Edição 180 do Jornal do Ave

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28 de maio DE 2020 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 28 de maio de 2020 Nº 180 Ano 4 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

07 Sinistralidade

03 Comércio

Feiras semanais retomam atividade plena na próxima semana

Resinorte não vai reativar aterro em Santo Tirso Empresa fez saber que vai construir novo aterro em Covelas, no concelho da trofa 12 sinistralidade

Camião despista-se e cai da autoestrada 12 Santo T irso

Bebé nasceu na ambulância dos bombeiros “Vermelhos”

07 Economia

Câmara sensibiliza Ministério para necessidades das empresas PUB


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Atualidade

Câmara assume transporte escolar Até ao final do ano do ano letivo, a Câmara Municipal de Santo Tirso assegura o transporte dos alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade para os estabelecimentos de ensino. Uso obrigatório de máscara, lotação máxima de dois terços e higienização das viaturas são as regras adotadas para garantir total segurança nas deslocações dos jovens que frequentam os últimos dois anos do Ensino Secundário no concelho de Santo Tirso. “Tendo-se verificado que existiam constrangimentos por parte dos operadores de transportes que colocavam em causa o regresso à escola, foi entendimento da autarquia passar a assumir este serviço, de forma a garantir que todos os alunos do concelho estão em condições de voltar às aulas presenciais em total segurança”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. O autarca explica que “não só o

ASAS Nova convocatória das A ssembleia Geral Extraordinária e A ssembleia Geral Ordinária

Serviço garante que alunos estão em condições de voltar às aulas transporte destes alunos será feito em total conformidade com as recomendações da Direção-Geral de Saúde”, como também os horários e as paragens foram ajustadas às necessidades. “Em articulação com todos os agrupamentos de escolas, avaliámos as necessidades efetivas, caso a caso, e definimos rotas que vão ao encontro das necessidades de todos os que precisam de transporte“, acrescentou. No total, oito miniautocarros e duas carrinhas de nove lugares

farão o transporte de 293 alunos para as três escolas secundárias que retomaram as aulas presenciais do 11º e 12º anos: D. Afonso Henriques, em Vila das Aves, e D. Dinis e Tomás Pelayo, em Santo Tirso. O transporte é assegurado para os três estabelecimentos de ensino, antes e no final de cada bloco de aulas. No total, cerca de 750 alunos regressaram às aulas presenciais no concelho.

Tendo sido desconvocadas, em 16 de marco de 2020, as Assembleias Gerais acima mencionadas da Associação de Solidariedade e Acção Social do Santo Tirso, agendadas, respetivamente para o dia 26 de Marco do 2020, pelas 16,00 e para o mesmo dia, pelas 17,30, face Às medidas de contenção impostas pelas entidades competentes relativas à pandemia do Covid-19, a Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação de Solidariedade e Acção Social do Santo Tirso vem por este meio convocar novamente a Assembleia Geral Extraordinária agora agendada para a dia 16 de junho de 2020, pelas 16,00h e, também, a Assembleia Geral Ordinária agora agendada para a dia 16 de junho do 2020, pelas 17,30h, ambas da Associação de Solidariedade e Acção Social do Santo Tirso, sita na Rua Prof. Sampaio de Carvalho, n.º 25 4780-533 Santo Tirso. A Ordem de Trabalhos e demais condicionalismos de cada uma das Assembleias Gerais referidas, mantêm-se como indicado nas respetivas convocatórias datadas de 28 de Fevereiro de 2020, cuja validade se retêm Santo Tirso, 28 de maio de 2020 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vasco Sousa Cruz Ferreira da Costa

Escolas higienizadas para receber alunos As aulas para os alunos do 11.º e 12.º foram retomadas a 18 de maio, numa realidade bem diferente daquela antes do confinamento a que os portugueses se viram forçados devido à pandemia de Covid-19. Para assegurar um regresso às aulas em segurança, as escolas D. Afonso Henriques, D. Dinis e Tomás Pelayo e Escola Profissional Agrícola Conde São Bento contaram com desinfeções orientadas pela Direção Geral de Saúde, em colaboração com as Forças Armadas. Todos os assistentes operacionais receberam formação so-

A ssistentes operacionais receberam formação sobre higienização bre higienização dos espaços no contexto da Covid-19. Entre as novas regras de limpeza destaca-se o facto de as salas de aula passarem a ser higienizadas sempre que há mudança

de turma, zonas de uso comum como corrimãos, maçanetas das portas, interruptores, pelo menos duas vezes de manhã e duas vezes à tarde, e os refeitórios logo após a utilização por um grupo.

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Atualidade // Santo Tirso

Primeira fase da retoma incluiu apenas bancas de alimentos

Feira Semanal de Santo Tirso reabriu O reboliço de segunda-feira de manhã voltou a Santo Tirso, em menor expressão, porque os efeitos do Covid-19 ainda se fazem sentir e é preciso muita cautela na retoma da normalidade. No primeiro dia após a suspensão, a feira semanal de Santo Tirso contou apenas com 59 das 230 bancas que habitualmente são montadas no recinto, porque é necessário “avançar com alguma prudência”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, que acompanhou a reabertura da feira. “Esta foi uma medida ponderada e necessária para garantir que os diferentes vendedores possam retomar a sua atividade e reerguer os seus negócios”, adiantou o edil tirsense, ressalvando “o surto ainda não está controlado e, por isso, a melhor forma de garantir o bem-estar e a saúde de todos é avançar com uma abertura a duas fases, onde os bens essenciais são disponibilizados primeiro”.

F eira semanal de Santo T irso contou apenas com 59 das 230 bancas O período de confinamento e suspensão do comércio foi difícil para os feirantes, que tiveram de se adaptar para conseguirem escoar os produtos. Maria Alves confessou que já tinha “saudades das feiras”, explicando que, uma vez que a produção é própria, a família teve de alterar “a rotina” e “montar uma barraquinha” junto ao terreno para escoar os produtos.

Por sua vez, Lucinda Rodrigues, que mostrou desconforto com a máscara, admite que foi “muito difícil” atravessar o período de confinamento. “Felizmente, não ganhei, mas faltava-me o ar na mesma, percebe? Dois meses em casa parada, faltava tudo. Por isso, agora temos de trabalhar, com calma, para nos habituarmos a este sistema”, atirou. Com máscara, porque só assim

dá para entrar no recinto, os clientes compravam, com uns, mais do que outros, a respeitar as regras impostas pelas autoridades de saúde. Apesar de alguns gestos menos recomendáveis – houve clientes que não respeitaram a regra de só os feirantes manusear os produtos – Alberto Costa estava satisfeito com a atitude da população. O uso de máscara de proteção

individual é obrigatório para todos os que frequentam o recinto, assim como a adoção de regras de etiqueta respiratória, de distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas e de higienização frequente das mãos. As aglomerações e as deslocações desnecessárias deverão ser evitadas. Os clientes devem estar a um metro de distância da banca de exposição de artigos e o manuseamento dos produtos deverá ser feito exclusivamente pelos feirantes. O distanciamento entre feirantes deve respeitar os dois metros ou, no caso de espaços contíguos, deve ser colocada uma divisória até uma altura de dois metros do pavimento. O recinto está dotado de uma sala de isolamento e tem circuitos de segurança e sentidos de circulação devidamente assinalados, que devem ser respeitados. A Feira Municipal funciona, semanalmente, à segunda-feira, entre as 7h00 e as 20h00. A 1 de junho, passa a operar na sua habitual capacidade, com todo o tipo de artigos, em 230 bancas.

//Vila Nova de Famalicão

Feira de Famalicão retoma atividade plena a 3 de junho

Covid-19: Quase 800 infetados em Famalicão e Santo Tirso Esta quarta-feira, o concelho de Vila Nova de Famalicão registava 399 casos de Covid-19, mais 13 do que há 15 dias, revelam os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Em Santo Tirso, há 391 infetados registados desde o início da pandemia, e mais 17 do que há duas semanas. Este concelho é um dos que apresenta mais casos por dez mil habitantes, no distrito do Porto. Estes dois concelhos contabilizam, em conjunto, quase 800 casos de infeção por Covid-19. A DGS não disponibiliza o número de recuperados por concelho. Portugal contabiliza, no total, 31.292 infetados, dos quais 18349 estão recuperados e 1356 morreram. A nível concelhio, destaque para os 944 casos na Maia, 757 em Valongo, 292 em Vila do Conde, 157 na Póvoa de Varzim e 146 na Trofa.

A realização da Feira Semanal de Vila Nova de Famalicão, que tem lugar todas as quartas-feiras, vai reabrir a sua plena atividade comercial a partir do dia 3 de junho. Esta retoma não está imune às regras emanadas pela Direção-Geral da Saúde, pelo que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a preparar um plano de contingência para o seu funcionamento da feira. Este plano contemplará o “alargamento do espaço disponível para comércio” e a “transferência de parte da área agrícola e frutícola para a zona de gravilha existente no local”. “Haverá um reforço da fiscalização, tanto nas entradas, para que seja assegurada a possibilidade de cumprimento da regra de cinco pessoas por cada cem metros quadrados, como no interior da feira, para impedir a concentração das pessoas e a ausência dos materiais de proteção comunitária obrigatórios”, anunciou a Câmara Municipal, em comunicado.

plano contemplará o “alargamento do espaço disponível para comércio”

Continuará a ser obrigatório o uso de máscara de proteção e a desinfeção das mãos à entrada e saída da feira. O gel desinfetante será disponibilizado pela autarquia.

Já os comerciantes devem procurar evitar o contacto das pessoas com os produtos, mediante a disponibilização de luvas descartáveis aos clientes.


