Jornal do Ave 185

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6 de agosto DE 2020 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 6 de agosto de 2020 Nº 185 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

07 Santo Tirso

09 Santo T irso

02 Saúde

ACEs sANTO tIRSO/trOFA SEM DIREÇÃO

08 VN Famalicão

5,5 MILHÕES PARA 2.ª FASE DA REQUALIFICAÇÃO DA eb DE rIBEIRÃO

Rede de água reforçada em Santo Tirso

03 Santo T irso

Parque do Verdeal mais perto de ser real PUB

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS


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Atualidade

// Região

Centros de Saúde sem diretor executivo nem conselho clínico O Agrupamento de Centros de Saúde Santo Tirso/ Trofa está sem diretor executivo nem presidente do conselho clínico desde 6 de julho. Ana Tato e Sanchez Silva apresentaram a cessação de funções simultaneamente e ainda não são conhecidas as novas nomeações, a cargo da Administração Regional de Saúde do Norte. CÁTIA VELOSO

“A gestão corrente tem um timing e este foi largamente ultrapassado”. Foi desta forma que Ana Tato justificou ao JA a cessação de funções de diretora do conselho diretivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa. A ex-diretora executiva, cujo mandato já terminou em novembro de 2018, referiu que foi informada pelo presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), Carlos Nunes, “a 30 de julho de 2019” de que “iria ser substituída, em agosto de 2019”, cenário que, passado

quase um ano, não se verificou. Apesar de considerar que esteve em “gestão corrente” demasiado tempo, decidiu manter as funções, pelo menos durante o estado de emergência, decretado devido à pandemia de Covid-19. “Há que ter consciência daquilo que é o nosso dever enquanto profissionais de saúde”, argumentou, garantindo que não sai do posto “zangada”, apesar de considerar que, “no mínimo, é uma falta de respeito” não ter havido uma substituição rápida. “Quando lhe liguei, a 19 de maio, para lhe comunicar que iria apresentar a cessação de funções, o doutor Carlos Nunes disse-me que os três primeiros (candidatos para diretor executivo do ACES) tinham chumbado na CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), mas que tinha um outro que achava que não ia ter problema. Mas estamos em agosto e o novo diretor executivo continua sem ser nomeado”, frisou Ana Tato.

Atualmente, explicou, há uma profissional do conselho clínico e da saúde a “exercer funções de gestão corrente”, para “aguentar a situação, à espera que, e tudo aponta para que seja muito em breve, venha a nomeação”. Quanto à nomeação do novo conselho clínico, ainda não há informações da ARSN. Com mandatos cumpridos desde 23 de outubro de 2012 a novembro de 2018, Ana Tato diz que viveu “uma experiência muito positiva” e “um desafio muito interessante” como diretora executiva do ACES. “Levo muito boas recordações”, sublinhou. Ana Tato mantém-se na unidade de saúde pública onde sempre esteve, mantendo funções de delegada de saúde. “Logo que haja novo diretor, far-se-á a proposta para eu voltar a coordenar a unidade de saúde pública. Volto ao meu posto anterior e estou com a minha equipa, graças a Deus”, concluiu. Contactada, a ARSN não respondeu em tempo útil. PSD questionou ministra da Saúde Este vazio diretivo no ACES motivou uma interpelação do grupo parlamentar do PSD à ministra da Saúde. Os deputados social-democratas consideram que “sem diretor executivo e sem presidente do Conselho Clínico, a organização dos serviços, o planeamento das atividades e o serviço prestado às populações destes dois concelhos estão seriamente comprometidos”.

A na Tato assinou cessação de funções no início de julho “Trata-se de uma situação extremamente grave, não só pela inevitável falta de coordenação que gera no corpo clínico, que é composto por mais de 70 médicos e por uma centena de enfermeiros, como entre os demais colaboradores desse ACES, mas também, e sobretudo, pelo prejuízo que causa aos mais de 115 mil utentes servidos pelas suas 11 unidades nos concelhos de Santo Tirso e Trofa”, sublinharam. Recorde-se que, já em abril, o grupo parlamentar do PCP tinha

questionado o Governo sobre a falta de nomeação de um diretor executivo para o ACES, alertando que a situação poderia, em tempos de pandemia, implicar “o adiamento de importantes decisões que afetam o funcionamento das unidades de saúde”. Na altura, em declarações ao JN, Ana Tato referiu que tudo estava “a decorrer normalmente, como sempre esteve”, exercendo funções “com todos os poderes e todas as responsabilidades inerentes ao cargo”.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Atualidade // Santo Tirso

Aberto concurso público para construção do Parque do Verdeal É uma das obras mais ambicionadas pela população de Vila das Aves e, muitos anos depois de anunciada, começa a ganhar corpo. O projeto para a construção do Parque do Verdeal está concluído e a Câmara Municipal de Santo Tirso avança agora para a candidatura a fundos comunitários. CÁTIA VELOSO

O valor base do concurso público é de 1,96 milhões de euros, investimento estimado para dar a Vila das Aves um dos equipamentos públicos mais ambicionados pela população daquela freguesia. Foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público para a construção do Parque Silvestre do Verdeal, numa área de 43.500 metros quadrados, composta por passeios pedonais e cicláveis e espaços multiusos, que terá a particularidade de ligar Vila das Aves a S. Tomé de Negrelos, através de uma ponte-passadiço sobre o Rio Vizela. Está dado mais um passo e

dada uma “prova inequívoca da vontade do atual executivo municipal em avançar com o projeto no terreno”, sublinhou Alberto Costa, presidente da autarquia tirsense, que considera a obra “um compromisso assumido com a população” que o executivo está “a cumprir”. A obra, depois de adjudicada, terá de ser executada no prazo de um ano. De acordo com o anúncio publicado em Diário da República, o concurso público obedece a um prazo de 21 dias para a apresentação de propostas, que terão como critérios de adjudicação a valia técnica, sistemas de gestão da segurança, de controlo de qualidade e de de gestão ambiental (50 por cento) e o preço (50 por cento). Va lori za ndo o facto de ser “mais uma obra na área do desenvolvimento sustentável do Município de Santo Tirso”, Alberto Costa revelou que foi assinado um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, com vis-

ta ao financiamento da obra pelo fundo ambiental, no valor de 475 mil euros. No investimento global, haverá ainda uma comparticipação de 700 mil euros por parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). O arranque da obra, caso os procedimentos administrativos decorram de acordo com o previsto, nomeadamente o visto do Tribunal de Contas, deverá acontecer antes do final deste ano. O futuro Parque do Verdeal irá desenvolver-se entre a estação de comboio e o rio Vizela, do lado de Vila das Aves. Na margem esquerda, freguesia de São Tomé de Negrelos, a área de intervenção desenvolve-se no espaço entre a Rua do Espírito Santo (Estrada Nacional 105) e o rio Vizela. Os objetivos deste projeto passam por “conceber uma estrutura verde de acesso público, multiusos, diversa e inclusiva; promover a conectividade natural e social; estimular a biodiversidade local pela preservação e plantação de núcleos de árvores

(maioritariamente autóctones) resilientes e inspiradores para boas práticas de gestão florestal e ligar as freguesias de Vila das Aves e S. Tomé de Negrelos com novo atravessamento do rio Vizela, estimulando a requalificação urbana nas interfaces do parque”.

