estão agendados para sexta-feira, as meias-finais para sábado e a final, que será transmitida em direto pela Sport TV às 15 horas de domingo. P.P.

Artur Figueiredo na Taça de Bilhar de Portugal Artur Figueiredo é o único representante do Famalicense Atlético Clube (FAC) nos 1/16 Final da Taça de Portugal individual. Nos 1/32 da prova, recebeu e venceu Manuel Ferreira, do Bilhar Clube do Porto, por 2-1.

Na próxima ronda, Artur vai jogar no salão do FC Porto, frente ao vencedor do encontro Miguel Santos e Hugo Costa. Quem triunfar, está apurado para a fase final da competição, onde há três anos Artur chegou aos quartos de final. P.P.

de do Clube Automóvel de Régua, num esquema igual ao de 2014. A penúltima prova deste ano, visita Vouzela nos dias 26 e 27 de setembro. O Rali Constálica é uma novidade que o Team Baia integra no campeonato, depois de ter realizado esta prova em 2014, como prova extra. O GAS – Gondomar Automóvel Sport coloca na estrada, um rali composto por uma Super Especial a correr na noite de 26, seguindo-se no dia 27, duas classificativas com dupla passagem. Este evento, decorre na zona da Senhora do Castelo, nas famosas estradas usadas há alguns anos nos ralis nacionais. O campeonato termina em Barcelos, com o CAM – Clube Automóvel do Minho a ver a sua prova a pontuar também pela primeira vez para o CIN. O Rali de Barcelos/ Vinho Verde, vai para a estrada a 11 de outubro e será composto por duas classificativas com dupla passagem.

Team Baia apresentou Campeonato Inter Municípios

No plano desportivo, ainda mereceu destaque, a Super Especial Sprint 125 Anos dos BV Famalicão. O Team Baia em conjunto com a Câmara Municipal de Famalicão e com os Bombeiros Voluntários de Famalicão, vão realizar uma Super Especial noturna nas ruas da cidade. Este evento, a 30 de maio, terá um percurso inédito que pretende satisfazer tanto espetado-

Calendário das provas 1- Rali Rota do Folar - 4 de abril - Vilarandelo, Valpaços 2- Rali Gondomar é d’Ouro - 19 de abril - Lomba, Gondomar 3- Rali União - 6 e 7 de junho - Alpendorada, Marco de Canaveses 4- Rali Montelongo - 21 de junho - Fafe 5- Rali 125 Anos dos BV Famalicão - 18 e 19 de julho - Fradelos, Famalicão 6- Rali Pedras Salgadas - 1 de agosto - Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar 7- Rali Município de Mesão Frio - 29 e 30 de agosto - Mesão Frio 8- Rali Constálica/Vouzela - 26 e 27 de setembro - Vouzela 9- Rali de Barcelos/Vinho Verde - 11 de outubro - Barcelos Prova Extra: Super Especial Sprint 125 Anos dos BV Famalicão - 30 de maio - Famalicão

res como concorrentes, homenageando desta forma os Bombeiros Voluntários que comemoram os 125 anos de existência. Além da apresentação desportiva para 2015, o Team Baia abordou o tema da Segurança no automobilismo. Paulo Campos, em representação da Federação Portuguesa Automobilismo e Karting foi um dos intervenientes, realçando a importância da segurança para os participantes em competições assim como para o comportamento e respeito do público que assiste às provas. O cuidado na preparação dos sistemas de segurança das viaturas e o uso do HANS ( dispositivo de retenção da cabeça em caso de choque) foram os temas mais discutidos da sessão, tendo a FPAK colocado à disposição dos interessados, os seus contactos para esclarecimento de qualquer dúvida. Está assim pronto o tabuleiro do jogo, cabendo agora aos concorrentes, lançar os dados.

