Jornal do Ave nº177

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16 de abril DE 2020 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 16 de abril de 2020 Nº 177 Ano 4 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

10 VN Famalicão

09 Covid -19

Câmara de Famalicão reduz preço da água e saneamento à população

Condições de segurança “asseguradas” na Feira

Garantia é dada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão depois da afluência antes da Páscoa Santo T irso

Santo Tirso ativa plano de emergência 11 Economia

Conduril envolvida na construção da maior ponte pedonal do mundo

12 Polícia

PSP evita ajuste de contas e detém mulher por posse de armas ilegais

Número de casos no concelho quase duplicou em nove dias. Principais focos de infeção são os lares da Misericórdia. Câmara cria hospital de campanha e cinco centros de acolhimento e entrega 500 zaragatoas ao Centro Hospitalar PUB


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Covid-19

Jovens criam um projeto para fazer companhia “online” a pessoas com mais de 65 anos Joana Paiva, de Ribeirão, Berta Soares, de Vila Nova de Famalicão, Mafalda Ribeiro, de Guimarães, e João Baptista, de Espinho, são estagiários de Gerontologia, da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave (CESPU) e procuram pessoas com mais de 65 anos que estejam sozinhos/ isolados durante o horário de trabalho dos familiares ou que não têm qualquer retaguarda, para lhes fazer “companhia” online. CÁTIA VELOSO Os jovens lançaram o projeto “Avós 5G”, a 26 de março de 2020, através do qual se propõem acompanhar os seniores nesta fase da pandemia de Covid-19, fazendo-lhes “companhia” online. “Enviamos notícias atualizadas diariamente, sugerimos atividades, enviamos músicas, esclarecemos questões associadas ao processo de envelhecimento e estabelecemos contactos em caso de necessidade de compra de medicamentos ou bens essenciais com os voluntários locais”, explicaram os jovens que integram o Geron4You. O acompanhamento geral é realizado através da página de facebook, https://www.facebook. com/teamgerontologia/, na qual fazem publicações com diversos temas. Já o acompanhamento personalizado é feito através do método de eleição de cada sénior, seja pelo email, Facebook, Whatsapp, Hangouts, Instagram, ou por meios mais tradicionais como mensagem, chamada ou até

Criada Linha de Apoio Oncológico Covid-19 A Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Norte (LPCC-NRN) criou uma linha telefónica gratuita para apoiar os doentes oncológicos durante esta pandemia. A Linha Apoio Oncológico Covid-19 está disponível através do 800 919 232. “Grande parte dos serviços e atividades do Núcleo Regional do Norte estão suspensos, devido ao plano de contingência Covid-19. A linha telefónica permitirá à LPCC-NRN continuar a apoiar os doentes oncológicos e a reforçar os apoios disponíveis, nesta fase difícil que todos vivemos, mas principalmente os doentes oncológicos pois têm o sistema imunológico mais debilitado e suscetível a inúmeras infeções”, explicou esta entidade em nota informativa. A linha está disponível de se-

gunda a sexta-feira, das 8.30 às 17.30 horas, e através dela os doentes oncológicos podem pedir apoio no esclarecimento de dúvidas, nomeadamente de âmbito técnico e científico, assim como apoio social e jurídico. Podem ainda ser solicitados “serviços de apoio” como entrega de refeições, apoio económico, consultas de psico-oncologia, compra e entrega de medicamentos de farmácia, entrega de medicamentos hospitalares e compra e entrega de bens alimentares; Os protocolos entre a LPCC-NRN e vários hospitais do Norte permitem autorizar os colaboradores do NRN a efetuar o levantamento da medicação oncológica de ambulatório no hospital para entregarem em casa dos doentes”, informou ainda a LPCC. C.V.

// Santo Tirso

Câmara com psicólogos à disposição dos munícipes

F eedback tem sido bastante positivo mesmo carta. “Ainda estamos no início do projeto, por isso apenas estamos a acompanhar um idoso, sendo que ainda só trocamos um email, mas como é óbvio gostávamos de acompanhar muitos mais”, referiram, por isso solicitam a quem quiser usufruir deste acompanhamento – ou alguém que conheça quem possa dele usufruir – que entre em contacto com o grupo,

através do Facebook. Segundo os jovens, o feedback “por parte de quem tem visto a página tem sido bastante positivo e motivador”, reconhecendo que “o facto de muitos idosos não utilizarem as novas tecnologias é um entrave, porém para travá-lo temos a hipótese de os acompanhar através de cartas e temos um outro projeto em mente”.

Já está em funcionamento a Linha de Apoio Psicológico criada pela Câmara Municipal de Santo Tirso, a propósito da pandemia de Covid-19. O objetivo é prestar apoio emocional e esclarecer questões do foro psicológico. “Consideramos fundamental estar atento à saúde mental da população neste momento particularmente difícil, em que estamos sujeitos a elevados níveis de ansiedade, angústia e preocupação”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. A Linha de Apoio Psicológico está disponível de segunda a sex-

ta-feira, das 9 às 17.30 horas, e tem ao serviço quatro psicólogos. “Paralelamente a todas as medidas que temos no terreno para evitar o contágio e garantir a segurança das pessoas em caso doença, queremos tranquilizar a população e fazer o devido acompanhamento emocional durante este período”, adianta Alberto Costa, lembrando que “há pessoas em isolamento que podem ter dúvidas ou que, simplesmente, necessitam de algum apoio especializado para ultrapassar as suas inquietações”. O serviço está à disposição de toda a população através do 252 830 400 ou do 911 091 454.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Covid-19

Santo Tirso ativa pela primeira vez Plano Municipal de Emergência A Câmara Municipal de Santo Tirso decidiu ativar, a partir das 12 horas do dia 13 de abril, o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. A decisão foi tomada, por unanimidade, na reunião por videoconferência, realizada na segunda-feira (dia 13), com a Subcomissão Municipal de Proteção Civil, da qual fazem parte as autoridades de saúde, nomeadamente o ACES Santo Tirso/Trofa, o Centro Hospitalar do Médio Ave e o delegado de saúde, as forças de segurança (PSP, GNR e Polícia Municipal) e os agentes de proteção civil, a Segurança Social, entre outros. A decisão de, pela primeira vez, ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Santo Tirso surge na sequência da avaliação da situação da pandemia em Portugal, especialmente na taxa de casos com Covid-19 registada no distrito do Porto e na zona Norte, a região com mais infeções confirmadas em todo o País. De igual modo, o número de contágios no Município de Santo Tirso também ultrapassou nos últimos dias a barreira dos cem

casos, confirmando-se uma disseminação da doença por todo o território municipal, o que também influenciou a tomada de decisão por parte da Câmara Municipal de Santo Tirso de ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. “A possibilidade de ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil já tinha sido posta em cima da mesa em anteriores reuniões da Subcomissão Municipal de Proteção Civil e estava a ser avaliada em função da evolução da pandemia não apenas no País, mas também na região Norte, no distrito e, naturalmente, no Município de Santo Tirso”, assume Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. O autarca justifica, por isso, a decisão de ativar o Plano Municipal de Proteção Civil “com a necessidade de colocar em prontidão e dar uma melhor resposta em caso de emergência por parte de todos os agentes envolvidos no combate à pandemia”. No fundo, acrescenta ainda Alberto Costa, a ativação do plano, “vai permitir uma melhor agiliza-