... “É mais uma obra na área do desenvolvimento sustentável do município, criando condições de qualidade de vida para quem aqui vive e para quem nos visita” Alberto Costa Presidente da CM Santo Tirso

Parque terá área de 43.500 metros quadrados


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// Santo Tirso

Pavimentação das ruas em terra continua em Santo Tirso A terra dá lugar ao pavimento, numa missão da Câmara Municipal que se tem cumprido ao longo deste ano, por todo o território do concelho de Santo Tirso. O executivo municipal declarou guerra às ruas em terra e para o combate conta com as juntas de freguesia, a quem foi dada a competência para colocar as empreitadas no terreno. CÁTIA VELOSO O cenário acontece nas freguesias mais periféricas, mas também nas mais populosas, como aquela que acolhe a sede do Município. Por estes dias, a população da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel) e Burgães tem assistido ao melhoramento das condições da rede viária. São já dez as vias pavimentadas: Rua do Fontanário, Rua das Freiras, Rua das Padassas, Rua de São João, Travessa Dr. Alexandre Córdo-

va, Travessa do Fijô, Travessa de Fontiscos, Viela da Bananeira, Viela do Fontanário, Viela de Fontiscos. Em breve, arrancaram as obras na Travessa Montalvão Machado e na Rua Dr. Fonseca Castro. “A estratégia gizada pela Câmara Municipal está a dar bons resultados”, considera Alberto Costa, presidente da autarquia tirsense. “Ouvindo os presidentes de junta, decidi incluir no orçamento de 2020 dois milhões de euros e distribuir pelas juntas de freguesia do concelho para que pudessem terminar com as ruas em terra, e em boa hora o fiz”, acrescentou, sem deixar de sublinhar que as juntas de freguesia “são as que mais próximas estão das pessoas e que melhor entendem as prioridades”. Para Jorge Gomes, presidente da União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina, São Miguel) e Burgães, não fos-

Obras vão permitir acabar com 20 quilómetros de ruas em terra se esta aposta de Alberto Costa, as freguesias não conseguiriam resolver este problema tão cedo. “Felizmente, o nosso presidente da Câmara teve esta excelente ideia num ato de confiança e de

Lançada petição a exigir retirada de Salazar da toponímia de 22 concelhos Santo Tirso é um dos 22 municípios portugueses onde António Oliveira Salazar dá nome a ruas. Este facto desagrada alguns – até esta terça-feira 747 – que assinaram uma petição pública para a retirada do nome do ditador da toponímia destes territórios. CÁTIA VELOSO Luís Braga, professor de História, tomou a iniciativa de lançar a petição depois da vandalização de monumentos, registada há algumas semanas. Dirigido aos presidentes de câmara e assembleia municipal dos 22 concelhos ( Ansião, Armamar, Cadaval, Campo Maior, Castelo Branco, Carregal do Sal, Coimbra, Lages do Pico, Leiria, Lisboa, Melgaço, Odemira, Paredes, Penedono, Peniche, Santa Comba Dão, Santarém, Santo Tirso, Tomar, Vila Flor, Vila Nova de Gaia e Viseu), a petição refere que “a existência do topónimo visa, ou por inércia face ao passado, ou por intenção, exaltar, no

espaço público de uma Democracia, alguém que se assumiu e agiu opressivamente como ditador antidemocrático”. “No debate público havido sobre esta questão, a permanência dessa situação tem sido explicada com visões, simplificadas e não científicas, como a que alega que 'Salazar foi uma figura histórica e, por isso, não se deverá mudar o nome do arruamento porque significaria o seu apagamento da História'. Na verdaSanto Tirso é um dos concelhos visados de, o estudo histórico rigoroso Luís Braga deu conta que endeda personagem em nada se altera ou melhora pela existência reçou cartas a todos os presidende arruamentos que o homena- tes de câmara e assembleias mugeiem e que sirvam de consagra- nicipais e que só Carregal do Sal ção e exaltação da sua memória. respondeu, refutando a existênHomenagem muito estranha no cia da toponomínia no concelho. Em Santo Tirso, a rua Dr. Olicontexto de uma Democracia, construída no contraste profun- veira Salazar está localizada na do com a ditadura protagonizada via panorâmica, onde se localiza pelo homenageado”, justificou o a Fábrica de Santo Thyrso. O JA subscritor, que apela para a pro- tentou obter uma reação da aumoção de um debate à “remoção tarquia, mas não recebeu resposta em tempo útil. urgente” da designação.

proximidade para com as juntas de freguesia, porque sabe que conhecemos a realidade e procuramos uma gestão rigorosa”, sublinhou o autarca. Segundo as contas da Câmara

Municipal de Santo Tirso, quando o plano de pavimentações estiver concluído, o município terá menos 20 quilómetros de ruas em terra.

Partido Chega com núcleo em Santo Tirso Paulo Jorge Sampaio de Oliveira é a cara do Chega em Santo Tirso. O líder do núcleo do partido de André Ventura foi oficializado durante um jantar organizado na Quinta da Cepêda, em Paredes, a 18 de julho, onde decorreu a tomada de posse. Liderado a nível distrital por José Lourenço, a Comissão Política Distrital do Chega constituiu ainda os núcleos de Amarante (Aristides Augusto Vasconcelos de Miranda), Lousada (Rui Paulo da Costa Freire), Maia (André Pedro de Almeida), Matosinhos (Israel Pontes Ramos Lopes Augusto), Penafiel (José Lito Braga Cancela), Porto (Sérgio Artur Faria Leal Fernandes de Carvalho), Póvoa de Varzim (Fernando de Arriscado e Amorim), Trofa (Antó-

nio Lourenço de Almeida Pinheiro) e Vila Nova de Gaia (Alcides do Couto Pereira).

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Atualidade

// Região

// Vila Nova de Famalicão

Apoio à renda em Famalicão elogiado pela ONU “Foi um bom amanhecer para Famalicão”. Foi desta forma que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal reagiu aos elogios vindos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as medidas implementadas pelo município durante a pandemia.

Surto em fábrica faz disparar número de casos em Famalicão O número de casos de Covid-19 em Vila Nova de Famalicão subiu na última semana. Esta segunda-feira, o boletim da Direção-Geral da Saúde dava conta de que o concelho famalicense contava mais 22 novas infeções, muito por causa do surto registado numa empresa têxtil em Vilarinho das Cambas. A empresa fechou a 24 de julho, quando foi detetado o primeiro caso positivo, sendo que, mais tarde, foi confirmado que 10 dos 25 trabalhadores estavam infetados pelo novo coronavírus. Todos os funcionários ficaram sujeitos a isolamento. Atualmente, Vila Nova de Famalicão tem um total de 436 infetados desde o início do surto e

foi um dos concelhos que registou o maior número de casos nos últimos dias, no Norte, sendo que Vila do Conde superou, com mais 34 novas infeções, para um total de 435 infeções. Póvoa de Varzim registou mais 16 casos (total de 213) e Maia mais sete (970). Santo Tirso (403) não regista novos casos há mais de um mês, enquanto a Trofa também manteve os mesmos 149 infetados registados há três semanas. Depois de suspender a informação sobre o número de infetados por Covid-19, por concelhos, a Direção-Geral de Saúde decidiu reorganizar os dados e apresentá-los semanalmente, à segunda-feira.

Acompanhado por Braga, Lisboa, Porto e Sintra, o concelho famalicense foi referenciado no documento “Covid-19 num mundo urbano”, mais propriamente no capítulo "Políticas e soluções inovadoras para proteção equitativa e recuperação da covid-19 em configurações urbanas". Famalicão é o primeiro exem- Portanto, a melhor estratégia é plo dado, pelos “apoios para o evitar que isso aconteça, porque pagamento de rendas”, tal como já não há estratégia bem sucedida a cidade japonesa de Yokohama. depois de lá caírem. Esta medida “Se não ignorarmos que esta é de apoio à renda tem esse grande claramente a pior crise do mun- objetivo de evitar que mais famído do último século, ver Famali- lias avolumem o número daquelas cão entre cinco cidades no país que dependem do Orçamento de que são notadas pela ONU, e sen- Estado”, explicou o edil. do Famalicão a mais pequena em A Câmara de Famalicão apredimensão, e se Famalicão é com- sentou o Plano de Reação à Situaparável a uma cidade japonesa ção Epidémica e de Intervenção nessa matéria, isso dá para per- Social e Económica em 31 de marceber o impacto que a ONU rete- ço, incluindo uma medida de comve desta medida”, sublinhou Pau- participação municipal de rendas lo Cunha, salvaguardando que para os agregados familiares que “ainda que não houvesse esse re- tenham perda de rendimentos por conhecimento”, o executivo con- força da pandemia. tinuaria “muito agradado e muito Sem referir com exatidão, Pauconsciente da medida e da sua uti- lo Cunha deu conta de que há já lidade agora e no futuro”. “dezenas” de famílias apoiadas É que, para o autarca, a “exclu- por esta medida, sendo que ainsão social previne-se”. “Há famí- da prossegue um período de “dislias que, quando caem na perife- seminação” da informação junto ria social, quando são margina- da população. lizadas, dificilmente saem dela. Depois da ONU, a Organização

para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) veio também destacar Vila Nova de Famalicão pelas políticas sociais públicas de resposta à pandemia (COVID-19). Num relatório intitulado “OECD Policy Responses to Coronavirus (COVID-19)” elaborado sobre o tema, como boas práticas no combate à Covid-19, tanto no início como numa fase mais avançada, a OCDE elogia, entre outros pontos, o apoio à produção e distribuição local, frisando que o município de Famalicão desenvolveu uma Marketplace para o comércio local em conjunto com entidades económicas e um programa para incentivar o consumo de produtos locais. Para além de Vila Nova de Famalicão, foram ainda apontadas no relatório as cidades portuguesas de Braga, Porto, Lisboa, Viana do Castelo e Sintra.


