Jornal do Ave nº 182

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Quinzenário 25 de junho de 2020 Nº 182 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

25 de junho DE 2020 JORNAL DO AVE

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JORNAL DO AVE 25 de junho DE 2020

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Atualidade

// Região

// Vila Nova de Famalicão

Inquéritos de avaliação ao Centro Hospitalar do Médio Ave

Utentes mais satisfeitos com atendimento do que com organização e instalações No habitual inquérito anual que avalia a satisfação dos utentes quanto à qualidade dos serviços prestados nas unidades de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) verificou que a avaliação é positiva em todas as áreas de avaliação. CÁTIA VELOSO

Os inquéritos, realizados através de “673 contactos telefónicos”, dão conta de que o índice de satisfação no internamento é, em média ponderada, de 86 por cento, com nota máxima atribuída ao atendimento da enfermagem (93 por cento) e a nota mais baixa na alimentação (69,1 por cento). Na Urgência, com índice de satisfação de 78,3 por cento, a dimensão mais bem cotada foi também o atendimento da enfermagem (86 por cento), enquanto a triagem mereceu a nota mais baixa (60,9 por cento), devido aos tempos de espera. A consulta externa, com avaliação global de 82,3 por cento, teve como dimensão menos satisfatória o funcionamento da consulta (72,2 por cento) e a mais elevada o atendimento médico (87,8 por cento). Com 92,7 por cento de índice de satisfação, a cirurgia de ambulatório foi a área de avaliação com melhor nota atribuída pelos

R icardo Gomes foi ordenado padre missionário pelo bispo auxiliar do Porto inquiridos e a maior parte das dimensões avaliações positivas sempre superiores a mereceram nota acima dos 90 por cento: o 90 por cento”, assinalou o CHMA, no doatendimento de enfermagem apresenta o cumento em que apresentou os resultados. Estes inquéritos são considerados pelo índice mais elevado, 97,1 por cento. “Uma apreciação mais genérica sobre to- Centro Hospitalar como “importantes insdas as áreas revela que os utentes mani- trumentos de trabalho no âmbito dos profestam menor satisfação quando se trata de gramas de melhoria contínua”. O CHMA tem como área de influência os avaliar aspetos organizacionais e de instalações e níveis de satisfação muito elevados concelhos de Santo Tirso, Vila Nova de Faquando avaliam dimensões relacionais e a malicão e Trofa, num universo de cerca de qualidade do atendimento, que merecem quase 240 mil pessoas.

Homenagem coletiva marca Dia da Cidade A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai assinalar o Dia da Cidade com uma homenagem coletiva. O dia 9 de junho ficará, por isso, marcado por um reconhecimento “ao território” pela forma como “soube reagir à pandemia da Covid-19”. “O que é justo este ano é medalhar todos os famalicenses”, afirma Paulo Cunha, presidente da autarquia, que assinala a “resposta exemplar” da população, a nível profissional, desde “os profissionais da saúde, da segurança pública, os voluntários das corporações de bombeiros”, passando por “muitos profissionais de outras áreas, como a recolha do lixo, o setor alimentar, agricultores, indústrias e seus trabalhadores, transportadoras e seus motoristas de ligeiros e pesados”. A homenagem reconhece, igualmente, a dimensão “pessoal” e a forma como “as pessoas souberam recolher-se ao confinamento familiar e ajudar, desta forma, para que esta pandemia não tivesse no concelho e no país números que tiveram noutras latitudes”. As comemorações do Dia da Cidade preveem a “realização de uma sessão solene” onde serão também reconhecidos “atos e serviços relevantes prestados pelos profissionais das instituições que estiveram, e ainda estão, na primeira linha do combate ao novo coronavírus”.

Associação de Dadores de Sangue assinala 20.º aniversário com agradecimento público Fundada em 15 de junho de 2000, a Associação de Dadores de Vila Nova de Famalicão assinala, este ano, duas décadas de existência. Carlos Silva, Alberto Silva e Manuela Ferreira foram os mentores desta coletividade, que, anual-

mente, promove cerca de quatro dezenas de colheitas de sangue, por várias localidades do concelho de Famalicão e outros territórios vizinhos, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação e com o apoio de

várias instituições locais. “O 10.º aniversário desta Associação foi festejado com muito agrado, mas o 20.º aniversário não será, devido a esta pandemia que nos assola. Para todos os dadores e dadoras, que doam o seu precioso

sangue em favor dos doentes que dele necessitam, ficam os agradecimentos e o nosso slogan, a melhor recompensa que podes ter é a felicidade de poderes dar sangue”, assinalou a direção num comunicado onde também ressalta

o papel de “todas as pessoas que, de uma ou outra forma, colaboram com a associação na promoção da dádiva benévola de sangue”. A Associação de Dadores de Famalicão tem, atualmente, como presidente Joaquim Vilarinho. C.V.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Noite de inferno deixa fábrica em cinzas

10 Atualidade

Administrador garante que não haverá despedimentos

15 Atualidade

tIRSENsE CRIOU PROJETO QUE DÁ NOVAS CORES AOS AVIÕES

13 Atualidade

cONCERTOS E GASTRONOMIA NO VERÃO DE FAMALICÃO

6 Sinistralidade

Jovem perde a vida em violenta colisão PUB

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS


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// Região

// Vila Nova de Famalicão

Inquéritos de avaliação ao Centro Hospitalar do Médio Ave

Utentes mais satisfeitos com atendimento do que com organização e instalações No habitual inquérito anual que avalia a satisfação dos utentes quanto à qualidade dos serviços prestados nas unidades de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) verificou que a avaliação é positiva em todas as áreas de avaliação. CÁTIA VELOSO

Os inquéritos, realizados através de “673 contactos telefónicos”, dão conta de que o índice de satisfação no internamento é, em média ponderada, de 86 por cento, com nota máxima atribuída ao atendimento da enfermagem (93 por cento) e a nota mais baixa na alimentação (69,1 por cento). Na Urgência, com índice de satisfação de 78,3 por cento, a dimensão mais bem cotada foi também o atendimento da enfermagem (86 por cento), enquanto a triagem mereceu a nota mais baixa (60,9 por cento), devido aos tempos de espera. A consulta externa, com avaliação global de 82,3 por cento, teve como dimensão menos satisfatória o funcionamento da consulta (72,2 por cento) e a mais elevada o atendimento médico (87,8 por cento). Com 92,7 por cento de índice de satisfação, a cirurgia de ambulatório foi a área de avaliação com melhor nota atribuída pelos

R icardo Gomes foi ordenado padre missionário pelo bispo auxiliar do Porto inquiridos e a maior parte das dimensões avaliações positivas sempre superiores a mereceram nota acima dos 90 por cento: o 90 por cento”, assinalou o CHMA, no doatendimento de enfermagem apresenta o cumento em que apresentou os resultados. Estes inquéritos são considerados pelo índice mais elevado, 97,1 por cento. “Uma apreciação mais genérica sobre to- Centro Hospitalar como “importantes insdas as áreas revela que os utentes mani- trumentos de trabalho no âmbito dos profestam menor satisfação quando se trata de gramas de melhoria contínua”. O CHMA tem como área de influência os avaliar aspetos organizacionais e de instalações e níveis de satisfação muito elevados concelhos de Santo Tirso, Vila Nova de Faquando avaliam dimensões relacionais e a malicão e Trofa, num universo de cerca de qualidade do atendimento, que merecem quase 240 mil pessoas.

Homenagem coletiva marca Dia da Cidade A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai assinalar o Dia da Cidade com uma homenagem coletiva. O dia 9 de junho ficará, por isso, marcado por um reconhecimento “ao território” pela forma como “soube reagir à pandemia da Covid-19”. “O que é justo este ano é medalhar todos os famalicenses”, afirma Paulo Cunha, presidente da autarquia, que assinala a “resposta exemplar” da população, a nível profissional, desde “os profissionais da saúde, da segurança pública, os voluntários das corporações de bombeiros”, passando por “muitos profissionais de outras áreas, como a recolha do lixo, o setor alimentar, agricultores, indústrias e seus trabalhadores, transportadoras e seus motoristas de ligeiros e pesados”. A homenagem reconhece, igualmente, a dimensão “pessoal” e a forma como “as pessoas souberam recolher-se ao confinamento familiar e ajudar, desta forma, para que esta pandemia não tivesse no concelho e no país números que tiveram noutras latitudes”. As comemorações do Dia da Cidade preveem a “realização de uma sessão solene” onde serão também reconhecidos “atos e serviços relevantes prestados pelos profissionais das instituições que estiveram, e ainda estão, na primeira linha do combate ao novo coronavírus”.

Associação de Dadores de Sangue assinala 20.º aniversário com agradecimento público Fundada em 15 de junho de 2000, a Associação de Dadores de Vila Nova de Famalicão assinala, este ano, duas décadas de existência. Carlos Silva, Alberto Silva e Manuela Ferreira foram os mentores desta coletividade, que, anual-

mente, promove cerca de quatro dezenas de colheitas de sangue, por várias localidades do concelho de Famalicão e outros territórios vizinhos, em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação e com o apoio de

várias instituições locais. “O 10.º aniversário desta Associação foi festejado com muito agrado, mas o 20.º aniversário não será, devido a esta pandemia que nos assola. Para todos os dadores e dadoras, que doam o seu precioso

sangue em favor dos doentes que dele necessitam, ficam os agradecimentos e o nosso slogan, a melhor recompensa que podes ter é a felicidade de poderes dar sangue”, assinalou a direção num comunicado onde também ressalta

o papel de “todas as pessoas que, de uma ou outra forma, colaboram com a associação na promoção da dádiva benévola de sangue”. A Associação de Dadores de Famalicão tem, atualmente, como presidente Joaquim Vilarinho. C.V.

