Edição 174 do Jornal do Ave

Page 1

PUB

www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

1

Quinzenário 5 de março de 2020 Nº 174Ano 4 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

04 Negócios

Empresa tirsense cresceu 2878%

16 Culinária

Blogger de Famalicão partilha intimidades na cozinha

05 Atualidade 04 Mobilidade

cIDADE DE fAMALICÃO LIGADA POR CICLOVIAS

06 A mbiente

Em transição para um famalicão mais verde

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS PUB


2

JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Santo Tirso

Todos a Rir para ajudar Bombeiros “Vermelhos” Fernando Rocha, Miguel 7 Estacas e Jorge Matos são os comediantes que vão subir ao palco, pelas 21 horas, de 23 de maio, num espetáculo solidário para ajudar os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . A atividade decorre na Nave Cultural da Fábrica de Santo Thyrso e os bilhetes têm o custo de cinco euros, que revertem para a aquisição de equipamentos e viaturas para os Bombeiros “Vermelhos”. Os ingressos podem ser adquiridos no quartel da corporação e nas lojas Pantir.

Espaço do Munícipe com mais 24 por cento de atendimentos Em 2019 foram registados 33.204 atendimentos no Espaço do Munícipe de Santo Tirso. Os números indicam que foram quase mais 24% os cidadãos que procuraram esta valência que no ano anterior. Numa escala de um a cinco, o nível de satisfação da população é de 4,5. O antigo balcão único, agora Espaço do Munícipe, localizado no edifício da Câmara Municipal, na Praça 25 de Abril, foi renovado em 2018 com o objetivo de melhorar o atendimento aos habitantes e disponibilizar mais de 30 serviços. Ao longo do ano de 2019, esta valência foi procurada para “tratar de assuntos relacio-

nados com o urbanismo, a ação social, a educação e a proteção civil”. Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, realçou a satisfação pelo aumento da procura, afirmando que “o atendimento à população é extremamente importante”, mas também “a avaliação positiva que tem sido feita do serviço que é prestado”. No entanto, ressalvou, a intenção é “melhorar” sempre para corresponder às expectativas da população. As obras particulares, a ação socia l escola r e refeições e transportes escolares, o programa Mimar e a atribuição de títulos dos Transportes Urbanos de Santo Tirso (TUST) são, segundo dados recolhidos pela autar-

quia, os assuntos que mais levam as pessoas a procurar os serviços do Espaço do Munícipe, assim como o Andante, serviço que chegou ao concelho em 2019, para a utilização dos transportes públicos na Área Metropolitana do Porto. A Câmara Municipal destaca ainda que, nos inquéritos de satisfação realizados aos utentes, a média da nota atribuída é de 4,5, numa escala de um a cinco. O Espaço do Munícipe está dotado de seis balcões de atendimento, duas receções e 22 postos de trabalho de backoffice. O horário de funcionamento é de segunda a quinta-feira, das 9 às 17.30 horas e à sexta-feira, das 9 às 14 horas.

Bilhetes têm custo de 5 euros

Nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados concluída no verão Decorre a bom ritmo a obra de construção da Nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso. O projeto, que ganha vida no antigo edifício da Fábrica Arco Têxteis, está em andamento, “conforme a calendarização estipulada”, adiantou fonte da instituição ao JA, que aponta para o fim de agosto a conclusão da obra. Este novo equipamento, que servirá de apoio à comunidade tirsense, terá capacidade para 36 camas, criará 32 postos de trabalho diretos e conta com um investimento de 2,5 milhões de euros, com recurso ao Instrumento Financeiro para a Revitalização e Reabilitação Urbanas - IFRRU 2020.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

3

Atualidade Santo Tirso louva as 75 PME do concelho

Roteiro Invest Santo Tirso passa pela GIUDITTA A Giuditta Trade Components dedica-se ao fabrico de componentes de mobiliário em alumínio e vidro e alcançou em apenas 11 anos de vida um volume de negócios de 1,4 milhões de euros, empregando 12 pessoas. Esta foi mais uma empresa que recebeu a visita do presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, inserida no roteiro do Invest Santo Tirso.

“A Câmara Municipal não pode deixar de se congratular por haver cada vez mais pessoas empregadas e por haver cada vez mais emprego qualificado”. Foi desta forma que Alberto Costa, presidente da autarquia de Santo TirSérgio Rodrigues responsável da Giuditta confirmou a boa so justificou o voto de louvor atri- fase atravessada pela empresa que fatura cerca de 1,5 milhoes buído às 75 empresas distingui- de euros e que , no processo de produção acrescentou inovadas com o selo PME Líder'19, atri- ção permitindo que os clientes acompanhem o caminho, na libuído pelo Instituto de Apoio às nha de produção de cada encomenda. “É um processo que se Pequenas e Médias Empresas e desenrola dentro da plataforma da Giuditta onde o cliente inInovação (IAPMEI). troduz a encomenda e fica a saber o preço, o prazo de entrega, O louvor foi aprovado em reu- se existe esse produto, essa matéria- prima. É um sistema simnião de câmara e serve para fa- ples mas que funciona muitíssimo bem e que nos tira algum trazer um reconhecimento públi- balho também. O cliente tem toda a autonomia para poder faco do “esforço empresarial local zer a encomenda, alterá-la, não tem que questionar a Giuditta para inovar e diversificar os se- se pode alterar ou não, ele faz isso nessa plataforma.” tores de atividade”, sublinhou o Trabalhando para os mercados nacional e internacional, noautarca, sustentando-se ainda na meadamente para França, Alemanha, Espanha, Suíça- a empre“baixa taxa de desemprego” e na sa tem cerca de 360 clientes ativos”. “consistente subida do salário méConsiderada pelo IA PMEI PME Líder 2019, a Giuditta recebeu dio mensal dos trabalhadores por “ com agrado a distinção” adiantou Sergio Rodrigues afiançanconta de outrem, fixado em 930 do que “ já o ano passado tínhamos candidatado, não conseeuros”. B.L./C.V. guimos por não cumprir alguns itens mas, este ano consegui-

Em Água Longa há uma empresa que reutiliza plástico Há 13 anos que de Água Longa saem para todo o mundo chapas, folhas, tubos e perfis de plástico, utilizados em diversos setores, que vão do alimentar ao farmacêutico. A responsável é a Klockner Pentaplast, empresa que utiliza, há mais de uma década, matéria-prima reciclada. Esta, segundo o responsável pela unidade portuguesa Leonel Matos, “pode chegar aos 90 por cento”, num esforço que pretende comprovar que o plástico, “depois de usado, continua a ter valor e pode ser incorporado noutros processos produtivos”. Esta foi a realidade que o presidente da Câmara Municipal, Alberto Costa, foi conhecer numa visita à empresa, a 18 de fevereiro, no âmbito do Roteiro Invest Santo Tirso. Acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesia de Água Longa, José Pacheco, o edil tirsense referiu que a Klockner Pentaplast é um “exemplo de sustentabilidade” visto, que está incorporada num “setor associado

E mpresa emprega cerca de 190 pessoas ao desperdício e que vem mostrar que os plásticos não são todos iguais”. Durante a visita, Alberto Costa declarou mostrar-se empenhado para “conhecer todos os constrangimentos, necessidades e problemas das empresas do con-

celho” para que se criem “soluções adequadas” à economia do concelho. A Klockner Pentaplast emprega cerca de 190 pessoas e é uma das 32 unidades espalhadas pelo mundo, mais precisamente em 18 países. B.L./C.V.

// Santo Tirso

mos e é para manter.” Já Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso garante que “muito nos enche de orgulho ter mais uma empresa PME líder, ter alguém de Santo Tirso que investe em Santo Tirso, que cria o seu negócio, um negócio que acaba por ser diferenciador e portanto é este o caminho da inovação, da digitalização, com encomendas e desenhos feitos à distância, com uma gestão toda informatizada, com um produto de qualidade e diferenciador que permite não só trabalhar para aquilo que é o território nacional mas também trabalhar fundamentalmente para exportação.” A Giuditta é a prova “da qualidade das pessoas, da qualidade dos empresários que temos em Santo Tirso e como presidente da Câmara deixo a felicitação para esses empresários. Realço também que o nosso mundo empresarial está a tornar-se forte e diversificado, com os empresários a apoiar-se e ajudando-se e realço ainda, aquilo que tem vindo a ser feito, sem falsa modéstia, pelo Invest Santo Tirso, por aquilo que é o trabalho da Câmara Municipal, enquanto agente facilitador e na sua diplomacia económica, que tem vindo a fazer aos mais diversos níveis, seja ao nível do governo seja ao nível das mais diversas instituições e até mesmo naquilo que é este mesmo roteiro, estas visitas junto das próprias empresas, o que nos permitem dar a conhecer, por um lado, as empresas, dar a conhecer também aos outros empresários conhecer melhor as nossas empresas”, concluiu.


4

JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade // Santo Tirso

Indie Campers é a que mais cresce em toda a Europa Indie Campers, empre sa de aluguer de autocaravanas fundada em Portugal em 2013, estreou-se no ranking do Financial Times que lista as mil empresas europeias que mais crescem. A Indie Campers ocupa a 38ª posição dessa lista e é a portuguesa mais bem colocada na lista de empresas de 29 países na Europa. E se lhe dissessem que é de Santo Tirso a empresa que chegou ao 1º lugar entre todas as empresas portuguesas e ao 2º lugar na categoria Viagens & Lazer na Financial Times, nas 1000 Empresas de crescimento mais rápido da Europa 2020? A Indie Campers é uma Marketplace de aluguer para Road Trips, contando com uma frota de mais de 2 mil veículos, estando presente em 49 localizações europeias em 15 países e tem sede na Zona Industrial da Várzea, , na cidade de Santo Tirso e entre 2015 e 2018 as suas receitas dispararam 2878%. Neste ranking em que se posicionou apenas estão presentes empresas que em 2015 ultrapassaram

os 100 mil euros em receitas e que em 2018 ultrapassaram a marca dos 1,5 milhões de euros. F u nd ad a em 2 013 , a I nd ie Campers teve início como uma empresa de aluguer de autocaravanas para surfistas. Sete anos mais tarde, identifica-se como um Marketplace de aluguer para Road Trips, contando com uma frota de mais de 2 mil veículos, estando presente em 49 localizações europeias em 15 países.. Na sua página de facebook o CEO da empresa Hugo Olivei ra regoz ija- se com os re sultados alcançados : “Tão feli z q ue a Ind ie Ca mpistas ficou em 1º lugar entre todas as empresas por tug uesas e em 2º lugar na categoria Viagens & Lazer na Financial Times 1000 Empresas de crescimento mais rápido da Europa 2020. Este ano, a Indie Campistas saltou para o 38º lugar entre mil empresas eu ropeias d iferentes com um crescimento médio anual de 210 % (2015 -2018) e um crescimento cumulativo de 2.878 %. Não se trata apenas de trabalho duro, trata-se de uma equipa

especial de pessoas que acreditam e vivem a missão da empresa e estão totalmente empenhadas em proporcionar a mel hor ex per iência de sempre aos seus clientes, todos os d ias, com tudo o q ue fa zem . T r at a - s e d e p e n s a r n a s n e ces sidades do v iaja nte de hoje, q ue e x ige m u m a c om bi n aç ão d e l i b e rd ad e e f le x i bi l i d a d e c o m u m s e r v i ç o 100 % de confiança e digital. Trata-se de uma empresa orgulhosamente nascida em Portugal que está a conquistar terras internacionais com a sua hospitalidade genética”. Atualmente, a Indie Campers, q ue tem a sua sede em Sa n to Tirso, não conta com a ajuda de investidores externos e cresce apenas apoiada nas suas próprias receitas, sendo uma das poucas empresas constantes do FT1000 Europe’s Fastest Growing Companiesem que isso se verifica. Para este ano, a Indie Campers já anunciou a abertura de 15 novas bases operacionais na Europa, garantiu um aumento de frota que lhe vai permitir ul-

trapassar os 2.000 veículos, estando já a preparar a entrada no mercado do EUA. A Startup de Santo Tirso planeia chegar aos 350 trabalhadores até ao final de 2020, apostando em reforçar equipas nas várias localizações onde está presente. A Indie Campers quer contratar mais 200 pessoas até ao final de 2020, anunciou a empresa. A novidade faz parte do plano de expansão para este , que prevê a contratação de novas pessoas nas várias localizações onde a empresa está presente. A estratégia representa ainda um investimento de 100 mil euros apenas para prospeção e contratação, e também para a expansão posterior do escritório em Lisboa. As contratações anunciadas para 2020 “têm como principal objetivo sustentar os planos de crescimento da Indie Campers, após a abertura de dez novas rotas em 2019 e a assinatura de um contrato de 70 milhões de euros com um produtor alemão de autocaravanas para os próximos quatro anos.