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// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

Autarquia assegura S. Salvador do Campo serviços essenciais e S. Mamede de Negrelos de transporte ganham linhas de autocarro Após o reforço do número de carreiras de autocarro na retoma do serviço – suprimido devido à pandemia de Covid-19 -, a Câmara Municipal de Santo Tirso anunciou a criação de novas linhas, em S. Salvador do Campo e S. Mamede de Negrelos. “Com a inclusão no Orçamento Suplementar de uma verba de 94 milhões de euros, destinados a apoiar o serviço de transportes públicos, oito milhões de euros dos quais canalizados para a Área Metropolitana do Porto com vista a reforçar a rede de transportes públicos, o serviço no Município de Santo Tirso passou a funcionar com 80 por cento da oferta que se verificava antes da pandemia”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. Neste contexto, a autarquia conseguiu, inclusivamente, reforçar a rede pública no território municipal e pela primeira vez, conseguiu “criar condições” para fazer chegar carreiras às antigas freguesias de São Salvador do Campo e São Mamede de Negrelos. Os transportes públicos regressaram à normalidade ao município de Santo Tirso a 8 de junho, depois de um interregno provocado pela pandemia e pelas dificuldades financeiras apresenta-

L inhas foram suprimidas durante a pandemia das pelas operadoras, incapazes de fazer face aos serviços mínimos ainda durante o mês de maio Para fazer face aos problemas, logo a 18 de maio, com o arranque das aulas do 11.º e 12.º anos, a autarquia assumiu um encargo financeiro para disponibilizar recursos humanos e viaturas para garantir os transportes escolares. Já em junho, reforçou a responsabilidade financeira em cerca de 100 mil euros para assegurar os “serviços essenciais” a toda a população. Agora, com este reforço da oferta, e já em funcionamento, o território do Município de Santo Tirso passou a estar coberto por

123 linhas, muito acima das 13 linhas que tinham entrado em funcionamento a 8 de junho. O serviço funciona de acordo com as recomendações da Direção-Geral de Saúde, nomeadamente com redução do número máximo de passageiros para 2/3 da lotação dos autocarros, de forma a garantir o distanciamento social e a segurança do posto de motorista. É ainda obrigatório o uso de máscara e/ou viseira no interior do transporte de passageiros. Outra medida passa pela constante limpeza e desinfeção dos autocarros, tendo por base as diretrizes das autoridades de saúde.

Estendido prazo de isenção de taxas e licenças Face à evolução “gradual” da “recuperação económica”, a Câmara Municipal de Santo Tirso decidiu estender o prazo de isenção de taxas e licenças para o comércio local e empresas do concelho. A medida, em vigor desde março, foi prolongada até 30 de setembro, para minimizar os efeitos negativos das restrições impostas devido à pandemia de Covid-19. “Ainda é notório que a recuperação económica está a acontecer de uma forma gradual”, justificou Alberto Costa, presidente da autar-

quia tirsense. Ficam, então, suspensos, até ao fim do próximo mês, “os pagamentos de licenças referentes a mais de meia centena de esplanadas dos estabelecimentos ligados à restauração do concelho, bem como as taxas ou licenças para todas as empresas do município, no que diz respeito à exploração de publicidade”. Esta medida inclui também as taxas da Feira Semanal de Santo Tirso e do Mercado Municipal, bem como os pagamentos das rendas dos estabelecimentos comerciais propriedade do município,

localizados na Fábrica de Santo Thyrso, na Praça Coronel Baptista Coelho, na Central de Transportes, entre outros. “Para além das medidas de apoio económico em vigor, a Câmara Municipal de Santo Tirso continua a levar a cabo as medidas de apoio social à população, nomeadamente através dos diversos programas que tem no terreno, como o Subsídio Municipal ao Arrendamento, o Programa Municipal de Emergência Social (PMES), o Programa Zero Desperdício, a linha de apoio psicológico, entre outras”, destacou a Câmara Municipal.

Os serviços de transporte público rodoviário em Vila Nova de Famalicão são assegurados por privados, mas não vai ser por falta de um fluxo ótimo de utilizadores que o serviço vai deixar de estar disponível para a população. Reconhecendo a importância deste serviço, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão socorreu-se do mecanismo legal que permite assegurar os serviços essenciais de transporte no concelho. A proposta foi aprovada na última reunião do executivo municipal. Com a pandemia provocada pela Covid-19, as diferentes empresas de transporte público rodoviário que operam no concelho de Vila Nova de Famalicão viram-

-se obrigadas a suprimir de forma expressiva os horários das diferentes carreiras, em diversos casos de forma total, colocando em causa a oferta do serviço público. Perante esta situação, a autarquia interveio para assegurar a continuidade deste serviço essencial, contando para isso com a comparticipação do PART - Programa de Apoio à Redução Tarifária e o PROTransP – Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público. Assim, até 31 de agosto, com a ajuda destes programas, a autarquia prevê investir cerca de 276 mil euros com os serviços essenciais de transporte no concelho. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, “perante a situação de pandemia, as operadoras viram a procura reduzir substancialmente, no entanto, é obrigação do município assegurar os serviços mínimos à população, salvaguardando a continuidade deste serviço essencial, apoiando as empresas de transportes e dando respostas aos cidadãos”.


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Atualidade // Santo Tirso

Máscara made in Santo Tirso inativa novo coronavírus Ainda antes da constatação, já o ministro da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor referia que a MoxAdTech era “uma máscara com ciência”. A tese, proferida numa visita a 18 de maio à fábrica de estampados Adalberto, em Santo Tirso, acabaria por ser confirmada pelos testes do Instituto de Medicina Molecular (iMM). CÁTIA VELOSO A máscara produzida pela empresa tirsense, e resultado de uma parceria com o CITEVE, a Universidade do Minho e a Sonae Fashion, é capaz de inativar o novo coronavírus. Os promotores sublinham que se trata da “primeira” máscara com esta aptidão, o que coloca Portugal na vanguarda da inovação em produtos de proteção à Covid-19, a nível mundial. “De forma simplificada, estes testes consistem na análise do tecido após o contacto com uma solução que contém uma determi-

nada quantidade de vírus, cuja viabilidade se mede ao longo do tempo. Os testes à máscara MOxAdtech revelaram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens, onde se observou uma redução viral de 99% ao fim de uma hora de contacto com o vírus, de acordo com os parâmetros de testes indicados na norma internacional ISO18184:2019”, explicou Pedro Simas, investigador e virologista do iMM. A máscara apresenta um “elevado desempenho” e era já uma referência no mercado pela capacidade de proteção microbiana e repelência à água. “Esta solução tornou-se possível por existir uma cooperação entre várias entidades distintas, que colocaram o seu conhecimento e capacidade ao serviço da comunidade para ajudar na proteção das famílias portuguesas”, destacou Susana Serrano, administradora da estamparia Adalberto. A nível nacional, obteve certificação de máscara social de nível

M áscaras são produzidas pela estamparia A dalberto 2 profissional pelo CITEVE, com capacidade testada de retenção de partículas de 95 por cento após 10 lavagens. A nível internacional, MOxAd-Tech já está certificada para 50 lavagens, nomeadamente

em França pela Direccion Generale de Entreprises, onde os testes realizados comprovam que a máscara mantém uma retenção de partículas de 96 por cento. As máscaras MOxAdTech en-

contram-se à venda por dez euros, nas lojas da marca MO e no seu canal online em www.mo-online.com. Está também disponível em lojas Continente e Well’s, assim como nas lojas CTT.