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Atualidade

// Santo Tirso

Santo Tirso alarga apoios sociais estimados em mais de meio milhão de euros

A Câmara Municipal de Santo Tirso vai alargar as medidas de apoio social e económico, com vista a reduzir os impactos causados pela pandemia de Covid-19, num investimento de “mais de meio milhão de euros”. No dia em que o país entrou numa nova fase de desconfinamento, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, anunciou o prolongamento da isenção de taxas e licenças para o comércio local até 31 de julho. Com a reabertura de cafés, pastelarias e restaurantes, o município de Santo Tirso decidiu alargar as medidas anunciadas em março e reforçar o apoio ao comércio local, passando a autorizar a instalação ou a ampliação de esplanadas no espaço público. “Trata-se de uma medida excecional e temporária, que, naturalmente, obedecerá a regras, mas que poderá ter um impacto muito importante a nível económico nos estabelecimentos comerciais”, defende o autarca, referindo-se às regras de segurança impostas por razões de saúde pública de supressão de lugares nestes espaços, para garantir o distancia-

mento social. A par desta medida, a Câmara Municipal de Santo Tirso irá também prolongar a isenção de taxas e licenças, de 30 de maio para 31 de julho. Ficarão, assim, suspensos os pagamentos de licenças referentes às esplanadas dos estabelecimentos ligados à restauração e de licenças de exploração de publicidade. O pagamento de parcómetros continua, também, suspenso. Ainda neste pacote, estão contempladas as suspensões de taxas da Feira Semanal de Santo Tirso e do Mercado Municipal, bem como os pagamentos das rendas dos estabelecimentos comerciais propriedade do Município, nomeadamente os que estão localizados na Fábrica de Santo Thyrso, na Praça Coronel Baptista Coelho, na Central de Transportes, entre outros. Para Alberto Costa, este é um sinal “claro e inequívoco” do apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso ao comércio local, no sentido de reduzir o impacto provocado pela Covid-19. Ao longo dos últimos meses, “a autarquia tem dialogado com as diferentes entidades e instituições do Município, no sentido de atuar no terreno e dar resposta

isenção de taxas e licenças para o comércio local até

a problemas concretos”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, justificando, assim, a necessidade “de implementar medidas de forma faseada”. “As necessidades vão sendo diferentes, à medida que vamos caminhando no tempo e, por isso, é preciso um contacto muito estreito com as pessoas, por forma a adequar as respostas aos problemas do momento”, aludiu Alberto Costa. Também em termos sociais, as medidas implementadas pela Câmara Municipal de Santo Tirso serão alargadas. O Subsídio Municipal ao Arrendamento será reforçado em 100 mil euros, enquanto

31 de julho

a verba disponível no Programa Municipal de Emergência Social (PMES) será duplicada, permitindo que mais famílias possam usufruir de ajudas quer no apoio das rendas das habitações, quer no pagamento de faturas de água, luz, gás, medicamentos ou alimentação. No PMES, a Câmara Municipal de Santo Tirso irá permitir ainda que as famílias com comprovadas carências económicas possam adquirir, através deste programa, equipamentos de proteção individual, nomeadamente máscaras. “Apesar deste regresso faseado à normalidade, sabemos que muitas famílias estão a viver com dificuldade. A Câmara Municipal de

Santo Tirso reforça, por isso, estes dois programas e irá manter todas as respostas sociais que tem no terreno, nomeadamente ao nível do apoio alimentar que tem implementado em articulação com as juntas de freguesia”, explica, Alberto Costa. Entre os apoios sociais previstos, a Câmara Municipal de Santo Tirso irá manter, pelo menos até 31 de julho, a linha de apoio psicológico à população, a entrega de material de proteção individual, nomeadamente máscaras, luvas, gel desinfetante e fatos de proteção, às Instituições Particulares de Solidariedade Social Ao todo, aponta o presidente da Câmara de Santo Tirso, “estamos a falar num investimento de 515 mil euros por parte do Município só para estas medidas de apoio económico e social. Mas mais importante do que o investimento, é perceber que as medidas estão no terreno e vão ao encontro das necessidades da população”. Ainda este mês, a Câmara Municipal de Santo Tirso promove reuniões com o Conselho Estratégico Empresarial e com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

// Vila Nova de Famalicão

Câmara isenta esplanadas de taxas e permite alargamento Procurando facilitar a retoma e a eficiência da dinâmica comercial dos estabelecimentos “horeca” (hotéis, restaurantes e cafés), a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão decidiu adotar, em consonância com a lei, um conjunto de medidas tendentes à ocupação do espaço público, com efeitos imediatos, que procuram atenuar perdas ainda mais significativas para este setor económico altamente afetado pela crise pro-

vocada pelo novo coronavírus e em resposta às principais preocupações dos proprietários dos estabelecimentos. Assim, estão suspensas, até indicação em contrário, as taxas devidas pela ocupação de espaço público, com esplanadas, publicidade ou outros, bem como da publicidade colocada nos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, pelo período em que estes encontrem a labo-

rar com restrições legais. No caso de estabelecimentos encerrados, estão igualmente suspensas as mesmas taxas. Simultaneamente, está permitido o alargamento das áreas de esplanadas abertas já existentes, assim como é dada aos estabelecimentos que não as possuam a possibilidade de o requererem a titulo excecional e com os mesmos benefícios. Para o efeito, os comerciantes devem formalizar os seus pedidos através do Espaço Empresa do Município de Famalicão, instalado no Gabinete Famalicão Made IN, através do telefone 252 320 930, do e-mail madein@famalicao.pt ou através de reunião presencial com prévia marcação. Deste modo, a autarquia famalicense procura apoiar hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e outros estabelecimentos similares, contribuindo para a manutenção da sua atividade, que, pelas regras impostas, estão impossibilitados de ocupar mais de metade

Suspensas taxas devidas pela ocupação de espaço público São documentos necessários dos espaços interiores. Os pedidos apresentados se- para formalização do pedido, o rão acompanhados por uma equi- Cartão de Cidadão do represenpa do Município, que dará todo o tante da empresa + Códigos Pin apoio técnico necessário, e trata- cartão de cidadão ou chave módos tendo por base o Código Re- vel digital, registo atividade nas gulamentar da Urbanização e Edi- Finanças, código da Certidão Perficação, Espaço Público e Ativida- manente (no caso de empresas), descrito/memória descritiva da des Privadas, em vigor. Os pedidos podem revestir a esplanada (m2 e equipamentos forma de mera comunicação pré- a colocar), fotos da esplanada e via, nos casos mais simples, ou mera comunicação prévia do esde pedido de autorização de li- tabelecimento comercial. cenciamento.


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Atualidade // Santo Tirso

Na Adalberto fazem-se “máscaras com ciência” Na Estamparia Adalberto, fazem-se “máscaras com ciência”. Foi com estas palavras que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, resumiu o mais recente projeto da empresa de Santo Tirso que, perante a crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19, decidiu fintar as dificuldades do mercado com a criação de um produto que assume ser único. CÁTIA VELOSO

Em visita às instalações da estamparia, em Rebordões, Manuel Heitor elogiou a “mobilização” das empresas com a comunidade científica “para criar um produto que não se fazia na Europa e que é especial”: “Sabíamos que a ciência cura, mas também previne pandemias”, acrescentou, assinalando o “consórcio” criado entre a Adalberto, a Universidade do Minho e o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, de Lisboa. O segredo da máscara desenvolvida na Adalberto está mesmo na ciência introduzida no produto, num terreno que já tem sido desbravado pela empresa na obtenção de têxteis técnicos. A administradora Susana Serrano explicou que, depois de ser possível “criar

máscaras bonitas com retenção de partículas, certificadas pelo CITEVE”, a empresa quis ir além, oferecendo uma solução inovadora, adicionando “acabamentos funcionais”. “Foi colocado um repelente à água, assim como um microbiano que retém as partículas, um gestor de humidade e um gestor de odor”, explicou. Trata-se, portanto, de um “casamento perfeito” entre “sustentabilidade, inovação e responsabilidade social”, porque, segundo a administradora, com esta máscara coloca-se de parte “os descartáveis” que são um “desastre ambiental” e contribui-se para o combate à Covid-19. As valias da máscara e a garantia de qualidade firmada pela certificação de nível 2 obtida pelo CITEVE atraíram as atenções da Sonae, que se juntou ao projeto para o introduzir nas cadeias de distribuição. Francisco Pimentel, administrador da Sonae Fashion, sublinhou que se trata de um produto “com muita tecnologia incorporada e com muita qualidade”. “Vamos conseguir massificar esta tecnologia para o grande público, contribuindo com a nossa responsabilidade social para que várias fá-

A dalberto desenvolveu produto que diz ser “único” no mercado mundial bricas saiam do regime de lay-off. produto diferenciador no mercado te”, admitiu Susana Serrano, que Atualmente, temos cerca de 500 mundial graças à tecnologia apli- apontou como meta a produção de pessoas a trabalhar na produção cada”, referiu. O autarca conside- “500 mil por semana”. A Adalberto não ficou imune à desta máscara”, sublinhou o res- ra ainda que a MOxAd-Tech – asponsável, que reconheceu a “difi- sim se chama a máscara desenvol- pandemia e também sofreu um imculdade de acompanhar todos os vida pela estamparia - poderá fun- pacto económico, com uma quebra pedidos”. O objetivo é passar à ex- cionar “como uma alavanca para a do volume de faturação de “mais portação, começando pela entrada economia local, dinamizando ou- de 50 por cento”, que obrigou a conos mercados de Itália e Espanha. tras empresas que trabalham de locar “mais de metade dos 400 trabalhadores em regime de lay-off”, O presidente da Câmara Munici- forma agregada”. Em cerca de dois meses, já fo- referiu a administradora, que adpal de Santo Tirso, Alberto Costa, mostrou-se satisfeito com o caráter ram produzidas cerca de 500 mil mite que a produção da máscara inovador do produto. “É importan- máscaras e o desafio passa agora “não é, de todo, a salvação do nete perceber que o tecido empresa- por responder ao mercado, que gócio, mas uma ajuda”. A máscara da Adalberto está rial do concelho se soube reinven- está sedento deste tipo de artigo. tar, e esta máscara da Adalberto é “Estamos a chegar às 50 mil más- disponível para compra nas lojas disso um excelente exemplo, um caras por dia, mas não é suficien- do grupo Sonae.