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Atualidade

Empresas reinventam-se para fugir à crise O presidente da Câmara Mu- diu também para a conceção de nicipal de Santo Tirso, Alberto dispensadores automáticos e diCosta, visitou três empresas do visórias em acrílico. Já em Monte Córdova, Alberconcelho que adaptaram a produção em resposta ao novo co- to Costa acompanhou a confeção ronavírus. Atuando em diferen- de máscaras comunitárias reutites setores de atividade, Casa lizáveis produzidas pela fábrica dos Reclamos, JVC –Confeções têxtil JVC. O gerente, Sérgio Neto, não ese Prettl Adion estão agora na linha da frente no que toca à pro- conde a “fase difícil” que a emdução de equipamentos de pro- presa atravessa, em virtude da “quebra das encomendas”, mas teção individual. a resiliência tem sido a principal Esta foi a forma de a Câmara arma para responder às adversiMunicipal de Santo Tirso “agra- dades. “Entramos na área da saúdecer” publicamente “a todas de e com isto conseguimos equias empresas do Município que, librar o trabalho. A nossa prioricom esforço e criatividade con- dade, desde o início, é que não seguiram, não só, adaptar a pro- haja perda de rendimentos. Mesdução de forma a manterem os mo com 600 pessoas numa unidapostos de trabalho, como ainda, de e mais cem na outra, não tiveajudam o combate ao novo coro- mos nenhum caso (de Covid-19). navírus com os materiais de pro- Colocamos os planos de contenteção individual que produzem”, ção em funcionamento e temos salientou Alberto Costa, na ma- equipas a fazer a desinfeção. nhã de 22 de junho, completa- Para nós, era importante manmente dedicada a perceber, in ter a laboração a cem por cento, porque sabemos que os maridos loco, como é que três unidades fabris se reinventaram em tem- das pessoas que trabalham cá estão ligados à área dos móveis, pos de pandemia. A Casa dos Reclamos, em Vila da construção civil, e muitos foram para lay-off. Se nessa altudas Aves, foi uma das empresas que, rapidamente, se lançou na ra colocássemos as nossas traluta contra a propagação do novo balhadoras em lay-off, iam estar coronavírus, começando pela duas pessoas em lay-off em casa produção de viseiras. A sua atua- e foi isso que tentamos evitar”, ção deu nas vistas pelo carácter sublinhou. A reação às restrições impostas solidário, já que grande parte do que era produzido não tinha ob- pela pandemia foi quase imediajetivo lucrativo. Ainda hoje, as- ta. No dia 16 de março, data em segurou o responsável da em- que as escolas do país encerrapresa Miguel Abreu, apenas “40 ram, a JVC tinha já “50 por cenpor cento das viseiras produzi- to da empresa a produzir máscadas” são vendidas. O restante ras”, tendo chegado às 160 mil produzidas por dia. Atualmentem como destino “instituições de saúde, instituições de solida- te, exporta para vários países riedade social e forças de segu- da Europa. “Neste momento, temos 90 por rança de todo o país”. “A responsabilidade social é para nós um cento da produção direcionada para as máscaras certificadas, esponto de honra”, sublinhou. Entretanto, a empresa progre- tamos também a produzir golas e,

JVC “entrou” na área da saúde devido à pandemia

E xecutivo

visitrou a

Casa dos R eclamos

brevemente, começaremos com as batas”, revelou Sérgio Neto. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso teve ainda a oportunidade de conhecer a viseira certificada que a Prettl Adion, localizada em Santo Tirso e que integra o mesmo grupo da Petratex, está a produzir. Especialista em componentes plásticos para a indústria automóvel, a empresa tem como objetivo, no curto prazo, aumentar este segmento de produção: “Estamos já a exportar para a Alemanha, com o novo molde esperamos estar, dentro em breve, a produzir 15 mil viseiras por semana”, divulgou Pedro Oliveira, representante da empresa. Para além das viseiras de proteção facial, a Prettl Adion está ainda a produzir ajustadores para os elásticos das máscaras. “Sabemos que a indústria automóvel tem sofrido bastante com esta pandemia. Desde abril, temos sentido quebras enormes na faturação, aliás, considerando abril e maio, tivemos quebras

superiores a 60 por cento”, revelou Pedro Oliveira, que ressalva a “retoma gradual” que já se vai sentindo, ainda insuficiente para levantar o regime de lay-off parcial da empresa.

// Santo Tirso

... “É, verdadeiramente, de louvar a forma como o nosso tecido empresarial conseguiu encontrar a oportunidade dentro da crise” Alberto Costa, CM Santo Tirso


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Atualidade

// Região

Hidrofer investe durante pandemia para produzir zaragatoas Grupo empresarial com unidades nos concelhos de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso reinventou-se ao apostar na produção de zaragatoas, produtos utilizados para recolher amostras nos testes de despistagem da Covid-19. Ministra da Coesão Territorial visitou fábricas e elogiou capacidade empreendedora dos administradores. CÁTIA VELOSO Divide-se entre os concelhos de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso e orgulha-se de controlar todo o processo desde a matéria-prima ao produto final, o que o permitiu olhar com ambição para os desafios colocados pela pandemia de Covid-19. Sediada em Carreira, no concelho de Vila Nova de Famalicão, o grupo Hidrofer tem uma unidade em Bairro, também em território famalicense, e iniciou a produção de zaragatoas, colmatando uma necessidade premente no território nacional, já que se tratam de objetos utilizados nos testes à Covid-19. Esse arrojo valeu o reconhecimento do Governo, que, através da ministra da Coesão Territorial, fez questão de conhecer de perto todo o universo do grupo, na manhã de 16 de junho. A visita governamental incluiu passagem pela Pimentas & Coelho, empresa localizada em Vila das Aves, também detida pela Hidrofer. “Este grupo é uma referência”, começou por dizer Ana Abrunho-

Com a produção de zaragatoas da Hidrofer Portugal deixou de estar dependente do exterior sa, agradada com o empreende- o processo e toda a tecnologia compra, serão quantidades enordorismo dos responsáveis, que, que envolve a produção, viemos mes”, sublinhou o administrador destacou, “não desistiu e conti- aprender com esta família de em- do grupo, Carlos Alberto Silva. Este novo investimento visa ganuou a trabalhar a cem por cen- preendedores e estimulá-los nos to em plena pandemia”. A acres- seus projetos de investimento, rantir que a Hidrofer continue a centar a isso, “respondeu ao de- porque é esse o papel do Gover- dar resposta em todas as frentes, safio, ajudando o país a enfren- no”, acrescentou Ana Abrunhosa. já que, em período de pandemia, Depois de um processo inicial o grupo teve de “sacrificar” uma tar a pandemia, num produto em que Portugal estava totalmente que ficou marcado pela certifica- “parte” da produção de cotonetes dependente do exterior”, que é a ção em tempo recorde das zara- para conseguir produzir as zarazaragatoa. “Resistiu à burocracia gatoas, o investimento da Hidrofer gatoas. “Se não fizermos este investipara certificar e hoje tem na man- passa agora por reforçar a capaciga mais projetos de investimento”, dade produtiva para responder às mento, colocamos a produção das elogiou a ministra, que quis cum- necessidades do mercado, princi- zaragatoas em risco, porque as prir a promessa feita durante o palmente o externo. “Nós temos já cotonetes estão vendidas e, granperíodo mais crítico da propaga- amostras nos Estados Unidos da de parte delas, para exportação”, ção do novo coronavírus, quando América e estamos convencidos referiu o administrador, que gao Governo visitou, pela primeira que a resposta vai ser breve, por- rantiu que, com o reforço da maque eles estão com muita necessi- quinaria, a Hidrofer será capaz vez, uma das empresas. “Para além de perceber todo dade de zaragatoas e, em caso de de responder às necessidades do

mercado europeu. Sem ter a contabilidade exata de zaragatoas já produzidas, uma vez que foram doadas, Carlos Alberto Silva assegura já terem saído da empresa “centenas de milhar” destes produtos, para vários locais do país e do mundo. A Câmara Municipal de Santo Tirso foi uma das entidades contempladas com as zaragatoas da Hidrofer, grupo que, para o edil Alberto Costa, “deu um excelente sinal” de “como se deve posicionar” o mundo empresarial “em tempos de crise”: “Com calma e serenidade, mantendo os postos de trabalho e as empresas a laborar, ajudando outras empresas com dificuldades e transformando os próprios negócios e tendo um coração grande, sendo solidária”. O g r upo H id rofer emprega atualmente 150 pessoas e, recentemente, adquiriu uma fábrica de confeção têxtil que faliu para também produzir máscaras comunitárias, que já mereceram certificação.

...

“O processo de certificação foi uma enorme vitória, porque, normalmente, um dispositivo médico de classe 1, como as zaragatoas, demora entre seis a oito meses a ser certificado e nós conseguimos certificar as nossas em pouco mais de um mês e meio. Isso só prova que o nosso produto tem muita qualidade”. Carlos Alberto Silva Administrador da Hidrofer

Máscara da Adalberto aprovada em França para 50 lavagens A máscara comunitária produzida pela estamparia Adalberto foi certificada para 50 lavagens, em França. CÁTIA VELOSO A certificação foi atribuída pelo IFTH – Institut Français du Textile e de l’Habillement (Instituto Francês de Têxteis e Vestuário), que testou a “MoxAd-Tech” para meia centena de lavagens, garantindo que o produto mantém uma retenção de partículas a 100 por cento e uma respirabilidade de 230 pascais, ultrapassando, e muito, o mínimo de cem pascais exigido em França. A máscara, desenvolvida pela

empresa tirsense em parceria com a Sonae, Universidade do Minho e Instituto de Biologia Molecular da Universidade de Lisboa, torna-se, assim, num produto apetecível naquele mercado e eleva as expectativas da Adalberto em termos de comercialização para o exterior. Susana Serrano, administradora da estamparia, confessou o agrado pelo selo de qualidade atribuído pelo instituto francês, sublinhando a crença de que a MoxAd-Tech é “a melhor máscara do mercado”. O segredo da máscara desenvolvida na Adalberto está mesmo na ciência introduzida no produto.

Susana Serrano explicou que, depois de ser possível “criar máscaras bonitas com retenção de partículas, certificadas pelo CITEVE”, a empresa quis ir além, oferecendo uma solução inovadora, adicionando “acabamentos funcionais”. “Foi colocado um repelente à água, assim como um microbiano que retém as partículas, um gestor de humidade e um gestor de odor”, explicou. Em Portugal, a máscara ainda só tem certificação para 10 lavagens, mas a administradora acredita que também em território luso o produto mereça o selo para 50 lavagens.

Recorde-se que, em maio, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, visitou a empresa, sediada em Rebordões, e elogiou a “mobilização” das empresas com a comunidade científica “para criar um produto que não se fazia na Europa e que é especial”: “Sabíamos que a ciência cura, mas também previne pandemias. E esta é uma máscara com ciência”, salientou. A intenção da empresa é chegar à produção de 500 mil máscaras por semana, para corresponder às solicitações do mercado. A MoxAd-Tech podem ser adquiridas nas lojas Mo, do grupo Sonae.