// Vila Nova de Famalicão

Marcelo quer país a seguir “exemplo” da Continental Mabor “Aqui, a cada dia que passa aumenta a produção, aumenta a exportação, aumenta a vontade de ir mais longe e de fazer mais e melhor”. Foi assim que o Presidente da República se pronunciou sobre a Continental Mabor. Marcelo Rebelo de Sousa visitou a fábrica, em Lousado, a 24 de julho, no âmbito da comemoração dos 30 anos da empresa, considerando-a “um exemplo a seguir” à “escala nacional”. CÁTIA VELOSO Não deixando de manifestar lisonjeio pela presença do chefe de Estado na empresa, Pedro Carreira não deixou de dar mais um golpe na sua luta pela concretização de uma obra muito importante para os anseios da Continental: a variante à Estrada Nacional 14, que depende da construção de uma nova ponte sobre o Rio Ave. Durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, Carreira subli-

M arcelo, igual a si próprio, não se esqueceu das selfies nhou que o avanço de um importante investimento está dependente desse projeto: “A verdade é que os governos passam e continuamos sem essa variante tão necessária para o desenvolvimento da região e das empresas, tão necessária para o cumpri-

mento de um projeto nosso que corre o risco nacional de nos ser retirado”. O administrador da Continental referia-se a um investimento de 100 milhões de euros, do chamado projeto OTR, relacionado com a produção de pneus utilizados na

indústria mineira, na movimentação de terras e nos espaços portuários. “Há máquinas que estão instaladas e outras que estão atrasadas, porque não temos como as montar, não temos espaço necessário”, justificou Pedro Carreira. Em causa está a ampliação da

fábrica, num projeto que criará entre “150 a 400 postos de trabalho”. Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se sobre o assunto e referiu que “não podemos ter investimentos de 500 milhões parados, por causa de acessos que, supostamente, deviam ter um calendário e depois, por razões de ordem administrativa diversa, tem um calendário completamente diferente”. A comemorar 30 anos de atividade, a Continental Mabor conta com cerca de 2300 funcionários, tendo, nos últimos anos, ampliado as instalações sete vezes, graças a um investimento de 900 milhões de euros. Já com mais de 350 milhões de pneus produzidos em Lousado, a empresa registou um volume de faturação de 893 milhões de euros no ano passado, dos quais 99 por cento relativos a exportações para 68 mercados. Os lucros ascenderam a 206 milhões de euros.


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// Vila Nova de Famalicão

Mais de metade do investimento assegurado pela Câmara Municipal

5,5 milhões para 2.ª fase da obra da EB de Ribeirão A primeira fase ainda não foi inaugurada e já está dado o próximo passo para a continuação da obra de requalificação que fazer com que a Escola Básica de Ribeirão “seja, no futuro, aquilo que foi no passado”. Pelo menos, é esta a convicção do presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, principal financiadora da empreitada, que ultrapassará os 5,5 milhões de euros. CÁTIA VELOSO

Durante a apresentação do projeto, na manhã de 28 de julho, Paulo Cunha sublinhou que este investimento é “estratégico”, uma vez que entende que “a escola é um polo de atração do território” e que “ajuda a fixar comunidade”. “A médio/ longo prazo, vai criar condições para que aqueles que cá estão sintam que es-

Apesar da tentativa de tão bem e que têm cá aquilo que precisam do ponto “maximizar” o apoio comude vista educativo, e não só, nitário, no projeto de reabimas também para que mui- litação da EB de Ribeirão a tos que não estão cá, ambi- contribuição é de “2,2 micionem vir e decidam cons- lhões de euros”, sendo que truir o seu projeto de vida”, “os mais de três milhões” que sobram terão de ser argumentou o autarca. Neste que é, segundo suportados pela autarquia Cunha, “o maior esforço municipal. A d ireção do Ag rupada autarquia”, a intervenção escolar ganha outra di- mento de Escolas de Ribeimensão quando se trata de rão reconhece o esforço e um edifício cuja gestão está agradece. “Sabemos que sob a alçada do Ministério esta escola não está sob a da Educação. O caso aju- alçada do Município, mas da a demonstrar, diz o au- o compromisso assumido tarca, “aquilo que poucos pela Câmara Municipal tem imaginariam está a aconte- vindo a ser cumprido e escer”, que é “a unidade go- tamos a projetar a Escola vernativa de base inferior, de Ribeirão para o futuro”, que é a câmara municipal, referiu a diretora Elsa Cara apoiar a unidade gover- neiro. A obra, com um prazo de nativa de base superior, o execução de um ano e meio, Governo”. Paulo Cunha considera contempla a reabilitação da que esta é uma obra que parte do edifício Multiusos “alguém tinha de fazer” e, ainda não intervencionada por isso, “a Câmara não po- e a construção de um novo edifício com salas de aula, dia ficar indiferente”.

E scola já sofreu obras e vai continuar a ser remodelada laboratórios de química, sala de professores, reprografia, zonas de circulação e um auditório para 140 pessoas, que servirá também para outros eventos que não os relacionados com a comunidade escolar. Está ainda projetada a construção de um recreio coberto e um auditório ao ar livre, para além dos arranjos exteriores para garantir as acessibilidades

ao mesmo. “Temos um projeto educativo que está em curso até 2021, em que apostamos na internacionalização e em muitas parcerias com associações e entidades privadas. Já há muito tempo que esta escola está sem muros”, sublinhou Elsa Carneiro. Recorde-se que a primeira fase da requalificação, orçada em 600 mil euros,

visou dar melhores condições aos espaços comuns da comunidade escolar, designadamente à sala do aluno, polivalente, bar e refeitório e biblioteca. Fundada em 1982, a EB de R ibeirão esteve, inicialmente, vocacionada para os 5.º e 6.º anos, alargando, mais tarde, a ação educativa ao 3.º ciclo do Ensino Básico.


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Atualidade // Santo Tirso

Rede pública de água reforçada em Santo Tirso Na Avenida da Honra, na freguesia de Rebordões, as máquinas já desbravam terreno para dotar aquela zona de rede de abastecimento de água. Um investimento de 330 mil euros realizado pela Indaqua na zona nascente do concelho. CÁTIA VELOSO O início da obra foi assinalado pelo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, que deu conta de que se trata de uma nova rede com “5,5 quilómetros”, que “beneficiará 180 alojamentos”, estendendo-se às freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães, Vila Nova do Campo, Roriz, Vila das Aves, Vilarinho e São Tomé de Negrelos. “Após este investimento, a cobertura na área concessionada à Indaqua será de 94,2 por cento”, revelou Alberto Costa, que fez ainda

questão de sublinhar que, desde 2013, “o investimento na rede pública de abastecimento de água é de cerca de 1,4 milhões de euros”. Já Anabela Alves, diretora-geral da Indaqua Santo Tirso/Trofa, destacou a longa parceria da concessionária com a Câmara Municipal de Santo Tirso, recordando que foi possível “levar água segura a mais de 40 mil habitantes”. Está ainda previsto o arranque de “um investimento de cerca de 4,4 milhões de euros, da responsabilidade da Águas do Norte, na nova rede de abastecimento de água para o Vale do Leça”, com a construção de 1766 novos ramais, num total de 47,7 km de rede. “Com a conclusão destas empreitadas, teremos investido mais de 15 milhões de euros nas redes públicas de água e saneamento, em dois mandatos”, sublinhou Alberto Costa. Apesar da grande taxa de

P residente da Câmara assinalou arranque das obras, em R ebordões cobertura, há um problema que persiste: a falta de resposta da população ao nível da ligação à rede. “Por se tratar de uma questão de saúde pública, já que todos devem ter acesso a água de

qualidade”, Alberto Costa considera que é premente que a população efetue a ligação, acedendo às “ações de sensibilização” que tem sido feitas pela autarquia, em parceria com a Indaqua.