Indaqua oferece computadores a estudantes carenciados

Indaqua ofereceu 30 computadores a estudantes do concelho Santo Tirso foi um dos municí- de dar condições aos estudantes pios contemplados pela Indaqua do concelho para poderem cumcom a oferta de 30 computadores prir a atividade letiva em pleno”, portáteis por parte da Indaqua, sublinhou Anabela Alves, diretoque visam ajudar os estudantes ra da Indaqua Santo Tirso/Trofa. de famílias carenciadas do conAlberto Costa agradeceu a ofercelho a cumprir, em condições de ta, que se assumiu como a “cereja igualdade com os outros alunos, o no topo do bolo”. “As necessida3.º período escolar. des que ainda persistiam no en“É mais das uma das iniciativas sino à distância foram colmataque a Indaqua está a desenvolver das com estes 30 computadores”, no âmbito da pandemia. A Inda- explicou o presidente da Câmara qua contactou os municípios para Municipal de Santo Tirso, que asperceber quais eram as maiores sumiu alimentar uma relação de carências e Santo Tirso indicou- “parceria” com a empresa. -nos o equipamento informático Durante a pandemia, em muicomo uma necessidade urgente tos municípios verificou-se o abai-

xamento da tarifa de água para apoiar os agregados familiares. Uma medida que, no entanto, não foi aplicada nesta área concessionada pela Indaqua. Questionada, Anabela Alves, explicou que a redução do tarifário era um cenário que, “a acontecer deverá ser analisada no momento certo e com os municípios”. “Estamos em situações diferentes. Esta (entrega de computadores) é uma ação de cariz social e não uma que tenha a ver com questões tarifárias”, referiu. Por sua vez, Alberto Costa referiu que a autarquia “está disponível” para ajudar, financeiramente, as famílias que sofreram cortes nos rendimentos. “Queremos combater a pandemia e arranjar soluções para que, quem tenha dificuldades, consiga cumprir com os seus compromissos, a diversos níveis. É por isso que a Câmara Municipal tem a decorrer o plano de emergência social, cuja verba foi reforçada para resolver todos os pedidos que nos tem chegado”, asseverou. Como alternativa dada aos con-

sumidores afetados com a diminuição de rendimentos, a Indaqua flexibilizou o modo de pagamento das faturas. Anabela Alves referiu que “há mais pedidos para o pagamento faseado de faturas”, mas a empresa “não os consegue associar” ao contexto da pandemia. A entrega simbólica do equipamento aconteceu na Fábrica de

Santo Thyrso e incluiu pens de banda larga com internet gratuita nos próximos três meses. Além disso, a Indaqua ofereceu 500 viseiras para distribuir pelas instituições de solidariedade social. A empresa também ofereceu equipamento informático a outros municípios, como a Trofa e Vila do Conde.


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// Vila Nova de Famalicão

Famalicão apoia empresas em projetos de combate à Covid-19 Já estão abertas as candidaturas ao novo Programa Municipal de Apoio Financeiro a Soluções de ID&I – Investigação, Desenvolvimento e Inovação, promovido pela Câmara Municipal de Famalicão, para apoiar as micro e pequenas empresas do concelho, com menos de 50 trabalhadores.

Câmara divulga produtores de materiais de saúde A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a divulgar, no portal do Famalicão Made IN, em www.famalicaomadein.pt, a lista das empresas famalicenses que estão a produzir materiais de saúde e outros dispositivos médicos para a prevenção e combate à Covid-19. A listagem é atualizada permanentemente e tem já referenciados os artigos de saúde certificados produzidos por cerca de meia centena de empresas do concelho. Para além de promover e valorizar o empreendedorismo do tecido empresarial famalicense, que nos últimos meses se mobili-

zou em massa para colaborar no esforço conjunto de combate ao novo coronavírus, a criação desta listagem pretende sobretudo facilitar a disseminação desta informação no país para que as entidades que necessitem deste tipo de material encontrem nas empresas de Famalicão uma resposta às suas necessidades. Máscaras, batas cirúrgicas, luvas, viseiras, solução desinfetante das mãos e zaragatoas são alguns dos materiais que estão a ser produzidos pelas empresas do concelho. A Raclac, especializada na conceção, fabrico e comercialização de produtos descartáveis para a

área da saúde, indústria e estética, e a Hidrofer, que dirigiu a sua produção para as zaragatoas para os testes da Covid-19, são algumas das empresas cujas informações já podem ser consultadas na listagem disponibilizada pela Câmara Municipal. “As empresas do concelho arregaçaram as mangas e estão a ajudar o país e o mundo no combate ao novo coronavírus. Esse esforço deve ser valorizado e ampliado junto da comunidade e é isso que pretendemos com a disponibilização desta listagem”, refere a propósito o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha.

Troficolor certificou tecidos que evitam propagação do vírus A Troficolor viu alguns dos seus tecidos certificados pelo Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário (CITEVE). As matérias-primas receberam a certificação de nível três, para a utilização em máscaras de proteção comunitárias. Em comunicado, a empresa, sediada em Lousado, Vila Nova de Famalicão, deu conta de que “canalizou grande parte da sua atividade para o desenvolvimento

de matérias-primas necessárias à produção de equipamentos de proteção individual, nomeadamente de máscaras, mobilizando-se, desta forma, para o esforço conjunto do país no combate à Covid-19”. Os tecidos agora certificados têm acabamento antibacteriano, antifúngico e antiodores, além de uma boa respirabilidade e de uma capacidade de filtração de partículas igual ou superior a 70

por cento. Carlos Serra, CEO da empresa, sublinhou que a luta contra a propagação do novo coronavírus “é de todos nós, enquanto Humanidade”, pelo que a Troficolor “concentrou-se na adequação de alguns tecidos, no estrito cumprimento das regras apresentadas pelas autoridades de saúde, de modo a apresentar uma solução que fosse garantia de segurança, confiança e qualidade”.

Trata-se de mais uma medida excecional e temporária no âmbito da infeção epidemiológica Covid-19, a adotar pelo município famalicense no apoio às empresas. O novo programa, inédito a nível nacional de cariz municipal, tem como objetivo promover o desenvolvimento de atividades e projetos que apresentem respostas ou produtos relevantes de combate ao novo coronavírus Covid-19. “Queremos apoiar os pequenos projetos, que não têm apoio nacional, como por exemplo o desenvolvimento de máscaras inovadoras, luvas ou materiais de proteção que, pelo seu caráter inovador, precisam do desenvolvimento de um protótipo, de registo de patentes, testes laboratoriais ou análises de mercado, e que precisam de apoio”, explicou o vereador do empreendedorismo, Augusto Lima, que adiantou haver já “projetos interessados”. Para isso, a Câmara Municipal disponibiliza uma verba de 30 mil euros, sendo que o apoio máximo a atribuir a cada candidatura não

pode ultrapassar 50 por cento do montante total do projeto, com um limite máximo de dez mil euros. Este apoio não é acumulável com outros apoios nacionais ou comunitários. A implementação do programa conta com a colaboração da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação e da ANI – Agência Nacional da Inovação, que irão avaliar o mérito dos projetos. A medida, que foi aprovada em reunião do executivo municipal, já tem as candidaturas abertas através do portal do Famalicão Made In, em www.famalicaomadein.pt As candidaturas devem ser apresentadas em copromoção, envolvendo as entidades de I&D da Rede Famalicão Empreende, como o CITEVE – Centro Tecnológico Têxtil e do Vestuário, o CENTI – Centro de Nanotecnologia, Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, a CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, a Universidade Lusíada, a FAMAGROW – Associação de Business Angels de Vila Nova de Famalicão, o PIEP – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, o CCG – Centro de Computação Gráfica, o UPTEC – Parque da Ciência e da Tecnologia da Universidade do Porto e a TECMINHO – Interface da Universidade do Minho.

// Trofa

Olicargo freta primeiro voo cargueiro da TAP A Olicargo, empresa sediada na fação que pudemos proporcioTrofa, fretou o voo cargueiro inau- nar ao cliente este serviço dengural da TAP. O primeiro Airbus tro das suas expectativas”, reveA330neo transformado, da com- lou Pedro Moreira, diretor-geral panhia aérea nacional, aterrou no da Olicargo, que mostra confianpassado fim de semana no Aero- ça de que este “será o primeiro porto Francisco Sá Carneiro, vin- de muitos voos rumo a uma nova do de Xiamen, China. No interior normalidade”. da aeronave vieram 25 toneladas A Olicargo regozija-se por ter de equipamentos de proteção in- “uma equipa de especialistas que dividual, importadas pela Facime continuam a estudar e desenvol(grupo Tensai), empresa parcei- ver, diariamente, soluções de serra da Olicargo, e que serão utili- viço inovadoras e diferenciadas, zadas para o combate à Covid-19. ajustadas às especificidades de “Qualidade de um serviço não cada cliente e à própria evolução é o que um fornecedor lhe colo- da situação que vivemos, munca, mas sim o que o cliente ex- dialmente”. trai dele. E é com imensa satis-


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Atualidade

Autarquia aprova louvor a 28 PME Excelência

// Santo Tirso

Câmara vai sensibilizar Ministério para preocupações de empresários

O número de empresas sediadas no Município de Santo A Câmara Municipal de Tirso com estatuto PME Excelência disparou em 2019. O Santo Tirso convocou o galardão é atribuído pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Inovação (IAPMEI) e o reconheci- Conselho Empresarial Esmento foi partilhado pela autarquia, através de um voto de tratégico para uma reunião louvor concedido em reunião do executivo, que foi reali- que decorreu, esta terça-feira, com objetivo de tozada por videoconferência. “À semelhança de anos anteriores, quando se iniciou uma mar conhecimento das netrajetória de crescimento sustentável do número de em- cessidades do tecido empresas sediadas no Município de Santo Tirso com o galar- presarial do concelho e dão PME Excelência, o executivo municipal não pode dei- discutir a adequação dos xar de prestar um reconhecimento público pelo papel do instrumentos de apoio no tecido empresarial local no processo de desenvolvimen- contexto atual da Covid-19. to económico e social que se tem verificado nos últimos Autarquia irá fazer chegar anos”, assinalou o presidente da Câmara, Alberto Costa. preocupações deste órgão Subiu para 28 o número de empresas do concelho de consultivo, composto por Santo Tirso a arrecadar o galardão PME Excelência, em empresas, unidades de en2019, o que representa uma subida de 65 por cento face sino e stakeholders estraao ano anterior, altura em que 17 empresas foram distin- tégicos, às entidades comguidas. Em 2013, foram apenas quatro as empresas com petentes. “O impacto concreto da este estatuto. O IAPMEI já havia atribuído a 79 empresas do concelho pandemia da Covid-19 nas o galardão PME Líder’19, mais 14 do que em 2018 e mais empresas é, naturalmente, uma das questões que mais 26 do que em 2017. Alberto Costa acredita que o crescimento do número nos preocupa nesta fase. É de empresas galardoadas, quer com o estatuto PME Lí- fundamental termos um coder, quer com o PME Excelência, traduz “a capacidade, a nhecimento de fundo dos competência e o profissionalismo dos agentes económi- diferentes sectores de aticos” e segue em linha com “outros dados macroeconómi- vidade, no sentido de percos que apontam para uma melhoria da qualidade de vida cebermos quais os problemas e expectativas dos emda população de Santo Tirso”. Questões que estão diretamente relacionadas com o for- presários”, explicou o prete investimento que tem sido feito pelas empresas já insta- sidente da Câmara Municiladas no Município, com projetos de crescimento nos mais pal de Santo Tirso, Alberdiversos setores de atividade, e a capacidade de o Municí- to Costa. Em jeito de balanço, o pio atrair cada vez mais investimento privado, “fruto das políticas postas em prática por este executivo municipal, autarca referiu que a reunomeadamente de um forte pacote de incentivos fiscais, nião foi importante, na meque já se traduziram em 36 projetos de interesse munici- dida em que colocou em contacto diversas entidapal apoiados pela Câmara”, explica o autarca.