“Queremos continuar a expandir e a abrir novas rotas para os nossos clientes. Neste momento precisamos de pessoas, porque manter o crescimento sustentável da empresa depende da qualidade dos recursos humanos que estamos a recrutar”, justifica Hugo Oliveira, CEO da Indie Campers. Com um crescimento médio anual de cerca de 200%, a Indie Campers procura para o escritório de Lisboa perfis para as áreas de engenharia informática, marketing digital, finanças, business development, operações, apoio ao cliente e recursos humanos. Em seis anos a empresa passou de dois trabalhadores e três carrinhas para uma equipa de 150 pessoas e mais de 850 carrinhas em toda a Europa. Atualmente, a empresa está presente em 50 localizações em Portugal, Islândia, Reino Unido, Irlanda, Espanha, França, Itália, Suíça, Alemanha, Holanda, Croácia, Bélgica e nas ilhas mediterrâneas da Córsega, Sardenha e Sicília. Redação com Expresso

// Vila Nova de Famalicão

Paulo Cunha garante que fez “tudo” para que antena “não fosse colocada” junto a escola O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão sustentou-se no cumprimento da lei para justificar a autorização da colocação de uma antena de telecomunicações num terreno da Santa Casa da Misericórdia, próximo da Escola Básica 2/3 D. Maria II. O processo tem sido contestado pela comunidade escolar, que já se manifestou contra a instalação do equipamento, que acreditam atentar contra a saúde pública. CÁTIA VELOSO

O argumento associado aos pressupostos da lei tinha sido invocado, inicialmente, em comunicado lançado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e voltou a ser utilizado pelo edil Paulo Cunha, na Assembleia Municipal, que decorreu a 28 de fevereiro. A colocação da antena foi assunto que dominou a sessão,

primeiro por iniciativa do Partido nhou o pedido de avaliação soli- Cunha “solicitou parecer aos ser- pio da precaução”, alegando que viços jurídicos do município”, que “há uma série de dúvidas que neSocialista, pela voz de Paulo Fo- cito pela autarquia. No comunicado enviado à co- “consideraram que a instalação da cessitam ser esclarecidas” e que lhadela, e depois pela intervenção de dois encarregados de edu- municação social, a autarquia referida antena está em confor- “não existem estudos” acerca dos cação, no período de intervenção dava conta de que, nesse pare- midade com a lei e que o equipa- “efeitos de acumulação” da antena, do público. Às questões e apelos cer, o Departamento de Saúde Pú- mento deve ser autorizado”, pode dos telemóveis e da ligação wifi”. Já José Abílio Carvalho, outro sobre a atuação da autarquia, que blica da Administração Regional ler-se no mesmo comunicado. No deu aval à instalação da antena, de Saúde do Norte concluía que entanto, acrescenta o documento, encarregado de educação, conPaulo Cunha reiterou que a teve “face aos conhecimentos cientí- o processo está “condicionado” sidera que “persistir no erro é só de cumprir “dentro do quadro le- ficos atuais e aos resultados de pelas “conclusões das monitori- teimosia” e que a reversão do progal”, apesar de ter feito “tudo”, no inúmeros estudos epidemioló- zações a realizar pela ANACOM, cesso “vai ter custos”, mas signiâmbito das suas “competências” gicos desenvolvidos até ao mo- antes e depois da ligação da ante- ficam “um bem maior”. “Por minha vontade aquela antepara que “a antena não fosse co- mento, não existe perigo para a na de telecomunicações”. Isso mesmo foi referido pelo na nunca seria colocada naquele saúde das populações (incluindo locada naquele espaço”. Colocando-se do lado dos que subgrupos com maior vulnerabi- edil famalicense na Assembleia local”, referiu Paulo Cunha, acresse preocupam – até porque, dis- lidade, como idosos, grávidas e Municipal, sublinhando que a sua centando que tentou demover a se, entre o executivo “há pais com crianças) que habitam ou traba- ação está limitada pela lei. Porém, empresa responsável pela antecrianças naquela escola” -, Paulo lham na proximidade de infraes- ressalvou, “se houver alguma en- na de colocar o equipamento naCunha sublinhou que “não” pode truturas de suporte de estações tidade que emita parecer em sen- quele local. Recorde-se que, depois de “impedir” nem agir em “sentido de radiocomunicações”, se es- tido contrário ao que tenho neste uma primeira manifestação, em contrário” do que está vertido no tes cumprirem os níveis de refe- momento, revogo a decisão”. No período de intervenção do dezembro de 2019, a comunidaparecer emitido pela diretora do rência constantes na lei, cuja fisDepartamento de Saúde Públi- calização está a cargo da Autori- público, Tiago Maia, que tem dois de escolar da EB D. Maria II volca da Administração Regional de dade Nacional de Comunicações filhos na EB 2/3 D. Maria II, su- tou a manifestar-se a 11 de feveblinhou que o processo devia ser reiro, quando soube que a antena Saúde do Norte, para quem a Di- (ANACOM) . Depois deste parecer, Paulo interrompido, à luz do “princí- seria ligada. reção-Geral de Saúde encami-


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

OPJ vai dotar Vila das Aves e Monte Córdova de parques desportivos A sexta edição do Orçamen- que fortaleceu o projeto foi o facto Participativo Jovem de San- to de “haver menos projetos” que to Tirso teve 19 propostas fina- envolvessem “escolas do mesmo listas. Desta vez, houve a pos- agrupamento”, o que facilitou na sibilidade de dividir o investi- “mobilização” dos colegas. mento por dois projetos, que seUma vez que o orçamento desrão desenvolvidos em Vila das ta proposta, que foi a mais votaAves e em Monte Córdova. CÁ- da, ronda os 12 mil euros, bem longe dos 120 mil disponibilizaTIA VELOSO dos pela autarquia, houve lugar Não foi um, mas dois os pro- para mais um vencedor, curiojetos vencedores do Orçamento samente também virado para o Participativo Jovem (OPJ) de San- desporto. O parque desportivo, to Tirso. Os resultados da votação que será criado em Monte Córdo público jovem às 19 propostas dova com um investimento muforam dadas a conhecer na noi- nicipal de cem mil euros, resulte de 21 de fevereiro, na Fábrica ta de uma proposta apresentada de Santo Thyrso, e revelaram que por Rafael Leal e Luís Torres. O a persistência pode valer a pena. último sublinha o facto de o proQue o diga Pedro Paraty, que já jeto responder a uma lacuna existinha apresentado o projeto de tente na freguesia, uma vez que dotar Vila das Aves de um parque “não existe nenhum espaço livre de street workout na edição pas- dedicado à prática de desporto”. Os proponentes destacaram sada do OPJ. Quanto ao segredo para sair vitorioso desta vez, ainda como trunfo a “concorrêno jovem, este ano acompanhado cia saudável” que alimentaram pelo amigo Rui Carvalho, revela com uma conterrânea, e também que não há, considerando que o com um projeto candidatado ao

5

Atualidade // Santo Tirso

Foram dois os projetos vencedores do OPJ OPJ, Catarina Costa. “Trabalha- lou o autarca, que elogiou “a quamos em conjunto para toda a gen- lidade dos projetos”, através dos te votar nos nossos projetos”, ex- quais os proponentes mostram plicou Rafael Leal, que agrade- “estar mais preocupados com o ceu também “à presidente da Jun- ambiente, com a saúde, com o ta (de Freguesia), às famílias e a desporto e com o património de todos os que ajudaram”, porque, Santo Tirso”. “É importante que mesmo aqueafinal, “quem ganhou foi Monte les que viram os projetos não seCórdova e Santo Tirso”. Colocar os jovens a serem mais rem admitidos ou os que não conativos na vida cívica é o propó- seguiram a maior votação, contisito do OPJ, projeto que Alber- nuem a participar”, atestou. Houve ainda a registar uma to Costa, presidente da Câmara Municipal, eleva a categoria de “maior participação” dos jovens importância na estratégia políti- nas votações. Segundo dados da ca que lidera. “É uma aposta ga- autarquia, nesta sexta edição, o nha pela participação dos jovens OPJ “contou com um aumento de e pela sua aproximação à ativida- 68 por cento no número de votande política e às decisões de in- tes, em relação ao ano anterior”, vestimento no município”, reve- com um total de 848 jovens a es-

colherem os vencedores, entre as 19 propostas finalistas. Desde que foi criado, o OPJ já teve como projetos vencedores a colocação de um relvado sintético na Escola Básica de Vila das Aves, a recuperação dos lavadouros de Monte Córdova, a construção da Praia e Hortas Urbanas na cidade de Santo Tirso, a criação de uma sala snoezelen na Escola Básica e Secundária D. Dinis e a dinamização de um programa de desporto adaptado. Desde 2018, os projetos são escolhidos, exclusivamente, por jovens entre os 12 e os 30 anos, residentes ou estudantes no concelho, através da plataforma www. opjst.cm-stirso.pt.