Liga Toupeira aproxima-se do fim da 1.ª volta A chuva marcou mais uma jornada da Liga Toupeira, organizada pela Junta da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães, e que juntou “cerca de 100 pessoas no Polidesportivo de Merouços, a 28 de fevereiro. O Ginásio Clube de Santo Tirso venceu a Tarrio, por 8-1, a AB92 a Casa do Benfica por 4-0, a AUSBB o Núcleo do Sporting de Santo Tirso, por 4-2, e a Areal o Futebol Clube Tirsense, por 8-5. Já a 21 de fevereiro, decorreu a 5.ª jornada da Liga Toupeira, no Polidesportivo de Merouços. A Tarrio perdeu por 1-3 frente ao AUSBB. Também a Casa do Benfica de Santo Tirso saiu derrotado por 1-3, frente ao Ginásio Clube Santo Tirso. A Areal venceu o

Cumpriu-se mais uma jornada da Liga

Núcleo de Sporting e o AB92 derrotou o Futebol Clube Tirsense, por 5-3, respetivamente. A próxima e última jornada da primeira volta realiza-se este sá-

bado, 7 de março, no Rinque do Areal. A Tarrio vai defrontar a AB92, a AUSBB o Ginásio Clube, a Casa Benfica a Areal e o Tirsense ao Núcleo Sporting. P.P.


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Desporto

Hóquei : FAC venceu Mealhada na 20.ª jornada N uma deslocação, que se previa difícil, o Riba d’ Ave HC visitou no dia 28 de fevereiro o reduto do Clube Infante de Sagres para a 20.ª jornada do Campeonato Nacional da II Divisão – Zona Norte de Hóquei em Patins, tendo a vitória sorrido à equipa portuense por 5-3. Na próxima jornada, 7 de março, o Riba d’

Ave recebe a Associação Académica de Espinho, às 18.30 horas. Na mesma jornada, o Famalicense AC, recebeu o lanterna vermelha da prova, o HC Mealhada e triunfou por 10-3. Ao intervalo o resultado estava já em 4-1 com todos os golos apontados por: Celso Silva (3), Tiago Azevedo (2), André Barbosa (2), Luís Filipe, Chumbinho e Cres-

po. Com este triunfo, o FAC mantem o 10.º lugar e no dia 7 de março desloca-se a Oliveira de Azeméis, para defrontar a Escola Livre, atual 9.ª classificada com mais um ponto, num jogo marcado para as 18 horas. A jornada anterior foi de duelo famalicense entre o Riba d’ Ave HC e o Famalicense AC, que ditou a derrota, por 3-2, para o FAC. Aos

cinco minutos, o RAHC inaugurou o marcador por Vítor Hugo numa finalização ao segundo poste. Aos 12 minutos, e num lance onde João Aurélio é mal batido, o FAC empatava a partida num remate “enrolado” do capitão André Barbosa. Na segunda parte, Ricardo Lopes era carregado na área do FAC e foi assinalado penálti. Na marca-

ção, Vítor Hugo permitia a defesa de Filipe Miranda, mas na recarga conseguia colocar de novo o RAHC na frente do marcador. No minuto 11, Ricardo Lopes desviava um remate de meia distância e fazia o 3-1. Mas, um minuto depois, César Carvalho aproveitava da melhor forma a 10.ª falta do RAHC e reduzia para 3-2 no livre direto.

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Ana Pinto vice-campeã nacional de karaté O karaté Shotokan Vila das Aves esteve representado nos campeonatos nacionais de karaté seniores e sub21, pela atleta Ana Pinto. As provas, organizadas pela Federação Nacional Karaté Portugal com o apoio da secção de karaté do Futebol Clube Alverca, decorreram no pavilhão de Alverca, nos dias 21 e 22 de fevereiro. No campeonato nacional de seniores, a tirsense conquistou o 5.º lugar de kumite, resultado que melhorou na prova de sub21, ao sagrar-se vice-campeã nacional de kumite feminino menos de 61kg. O Karaté Shotokan Vila das Aves “louva e realça o pódio conquistado” pela atleta, que tem tido “muitas dificuldades para treinar” devido aos horários da faculdade. “Com grande empenho, dedicação e vontade conseguiu este significativo título de vice-campeã nacional. Mais um importante resultado para o clube, Vila e Concelho, porque estes são os campeonatos nacionais mais importantes e de maior grau de dificuldade, pela qualidade e experiência dos competidores”, acrescentou. P.P. // Andebol

Ginásio disputa fase de permanência na 1.ª Liga

O Ginásio Clube de Santo Tirso vai disputar a Fase de Permanência do Campeonato Nacional Andebol 1, juntando quatro equipas a duas voltas. A equipa sénior tirsense parte para a fase com 13 pontos, os mesmos que o Xico Andebol e a uma distância considerável do Belenenses (20) e Maia/ISMAI (19). P.P.