Câmara irá sensibilizar o M inistério da Economia para as preocupações dos empresários des, permitindo a troca e partilha de informação entre os diferentes stakeholders. “Foram levantadas algumas questões importantes, nomeadamente do ponto de vista económico das empresas de Santo Tirso e, neste contexto, a Câmara Municipal de Santo Tirso irá sensibilizar o Ministério da Economia para as preocupações expressas”, explicou Alberto Costa. O presidente da Câmara de Santo Tirso quis, ainda, dar uma nota de esperança, adiantando que continuam a dar entrada nos serviços municipais um ele-

vado número de proces- to e Comércio Externo de Portugal, o IEFP- Institusos de obras particulares que “espelham o dinamis- to de Emprego e Formação mo económico que continua de Portugal, a ACIST – Asa fazer-se sentir no conce- sociação Comercial e Inlho, apesar dos constran- dustrial de Santo Tirso; insgimentos provocados pela tituições de ensino superior, nomeadamente o ISEP Covid-19”. A reunião do Conselho – Instituto Superior de EnEmpresarial Estratégico, genharia do Porto, UTAD – que decorreu por video- Universidade de Trás-osconferência, contou com -Montes e Alto Douro; assim cerca de 30 participantes, como empresários ligados entre organizações como o às mais diversas áreas inIAPMEI – Instituto de Apoio dustriais e comerciais como às Pequenas e Médias Em- têxtil, indústrias criativas, presas e à Inovação, a ATP – polímeros, metalomecâniAssociação Têxtil e Vestuá- ca, agroalimentar, turismo, rio de Portugal, a AICEP – comércio e serviços. Agência para o Investimen-


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Aterro que vai nascer não será extensão do de Santa Cristina do Couto O aterro em Covelas, na Trofa, não será uma extensão do fechado em 2016 em Santo Tirso, que será selado em definitivo a curto prazo, e prevê o aproveitamento do biogás e controlo de odores, anunciou a Resinorte, em comunicado. A empresa concessionária do sistema multimunicipal de tratamento de resíduos urbanos de 35 municípios do Norte central de Portugal, confirmou a instalação da Unidade de Confinamento Técnico na freguesia de Covelas, localização que, explica, teve em conta a “proximidade das instalações da Resinorte – unidade de tratamento mecânico e biológico do Ave, a disponibilidade de terrenos na região e o aproveitamento da orografia do terreno e distanciamento a zonas populacionais”. Dando conta que o Plano Estratégico foi “aprovado pela APA [Agência Portuguesa do Ambiente]” e que o mesmo sucedeu com “o Plano de Investimentos pela ERSAR [Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos]”, a Resinorte frisou ainda que “após aprovação formal do projeto base por parte do Ministério do Ambiente vai avançar com a construção da nova unidade”, que receberá em “exclusivo resíduos sólidos urbanos com origem municipal”. “Esta nova instalação, um investimento inicial de quatro milhões de euros, destina-se apenas e só à deposição de resíduos sólidos urbanos, em conformidade com

as obrigações de serviço público da Resinorte”, sustenta a empresa. A 19 de maio, o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, revelou à Lusa que a freguesia de Covelas, naquele município, iria receber a extensão do aterro sanitário que será reativado em Santo Tirso, recebendo a autarquia dois milhões de euros de indemnização. Nessa conversa Sérgio Humberto afirmou que o aterro “vai funcionar dos dois lados [Santo Tirso e Trofa], pois assim será aproveitada a estrutura do lado de Santo Tirso, designadamente do tratamento dos lixiviados”. A Resinorte apresenta uma versão diferente, não confirmando a versão de “extensão do aterro” divulgada pelo autarca da Trofa, mas antes justificou a nova estrutura pelo esgotamento da capacidade da anterior. “O aterro de Santo Tirso, localizado na freguesia de Santa Cristina do Couto, vizinho da futura Unidade de Confinamento Técnico da Trofa, cessou a exploração em finais de 2016, por ter atingindo o limite de capacidade de deposição, razão pela qual se justifica a necessidade do atual projeto de incremento da capacidade de confinamento da Resinorte”, esclarece a empresa, que sublinha que o antigo ecocentro “tem já um projeto aprovado pelas autoridades competentes, para a sua selagem definitiva e subsequente integração paisagística, que se efetivará também a breve prazo”. Sobre os resíduos a tratar na nova estrutura, “serão previa-

Nova estrutura vai nascer num terreno contíguo ao antigo aterro mente processados na unidade de seletiva e ações de comunicação tratamento mecânico e biológico e sensibilização ambiental junto da empresa de Riba de Ave, ten- da população predominantemendo, portanto, uma carga orgânica te escolar, num investimento, em muito reduzida, já que a esta uni- aprovação, que pode ascender dade apenas chegará o exceden- aos dois milhões de euros”. Recorde-se que, aquando das te”, referiu a Resinorte. “De forma a minimizar os im- declarações de Sérgio Humberpactes ambientais, serão adota- to à Lusa, a Câmara Municipal de das as melhores práticas e meto- Santo Tiros emitiu um comunicadologias na conceção e explora- do em que referia “desconhecer ção desta unidade, tais como, co- a existência de qualquer projeto bertura diária de resíduos, apro- relativo à utilização do desativaveitamento do biogás, controlo de do e selado aterro sanitário locaodores, tratamento e encaminha- lizado na antiga freguesia de Sanmento de lixiviados para entidade ta Cristina do Couto”. A auta rq u ia m a n i festou- se acreditada, entre outros”. A Resinorte prevê também rea- “frontalmente contra” a reativalizar no território de implantação ção e prolongamento do aterro, do novo aterro “projetos de ca- localizado entre Santa Cristina ráter ambiental e social, nomea- do Couto, no concelho tirsense, damente na requalificação de in- e a freguesia de Covelas, no mufraestruturas e vias de acesso no nicípio da Trofa, referindo que ia concelho da Trofa, a criação de “solicitar esclarecimentos urgenprojetos específicos de recolha tes e cabais às entidades públicas

e privadas envolvidas no eventual projeto de construção de um novo aterro na região do Vale do Ave e de reativação do aterro sanitário de Santo Tirso”. “A Câmara Municipal está disposta a ir até às últimas consequências no sentido de se fazer cumprir o acordo de selagem do aterro sanitário de Santo Tirso estabelecido com a Resinorte e defender a população de Santo Tirso”, escreveu a edilidade, comprometendo-se a “tudo fazer” para “impedir que a população de Santo Tirso seja prejudicada pela eventual intenção de reativação do aterro sanitário”. Esta terça-feira, o Partido Socialista de Santo Tirso também se manifestou em comunicado, no qual se manifestou “contra a instalação de um novo aterro contíguo ao já existente na antiga freguesia de Santa Cristina do Couto”. “O PS Santo Tirso opõe-se a qualquer possibilidade de utilização do aterro sanitário de Santo Tirso para tratamento dos lixiviados que possam vir a ser produzidos quer no novo aterro localizado na freguesia de Covelas, quer em qualquer outro aterro localizado na região do Ave”, referem os socialistas. No mesmo documento, sublinha de que “não tem dúvidas de que, com a instalação de um novo aterro, os problemas ambientais que acompanharam a atividade do aterro de Santo Tirso ao longo de 30 anos vão repetir-se, nomeadamente a proliferação de gaivotas que se alimentam dos resíduos depositados em aterro”.

Santo Tirso tem menos 27 ruas em terra Cerca de 30 ruas em terra do município de Santo Tirso estão pavimentadas. As obras, a maior parte das quais já concluídas, decorreram em dez freguesias do concelho, em linha com um dos objetivos da Câmara Municipal de Santo Tirso: terminar com as ruas em terra. Desde janeiro, foram já realizadas 27 intervenções para pavimentação de ruas em terra, das quais apenas nove ainda não se encontram concluídas, mas já têm trabalhos a decorrer. As emprei-

tadas, levadas a cabo pelas juntas de freguesia, são financiadas pela Câmara Municipal de Santo Tirso através da atribuição de subsídios. Das que avançaram no terreno está envolvido um investimento municipal de cerca de 500 mil euros. “Estamos a caminho, só no primeiro semestre deste ano, de ter menos 27 ruas em terra, com pavimentações realizadas em dez freguesias. A requalificação da rede viária é uma prioridade do executivo municipal, pelo que a intervenção nas ruas em terra

irá abranger todas as 14 freguesias do concelho, sem exceção”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. Em Água Longa, está em fase de conclusão a Rua de S. Roque e estão concluídas as pavimentações de parte da Rua do Barreiro, da Rua do Outeiro e da Travessa de Nossa Senhora do Rosário, o mesmo acontece com a Rua de Pantanas, em Agrela. Na Reguenga, a Rua de Talhós foi já intervencionada, assim como a Travessa de Nossa Senho-

ra da Conceição, em Roriz. Em S. Tomé de Negrelos, estão pavimentadas as ruas da Bela Vista, do Santíssimo Sacramento, do Registo Civil e Visconde Vilarinho de S. Romão. Já na União de Freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães, há quatro ruas intervencionadas: da Aldeia Nova, de S. João e das Freiras e Travessa do Fijó. Estão ainda concluídas as intervenções na Travessa de Vilas Boas, em Vila das Aves, e, em Vilarinho, na calçada e na Travessa

Carvalhos do Monte, bem como na Rua da Fontinha. Em fase de obra, estão as intervenções na rua de Nossa Senhora da Guia, na Agrela, na Rua de Nossa Senhora de Fátima, em Vila das Aves, e nas ruas de S. Silvestre e de Quintão aos Carvalhos da Lamela, em Vilarinho. Avançaram ainda, recentemente, as pavimentações na União de Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, nas ruas de S. José, de Fial e da Palmeirinha, bem como em Rebordões, na Rua do Rosal.