Máscara comunitária da A dalberto


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Atualidade // Santo Tirso

Vila das Aves ganha restaurante “à prova” de Covid-19

Indie Campers regista elevado aumento de reservas durante pandemia “Em 2019, apenas 15 por cento do total dos viajantes da empresa em Portugal eram cidadãos nacionais. Em 2020, entre aqueles que reservaram no decorrer do último mês, essa percentagem cresceu para 65 por cento”. Este é o reflexo da pandemia no negócio da Indie Campers, empresa portuguesa de aluguer de autocaravanas criada por um jovem de Santo Tirso. A propagação do novo coronavírus mudou o perfil dos viajantes portugueses que, face às limitações impostas pela pandemia, optaram por ir para fora cá dentro, optando por conhecer o país através da utilização da autocaravana. Desde o início do mês de junho, a Indie Campers tem observado esse mesmo fenómeno e os números não desmentem: houve um aumento de 470 por cento nas reservas domésticas de portugueses face ao mesmo período do ano passado. A empresa preparou-se para responder a esta realidade, preparando um plano que conseguisse atender ao crescimento do turismo nacional, com foco para as viagens que privilegiem a natureza e as roadtrips, como percorrer a mítica Nacional 2.

O restaurante cheio de janelas dá uma visão panorâmica do local e mantém o ambiente com ar circulante O Parque do Amieiro Galego, em Vila das Aves, vai acolher, em julho, um restaurante construído à prova de Covid-19. O projeto, garante o autor e arquiteto brasileiro Thiago Herrera, responde “a todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde”, tendo sido concebido para se adaptar ao “novo normal”, com “ambientes separados, mas não isolados”. CÁTIA VELOSO O ne gó c io é d e Jo s é Eduardo Cardoso, um jovem de Lordelo, Guimarães, que há muito tempo desejava dar uma nova vida à estrutura localizada no Parque Amieiro Galego. A oportuni-

dade surgiu em plena pan- ponsável, que se lançou no demia, que, porém, não foi primeiro negócio por conta impedimento para avançar. própria. “Em quatro dias”, “A ideia surgiu ainda antes e sempre à distância graças da pandemia, de criar uma às ferramentas de conversaespécie de stakehouse e ta- ção online disponíveis, conpas, mas a situação do país seguiram projetar o espaobrigou-me a colocá-lo em ço, que estará vocacionado standby”, confessou José para vinhos e tapas. Eduardo Cardoso em entre“O restaurante cheio de vista ao Jornal do Ave. janelas dá uma visão panoCom a ajuda de uma “fa- râmica do local e mantém o miliar” que reside no Brasil, ambiente com ar circulante, o jovem conheceu o arquite- como é exigido nos dias de to Thiago Herrera, que lhe hoje”, explicou o responsádeu alternativas para abrir vel, que evidencia também o negócio, tendo em conta o uso de vidros “bacterias recomendações e dire- cidas com iões de prata” e tivas da Organização Mun- “tintas antibacterianas”. dial da Saúde (OMS). À entrada haverá um esE, assim, o projeto “Refú- paço exclusivo para a degio” foi erguido em “tem- sinfeção das mãos e todas po recorde”, revelou o res- as “cabines” terão um ben-

galeiro próprio, para que os pertences dos clientes estejam no mesmo espaço que estes. A questão da sustentabilidade também está evidenciada no “Refúgio”, através da utilização de “materiais reciclados”. “O Parque do Amieiro Galego é de uma beleza que aprecio e há muito tempo que cobiçava aquele local, que achava que não estava a ser devidamente aproveitado. Para mim, era um diamante em bruto e aguardei a minha oportunidade”, regozijou-se José Eduardo Cardoso, que espera abrir o restaurante no início de julho, para “aproveitar o verão”.


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Atualidade

// Santo Tirso

Edifício da estação de comboios é a nova casa da Polícia Municipal Nova esquadra da Polícia Municipal de Santo Tirso resultou da reabilitação do edifício da estação ferroviária da cidade, numa estratégia que também inclui a promoção da mobilidade urbana sustentável. CÁTIA VELOSO

Está dado mais um passo na revitalização de uma área que ampliou o centro urbano da cidade de Santo Tirso. A Câmara Municipal concluiu a reabilitação do edifício da estação ferroviária, depois de assinar um contrato de subconcessão com a Infraestruturas de Portugal (IP), e criou uma nova esquadra para a Polícia Municipal, reforçando o clima de segurança daquele local, outrora desativado pela empresa estatal. “Este investimento nasceu do diálogo constante que temos com os diversos órgãos, no caso da Assembleia Municipal quando levantou a questão e da própria população, que relatava o sentimento de insegurança pelo facto de este edifício da estação e o de Vila das Aves estarem fechados”, referiu Alberto Costa, presidente da autarquia tirsense, durante a inauguração do espaço, na manhã de 16 de junho. Ao “útil”, refletido no melhoramento do edifício e disponibi-

I nvestimento foi de cerca de 160 mil euros lização à população - com a reabertura das casas de banho e sala de espera -, a Câmara Municipal juntou o “agradável”, criando a nova esquadra para a Polícia Municipal. Com um investimento de cerca de 160 mil euros, esta força de segurança conta agora com um posto “com mais condições de trabalho” para os agentes. “Percebe-

mos que este poderia ser o local ideal, porque ia ao encontro das necessidades da Polícia Municipal, criando, igualmente, condições de atendimento para os munícipes”, sublinhou o autarca. A nova esquadra está dotada de uma sala de reuniões, vestiários, salas de trabalho e arquivo. As obras inserem-se também na estratégia do município de

Santo Tirso de promover a mobilidade urbana sustentável, já potenciada naquele local com a ligação gratuita do “shuttle” ao centro da cidade, a estação PEDALA (rede partilhada de bicicletas) ali instalada, a construção da via panorâmica e o alargamento do Andante à estação de Santo Tirso e a toda a Área Metropolitana do Porto.

... “Fomos ao encontro das expectativas da população, abrindo espaços anteriormente encerrados como as salas de espera e as casas de banho, recuperando espaços degradados e dando continuidade à estratégia de aproximação ao rio Ave” Alberto Costa, presidente Câmara Municipal Santo Tirso

Homem perde a vida em violenta colisão na EN 204 O estado em que ficou uma das viaturas reflete a violência da colisão que, na madrugada desta 16 de junho, fez uma vítima mortal, na Estrada Nacional (EN) 204. CÁTIA VELOSO O choque entre uma viatura ligeira de mercadorias e um ligeiro de passageiros num entroncamento em Silvalde, Areias, no concelho de Santo Tirso, provocando a morte do condutor do veículo de marca Opel, um jovem de 25 anos, residente naquela localidade. O alerta chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários Tirsenses “às 5h27”. Face à informação de que dispunha, e que dava conta de “uma vítima leve e outra encarcerada”, a corporação fez mobilizar para o local duas ambulâncias e um veículo de desen-

carceramento, referiu o segundo comandante dos “Amarelos”, Vítor Pinto. Os trabalhos de desencarceramento, devido ao estado em que ficou a viatura ligeira de passageiros, foram “complexos” e demoraram “cerca de 45 minutos”, numa operação em que os bombeiros, com 15 elementos e cinco viaturas, contaram com o apoio das equipas da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) e de Suporte Imediato de Vida (SIV) do Centro Hospitalar do Médio Ave e da Polícia de Segurança Pública. O corpo do jovem de 25 anos foi transportado para autópsia para o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Ave em Guimarães. As cerimónias fúnebres realizaram-se, no dia 18, na Igreja Paroquial do Louro, con-

Jovem de 25 anos é a vítima mortal celho de Vila Nova de Famalicão. Já o condutor do ligeiro de mer-

cadorias, de 19 anos, foi transportado para a unidade de Fa-

malicão do Centro Hospitalar do Médio Ave.


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Atualidade // Santo Tirso

Na Mercadona, é o cliente que define que produtos vão para as prateleiras “Acho excelente a ideia de captarem potenciais clientes através destas ações em que os convidar para conhecer os produtos que, de facto, são muito bons. Com certeza que irei experimentar” Manuela Lopes, moradora em Santo Tirso

Podia ser um segredo bem guardado, porque, neste mundo dos negócios, é comum utilizar-se o chavão de que a receita para o sucesso é manter os ingredientes da estratégia guardados a sete chaves. Mas no caso da Mercadona, o processo é inverso, em toda a linha. As “chaves” foram-nos dadas com uma visita ao “cérebro” do retalhista em Portugal: as portas do centro de coinovação, localizado em Matosinhos, abriram-se para o Jornal do Ave, que foi perceber por que é que, na Mercadona, os clientes não são chamados de clientes, mas sim de “chefes”. A razão? Simples. É através do cliente que a marca, há dois anos em Portugal, define os produtos que coloca nas prateleiras. O processo desenvolve-se como uma espécie de “pirâmide invertida”, ou seja, o produto é desenvolvido a partir do cliente e não das cadeias de distribuição, acabando com uma “prescrição” que é entendida como “a melhor solução” para cada produto. Para exemplificar, durante a visita, que contou com três cidadãos que residem em Santo Tirso, foi esmiuçado todo o processo de escolha dos sumos a comercializar pelo retalhista em Portugal. Fátima Maciel é a responsável por esta área, ou seja, cabe-lhe escolher os ingredientes e aprimorar o sabor e a textura dos sumos, de acordo com o que lhe é indicado pelos clientes. Por isso, durante o processo de instalação da Mercadona em Portugal, Fátima Maciel foi, literalmente, viver com potenciais clientes, para descortinar os gostos dos portugueses, que, logo à partida percebeu, são completamente diferentes dos dos espanhóis. “Eles são mais práticos, gostam de sabores mais tradicionais, enquanto nós portugueses gostamos de inovar e temos um gosto particular por sabores tropicais”, explicou. Depois desta perceção, chegar ao néctar perfeito revela-se um processo em constante desenvolvimento e, para isso, Fátima testa cada lote que chega aos supermercados para verificar se os parâmetros estabelecidos – e que resultam da tal prescrição dos “chefes” - estão a ser cumpridos. Neste caso, também os visi-