// Santo Tirso

Câmara Municipal ativou P lano de E mergência de P roteção Civil ção dos procedimentos administrativos em caso de necessidade”, garantindo “uma mobilização rápida e eficaz dos meios e recursos nas ações de proteção civil a realizar em face das situações de emergência que possam ocorrer”. Para o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, “a ativação do Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil é só mais

uma medida preventiva entre tantas outras que têm vindo a ser tomadas pelo Município, em articulação com a Comissão Municipal de Proteção Civil, em face da evolução da pandemia e da avaliação que, em cada momento, se julga necessário fazer, prevenindo e não reagindo a ocorrências imprevistas provocadas pela Covid-19”.

Durante a vigência do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, a população e as entidades municipais passam a ter o dever de cooperação, respeitando e cumprindo as orientações dos agentes responsáveis pela segurança e pela proteção civil do Município, face a solicitações que justificadamente lhes venham a ser dirigidas.

Número de infetados em Santo Tirso quase duplicou em 9 dias Em nove dias, o número de casos quase duplicou no concelho de Santo Tirso. Principais focos de infeção são os lares da Santa Casa da Misericórdia. CÁTIA VELOSO

No dia 7 de abril, contavam-se 93 casos de Covid-19, em Santo Tirso. Esta quarta-feira, 15 de abril, a Direção-Geral da Saúde dava conta de que o concelho tinha 173 infetados. Um crescimento de cerca 86 por cento nestes nove dias, muito também fruto dos 98 casos já identificados nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, nos quais já há a lamentar quatro mortes. Segundos os últimos dados disponibilizados pela institui-

ção, no Lar José Luiz d’Andrade identificaram-se 51 infetados, 36 utentes e 15 funcionários. No Lar Dra. Leonor Beleza, há 47 casos contabilizados de Covid-19, 25 utentes e 22 colaboradores. Os quatro utentes que não resistiram à infeção são deste lar. O último óbito foi reportado na segunda-feira, 13 de abril. A utente, de 67 anos, encontrava-se internada no Centro Hospitalar do Médio Ave, onde morreu durante a tarde. A esta morte soma-se as ocorridas no sábado (dia 11), de um utente de 60 anos, e outro na quinta-feira (dia 9), também naquela unidade hospitalar, e à primeira, uma semana antes, de um utente internado no Hospital São João, no Porto. No entanto, nem só de más no-

E volução do número de infetados no município de Santo T irso tícias se fazem estes últimos dias na instituição. Segundo a nota

informativa da Santa Casa, esta terça-feira, 14 de abril, deu-se

o regresso de uma colaboradora, considerada recuperada da Covid-19, depois de dois testes negativos. “Voltou com o mesmo empenho e a mesma vontade de servir. Bem-haja! A todos os que permanecem em casa, os nossos votos de rápida recuperação”, comunicou a instituição. Já duas utentes infetadas receberam alta hospitalar por terem “melhorias significativas”, que possibilitam a restante recuperação no lar. E sta quarta-feira, segundo a mesma nota, ia ser promovido uma ação de “desinfeção do Lar Dra. Leonor Beleza, por uma empresa externa especializada”. O mesmo vai acontecer no Lar José Luíz d’Andrade, nos próximos dias.


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// Santo Tirso e Trofa

Entrevista à diretora do Agrupamento de Centros de Saúde Santo Tirso/Trofa

É uma das figuras que está na frente da monitorização da situação da pandemia nos concelhos de Santo Tirso e da Trofa. Em entrevista ao JA, a diretora do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa, Ana Tato, explicou todas as medidas implementadas pelo ACES desde a chegada do novo coronavírus a Portugal e referiu que o comportamentos dos utentes face a esta realidade tem sido “excelente”. CÁTIA VELOSO Jornal do Ave (JA): Antes da fase de mitigação, como geriram a crise da pandemia dos utentes se deslocavam aos centros de saúde? Ana Tato (AT): Desde o início da pandemia que tivemos que reorganizar toda a programação nas diferentes Unidades. Começamos por desmarcar as consultas de vigilância dos doentes com doenças crónicas, por apresentarem uma maior suscetibilidade em caso de infeção pelo coronavírus. Cada Unidade fez contacto telefónico com estes doentes para avaliação e, se necessário, envio de receitas e/ou pedidos de exames. O ACES e cada uma das Unidades publicitaram a necessidade de ficar em casa e divulgaram os contactos telefónicos e endereços eletrónicos, a começar pelo SNS24. Criámos maior número de horas dedicadas a consulta aberta, mas sempre que possível com contacto anterior por um daqueles meios. JA: Que medidas foram to-

madas pelo ACES desde o início e depois com a fase de mitigação? AT: O ACES tem um Plano de Contingência, que foi ativado a 12 de março e, no mesmo dia, o Delegado de Saúde do ACES fez um comunicado à população, publicado nas redes sociais e pelas Autarquias e meios de comunicação social. Iniciaram-se reuniões semanais com a Proteção Civil das ditas autarquias para monitorização da situação. A Unidade de Saúde Pública iniciou a vigilância epidemiológica indispensável em caso de surto infeccioso. Desde logo, o ACES implementou medidas de higiene e desinfeção das instalações com maior rigor e frequência e uso de equipamento de proteção individual pelos profissionais em conformidade com as normas da Direção-Geral da Saúde. Publicitação da necessidade de distanciamento social, higiene das mãos e etiqueta respiratória para a população. Com o início da fase de mitigação, foram criadas quatro áreas dedicadas a sintomas respiratórios/Covid, que foram noticiadas por um comunicado do ACES à população, em 26 de março. Assim, dividimos os doentes respiratórios das outras patologias. Estes dirigiam-se às respetivas Unidades, no sentido de minimizar a possibilidade de contágio e privilegiando sempre o contacto telefónico anterior. JA: A informação veiculada no início da propagação em Por-

tugal foi suficiente para que os utentes evitassem recorrer às unidades de saúde? AT: Sim, o contacto da população com os profissionais do ACES já vinha a ser habitual na maioria das nossas Unidades. Com as recomendações de ficar em casa e todas as missivas que já enumerei, fez com que a grande maioria contactasse com os serviços em vez de recorrer presencialmente. O comportamento dos utentes foi excelente. JA: Como tem sido gerido o funcionamento das unidades no serviço não-Covid? AT: As USF e USCP mantêm as consultas de Saúde Materna e de Saúde Infantil, o Programa de Vacinação e como já referi a consulta aberta para outras doenças não respiratórias. As UCC mantiveram as atividades domiciliárias da Rede de Cuidados Continuados Integrados e na UCC da Trofa iniciaram-se aulas de preparação para o parto por Skype. As consultas de Psicologia também se fazem por Skype ou telefone. As consultas de Nutrição e Serviço Social privilegiam também esta via. A Unidade de Saúde Pública mantém o CDP em normal funcionamento. JA: Quantos profissionais estão, neste momento, ausentes devido a infeções, quarentena ou para apoio aos filhos? AT: Temos um profissional de quarentena e cinco a prestar apoio a filhos.