6

JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Ambiente

// Vila Nova de Famalicão

Em Transição para um Famalicão mais verde Nascida por um grupo de famalicenses, a Associação Famalicão em Transição, já conta com dez anos história. Em 2010, um grupo de cidadãos de Vila Nova de Famalicão promoveu uma ação relacionada com o projeto “Limpar Portugal” e desde então tem desenvolvido inúmeras atividades e eventos. Em 2016, o grupo formalizou-se como associação e atualmente conta agora com 80 associados. BRUNA LOPES/CÁTIA VELOSO

O nome, “Associação Famalicão em Transição”, foi inspirado num movimento criado em 2006, A ssociação organiza npalestras e workshops rm várias áreas em Inglaterra, o “Transition Network”, e a missão passa por “rea- já inevitáveis, das alterações cli- mais ou informais”, por isso dinalizar uma transição” na cidade, máticas, a associação ambien- miza ações mais ou menos intimis“em colaboração com outras for- talista aproveitou para apostar tas, como conferências e sessões ças vivas e as autoridades locais”, numa nova estratégia de comu- de cinema “Ambientar-se” em esrumo à “consciencialização das nicação, que incluiu a apresenta- paços escolares, com o apoio da consequências da crise energé- ção de uma nova imagem e slo- Câmara Municipal local, tertúlias tica, da mudança climática e da gan este ano. “O caminho para um e parcerias, como é o caso do procrise ecológica em geral”. Para lugar com futuro” é a frase que – jeto “Aldeia Circular”, com o Jareste fim, a coletividade usa como aproveitando o slogan do muni- dim de Infância e a Junta de Fremeios a “implementação de so- cípio famalicense “O seu lugar” guesia de Seide. Neste campo da sensibilização, luções concretas que visem a re- - servirá para inspirar a comunidução das emissões de CO2 e do dade a agir pela sustentabilida- diz Catarina Amaro de Oliveira, consumo de energia fóssil por de ambiental e economia circular. ainda há muito trabalho a fazer. meio da relocalização das ativiParalelamente ao lançamento “Não temos informação concreta, dades e do fortalecimento dos da nova estratégia de comunica- pois não fizemos nenhuma sondavínculos sociais entre os habitan- ção, a associação viu entrar em gem, mas julgamos que a sensibites e entre os atores económicos”. funções os novos órgãos sociais, lização é muito pouca. Famalicão “Os princípios que sub-jazem as que têm como presidente da dire- está muito focado na economia e suas ações têm, portanto, como ção Manuela Araújo, acompanha- sente-se que a questão da emerpropósito repensar o futuro, de da por Débora Moura (secretária) gência climática não chegou aos refletir sobre as noções de ri- e Alexandra Marques (tesoureira). famalicenses. Em 2019, foram diqueza/felicidade/prosperidade e A mesa da assembleia é presidi- namizadas, em parceria com ouuma nova visão das práticas, que da por Mariana Marques e o con- tras associações de ambiente e o vão no sentido de uma maior au- selho fiscal por Joaquim Sampaio. Município, sessões 'Ambientar-se' tossuficiência e da descoberta de Casa arrumada, é hora de pas- em escolas, por casualidade nos soluções convenientes, em função sar à ação. E o plano da Famali- dias de Greve Climática Estudandos seus recursos”, explicou Ca- cão em Transição é sustentado til de 15 de março e 24 de maio, e tarina Amaro de Oliveira, asses- por cinco pilares. O primeiro, qui- verificamos o quase alheamento sora de comunicação e elemento çá o mais importante, é a educa- total dos jovens desta questão - o da associação. ção. Catarina Amaro de Oliveira que reflete o alheamento das faFace às movimentações recen- sublinha que “é fundamental pas- mílias”, referiu. A economia circular é outro dos tes – de dimensão global – para sar a mensagem a todas as idades uma ação humana imediata que e também aos educadores, pais vértices da ação desta associação mitigue os efeitos, considerados e outros agentes educativos, for- ambientalista, que pretende promover a reciclagem e diminuir o consumo. A propósito, têm sido levadas a cabo iniciativas como a Troca de Sementes e mercados de trocas, com produtos usados ou sustentáveis (ver caixa). Em fase inicial encontra-se o grupo comunitário “Eco-Trocas Famalicão”, que existe na rede social Facebook, através do qual os participantes podem fazer doações ou permutas. O objetivo é “facilitar a troca e reutilização” e, assim, “contribuir para o aproveitamento de recursos já existentes Património ambiental e histórico é valorizado pela associação e evitar o desperdício”, explicou

Catarina Amaro de Oliveira. A “transição interior” é outra das ações para incentivar a população a aderir a um mundo mais sustentável e para isso a associação está a organizar o evento “Despertar para a Transição”, previsto para dia 16 de maio, que se definirá como um “encontro ou retiro” com atividades que conectem pessoas à Natureza. Para a “preservação do ambiente” - o quarto pilar da associação - são realizados eventos

ligados à Natureza, como a plantação de árvores e a limpeza das margens dos rios, numa ação consertada com “movimentos, manifestações ou entidades”, como aconteceu com a Greve Climática Estudantil, a campanha por uma agricultura sem glifosato ou herbicidas ou encontros de associações de ambiente. Por último, mas também “fundamental”, a comunicação assume-se pedra basilar na ação da Famalicão em Trasição, já que é através dela que é possível despertar (ou mudar) mentalidades. Neste capítulo, diz Catarina Amaro de Oliveira, nota-se um acréscimo do interesse, como se comprova o aumento de sócios – atualmente 80 – e de participantes nas diferentes atividades, graças a “uma massa crítica de sócios ativos que têm conseguido dinamizar e polarizar atenções”. De forma a amplificar o alcance da mensagem, a associação ambientalista mantém-se ativa nos canais online, como as redes sociais, o blogue (famalicãomelhor. blogspot.com) ou a newsletter, que envia, periodicamente aos subscritores.

Troca de Sementes e Mercadinho da Primavera A Associação vai promover a nona edição da Troca de Sementes, que acontece no dia 7 de março, no Centro de Camionagem de Famalicão. O objetivo é “promover a nossa soberania alimentar, preservar a biodiversidade e evitar a extinção de variedades tradicionais”. No mesmo dia, realiza-se o Mercadinho da Primavera que dá a conhecer práticas sustentáveis para um consumo moderado, através da venda de artigos sustentáveis, stock off, upcycling e em segunda mão; alimentação biológica, vegan e/ou a granel, bem como serviços de terapias, que promovam o consumo sustentável e a economia circular. Paralelamente, decorrem atividades paralelas, como o workshop com a madrinha do evento, Alexandra Arnóbio, do projeto “Era Uma Vez Upcycling Project”. A 14 de março, às 10 horas, o espaço dos serviços educativos do Parque da Devesa é palco da tertúlia “Comunidades de Aprendizagem”, que terá como oradora Ivone Apolinário. Já o 3.º Encontro “Convergência Ambiental” está previsto acontecer a 10 e 11 de outubro, no Marco de Canaveses.


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

7

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Famalicão cria plano de contingência para evitar coronavírus A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão tem um plano de contingência para a prevenção do coronavírus. Este segue as recomendações da Direção- Geral da Saúde (DGS) e será ativado quando necessário. O plano, coordenado pelo Departamento de Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho e pela Proteção Civil Municipal, determina os “vários níveis de intervenção” e “define as regras e cuidados a ter pelos serviços no atendimento municipal autárquico”. Paulo Cunha, presidente da autarquia, afirma que a epidemia e a sua evolução estão a ser acompanhados com “atenção”, mas “sem alarmismos”, com o reforço da informação emitida pela DGS “aos funcionários municipais” e “apostando nas medidas preventivas”. Estas passam pelo “reforço de dispensadores com desinfetante nos vários serviços municipais, a intensificação da informação e esclarecimento de trabalhadores municipais e ainda a referenciação de áreas de isolamento e circulação e a previsão de condições de teletrabalho”. Paulo Cunha sublinha que importante, neste momento, é “preparar respostas à situação, bem como medidas de informação, prevenção, vigilância e identificação de possíveis casos”

Foliões mais velhos em festa carnavalesca É um a das iniciativas que servem de preâmbulo à folia da noite de Carnaval na cidade de Vila Nova de Famalicão e tem como protagonistas os foliões mais velhos, numa tarde animada no pavilhão municipal. Foram cerca de 800 as pessoas, disfarçadas ou não, que se associaram à festa, que tem como um dos principais momentos o desfile de mascarados. Desta vez, o título de melhor fantasia foi atribuído a Flor Araújo, enquanto a de mais folião foi entregue ao grupo das piscinas de Oliveira S. Mateus. Os utentes do Centro de Convívio de Famalicão arrecadaram o prémio de melhor grupo, enquanto o melhor tema foi escolhido pelos seniores do Lar S. João de Deus/Jorge Reis. “É bom ver os nossos maiores tão contagiados pelo espírito carnavalesco e é bom perceber que aqui em Famalicão todos se envolvem nesta festa tão transversal e espontânea. Quando se olha para eles ninguém adivinha as suas idades”, sublinhou Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que também se associou à festa.

Séniores também “entraram” na festa

Cidade de Famalicão ligada por ciclovias A Câmara Municipal Vila Nova de Famalicão aposta em ciclovias, que vão ligar a estação de comboio às escolas e aos parques da cidade. A medida implica um investimento de 2,3 milhões de euros e conta com um financiamento de 1,4 milhões de euros por parte do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Em reunião de câmara de 27 de fevereiro, foi aprovada a construção de ciclovias e que irão incidir em vários eixos, com ligação entre a via ciclo-pedonal Famalicão-Póvoa e o centro da cidade, ou seja, desde a rua Daniel Rodrigues até à Avenida 25 de Abril, e uma outra entre a Estação de Caminhos de Ferro até ao Parque da Devesa, passando pelo Parque 1.º de Maio e Avenida do Brasil. Há ainda um percurso ciclável que vai servir a zona das escolas, desde o Parque 1.º de Maio até à Avenida de França. As obras estão previstas começar no mês de julho e deverão durar um ano.

P rojeto vai ligar cidade através de percursos ciclaveis Em construção está uma via ci- dade do concelho e criar condiclo-pedonal que une a cidade de ções para que os modos de transFamalicão até à Póvoa de Varzim. porte suaves sejam mais utilizaO itinerário tem início na Rua Da- dos”, acrescentando ainda que niel Rodrigues, seguindo por “esta é a primeira fase” para a liGondifelos até terminar no con- gação de vários pontos da cidade. Paulo Cunha sublinha a valorizacelho poveiro. Segundo Paulo Cunha, presi- ção pela bicicleta, como meio de dente da Câmara Municipal de transporte que “está a ser munFamalicão, o objetivo destas em- dialmente introduzido nos hábipreitadas “é melhorar a mobili- tos diários”.

Famalicão integra Aliança para Desenvolvimento Sustentável Vila Nova de Famalicão faz parte das mais de 130 organizações que integram a Aliança para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Portugal. Esta rede, criada em 2016, pela Global Compact Network, tem como principal meta “erradicar a pobreza e criar uma vida com dignidade e oportunidades para todos, dentro dos limites do planeta”, num plano assente em 17 obvjetivos e 169 metas, desde 21 de janeiro assumida pela autarquia de Vila Nova de Famalicão. “Realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em cooperação com as nossas partes interessadas, com as entidades do sistema das Nações Unidas em Portugal e com a comunidade internacional, de acordo com as nossas opções estratégicas, possibilidades e prioridades operacionais” é um excerto do compromisso assumido, a 21 de janeiro, pelo executivo liderado por Paulo Cunha, que quer estar “na pri-

meira linha das boas práticas internacionais de desenvolvimento sustentável”. Os ODS foram definidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas e assumidos como compromissos em Portugal pela Global Compact Network. Estes 17 objetivos constituem as “prioridades globais para a Agenda 2030

assinada por mais de 190 países” e orientam as ações mundiais que serão levadas a cabo nas áreas de erradicação de pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de género, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, entre outras.