“Nas provas que fazemos, tentamos replicar sempre como o cliente faz em casa, é esta a forma mais eficaz que temos de comprovar que os nossos produtos estão de acordo com o gosto dos nossos chefes e que estamos a fazer um bom trabalho” Fátima Maciel, responsável pelos néctares da Mercadona tantes tirsenses tiveram “voto na matéria”, participando em “provas cegas”, que tentam “replicar” a forma como os clientes consomem em casa. Como é apreciadora de maracujá, Manuela Lopes, residente “ao lado” da cidade, foi desafiada a provar dois sumos, um da marca Hacendado, da Mercadona, e outro de uma das marcas mais vendidas em Portugal. Manuela acabou por gostar dos dois, acabando por eleger o sumo da Mercadona, com o argumento de que, pelo sabor que apresentava, “só lhe faltavam as grainhas do maracujá”. Assim como acontece com os sumos, outros produtos são diariamente testados no centro de coinovação de Matosinhos e não é à toa que, naquele local, todos os equipamentos surgem em duplicado, como os fogões, as placas de indução, os fornos e os microondas, para que os ensaios entre produtos sejam feitos em ambiente e condições iguais. Na Mercadona, os produtos têm de ter origem “no melhor fornecedor”, esteja ele onde estiver. É o caso do azeite, naturalmente português e com carimbo da Riazor, de Santarém, ou da manteiga dos Açores, ou do presunto, vindo de Espanha e cuja qualidade é globalmente reconhecida, ou das bolachas belgas, produzidas na Bélgica por um fornecedor que permite ao retalhista apresentar “um produto de qualidade a preços competitivos”. O caminho que tem desbrava-

do para se tornar no supermercado mais português de Portugal sustenta-se por este trabalho contínuo, refletido em distinções já conseguidos, como o reconhecimento da DECO ao vinho Castelo de Moinhos Alvarinhos 2019, na decisão de pagar os impostos neste país e pelo contributo que dá no reforço da economia nacional, ao exportar, atualmente 90 por cento das suas compras a fornecedores comerciais portugueses para Espanha. Um supermercado diferente O ambiente proporcionado pela Mercadona nos supermercados também é totalmente diferente do que é apanágio. Corredores amplos e espaçosos, secções “racionais” - com a exposição dos produtos das marcas mais reconhecidas – e frescos evidenciados. Na peixaria da Mercadona de Mato-

sinhos, por exemplo, há indicação dos produtos que vieram diretamente da lota e dos que passaram pelo centro logístico. A secção de Pronto a Comer é um convite a uma viagem gastronómica. São mais de 40 refeições distintas que podem ser encontradas nas prateleiras da Mercadona, onde se incluem pratos como a dourada com legumes, a salada de bacalhau com grão, o bacalhau gratinado com batatas ou o salmão ao vapor com legumes, entre outras opções. As pizzas e as massas são confecionadas no momento, em que os clientes podem escolher os ingredientes ao seu gosto. Podem também servir-se no móvel de saladas self-service, onde estão afixadas as boas práticas da sua utilização, ou tomar o seu café ou bebida quente, com todos os cuidados de segurança e higiene assegurados.

“É no nosso centro de coinovaçao que testamos, diariamente, os nossos produtos, fazemos provas cegas com os nossos clientes e confirmamos a qualidade dos produtos que entram, todos os dias, nos nossos supermercados” João Miranda, responsável Centro de Coinovação da Mercadona

“Desenvolvemos a nossa marca própria em conjunto com os nossos clientes e é a partir daí que garantimos a qualidade dos nossos produtos. Outros dos fatores de diferenciação na Mercadona é que não existem promoções para que as pessoas possam comprar os produtos sempre a preços competitivos”. André Silva, Diretor de Comunicação da Mercadona

Mercadona abre esta quinta-feira em Santo Tirso A 12.ª loja da Mercadona em Portugal abre, esta quinta-feira, 25 de junho, na cidade de Santo Tirso, às 9h00. Resultante da reabilitação de parte da antiga fábrica da Arco Têxteis, o supermercado obedece ao modelo de loja eficiente, que conta com uma superfície de vendas de 1900 metros quadrados e 170 lugares de estacionamento. A nova loja caracteriza-se por ter corredores amplos e confortáveis e dois modelos de carrinhos, ergonómicos e leves, que não precisam de moeda. O horário de funcionamento da loja será das 9 às 21horas, de segunda a domingo. Este supermercado criará 60 novos empregos, todos com contrato efetivo desde o primeiro dia de trabalho.


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// Santo Tirso

Ada Fios destruída pelo fogo, mas mantém contrato com os 180 trabalhadores Ministra da Coesão Ana Abrunhosa visitou esta quarta-feira as instalações da empresa de Santo Tirso Ada Fios, acompanhando o presidente da autarquia Alberto Costa e Luís Andrade, administrador da empresa e reuniu com o empresário e autarquia para perceber os próximos passos para a recuperação da unidade têxtil, que se dedica à produção de gaze hidrófila. Empresário garante que os 180 postos de trabalho estão assegurados. O fumo e o cheiro a queimado que ainda se sente no ar, junto à unidade da Ada Fios, em Santa Cristina do Couto, é intenso e do interior do pavilhão industrial são ainda retiradas bobines de matéria pronta, ainda incandescente e a fumegar. O cenário de destruição é dantesco mas não abala a coragem e determinação de Luís Andrade e da sua equipa. “Já estamos a trabalhar para encontrar uma solução temporária para instalar a fábrica e estamos já a colocar mãos à obra para reerguer esta unidade, contando com a apoio da Câmara de Santo Tirso, que desde a primeira hora está connosco e tem sido inexcedível no apoio”. E para que não haja dúvidas quanto ao futuro dos trabalhadores, Luís Andrade esclarece: Os postos de trabalho estão assegurados”. Alberto Costa, presidente da

autarquia de Santo Tirso que reuniu com a ministra, o presidente da junta de Santo Tirso Jorge Gomes e o empresário Luís Andrade, nos Paços do Concelho, para um encontro em que foi feito um ponto de situação dos projetos para reerguer a empresas com o apoio da autarquia. O edil agradeceu “a presença tão célere da ministra, Ana Abrunhosa e toda a disponibilidade demonstrada para analisar a melhor forma de ajudar esta empresa de grande valor, não só para o Santo Tirso, mas também para o país e para a Europa. A Câmara apoiou, em 2016, a Ada Fios, como Projeto de Interesse Municipal, tendo em vista ampliação de instalações e consequente aumento dos postos de trabalho e a nossa intenção é que esta empresa possa, rapidamente, ultrapassar esta infelicidade e que nós possamos continuar a apoiar o seu crescimento”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, no final da visita às instalações da Ada Fios. Ana Abrunhosa comprometeu-se “a avaliar de que forma o Governo poderá apoiar a Ada Fios dentro dos meios disponíveis”, e “a analisar uma candidatura que a empresa tem já submetida para produzir um tecido não tecido, inovador, cuja produção não existe no país nem na Península Ibérica”. A ministra da Coesão Territorial fez questão de felicitar a au-

Bombeiros com muito trabalho para controlar o fogo

R esponsável da empresa garantiu que vai manter contratos com os funcionários tarquia “por querer fazer parte da solução” e prestou total solidariedade à Adafios: “É uma empresa de que nos devemos orgulhar todos, por contribuir para a riqueza do país”. A Ada Fios é uma empresa especializada na produção de gazes hidrófilas hospitalares, iniciou a atividade em Santa Cristina do Couto, em 2012 e foi totalmente destruída pelas chamas que deflagraram na passada segunda-feira, dia 22 de junho, cerca das 20 horas, quando se encontrava em plena laboração com 50 trabalhadores no interior. Não houve trabalhadores feridos neste incêndio que reduziu a escombros uma empresa, onde foram investidos mais

de 21 milhões de euros em equipamentos e tecnologia. Enquanto os bombeiros combatiam as chamas trabalhadores e administração da empresa tentavam ainda salvar produto acabado que se encontrava no cais de saída da fábrica. No combate às chamas estiveram 115 operacionais apoiados por mais de 35 veículos dos Bombeiros das várias corporações do distrito do Porto, nomeadamente os Voluntários de Santo Tirso e os Tirsenses, apoiados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Santo Tirso, PSP e Polícia Municipal. As chamas começaram no armazém de algodão e o primeiro

Cenário de destruição na noite de segunda-feira

combate foi iniciado pelo funcionários mas, numa fração de segundos as chamas alastraram rapidamente às cerca de 500 toneladas de algodão que estavam armazenadas, adiantou o administrador da empresa. Nas instalações da fábrica e além da equipa de investigação da PSP estiveram inspetores da Polícia Judiciária assim como peritos da seguradora para apurar as causas do incêndio. Dois bombeiros dos Voluntários de Santo Tirso tiveram de receber assistência médica na sequência do combate às chamas tendo sido transportados para a unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave.


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// Vila Nova de Famalicão

Mais de 120 mil Fradelsport “fintou” a crise a certificar máscaras reutilizáveis equipamentos de proteção Fortemente afetada pela pandemia de Covid-19, que obrigou ao cancelamento dos vários eventos desportivos a nível mundial, a empresa famalicense Fradelsport teve de se reinventar para resistir ao período de estagnação do mercado do vestuário desportivo, que se refletiu na diminuição vertiginosa das encomendas, no mês de março. A unidade têxtil decidiu pôr mãos à obra e associar-se à missão de proteger as pessoas, assumindo-se, desde logo, como a primeira empresa do concelho a obter certificação do CITEVE para máscaras comunitárias reutilizáveis. Foi esta a tábua de salvação da Fradelsport que, além das 400 mil máscaras já confecionadas, avançou também para a produção de batas, manguitos, cógulas e cobre-botas. Com 60 trabalhadores, a empresa não necessitou de recorrer ao layoff, operando a cem por cento e com horizonte de conseguir manter o volume de faturação de 2019, nomeadamente através da exportação para os mercados francês e alemão. Em contrapartida, ficará adiada a intenção de, em 2020, “aumentar em 50 por cento” o volume de negócios, cifrado nos dois milhões de euros anuais, revelou Paulo Reis, responsável pela unidade fabril, situada em Fradelos.

distribuídos

A empresa produz para marcas como M acron, A didas, L otto e Nike No âmbito do Roteiro pela Inovação, o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, ouviu o empresário revelar que já se nota a retoma na procura de vestuário de desporto, “depois de quatro meses de vendas residuais para este setor”. A empresa produz para marcas como Macron, Adidas, Lotto, Nike, Umbro, Mikasa, entre outras. “As exportações para Itália e Espanha estão agora a permitir-nos voltar a produzir artigos de desporto”, disse. “As empresas não deixaram de querer continuar a crescer, pro-

duzir mais, exportar mais e empregar mais. O que aconteceu foi que esses projetos foram adiados no tempo. E estamos cá particularmente porque a Fradelsport foi a primeira empresa em Famalicão a certificar uma máscara, aparecendo na linha da frente daquelas empresas que criaram uma resposta para a comunidade ao nível da saúde pública”, destacou, por sua vez, o presidente da autarquia. Paulo Cunha considera que “Famalicão foi, uma vez mais, no contexto nacional e internacional, uma referência”.