José Azevedo campeão europeu de cross José Azevedo, famalicense que corre pelo Clube Montakit, participou no 7th Inas Europeu Cross Country Championships, que se realizou em Wakefiel, na Inglaterra, nos dias 21 e 22 de fevereiro. No Cross Curto, de três quilómetros, o famalicense sagrou-se campeão europeu individual e como coletivo, conquistando os mesmos títulos no Cross Longo de seis quilómetros. P.P.


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Sérgio Costa e Rita Almeida pentacampeões nacionais de dança O par famalicense, que representa a Gindança, foi penta campeão nacional de dança desportiva, tendo sido convocado para representar o país no Campeonato da Europa. PATRÍCIA PEREIRA

F

oi da “melhor forma” que o par Sérgio Costa e Rita Almeida

Farmácias Farmácias Santo Tirso Dia 4 – Farmácia Salutar Dia 5 – Farmácia Faria Dia 6 – Farmácia Vilalva Dia 7 – Farmácia Central Dia 8 – Farmácia Fernandes Machado Dia 9 – Farmácia Salutar Dia 10 – Farmácia Faria Dia 11 – Farmácia Vilalva Dia 12 – Farmácia Central Dia 13 – Farmácia Fernandes Machado Dia 14 – Farmácia Salutar Dia 15 – Farmácia Faria Dia 16 – Farmácia Vilalva Dia 17 – Farmácia Central Dia 18 - Farmácia Fernandes Machado

Farmácias V. N. Famalicão Dia 4 – Farmácia Central Dia 5 – Farmácia Nogueira Dia 6 – Farmácia Gavião Dia 7 – Farmácia Barbosa Dia 8 – Farmácia Cameira Dia 9 – Farmácia Cameira e Ribeirão Dia 10 – Farmácia do Calendário Dia 11 – Farmácia Nogueira Dia 12 – Farmácia Valongo Dia 13 – Farmácia Barbosa Dia 14 – Farmácia Cameira e Ribeirão Dia 15 – Farmácia Central Dia 16 – Farmácia do Calendário Dia 17 – Farmácia Nogueira Dia 18 - Farmácia Valongo

Farmácias Trofa Dia 4 – Farmácia Ribeirão Dia 5 – Farmácia Trofense Dia 6 – Farmácia Barreto Dia 7 – Farmácia Nova Dia 8 – Farmácia Moreira Padrão Dia 9 – Farmácia Ribeirão Dia 10 – Farmácia Trofense Dia 11 – Farmácia Barreto Dia 12 – Farmácia Nova Dia 13 – Farmácia Moreira Padrão Dia 14 – Farmácia Ribeirão Dia 15 – Farmácia Trofense Dia 16 – Farmácia Barreto Dia 17 – Farmácia Nova Dia 18 - Farmácia Moreira Padrão

começou a época 2015, ao sagrarem-se, pelo “quinto ano consecutivo”, campeões nacionais de dança desportiva em Standard, em representação dos Alunos Apolo/Academia Gindança. O par famalicense conseguiu renovar o título dos últimos anos, mantendo-se como “referência nacional no escalão mais alto da modalidade em Standard”. Para Sérgio Costa e Rita Almeida, o facto de terem conseguido conquistar o pentacampeonato é “a melhor recompensa pelo trabalho desenvolvido ao longo da carreira”. “Não foi fácil chegar ao topo e é mais difícil mantê-lo e já pelo quinto ano consecutivo. A responsabilidade é maior e a

vontade de manter o título ainda mais. É muito gratificante este título”, referiu o par. No mesmo campeonato, Martim Matos e Lara Sousa, de “apenas seis anos de idade”, sagram-se campeões nacionais em Standard e conquistaram o 3.º lugar em Latinas no escalão Juvenis I. No mesmo escalão, Tomás Gomes e Gabriela Teixeira conquistaram o 3.º posto em Standard e 4.º em Latinas. Também no campeonato nacional, Filipe Gomes e Lara Batista foram vice-campeões nacionais em Standard e Latinas no escalão de Juniores I Open, Simão Gomes e Isabel Pinto vice-campeões nacionais em Standard e