O ODS foram definidos pela A ssembleia Geral das Nações Unidas


8

JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Carnaval dá para brincar e alimentar causas

Noite de folia à boleia da espontaneidade A noite prometia e cumpriu. Sem chuva que pudesse atrapalhar ou assustar os mais cautelosos, a noite de Carnaval em Vila Nova de Famalicão voltou a concorrer a uma das maiores festas espontâneas do país, com milhares de pessoas na rua. CÁTIA VELOSO

A quantidade assinalável de pessoas não mascaradas acabou por dificultar a contabilidade e comparações quanto à afluência do público relativamente a edições anteriores, mas certo é que as ruas estiveram “à pinha” e a “confusão” que nelas se via – bem própria de festas populares - aju-

da a atestar a vida longa que este evento tem pela frente. Aos bares e outros estabelecimentos comerciais que aproveitam a enchente para faturar, junta-se a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão que dá uma ajuda àqueles que querem chegar à festa e manter-se em segurança, com a disponibilização de autocarros e montagem de um dispositivo que conta com a atuação dos corpos de bombeiros e agentes da autoridade. Além disso, este ano, o Carnaval foi pensado sob o signo da sustentabilidade, com a utilização de copos reutilizáveis. Para animar a festa, a autarquia

As alusões ao perigo das alterações climáticas – numa ação discrepante às quantidades elevadas de confetis lançados ao chão – foram o prato forte do Carnaval das crianças em Vila Nova de Famalicão. Muitos dos quase 3500 foliões de palmo e meio, ligados a cerca de 40 instituições educativas do concelho, abraçaram a causa ambiental com disfarces onde alertaram para a poluição dos oceanos, para a necessidade de “abrandar” o ritmo, optando pela reciclagem, ou para a importância dos quatro elementos da Natureza (ar, terra, fogo e água). Os caracóis da EB1 de Cabeçudos, com carapaças construídas recorrendo a cartão, foram um dos grupos mais originais, mas houve quem usasse um tema recorrente para falar do assunto. Exemplo dos “Bombeiros Voluntários de Valdossos”, Fradelos, que com os seus soldados da paz pediam para proteger a floresta e a Natureza,“limpando as matas e os caminhos, para os incêndios evitar”. “Procuramos que sejam sempre momentos educativos”, referiu, a propósito, o vereador da Educação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Leonel Rocha, que defende que este tipo de iniciativas podem servir “para os meninos, a brincar, tratem de assuntos sérios” e, neste caso, trabalhem “a consciência ambiental” e “percebam que a responsabilidade de cuidar da nossa casa comum é de todos”. O autarca sublinhou ainda a elevada afluência do público que assisprovidenciou, como é costume, a tiu ao desfile, revelando que “muitos pais e avós já tiram férias neste banda musical que animou o pú- dia para poderem ver as crianças”. blico e o concurso de mascarados, onde se pode ver alguns dos melhores disfarces da noite. Quando a noite ainda era uma criança, Paulo Cunha, presidente da autarquia, regozijava-se pelos “muitos milhares de famalicenses” e “outros tantos visitantes de fora” que calcorreavam as ruas da cidade. “É um Carnaval muito bem frequentado”, salientou, sem deixar de sublinhar que aquela noite “é boa para se conhecer as virtudes do bem receber” e “o momento alto” da “felicidade coletiva” famalicense. Desfile teve como prato forte as alterações climáticas

// Santo Tirso

Carnaval em Santo Tirso

Cidade colorida e alegria nos corações “Uma praça colorida” com “a alegria no coração dos tirsenses”. Foi este o cenário descrito pelo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, na tarde que ficou marcada pelo desfile de Carnaval na cidade, a 21 de fevereiro. Cerca de “3500 pessoas” - dados da autarquia – estavam convocadas para fazer parte do corso que, desde o pavilhão desportivo municipal à Praça 25 de Abril, espalhou a folia por quem parou para ver os mascarados de todas as idades. “É isto que queremos para o nosso município. Pessoas de todas as idades, ligadas a associações, IPSS e

escolas, famílias, amigos e visitantes, todos juntos num evento transversal”, sublinhou o autarca, que reiterou que, em Santo Tirso, “todos estão incluídos”. Este ano, o desfile ficou marcado por mensagens alusivas à alimentação saudável, à natureza e à sustentabilidade ambiental. Estiveram envolvidas 38 instituições, desde escolas privadas e públicas a associações e IPSS. Às 1717 crianças em desfile juntaram-se 926 jovens e 269 idosos acompanhados por mais de 500 adultos. C.V.

Cerca de 3500 pessoas participaram no desfile


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

9

Cultura // Santo Tirso

Uma “ode à Camélia” e um evento que “faz parte do ADN de Santo Tirso” Na Fábrica de Santo Thyrso, escreveu-se uma “ode à Camélia” com o evento anual da cidade que, há oito edições, ajuda a editar mais uma obra cultural que já “faz parte do ADN de Santo Tirso. Quem é o diz é Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal tirsense, sublinhando que os “Dias da Camélia” são para continuar, porque fazem da estratégia de promoção “turística, cultural e patrimonial”. CÁTIA VELOSO O novo – e provisório - look da Fábrica de Santo Thyrso deu-lhe cor, mas também perfume daquelas que, sendo originárias do continente asiático, bem podiam ter

E xposição contou com mais de 45 variedades de camélias tido berço luso tal a adaptabilida- “mais de 45 variedades” da espéde ao solo e clima português. A cie, 15 das quais híbridas, e cerca exposição, que pôde ser vista de de “30 conjuntos florais”. À mostra que atrai muitos visi21 a 23 de fevereiro, apresentava

tantes à cidade junta-se o concurso, que este ano premiou um estreante. Ernesto Amorim já pensava participar “há alguns anos”, mas só neste se dispôs a tal, conseguindo arrecadar o “inesperado” prémio de melhor conjunto floral. Pelo imprevisto, Ernesto atesta que “não há segredos” para o sucesso na criação das camélias. “A Natureza ajuda”, respondeu. A “Ode à Camélia”, uma instalação artística que ajudou a embelezar o espaço, resultou de um trabalho conjunto de “mais de 30 associações do concelho”. “Esta é já a 8.ª edição dos 'Dias da Camélia', um momento importante para o município e algo que, estrategicamente, queremos man-

ter, porque as flores e os jardins são também uma marca da cidade de Santo Tirso”, sublinhou Alberto Costa, que não deixou de lembrar o mentor do evento, José Gil, que dá nome a um dos prémios do concurso. O edil tirsense elevou a iniciativa a uma das mais relevantes da agenda municipal, uma vez que insere.-se na “aposta turística, cultural e patrimonial” da autarquia. E este ano ganhou “qualidade” e um “cunho mais local”, com a inclusão de um “bazar de inverno”, com “produtos biológicos” e artigos “típicos de Santo Tirso, como o pudim Condessa Aldara, as bolachas e o licor”. Houve ainda uma mostra de vinho e licores.

Ondjaki homenageado na Poesia Livre em Santo Tirso É nas ruas de Santo Tirso, nos transportes públicos, nas juntas de freguesia e em vários partes do concelho que a poesia vai ganhar liberdade, numa ioniciativa da autarquia que este ano tem como mote as “Vozes da Lusofonia”. A Poesia Livre decorre de 6 a 21 de março, com várias atividades para todas as idades. A Poesia Livre está de regresso a Santo Tirso e com ela traz a cultura lusófona, através de iniciativas que exaltarão carreiras como a de Ondjaki, escritor angolano e o grande homenageado da edição deste ano. Premiado em 2007 com o grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, com a obra “Os da Mi-

nha Rua”, e em 2008 com o Prémio Grinzane, como melhor escritor africano. Mas seria com o Prémio José Saramago, conseguido em 2013, que iria ver a carreira catapultada, à custa de “Os Transparentes”, obra também distinguida, três anos depois, com o Prix Littérature-Monde, em França. Prosador, às vezes poeta, Ondjaki – nome artístico de Ndalu de Almeida – disse, em 2013, numa visita à Escola Secundária da Trofa, em 2013, que assim como ir dormir cedo, “faz bem ler um poema todos os dias antes de ir dormir”. O escritor estará no concelho por duas ocasiões, no âmbito do Poesia Livre, primeiro num encontro com alunos na Escola Básica da Ponte, no dia 19 de março, e depois na sessão de homenagem,

Poesia livre decorre de 6 a 21 de M arço no dia 21, às 18 horas, no átrio da um excelente prosador e um soCâmara Municipal de Santo Tirso. ciólogo com análises fantásticas A cerimónia será conduzida por sobre o indivíduo. Ele tem uma Eusébio André Machado e con- poesia muito fresca e pareceutará com a presença de Luís Bar- -nos que era uma excelente opbosa Soares e participação musi- ção para chegar a vários públicos”, adiantou José Queijo Barbocal do Projeto Cardo Roxo. “Para além de ser um poeta, é sa, da comissão organizadora da

Poesia Livre, durante a sessão de apresentação do programa, que decorreu a 22 de fevereiro, na Quinta de Fora. Já Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, revelou que a intenção é tornar o evento “cada vez mais transversal, que possa ser apreciado por todas as faixas etárias”, além de um contributo para “dar a conhecer, valorizar e promover a cultura dos países de língua portuguesa”. A Poesia Livre arranca a 6 de março, com atividades para públicos de todas as idades. Outro dos momentos altos do evento acontecerá a 18 de março, com o concerto da cabo-verdiana Cremilda Medina, às 21 horas, na Fábrica de Santo Thyrso.


10 JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Cultura

// Santo Tirso

Cremilda Medina: a morna que aquece o fado e salta com o samba

A 18 de março, às 21 horas, sobe ao palco da Fábrica de Santo Thyrso a cantora cabo-verdiana Cremilda Medina, que apresentará o álbum de estreia, “Folclore”, que inclui temas que exaltam a Morna e a Coladeira, sonoridades tradicionais do país de Cesária Évora, e outros que se aventuram por estilos lusófonos como o Fado e o Samba. O concerto está incluído no programa do evento “Poesia Livre”, promovido pela autarquia tirsense. Em entrevista ao JA, a cantora dá-se a conhecer e conta um pouco do trabalho musical que já foi galardoado com os prémios “Best World Music”, conquistado nos EUA, “Melhor Morna 2017” e “Sapo Award” 2016 e 2017, em Cabo Verde. CÁTIA VELOSO