Piscinas Municipais reabrem a 1 de julho com novas regras Capacidade limitada, balneários encerrados e tempo permanência controlada. São estas as novas regras para a utilização das piscinas municipais exteriores de Vila Nova de Famalicão, que reabrem ao público a 1 de julho. O espaço, localizado no complexo desportivo da cidade funcionará de terça-feira a domingo, das 9.30 às 13.15 horas e das 14.15 às 18 horas, até 15 de setembro. Devido à pandemia, o espaço estipulou a lotação máxima de 180 pessoas e os utentes não poderão utilizar as piscinas nos dois períodos no mesmo dia, a não ser que não tenha sido atingido o limite máximo da capacidade uma hora após a abertura do segundo período. Os balneários esta-

rão encerrados, funcionando ape- rada a escola municipal de natação, uma vez que ainda decornas com WC. No início de julho serão tam- rem as obras relacionadas com o bém reabertas as piscinas inte- programa municipal de eficiênriores de Famalicão, Joane e Ri- cia energética. “Seguindo as orientações da beirão. Os interessados em voltar a frequentar a escola munici- DGS, continuam suspensas as sespal de natação deverão reativar a sões de grupo para grávidas, idosua matrícula até 30 de junho, na sos e pessoas com doenças crónisecretaria do respetivo complexo. cas, assim como todas as sessões Neste caso, os balneários esta- ao abrigo do programa municirão abertos com o acesso aos chu- pal 'Mais e Melhores Anos'”, inforveiros e secadores interdito e com mou a Câmara Municipal de Vila um tempo máximo de permanên- Nova de Famalicão, que ressalva cia de dez minutos. O uso de más- o funcionamento das secretarias cara dentro dos complexos des- de todas as piscinas municipais, portivos será obrigatório, assim “com todos os serviços em funciocomo a desinfeção das mãos e o namento, inclusive o pagamento da fatura da água e dos serviços distanciamento social. As piscinas municipais de Oli- de apoio à família (acolhimento, veira S. Mateus mantêm encer- prolongamento e refeições)”. C.V.

Até 8 de junho, a Câmara Muni- de saúde que atuam no concelho, cipal de Vila Nova de Famalicão como o Centro Hospitalar do Métinha entregado mais de 120 mil dio Ave, o Agrupamento de Cende equipamentos de proteção in- tros de Saúde do Ave e o Hospital dividual a unidades de saúde, for- Narciso Ferreira. ças de seguranças, instituições de A lém desta doação, a autarsolidariedade social e juntas de quia colocou também no terrefreguesia. Uma medida para com- no o projeto “Proteger Famalibater a pandemia de Covid-19 no cão”, com o objetivo de dotar a concelho, que contou com a ajuda população de “condições mínide empresas e particulares, que mas de proteção individual e codoaram parte do material. letiva”, distribuindo “mais de O número foi dado a conhecer 135 mil máscaras, o mesmo núna reunião de câmara de 18 de mero de pares de luvas e mais junho. Aventais, botas, cobre bo- de 30 mil viseiras”. “No âmbito tas, fatos, luvas, manguitos, más- deste projeto foram ainda entrecaras, óculos, toucas e viseiras fo- gues duas máscaras de proteção ram os materiais doados. Mais de comunitária a todos os colabora60 mil dos equipamentos servi- dores das creches e do pré-escoram para apetrechar as unidades lar”, revelou a Câmara Municipal.

Francesinha e Bacalhau no regresso dos Dias à Mesa A francesinha é o prato que anima os Dias à Mesa, iniciativa da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que é retomada depois de cinco meses interrompida devido à pandemia de Covid-19. Apesar de os eventos associados a esta atividade gastronómica não se realizarem no concelho, a autarquia decidiu mantê-la, dando a oportunidade de os restaurantes apresentarem os menus e captarem clientes, num período que se sabe muito difícil para o setor. De 2 a 5 de julho, a francesinha entra, então, em destaque no Attrevidu; Barão; Cervejaria do Neto; Churrascão Sousa; Colunata; Combinação de Sabores; El Vagabundo; Forever; Marco; O Caçarola; Príncipe e Refresco. É sugerida a reserva antecipada de mesa. Os Dias à Mesa trazem ainda em julho, nos dias 9, 10, 11 e 12, o emblemático bacalhau, através dos restaurantes Alfa; Amaury; Barão; Bisconde; Casa Pêga; Churrascão Sousa; Combinação de Sabores; Dona Maria Pregaria; El Vagabundo; Fondue; Moutados; O Caçarola; Outeirinho; Papas na Língua; Páteo das Figueiras; Porta-Enxerto; Príncipe; Refresco; Sara Cozinha Regional; Tanoeiro, Torres; Tosco e Vinha Nova. Quem for portador do “Passaporte Gastronómico”, disponível

na Loja de Turismo de Famalicão e restaurantes aderentes, terá direito a um desconto de dez por cento. O mesmo passaporte, que é “carimbado” em cada evento, dará ainda a oportunidade aos participantes que o completarem de ter um almoço ou jantar gratuito num restaurante à escolha. Depois da francesinha e do bacalhau, em julho, o Dias à Mesa regressam em setembro, com a cozinha vegetariana. Em novembro, os menus destacam a castanha e as massas. Devido à pandemia de Covid-19, o Dias à Mesa ficou suspenso, impossibilitando a degustação dos menus relacionados com o cabrito, os rojões, a cozinha internacional e a galinha mourisca. C.V.

F rancesinha nos Dias à mesa


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// Vila Nova de Famalicão

Câmara de Famalicão e Crédito Agrícola unem-se para apoiar startups e pequenas empresas Quatro milhões de euros é o va- volver os seus projetos”, salienlor do bolo financeiro que a Câ- tou a autarquia. mara Municipal de Vila Nova de Dos quatro milhões de euros Famalicão e a Caixa de Agrícola disponíveis, um milhão destinaMútuo do Médio Ave acertaram -se a startups, enquanto o restante num protocolo que visa apoiar as é destinado a micro, pequenas e startups e micro, pequenas e mé- médias empresas, num apoio que dias empresas do concelho com pode ser complementado com “liprojetos de investimento que es- nhas de financiamento nacionais” tão a ser acompanhados no âmbi- e “cumulável com outros apoios to do “Famalicão Made IN”. comunitários em vigor”. Este Fundo de Emergência e “No caso das startups, a Linha de Solidariedade, aprovado em reu- Financiamento de Apoio à Crianião de executivo camarário, pre- ção de Novos Negócios prevê um tende ajudar os empreendedores montante máximo de financiae empresários a resistir às contra- mento de 50 mil euros, com um riedades provocadas pela pan- período de carência até 18 medemia de Covid-19, dando-lhes ses e um spread entre 1,75 e 3,5 “condições financeiras mais atra- por cento. No caso do apoio às mitivas” para que “possam desen- croempresas e PME’s o financia-

mento pode ir até 50 mil euros nas microempresas, até 100 mil euros para as pequenas empresas e até 200 mil euros para as médias empresas. Com um período de carência até 12 meses, o spread está neste caso fixado entre 1,5 a 2,5 por cento (até um ano), 2 a 2,50 por cento (de um a três anos) e até 3 por cento (de três a cinco anos)”, explicou a Câmara Municipal. No caso das micro e PME, o financiamento pode colmatar “necessidades de tesouraria e/ou investimentos de remodelação, recuperação e/ou expansão dos negócios em qualquer setor de atividade”, em especial comércio, restauração, turismo, agricultura e agroalimentar.

Quatro milhões de euros é o valor para apoiar empresas Existente desde 2014, o Gabinete de Apoio ao Investidor de Vila Nova de Famalicão já apoiou a criação de 117 startups, que representam um investimento de um milhão e 680 mil euros e 162

postos de trabalho. Deu ainda incentivos à instalação e expansão de 60 empresas, num volume de investimento de 267,7 milhões de euros, abrangendo 1452 postos de trabalho.

Continental anula intenção de cortar salários às equipas de fim de semana Depois de dias em que a insatisfação se fez ouvir pela voz dos trabalhadores, a Continental decidiu não reorganizar os turnos de fim de semana, que levaria, segundo a Comissão de Trabalhadores (CT), à redução dos salários de cerca mais de 650 colaboradores. Esta decisão decorre de uma negociação entre a CT e a administração da empresa localizada

em Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão, já depois de manifestações de dezenas de trabalhadores à porta das instalações da fábrica, que se opunham às alterações definidas, segundo a administração, para responder às contrariedades impostas pela pandemia de Covid-19. Ao Jornal de Negócios, fonte da empresa referiu que “foi estabelecido um compromisso en-

tre a Comissão de Trabalhadores março a 13 de abril, tendo reore a administração”, que reverte ganizado os turnos, de forma a inas intenções manifestadas, ten- troduzir os funcionários de fim de do em conta as “melhores pers- semana na laboração de segunpetivas de retoma das encomen- da a sexta-feira. “Não se trabalha ao sábado nem das, o que poderá levar, em breve, à retoma da laboração ao fim ao domingo, pois não temos encomendas que chegue para este de semana”. Durante o período mais críti- turno trabalhar como estava”, co da propagação do novo coro- revelou a mesma fonte ao Jornal navírus em Portugal, a empresa de Negócios, reconhecendo que suspendeu a produção, de 22 de “previsões, hoje em dia, são mui-

to difíceis” de fazer. Recorde-se que, numa comunicação interna, a administração da empresa revelou aos trabalhadores a intenção de alterar “o subsídio de turno” para as equipas de fim de semana, “para um teto máximo de 40 por cento”. A medida não agradou os colaboradores visados, que se manifestaram à porta da empresa, a 8 de junho.