O autarca deu conta de que “cerca de um terço das pessoas não ligam, o que quer dizer que isto diluído por mais 1/3 das pessoas tornaria a fatura muito mais ligeira para todos

os outros”. Apesar deste cenário, a presidente da Junta de Freguesia de Rebordões, Elsa Mota, considera que já se nota “uma maior adesão à rede”. pub


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Dias à Mesa Especial Verão são “um bom argumento para atrair turistas” Os Dias à Mesa, Especial Verão são “um excelente conteúdo e bom argumento para atrair turistas para o território de Vila Nova de Famalicão”. Quem o afirma é o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal,

Luís Pedro Martins, que a 31 de julho experimentou a iniciativa, saboreando uma das ementas disponíveis, num dos 15 restaurantes do concelho, acompanhado pelos vereadores do município famalicense Augusto Lima e Leonel Rocha, responsáveis pelos pelouro do Turismo e Cultura respetivamente. A iniciativa promovida pelo município, arrancou a 24 de julho para valorizar e promover a gastronomia do concelho como um produto turístico transversal, oferecendo descontos nas refeições que poderão chegar aos 40 por cento. A edição Dias à Mesa – Especial Verão decorre até 6 de setembro. “Cumprindo todas recomenda-

ções da Direção Geral da Saúde, reunimos as melhores propostas para não defraudar quem escolhe Famalicão como o lugar das suas férias”, adiantou Augusto Lima. Depois de experimentar os Dias à Mesa, Luís Pedro Martins visitou ainda o recinto do Anima-te, o Street Food e a Feira de Artesanato. Refira-se que os Dias à Mesa, Especial Verão assenta numa forte campanha de descontos e ofertas, associada a uma prática de incentivo à partilha de experiências gastronómicas nas redes sociais. Durante todo o mês de agosto, está a vigorar a campanha de partilhas nas redes sociais. Cada cliente partilha uma foto no restaurante, incluindo obrigatoriamente o hastag #Diasamesaverão e a identificação do restaurante. Cada Partilha nas redes sociais facebook e instagram vale 1 sobremesa oferta (conforme seleção do restaurante). À décima partilha, o cliente é premiado com um desconto de 50% na refeição que

P residente do T urismo Porto e Norte visitou restaurantes de Famalicão estiver a realizar. Para usufruir desta oferta, o cliente deverá ter partilhado 10 fotos de, pelo menos, 5 restaurantes diferentes, assegurando-se, desta forma, uma abrangência alargada dos restaurantes beneficiários. Entretanto, na semana de encerramento do evento (de 28 de agosto a 6 de setembro), os menus apresentados pelos restaurantes aderentes são comerciali-

zados com um desconto de 40 por cento durante os dias da semana e de 20 por cento ao fim de semana (sexta-feira à noite, sábado e domingo). Os restaurantes aderentes são o Alfa; Attrevidu; BIS – Pasta & Risotto; Bubbles; Caso; Cubata; Petiscaria da Vila; Dona Maria Pregaria; Forever; Garfo Dourado; Lós Pepes Mexicano; Me.At; Mikado; Porky’s e Sabores do Algarve.

Recorde-se que Dias à Mesa são uma iniciativa de promoção da boa cozinha regional, promovida pelo Município de Vila Nova de Famalicão, em estreita colaboração com os restaurantes locais. Realiza-se ao longo do ano, com um programa atrativo e diversificado, que faz jus à fama que Famalicão granjeia enquanto lugar de boa comida.

Campanha “Produto que é nosso” prolongada até dia 23 Foi prolongada até 23 de agosto a campanha de divulgação e comercialização dos produtos locais, no E.Leclerc de Vila Nova de Famalicão. O prolongamento da campanha é sinal do sucesso alcançado. Recorde-se que, perto de 30 produtores famalicenses cujos produtos ostentam o selo “Made IN Famalicão – Produto que é Nosso” estão a vender os seus produtos no hipermercado E. Leclerc de Famalicão, na sequência de um protocolo estabelecido entre o município e algumas das principais superfícies comerciais do concelho, no âmbito deste projeto de valorização e promoção da produção famalicense de produtores e empreendedores locais. A ilha “Produto que é Nosso” está posicionada numa área central do hipermercado e oferece ao consumidor desde produtos frescos ao fumeiro, queijos e carnes frescas, passando pela padaria e doçaria, pelos vinhos e licores e compotas, geleias e mel. Depois do E. Leclerc, a campanha está já

ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA

P rodutos estão à venda no E.L eclerc programada para o Intermarché, de 3 a 16 de setembro e para o Supermercado Bandeirinha, de 17 a 30 de setembro. Ao todo, a este projeto já estão associados 65 produtos de 27 produtores locais. Integram-se neste programa, os produtos do setor agroalimentar, agrícolas e transformados, que se enquadram na

tipologia de produtos e nos critérios de avaliação e reconhecimento estabelecidos no regulamento. Os objetivos não são indiferentes à situação de pandemia em que vivemos, pretendendo contribuir também para a mitigação das consequências económicas da atual crise de saúde pública.

Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 21º do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 41), titulada pelo alvará 44, emitido em 1981/11/16, localizado na Urbanização do Torrão, freguesia de Água Longa, com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do concelho, cinco de agosto de dois mil e vinte


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Atualidade // Região

// Santo Tirso

Alberto Costa garante que Câmara “não falhou” no caso do incêndio na serra da Agrela O presidente da Câmara de Santo Tirso afirmou, a 30 de julho, que só nos “últimos dias” teve conhecimento da notificação de 2012 da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) de encerramento do abrigo ilegal atingido pelo incêndio de 18 de julho. Ouvido em videochamada na Comissão de Agricultura e Mar, a requerimento do grupo parlamentar do PAN, o autarca, respondendo à pergunta da deputada do PCP, Diana Ferreira, disse que “só nos últimos dias” teve conhecimento da notificação de 2012, da DGAV, a solicitar diligências à câmara” para retirar os animais do “Cantinho das Quatro Patas”. “Nessa altura nem sequer estava na Câmara Municipal”, sublinhou o autarca, acrescentando que a “última informação de que o município dispõe sobre os abrigos data de 2018, quando um processo-crime correu termos no Tribunal de Santo Tirso e foi arquivado e onde nos autos é dito que os animais não eram vítimas de maus-tratos”. E prosseguiu: “Os relatórios existentes na câmara apontam todos no mesmo sentido, os animais tinham água, comida, estavam de boa saúde, não havendo indícios de maus-tratos”. Voltando ao despacho de 2012 da DGAV, disse, na resposta à segunda ronda de perguntas, que “nem sequer foi feito devidamente, pois deveriam ter notificado primeiro a proprietária para em cinco dias poderem encerrar [o abrigo] e, se assim não fosse, abeirar-se, então, das suas autoridades, a administrativa, neste caso a câmara, e a policial, a GNR, para encerrar esse canil”. “Também acho estranho que em 2018 a DGAV, quando foi colocada em cima da mesa a questão deste abrigo, quando foi o processo-crime, não tenha dito que a Câmara Municipal tem um despacho de 2012. Nessa altura, certamente que este executivo teria conhecimento do despacho e tomaria as medidas necessárias”. Questionado também pelos deputados Bebiana Cunha (PAN), Maria Manuel Rola (BE), Palmira Maciel e João Miguel Nicolau (PS), Cecília Meireles (CDS), Mariana Silva (PEV) e pela deputada não