Jor nal do Ave ( JA): Como descreve o seu trabalho musical, que tem como base a Morna, mas explora outras sonoridades? Cremilda Medina (CM): O álbum “Folclore” foi feito com muito amor e com muita responsabilidade. Descrevo-o como sendo um reviver o passado, o ir ao encontro das nossas origens e das nossas tradições, ao antigamente com as nossas Mornas e Coladeiras, mas onde também me aventurei pelo Fado e pelo Samba. A Morna, que é a minha estrela guia, tem por base o sentimento do nosso povo, do povo de Cabo Verde, onde cada composição retrata a realidade de um país de emigração. Neste álbum, acima de tudo, estão presentes composições que eu gosto, pois para cantar uma música eu tenho de ser a primeira pessoa a gostar e a sentir o que ela retrata, daí este ser também um álbum com muito valor sentimental para mim. Devido à minha paixão pelo Fado, tive a oportunidade também de poder gravar um tema neste álbum, assim como um Samba, sendo eu da cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, onde o Carnaval faz parte da nossa história, e uma amante do Carnaval, achei por bem juntar também um Samba a este álbum em homenagem também à minha terra natal. Assim, eu poderia descrever este álbum

fluencias são os intérpretes e cantores de outrora, em Cabo Verde os principais são Cesária Évora, Bana, Paulino Vieira, Morgadinho, Tito Paris e muitos outros e entre também excelentes compositores que, infelizmente, já não estão entre nós, como Manuel de Novas, por exemplo. Desde muito pequena que, em casa dos meus pais, ouvia muito rádio e onde o meu pai tinha uma vasta coleção de músicas do mundo. Foi aí que também comecei a ouvir o Fado, na voz de Amália Rodrigues, o que despertou em mim o gosto pelo Fado, por isso também posso dizer que seja uma influência para mim. Cremilda M edina vai dar concerto em Santo T irso a 18 de M arço como um primeiro filho que foi feito com todo o amor e cuidado e onde retrato a nossa cultura. JA: Como tem sido a aceitação e feedback do público? CM: Felizmente, desde o lançamento do primeiro single “Raio de Sol”, a aceitação tem sido fantástica. Confesso que, quando lancei o primeiro single do álbum, a ansiedade era imensa, pois não sabia qual iria ser a reação do publico, mas felizmente a aceitação foi excelente. Daí, dei o passo para a gravação do álbum, que, graças a Deus, tem tido também uma excelente aceitação, tendo já sido merecedor de reconhecimentos nacionais e internacionais, o que me deixa extremamente feliz. JA: Como tem feito a abordagem ao público português e a sua opinião acerca da forma como este se tem relacionado com a sua música? CM: A minha abordagem com o público português tem sido de uma forma humilde, simples e muito sincera. Tento transmitir sempre o que há de melhor em mim e nas músicas que interpreto e isso tem feito com que tenha sido sempre muito bem recebida e muito acarinhada por onde tenho passado. Em Portugal existe o Fado e em Cabo Verde existe a Morna, dois estilos musicais que se interligam, que se completam, muito por todo o sentimento que transmitem a quem o escuta. A relação que Portugal tem com a Morna é

uma relação histórica, precisamente devido à emigração de vários intérpretes, músicos e cantores para Portugal, principalmente para Lisboa, o que fez com que essa ligação de encurtasse e ainda hoje exista. Nos meus espetáculos tento sempre que o público cante e dance comigo, pois é assim que eu gosto de estar em palco, com a participação de todos aqueles que assistem. JA: Que linhas unem ou que linhas separam a morna de outros estilos por si explorados, como o Fado e o Samba? CM: As principais linhas que ligam os estilos musicais presentes no álbum são a tradição, a cultura e o Folclore. Tanto a Morna como o Fado e o Samba representam culturas e tradições de três países lusófonos em três continentes diferentes, Cabo Verde em África, Portugal na Europa e Brasil na América do Sul. Só por aí estas são linhas de união entre continentes, onde os estilos musicais servem de veículo de ligação. Nos três estilos musicais estão presentes e representadas a cultura e história de cada país, através do seu ritmo, melodia, forma de representar e transmitir a sua música. A música deve servir sempre para unir e nunca para separar. JA: Porque dar o nome “Folclore” ao seu álbum? CM: Esta foi a parte mais difícil do álbum, o nome. Já tínhamos o álbum pronto e ainda não

tinha o nome, pois queria que fosse um que fizesse justiça às escolhas musicais do álbum. Foi um processo difícil, entre muitos nomes propostos acabamos por chegar a Folclore por tudo o que o álbum e o próprio nome “Folclore” representa. Como a minha estrela guia é a Morna, sendo ela um estilo popular, “Folclore” é o nome que resume tudo isso, pois transmite o conhecimento popular através das suas composições, dos costumes e tradições do povo cabo-verdiano, que têm vindo a ser transmitidas de geração em geração. Daí só poderia ter escolhido “Folclore”, pois resume na perfeição todo o sentimento que pretendo transmitir com este trabalho. JA: De que falam as suas músicas? CM: As minhas músicas falam principalmente de sonhos, de ilusões, de amor e de perda de gentes próximas. A escolha das composições foi difícil, pois para eu cantar uma música tenho que gostar da letra e, acima de tudo, da melodia. Tive a sorte de poder trabalhar com excelentes composições como Morgadinho, João Carlos Silva, Antero Simas, Paulinho Vieira, José Eduardo Agualusa, entre muitos outros, que conseguem transmitir nas suas composições verdadeiras emoções que fazem com que cada música seja uma viagem pelo tempo. JA: Quais as suas principais influências musicais? CM: As minhas principais in-

JA: O que espera do público de Santo Tirso? CM: Do público de Santo Tirso espero boa disposição e alegria para poderem cantar comigo as minhas músicas. Irei fazer os possíveis para conseguir levá-los até Cabo Verde, numa viagem pelas sonoridades da Morna e da Coladeira, os dois estilos musicais que irei apresentar em palco. Espero que consiga transmitir a nossa cultura, assim como a nossa alegria, e espero que se deixem embalar pelas nossas sonoridades. JA: Que opinião tem sobre a intenção da Câmara Municipal de Santo Tirso de homenagear a cultura lusófona nesta edição do Poesia Livre? CM: Acho que é uma iniciativa louvável homenagear a cultura lusófona nesta edição do Poesia Livre. A cultura lusófona serve para unir os vários povos da lusofonia, como uma forma de aproximar as culturas e as gentes de cada país. Dou os meus parabéns à Câmara Municipal de Santo Tirso e desde já aproveito para agradecer a oportunidade que me concederam em poder trazer até Santo Tirso parte da cultura do meu País. Que esta homenagem que a Câmara Municipal de Santo Tirso irá fazer sirva de incentivo a outras câmaras municipais para assim se poder unir, transmitir conhecimentos e histórias entre vários povos e gerações lusófonas, para que a cultura de cada país da lusofonia não caia no esquecimento.


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

11

Atualidade

“7estacas.zip” lotou auditório do Centro Cultural de Vila das Aves É o homem dos trocadilhos e para fazer jus ao estatuto, utiliza um para explicar a tournée que iniciou em 2019 para assinalar os 30 anos de carreira. Tal como um ficheiro informático zip, “7estacas.zip” compacta alguns dos momentos e personagens que celebrizaram Miguel 7 Estacas no humor. CÁTI A VELOSO

Foi, literalmente, um espetáculo para rir do primeiro ao último segundo, com direito a bochechas doridas e tudo. Miguel 7 Estacas bem diz que tem “arriscado”, mas a verdade é que o público não arreda pé para ver o artista no auge da carreira, que em 2019 chegou às três décadas. No Centro Cultural Municipal de Vila das Aves, com a sala lotada, o humorista trofense proporcionou um espetáculo de duas horas e meia, no qual vestiu a pele de algumas das personagens mais famosas, como o Senhor Limpinho, o Mágico Urini e o trolha Fredo. “Esta tournée começou em Guimarães e esta é a sétima data que cumprimos. O problema é que nos entusiasmamos e o espetáculo estica e estica. Daqui a pouco, terei de marcar sessão para dois dias, para começar no sábado e acabar na segunda-feira”, disse ao JA, entre risos, no final. O motivo pelo qual o come-

diante utilizou a primeira pessoa do plural para falar da digressão deve-se ao facto de estar acompanhado por dois artistas, uma delas bem conhecida do público de Vila das Aves. Olga Sousa, atriz do grupo de teatro Aviscena, foi descoberta por Miguel 7 Estacas, que a convidou a fazer parte do projeto. “É, realmente, um grande desafio para quem vem do teatro amador ingressar num espetáculo profissional de comédia. Aceitei com entusiasmo, estou muito empenhada e estou a gostar muito”, revelou. Com Olga Sousa foi possível conhecer, por exemplo, a esposa do Senhor Limpinho, que contribui para o clímax do espetáculo, num sketch hilariante e elevando ao expoente máximo a vocação do humorista para os trocadilhos. Melhor do que explicar, só assistindo. 30 anos depois ainda tem (muita) piada Miguel 7 Estacas subiu pela primeira vez a palco para fazer rir em 1989. Trinta anos depois, continua no leque de humoristas mais requisitados do país. “A fasquia está muito elevada”, reconhece, mas sabe que o segredo para se manter no auge entre humoristas jovens com “muito talento” passa por “trabalhar constantemen-

// Santo Tirso

Senhor limpinho “apresentou” ao público a sua esposa te para não ficar para trás no tempo”. “O registo de humor que se usava vai ficando fora de moda e temos de nos atualizar. Às vezes, é difícil porque nem sempre nos identificamos com o novo registo, mas depois temos de analisar o público e perceber que é aquilo que ele quer”, postulou. Depois de alguns anos a animar vários públicos em diversas salas de Portugal, Miguel 7 Estacas teve um dos momentos mais relevantes da carreira, em 2002, quando integrou o grupo de comediantes do programa da SIC “Levanta-te e Ri”, no qual teve a oportunidade de regressar recentemente,

no relançamento feito pelo canal de televisão. “Foi, mais uma vez mágico, porque foi também jogar em casa, no Porto, com cinco mil espectadores. Tinha tanta vontade de voltar ao programa, consegui-lo foi uma satisfação enorme”, revelou. Apesar do grave acidente que sofreu numa corrida de carrinhos de rolamentos, em Laúndos, Póvoa de Varzim, em 2015, Miguel 7 Estacas está numa fase ascendente da carreira, com salas cheias e vários projetos em mãos. Para já, as atenções continuam neste espetáculo comemorativo, que tem como ponto alto a sessão no Tea-

tro Sá da Bandeira, no Porto, a 21 de março. Os bilhetes já estão à venda. Seguem-se espetáculos na Póvoa de Lanhoso e Póvoa de Varzim, em maio, e Felgueiras, em junho.