Candidaturas aos Selos Famalicão abertas até fim de julho Decorrem, até 31 de julho, as candidaturas para os Selos Famalicão Visão’25. Esta distinção visa distinguir iniciativas que contribuem para a valorização e afirmação do concelho de Vila Nova de Famalicão. As categorias existen-

tes pretendem reconhecer iniciativas desenvolvidas em diversas dimensão, desde projetos que potenciam a competitividade e internacionalização do território (Famalicão Made IN), passando por ações que promovam uma eco-

nomia mais eficiente na utilização dos recursos (B-Smart Famalicão), iniciativas que reforcem a participação cívica (Força V – Famalicão Voluntário) e projetos coletivos, de cooperação e colaboração entre atores públicos e pri-

Arruada solidária em Delães No dia 4 de julho, o grupo de zé p'reiras Os Divertidos vão animar as ruas de Delães, com uma arruada solidária. Entre as 9 e as 20 horas, a animação andará pelas artérias da freguesia, em busca da solidariedade dos residentes. A iniciativa, que é promovida em parceria com a conferência vicentina de Delães e que conta com o apoio do espaço cultural daquela Junta de Fre-

guesia, tem como objetivo a angariação de bens alimentares, que serão distribuídos pelos mais carenciados. A organização garantiu, em comunicado, que o evento “está a ser preparado, tendo em conta o respeito por todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde, para segurança de voluntários e da população”.

vados, que promovam a corresponsabilização dos cidadãos (Famalicão Comunitário). Os formulários para a candidatura aos selos, disponível online em www.famalicao.pt/selos-visao-25, devem ser subme-

tidos por email para dpeei@famalicao.pt. Esta será a quinta edição da atribuição dos Selos Famalicão Visão'25, uma iniciativa que já reconheceu mais de 70 projetos.


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2 milhões para modernizar Biblioteca Municipal Quase dois milhões de euros audiovisuais, de depósitos de liestão destinados à empreita- vros, de cafetaria e de garagem da que vai reabilitar e moder- do bibliomóvel, entre outros menizar as instalações da Biblio- lhoramentos”, detalhou a Câmateca Municipal Camilo Caste- ra Municipal. lo Branco, em Vila Nova de FaEscusando-se a comprometermalicão. -se com data definitiva, o presidente da autarquia, Paulo Cunha, O plano de readaptação do admitiu gostar de ver as obras no edifício, que foi apresentado na terreno “até ao final” de 2020. O semana passada em reunião de prazo de execução da empreitaexecutivo municipal, é da auto- da é de um ano, cujo período não ria de João Eduardo Marta, o mes- obrigará ao encerramento da vamo arquiteto que assinou o proje- lência, mas implicará “algumas to de construção daquela estrutu- limitações”. “A revolução digital e a expanra, em 1988. A empreitada vai permitir “a são da designada sociedade do readaptação dos espaços, remo- conhecimento, veio alterar o condelação, modernização e amplia- ceito atual das bibliotecas públição de algumas das áreas”. “Será cas, atribuindo-lhes novas funvalorizada a receção no primei- ções e utilidades, o que por um ro piso, será revista a localização lado justifica a necessidade desdo fundo local, aumentada a sala tas obras”, salientou Paulo Cunha, de leitura de adultos e serão cria- que, no entanto, sublinha a necesdos novos espaços de leitura de sidade mais urgente de resolver

P lano de readaptação do edifício foi apresentado na semana passada em reunião de executivo municipal Em 1987, entrou para a Rede Naproblemas de “infiltrações e fis- ciou de melhoramentos”. Mil novecentos e treze foi o ano cional de Bibliotecas Públicas e suras em diversos locais”. Inaugurada a 1 de junho de que marcou o nascimento da Bi- um ano depois foi lançada a pri1992, o atual edifício da Biblioteca blioteca Municipal de Famalicão, meira pedra para a construção do Municipal Camilo Castelo Branco, que se instalou, primeiramente atual edifício. refere o autarca, “nunca benefi- na cave dos Paços do Concelho.

Alunos da EB Júlio Brandão vencem concurso de Educação Financeira

A turma 10 do 6º ano da Escola Básica Júlio Brandão, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, venceu o 1º. Prémio do 2º. Ciclo no concurso final “No Poupar Está o Ganho”, promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, com o projeto “€UROGEST – ‘carteira’ digital”. Destacaram-se entre os 5792 alunos que participaram nesta edição do concurso. “Este prémio representa o culminar de um trabalho feito ao longo deste ano letivo. Um ano bastante peculiar”, refere o professor Carlos de Castro, que salientou a adesão positiva dos alunos e à adaptação à “plataforma online que os torna mais autónomos, pois esta tem fichas e filmes que eles podem aceder, cada um ao seu ritmo”. “Para além das vantagens que os alunos retiram deste projeto, também os próprios professores beneficiam da formação ministrada através da plataforma online”, sublinhou. A sessão de encerramento da 10.ª edição do Projeto de Educação Financeira “No Poupar Está o Ganho”, decorreu em formato online, através dos canais Facebook e do Youtube, e deu a conhecer os

turma

10 do 6º ano da E scola Básica Júlio Brandãovenceu o 1º. P rémio

grandes vencedores do concurso final de trabalhos e contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “A Fundação Dr. António Cupertino de Miranda é uma referência nacional na educação financeira e ninguém duvida que esta é indispensável. As questões financeiras não são simples nem podem ser deixadas ao acaso, por isso a aquisição de conhecimento permite compreender a complexidade desse mundo. Não se pode esperar que sem esse conhecimento o cidadão comum fique apto a tomar decisões certas sobre os seus rendimentos,

os seus gastos ou os seus investimentos. Nesse sentido, defendo, há muito, que este conhecimento deveria ser adquirido na escola e desde o ensino básico”, afirmou. Ao nível do 1.º ciclo do Ensino Básico, a turma do 3.º B da Escola Básica de Agudela, Pampelido, em Matosinhos, foi a vencedora. Já na competição do 3.º ciclo, o 1.º lugar foi conseguido pela Escola Básica e Secundária Santos Simões, em Guimarães. No Ensino Secundário, foi distinguida a turma CP2MM1, do 10.º ano, da Escola Profissional Alto Minho Interior , em Monção. O júri do concurso foi constituí-

do por representantes da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, do Banco de Portugal, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Associação Portuguesa de Seguradores. O projeto “No Poupar Está o Ganho” é apoiado pelo Portugal Inovação Social, através do Fundo Social Europeu, e formou, ao longo destes dez anos, mais de 30 mil crianças e jovens de todos os ciclos de ensino, 17 mil dos quais apenas nas últimas três edições. Maria Amélia Cupertino de Miranda, presidente da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda destacou o facto de as contingências impostas pela pandemia de Covid-19 terem motivado a Fundação a adaptar o programa, que “a partir da próxima edição ganhará uma modalidade cem por cento digital, permitindo que todos os momentos que envolviam presença física dos alunos possam, a partir de agora, ser realizados à distância”, incluindo a visita ao Museu do Papel Moeda. A necessidade de apostar na educação financeira A 7 de maio, a OCDE - Organi-

zação para a Cooperação e Desenvolvimento Económico divulgou os dados relativos ao Programa Internacional de Avaliação de alunos – PISA 2018, que refletem a necessidade de se continuar a apostar na educação financeira nas escolas. As conclusões do estudo indicam que 25 por cento dos estudantes, com 15 anos de idade, não conseguem tomar decisões simples sobre os seus gastos diários e apenas dez por cento são capazes analisar questões financeiras complexas. Os dados apontam ainda que alunos com maior nível de literacia financeira têm maior probabilidade de concluir um curso superior e de terem empregos mais qualificados.

... “Com o projeto ’No Poupar Está o Ganho’, a Fundação tem proporcionado estímulo e apoio a alunos e professores para que estes abordem com segurança a educação financeira em todos os níveis educativos”. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República


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Cultura

Concertos e gastronomia vão animar verão de Famalicão

Cinema na Devesa em julho e agosto

A ideia é transformar o verão numa estação dinâmica, depois de um período de pandemia castradora das liberdades dos cidadãos. Por isso, não é a toa que o programa sociocultural da autarquia de Vila Nova de Famalicão para os próximos três meses tem como epíteto “Anima-te”. CÁTIA VELOSO São dezenas de propostas que estão à disposição do público e que vão de eventos gastronómicos a espetáculos de música, com protagonistas de gabarito como Salvador Sobral, que atua a 26 de julho, às 19 horas, no âmbito do Jazz na Caixa. Este evento musical dedicado a um estilo musical bem particular é promovido em parceria com O Eixo do Jazz, Associação Luso-Galaica para Promoção do Jazz e pelo ATC - Associação Teatro Construção e será realizado ao ar livre, no Parque da Devesa, num palco montado para que sejam respeitadas as recomendações da Direção-Geral da Saúde. O Devesa Sunset – com Noiserv, Janeiro, Samuel Úria e outros - é outra das propostas musicais da autarquia, para os fins de tarde de sexta-feira de julho e agosto, mas o fado também terá destaque, com os concertos de Rodrigo Rebelo de Andrade, a 3 de julho, Katia Guerreiro, a 4 de julho, e Patrícia Costa, a 25 de julho. A música popular é ditada pelos sons trazidos pelos Sons do Minho, no dia 11 de julho, e Maria do Sameiro, uma semana depois. Todos os concertos realizam-se às 19h00 e os ingressos são gratuitos, podendo ser levantados no local no período das três horas que antecedem o espetáculo, sendo que uma pessoa poderá levantar

// Vila Nova de Famalicão

A música popular é ditada pelos Sons do M inho, no dia 11 de julho até seis bilhetes. Estão também na calha os eventos Mel – Piquenique das Artes e Germinal, cuja programação ainda não foi divulgada. No centro da cidade, haverá o Mercado Artesanal e Street Food, entre julho e setembro. De acordo com a autarquia, “as principais praças e jardins municipais irão acolher as novas tendências da gastronomia de rua, através da participação de empreendedores famalicenses com as suas pitorescas carrinhas e deliciosas iguarias”. “Mas há igualmente propostas desde roteiros turísticos que não se ficam pela cidade, pelos seus parques, jardins e arquitetura. Vai ser possível percorrer trilhos ribeirinhos à volta do projeto “Os Nossos Rios” e observar a incrível variedade de aves que

passam pela Paisagem Protegida Local das Pateiras, em Fradelos”, sugere o Município. Estão ainda agendados um passeio pelo Trilho da Cangosta, um caminho percorrido por Camilo Castelo Branco nas suas deslocações ao Mosteiro de Landim, e um percurso pedestre de exploração dos sítios e espaços da vida de Camilo na freguesia de São Miguel de Seide. A Casa da Juventude também se junta às propostas de cinema ao relento com um conjunto de propostas cinematográficas portuguesas e com a presença de realizadores famalicenses. E concertos para a juventude, como não poderia deixar de ser: Byrd Sno e Terra Batida, no dia 25 de julho. A agenda completa pode ser vista em www.famalicao.pt/agenda-municipal-famalicao.