FONTE JustNews

“Nunca tivemos falta de material” de proteção

A na Tato diretora do ACES Santo T irso/T rofa JA: Tem chegado o material suficiente para os profissionais de saúde? AT: Sim, mas muito racionado. No entanto, nunca tivemos falta, porque o ACES garantiu sempre que necessário a aquisição do material. Temos tido também oferta de viseiras por empresas dos nossos concelhos e de batas impermeáveis que nos foram oferecidas pela Câmara Municipal de Santo Tirso. JA: Pela experiência no terreno, quando considera que podemos começar a retomar alguma normalidade na nossa vida?

AT: Não sei responder. A vida como a vivemos antes do aparecimento do coronavírus, provavelmente só depois da existência de uma vacina específica. A “normalidade” também vai depender da existência ou não de imunidade à doença. A infeção é nova e recente para sabermos se vamos adquirir esta imunidade. A incerteza faz parte da nova “normalidade”. Para já temos uma certeza, que é mantermos o distanciamento social, a higiene frequente das mãos, a etiqueta respiratória e nesta fase, de forma muito especial reforço: FIQUE EM CASA.


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Covid-19

Antecipado subsídio aos bombeiros

Vídeo para agradecer a profissionais que continuam a “cuidar de todos” “Todos cuidamos de todos”. É esta a mensagem que a Câmara Municipal de Santo Tirso tem disseminado pela população durante a crise sanitária que colocou o território do concelho – e todo o país – em isolamento social. Mas há muitas pessoas que continuam no ativo para assegurar a segurança e a saúde da população e a limpeza do concelho e foi nesse sentido que a autarquia lançou uma campanha de sensibilização, através de um vídeo através do qual agradece a todos os pro-

fissionais que continuam a trabalhar e a “cuidar de todos”. São eles os próprios protagonistas do vídeo, no qual estão retratados médicos, enfermeiros, bombeiros, carteiros, técnicos de ação social, jardineiros, forças de segurança, etc. No mesmo vídeo, Alberto Costa, presidente da autarquia, sublinha que a “maior homenagem” que a população pode fazer a estes profissionais “é cumprir o isolamento”.

O executivo municipal de Santo Tirso aprovou, a 2 de abril, em reunião de Câmara feita por videoconferência, antecipar a atribuição do subsídio anual às três corporações de bombeiros do concelho. A medida pretende reforçar as condições dos profissionais de socorro no período de alerta provocado pela pandemia da Covid-19. “Estamos conscientes da importância dos agentes de proteção civil numa situação extraordinária de saúde pública como aquela que se vive atualmente no país e no município e, por isso mesmo, decidimos antecipar a atribuição do subsídio anual”, explicou o presidente da Câmara, Alberto Costa. O executivo municipal está empenhado em criar “as melhores condições possíveis para o exercício do insubstituível papel dos agentes de proteção civil no município” e aprovou a medida como forma de, garante o autarca, “dar um sinal às três corporações de que estamos atentos aos constrangimentos pelos quais estão a passar e tudo faremos para mitigar as

// Santo Tirso

A ntecipado o pagamento de 120 mil euros de subsídio aos Bombeiros dificuldades por que passam as Associações Humanitárias”. Ao mesmo tempo, assegura, a medida pretende “permitir que as corporações façam face, por antecedência, a qualquer dificuldade operacional imediata, nomeadamente no que diz respeito à resposta à situação pandémica e ao Estado de Emergência decretado em Portugal”. Em causa está a atribuição de um subsídio total anual de 120 mil euros aos bombeiros das três

corporações do concelho: Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Bombeiros Voluntários Tirsenses e Bombeiros Voluntários de Vila das Aves. Ao todo são 40 mil euros para cada corporação, valor que subiu, em 2019, 74 por cento. Recorde-se que a Câmara Municipal já distribuiu, numa primeira fase, um conjunto de material de proteção individual por cada quartel dos bombeiros, nomeadamente luvas, máscaras, fatos de proteção e viseiras.

Peregrinos cedem Câmara promove bolsa de alojamento 100 colchões para para profissionais de saúde centros de acolhimento O grupo de peregrinos de Vila Nova do Campo cedeu cem colchões utilizados normalmente no período de peregrinação a Fátima, em maio, para equipar centros de acolhimento temporário de Santo Tirso. Segundo Hélder Marques, responsável pelo grupo, a autarquia contactou no sentido de ter acesso aos colchões para equipar as va-

lências montadas para combater a pandemia de Covid-19. O grupo aceitou emprestá-los, uma vez que não vai haver peregrinação mariana, em maio. O grupo estuda agora a possibilidade de cumprir a peregrinação em outubro, no entanto, a decisão será tomada em meados de agosto e dependerá do estado de saúde pública do país.

A Câmara Municipal de Santo Tirso, em parceria com as unidades hoteleiras do concelho, está a promover uma bolsa de alojamento para profissionais de saúde. No total, cinco estabelecimentos estão a disponibilizar quartos para aqueles que estão na linha da frente da luta contra a pandemia do novo coronavírus. “A Câmara tem trabalhado em articulação com os parceiros locais no sentido de perceber de que forma é que todos podemos fazer a diferença na luta contra esta pandemia. Sabemos que é uma altura difícil para todos, mas com exigências acrescidas para os profissionais de saúde e esta é uma forma simples de ajudar, evitando que façam deslocações desnecessárias ou, simplesmente, arranjando soluções aos que querem manter-se isolados dos familiares”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. A bolsa de alojamento está dis-

Parceria promove bolsa de alojamento para profissionais de saúde ponível para todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente do combate à Covid-19, sem exceção, sejam ou não residentes no concelho e exerçam ou não a atividade no município. “Felizmente, houve uma adesão imediata por parte das unidades de alojamento do concelho a esta iniciativa, que foi surgindo até de forma espontânea”, refere o autarca.

No total, são cinco os alojamentos aderentes: 8 Villages Executive (contacto 914 308 020), Escola Agrícola Conde S. Bento (252 808 690), Residencial dos Carvalhais (252 857 910), Santo Thyrso Hotel (252 830 420) e Solar São Bento (918 126 784). Os interessados devem contactar diretamente os estabelecimentos e apresentar um comprovativo de profissão.