CITAÇÕES

“Ainda bem que eu nasci para

a comédia. É tão bom fazer rir e isto é quase uma terapia. É tão delicioso sabermos que estamos a fazer as outras pessoas felizes nem que seja por um momento. Esta foi a melhor profissão que me podia ter aparecido Miguel 7 Estacas

Cartaz do Sonoridades já é conhecido Três noites e um final de tar- arranque de mais este ciclo de trónica à mistura. de para ouvir alguma da melhor quatro concertos. Apresenta-se Na tercei ra noite do S ono música moderna portuguesa. É na noite de 30 de abril, com a ir- ridades, encontro com Pedro o regresso, a fechar o mês de reverência que se lhe reconhe- Pode; apresenta-se como S. Peabril, do Sonoridades, festival ce e disco novo onde a ideia de dro e o seu mais recente álbum, organizado pela Câmara Mu- folclore não encontra resistên- “Mais Um”, que dá ideia contránicipal de Santo Tirso com di- cia na canção pop. ria do título, ao distinguir-se reção artística da “1bigo”, que No feriado de 1 de maio, o pal- como um dos melhores discos 'fica em cartaz' até 3 de maio. Fi- co fica por conta do projeto Ho- de (requintadas e orelhudas) lipe Sambado, Homem em Ca- mem em Catarse, alter-ego do canções publicados em 2019. tarse, S. Pedro e Márcia são os guitarrista Afonso Dorido, tam- No final de tarde de domingo, artistas que vão dar corpo, e bém ele com álbum novo, pu- 3 de maio, o Sonoridades desvoz, ao evento musical, que vai blicado em janeiro deste ano, pede - se com chave - de - ouro, “alojar-se” no Centro Cultural e cujo single de apresentação, com o concerto a solo, e muito Municipal de Vila das Aves. “Yo L a Tengo”, diz muito dos especial, de Márcia, considera Com três álbuns no currícu- seus gostos e inf luências. Mú- uma das mais talentosas escrilo, entre os quais “Revezo”, pu- sica assente no som da guitar- toras de canções da atual músiblicado no final de janeiro, Fi- ra elétrica, em riffs ou melodias ca portuguesa. lipe Sambado, um dos finalistas que exploram o eco ou a distordo Festival da Canção, marca o ção, com laivos de piano e ele-

F ilipe Sambado é um dos artistas que se apresenta no festival


12 JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Santo Tirso

Escultura produzida em homenagem Escolas de S. Martinho homenageiam Bordallo à cidade de Santo Tirso Pinheiro

O Centro Cultural Municipal de Vila das Aves recebe, de 11 de março a 11 de abril, a oitava edição do projeto artístico “reCRIAR...olhando”, apresentado pelo Agrupamento de Escolas de S. Martinho de Santo Tirso. Nesta edição, o homenageado é Bordallo Pinheiro, conhecido por ser um “grande caricaturista social e político”. Todas as turmas das seis escolas do agrupamento inspiraram-se no artista plástico para a realização da exposição que comemora os 30 anos da Escola Básica de São Martinho. A inauguração acontece no dia 11 de março, às 16 horas, e a entrada é gratuita. B.L./C.V.

GRACAFE assinala 1.º aniversáriocom espetáculo de comédia

“T irsa” é feita em aço corten maciço O Museu Internacional de sense dá conta de que “Tirsa”, tor de dar “uma perspetiva de E s c u lt u r a C ont e mp o r â n e a construída em aço corten ma- leveza”, tendo sido necessário conta com uma nova obra, pro- ciço, caracteriza-se por ser fei- “criar uma peça maciça que desduzida por Robert Schad. A es- ta por “linhas que se agregam se peso à leveza”. cultura, denominada “Tirsa”, em conveniências fluídas e erRobert Schad, que já tinha eshomenageia o nome da cida- ráticas, desenhando percursos tado ligado ao MIEC através da de de Santo Tirso e está colo- marcados por interseções, in- exposição “Entre o Tempo”, surcada junto à Fábrica de San- flexões, novos caminhos e sen- ge agora no leque de artistas to Thyrso. tidos que sugerem passagens e com peças que integram o acermomentos, formalizando uma vo do museu, do qual se des“Quando me desafiaram a ins- dimensão intemporal”. tacam nomes como Pedro Catalar uma peça em Santo Tirso, “A peça, de forte depuração brita Reis, Fernanda Fragateiconsiderei que deveria estar formal, assume uma métrica co- ro, Júlio Le Parc, Fernando Carelacionada com a cidade e por reografada, estruturando uma sás, Carlos Criz Diez e Alberto isso o nome “Tirsa”, explicou linguagem que desenvolve um Carneiro, artista de S. Mamede Robert Schad, o autor da mais sistema no qual a prática artísti- do Coronado (Trofa) e mentor recente peça que faz parte do ca é, fundamentalmente, enten- do MIEC. Galardoado com váMuseu Internacional de Escultu- dida como composição, como se rios prémios internacionais, Rora Contemporânea (MIEC). A es- de um bailado se tratasse, assu- bert Schad conta com um vasto cultura, feita em metal, tem 4,5 mindo um equilíbrio desafian- leque de obras em espaços púmetros de altura e 1,2 metros de te e improvável, transmitindo blicos, sendo que a “Cruz Alta”, largura, alude para a vocação um ritmo intenso que incorpo- no Santuário de Fátima, é uma têxtil da cidade e da antiga Fá- ra uma dimensão espiritual, ali- das mais conhecidas. brica de Fiação e Tecidos, pró- cerçada em referências patriDas 57 esculturas espalhadas xima do local onde foi instala- moniais e identitárias de gran- por seis polos da cidade tirsenda e através da qual se liga atra- de significado histórico”, expli- se há ainda uma assinada pelo vés do “diálogo” com a chaminé. ca ainda. artista belga Paul Van HoeydonAtravés da memória descritiA utilização daquele material ck, que tem uma obra sua na Lua. va da escultura, a autarquia tir- justifica-se pela intenção do au-

Espetáculo de arte na Lama O salão paroquial da Lama, em Santo Tirso, é palco de um espetáculo de arte, no sábado, 7 de março, organizado por Fusion e A Garagem. “Conexão”, assim se cha-

ma o evento, está já com lotação esgotada. Os Fusion são um grupo de dança, que explora variados estilos, como o hip hop, o house, o ragga,

o vogue, o afro, mtv dance e contemporâneo. Atualmente, composto por nove jovens, Fusion é missão “divulgar a arte da performance e da dança”. B.L./C.V.

O Salão Paroquial de Pedome, no concelho de Vila Nova de Famalicão, recebe a 14 de março, sábado, a primeira edição do espetáculo de comédia “Rir 100 Dó”. O evento é realizado pelo Grupo Recreativo Amigos de Calça Ferros (GRACAFE), coletividade que assinala o primeiro aniversário de atividade na dinamização de atividades estendidas a públicos de Famalicão, Guimarães e Santo Tirso. A sessão começa às 22 horas e a entrada é livre para os sócios da GRACAFE e tem um custo de cinco euros para o restante público. As reservas poderão ser feitas através dos contactos telefónicos 912860779 ou 936266067. Após a organização do Festival Calça Ferros, da prova desportiva REN 5.ª Corrida de Pedome e Oliveira Santa Maria, de uma sessão de teatro e de um encontro de coros, a associação apresenta um espetáculo de comédia intitulado de “Rir 100 Dó”, que terá como primeiro convidado Rui Xará. O objetivo para 2020 passa por repetir os eventos do ano passado, chegando a mais público. B.L./C.V.

L-Blues em concerto no Centro Cultural de Vila das Aves O Centro Cultural Municipal de Vila das Aves vai receber, a 21 de março, pelas 21.30 horas, os L- Blues. A entrada é livre. A banda fundada pelo músico Bruno Lopes, dedicada a géneros como o folk, country, blues e rock, formou-se no projeto “Guitarras de Manhente: Escola de Rock”, que tem como objetivo “ensinar música a jovens e adultos de classes sociais com carências financeiras”. O primeiro CD, “Vol.1”, editado em 2016, permitiu que a banda se apresentasse a todo o país durante dois anos. Em fevereiro de 2018, os L-Blues lançaram o segundo disco – “Vol.2” - dedicado ao rock n' roll e que tem como singles de apresentação “Outono” e “Ódio de Amor”. Estas canções fizeram parte da tour “vol.2 2019”, que contou com 30 espetáculos e aparições na televisão. Para este ano, a banda lançará o terceiro disco, intitulado “LUZ”. B.L./C.V.

Faça a sua assinatura anual e esteja a par das notícias do Ave


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

13

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Semana de Leitura em Vila Nova de Famalicão

Parque da Devesa recebe exposição “Mar de Plástico” “Mar de Plástico” é o nome da exposição apresentada pelos Serviços Educativos do Parque da Devesa, que será inaugurada esta sexta feira, 6 de março. A entrada é livre. Organizada pela campanha “Ocean Action” do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), a mostra itinerante visa consciencializar o público para a poluição dos oceanos e incentivar à mudança de comportamentos. A exposição, como forma de atrair a atenção dos visitantes, “usa ferramentas com forte impacto visual e sensorial”, assim como recorre a infografias e ilustrações. “Mar de Plástico” pode ser visitada de segunda e quinta-feira, das 9 às 13 horas e das 12 às 18 horas. Já à sexta-feira, está aberta das 9 às 12 horas. No fim de semana, a exposição pode ser visitada entre as 14.30 e as 18.30 horas. A inauguração, que acontece esta sexta-feira, está agendada para as 10 horas e contará com a presença de José Teixeira, coordenador da campanha “Ocean Action”.

Talentos de Mogege sobem ao palco O salão nobre da Junta de Freguesia de Mogege, no concelho de Vila Nova de Famalicão, foi palco da antestreia da Noite Cultural, que está marcada para 7 de março, a partir das 21 horas. Na iniciativa, realizada a 29 de fevereiro, foi apresentada a peça de teatro “O Boneco em Trabalhos”, interpretado por um grupo de crianças e jovens da freguesia e encenado por José Maioral. Seguiram-se performances na música, humor e poesia. “Foram vários talentos de Mogege que proporcionaram uma excelente noite a todos os que estiveram presentes”, revelou a Junta de Freguesia, que promete “muitas surpresas” na Noite Cultural, no sábado.

Sessão de abertura realiza- se

a

9 de M arço

A Escola Básica 2/3 D. Maria II é palco do arranque da 11.ª edição da Semana de Leitura das Bibliotecas de Famalicão. Através da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e da Rede Concelhia das Bibliotecas Escolares, o evento decorrerá durante uma semana, orientado pelo tema “Somos o que lemos”. No dia 9 de março, pelas 15 horas, a EB 2/3 D. Maria II realiza a sessão de abertura da Semana de Leitura que conta com a presença de Cândida Pinto, diretora do Agrupamento de Escolas D. Maria II, do vereador da Educação e Conhecimento da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Leonel Rocha, do coorde-

nador interconcelhio das Bibliotecas Escolares, António Pires, e da escritora e jornalista Filipa Martins, que será também “madrinha” desta edição. Do programa consta, entre várias atividades, o encontro com a escritora Carla Garrido, no dia 10 de março, e a apresentação do livro “A gaivota Carlota” e o espetáculo “O tio Fontaine”, pela Associação A rtística ETCetera Teatro, no dia 13, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. Ainda no dia 10, no Polo da Biblioteca de Pousada de Saramagos, decorre o atelier de seniores apresenta “Flores de Papel”, no dia seguinte, 11 de março, o Polo da Biblioteca de Riba de Ave recebe a tertúlia “Ecos de Leitu-

ra”, no dia 12, pelas 10.15 horas decorre, mais uma vez, a iniciativa “Famalicão a LER”, que desafiará toda a população do concelho a ler um livro, uma revista ou um jornal, durante 15 minutos. Já no penúltimo dia, haverá música da Escola de Música do CCDR e poesia protagonizado por Sandra Escudeiro, que terá lugar no Polo da Biblioteca de Ribeirão. Também neste dia decorre o espetáculo “O Tio Fontaine” organizado pela Associação Artística ETCetera Teatro e, no Polo da Biblioteca de Lousado haverá a história de João Pedro Mésseder “Não venham já ou uma casa virado do avesso”. O programa pode ser consultado através do site bibliotecacamilocastelobranco.org.