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Taxa do lixo reduzida pelo segundo ano Em Santo Tirso, o novo tarifário para os serviços de resíduos urbanos para 2020, a entrar em funcionamento a partir de junho, volta a prever uma redução entre dois e dez por cento para os consumos entre os 15 e os cinco metros cúbicos, respetivamente. “Pelo segundo ano consecutivo, optámos pela redução do tarifário em benefício das famílias e empresas. Estamos a falar de uma diminuição considerável, que para a maioria dos consumidores particulares – que se situa em média nos 7,9 metros cúbicos – significa uma descida para 7,66 euros por mês, contra os 8,30 euros suportados até 2018, ou seja de 7,7 por cento”, anunciou Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. O novo tarifário, estabelecido em função dos consumos de água e aprovado na reunião de câmara, representa, assim, uma redução de dois por cento/mês para os consumidores com 15 metros cúbicos abrangidos pela rede pública de água e de dez por cento

para os consumidores com cinco metros cúbicos beneficiários do serviço de recolha domiciliária, nomeadamente na cidade de Santo Tirso e na freguesia de Vila das Aves. Por sua vez, um consumidor médio com rede pública de água beneficiário da recolha coletiva, fora destes dois polos urbanos, vai manter uma redução na fatura do lixo de cinco por cento, isto é, em vez de pagar 6,50 euros pela tarifa fixa que vigorou até 2018, vai pagar 6,16 euros em 2020, para um consumo de 7,9 metros cúbicos. O mesmo se passa com os consumidores não domésticos, nomeadamente estabelecimentos comerciais e industriais, profissões liberais e organismos do Estado, em que a redução pode chegar aos 34 por cento, para um escalão de 240 litros/mês de produção de resíduos urbanos. A partir de junho deste ano, as famílias mais carenciadas também não vão sentir qualquer agravamento na fatura do lixo, com o autarca a explicar que “será mantida a descida de 80 por cento”, ou seja, “assumem apenas uma des-

Autarquia baixa valor da tarifa de lixo pelo segundo ano consecutivo pesa de 1,26 euros pelo serviço”. Uma vez mais, a proposta de tarifário para o ano de 2020 merece uma classificação “BOA” por parte da ERSAR, no que diz respeito ao indicador “Acessibilidade Económica”, que mede o ren-

dimento disponível de cada família para fazer face às despesas com o serviço de lixo. O tarifário para o ano de 2020 só não tem um impacto maior nos orçamentos dos agregados familiares e das empresas, por força da

obrigatória atualização da Taxa de Gestão de Resíduos, da inteira responsabilidade do Estado, que passa de 9,82 por cento em 2019 para 11 por cento em 2020, com vista a incentivar a separação do lixo e a promover a reciclagem.


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// Vila Nova de Famalicão

Tryba investe 50 milhões e cria 200 empregos

O grupo Tryba, constituído por empresas francesas e portuguesas, entre as quais a famalicense Caixiave, vai criar 201 novos postos de trabalho em Vila Nova de Famalicão. Reunindo duas das maiores empresas europeias no fabrico, comercialização e montagem de caixilharia, o grupo vai avançar com a construção de raiz de uma nova unidade industrial na freguesia de Ribeirão. O investimento do grupo no concelho famalicense ronda os 50 milhões de euros e foi classificado pelo executivo municipal por Paulo Cunha como um projeto empresarial de interesse municipal ao abrigo do regulamento Made 2IN. Com esta declaração de interesse público municipal, o grupo é contemplado com a concessão de um apoio ao investimento no valor de 309 mil euros, com um conjunto de benefícios de natureza fiscal previstos no regula-

P rojeto foi considerado de interesse municipal ao abrigo do M ade 2IN. mento Made 2IN, nomeadamente, 2019 tinham sido aprovados 55 ao nível do IMI, IMT e na redução projetos empresariais de interesdas taxas de licenciamento das se municipal que representaram um investimento global de quase operações urbanísticas. A nova unidade industrial fica- 190 milhões de euros e a criação rá instalada na Rua do Sol Poente, de mais de mil postos de trabalho. Em abril do ano passado o reem Ribeirão, e será composta por duas naves industriais. A fase de gulamento passou a ter novos criexecução do projeto deverá ar- térios de classificação, passando, por exemplo, a dar mais ênfase ao rancar em breve. Recorde-se ainda o Regulamen- emprego criado e à sua qualidato Made 2IN está em vigor desde de do que ao montante de invesfinais de 2014 e até setembro de timento realizado.

// Santo Tirso

Quinta de Gomariz vence o concurso “Os Melhores Verdes”

O vinho verde Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada Avesso 2019 venceu o concurso “Os Melhores Verdes” 2020, a que se apresentaram 243 concorrentes, tendo-lhe sido atribuída a Grande Medalha de Ouro. O concurso, promovido anualmente pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), distinguiu como vinho vencedor o produtor da Sub-Região do Vale do Ave situado em Santo Tirso, cuja enologia tem a assinatura de António Sousa. O escanção Tomás Gonçalves, que o apresentou, descreveu-o como “um vinho expressivo e muito atrativo”, que obteve já vários prémios internacionais. “É muito aromático, frutado e bastante exuberante”, acrescentou. Em pleno cenário idílico, onde o verde é cor dominante, crescem uvas suficientes para a produção de 300 mil garrafas de vinho. São 17 hectares que se perdem de vista, na localidade de Sequeirô, e que fazem da Quinta de Gomariz uma das referências dos vinhos verdes da região.

“As vinhas situam-se em solos francos, de textura ligeira e bem drenados, dispondo de excelente exposição solar, conferindo às suas uvas uma cor dourada, atingindo com facilidade a plena maturação, daí os seus vinhos serem dos melhores de toda a região”, pode ler-se no site da Quinta de Gomariz. “Entre 2014 e 2015, registamos um pico de crescimento e desde aí temos mantido o volume de vendas. Temos um produto que não é propriamente barato, mas é um vinho reconhecido e com qualidade”, sustentou Emílio Machado, responsável da Quinta de Gomariz em entrevista ao JA, em junho de 2019. Nessa ocasião, numa extensa explicação de todo o processo de criação do vinho, destacou-se o facto de “toda a colheita” ser feita entre portas e num “processo manual” que, quando concluído, resulta numa produção que se divide entre o mercado nacional e o estrangeiro. “Lá fora”, dizia Emílio Machado, a maior fatia do negócio faz-se “no Reino Unido, Alemanha e Brasil”, mas a representatividade dos vi-

nhos da Quinta de Gomariz também se sente na Bélgica, França, Suíça e Japão. No concurso “Os Melhores Verdes”, entre 243 amostras em prova cega, o júri (de nove elementos) destacou ainda 13 vinhos na categoria ouro, 14 na categoria prata e 149 na categoria honra, num total de 177 vinhos selecionados. Os vinhos premiados com ouro são o Abcdarium Superior e Casal da Torre de Vilar Escolha, nos brancos, Abcdarium Escolha (rosés), Dom Diogo Colheita Seleccionada (vinhão), Pluma Reserva e Quinta de Alderiz (alvarinho), Abcdarium (arinto), Quinta de Gomariz Colheita Seleccionada (avessso), Opção Loureiro (loureiro) e Quinta da Levada (azal) Todos eles são de 2019, salvo o Pluma Reserva, de 2017. A Adega da Ponte de Barca aguardente vínica velha XO (com idade igual ou superior a cinco anos), o Valados de Melgaço Reserva Extra Bruto Alvarinho 2017 e o Abcdarium alvarinho 2019 triunfaram nas categorias aguardente, espumante e Regional Minho, respetivamente.

Covid-19 já afeta contas da Câmara Nos primeiros quatro meses do ano, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão teve uma variação negativa de receita de 1,2 milhões de euros relativamente ao período homólogo de 2019 com o IMT-Imposto Municipal Sobre Transmissões Onerosas de Imóveis e com as taxas de licenciamento urbanístico. A queda de receita municipal evidencia uma travagem a fundo nos processos de licenciamento urbanístico e na compra e venda de imóveis provocada pela pandemia de Covid-19, nos primeiros quatro meses do ano com impacto direto nas contas municipais. A situação é a confirmação de uma previsão avançada pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, aquando da apresentação do Plano de Reação à Situação Epidémica e de Intervenção Social e Económica, em março último, que apontava para um impacto municipal de cerca de cinco milhões de euros entre os gastos com as novas medidas de intervenção social e económica e a diminuição da receita. Ao nível das despesas extraordinárias com esse plano de intervenção e de reação, a autarquia já executou despesas que ascendem a um milhão de euros. Ao nível da intervenção social, na habitação, foram iniciadas 123 candidaturas de apoio à renda extraordinária para cidadãos que se viram a braços com quedas substanciais de rendimentos. Na educação, estão a ser servidas diariamente, em regime de take away, 220 refeições a alunos que beneficiam dos escalões escolares A e B e foram disponibilizados, em conjunto com os agrupamentos de escolas, associação de pais e escolas profissionais, a alunos necessitados do concelho 54 computadores portáteis, 393 tablets e 247 hotspots de internet. Ao nível do ambiente, a medida de alargamento de escalão excecional já diminui a fatura mensal de 2430 famílias famalicenses. Mais de uma centena de espaços comerciais estão com a taxa fixa da água suspensa, assim como todas as IPSS do concelho. Na juventude estão a ser analisadas perto de três dezenas de novos pedidos para a atribuição de bolsas de estudo aos estudantes do Ensino Superior. No domínio do apoio à atividade económica, foram realizadas moratórias durante seis meses para pagamento de rendas e desagregação do valor em falta ao longo dos 12 meses seguintes para startups instaladas nas incubadoras Famalicão Made IN, foi dinamizado o atendimento personalizado com vias diretas de informação e esclarecimento aos empresários e lançado o projeto Comércio da Vila. Na cultura, foi criado o projeto “Há Cultura em Casa”, que disponibiliza espetáculos culturais aos famalicenses a partir das plataformas digitais ao mesmo tempo que apoia os agentes culturais do concelho. No desporto está a ser mantido o programa “Mais e Melhores Anos” no espaço digital com quatro aulas diárias para públicos específicos: seniores, cidadãos portadores de deficiência, crianças e público em geral. Para além disso, foi desenvolvido um vasto conjunto de ações de reação à situação epidémica que distribui equipamentos de proteção individual pelas equipas de primeira linha de intervenção, procedeu à desinfeção de espaços públicos, proporcionou testes aos seniores residentes em lares e abriu um centro de rastreio móvel no concelho. A este nível foi reforçado o apoio económico do município às corporações de bombeiros de Famalicão para garantir uma resposta adequada ao nível do socorro no concelho. Recentemente, entrou em desenvolvimento o programa Proteger Famalicão que está a equipar a sociedade famalicense com condições mínimas de proteção individual e coletiva, nomeadamente com a distribuição maciça de máscaras, luvas e viseiras, na sequência da nova fase de combate à pandemia. “São alguns exemplos de um exercício autárquico imprevisto que baralhou as contas do orçamento municipal para responder às necessidades do tempo de pandemia, de forma criteriosa e assertiva”, referiu o presidente da Câmara, que viu já aprovada em reunião de Câmara a sua proposta de alteração orçamental no valor de dois milhões de euros para fazer face às despesas com esta nova realidade económica, social e de saúde pública.


