Edição 172 do Jornal do Ave

Page 1

PUB

www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

1

Quinzenário 6 de fevereiro de 2020 Nº 172 Ano 4 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

09 EMPREENDEDORISMO

A mesa de santo tirso que chegou a s. bento Peça de decoração está na residência oficial do primeiro-ministro 08 I novação

Binóculos made in famalicão

13 CEO DA STELIA AEROSPACE

“A filial da STELIA em Santo Tirso vem reforçar a nossa capacidade de produção”

10 Gastronomia

“Dias à mesa” com mais restaurantes e menus novos PUB


2

JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade // Região

// Vila Nova de Famalicão

Alunos da Cior e da D. Dinis 200 escuteiros embaixadores do programa vão limpar estátuas Erasmus+

No sábado, 8 de fevereiro, cerca de 200 escuteiros do Núcleo de

Vila Nova de Famalicão do Corpo Nacional de Escutas vão percorrer a cidade, promovendo a manutenção e limpeza de estátuas e

Miguel Rodrigues, no curso de Produção Metalomecânica da Escola Profissional CIOR (VN Famalicão) e Juliana Sousa, finalista do curso de Análise Laboratorial da Escola Básica e Secundária de D. Dinis (Santo Tirso), integram grupo de 15 embaixadores selecionados a nível nacional para serem EuroApprentice, do Programa Erasmus+, durante o ano 2020. Estes jovens embaixadores são escolhidos com base nas competências, experiência e boas práticas identificadas nos respetivos estabelecimentos de ensino. M iguel Rodrigues é aluno da CIOR “Miguel Rodrigues efetuou o seu estágio o ano passado numa em- “surpresa”, mas sim “o reconhepresa na Grécia, a trabalhar em cimento do histórico, do trabalho conjunto a nível nacional e inter- e das dinâmicas desenvolvidos nacional, para encorajar outros pelo Gabinete de Projetos da escolegas a aproveitar as oportu- cola ao longo de muitos anos no nidades do programa Erasmus+ que se refere aos programas de para formandos do Ensino e For- mobilidade no espaço europeu, mação Profissional”, revelou fonte no âmbito do Erasmus+”. da Cior sobre o aluno que confesJá fonte da Escola D. Dinis fez sou ter uma “oportunidade única” saber que “o perfil de excelênpara continuar a sua experiência cia” de Juliana Sousa, “tanto na e “partilhá-la com orgulho”. sua experiência de estágio ErasAmadeu Dinis, diretor da Cior, mus no sul de Itália como nas atiadmitiu que esta nomeação não é vidades letivas na escola, foi me-

espaços circundantes. Os escuteiros com idades entre os 18 e os 22 anos estarão divididos em várias equipas e a limpeza irá decorrer em simultâneo. A iniciativa marca o arranque das comemorações dos 60 anos do Corpo Nacional de Escutas de Famalicão e conta com o apoio da Câmara Municipal. pub

ritoriamente reconhecido pela equipa que analisou as candidaturas, pelo que irá beneficiar de uma oportunidade única de divulgar o programa Erasmus+ Educação e Formação em Portugal, depois na Finlândia, em Helsínquia, e na Alemanha, em Berlim”. Na Escola D. Dinis, os projetos Erasmus são implementados desde 2011, tendo sido reconhecidos, em 2015, com a atribuição da acreditação Vet Charter.

// Vila Nova de Famalicão

Colheita de sangue em Ribeirão No domingo, 9 de fevereiro, a Junta de Freguesia de Ribeirão é palco de uma colheita de sangue promovida pela Associação de de Dadores de Sangue de Vila Nova

de Famalicão e realizada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação. A atividade, aberta à população em geral, decorre das 9 às

12.30 horas, com o apoio da Cruz Vermelha, da Associação Adoptar e do agrupamento de escuteiros local.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

3

Atualidade // Santo Tirso

OPJ com 19 projetos a votação Foram apresentados, esta quarta-feira, os 19 projetos finalistas do Orçamento Participativo Jovem 2019. Espaços desportivos e projetos de âmbito social representam a maioria das propostas. Votação decorre até 17 de fevereiro. Estão encontrados os finalistas da edição 2019 do Orçamento Participativo Jovem que contou com a participação direta de 73 jovens, entre os 12 e os 30 anos. Destes, 65 vão ver as propostas que apresentaram serem submetidas a votação. “O OPJ é uma iniciativa que pretende dar voz aos nossos jovens, é uma forma de fazerem saber o que é mais importante para eles e, desta forma, contribuírem para a comunidade”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, durante a sessão de apresentação das propostas, salientando que “quanto maior for a participação, tanto ao nível da submissão de propostas quanto agora na votação, mais a democracia ganha”. No total das 19 propostas que vão à última fase, seis têm o desporto como denominador comum. A construção de um campo de padel, de um polidesportivo, de um