Latinas no escalão de Juventude iniciados e Rafael Almeida e Sara Peixoto foram vice-campeões nacionais em Standard no escalão Juventude Open. A Academia Gindança afirmou que foi “um fim de semana de grande sucesso para estes famalicenses que levam o nome de Famalicão bem alto na modalidade que praticam e mostram o bom trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na formação de dançarinos desta Academia”. Já durante a tarde de sexta-feira, 27 de fevereiro, a Academia Gindança informou que a Federação Portuguesa Dança Desportiva convocou o par Sérgio Costa e Rita Almeida para representar

Portugal no Campeonato da Europa de Standard Adultos que se realizará em Cambrils (Espanha) a 4 de abril. Também o par Rafael Almeida e Sara Peixoto foram convocados para representar Portugal no Campeonato da Europa de Standard Juventude que se realizará em Chisinau (Moldávia) a 26 de abril. Para Sérgio Costa e Rita Almeida, o facto de serem selecionados para “um dos campeonatos mais importantes da Europa é mais uma forma de prémio pelo esforço”, sentindo-se “muito orgulhosos” por poderem “continuar a ser os representantes de Portugal, que tem vindo a crescer ao longo dos anos nesta modalidade”.

Tiago Machado foi 3.º na Volta ao Algarve O corredor da equipa WorldTour Katusha, Tiago Machado, bateu-se taco a taco com alguns dos melhores corredores do Mundo na Volta ao Algarve, que se realizou de 19 a 23 de feve-

reiro, terminando na 3.ª posição. Esta conquista valeu ao famalicense 126 pontos para o Ranking Ciclista do Ano, elaborado pela Associação Portuguesa de Ciclistas Profissio-

Telefones

nais (APCP), do qual é “o primeiro líder”. Sérgio Sousa (LA Alumínios-Antarte) foi o melhor homem das equipas portuguesas, concluindo a competição algarvia

SUDOKU

Polícia Municipal S. Tirso Bombeiros Voluntários 252 830 400 de Riba de Ave 252 900 200 Bombeiros Voluntários Cruz Vermelha Portuguesa - Núde S. Tirso 252 853 036 cleo de Ribeirão 252 491 266 Bombeiros Voluntários Cruz Vermelha Portuguesa de Vila das Aves 252 820 700 - Núcleo de Oliveira São Mateus Bombeiros Voluntários Tirsen- 252 938 404 ses 252 830 500 Polícia Municipal Telefone: 252 GNR de Santo Tirso 252 808 250 320 999 GNR de Vila das Aves 252 870 100 Polícia de Segurança Pública Polícia de Segurança Pública 252 373 375 de Santo Tirso 252 860 190 Guarda Nacional Republicana Serviço Municipal de Proteção - Vila Nova de Famalicão 252 Civil de Santo Tirso Linha azul: 323 281 808 201 056 GNR - Riba D’ Ave 252 980 080 GNR - Joane 252 920 230 Bombeiros Voluntários de Famalicão Guarda Nacional Republicana 252 301 112 | 252 301 115 | 252 Trofa 252 499 180 301 117 (Emergência) Bombeiros Voluntários da Trofa Bombeiros Voluntários 252 400 700 Famalicenses Polícia Municipal da Trofa 252 330 200 (Emergência) 252 428 109/10

Difícil

Solução da edição anterior

Veja a solução do sudoku na próxima edição do Jornal do Ave

Próxima edição do JA é publicada a 18 de março Nota de Redação

Ficha Técnica Diretora: Magda Machado de Araújo (T.E. 1022) Sub-diretora: Patrícia Pereira (9687) Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda e -mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt Redação: Cátia Veloso (9699), Patrícia

no 15.º lugar da geral, sendo o segundo classificado no Ranking da APCP, com 15 pontos. José Mendes (Bora-Argon 18) fecha o pódio de fevereiro, com 11 pontos. P.P.

Pereira (9687), Mónica Ribeiro (TP 2095), Hermano Martins (TE 774) Colaboração: António Costa Composição: Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário do Minho Assinatura Anual: Continente 16 €; Europa: 34,75 €; Extra europa: 44,25 €; PDF 16 € (IVA Incluído)

Avulso: 0,70 € Nib: 0038 0000 39909808771 50 Redação: Rua Aldeias de cima, 280 Trofa | Sede: Travessa de Rãs, 71 4760 Santo Tirso | Telm. 969848258 Propriedade: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda Nif. 510170269 | ERC: 126524 | ISSN 2183-4601

Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Jornal do Ave respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.


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