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// Santo Tirso

Pavilhões da Escola transformam-se em hospital de campanha A Câmara Municipal de Santo Tirso montou, em dois pavilhões de sala de aulas da EB 2/3 de Santo Tirso (Escola S. Rosendo), um hospital de campanha como medida preventiva para fazer face à pandemia causada pela Covid-19. A estrutura hospitalar, com capacidade para 63 camas, distribuídas pelos dois pavilhões, será gerida pelo Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), que fornecerá os profissionais de saúde e o material hospitalar para colocar em funcionamento, em caso de necessidade, uma unidade avançada disponível para acolher utentes do Serviço Nacional de Saúde. Recorde-se que o CHMA serve uma população estimada em cerca de 250 mil habitantes, residentes nos municípios de Santo Tirso, Famalicão e Trofa. Com esta valência, a Câmara Municipal permite o alargamento da resposta à doença causada pelo novo coronavírus.

As mais de seis dezenas de camas estão distribuídas por 11 enfermarias (antigas salas de aula) e dois pavilhões (A e B), disponíveis para receber, em situação de emergência, doentes referenciados pelo Serviço Nacional de Saúde, sob coordenação do Centro Hospitalar do Médio Ave e das autoridades de saúde. “Como tenho vindo a dizer desde o início da pandemia em Portugal, a Câmara Municipal está a acompanhar a evolução da doença no país e em território municipal e, em cada momento, avalia a necessidade de adotar novas soluções e medidas, não de uma forma reativa, mas preventiva, para dar a melhor resposta possível às necessidades que se colocam no terreno”, sublinha Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso. Por isso, explica o autarca, “em diálogo permanente com as Autoridades de Saúde, Segurança Social, agentes da Proteção Civil, presidentes de junta de freguesia,

paróquias, empresas, entre outras entidades, temos vindo a consensualizar um conjunto de medidas consideradas adequadas ao momento de saúde pública que se vive no País e no município”. “Como já se percebeu, o combate à pandemia não é uma corrida de cem metros, mas antes uma longa maratona, para a qual temos todos de estar preparados e mobilizados, para que possamos estar também todos a remar no mesmo sentido, que é o de defender as populações e enfrentar com todos os meios ao nosso alcance a doença”, defende Alberto Costa, para quem “a resposta ao complexo problema de saúde pública não pode ser dada com medidas avulso e casuísticas, mas antes articuladas e ponderadas com um conjunto alargado de entidades com responsabilidades públicas”. Criados cinco centros de acolhimento Entre as medidas já tomadas, está a criação de cinco Centros

E strutura tem capacidade para 63 camas de Acolhimento Municipal espalhados pelo concelho, com mais de 300 camas. O Pavilhão Municipal e os pavilhões das escolas de Agrela, no Vale do Leça; D. Afonso Henriques, na Vila das Aves; S. Martinho do Campo, na zona nascente; e Instituto Nun’Alvres, em Além-Rio, têm disponíveis 300 camas, no total, para fazer face às necessidades de saúde pública das populações do município e das de outros concelhos do distrito do Porto. “É

mais uma medida que visa reforçar a capacidade de resposta do município de Santo Tirso face da evolução da Covid-19”, garante o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. Os cinco Centros de Acolhimento Municipal estão destinados a acolher utentes, prestadores de cuidados e pessoal de apoio das instituições de solidariedade social que necessitem de apoio social em caso de emergência em território municipal e distrital.


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// Vila Nova de Famalicão

Entrevista ao diretor do ACES Ave - Famalicão

“Dos 320 profissionais do ACES, temos 70 ausentes” No Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Ave-Famalicão, há 70 profissionais, dos 320, que estão ausentes por estarem infetados ou de quarentena ou por outros motivos, como para prestar apoio a filhos menores. No meio da “tempestade” que é gerir uma estrutura destas em tempos de crise sanitária, o diretor, Ivo Sá Machado, considera que este Agrupamento conseguiu responder às necessidades, trabalhando “em antecipação”, com a criação de áreas dedicadas ao Covid, ainda antes da fase de mitigação. Ivo Sá Machado explicou como foram reorganizados os serviços, como está a ser gerido o material de proteção e como analisa problemas como os que se verificam nos lares residenciais. CÁTIA VELOSO

Jornal do Ave (JA): Antes de iniciada a fase de mitigação, como se adaptou o ACES à crise provocada pelo vírus e controlou os utentes que, infetados ou com suspeitas, se dirigiam aos centros de saúde? Ivo Sá Machado (ISM): A exemplo de outros ACES, procuramos cumprir as orientações que vinham da ARS Norte, começando a perceber como teríamos de condicionar o acesso. Inicialmente, criamos as áreas dedicadas à Covid (ADC) nas principais unidades do ACES, fechamos as unidades mais pequenas. Também nessa altura, as consultas programadas foram todas desmarcadas e ficamos com liberdade para reorganizar e redefinir serviços. Encerramos cinco unidades e aquelas onde funcionam a USF, criamos condições para diferenciar o acesso, ou seja, para aquilo que era Covid criamos oito ADC, onde fazemos o atendimento diferenciado aos doentes respiratórios, e o atendimento às situações agudas, a crianças e grávidas. Inclusivamente, garantimos a consulta aberta para prescrição de medicação crónica ou renovação de baixas. Com o aumento considerável dos infetados, mesmo antes da fase de mitigação, avançamos para que os serviços ficassem mais centralizados e penso que duas semanas antes começamos a definir o que

iria ser a resposta nos ADC. Criamos em Ribeirão, em Famalicão e em Delães. Em Joane, temos a resposta às situações agudas, sendo que também há este tipo de resposta em Delães, em Famalicão e em Nine. Relativamente ao atendimento às crianças e às grávidas, um está centralizada em S. Miguel-o-Anjo e outra em Requião, num esforço de evitar o cruzamento de doentes Covid com estes utentes. Fizemos um esforço de trabalhar em antecipação e, a partir do momento em que recebemos orientações para ter ADC, informamos que já havia três criadas. JA: Como se encontra o ACES, e refiro-me aos profissionais, no que respeita a ausências devido a contaminação ou outros motivos relacionados com a pandemia? ISM: Somos 312 colaboradores e segundo os números de que disponho, que são de há uma semana, tínhamos 24 casos de infeção. Entre médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e assistentes operacionais, acho que não estamos muito mal. Isto é muito localizado, por exemplo, numa unidade, que só não foi encerrada porque conseguimos alocar outros profissionais, tivemos 12 casos, quatro positivos e oito suspeitos. No entanto, ausentes, entre infetados ou de quarentena e aqueles que estão a prestar apoio a filhos menores, temos cerca de 70 profissionais.

Nos nossos centros, sempre que entra alguém sem máscara, recebe uma para estar em segurança num ambiente fechado. Não pode ser de outra maneira.