Câmara ajuda 350 famílias no pagamento da água e do lixo Em Vila Nova de Famalicão, “350 famílias” são beneficiadas através de uma redução das tarifas municipais de água, saneamento e resíduos sólidos o que diminui a receita anual da Câmara Municipal em “cerca de 65 mil euros”. “É mais uma medida de grande alcance social, que apoia as famílias quando elas mais precisam da nossa ajuda”, refere Paulo Cunha, presidente da autarquia, que, mensalmente, aprova em reunião de executivo “inú-

meros pedidos de redução” des- didos no pagamento de rendas, e outros, este benefício constituitas despesas. Com a duração de um ano – com -se, segundo Paulo Cunha, “funpossibilidade de renovar ou revo- damental em certos momentos digar caso haja alteração das con- fíceis, que ajudam muitas vezes dições socioeconómicas das fa- uma família a reeguer-se e a remílias – este apoio é concedido cuperar o equilíbrio financeiro”. A tabela municipal prevê, de após requisição junto da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos, resto, já uma tarifa social, com que, posteriormente, terá que valores mais reduzidos para faatestar a situação de vulnerabili- mílias com carências económidade dos proponentes através da cas, assim como uma tarifa familiar para agregados com quatro Divisão de Solidariedade Social. Assim como os apoios conce- ou mais pessoas. B.L./C.V.


14 JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt

Desporto

// Futebol

Famalicão regressa aos triunfos frente ao Sporting O Famalicão regressou às vitórias, na receção ao Sporting, ao vencer por 3-1, após um arranque perfeito no jogo de encerramento da 23.ª jornada da 1.ª Liga de futebol, que marcou também a saída de Jorge Silas do comando técnico dos “leões”. CÁTIA VELOSO

Racic e Diogo Gonçalves deram vantagem à equipa famalicense, que não vencia há seis jogos no campeonato – oito em todas as competições –, aos cinco e oito minutos. Coates reduziu para o Sporting, no último minuto da primeira parte, mas Diogo Gonçalves ‘bisou’ e fixou o resultado, aos 66. O jogo começou de forma penosa para os “leões”, que sofreram golos nos dois primeiros remates no encontro de ressaca da eliminação da Liga Europa. Na sequência da goleada por 4-1 no terreno dos turcos do Basaksehir, Silas mexeu em todos os setores, ao substituir o castigado Wendel pelo mais defensivo Eduardo, mas também ao atribuir a titularidade a Rosier, Neto e Gonzalo Plata, em detrimento de Ristovski, Ilori e Bolasie. Do lado minhoto, João Pedro Sousa fez menos alterações, com a aposta nos centrais Roderick e Nehuen Perez, em vez dos indis-

poníveis Ivo Pinto e Patrick William, e do extremo Walterson no lugar do lesionado Gustavo Assunção, relativamente ao desaire em Paços de Ferreira (2-1). O regresso aos triunfos do Famalicão começou a ser desenhado aos cinco minutos, no primeiro remate da partida: um tiro, de primeira, de Racic, depois de um ressalto em Acuña, que deixou a bola na zona central. Logo depois, aos oito, Diogo Gonçalves ampliou a vantagem, ao surgir na área, pela direita, após a assistência de trivela de Fábio Martins, dando sequência a uma condução de Racic. O brasileiro foi o construtor dos lances de ataque famalicenses, ao beneficiar dos espaços concedidos pela equipa leonina, que só Jogo marcou a saída do treinador do Sporting na fase final da primeira parte, já com Eduardo mais adiantado, con- antes do intervalo, com o cabecea- Diogo Gonçalves, após fintar Neto tou com Vietto a tentar colmatar a mento do uruguaio, na sequência na área, correspondendo à recuperação de bola a meio-campo de distância entre a defesa e o ataque de um livre sobre a direita. A toada manteve-se na segun- Pedro Gonçalves. verde e branco. Silas ainda reforçou o ataque, Sporar, primeiro, e Gonzalo Pla- da parte, com o Sporting no meiota, depois, mostraram-se perdulá- -campo anfitrião, sem grande efi- por vezes com as subidas de Coarios, aos 17, depois de uma arran- cácia, apesar do tiro de Jovane Ca- tes e, depois, com Pedro Mendes, cada na esquerda de Acuña, que bral por cima e da atrapalhação de mas foi o Famalicão a estar mais invariavelmente foi o protagonis- Vietto, este último já na pequena próximo do quarto golo, já em ta dos mais bem conseguidos cru- área, apesar da ameaça constan- cima dos 90, quando o suplente te dos contra-ataques adversários. Anderson, isolado por Alex Cenzamentos leoninos. Foi na sequência de uma dessas telles, permitiu a defesa de MaE acabou por ser o argentino a assistir Coates para o único golo transições que o Famalicão voltou ximiano. Com o segundo triunfo frente dos lisboetas, já no último lance a marcar, aos 66, novamente por

ao Sporting na temporada, depois da vitória por 2-1 na primeira volta, o Famalicão sobe ao sexto lugar, com 36 pontos, a três pontos do Sporting, que é quarto, a quatro pontos do Sporting de Braga, que ocupa o último lugar do pódio da 1.ª Liga. Este domingo, 8 de março, os famalicenses defrontam, no Jamor, o Belenenses SAD, num jogo que está marcado para as 15 horas. c/Lusa

Aves perde e compromete manutenção O Desportivo das Aves comprometeu, seriamente, a manutenção na 1.ª Liga de futebol, ao perder em casa diante do Paços de Ferreira por 1-3, no dia 1 de março, em partida referente à 23.ª jornada. Em Vila das Aves, o médio Pedrinho (27 minutos) e os avançados Hélder Ferreira (49) e Adriano Castanheira, de grande penalidade (72), apontaram os golos dos ‘castores’, que ainda sofreram a igualdade pelo dianteiro brasileiro Welinton Júnior (44). Os avenses, no último lugar com 13 pontos, são cada vez mais candidatos a descer de divisão, já que se distanciaram da zona de manutenção, cuja primeira equipa, precisamente a pacense, já soma mais nove pontos. O momento intranquilo das duas formações refletiu-se desde os instantes iniciais, assinalados por diversas interrupções e quezílias, que prejudicaram o ritmo

Avesenses ocupam o último lugar da tabela classificativa de um jogo pautado pela ausência de imaginação na hora de desmontar as estratégias contrárias. Aportando o fator casa e com maior sufoco na classificação, os avenses começaram por exercer algum ascendente territorial, materializado apenas num cabeceamento de Welinton para as mãos

do guarda-redes Ricardo Ribeiro, aos 13 minutos. Confortáveis numa postura expectante, os “castores” corresponderam à faceta física imposta pela partida e armaram contragolpes para ferir as ambições anfitriãs, dando um pontapé na monotonia pelo capitão Pedrinho,

perto da meia hora. Aproveitando um corte defeituoso de Rúben Oliveira ao lançamento executado por Oleg, na esquerda, o camisola 10 do Paços de Ferreira encheu o pé direito em zona frontal e rematou sem contemplações de fora da área para o fundo das redes de Beunardeau. O golo desestabilizou o Desportivo das Aves, cujo descontrolo emocional cresceu até ao intervalo e saiu disfarçado aos 44 minutos, quando Welinton Júnior aproveitou uma interceção desastrada de Ricardo Ribeiro para igualar a contenda com a baliza deserta. Debaixo de chuva, a etapa complementar prolongou uma toada parca em oportunidades e recheada de eficácia, como atestou o remate cruzado e de ângulo apertado do extremo Hélder Ferreira, aos 49 minutos, beneficiando do mau posicionamento de Beunardeau. Nuno Manta Santos foi lesto a

unir Welinton ao recém-entrado Marius na frente, mas o conjunto de Santo Tirso voltou a mostrar pouco discernimento para atacar com critério, ao invés do pacense Douglas Tanque, que aqueceu as luvas de Beunardeau, aos 63 minutos. Os pupilos de Pepa deram a estocada final à entrada para os últimos 20 minutos, com Adriano Castanheira a assinar o terceiro festejo dos pacenses, de penálti. Sem frescura física e anímica para minimizar estragos, os locais encheram-se de apatia na reta final e só desafiaram Ricardo Ribeiro pelos pés de Rúben Macedo, aos 82 minutos, registo insuficiente para beliscar o pleno de vitórias pacenses na Vila das Aves. Este domingo, 8 de março, às 17.30 horas, a equipa avense tem encontro marcado com o Sporting CP, já ao comando de Rúben Amorim, em Alvalade. C/Lusa


www.jornaldoave.pt

5 de março DE 2020 JORNAL DO AVE

Atualidade // Rali

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCATÓRIA De acordo com o nº 3 do Artigo 29.º dos Estatutos da Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso, convoco os Associados a reunirem em Assembleia Geral Extraordinária no próximo dia 26 de março de 2020, pelas 16h00m, na Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso, sito na Rua Prof. Sampaio de Carvalho nº 25, 4780-533 Santo Tirso, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto Único: - Revogação, por mútuo acordo, do Contrato de Doação entre a ASAS - Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso e a Câmara Municipal de Santo Tirso, nos termos da alínea d) do número 2, do artigo 24.º, dos Estatutos. Terreno em Sequeirô - prédio urbano, constituído por. uma parcela de terreno destinada a construção, com a área de mil seiscentos e noventa e dois metros quadrados, descrita na Conservatória do Registo Predial de Santo Tirso sob o número quatrocentos e setenta e dois da Freguesia de Sequeiro (extinta), inscrito na matriz predial respetiva sob o artigo setecentos e trinta e sete, que deu origem ao artigo quatro mil e vinte e quatro da atual Freguesia União das Freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira.

Se à hora referida não existir "quórum" (presença de mais de metade dos associados com direito de voto) esta Assembleia Geral iniciar-se-á pelas 16h30m com qualquer número de associados presentes, no mesmo local e com a mesma Ordem de Trabalhos. Os documentos que serão discutidos na presente reunião estão disponibilizados na Sede. Santo Tirso, 28 de fevereiro de 2020 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vasco Sousa Cruz Ferreira da Costa

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA CONVOCATÓRIA De acordo com o Artigo 29.º número 2, alínea b) dos Estatutos da Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso, convoco os Associados a reunirem em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 26 de março de 2020, pelas 17h30m, na Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso sito na Rua Prof. Sampaio de Carvalho n° 25, 4780-533 Santo Tirso, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto Único: - Apreciação e Votação do Relatório e Contas de Exercício relativos ao ano de 2019. Se à hora refenda não existir "quórum” (presença de mais de metade dos associados com direito de voto) esta Assembleia Geral iniciar-se-á pelas 18h00m com qualquer número de associados presentes no mesmo local e com a mesma Ordem de Trabalhos. Os documentos que serão discutidos na presente reunião estão disponibilizados na Sede e no sítio institucional (www.asassts.com). Santo Tirso, 28 de fevereiro de 2020 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Vasco Sousa Cruz Ferreira da Costa

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 21834601 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt | Redação: Cátia

15

Armindo arranca no topo do Nacional de ralis Armindo Araújo começou da melhor forma a temporada no Campeonato de Portugal de Ralis, ao vencer a prova de abertura, o Rali Serras de Fafe e Felgueiras, a 1 de março. O piloto de Santo Tirso, ao volante de Skoda Fabia R5 cumpriu as 13 especiais com um tempo de 1:36.43,7 horas, menos 1.26 minutos que o 2.º classificado, Bruno Magalhães, em Hyundai i20 R5. “Conseguimos fazer um bom rali, estivemos sempre confortáA rmindo A raújo venceu a prova de abertura a 1 de março veis, o carro não deu problemas e isso deu-nos sempre muita con- “excelente rali”, Armindo Araújo, (Hyundai i20), que participou no fiança”, revelou Armindo Araú- focado nas “contas do campeo- rali como forma de preparação jo, que procura o sexto título em nato português”, confessou que para a próxima ronda do Mundial, Portugal. teve o arranque que “ambicio- no México. O despiste aconteceu O atual campeão nacional, Ri- nava”, tendo obtido o máximo de na Lameirinha, o mesmo troço em cardo Teodósio (Skoda Fabia pontos ao vencer a “power stage”, que desistiu também o russo NicoEvo R5), fechou o pódio, com na etapa da Lameirinha. lay Gryazin (Hyundai i20 R5), que mais 1.30,5 minutos que ArminA prova ficou também marcada chegou a liderar a corrida. do Araújo. A próxima prova do campeonapelo acidente, sem consequênConsiderando que, “em termos cias físicas, do campeão mun- to nacional de ralis decorre enorganizativos”, participou num dial em título, o estónio Ott Tanak tre 27 e 29 de março, nos Açores.