inscrita Cristina Rodrigues, o autarca de Santo Tirso insistiu que a câmara “não falhou” na forma como respondeu ao incêndio que vitimou mais de 70 animais na serra da Agrela. Reiterando que este problema “só será possível responder ao nível do Estado e não das autarquias”, Alberto Costa reafirmou que o “município esteve desde o primeiro momento a prestar auxílio” nos dois abrigos atingidos pelas chamas do incêndio começado na véspera no concelho de Valongo. Foi uma tragédia da vida animal, que deve convocar o país para uma reflexão. Não aceitamos lições de ninguém, venham de onde vier. Desde a entrada da lei de 2016 de proibição de eutanasiar animais que colocámos a proteção da vida animal como uma das nossas metas”, disse o autarca. Afirmando-se de “consciência tranquila”, citou um “parecer jurídico externo” pedido em 2018 pela câmara cuja “conclusão foi de que as câmaras não têm competência para encerrar abrigos de animais”. Alberto Costa informou ainda que na sexta-feira será “ouvido pela Inspeção da Administração Interna”. Defendendo que “não houve nenhuma morte provocada, oficialmente, pelo não socorro” prestado aos cães a gatos no “Cantinho das quatro patas”, Alberto Costa garantiu que não irá “assumir” responsabilidades que não sejam suas. Detido alegado incendiário Entretanto, esta quarta-feira, 5 de agosto, foi detido um homem fortemente indiciado pela prática dos incêndios florestais em Valongo e Baltar, o primeiro dos quais atingiu a serra da Agrela e os canis. A Polícia Judiciária, com a colaboração de diversas entidades, deteve em flagrante delito um indivíduo de 29 anos, já com antecedentes criminais do mesmo tipo, estando agora indiciado por mais de 30 incêndios florestais. Os incêndios terão sido provocados com recurso a isqueiro, num quadro repetitivo, que se estende no tempo, pelo menos desde o início de julho. c/ Lusa

Oito detidos em operação da GNR contra o tráfico de droga Cinco dos oito suspeitos detidos pela GNR numa operação contra o tráfico de droga, desencadeada em Vila Nova de Famalicão e Trofa, a 28 de julho, ficaram em prisão preventiva. Aos outros três indivíduos foram aplicadas como medidas de coação a obrigatoriedade de apresentação semanal às autoridades e de participação num programa desintoxicação. A operação foi liderada pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Barcelos da GNR, du-

rante a madrugada do dia 28 de julho, culminando em 31 mandados de busca e detenção de oito homens, com idades entre os 23 e os 45 anos. Mais de uma centena de militares e polícias foram mobilizados para a operação resultante de quatro anos de investigação, visando a posse de estupefacientes e de armas ilegais. As nove buscas domiciliárias foram realizadas em Meães, Calendário e Requião, concelho de Vila Nova de Famalicão, e S. Martinho de Bougado, Santiago de Bougado e Guidões, na Trofa. Foi ainda

alvo de busca um armazém, situado no último concelho. Cumpriram-se ainda 21 mandados de busca a veículos. Da s d i ligência s resu ltou a apreensão de 830 doses de haxixe, 114,5 doses canábis, dez doses de heroína, sete doses de cocaína, cinco pés de plantas cannabis sativa, quatro armas de fogo, 43 munições de vários calibres, material de corte e manuseamento do produto estupefaciente, cinco telemóveis, dois veículo ligeiros que tinham sido furtados e 7485 euros em dinheiro.

// Vila Nova de Famalicão

Acidente com ambulância provoca um morto em Vermoim “É um momento doloroso, um momento que nos deixou destroçados, um momento que marcará para sempre a história dos Bombeiros Voluntários Famalicenses”. Foi desta forma que a Associação Humanitária se pronunciou após o grave acidente que envolveu uma ambulância da corporação e uma viatura ligeira de passageiros, resultando num morto e cinco feridos, dois deles graves. O sinistro aconteceu, pelas 16h40 de 3 de agosto, na Avenida João XXI, na freguesia de Vermoim, quando a ambulância cho-

cou com uma viatura, num entroncamento. “Como em tantos outros serviços, seguíamos em marcha de emergência destinados a ajudar mais uma vítima de uma doença súbita quando o trágico acidente aconteceu”, detalhou a corporação no comunicado publicado nas redes sociais. Na viatura ligeira seguiam quatro pessoas, duas mulheres de 42 e 71 anos, que sofreram ferimentos graves, uma criança de sete anos, que apresentava ferimentos ligeiros, e um homem de 72 anos, que acabou por falecer. Era resi-

dente em Oliveira S. Mateus. Os tripulantes da ambulância, segundo a corporação, “pediram ajuda, tentaram socorrer as vítimas, prestaram o primeiro auxílio”, sendo depois apoiados por mais operacionais e meios, num total de 19 elementos e nove viaturas, com intervenção das equipas de três viaturas médicas do INEM, inclusive para apoio psicológico. A GNR esteve no local a registar a ocorrência e a recolher indícios que ajudem a explicar as causas do acidente.


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Atualidade // Santo Tirso

Fábrica do Rio Vizela é cenário de filme sobre heterónimos de Pessoa A Fábrica do Rio Vizela vai ser cenário do novo filme de Edgar Pêra. O cineasta escolheu o histórico edifício para dar vida a “Não Sou Nada”, película inspirada nos heterónimos de Fernando Pessoa. Albano Jerónimo, Victória Guerra, Paulo Pires, Miguel Borges e Miguel Nunes fazem parte do elenco da longa-metragem, que vai começar a ser filmada já este mês, sem ficar imune às restrições impostas pela pandemia de Covid-19. O espaço é atrativo para este projeto cinematográfico, uma vez que mantém uma zona de escritórios dos anos de 1920, importante para o cenário da história. O plano de contingência montado pressupõe que a equipa necessária para fazer o filme faça uma espécie de “quarentena cinematográfica”. “Estamos a tentar encontrar uma solução para levar a produção avante, vamos fechar a equipa toda num hotel entre fim

de julho até ao fim de agosto”, explicou à Lusa o produtor Rodrigo Areias, especificando que foram reduzidos os dias de rodagem, mas aumentado o número de horas de filmagem”. Realizador de “A Janela (Maryalva Mix)”, “O Barão” ou “Cinesapiens”, Edgar Pêra prepara-se para iniciar a rodagem do seu filme mais ambicioso de sempre, depois de as filmagens, previstas inicialmente para a primavera, terem sido adiadas devido à pandemia. Fernando Pessoa vai ser interpretado por Miguel Borges, enquanto Victória Guerra dará vida a Ophélia, eterna amada do escritor português. Albano Jerónimo dará corpo ao heterónimo Álvaro de Campos. “O filme passa-se em dois universos. Um é o quarto de Pessoa e a Lisboa dele, os amigos, e toda a realidade do Orpheu. E depois há o mundo imaginário que o Pessoa concebe na sua própria cabe-

F ilmagens começam este mês ça. Em que ele é um Super Pessoa e, em vez de ter uma Ophélia, tem uma Super Ophélia. Este filme é a materialização de todos os heterónimos de Pessoa que são escravizados pelo Super Pessoa”, explicou, em fevereiro, o cineasta em entrevista ao Expresso. Fábrica do Rio Vizela Fundada em 1845, a Fábrica