Ivo Sá M achado relatou como foi a reorganização do ACES Mas de um modo geral, não temos um grande problema, penso que o maior problema serão os lares residenciais que, como é do conhecimento geral, não se verifica só aqui, mas um pouco por todo o país. JA: Como avalia o comportamento dos utentes, relativamente às alterações e adaptações no ACES perante esta crise? ISM: Os utentes perceberam, de facto, as alterações que fomos fazendo. Mesmo nas unidades que fechamos, falei com os presidentes de junta e expliquei que tínhamos de o fazer para bem de todos nós. Como não tínhamos as consultas programadas, também não fazia sentido ter todas as unidades em funcionamento, mas demos soluções para quem precisa de prescrever medicação, renovar baixas ou para situações agudas. As pessoas aceitaram e perceberam que, perante a gravidade da

situação, tinha de ser mesmo assim. JA: Relativamente ao material de proteção, tem chegado em quantidade suficiente? ISM: Quando o Governo quis ir para o terreno e comprar, já muitos estavam no mercado e, portanto, primeiro que nos fornecessem a nós, tinha de ser de forma racionada. Por isso, no início foi muito complicado, fomos dando resposta, racionalizando os meios, porque eles não abundavam, continuam a não abundar, mas os últimos carregamentos que chegaram da China ajudaram a minimizar os problemas. Nós temos de ser racionais também, na medida em que se for decretada a obrigatoriedade do uso da máscara cirúrgica pelos cidadãos, isso vai implicar necessidades adicionais. Apesar de tudo, temos stock, mas sabemos que começando a distribuir em determinados locais, vai rapidamente desaparecer.

JA: Já há alguma expectativa de quando poderão ser normalizados os serviços Não-Covid? ISM: Todos nós estamos ansiosos, todos nós observamos o achatamento da curva e ficamos cada vez mais experts quando se fala nestas coisas. Eu tenho dados do meu ACES e devem seguir uma tendência da zona envolvente. Todos os dias anotamos o número de casos suspeitos e notamos esse achatamento, ou seja, imagine que ontem foram 14, hoje são 13 e amanhã podem ser 11. De facto, nota-se que, se inicialmente, havia saltos, agora não se notam esses saltos, mas sim um certo achatamento. Isso leva-nos a achar que estamos no bom caminho, mas numa evolução muito lenta. É um indicador positivo, não é a loucura que vemos noutros países e isso dá-nos algum conforto. Estes dias em que as pessoas estiveram em casa, tirando algumas loucuras que a televisão foi mostrando, julgo que a população intuiu a necessidade de ficar em casa e respeitar o confinamento. Quando é que isto, verdadeiramente, vai descer? Vamos ver. Temos de nos manter atentos ao achatamento da curva e às situações dos lares, porque, no concelho, temos cerca de 70 casos oriundos dessas valências.

O problema dos lares residenciais

O foco de contágio no Norte

“Os dois casos em Famalicão, no Lar Pratinha e em Bairro, foram preocupantes. O município tem 26 lares residenciais e se isto se observasse em todos eles, estávamos tramados. Felizmente, estes dois casos foram isolados e com o problema de uns, outros aprenderam e atuaram a tempo, ao ponto de mitigar o efeito do contágio. A pressão para que os lares recebam pessoas é enorme. Não é estranho ouvir falar das quantias financeiras necessárias para conseguir pôr um idoso num lar, por isso a tentação é muita. Haverá lares que, se calhar, não têm condições para ter 40, mas tem lá 50 e outros que são mais rígidos e, se calhar, com isso, ganharam. É fácil acusar, mas nesta fase o que interessa não é acusar, mas resolver o problema. Mas eu espero que isto sirva de lição para as entidades, no sentido de que a ganância não pode servir tudo, porque, entretanto, agora estão a pedir ajuda aos enfermeiros e aos médicos do ACES e o ACES também tem profissionais em casa e tem de continuar a dar resposta aos utentes, nas unidades, e no atendimento ao domicílio”.

“Em grande parte, tem a ver com a realidade industrial da região. E o concelho de Famalicão por excelência, não fosse ele o terceiro mais exportador do país. Muitos dos profissionais das empresas, sobretudo em março, não fazem outra coisa que não visitar feiras e a promover produtos, com tudo o que tem de inconveniente numa situação destas”.

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@

jornaldoave.pt | Redação: Cátia Veloso | Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso:

Famalicão com 235 casos Na semana da Páscoa, o concelho de Vila Nova de Famalicão passou a marca dos 200 infetados por Covid-19. Grande parte deles, são utentes de lares residenciais, como a Residência Pratinha e o Centro Social de Bairro. Esta quarta-feira, segundo dados da Direção-Geral da Saúde, havia 235 casos de Covid-19 no concelho.

0,70 € Tiragem 7500 exemplares| NIB: PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus

subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave.pt/index.php/estatuto-editorial


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Apoio não tem prazo de conclusão definido

Câmara de Famalicão reduz preço da água A fatura da água e saneamento em Vila Nova de Famalicão vai baixar. Numa resposta à previsível diminuição de rendimentos por parte das famílias, a Câmara Municipal decidiu alargar os escalões de descontos ao nível das tarifas variáveis (em função do número do agregado familiar) que vai permitir uma redução em média de 12 por cento no valor final da fatura dos consumidores. Esta é mais uma das respostas do município enquadradas no Plano de Reação à Situação Epidémica e de Intervenção Social e Económica que visa apoiar de forma muito concreta as famílias famalicenses durante este período conturbado. O esforço do município é significativo uma vez que compra a água que serve o concelho às Águas do Norte, empresa pública detida pelo Estado e tutelada pelo Governo, que não alterou o

preço final do água a pagar pela autarquia. Isto significa que a Câmara vai receber menos dos consumidores, mas pagar o mesmo ao fornecedor. A medida vai entrar imediatamente em vigor não tem um prazo de conclusão definido. “Trata-se de um apoio que ultrapassará este período de estado de emergência ao nível de saúde pública e que decorrerá durante a recuperação do equilíbrio social e económico que se seguirá”, explica o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Para aderirem a esta medida, as famílias deverão preencher e entregar o requerimento para atribuição da tarifa familiar que está disponível para o efeito no portal do município em www.famalicao. pt, sendo obrigatória a adesão à fatura eletrónica e ao pagamento por débito direto. Esta é uma decisão que visa promover a defesa do meio ambiente através das desmaterialização do papel e de

M edida entra imediatamente em vigor e não tem prazo de conclusão definido promoção de utilização do atendimento digital como salvaguarda do próprio distanciamento social sugerido pelas entidades de saúde. Para além deste apoio, a autarquia de Famalicão decidiu ainda

alargar o prazo de pagamento das faturas emitidas a partir do dia 16 março 2020, em mais 20 dias, para pagamentos efetuados através do multibanco; assim como autorizou a emissão de novas referências multibanco no caso das

faturas e avisos de corte já vencidos, caso o cliente o solicite, não sendo cobrado qualquer encargo durante esse período (juros de mora). Foram ainda suspensos os avisos de corte, cortes e execuções coercivas.