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Colheitas de sangue em Rebordões e em Famalicão Este domingo, 31 de maio, a Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão promove uma colheita no Salão Paroquial de Rebordões, no concelho de Santo Tirso. A iniciativa, aberta à população em geral, conta com o apoio do Grupo Afrikan Runners e o Agrupamento do CNE n.º 339. A colheita decorre entre as 9h00 e as 12h30 e é realizada pelo Ins-

tituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Já no feriado de 10 de junho, será realizada a habitual colheita de sangue, nas instalações do Centro Pastoral de Famalicão, numa ação apoiada pela Guias e da Paróquia de Santo Adrião. A colheita de sangue será realizada entre as 9h00 e as 13h00, pelo IPST e também é aberta à população em geral.

Famalicão cria “Linha J” para apoiar os jovens “Linha J” é o nome do novo serviço de atendimento telefónico criado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão para dar resposta às questões e inquietações dos jovens famalicenses e para facilitar a manutenção dos serviços e programas prestados pela Casa da Juventude. A linha telefónica está acessível através do número 252 314 582 e funciona durante o horário de funcionamento do expediente normal do município. Para além de orientação psicos-

social, na área da psicologia e situações de stress e ansiedade, a Linha J presta informações no âmbito dos projetos municipais (bolsa de apoio à renda, empreendedorismo, voluntariado, bolsas de estudo, aconselhamento nutricional, entre outras); projetos de âmbito nacional e projetos de âmbito internacional. Será igualmente possível através desta linha agendar atendimento presencial, quando incontornável, assim como reuniões virtuais através de plataformas digitais.

Parquímetros reativados a 1 de junho No seguimento do fim do Estado de Emergência e da definição de um plano gradual de desconfinamento, a PARQF decidiu retomar o estacionamento tarifado na via pública em Vila Nova de Famalicão a partir da próxima segunda-feira, dia 1 de junho. Recorde-se que o pagamento de estacionamento na via pública estava suspenso desde 18 de março, devido à pandemia de Covid-19. Para além do estacionamento concessionado no centro urbano de Famalicão, a Câmara Municipal relembra os automobilistas que podem também usufruir de um conjunto de parques de estacionamento totalmente gratuitos, como os do campo da feira e da Estação Rodoviária de Passageiros.

// Vila Nova de Famalicão

Paulo Cunha doou sangue para “dar exemplo” “Não me custou absolutamente nada, fui muito bem recebido, com profissionais muitos competentes e afáveis e no final senti-me muito realizado”. Foi desta forma que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, se pronunciou depois de ter contribuído com uma dádiva de sangue à unidade famalicense Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Com este gesto, o edil pretende dar o exemplo aos cidadãos, para que as reservas de sangue daquela unidade hospitalar sejam repostas o mais rapidamente possível. Paulo Cunha sublinhou que “esta altura não é impeditiva para as dádivas de sangue” e que se trata de “um processo necessariamente preventivo e decisivo” para que “na hora da necessidade de sangue, ele não falhe”. Manuel Vilarinho, presidente da Associação de Dadores de

E sta altura não é impeditiva para as dádivas de sangue Sangue de Vila Nova de Famalicão, aplaudiu a ação do presidente da autarquia, sublinhando que “o dador, quando dá sangue, é para ajudar ou salvar a vida a alguém”. “A sua saúde nunca pode ser colocada em causa e por isso a nossa primeira preocupação é com ele e só depois com os outros”, acrescentou, sem deixar de garantir que as ações de colheita são organizadas “com todas as condições de segurança”. Quem também assinalou o ges-

to do autarca foi António Barbosa, presidente do conselho de administração do CHMA: “Um gesto muito importante para as pessoas regressarem com confiança ao hospital, para darem sangue, cujas reservas baixaram neste período, mas também para aquilo que for necessário”. Também no Hospital, atesta, são dadas “todas as garantias de segurança aos utentes, pessoal médico e voluntários” para ações desta natureza.

// Trofa

Paróquias doam 10 mil euros em material ao Centro Hospitalar Os párocos do concelho da Trofa lançaram o desafio durante a Quaresma e as comunidades responderam afirmativamente. Devido à pandemia de Covid-19, que obrigou as paróquias a celebrarem a Páscoa de forma diferente, foi criada uma conta solidária, que amealhou dez mil euros, entregues em forma de equipamentos de proteção ao Centro Hospitalar do Médio Ave, na semana passada. Luciano Lagoa, vigário da vigararia Trofa/Vila do Conde sublinhou que esta doação “demonstra a vitalidade das comunidades paroquiais”, destacando a vocação solidária da população, manifestada por algumas “ofertas muito boas” de “anónimos” que “deram de si a esta causa”. A administração do Centro Hospitalar recebeu com satisfação a oferta que, segundo António Barbosa, presidente da administração do CHMA, é “muito útil”. “Vai satisfazer necessidades do Centro Hospitalar, em particular dos profissionais, que todos os dias utilizam centenas de equipa-

Párocos entregaram equipamentos ao Hospital mentos para se protegerem”. Depois do período critico da pandemia na região, o Centro Hospitalar tenta, agora, regressar a uma normalidade que traz consigo atualizações, ou seja, novas regras. “Toda a gente se lembra dos espaços de espera da consulta externa com dezenas ou centenas de pessoas. Hoje, isso já não é possível, estamos a fazer o regresso à atividade normal de forma caute-

losa e gradual, para percebermos qual o nosso limite e como se vai organizando o fluxo dos utentes”, divulgou o administrador do CHMA. O Centro Hospitalar mantém um dispositivo de reserva tanto no internamento como nas urgências para receber e encaminhar os doentes Covid, com a consciência de que esta é uma realidade com a qual teremos de lidar nos próximos meses. C.V.


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// Santo Tirso

Camião despistou-se na A3 e caiu junto a viaduto Um cenário de destruição que, felizmente, não teve grandes consequências na integridade física do condutor do camião que, na noite de terça-feira, 26 de maio, se despistou na Autoestrada n.º 3. O acidente aconteceu cerca das 21.45 horas. Um veículo pesado de transporte de mercadorias despistou-se, no sentido Braga-Porto, tendo galgado o separador e caído numa povoação, junto a um viaduto, na Várzea do Monte, Santo Tirso. Por se tratar de uma zona com várias pontes, os bombeiros tiveram dificuldade em localizar a viatura. Quando a encontraram, depararam-se com o condutor encarcerado. “O transporte das matérias é feito a granel e constatamos que não existiam em quantidade elevada. Ainda assim, ofereceu algum perigo, pelo que procedemos à contenção e cobertura dos derrames para evitar fontes de ignição”, explicou Vítor

Raposa resgatada pela PSP

manobras para extrair o condutor do veículo foram

Pinto, segundo comandante dos Bombeiros Voluntários Tirsenses. As manobras para extrair o condutor do veículo foram “complexas”, uma vez que “o habitáculo ficou bastante danificado”. “Conseguimos criar um acesso com a retirada de alguma carga que ficou a ocupar parte da cabine. Felizmente, a vítima apresenta, no momento, ferimentos leves”, acrescentou Vítor Pinto.

“complexas”

O condutor foi transportado para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. No socorro estiveram 32 elementos das corporações de bombeiros dos Tirsenses, da Trofa e de Vila Nova de Famalicão, apoiados por 11 viaturas. No local, esteve ainda a Brigada de Trânsito da GNR e a PSP, para registar a ocorrência, e a Brisa.

Bebé nasceu na ambulância dos Bombeiros “Vermelhos” Pedro Matos é bombeiro há 17 anos. Rúben Martins há seis. Certamente guardarão, com especial emoção, a recordação de terem ajudado um bebé a nascer, em plena pandemia de Covid-19. CÁTIA VELOSO A madrugada de 14 de maio trouxe aos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso um episódio que, tão cedo, não será esquecido, principalmente por Pedro Matos e Rúben Martins que, de serviço naquele período, foram acionados para uma urgência em Redundo, Monte Córdova. À chegada ao local, os bombeiros depararam-se com uma mulher de 29 anos, grávida do segundo filho, com dores fortes no fundo da barriga. Foi já dentro da ambulância, e “durante a chamada de passagem de dados” da situação da parturiente para o INEM, que as contrações começaram. “Embora estivéssemos a cerca de 30 minutos do hospital de referência, ainda teríamos tempo e por isso o INEM deu-nos a indicação para seguir para lá. Só que a ambulância só percorreu cerca

No dia 13 de maio, pelas 19h00, -se bastante debilitado. A PSP procedeu de imediato à a Polícia de Segurança Pública foi alertada por populares para recolha e encaminhamento para a presença de uma raposa na via o Centro de recuperação da fauna do Parque Biológico de Gaia, pública, em Santo Tirso. O jovem animal, apesar de não onde o pequeno animal se enconse encontrar ferido, encontrava- tra em recuperação.

// Vila Nova de Famalicão

Apanhado por dono da casa que estava a assaltar Um homem foi detido, na segunda-feira, cerca das 22 horas, depois de ter invadido uma habitação, na cidade de Vila Nova de Famalicão. O indivíduo, de 39 anos, foi encontrado pelo proprietário da residência, a remexer uma bolsa, tendo-se colocado em fuga. No entanto, acabou por ser

intercetado pelo dono da habitação, que o manietou até à chegada da Polícia de Segurança Pública, que o deteve. O suspeito foi notificado para comparecer no Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão, para primeiro interrogatório.