parque de street workout, a requalificação de um parque de lazer e duas propostas para construção de um campo de minigolfe são os projetos apresentados nesta área. Dentro dos projetos ao ar livre, há também duas propostas para criação de parques caninos. Já no âmbito social, há propostas para criação de espaços de leitura inclusivos, um frigorífico solidário para disponibilizar comida, uma plataforma de apoio social e dois parques infantis adaptados. O ambiente é outro das áreas objeto de propostas, uma para a instalação de “ecopontas” e “papachicletes” no concelho e outra para a implementação de um sistema de reciclagem de embalagens inovador que premeia a utilização. Há ainda propostas para a implementação da primeira etapa do caminho de São Rosendo, promoção da alimentação saudável em todas as escolas do 2º e 3º ciclos, criação de um centro de apoio pedagógico na área 3D e ainda para dotar as corporações de bombeiros com Desfibrilhação Automática Externa. As 19 propostas finalistas estarão disponíveis para votação, exclusivamente, na plataforma www. opjst.cm-stirso.pt, entre 31 de ja-

P rojetos finalistas foram apresentados na Fábrica de Santo T hyrso neiro e 17 de fevereiro. Cada jovem, entre os 12 e os 30 anos, residente ou estudante no concelho, poderá votar uma única vez, tendo de, obrigatoriamente, escolher duas propostas diferentes. A colocação de um relvado sintético, a recuperação dos lavadouros de Monte Córdova, a constru-

ção da Praia Urbana, a criação de uma sala snoezelen e dinamização de um programa de deporto adaptado e a construção da Horta Urbana, foram, retrospetivamente, os projetos vencedores desde que o OPJ foi implementado pela Câmara Municipal, em 2014. O Orçamento Participativo Jo-

vem é um instrumento que tem como objetivo reunir opiniões e contributos da população jovem do concelho, permitindo adequar as políticas públicas municipais às suas necessidades e perspetivas, tendo um orçamento disponível de 120 mil euros.

21 restaurantes de Santo Tirso aderem ao Fins de Semana Gastronómicos

Queijo e presunto acompanham Pica no Chão e Pudim Santo Tirso recebe mais uma edição dos Fins de Semana Gastronómicos no mês de fevereiro. No concelho, esta iniciativa promovida em parceria com o Turismo Porto e Norte de Portugal realiza-se no fim de semana de 21 a 23 de fevereiro e conta com 21 restaurantes aderentes. O prato principal é o tradicional pica no chão, que será antecedido por uma tábua de queijo com presunto. Para sobremesa, o mais recente doce do concelho: o pudim Condessa Aldara. Fique a conhecer os restaurantes aderentes: 15 Restaurante, Restaurante 7 Migalhas, Restaurante Adega Amarela, Adega Regional do Zé, Adega Regional Fernando Ferreira Cunha, Restaurante a Lanterna Tasquinha, Restaurante Belo Horizonte,

Restaurante Braseiro das Aves, Restaurante Casa Rosae, Restaurante Campinhos, Restaurante Cozinha do Ave, Restaurante Dona Unisco, Restaurante Feit´ó Bife, Restaurante Hortal o Cleto, Restaurante Mira Parque, Restaurante Moagem, Restaurante o Costa, Restaurante Ponto Final, Restaurante Praceta dos Carvalhais, Restaurante Taberna Rocha Pereira e Restaurante Tirsense. “Trata-se de um evento onde Santo Tirso se dá a conhecer através da gastronomia e dos belíssimos vinhos da região. Somos um povo muito hospitaleiro e é com muito gosto que recebemos quem vem de fora e damos a conhecer o nosso património em todas as vertentes”, referiu Alberto Costa, presidente da Câ-

Pica no Chão dos restaurantes de Santo T irso promovido na atividade do T urismo Porto e Norte de Portugal mara Municipal de Santo Tirso. Associados à iniciativa estão também sete empreendimentos turísticos participantes são: Hotel Cidnay, Santo Thyrso Hotel,

Zé da Rampa Hotel, Hotel Carvalhais, Casa de Vilela, Quinta da Picaria e Quinta das Leiras. A s reser vas devem ser feitas com 72 horas de antecedên-

cia e os clientes que optem por pernoitar no território nas noites de sexta e sábado terão dez por cento de desconto no alojamento. C.V.