Câmara suspende tarifas de água, saneamento e resíduos a IPSS e empresas encerradas A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão decidiu suspender, a 9 de abril, o pagamento das tarifas fixas de água, saneamento e resíduos a todas as instituições de solidariedade social existentes no concelho, reduzindo assim a fatura mensal com o ambiente destas organizações. “É uma medida que pretende, acima de tudo, dar um sinal de

apoio e solidariedade às IPSS’s do concelho, neste momento em que vivemos a pandemia do novo coronavírus e que tem sido particularmente difícil para todos”, adiantou o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha. Para além da dispensa da taxa fixa, as IPSS pagarão consumo da água realizado no escalão mais reduzido. A medida que arranca de imediato e que ainda não definido um

prazo para o seu término foi apresentada em reunião do executivo municipal, inserindo-se no plano de reação à situação epidémica e de intervenção social e económica, lançado por Paulo Cunha, aos famalicenses, na semana passada. Por outro lado, a autarquia aprovou ainda a suspensão do pagamento das tarifas decorrentes dos contratos celebrados com consumidores não domésticos, isto é, as empresas e o comércio que sus-

pendam a sua atividade em virtude da pandemia Covid-19 ficarão isentas do pagamento da fatura de água, saneamento e resíduos. Neste caso, as empresas deverão preencher o requerimento disponibilizado no site do município em https://www.famalicao.pt/ formularios-famalicao indicando o período em que a atividade está suspensa, apontando a comunicação de leitura do contador. Esta medida é condicionada à adesão

ao regime de fatura eletrónica e ao pagamento por débito direto. Segundo Paulo Cunha, “são medidas que têm uma dimensão social muito importante, que servem para diminuir os impactos negativos desta pandemia nas instituições e empresas, visando a reabilitação do tecido empresarial do concelho no imediato e no período pós-crise epidémica, complementando as medidas nacionais”.

Famalicão cria apoio extraordinário às rendas A Câmara Municipal de Vila crédito bancário, mas quem vive Nova de Famalicão vai apoiar o numa casa arrendada e que vai ter pagamento de rendas com a ha- dificuldades devido a esta pandebitação das famílias que sofram mia em cumprir com as suas obriperda de rendimentos por for- gações com a habitação”, explicou ça da Covid-19. A medida, com Paulo Cunha, acrescentando que caráter pontual e extraordinário, “quem tiver perda de rendimenfoi anunciada aos famalicenses, to por força desta circunstância pelo presidente da Câmara Mu- pode candidatar-se a este apoio”. nicipal, Paulo Cunha, integrando A candidatura será feita através o plano de reação à situação epi- de uma plataforma online, que dérmica e de intervenção social está a ser criada e será disponie económica. bilizada. “É uma medida inovadora e pioO apoio será mensal e tem que neira que abrange quem não vive ser requerido mensalmente, traem casa própria, quem não tem mitando nos serviços sociais da

Câmara Municipal. Assim, a medida destina-se aos agregados familiares que estejam a passar por dificuldades económicas, devido nomeadamente a uma situação de desemprego, a uma situação de lay-off, aqueles que tenham sofrido uma redução negociada de salário, redução de salário por baixa médica (doentes portadores do vírus), redução de salário por permanência em casa para apoio a descendentes, cônjuge, ascendentes ou outros dependentes, entre outras. O apoio a conceder pretende

evitar que a despesa financeira do agregado familiar com o pagamento da renda para habitação própria e permanente, após o início da pandemia, seja superior a metade da remuneração do mesmo agregado. Isto é, o montante será atribuído para ajudar a diminuir a taxa de esforço das famílias estando excluídos os agregados cuja taxa de esforço, após a perda de rendimentos, seja inferior a 50 por cento do rendimento bruto mensal. A referência para calculo será o vencimento do mês de fevereiro de 2020 e a medida

aplicar-se-á a todo o tipo de rendimentos – trabalhadores por conta de outrem e profissionais liberais. Para além deste apoio extraordinário, Paulo Cunha anunciou ainda o prolongamento do prazo para admissão de candidaturas ao regime do apoio à renda, no âmbito do projeto “Casa Feliz”. O período de candidaturas tinha terminado a 31 de dezembro, sendo agora reaberto permitindo que haja a possibilidade para submeter o pedido de apoio a avaliar segundo as regras já estabelecidas.


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Covid-19

// Santo Tirso

Câmara entrega 500 zaragatoas ao Centro Hospitalar A Câmara de Santo Tirso entregou, esta quarta-feira, 500 zaragatoas ao Centro Hospitalar do Médio Ave. O material foi oferecido ao Município pela empresa Hidrofer e irá permitir a realização de mais testes clínicos à Covid-19. Habitualmente dedicado à produção de cotonetes, entre outros produtos, o grupo Hidrofer, que tem uma unidade industrial a funcionar em Santo Tirso, aposta, agora, na produção de zaragatoas e ofereceu 500 ao Município que decidiu entregar o material ao Centro Hospitalar do Médio Ave, considerando que a disponibiliza-

ção de meios de rastreio “é fundamental” para controlar a proliferação do coronavírus. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, está convicto de que “dotar o Hospital de Santo Tirso de material que permite a realização de mais 500 testes é zelar pela saúde de toda a população”. Além disso, “é importante fornecer aos profissionais de saúde as melhores condições para que possam dar resposta ao elevado número de pacientes durante a pandemia”, defende, recordando que há cerca de duas semanas foram também entregues a diversas instituições do Município, entre as quais o

Z aragatoas são essenciais para a realização de testes Covid -19 Centro Hospitalar do Médio Ave, 500 kits de material de proteção individual, nomeadamente 5000 luvas, 1500 máscaras, 600 fatos e

600 viseiras. “Não queremos que a falta de material trave a realização de testes à Covid-19 e, por isso, enten-

demos que a melhor decisão seria entregar estas 500 zaragatoas ao Hospital de Santo Tirso”, acrescenta Alberto Costa. A somar a estas medidas, a Câmara de Santo Tirso tem, também, no terreno um conjunto de medidas de apoio social e económico para diminuir o impacto da pandemia na população. Para além de um Centro de Rastreios, avançou com a criação de cinco Centros de Acolhimento Municipal com 300 camas, e montou, ainda, na Escola de S. Rosendo, um Hospital de Campanha, gerido pelo Centro Hospitalar do Médio Ave, como medida preventiva para fazer face à pandemia de Covid-19.