20 dias de Raias Poéticas em edição totalmente online As Raias Poéticas, que todos os anos colocam a cidade de Vila Nova de Famalicão na rota internacional da arte e do pensamento, regressam de 19 de julho a 7 de agosto para uma nona edição totalmente online. Serão 20 dias, com 20 painéis que contarão com a participação de académicos, ensaístas, escritores e investigadores oriundos de diversas geografias ibero-afro-americanas. Os debates serão transmitidos através da plataforma StreamYard e da página de Facebook da Associação Raias Poéticas, em www.facebook.com/raiaspoeticas/. A iniciativa é organizada pela Associação Raias Poéticas, com o apoio da autarquia famalicense, e conta com curadoria do famalicense Luís Serguilha e do poeta, crítico e performer brasileiro, Marcelo Ariel.

Numa tentativa de contribuir para um regresso à atividade social “possível”, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão preparou um conjunto de atividades culturais para animar a população. O “Anima-te” é o epíteto do programa de iniciativas que inclui, por exemplo, o cinema ao ar livre, no Parque da Devesa. Com dinamização a cargo do CineClube de Joane, que desde 1999 organiza o Cinema Paraíso no concelho, a primeira sessão acontece a 8 de julho, com a exibição de “Variações”, de João Maia. A tela ilumina-se sempre nas noites de quarta-feira, às 22h00. A entrada é livre, mas é obrigatório o levantamento de ingresso duas horas antes do início, que poderão ser levantados no local do evento e uma pessoa poderá levantar, no máximo, seis. “Não quisemos abdicar de concretizar uma programação de cinema ao encontro de um público vasto e transversal, concentrando as sessões no Parque da Devesa, junto ao lago, para que possamos estabelecer distâncias seguras entre espectadores e entre grupos de espectadores”, explicou, por sua vez, o CineClube Joane, que propõe ainda serões com “MR. LINK” em versão portuguesa, a 15 de julho, e “1917”, de Sam Mendes, no dia 22. Em agosto, as propostas são “O Meu Vizinho Totoro”, de Hayao Miyazaki, no dia 5, “Mulherzinhas”, de Greta Gerwig, no dia 12, e “Parasitas”, de Bong Joon Ho, no dia 19.

Oito concertos ao pôr do sol na

Devesa

Noiserv é o artista que, no dia 10 de julho, dá o pontapé de saída de mais uma edição do “Devesa Sunset”, uma proposta cultural da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão para os meses de julho e agosto. Os concertos realizam-se às sextas-feiras, às 19 horas, com o pôr do sol como pano de fundo e com o Parque da Devesa como “sala” de espetáculos. Depois de Noiserv, a banda sonora que se segue é proposta por Márcia, a 17 de julho, num espetáculo que marca o regresso da artista a Famalicão. Uma semana depois, é Janeiro que vem à Devesa, para apresentar o segundo álbum, “Com Tempo, Sem Tempo”. Julho encerra com espetáculo de Benjamim. Em agosto, sobem ao palco Edu Mundo (dia 7), Sílvia Pérez Cruz (dia 14), André Júlio Turquesa (dia 21) e Samuel Úria (dia 28), que encerra a iniciativa. Os concertos decorrerão numa área limitada e em conformidade com as condições impostas pela Direção-Geral da Saúde. A entrada é livre, mas sujeita ao levantamento obrigatório de ingresso, que podem ser levantados na bilheteira até três horas antes do evento.

Conferências da Educação regressam “à distância” “Transformar a Educação: os princípios e a metodologia da Escola da Floresta” é o tema que marca o regresso do Ciclo de Conferências em Educação, promovido pelo município de Vila Nova de Famalicão, em parceria com a Associação Famalicão em Transição, Federação Concelhia das Associações de Pais e o Centro de Formação de Associação de Escolas de Vila Nova de Famalicão. A iniciativa realiza-se no dia 30 de junho, às 21h30, através de uma conferência online na plataforma Zoom. Rafael Bettencourt, licenciado em

História pela PUC do Rio de Janeiro, mestre em História pelo ISCTE de Lisboa e especialista em Direitos Humanos pela Universidade de Coimbra, é o orador convidado para este evento, que pretende sensibilizar pais, educadores formais, não formais e informais será sobre a importância da Floresta no desenvolvimento da criança e na reconexão com os seus processos de aprendizagens naturais. As inscrições podem ser feitas em www.famalicaoeducativo.pt/.


14 JORNAL DO AVE 25 de junho DE 2020

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Cultura

// Santo Tirso

Companhia de Teatro com programação especial para assinalar aniversário

Os Quatros Ventos “sopram” cultura há 15 anos O calendário marcava o dia 1 de maio de 2005. A sessão pública de apresentação realizada em Santo Tirso não podia ter dado melhores frutos. O mentor, Miguel Carvalho, percebeu que havia, na comunidade, outros como ele, desejosos de “soprar” cultura. Assim, deu-se o primeiro passo para a criação da Companhia de Teatro Os Quatro Ventos. CÁTIA VELOSO

formação de jovens e adultos em workshops e masterclasses de níveis diferentes com formadores profissionais das áreas de teatro, movimento, música, canto e texto, como Paulo Freitas, Irma Amado, Mané Carvalho, Pedro Ribeiro, David Salvado, Tânia Azevedo”, explicou ao JA Isménia Leite, vice-presidente da associação. Atualmente, a companhia conta com o desempenho regular de 20 pessoas, de profissionais a amaLogo no ano de fundação, e em- dores, com diretor artístico, atobalada pelo entusiasmo, a Com- res, técnicos e produtores. Isménia Leite explica que, sempanhia de Teatro Os Quatro Ventos apresentou-se em palco com pre que uma nova produção é proum espetáculo para animar o ve- jetada, realizam-se “audições rão. Tal como uma criança que, para atores” e são integrados “oudepois de gatinhar, dá os primei- tros profissionais” que sejam neO grupo evoluiu para uma companhia empregando atores e técnicos profissionais de teatro ros passos, a companhia deu um cessários. “Temos uma base de impulso a partir de 2007, com a contactos bastante grande, que sete estabelecimentos no centro contratado pela Royal Opera Hou- restringe nos horários e espaço se, conseguimos trabalhar onli- físico”, frisou. chegada do novo diretor artísti- reforça a Companhia em diver- de Santo Tirso. Quanto ao futuro, será sempre “Mesmo sob a pandemia de Co- ne, desenvolvendo trabalhos à co, o encenador profissional Pe- sas ocasiões”, sublinhou. Os esforços canalizam-se ago- vid-19, não ficamos parados. Ti- distância. Nós já conhecíamos o encarado como um caminho para dro Ribeiro. O grupo evoluiu para uma companhia, empregando ra nas comemorações dos 15 anos vemos de reorganizar algumas Zoom antes de março deste ano”. a elevação das artes cénicas, com No entanto, há condicionantes reforço da qualidade “como todo atores e técnicos profissionais de da Companhia, com 15 eventos datas e transformar dois eventos teatro, assim como outros com for- que visam “dar mais visibilidade” para formato online, mas estive- em forma de sonhos ainda não o público merece” e capacidade mação livre na arte teatral. Hoje, ao trabalho realizado pela asso- mos sempre em atividade, pois concretizados, como “a falta de de “cativar todas as pessoas, ine desde 2016, a Companhia Os ciação. “Oferecemos ao público 15 eventos não se organizam num um espaço teatral para apresen- cluindo os jovens, para irem ao Quatro Ventos é uma associação três tipos de áreas comemorati- dia e só a nova peça de teatro que tar os espetáculos na cidade”, as- teatro e entenderem o porquê e vas ligadas à ação da Companhia vamos apresentar em julho já está sim como “um local de ensaios como se faz, dando-lhes bons escultural. Nestes 15 anos, contam-se já na cidade. São seis eventos edu- a ser desenhada há meses. O de- próprio” onde a Companhia pos- petáculos e formação”. “Outro mais de 20 espetáculos de diver- cativos, seis eventos espetacula- senho da cenografia foi apresen- sa “guardar todo o reportório ce- dos nossos objetivos, que já tesos géneros performativos, dos res e 3 eventos históricos”, reve- tado online na página da Compa- nográfico, adereços e figurinos” mos vindo a concretizar, é envolquais se nota a preferência para lou Isménia Leite, que recomenda nhia no Facebook, assim como que foi “armazenando um pouco ver cada vez mais os tirsenses nas nossas atividades, através, não só a dramaturgia portuguesa: Ca- a consulta de toda a programação os figurinos”, sublinhou Ismé- por todos os vizinhos”. “Desde 2007 que contamos com de patrocínios, mas também de milo Castelo Branco, Luísa Costa no site www.teatroosquatroventos. nia Leite, que não deixou de destacar um dos eventos já realiza- o apoio logístico dos Bombeiros fornecimento de materiais e traGomes, Maria José Meireles, Ana wordpress.com. Ainda assim, a vice-presidente dos, um workshop feito à distân- Voluntários Tirsenses a quem mui- balho para as nossas produções”, Maria Magalhães e Isabel Alçada, José Gomes Ferreira, Teolin- detalha que há espetáculos para cia entre Londres e Santo Tirso e to agradecemos, mas o espaço concluiu. da Gersão, Francisco Gomes de adultos, jovens ou bebés e até uma conversa sobre “Porquê fa- tem outras atividades , o que nos para famílias. “António Marinhei- zer teatro?”, com 70 alunos da EsAmorim, entre outros. “Esta é uma companhia de re- ro”, a nova produção da Compa- cola Secundária D. Dinis. portório, repondo diversas pro- nhia, sobe ao palco da Fábrica de 15 anos de momentos altos e duções a par de novas estreias. O Santo Thyrso a 24, 25 e 26 de julho, de um sonho por concretizar teatro educativo infantil ou para e esta semana terminam as ex“Conseguirmos fazer perceber bebés faz parte integrante da pro- posições nas montras, com figugramação regular, assim como a rinos e objetos de cenografia em aos tirsenses (e não só) que a cultura não é apenas para alguns e que apoiá-la é um ganho para todos é sem sombra de dúvida um dos momentos altos destes 15 anos”, atestou Isménia Leite, que reconhece conquistas de “enormes sucessos e reconhecimento por parte do público, que esgota as produções”. Quanto às dificuldades, refere, são encaradas “com entusiasmo e confiança”. “Temos connosco o Pedro Ribeiro, um diretor artístico no qual confiamos a cem por cento desde o início, pela sua competência, experiência, profissionalismo e qualidade do trabalho que faz. Mesmo quando teve a residir em Londres, por ter sido Conseguirmos fazer perceber que a cultura não é apenas para alguns