4

JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Política // Santo Tirso

Socialistas de Santo Tirso elegeram Alberto Costa Alberto Costa ganhou as eleições para a Comissão Política Concelhia do Partido Socialista com 91 por cento dos votos. No ato eleitoral realizado a 1 de fevereiro, os militantes deram um voto de confiança à candidatura encabeçada pelo atual presidente da Câmara Municipal, a única que foi a votos para aquela estrutura. “Consolidar a Confiança” foi a moção apresentada por Alberto Costa, que considerou que “a grande afluência às urnas” nas secções de Santo Tirso e Vila das Aves, num dia de chuva e vento forte, “é sinónimo” de que “o partido está vivo e diz ‘presente’ em todos os momentos importan-

tes da vida do PS/Santo Tirso” e que “os militantes quiseram dizer inequivocamente que apoiavam o rumo estratégico” apresentado pelo candidato. “Mostraram que querem uma liderança que reforce a coesão interna, que dê estabilidade ao projeto político e que tenha condições de renovar as vitórias eleitorais alcançadas pelo partido”, sublinhou. São “três” os eixos que orientarão a nova liderança socialista no concelho: militância participativa ativa, afirmar o PS/Santo Tirso e ganhar as eleições autárquicas de 2021. “Ao contrário do que alguns podem pensar, este é um momento importante para a vida do parti-

do em Santo Tirso, o qual nos convoca, a todos, para uma militância ainda mais fortalecida e para uma coesão ainda mais robusta, para combater os nossos adversários políticos e para enfrentar os próximos desafios eleitorais”, defendeu A lberto Costa, prometendo “lealdade, tolerância e compromisso” na condução do partido “à defesa dos interesses” da população tirsense. A lberto Costa sublinhou “a forte presença de mulheres” na equipa que o acompanha e lembrou ainda “todos aqueles que, nos últimos anos, contribuíram com o seu trabalho, dedicação e sentido de missão para a afirmação do PS/Santo Tirso, condu-

E leitos para as estruturas do PS no concelho de Santo T irso zindo o partido a grandes resultados políticos”. Também as secções do PS de Santo Tirso e de Vila das Aves foram votos, com Nuno Linha-

res eleito para a primeira e Sónia Martins para a segunda. Para a Comissão Política Concelhia para as Mulheres Socialistas foi eleita Elisabete Beja.

Quitéria Roriz tomou posse no PSD Há 12 anos iniciou o percurso político como vice-presidente da JSD de Santo Tirso e no arranque de 2020 assumiu a liderança do Partido Social Democrata no concelho. Quitéria Roriz tomou posse e pediu ajuda aos militantes para vencer as autárquicas de 2021. “Liderar um projeto de reafirmação do PSD nas freguesias e no concelho em torno de um desígnio que tem de ser coletivo e que é o de vencermos as próximas eleições autárquicas”. Foi este o compromisso assumido por Qui-

téria Roriz, na cerimónia de tomada de posse como presidente da comissão política da secção de Santo Tirso, perante mais de cem pessoas, no Restaurante Tirsense, a 31 de janeiro. A nova líder social-democrata – que nas internas venceu Fernando Vale – pediu ajuda aos militantes para “escolher os melhores candidatos às próximas eleições autárquicas, numa tentativa de agregar sensibilidades depois de um ato eleitoral que colocou a nu divergências no que os militantes tirsenses pretendem para o partido.

Quitéria Roriz procura agregar partido A contribuir para essa aproximação esteve o presidente da Juventude Social Democrata de Santo Tirso, Diogo Oliveira, que de-

monstrou disponibilidade e solidariedade para com a nova comissão política. Assegurando que cumprirá o

mandato “com total sentido de responsabilidade, seriedade e credibilidade”, Quitéria Roriz agradeceu a presença e o envolvimento de todos os presentes, onde se incluíram figuras influentes do partido, como Salvador Malheiro, vice-presidente da comissão política nacional “laranja”, e Alberto Machado, presidente da comissão política distrital do Porto do PSD. Além da comissão política da secção, tomaram ainda posse os membros da mesa de assembleia de secção, presidida por António Jorge Gonçalves Afonso.