// Vila Nova de Famalicão

Dia do Emigrante homenageia Famalicenses no Mundo

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai assinalar no próximo sábado, 8 de agosto, o Dia do Emigrante, com uma cerimónia simbólica dedicada aos “Famalicenses no Mundo”. A sessão vai realizar-se a partir das 11 horas, no auditório da Casa de Camilo – Centro de Estudos, em S. Miguel de Seide, e vai ficar marcada pela entrega – por parte do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha – dos primeiros ID Cards aos emigrantes famalicenses presentes na iniciativa. O ID card é um cartão de identificação que formaliza a pertença à rede Famalicenses no Mundo, constituindo um importante instrumento de dinamização e divulgação da rede, fomentando um sentimento de partilha e pertença entre todos os membros que a integram e permitindo que se deem a conhecer dentro, mas também fora da rede. A cerimónia será condicionada às regras de seguranças esti-

puladas pela DGS, dada a situação de pandemia em que vivemos, sendo transmitida em live streaming, na página do Facebook dos Famalicenses no Mundo (https://www.facebook.com/ FamalicensesNoMundo/). Muitos dos Famalicenses no Mundo, impossibilitados de participar, estarão nas suas cidades de acoCerimónia é na Casa de Camilo lhimento a partilhar o momento. Refira-se que o município de ver e trabalhar, muitas vezes lonVila Nova de Famalicão tem vin- gínquos, não esquecem as suas do a desenvolver o Projeto Fama- origens e os fortes laços que os licenses no Mundo, integrado na unem à terra Natal. O objetivo do projeto FamaliAgenda de Diplomacia Urbana e na Estratégia Municipal de Inter- censes no Mundo é o de conhecer e manter contacto com os cinacionalização. Este projeto tem vindo a con- dadãos de Famalicão que se ensubstanciar-se na criação de uma contram espalhados pelo MunRede que integra já mais de uma do, abrindo um canal de comucentena de emigrantres espalha- nicação e de informação direta dos pelo mundo, da Ásia à Amé- entre Vila Nova de Famalicão e rica do Norte, passando pela Eu- a diáspora famalicense, incentiropa, África e América do Sul. Es- vando a que cada um dos Famates famalicenses, embora envol- licenses no Mundo possa ser um vidos na execução dos seus pro- “Embaixador” informal do nosjetos pessoais e profissionais nos so concelho na cidade ou região locais que escolheram para vi- onde reside.

de Fiação e Tecidos do Rio Vizela foi a primeira unidade de fiação do país e uma das mais emblemáticas fábricas da região do Vale do Ave. Pioneira no processo de industrialização local, no início dos anos 50 a Fábrica contava com 3000 trabalhadores, sendo uma das maiores empresas têxteis da Europa.

A partir de 1990, a empresa viveu sempre em crise, acabando por encerrar a atividade em 2001 e deixando vazios cerca de 9000 metros quadrados de área. Atualmente cerca de um terço do espaço está a ser recuperado por uma empresa especializada em artigos têxteis para hotelaria, que se vai fixar no local.


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Cultura

Aprovado projeto de 700 mil euros para dinamizar Rota Camilo A Rota Camilo, um projeto de valorização do património de Camilo Castelo Branco enquanto produto de interesse turístico-cultural promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão envolvendo um conjunto de instituições do norte do país, vai beneficiar de um investimento de mais de 700 mil euros para a sua dinamização, contando com uma comparticipação FEDER de cerca de 500 mil euros. O município famalicense viu aprovadas duas candidaturas ao programa operacional Norte 2020 P rojeto permitirá requalificar Casa-Museu que vão permitir, por um lado, a modernização e requalificação da “Rota Camilo: Valorização da Ca- interesse público, onde está loca- pel de beneficiário líder e o muCasa-Museu Camilo Castelo Bran- sa-Museu e Cemitério da Lapa” e lizado o jazigo de Camilo Caste- nicípio de Ribeira de Pena é coco, em S. Miguel de Seide, nomea- “Rota Camilo: Qualificação e Di- lo Branco. Em S. Miguel de Seide, -beneficiário, em concertação damente a reconstrução da Quin- vulgação Territorial” são proje- a Casa Museu de Camilo ganha- com uma rede de parceiros dista de São Miguel e da Casa dos Ca- tos cofinanciados pelo Norte 2020, rá novos espaços aptos ao acolhi- tribuídos pela região, nomeadaseiros. E por outro, estabelecer através do Fundo Europeu de De- mento de experiências como vi- mente a Câmara Municipal do uma rede de experiências inspi- senvolvimento Regional (FEDER). sitas encenadas, degustações de Porto, o Centro Português de Foradas em Camilo com recurso à No primeiro caso, a candida- ementas camilianas, pequenas tografia, a Confraria do Bom Jesus, vida e obra do escritor, com o ob- tura foi apresentada em conjun- performances, programas notur- CP – Comboios de Portugal e Vejetivo de aumentar exponencial- to com a Venerável Irmandade nos, entre outras. nerável Irmandade de Nossa Semente de ligações ao legado dei- da Lapa, do Porto, e vai permiNo que diz respeito à segunda nhora da Lapa. xado por ele. Neste âmbito, a Casa Museu de tir ainda a qualificação do cemi- candidatura o município de Vila As candidaturas intitulam-se tério da Lapa, um monumento de Nova de Famalicão assume o pa- Camilo, localizada em S. Miguel

// Vila Nova de Famalicão

de Seide assume-se como o polo de acolhimento e distribuição da Rota de Camilo, mobilizando os públicos a partir do polo turístico do Porto para os destinos do Minho e Trás-os-Montes. As intervenções deverão ficar concluídas até ao segundo semestre de 2021, altura em que a Casa-Museu assinalará 100 anos de abertura ao público. Refira-se que a Rota Camilo foi lançada em março de 2017, o Porto, no dia em que se assinalava o 192.º aniversário do nascimento de Camilo Castelo Branco. Na altura Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão afirmava que “Camilo é um escritor que ultrapassa as fronteiras de Famalicão e com um potencial enorme em termos de promoção turística”, adiantando que “não se trata da promoção de um território, de um concelho, mas antes da promoção de um património e de uma época”. “A quantidade e a qualidade de obras literárias que nos legou é uma verdadeira herança que nos compete promover”, salientou ainda.

Circo Contemporâneo do INAC no Anima-te Este domingo, 9 de agosto, há Circo Contemporâneo no palco do Anima-te, o programa de verão promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, no Parque da Devesa. Os alunos do Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC) preparam-se para apresentar “Adamastor”, uma performance dirigida artisticamente por António Franco de Oliveira e interpretada pelos alunos do primeiro ano do INAC, num ato criativo que pretende “refletir sobre os riscos do mundo presente, mergulhando no passado, para melhor interpretar o futuro”. “O Circo sempre foi por excelência a eterna arte do risco. Através das metáforas presentes no gesto e no virtuosismo dos seus artistas, o Circo sempre encarou o risco com a maturidade necessária para o desafiar, abraçar, minimizar e ultrapassar. A peça não pretende ser um ensaio sobre o medo e sobre os “gigantes adamastores"

que nos intimidaram ao longo da nossa história. Muito pelo contrário, a peça propõe-se a ser um lugar repleto de esperança”, pode ler-se na sinopse do espetáculo, cujo início está marcado para as 19 horas. Mas há mais para ver e desfrutar nesta nova semana no Anima-te. Na sexta-feira, dia 7, há novo nome no Devesa Sunset: Edu Mundo promete um concerto intimista de voz e guitarra. O cantautor português que, desde cedo, leva na bagagem incursões por vários géneros musicais, participou ativamente em projetos como Terrakota, Souls of Fire e Diabo na Cruz. Ana Moura, António Zambujo, Omara Portuondo ou Sara Tavares, são apenas alguns dos nomes para os quais Edu Mundo já compôs. No sábado, dia 8, o palco do Anima-te recebe Sérgio Mirra. A voz e o cavaquinho são a base deste projeto, mas o bandolim e as violas regionais também terão o seu papel de destaque nas mãos

E spetáculo do INAC acontece no domingo, às 19 horas, na Devesa do músico multi-instrumentista de cordas, a quem a música tradicional portuguesa desde muito cedo conquistou. Recorde-se que os espetáculos do programa Anima-te, o programa de Verão promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, estão condicionados

à observância das normas impos- teira instalada no local do eventas pela Direção-Geral da Saúde to (Parque da Devesa), no período das 3 horas que antecede devido à pandemia da Covid-19. A entrada nos espetáculos do o espetáculo e uma pessoa poAnima-te na Devesa, incluindo derá levantar até 6 ingressos. cinema, só será permitida me- Mais informações sobre o Animadiante a apresentação de bilhe- -te em www.famalicao.pt/agendate. Os ingressos são gratuitos e -municipal-famalicao. poderão ser levantados na bilhe-