EDITAL ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA

L etícia não esperou pela chegada ao Hospital e nasceu na ambulância de um quilómetro. O pavimento em paralelo e a trepidação e o facto de estarmos a descer, com a diminuição da pressão, tudo ajudou para que, muito rapidamente, a senhora começasse a ter contrações cada vez mais frequentes”, contou Pedro Matos. Num espaço de minutos, o trabalho de parto avançou para um estado de expulsão iminente, que veio a acontecer, no momento em que chegou a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação, e num local bem simbólico, junto à Igreja de Monte Córdova. A Letícia não esperou pela che-

gada ao Hospital e nasceu na ambulância dos Bombeiros “Vermelhos”, sem complicações, às 5h18. Mãe e filha foram transportadas, bem de saúde, para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. Rúben Martins, que passou por esta experiência pela primeira vez, admitiu que sentiu muito nervosismo, mas reconhece que “foi muito bom” ter tido a oportunidade de ajudar alguém a nascer. Pedro Matos, por sua vez, reconhece a “felicidade” de assistir a um nascimento, num episódio em que “tudo correu bem”. “É muito gratificante”, completou.

Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 21º do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 21 e 22), titulada pelo alvará 7/80 de 04-02-80, localizado na Rua de S. Bartolomeu da União das freguesias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e São Miguel) e Burgães, com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do concelho, 12 de maio de 2020


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Casa das Artes dá-se a conhecer em visita guiada online Para assinalar os 19 anos de atividade, a Casa das Artes preparou um conjunto de atividades adaptadas à nova realidade. CÁTIA VELOSO Uma delas é uma visita guiada, que começou na segunda-feira e se prolonga até esta sexta-feira. A visita é feita, não presencialmente, mas através da internet, em curtos episódios de vídeo publicados no Youtube. “Trata-se de uma iniciativa que possibilita a todos realizarem uma visita guiada aos principais espaços deste Teatro Municipal, permitindo que o visitante virtual fique com uma ideia global do espaço, dos equipamentos e das potencialidades da Casa das Artes”. Esta ação marca o arranque da programação especial de aniversário da Casa das Artes de Famalicão que, no dia 1 de junho, celebra o 19.º aniversário. Haverá espetáculos que, sendo no palco, só poderão ter público online, através de transmissões na página de Facebook, em www.

facebook.com/CasadasArtesVNFamalicao. No sábado, 30 de maio, às 21h30, o músico Valter Lobo regressa ao espaço cultura e apresenta, em primeira mão, alguns dos temas que vão integrar o próximo disco de originais, a editar ainda no decurso de 2020. “Sempre com o português em punho e voz pujante, com as componentes lírica e sonora marcadas por um grande sentimentalismo e melancolia, Valter Lobo continua a trabalhar uma reaproximação ao calor humano e ao mundo. A confirmação de um grande valor da nova música portuguesa num palco sempre especial”, pode ler-se na sinopse do espetáculo. No mesmo dia, às 23 horas, sobe ao palco o projeto White Haus, com um concerto de música eletrónica, que tem como chave-mestra João Vieira, DJ, músico e produtor. “Body Electric”, disco editado em outubro de 2019, vai ditar as sonoridades deste espetáculo. Para 1 de junho, Dia da Crian-

AML comemorou 36 anos de atividade No passado dia 25 de maio, a Associação de Moradores das Lameiras (AML) comemorou 36.º aniversário. Fundada em 1984, a AML atua em diversos domínios, assumindo-se uma “instituição de referência em áreas como a educação, a terceira idade, a intervenção social em bairros sociais e com pessoas em situação de exclusão”. O presidente da associação, Jorge Faria, referiu que a data foi festejada “não da forma como gostaria”, mas dentro do atual panorama da pandemia de Covid-19. “Não pudemos festejar dentro do edifício das Lameiras, como sempre o fizemos, mas foi festejado como a nossa associação merece e respeitando todas as medidas e cuidados”, salientou, sem deixar de frisar que a AML não está imune ao momento complexo que se vive devido à pandemia. Porém, mostra-se convicto de “no próximo ano” será possível festejar mais um aniversário “com abraços e proximidade”, e no local de sempre, o Edifício das Lameiras,onde “nasceu” a AML.

Proibição temporária para queimas e queimadas A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão determinou a proibição da realização de queimas e queimadas, que vigora até às 23h59 de 2 de junho. Esta decisão foi tomada tendo em conta “a previsão das condições meteorológicas para os pró-

ximos dias, com tendência para tempo seco e quente, com vento moderado a forte, para a região Norte” e “o estado de prontidão de todos os agentes da Proteção Civil para eventuais operações de apoio na área da saúde pública”.

Ação marca o arranque da programação especial de aniversário da Casa das A rtes ça, a Casa das Artes preparou três sessões de teatro para bebés, dos seis meses aos três anos. “Teatro Plage: De Cá Para Lá” é um espe-

táculo que parte de uma pesquisa feito ao longo dos últimos 20 anos e que, de forma lúdica e sensorial, explora a importância da Arte no

desenvolvimento psicossocial na infância. As sessões são apresentadas às 10h00, 14h30 e 15h30.

Ymotion com Open Call até outubro Está a decorrer o Open Call 750 euros, de “Prémio Melhor para o Ymotion, o Festival de Ci- Curta de Animação”, no valor de nema Jovem promovido pela Câ- 600 euros, “Prémio do Público”, mara Municipal de Vila Nova de no valor de 350 euros, e prémios Famalicão. para “Melhor Representação”, Os jovens cineastas portugue- “Melhor Direção de Fotografia” e ses têm até ao dia 6 de outubro “Melhor Argumento”, no valor de para candidatarem a sua curta- 250 euros. -metragem às oito categorias do Os trabalhos selecionados para festival, que segundo o seu co- a competição serão apreciados missário, o crítico de cinema Rui e avaliados pelo júri do festiPedro Tendinha, é já o festival de val, composto por Tiago R. Sancinema para jovens a atribuir o tos, argumentista e critico de cimaior prémio em Portugal. nema, Luísa Sequeira, realizadoEste ano, e devido ao atual con- ra, Tiago Fernando Alves, jornatexto provocado pela pandemia lista, Patrícia Vasconcelos, direda Covid-19, o Ymotion sofrerá al- tora de casting, Samuel Silva, jorguns ajustes, mas sem nunca per- nalista, e Pedro Cabeleira, realider o seu principal objetivo: pre- zador e vencedor do Grande Prémiar o que de melhor se faz em mio Joaquim de Almeida da últiPortugal na área do cinema jovem. ma edição do Ymotion. Ao todo serão então oito os préSobre esta nova edição do Ymomios atribuídos pelo festival, com tion, Tiago R. Santos, lembra que natural destaque para o “Grande “a necessidade é a mãe da invenPrémio Joaquim de Almeida”, no ção” e que “perante as circunsvalor de 2500 euros, que será en- tâncias extraordinárias que vivetregue à melhor curta a concurso. mos é preciso reinventar o que for Serão ainda entregues prémios necessário para continuarmos a nas categorias de “Prémio Esco- contar com esta plataforma que o las Secundárias” e “Prémio Me- Ymotion tem sido de exibição de lhor Documentário”, no valor de cinema jovem e de apoio à cria-

ção em Portugal”. Refira-se que a fase final do Ymotion decorrerá de 2 a 7 de novembro, com a atribuição dos vencedores e com a realização da mostra “Novíssimo Cinema Português”, a cargo do crítico de cinema Rui Pedro Tendinha. Promovido desde 2015 pelo pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Famalicão, o Ymotion volta assim a distinguir as melhores curtas-metragens produzidas por jovens com idades compreendidas entre os 12 os 35 anos. As curtas a concurso deverão ter uma duração máxima de 20 minutos.


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CARTÓRIO NOTARIAL de RIBEIRA DE PENA A cargo da Notária Soraia Elisabete da Silva Barbosa Rua Dom Nuno Alvares Pereira, n.º 7-A, RIBEIRA DE PENA Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, lavrada de folhas 87 a folhas 90, do livro de notas para “escrituras diversas” número 1-A, deste Cartório, Alfredo Martins Araújo, solteiro, maior, natural da freguesia de Ribeira de Pena (Savador), concelho de Ribeira de Pena, residente na Rua do Estremadouro, n.º 4, união das freguesias de Ribeira de Pena (Salvador) e Santo Aleixo de Além-Tâmega, concelho de Ribeira de Pena, que interveio neste acto na qualidade de procurador de Mário Maciel da Costa, N.I.F. 162.122.470, e mulher, Almerinda da Cruz Soares, N.I.F. 150.903.022, casados no regime da comunhão de adquiridos, ele natural da freguesia de Guimarei, concelho de Santo Tirso, e ela natural da freguesia de Taíde, concelho de Póvoa de Lanhoso, residentes na Rua de Real, n.º 1331, união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso, RECTIFICOU, em nome dos seus representados, a escritura de justificação do dia quinze de Junho de mil novecentos e noventa e oito, iniciada a folhas quarenta e cinco, do livro de notas para “escrituras diversas” número cento e dois-E, do Primeiro Cartório Notarial de Santo Tirso, na qual os seus representados, Mário Maciel da Costa, e mulher, Almerinda da Cruz Soares, declararam que eram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens a saber: 1) - PRÉDIO URBANO, inscrito na matriz sob o artigo 1.025, união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso (anteriormente artigo 268 urbano da extinta freguesia de Guimarei); e 2) - PRÉDIO URBANO, inscrito na matriz sob o artigo 1.075, união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso (anteriormente artigo 324 urbano da extinta freguesia de Guimarei); ambos os prédios nessa escritura identificados. Que a identificação dos referidos prédios urbanos, efetuada naquela escritura de justificação, foi feita com base nos elementos matriciais, no entanto, na dita escritura, as áreas referentes ao logradouro dos ditos prédios, foi identificada indevidamente, pelo que, a área do logradouro referente ao prédio identificado em 1), deveria constar como a área do logradouro do prédio identificado em 2), assim como, a área do logradouro referente ao prédio identificado em 2), deveria constar como a área do logradouro do prédio identificado em 1); Que, após levantamentos topográficos, para cumprimento das obrigações fiscais, verificou-se que aqueles elementos estavam errados quanto à área, não tendo os indicados prédios urbanos, sofrido qualquer alteração na sua configuração física, existindo apenas simples erro de medição. Que, após os indicados levantamentos, verificou-se que o prédio urbano atrás identificado em 1), tem a superfície coberta de quarenta metros quadrados e o quintal com a área de seiscentos e sessenta e quatro virgula noventa e sete metros quadrados, e que o prédio urbano atrás identificado em 2), tem a superfície coberta de quarenta e oito metros quadrados e o quintal com a área de cento e noventa e nove virgula trinta e quatro metros quadrados, áreas que já constam da respetiva inscrição matricial, como comprova com as Cadernetas Prediais Urbanas dos indicados prédios;__ rectificação essa no sentido de ficar a constar que: UM - O PRÉDIO URBANO, atrás identificado em 1), actualmente descrito na Conservatória do Registo Predial de Santo Tirso sob o número duzentos e sessenta e seis - Guimarei, e registado a favor dos representados do aqui primeiro outorgante, conforme inscrição apresentação vinte e cinco, de dezoito de Novembro de mil novecentos e noventa e oito, situa-se na Rua de Real, n.º 1.331, lugar do Souto, da união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso, e é composto de casa de habitação de rés-do-chão, com a área coberta de quarenta metros quadrados e quintal com a área de seiscentos e sessenta e quatro virgula noventa e sete metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 1.025 da união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso (anteriormente artigo 268 urbano da extinta freguesia de Guimarei), com o valor patrimonial atual de 14.520,00€, ao qual atribuem igual valor; ___ e não o que por lapso ficou exarado na escritura ora rectificada; e DOIS - O PRÉDIO URBANO, atrás identificado em 2), actualmente descrito na Conservatória do Registo Predial de Santo Tirso sob o número duzentos e sessenta e sete - Guimarei, e registado a favor dos representados do aqui primeiro outorgante, conforme inscrição apresentação vinte e cinco, de dezoito de Novembro de mil novecentos e noventa e oito, situa-se na Rua de Guimarei, n.º 2.009, lugar do Souto, união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso, e é composto de casa de habitação de rés-do-chão, com a área coberta de quarenta e oito metros quadrados e quintal com a área de cento e noventa e nove virgula trinta e quatro metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 1.075 da união das freguesias de Lamelas e Guimarei, concelho de Santo Tirso (anteriormente artigo 324 urbano da extinta freguesia de Guimarei), com o valor patrimonial atual de 9.820,00€, ao qual atribuem igual valor; ___e não o que por lapso ficou exarado na escritura ora rectificada. Que mantém tudo o mais que da citada escritura consta. ESTÁ CONFORME E CONFERE COM O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA. Ribeira de Pena, vinte de Maio de dois mil e vinte. A Notária, (Lic. Soraia Elisabete da Silva Barbosa)