// Vila Nova de Famalicão

Eduardo Oliveira vence concelhia do PS Eduardo Oliveira foi eleito presidente da comissão política concelhia do Partido Socialista de Vila Nova de Famalicão, derrotando o então líder Rui Faria, que tinha apresentado a recandidatura. Sob o lema “Pela Mudança, Devolver a Esperança”, Eduardo Oliveira, que encabeçava a Lista B, conseguiu recolher 448 votos, contra 324 da Lista A, nas eleições internas de 1 de fevereiro. Abrir espaço à participação política de todos os militantes, aumentar o número de militantes e fortalecer a transparência nos processos internos políticos foram os objetivos traçados pelo agora líder socialista famalicen-

E duardo Oliveira foi eleito se aquando da apresentação da candidatura. “Manifesto a minha alegria com os resultados obtidos, pois evi-

Paulo Cunha reeleito no PSD de Famalicão

denciam um PS Famalicão com enorme esperança num futuro que envolverá todos os militanPaulo Cunha foi reeleito como tes, simpatizantes e todos os cidadãos famalicenses na construção presidente da comissão política de um partido forte, dinâmico e da secção de Vila Nova de Famapróximo de todos. Reitero o com- licão do Partido Social Democrata promisso de estar próximo de to- para os próximos dois anos. A lisdos os famalicenses e cumprirei ta única que se apresentou às eleio que foi proposto pela candidatu- ções internas da concelhia, realira que liderei”, escreveu Eduardo zadas a 3 de fevereiro, obteve um Oliveira na rede social Facebook. total de 315 votos a favor, tendoTambém decorreram as elei- -se ainda registado um voto branções para a secção de Famalicão, co e um nulo. Vítor Moreira também foi reconvencidas por Ricardo Dias, para a secção de Riba de Ave, agora li- duzido para a presidente da Mesa derada por Laetitia Costa, e para a da Assembleia da secção Para os próximos dois anos, PauConcelhia das Mulheres Socialistas, representada por Isabel Silva. lo Cunha propõe-se a continuar e

a reforçar a aposta na abertura do partido à sociedade civil, posicionando-o “como uma plataforma política e cívica de debate de ideias, de apresentação de propostas, um parceiro de desenvolvimento, de democracia e de progresso ao serviço de Famalicão”. Com esta eleição, Paulo Cunha, que terá a acompanhá-lo como vice-presidente o deputado à Assembleia da República, Jorge Paulo Oliveira, assume o desafio de preparar e liderar a concelhia de Vila Nova de Famalicão ao longo do processo autárquico de 2021.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

Atualidade

// Santo Tirso

Em Santo Tirso existe um ecoponto para 199 habitantes

Numa parceria com a empresa Resinorte, a Câmara Municipal de Santo Tirso reforçou o concelho com mais 40 ecopontos instalados “em locais onde foi detetada a necessidade”. A colocação foi feita durante o primeiro mês do ano e em todas as freguesias do município com o objetivo de “reforçar a rede de equipamentos de recolha seletiva e incentivar à reciclagem”, refere a autarquia, que desta forma faz com que o município passe a ter “um rácio de um ecoponto por 199 habitantes”. No total, em Santo Tirso existem agora 346 ecopontos. “Ao aumentarmos o número de ecopontos espalhados pelo Município, diminuímos a distância que a população tem que percorrer para depositar os resíduos”, sublinhou Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal tirsense. Segundo dados da autarquia, no último ano, recolhidos dos ecopontos existentes no concelho “mais de 1200 toneladas de vidro, 600 toneladas de papel, 500 toneladas de embalagens e cerca de 900 toneladas de pilhas”. Alberto Costa considera que estes são “números muito positivos”, mas assegura que o objetivo é “que a população se empenhe, cada vez mais, na reciclagem e que Santo Tirso se consolide, como um Município onde a sustentabilidade ambiental se sente nas várias vertentes”.

5

// Vila Nova de Famalicão

Autarquia promove uso de copos reutilizáveis no Carnaval “Com estas iniciativas, a autarquia está a apostar na sustentabilidade ambiental e na consciencialização da comunidade para a necessidade de redução do consumo de plástico”. Foi desta forma que Paulo Cunha, presidente da autarquia de Vila Nova de Famalicão relevou a medida tomada pelo município de estabelecer a obrigatoriedade da utilização de copos de plástico reutilizáveis no “perímetro definido como área principal do Carnaval de Famalicão”, na noite de 24 para 25 de fevereiro. Ou seja, em todos os estabelecimentos comerciais da zona terão de servir os clientes com copos reutilizáveis, sendo que o cliente adquire a peça na primeira bebida, podendo utilizá-lo durante toda a noite ou num even-

to futuro. Há ainda a possibilidade de os consumidores poderem trazer consigo um copo reutilizável, não necessitando de o adquirir no evento. Esta medida foi implementada em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão (ACIF) e pretende diminuir a pegada ecológica do evento, que anualmente atrai milhares de foliões às ruas da cidade. Foi definido ainda um “perímetro secundário”, no qual a adesão dos comerciantes ao copo reutilizável é facultativa. Também com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade, a autarquia, em colaboração com a Resinorte, vai colocar “seis estruturas que servirão de ecopontos para a reciclagem”, na Praça