// Vila Nova de Famalicão

“Confusão” de carros e pessoas na rua em dia de feira O vídeo mostra filas de trânsito e dezenas de pessoas na rua, na cidade de Vila Nova de Famalicão. Em dia de feira, a última antes do Domingo de Páscoa, assistiu-se a um verdadeiro frenesim de trânsito, parque da feira cheio de automóveis estacionados e peões junto à zona onde se realiza o mercado semanal. As imagens da FamaTv deram conta da “confusão” em pleno espaço público, num período em que se pede confinamento devido à pandemia da Covid-19. Numa reação ao vídeo, Paulo Cunha,presidente da Câmara Municipal, associou o congestionamento a obras que decorrem “em avenidas circundantes ao Parque da Feira”. “A imagens de uma intensa aglomeração de carros junto à feira de Famalicão estão a percorrer o país, transmitindo a ideia de que a feira está caótica e de que não existe respeito pelo estado de emergência. Acontece que o congestionamento de trânsito se deve ao facto de decorrerem obras de pavimentação em avenidas circundantes ao Parque da Feira. Mas isso, quem tirou, divulgou e comentou as imagens não quis saber, o que é profundamente lamentável”, referiu o autarca. Paulo Cunha argumentou ainda que “a feira está a funcionar excecionalmente com mercado de alimentação” e que “as pessoas que fazem compras de bens alimentares nas feiras e mercados

têm os mesmos direitos daqueles que normalmente o fazem em superfícies fechadas”. Face à polémica que as imagens provocaram, principalmente nas redes sociais, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, em comunicado enviado na terça-feira, 14 de abril, sublinhou que “ainda antes do decreto do Estado de Emergência Nacional” diligenciou “um conjunto de regras no acesso à feira e mercado municipal a comerciantes e público” que, garante, “têm vindo a ser escrupulosamente cumpridas sob a vigilância dos serviços municipais, PSP e Polícia Municipal”. Com a feira reduzida ao “mercado alimentar”, a autarquia explica a manutenção deste serviço socorrendo-se de “orientações” dadas pela diretora regional de Agricultura e Pescas do Norte, Clara Alves, que informou “ser Câmara Municipal assegura que se cumprem as medidas de proteção da saúde pública fundamental, para a economia do nosso País, apoiarmos os nos- uma entrada e uma saída, para tores espalhados no parque ex- “barreira de proteção”. Assim como no mercado munisos agricultores e os nossos pro- evitar cruzamento de clientes”, terno da Fagricoop ao ar livre”, cipal, também neste caso há “fundutores locais, designadamen- os agricultores estão distanciados acrescentou. Já no Mercado Semanal, subli- cionários em toda a feira a monite através da promoção dos seus entre 4 a 6 metros entre eles. Os alimentos “são manuseados pe- nha a Câmara Municipal, “os fei- torizar se as pessoas e comercianprodutos”. No mesmo comunicado, a Câ- los comerciantes”, assegurou a rantes foram ordenados por lu- tes cumprem as medidas da DGS” mara Municipal assegura que en- autarquia, que ressalva a escolha gares de 36 metros quadrados e “a entrada da feira é controlada tre as “medidas de proteção da da fruta poder ser feita pelo clien- e distantes entre si de 12 metros por agentes da PSP e Polícia Musaúde pública”, no mercado mu- te, “mas com recurso obrigatório lineares, cada rua tem cerca de nicipal que controlam também o nicipal há funcionários a contro- a luvas descartáveis”. Já na zona cinco metros de largura e a mais fluxo interno de pessoas”. “A Feira tem 20 mil metros qualar o número de clientes dentro do peixe e da carne, foi coloca- movimentada tem dez metros de drados, estando a ser utilizada do espaço coberto, é disponibi- da uma barreira de proteção, de largura”. Neste caso, os comerciantes uma área de12 mil metros qualizado “desinfetante e luvas para um metro e meio, para distanciar também “têm luvas e desinfetan- drados, onde estão distribuídos todos os clientes e comerciantes”, o cliente das bancas ou vitrinas. “No dia de maior movimento te” e também “uma área delimi- cerca de 40 comerciantes de géas bancas estão dispostas “com distâncias entre si de 3 a 4 me- (sábado), existem 11 comercian- tada, com uma entrada e uma saí- neros alimentícios e 20 pequenos tros”, os comerciantes têm defi- tes a vender géneros alimentícios da” para os clientes. No setor do agricultores”, conclui a autarquia. nida “uma área delimitada, com e cerca de 20 pequenos agricul- pão, presuntos, bacalhau, há uma


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16 de abril DE 2020 JORNAL DO AVE

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

// Santo Tirso

Idosos retirados de lar ilegal No âmbito de um inquérito criminal a decorrer na Esquadra de Vila Nova de Famalicão, a Polícia de Segurança Pública realizou buscas a um Lar, situado naquela cidade, por se encontrar a funcionar de forma ilegal com 11 idosos. “Em coordenação com a Autoridade de Saúde Local e com a Segurança Social, os idosos vão ser retirados e colocados em lares legais e por ordem da Segurança Social o Lar irá ser encerrado”, informou a PSP, na tarde de terça-feira, 14 de abril, num comunicado que ressalva ainda que “até ao

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momento não há confirmação de qualquer infetado” com Covid-19. A PSP acompanhou todas estas diligências que se prolongaram por toda a tarde de terça-feira, altura em que se fizeram os testes à Covid-19 aos idosos. Enquanto não se conhecerem os resultados, os seniores permanecerão num centro de acolhimento provisório criado pela autarquia, no Pavilhão das Lameiras, podendo depois ser reencaminhados para outros lares. Dos 11 utentes, três idosos foram levados pela família.

Condenado a 5 anos de prisão por abusar de irmã menor Os factos terão ocorrido em iníPonderado foi igualmente um cios de 2017, tendo o arguido de relatório de perícia médico-legal 18 anos aproveitado o facto de fi- de psicologia, que conclui que o car em casa sozinho com a irmã arguido apresenta um nível global de 13 para abusar dela. de risco de violência sexual baixo. O Tribunal de Guimarães conPor outro lado, pesaram os facdenou a 5 anos e 3 meses de pri- tos de o arguido não ter manifessão um homem que abusou sexual- tado arrependimento e de a vítima mente da irmã de 13 anos na casa ser sua irmã, além do dolo direto em que ambos viviam, em Vila e do grau de força física e ameaNova de Famalicão. Por acórdão ça utilizadas. de 03 de março, a que a Lusa hoje Em tribunal, o arguido remeteuteve acesso, o arguido, que à data -se ao silêncio mas em sede da pedos factos tinha 18 anos, foi con- rícia psicológica assumiu os abudenado por três crimes de viola- sos e tentou "culpar" a irmã pelos ção agravada. mesmos. Os factos terão ocorrido em iníO tribunal vinca ainda as "elevacios de 2017, tendo o arguido apro- das" exigências de prevenção geveitado o facto de ficar em casa so- ral, atenta a natureza dos crimes zinho com a irmã. cometidos, "vindo a comunidade O tribunal deu como provado a reclamar um endurecimento do que os abusos sexuais ocorreram discurso punitivo". por três vezes, com uso "de força Tudo ponderado, o coletivo de e ameaça" por parte do arguido, juízes considerou que o arguido que terá dito à irmã que lhe partia deve beneficiar do regime penal as costelas se ela resistisse. especial para jovens, que diminui O arguido era portador de "chla- substancialmente a moldura penal, mydia trachomatis", uma doença fixando a pena em 5 anos e 3 mesexualmente transmissível que ses de prisão. "passou" à irmã. Esta pena já tinha sido aplicada Após os factos, o arguido foi vi- pelo Tribunal de Guimarães em ver para Guimarães com a mãe, março de 2019, mas o arguido renão tendo voltado a contactar com correu e o Supremo Tribunal de a irmã. Justiça anulou o acórdão, por "inPara a medida da pena, o tribu- suficiência do exame crítico das nal ponderou a inexistência de an- provas". tecedentes criminais, a manutenNa altura, também o Ministério ção de uma personalidade confor- Público recorreu, alegando que me ao dever jurídico-penal des- não concordava com a aplicação de a data dos factos e a inserção do regime especial para jovens social, profissional e familiar do e pedindo uma pena à volta dos 8 arguido. anos de prisão. Lusa