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Desporto Futebol

O Desportivo das Aves falhou o recurso ao veto de inscrição nas competições profissionais da próxima época, confirmou Estrela Costa, acionista da empresa gestora da SAD do clube despromovido à II Liga de futebol. “O tribunal ainda não viabilizou o Processo Especial de Revitalização (PER) solicitado em 24 de julho. A lei é clara: não podemos fazer a inscrição com um PER se não tivermos esse acordo homologado no Tribunal da Comarca de Santo Tirso. Como nada disso aconteceu, não valia a pena recorrer”, explicou à agência Lusa a dirigente dos nortenhos. A administração do emblema do concelho de Santo Tirso tinha de apresentar a documentação junto dos serviços da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) até às 23:59 horas de segunda-feira, mas, ao contrário do Vitória de Setúbal, dispensou a contestação junto do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Nortenhos e sadinos falharam na quarta-feira os requisitos de licenciamento rumo às provas profissionais de 2020/21, tendo a Comissão de Auditoria da LPFP detetado três critérios legais e 13 financeiros infringidos pelo Desportivo das Aves, que tenta negociar com os 32 credores a reestruturação de todas as dívidas num único plano de pagamento. “Continuamos com dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social. A boa notícia é que ficaram extintas as dívidas para com outras sociedades desportivas. Contudo, não podíamos fazer nada em todas as outras alíneas sem um PER aprovado e homologado”, enquadrou Estrela Costa, conformada com a descida ao Campeonato de Portugal. A SAD do Desportivo das Aves, liderada pelo chinês Wei Zhao, acumula quatro meses de salários em atraso, responsáveis por 11 rescisões unilaterais de atletas na reta final da I Liga, no qual obteve a 18.ª e última posição, com 17 pontos, outros tantos abaixo da zona de salvação, consumando a descida à II Liga pela via desportiva, a par do Portimonense. “Já estamos a preparar a próxi-

arquivo

Desp. Aves não entregou recurso e pode acabar nos distritais

Situação financeira do clube é grave ma época. Vamos um bocadinho atrasados, até porque temos umas questões logísticas e financeiras pendentes da época anterior. Sabemos perfeitamente que é difícil, mas estamos a criar uma equipa sustentável”, apontou a acionista maioritária da empresa Galaxy Believers, que controla 90% do futebol avense. Os nortenhos recrutaram dois reforços, “que a seu tempo serão apresentados”, e querem “aproveitar alguns jogadores sub-23”, desígnio que “provavelmente” inviabilizará a construção de uma equipa para defender os títulos da Liga e da Taça Revelação na temporada 2020/21, na qual pretendem manter a aposta no treinador Nuno Manta Santos. “Tem contrato connosco [até junho de 2021] e irá connosco para o Campeonato de Portugal, a não ser que ele decida o contrário. Cheguei a falar com o empresário dele [Alexandre Pinto da Costa] e estamos devidamente articulados. O treinador não rescindiu e nós também não queremos rescindir. Tudo indica que seguirá connosco”, concluiu. A LPFP convidou o Portimonense, 17.º e penúltimo colocado, a manter-se na I Liga e o Cova da Piedade e o Casa Pia a ficarem na II Liga, após terem sido despromovidos pela via administrativa, com o cancelamento daquele escalão devido à pandemia de covid-19. Presidente do Aves diz que clube pode acabar na distrital António Freitas, presidente do clube, admitiu à Rádio Renascen-

ça que já esperava este desfecho. “Infelizmente não me surpreende. Não é por acaso que os meus advogados, que estavam a trabalhar em conjunto com os advogados da SAD, pura e simplesmente me avisaram que não tinham condições para trabalhar, já não se sentiam confortáveis. Agora, o que eu posso dizer é que isto me deixa assustado. Porque, mesmo para jogar no Campeonato de Portugal, que é organizado pela Federação Portuguesa de Futebol, também é preciso ter os pressupostos. Será que eles querem que o Aves vá para o distrital? Por amor de Deus! É preciso que os sócios do clube saibam que eu estou abandonado por eles, não falam comigo”, revelou o dirigente. “Sabe o que é que eu queria? Era conseguir mandá-los embora a todos. E começar do zero. Mas não tenho tempo para isso, para despejá-los. Têm que ser eles a dar saída, nos distritais ou onde for. Mas estou a pensar que eles já nem aparecem mais aqui no clube. Não sei o que é que eles estão a preparar. Há qualquer coisa muito obscura. Muito, muito, muito, muito, muito! Por isso é que eu tenho dito: investigue-se! Quem não deve não teme…”, rematou ainda António Freitas. A administração do emblema do concelho de Santo Tirso tinha de apresentar a documentação junto dos serviços da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) até às 23:59 horas de segunda-feira, mas, ao contrário do Vitória de Setúbal, dispensou a contestação junto do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Lusa


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Desporto

“Dragões” das Aves distinguidos pela Câmara Municipal Os jogadores do Futebol Clube do Porto Diogo Costa e Vítor Ferreira foram distinguidos pela Câmara Municipal de Santo Tirso, que lhes atribuiu um voto de louvor por se sagrarem campeões nacionais de futebol. O louvor foi aprovado na reunião de Câmara de 23 de julho, homenageando dois futebolistas naturais e residentes em Vila das Aves. Dias depois, Diogo Costa viria a destacar-se na final da Taça de Portugal, ao defender a baliza no jogo contra o SL Benfica e no qual os dragões saíram vitoriosos por 2-1. Os jogadores foram chamados ao plantel de Sérgio Conceição na época 2019/2020 depois de terem

conquistado a UEFA Youth League, também ao serviço do clube azul e branco. Para o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, a distinção “é um prémio para o espírito de sacrifício e de superação e para a capacidade de entrega àquilo que mais gostam de fazer, aspetos que devem ser sublinhados e enaltecidos, para servir de exemplo e de inspiração a outros jovens que têm a ambição de atingir patamares elevados no desporto concelhio e nacional”. Os dois atletas, que festejaram pela primeira vez a conquista de um título nacional de futebol sénior, começaram a dar os primei-

Diogo Costa jogou na final da Taça ros pontapés na bola na Escola de Futebol Pinheirinhos de Ringe, a funcionar no Complexo Habitacional de Ringe, também na freguesia de Vila das Aves.

Armindo Araújo com “motivação em alta” para o Rali da Madeira Líderes do Campeonato de Portugal de Ralis e vencedores das duas provas disputadas esta temporada, Armindo Araújo e Luís Ramalho estão já de olhos postos na próxima prova do calendário, o Rali Vinho Madeira, que estará na estrada entre os próximos dias 6 e 8 de agosto. Focados em consolidar a primeira posição do campeonato, a dupla do Skoda Fabia R5 Evo está muito motivada e confiante para disputar as especiais madeirenses e regressar ao continente “com um resultado que nos permita manter uma margem confortável na liderança do CPR. Temos trabalhado no sentido de nos apresentarmos muito competitivos neste rali e ainda vamos fazer um teste na próxima quarta feira para acertarmos os derradeiros detalhes antes do início do rali”, começou por dizer Armindo Araújo. Numa prova que se prevê muito disputada, um pouco à imagem do que aconteceu há 15 dias na Calheta que contou com o lote de candidatos ao título, o Team Armindo Araújo / The Racing Factory espera voltar a mostrar um bom ritmo nas es-

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A rmindo A raújo quer reforçar liderança do campeonato na M adeira tradas da Ilha da Madeira e estar no grupo das equipas que lutarão pelos primeiros lugares da classificação. “Fizemos um bom rali na Calheta e conseguimos testar um conjunto de afinações distintas que nos permitirá ter várias opções para as especiais que vamos encontrar. Os nossos adversários também o fizeram e, por isso, prevejo uma prova bastante animada e disputada. Nós vamos dar o máximo, pensando sempre no objetivo principal que é mantermos a maior diferença possível na frente do campeonato. Esta-

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mos todos muito motivados”, disse ainda o piloto tirsense. O Rali Vinho Madeira terá este ano um formato mais reduzido que o habitual por força de algumas medidas necessárias para fazer face aos problemas causados pelo Covid-19. Ainda assim, serão 16 o número de classificativas a percorrer durante o rali organizado pelo Club Sports Madeira. Entre sexta feira e sábado, os pilotos disputarão 160,66 quilómetros divididos em duas etapas. Com as hostes a abrirem na manhã de sexta.

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16 JORNAL DO AVE 6 de agosto DE 2020

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