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Desporto // Modalidades

Aves regressa à competição com estádio aprovado “O Estádio do Clube Desportivo das Aves foi aprovado pelas autoridades sanitárias para receber jogos da Liga NOS. A Autoridade Regional de Saúde do Norte (ARS) emitiu um parecer favorável à utilização do Estádio do Clube Desportivo das Aves, depois da inspeção realizada na manhã desta sexta-feira (22 de maio)”. Foi desta forma que o Clube Desportivo das Aves anunciou que poderá jogar, no próprio estádio, os jogos “em casa” que faltam disputar da 1.ª Liga. Os avenses entram em campo, no próprio terreno, a 5 de junho, para defrontar o Belenenses. A partida arranca às 21h15 e tem transmissão na Sport Tv. Em comunicado, o clube avense refere que “a autorização favorável foi concedida depois das visitas efetuadas, da implementação das diretrizes exigidas e da docu-

mentação transmitida para aquele organismo, pelo que o CD Aves poderá disputar os jogos na condição de visitado, no seu estádio”. Deste modo, o Estádio do Clube Desportivo das Aves passa a integrar o lote dos seguintes estádios autorizados a receber jogos no regresso da Liga NOS: Cidade do Futebol, Estádio do Bessa, Estádio Capital do Móvel, Estádio Cidade de Barcelos, Estádio D. Afonso Henriques, Estádio do Dragão, Estádio João Cardoso, Estádio José Alvalade, Estádio do Marítimo, Estádio Municipal de Braga, Estádio do Sport Lisboa e Benfica, Portimão Estádio e Estádio dos Arcos. O Desportivo das Aves retoma o campeonato como “lanterna vermelha”, somando 13 pontos à partida para a 25.ª jornada. Faltam disputar dez rondas para o fim da competição. No plano associativo, o clube reagendou as eleições dos órgãos

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Mesa da Assembleia-Geral, Fernando Sineiro. As candidaturas para os órgãos sociais devem ser feitas até às 18h00 de 17 de junho. Atualmente, o clube é presidido por Armando Silva, na liderança avense desde a temporada 2010/2011.

E stádio foi aprovado pelas autoridades de saúde sociais para 27 de junho. O sufrágio, que decidirá quem vai dirigir os destinos do clube no biénio 2020-2022 esteve marcado para 9 de maio, mas foi suspenso, devido à pandemia de Covid-19. “A logística será adequada às restrições impostas pela legislação em vigor, contando-se com a

responsabilidade dos sócios no cumprimento das mesmas durante a permanência no local. Atempadamente será anunciado o horário de funcionamento das urnas e as condições de realização da Assembleia Geral de tomada de posse”, lê-se na convocatória assinada pelo presidente da

FC Famalicão joga em “casa emprestada” em Barcelos O Futebol Clube Famalicão, que está classificado na 7.ª posição, com 37 pontos (os mesmos que o Vitória, de Guimarães), vai retomar o campeonato em Barcelos, no Estádio do Gil Vicente, a “casa emprestada” pelo facto de o Municipal de Famalicão não cumprir as diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde. A 3 de junho, às 21h15, defronta o líder Futebol Clube do Porto, num jogo transmitido pela Sport Tv.

Jorge Machado distinguido por artigos sobre ética desportiva O tirsense Jorge Machado foi premiado no concurso “Desporto com Ética”, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e pelo Clube Nacional de Imprensa Desportiva / Associação dos Jornalistas de Desporto. O 2.º lugar obtido na categoria de imprensa regional distinguiu um conjunto de artigos de opinião publicados durante o ano passado, relacionados com ética

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@

jornaldoave.pt | Redação: Cátia Veloso | Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso:

no desporto. No ano passado, Jorge Machado já tinha sido distinguido com uma menção honrosa no mesmo concurso. O tirsense é treinador de karaté da Associação Recreativa de Rebordões, associação que não deixou de mostrar “enorme orgulho” por ver um dos seus elementos premiados pelo contributo como “embaixador para a ética

0,70 € Tiragem 7500 exemplares| NIB: PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus

desportiva” Com um percurso desde sempre ligado ao desporto, mais concretamente ao karaté, Jorge Machado, licenciado em Direito e mestre em Gestão Desportiva, destacou-se como atleta de alto rendimento, ao serviço de Portugal e ao qual continua ligado na qualidade de formador e elemento da equipa técnica nacional da Federação Nacional de Karaté de Portugal. C.V.

subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave.pt/index.php/estatuto-editorial


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Cultura

// Santo Tirso

40 mil visitantes passaram pelo MIEC em 4 anos Ao longo dos últimos quatro anos, já passaram pelo Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC), localizado em Santo Tirso, cerca de 40 mil pessoas de todos os cantos do mundo. Após o levantamento das medidas mais restritivas devido à pandemia da Covid-19, o espaço reabriu ao público com exposição de Doug Bailey e Sara Navarro. Numa altura que se comemora o quarto aniversário da sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea, da autoria dos “pritzkers” Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura, este equipamento cultural de Santo Tirso já se tornou ponto de paragem obrigatória para os amantes da arte e da escultura. E, desde a sua inauguração, por ali já passaram 40 mil visitantes, revela a Câmara Municipal. Em grupo ou a título individual, chegam de todos os continentes, especialmente de países como Espanha, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Suíça ou Bélgi-

ca, mas também de zonas da Venezuela, da China, do Japão, da Rússia, da Noruega, da Coreia do Sul e da Austrália. Referência para artistas e estudantes, são, por isso, comuns, visitas de várias universidades ao edifício. Faculdades de Arquitetura de Madrid e Valência, do Politécnico de Milão, ou a Faculdade de Arquitetura de Lübeck, na Alemanha, são alguns exemplos. “Passaram apenas quatro anos desde a criação da sede do MIEC, mas é notória a enorme ligação do espaço à identidade do Município e, acima de tudo, a forma como se tornou uma referência no panorama artístico nacional e internacional”, congratula-se o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, lembrando que “para além de ser um edifício de excelência, já recebeu exposições de grande qualidade, desenvolvidas por alguns dos melhores artistas do mundo”. Nos últimos quatro anos, já passaram pelo MIEC 14 exposições e duas residências artísticas, num total de 45 artistas. O espaço aco-

Bailey é a primeira delas e apresenta fotografias e vídeos com o objetivo de virar do avesso os valores padrão que as coleções museológicas usam para preservar os objetos e imagens históricos. “Beyond Reconstruction”, de Sara Navarro, mostra uma matriz de fragmentos cerâmicos que resultaram da construção e desconstrução de uma figura. Já “Inelegible’, reúne artefactos de uma escavação em São Francisco. A entrada é gratuita e pode ser feita respeitando as medidas impostas pelas autoridades de saúde, nomeadamente no que diz respeito ao uso de máscara e à manutenção de uma distância mínima espaço reabriu ao público com exposição de Doug Bailey e Sara Navarro de dois metros entre as pessoas. lheu ainda sete performances e fício sede tem patente a exposição Está apenas permitida a presenduas conferências internacionais. do arqueólogo americano Doug ça de cinco pessoas por cada 100 Bailey e da escultora portuguesa metros quadrados, os livros disSara Navarro, que foi prolongada poníveis para venda não podem Exposição até 6 de setembro ser consultados e a cafetaria enDepois de encerrado durante até 6 de setembro. “Creative (un)makings: disrup- contra-se, temporariamente, eno Estado do Emergência, como medida de diminuição da propa- tion in art/archaeology” explora cerrada. A utilização de audiogação pandemia de Covid-19, o a relação entre a arte e a arqueo- guias para visitas autónomas às MOIEC já reabriu. A funcionar de logia e desenrola-se ao longo de esculturas ao ar livre é permitisegunda a sexta-feira das 9h00 às três instalações provocadoras. da, garantindo-se a sua higieni12h30 e das 14h30 às 17h30, o edi- “Releasing de Archive”, de Doug zação no final de cada utilização.


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