// Karaté

Avenses no pódio em Matosinhos O pavilhão de desportos e congressos em Matosinhos recebeu, no dia 22 de fevereiro, o Open Internacional, organizado pelo Núcleo Português de Karate (NPK). A competição contou com cerca de 700 atletas de todas as idades.

O Karate Katas Vila das Aves levou quatro atletas, dois dos quais subiram ao pódio duas vezes. João Araújo alcançou a 2.ª posição de katas trissomia 21 e Manuel Ribeiro que fechou o pódio do kumite seniores -75 kg. Já de 14 a 16 de fevereiro, a Fe-

deração Mundial de Karate organizou a Premier League- Karate 1, no Dubai. O mestre avense Joaquim Fernandes arbitrou na prova e devido ao seu desempenho foi selecionado para ajuizar as finais. B.L./C.V.

Famalicão com campeões nacionais na dança Decorreu, a 29 de fevereiro e 1 de março, em Lisboa, o Campeonato Nacional de 10 Danças, Sub-21 e Solo em Dança Desportiva, competição com centenas de pares de todo o continente e ilhas em prova. A Academia Gindança, de Vila Nova de Famalicão, foi uma das escolas com mais pares a competir, tendo conseguido alguns resultados relevantes, dos quais se destacam nove pódios. O par Sérgio Costa/Rita Almeida sagrou-se tetracampeões da competição, em Profissionais, enquanto Eduardo Silva/ Rita Silva venceram em Juniores 2

Veloso | Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Tiragem 7500 exemplares| NIB:

Iniciados. No mesmo escalão, Pedro Castro e Matilde Costa foram vice-campeões, título também alcançado por Tomás Gomes e Gabriela Teixeira, em Juniores 1 Open, num pódio fechado pelos colegas Rafael Almeida e Bárbara Silva. Filipe Gomes e Lara Batista sagraram-se vice-campeões em Juventude Open e em Sub-21. Destaque ainda para o 3.º lugar alcançado por Afonso Marinho/Lara Sousa, em Juniores 1 Intermédios, e por João Campos/Camila Mendanha, em Adultos Intermédios.

PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios

Em danças solo, a atleta Irene Pereira foi vice-campeã nacional em Juventude Iniciados Latinas. Já a equipa famalicense da Apolo também esteve em destauqe, com sete títulos nacionais. Dinis Rocha e Maria Cabral venceram em Juvenis 2, enquanto Martim Rocha e Mariana Oliveira sagraram-se campeões nacionais em Juventude Intermédios. O grupo FamaGirls venceu em Adultos, enquanto Catarina Martins, em solo, foi campeã em Latinas 1 e 2 em Adulto Open. Bruna Matos também venceu em Latinas 1 e 2 em Juventude Intermédios.

publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave. pt/index.php/estatuto-editorial


16 JORNAL DO AVE 5 de março DE 2020

www.jornaldoave.pt www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Culinária

Blogger de Famalicão partilha “Intimidades na Cozinha” Ana Teixeira lançou, há quatro anos, um blogue de culinária, onde partilha as experiências que faz na cozinha. O “Intimidades na Cozinha” é um projeto em crescimento, que já motivou a realização de uma mostra gastronómica, em Vila Nova de Famalicão. CÁTIA VELOSO Na cozinha do estabelecimento comercial da mãe, Ana Teixeira alimentava-se e alimentava o gosto pela culinária. Foi lá que deu os primeiros passos na área, voluntariando-se para fazer o empratamento das refeições que eram servidas aos clientes. Estará aqui a génese da paixão desta famalicense de 35 anos, que não se lembra exatamente da primeira experiência gastronómica, cuja prática foi sendo aprimorada naturalmente, a estrelar ovos, a grelhar bifes, a assar carne e peixe. Ainda assim recorda-se de que os primeiros pratos completamente confecionados pelas suas mãos foram “paelha e bacalhau à Gomes de Sá”. A culinária é, desde há muito, uma paixão, mas foi sendo sempre conjugada com outras prioridades, como a formação académica, com a licenciatura e mestrado em comunicação social e, agora, com a atividade profissio-

nal como assessora de comunicação de uma instituição de Ensino Superior. À exceção de “formações” que frequenta para “determinadas áreas gastronómicas” e “aperfeiçoamento de algumas técnicas”, Ana Teixeira não tem especialização na área da culinária, mundo que conhece principalmente devido ao espírito autodidata. Mantém nos planos “fazer um curso”, mas enquanto não lhe é possível vai explorando o blogue que criou, depois de desafiada pelos amigos. “Gosto de ter a casa cheia, gosto de cozinhar para os amigos e partilhar as minhas experiências gastronómicas e eles foram-me aconselhando a criar um blogue para partilhar com outras pessoas esta minha paixão. Achei a ideia interessante e decidi avançar”. Mal sabia que do “forno” iria sair um projeto “tão saboroso”. O “Intimidades na Cozinha”, intimidadesnacozinha.com, dura já há quatro anos e para a famalicense é considerado um “filho”, que divide o amor da mentora com o cão Caril. “A experiência até aqui tem sido ótima e bastante positiva. Tenho tido bons feedbacks, pessoas que me seguem e me enviam fotografias de receitas minhas que fazem,

Sopa de Batata Doce e Ervilha 2 cebolas média 2 dentes de alho 800 gr de batata-doce 200 gr de cenoura 1 alho francês Cebolinho fresco q.b. 1 corgete média 800 ml de água

A na T eixeira lançou o blog há 4 anos que me enviam mensagens a felicitar pelo trabalho ou mesmo para tirar dúvidas desta ou daquela receita”, revelou. Com o curso de fotografia profissional e a pós-graduação feita em marketing digital, Ana Teixeira aprendeu a “tirar o máximo partido do blogue”, ao ponto de, recentemente, ter realizado uma mostra gastronómica na central de camionagem de Vila Nova de Famalicão. O evento, realizado a 15 de fevereiro, contou com a presença de mais de uma dezena de marcas nacionais e regionais, que apresentaram os seus produtos aos visitantes, e ficou marcada pela conversa com o chefe de

cozinha Leonel Fernandes, que participou na 2.ª edição do Masterchef. Um projeto a crescer O “Intimidades na Cozinha” conta com o apoio de peso de várias marcas, como a cadeia de supermercados Auchan, a charcutaria Primor, a Life in a Bag, a Vieira, as madeiras Gradirripas e o Cantinho das Aromática. Estas parcerias acabam por valorizar o projeto. “Algumas delas foram contactadas por mim, devido ao meu interesse em estabelecer parcerias com as quais me identifico, outras contactaram-me e há também

Mega Panqueca saudável

Sal grosso Pimenta Branca Azeite 1 copo de leite de coco Ervilhas em conserva q.b. Sementes de sésamo q.b. Amêndoa Laminada q.b.

Preparação Fazer um refogado com um fio de azeite, as cebolas e o alho. Assim que começar a estalar, juntar o alho francês. Cozinhar cerca de 5 minutos. Juntar a batata-doce cortada aos cubos, a cenoura e a corgete. Temperar com sal e pimenta a gosto. Juntar 800 ml de água e deixar cozinhar cerca de meia hora. Quando os ingredientes estiverem cozidos, passar o preparado até ficar cremoso e sem grumos. Se ficar muito espesso, juntar um pouco de água. Já quase no final, adicionar o copo de leite de coco e deixar cozinhar por mais 2 minutos. Servir com uma colher de leite de coco, as ervilhas, amêndoas e sementes de sésamo. Enfeitar com cebolinho picado. O cebolinho vai dar uma frescura muita boa à sopa. Podem trocar por salsa ou coentros.

1/2 de laranja limpa 2 colheres de sopa de farinha de espelta 2 colheres de sopa de côco ralado Ágar-ágar para adoçar 1 colher de chá de fermento em pó 1 ovo Topping: Choco Butter Whey Protein da Prozis, Amêndoa laminada Preparação Na liquidificadora juntar a laranja, a farinha, o côco, o fermento, o ágar, e ovo e triturar bem. Numa frigideira, antiaderente, usei a minha da Tescoma, adicionar o preparado de forma a termos uma mega panqueca. No topping, dispor o Choco Butter Whey Protein, a amêndoa e os frutos vermelhos.

aquelas que vou experimentando e dando a minha opinião, acabando por criar parcerias”. Os produtos regionais, para Ana Teixeira, são elemento fundamental para ter “uma boa cozinha”. “Não é à toa que alguns restaurantes já estabelecem duas a quatro ementas por ano, de acordo com as estações. Desta forma aproveitam os produtos sazonais, assim como despertam a curiosidade no cliente”, explica, sem deixar de confirmar a crescente procura destes alimentos na gastronomia portuguesa, que desta forma “consegue oferecer mais sabores e uma experiência mais completa”. O bacalhau, por exemplo, não sendo o que mais aprecia a comer, é um dos ingredientes que a blogger mais gosta de confecionar, pela “versatilidade” e relação com a cozinha lusa. Como traços identitários tem a cor e a textura e nos pratos abusa das leguminosas, para “balançar, nutricionalmente, os pratos”. Nas sobremesas, as “junções improváveis” reinam, assim como a substituição dos açúcares e das farinhas refinadas por “alternativas saudáveis”, sem colocar em causa o sabor, que fica “melhor ainda”. Por isso, é natural que as farinhas de espelta, aveia, coco, alfarroba e millet estejam no top de ingredientes mais utilizados. Quanto aos ingredientes mais versáteis, elege os ovos e a aveia. Diariamente, Ana Teixeira acorda entre as 6.30 e as 7 horas para preparar a alimentação que faz durante o dia. É nesta rotina que coloca em prática as experiências gastronómicas que, quando estão “no ponto”, são partilhadas com os seguidores. A inspiração para os pratos vem, na maior parte das vezes, no ginásio, local onde a famalicense recarrega baterias e tem “as melhores ideias”. O futuro Depois da experiência “bastante positiva” da primeira mostra gastronómica, Ana Teixeira já decidiu que vai repetir o evento no próximo ano. Dois mil e vinte um marcará também na história o lançamento do primeiro livro de receitas da famalicense, marcando assim o quinto ano de “Intimidades na Cozinha”.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.