Conduril envolvida na construção da maior ponte pedonal do Mundo Vai ostentar o título de maior ponte pedonal do Mundo e nasce de um projeto da Câmara Municipal de Arouca, que está a ser levado a cabo pela empresa tirsense Conduril, Engenharia, SA. CÁTIA VELOSO Denominada “516 Arouca”, a ponte pedonal sobre os Passadiços do Paiva, localizada próxima das localidades de Alvarenga e Chieira, terá o comprimento de 516 metros e uma altura máxima de 150 metros sobre os rápidos do Rio Paiva, numa zona conhecida como a Garganta do Paiva. A largura da ponte é de 1,2 metros. Inicialmente, a ponte foi projetada com 480 metros de comprimento, mas as condições encontradas no terreno obrigou a estender o vão para os 516 metros, superando a “Ponte da Europa”, situada na Suiça, com 494 metros. A Conduril, localizada em Água Longa, está a desenvolver os tramos metálicos da estrutura, que conta com um investimento de 1,8 milhões de euros, 800 mil dos quais apoiados pela União Europeia, através do PROVERE - Programa de Valorização de Recursos Endógenos. O tabuleiro é metálico e está ligado através de cabos secundários a dois cabos principais – cada

Ponte suspensa terá 516 metros de cumprimento e altura de 150 metros cabo principal é constituído por sete cabos de aço agrupados entre si através de placas de cintagem. Em cada margem é executado um pilar com cerca de 36 metros de altura onde são apoiados os cabos principais. A fixação destes cabos ao terreno natural, é feita através de ancoragens em maciços de betão armado. Os responsáveis do projeto argumentam que o tipo de pavimento - grelha metálica tipo “gradil tem ainda a grande vantagem de não oferecer grande resistência ao vento, tornando a estrutura mais estável em condições de vento forte.

Empresa com investimento em curso A Conduril encontra-se a desenvolver um projeto de expansão que passa pela alteração e ampliação das atuais instalações e pela construção de um armazém complementar. A consignação da obra foi realizada a 20 de setembro do ano passado e a primeira fase deverá estar concluída em junho. A segunda fase, que contempla a construção de uma nova nave de metalomecânica e dos novos escritórios, que a atravessam superiormente, ainda não tem data prevista para arrancar.

// Vila Nova de Famalicão

Apoio extra de 70 mil euros para Bombeiros e Cruz Vermelha A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai atribuir um apoio extraordinário no valor de 20 mil euros a cada uma das três corporações de bombeiros do concelho e de 10 mil euros ao Núcleo da Cruz Vermelha de Ribeirão, reforçando condições que permitam às mesmas instituições dar a melhor resposta possível à população no atual contexto de emergência social provocado pela pandemia Covid-19. A garantia tinha sido já deixada pela autarquia no final de mês de março. Depois de analisadas as necessidades com que as corporações se confrontam, a proposta para a atribuição deste apoio ex-

tra de 70 mil euros é agora analisada na reunião do executivo municipal de amanhã, quinta-feira, dia 9 de abril. Refira-se que em termos de socorro e transporte de doentes, o Município de Vila Nova de Famalicão é servido por três corporações – Bombeiros Voluntários de Famalicão, Bombeiros Voluntários Famalicenses e Bombeiros Voluntários de Riba de Ave – e pelo Núcleo da Cruz Vermelha de Ribeirão. Para além deste pacote financeiro excecional, o executivo famalicense discute também a atribuição da segunda parcela do subsidio anual concedido às for-

ças de socorro. Em causa estão os apoios referentes ao segundo trimestre deste ano, no valor de 22.500 euros (7500 euros por mês) para cada uma das corporações de bombeiros e de 10.500 euros ( 3500 euros por mês) para a Cruz Vermelha de Ribeirão. Em discussão estará também a atribuição do apoio financeiro referente ao segundo trimestre do ano para o funcionamento das equipas de intervenção permanente de cada uma das corporações de bombeiros, no valor de 10.600 euros para cada corporação.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Detida por posse de armas ilegais Na madrugada de segunda-feira, 13 de abril, a PSP deteve uma mulher pela posse de armas ilegais. Em comunicado, a Polícia referiu que, perante “uma contenda entre indivíduos residentes nas cidades de Vila Nova de Famalicão e de Braga”, tomou conhecimento de que “durante a noite estaria previsto um encontro entre os mesmo indivíduos”. “Na sequência da informação recolhida, foi efetuada uma ação de controle na EN 14, sentido Braga-VN Famalicão e pelas 2 horas, foi intercetada uma viatura na qual se faziam transportar três cidadãos, residentes em Braga, sendo um deles do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 38 e os 49 anos, não tendo os mesmos apresentado qualquer justificação legítima para se ausentarem das suas residências”, pode ler-se no comunicado. Baseando-se na informação que tinha acerca dos indivíduos, os polícias revistaram os ocupantes da viatura e detetaram que a mulher possuía “duas pistolas de ca-

A preendidas duas pistolas de calibre 7,35 mm libre 7,65 mm, para além dos carregadores das pistolas referidas”, assim como “mais três carregadores e um total de quarenta e seis munições de calibre 7,65 mm todas por deflagrar”. “Pelo exposto, foi a mesma detida e os outros cidadãos que se encontravam na sua companhia, foram notificados no âmbito da legislação do estado de emergência sobre a proibição de se ausentarem das suas residências e de circularem em concelho distinto do da área de residência”, informou a PSP.

Detenção por condução sob o efeito do álcool No mesmo dia, pelas 01.20 horas, na cidade de Vila Nova de Famalicão, na Avenida Eng.º Pinheiro Braga, a PSP procedeu à detenção de um cidadão com 31 anos de idade, por condução de veículo automóvel sob influência do álcool. Submetido ao teste de alcoolemia, apresentou uma taxa-crime de 2,20 gramas de álcool por litro no sangue. O detido foi informado que irá ser notificado, posteriormente, para comparecer no Tribunal Judicial de Famalicão.


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