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25 de junho DE 2020 JORNAL DO AVE

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Atualidade // Santo Tirso

De cabeça no ar, Marcelo criou projeto que dá novas cores aos aviões As várias, e longas, tardes de domingos que passou com os pais junto ao aeroporto para ver os aviões influenciaram, de forma determinante, a vida de Marcelo Almeida. Este tirsense de Santa Cristina do Couto, com 17 anos e finalista do Ensino Secundário na Escola Secundária D. Dinis é um apaixonado pela aviação, mas não quer ser piloto. O que o move não é o que está por dentro, mas sim o que se vê por fora. CÁTIA VELOSO

Em agosto de 2019, começou a criar pinturas para as aeronaves, num trabalho de design que evoluiu de forma autodidata até chegar a um nível, onde, assume sem rodeios, “só quatro ou cinco no mundo estão”. Assim nasceu o projeto Delivery Designer. “Os primeiros designs demoravam entre uma a duas horas a fazer, agora não, são três a quatro dias. Há cada vez mais estudo de cores, é preciso adaptar tudo o que é a curvatura e a perspetiva F undação A mália Rodrigues” felicitou - o por um trabalho feito para os aviões da TAP do logótipo em função do avião. Mas também é por esse imenso trabalho que me tornei num designer exclusivo”, explicou em entrevista ao Jornal do Ave, na semana em que concluiu o centésimo trabalho de design e atingiu a marca de dois mil seguidores no Instagram, rede social preferida para partilhar os seus trabalhos. “No início, tinha algumas inspirações, a alemã Lufthansa, e tinha a inspiração de um design limpo, moderno e intemporal através de companhias como a TAP e a Swiss. Porém, nos últimos meses tenho desenvolvido o meu próprio estilo e sinto que já deixei uma marca, há pessoas que me associam logo a certos elementos das minhas pinturas”, regozija-se. O hobby já lhe deu muitos momentos de orgulho, como aquele em que recebeu “um comentário feito pela Fundação Amália Rodrigues”, que o felicitou por um trabalho feito para os aviões da TAP, onde propôs “uma pintura em que

fossem glorificadas três figuras “pequenas miniaturas de aviões” históricas de Portugal”, uma das com as suas pinturas. “Gostaquais a fadista, “com o seu rosto va também de ter roupa com os na cauda do avião, e orientadas meus designs nas costas. Para por três cores que, juntas, com- além da parte financeira, como é punham as da bandeira nacional”. óbvio, quero também ver e senOutra das “reações mais espe- tir que deixei algo no mundo. Seja ciais” foi o testemunho deixado em prateleiras ou nos armários pelo Kiosque da Aviação, segun- das pessoas. Ter aquela sensado o jovem “uma grande loja de ção de que alguém quis e pagou aviação em Portugal”. “Há um jo- por algo que foi criado por mim”, gador da seleção nacional de vo- confessou. Mas este será um projeto a lonleibol, Filip, que comenta todos os meus posts. É sempre especial go prazo, já que, segundo o jovem, ter um fã como ele. E também re- o primeiro objetivo é “ingressar cebo vários comentários por par- numa empresa e gerir uma marte de trabalhadores portugueses ca ou produto”. Para isso, vai conde várias companhias aéreas, en- cluir o Curso de Ciências e Tecnotre comissários de bordo da TAP, logias e candidatar-se a um curSmartwings, Sata Azores Airlines, so universitário na área do mar-keting. entre outros”, revelou. Recentemente, Marcelo Almeida lançou o site próprio, https:// “É um projeto de que me orgulinktr.ee/Liverydesigner, onde reúne todos os trabalhos e proje- lho muito. A unicidade dele trazta novos “voos”. É a partir do de- -me um enorme prestígio. Com sign que quer progredir profis- ele quero deixar uma marca no sionalmente, colocando à venda mundo”.

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E m agosto de 2019 começou a criar pinturas para as aeronaves

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@

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subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave.pt/index.php/estatuto-editorial


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Desporto

// Modalidades

Em julho

Devesa transforma-se em ginásio ao ar livre com aulas gratuitas O Parque da Devesa transforma-se, durante o mês de julho, num ginásio ao ar livre. “Move-te” é o epíteto da iniciativa que pretende contribuir para que a população “desfrute da vida social na medida do possível”, através de aulas de várias modalidades, como pilates, zumba, hip hop, crossfit, yoga ou hidroginástica. Responsável por este programa municipal, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão sublinha a importância de as aulas serem participadas tendo em atenção as regras de distanciamento social, impostas devido à pandemia de Covid-19. Cada participante deve distar de três metros para os outros, usar toalha própria e desinfetar as mãos com gel desinfetante que será disponibilizado no início de cada aula. Estas atividades vão realizar-se às segundas e sextas-feiras, das 19.30 às 20.15 horas, estando divididas em dois blocos de 30 mi-

Desporto itinerante

Iniciativa pretende população desfrute da vida social na medida do possível nutos, e não são recomendáveis a grávidas, idosos, ou pessoas com doenças crónicas, pelo seu risco acrescido. “É fundamental que as pessoas sejam conscienciosas e respon-

sáveis. Se cada um cumprir as regras, é possível de forma faseada voltarmos a estar juntos e a participar em iniciativas conjuntas”, referiu o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. C.V.

Paralelamente, a autarquia vai providenciar uma carrinha que vai “levar” o desporto às várias freguesias do concelho, com aulas de 30 minutos. Às segundas-feiras, a aula das 20 horas decorre na Alameda da Igreja de Seide S. Paio, e uma hora depois decorre na Casa de Esmeriz/Monte Santa Catarina, em Esmeriz/Cabeçudos. Às terças-feiras, a carrinha estaciona, às 20 horas, no Largo Nossa Senhora do Amparo, em Vermoim, e uma hora depois, na Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Às quartas-feiras, a Junta de Freguesia de Nine é palco da atividade desportiva, às 19.30 horas, seguindo-se à Praia Fluvial Arnoso Santa Eulália/Passal Arnoso Sta. Maria, pelas 21 horas. Às quintas-feiras, as aulas decorrem, às 20h00, no Adro da Igreja de Riba de Ave e, pelas 21 horas, na sede da Junta de Freguesia de Seide S. Miguel. Às sextas-feiras, o desporto chega, às 20h00, ao Parque Lazer da Carreira e, às 21 horas, à Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Serão também montados vários palcos desportivos em várias freguesias. Em Mogege, o palco ocupará a Praça de Santa Marinha, onde haverá aulas, aos sábados pelas 10.30 horas. Em Ruivães, as aulas decorrerão no Parque Ruivanense Atlético Clube, às quartas-feiras, pelas 21 horas. O Parque da Corredoura, em Novais, será o epicentro do desporto, às sextas-feiras, pelas 21 horas. E por fim, em Joane, o palco ocupará o Parque da Ribeira, onde decorrerão as aulas às sextas e sábados pelas 19.30 horas e 21 horas, respetivamente.


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Desporto


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Em julho

Devesa transforma-se em ginásio ao ar livre com aulas gratuitas O Parque da Devesa transforma-se, durante o mês de julho, num ginásio ao ar livre. “Move-te” é o epíteto da iniciativa que pretende contribuir para que a população “desfrute da vida social na medida do possível”, através de aulas de várias modalidades, como pilates, zumba, hip hop, crossfit, yoga ou hidroginástica. Responsável por este programa municipal, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão sublinha a importância de as aulas serem participadas tendo em atenção as regras de distanciamento social, impostas devido à pandemia de Covid-19. Cada participante deve distar de três metros para os outros, usar toalha própria e desinfetar as mãos com gel desinfetante que será disponibilizado no início de cada aula. Estas atividades vão realizar-se às segundas e sextas-feiras, das 19.30 às 20.15 horas, estando divididas em dois blocos de 30 mi-

Desporto itinerante

Iniciativa pretende população desfrute da vida social na medida do possível nutos, e não são recomendáveis a grávidas, idosos, ou pessoas com doenças crónicas, pelo seu risco acrescido. “É fundamental que as pessoas sejam conscienciosas e respon-

sáveis. Se cada um cumprir as regras, é possível de forma faseada voltarmos a estar juntos e a participar em iniciativas conjuntas”, referiu o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. C.V.

Paralelamente, a autarquia vai providenciar uma carrinha que vai “levar” o desporto às várias freguesias do concelho, com aulas de 30 minutos. Às segundas-feiras, a aula das 20 horas decorre na Alameda da Igreja de Seide S. Paio, e uma hora depois decorre na Casa de Esmeriz/Monte Santa Catarina, em Esmeriz/Cabeçudos. Às terças-feiras, a carrinha estaciona, às 20 horas, no Largo Nossa Senhora do Amparo, em Vermoim, e uma hora depois, na Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Às quartas-feiras, a Junta de Freguesia de Nine é palco da atividade desportiva, às 19.30 horas, seguindo-se à Praia Fluvial Arnoso Santa Eulália/Passal Arnoso Sta. Maria, pelas 21 horas. Às quintas-feiras, as aulas decorrem, às 20h00, no Adro da Igreja de Riba de Ave e, pelas 21 horas, na sede da Junta de Freguesia de Seide S. Miguel. Às sextas-feiras, o desporto chega, às 20h00, ao Parque Lazer da Carreira e, às 21 horas, à Avenida do Rio Veirão, em Ribeirão. Serão também montados vários palcos desportivos em várias freguesias. Em Mogege, o palco ocupará a Praça de Santa Marinha, onde haverá aulas, aos sábados pelas 10.30 horas. Em Ruivães, as aulas decorrerão no Parque Ruivanense Atlético Clube, às quartas-feiras, pelas 21 horas. O Parque da Corredoura, em Novais, será o epicentro do desporto, às sextas-feiras, pelas 21 horas. E por fim, em Joane, o palco ocupará o Parque da Ribeira, onde decorrerão as aulas às sextas e sábados pelas 19.30 horas e 21 horas, respetivamente.


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