9 de Abril, no topo sul da Praça D. Maria II, no parque 1.º de Maio, na rua Padre Benjamim Salgado (em frente às escolas), na Avenida de França (junto à rotunda D. Sancho I) e na rua D. Fernando II. “São pequenas ações que podem fazer a diferença e contribuir para que no final da festa tenhamos uma cidade mais limpa e mais consciente”, sublinhou Paulo Cunha.

“Eco-Trocas” através do Facebook A Associação Famalicão em Transição, apoiada nos seus valores ao nível do consumo sustentável, criou o grupo “Eco-Trocas Famalicão”, no Facebook. Este grupo tem como objetivo promover a economia circular no concelho famalicense, para uma maior sustentabilidade, através

do aproveitamento de recursos já existentes, contribuindo para a diminuição de desperdícios. O “Eco-Trocas Famalicão” pretende ser um ponto de encontro digital, onde podem ser feitas trocas de bens ou serviços, em forma de doação, partilha ou empréstimo, sempre de forma gratuita. A ges-

tão das trocas e da respetiva entrega ou recolha, são da responsabilidade das partes envolvidas. O grupo pode ser acedido através do link www.facebook.com/ groups/648985185848263. No futuro, a associação tenciona promover ações presenciais de Eco-Trocas, nos seus mercadinhos.


6

JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Ambiente

// Entrevista

Joana Coelho adotou um estilo de vida sustentável por influência familiar

“É importante pensar se preciso disto, como é que isto foi feito e para onde é que isto vai depois” É , incontornavelmente, o tema da viragem da década, mas há muito que faz parte da vida de Joana Coelho. Esta jovem portuense aprendeu que menos é mais no que toca a preservar o ambiente e desde criança que convive com gestos como reciclar, não desperdiçar água e reutilizar o que for possível. Em entrevista ao JA, a portuense sublinhou que a mudança está à distância de uma pequena reflexão sobre o que acontece ao que compramos, sublinhando, a título de exemplo, o problema da “fast fashion”, a tentadora roupa barata oriunda de um dos setores mais poluentes do planeta, o têxtil. CÁTIA VELOSO Jornal do Ave (JA): Sempre levou uma vida ligada à proteção do ambiente ou foi adaptando o seu estilo de vida ao longo do tempo? Quando é que sentiu que tinha de mudar os hábitos? Joana Coelho (JC): Desde pequena que via os meus pais com grande preocupação relativa ao desperdício e ao ambiente. Atos como o simples facto de fazer reciclagem, reutilizar o que conseguíamos ou poupar água em todas as ocasiões possíveis sempre fizeram parte da minha vida. Cresceu em mim como algo natural e tornou-se mais forte ao longo dos anos, especialmente nestes últimos em que tudo o que se está a passar no meio ambiente é aterrorizador. JA: Como é decorreu esse pro-

cesso? Quais os primeiros atos para a sustentabilidade? JC: Aos poucos fui percebendo que atos como a reciclagem não são o suficiente. Penso que os primeiros atos para a sustentabilidade passam por eliminar da nossa vida tudo o que é desnecessário e ganhar consciência do que fazemos, do que compramos e de como agimos. Por exemplo, relativamente ao plástico, podemos considerar se precisamos mesmo daquela garrafa de água pequena, da tampa para o copo da bebida, da palhinha para o nosso sumo ou do saco para aquelas duas coisas que compramos e que se calhar não precisávamos. É importante sair do conforto de ter tudo aqui e agora e pensar de que forma é que podemos agir sem prejudicar o ambiente à nossa volta. Leva paciência, mas eu vejo isso como um hábito e um músculo que pode ser exercitado. À medida que nos habituamos a não comprar uma garrafa de água em todos os sítios a que vamos, mais fácil se torna começar a levar a nossa garrafa reutilizável.

res causas de poluição no planeta e isto deve-se à fast fashion e ao enorme poder de compra que as pessoas têm desde que os tecidos sintéticos evoluíram e a roupa se tornou muito barata. A produção de roupa utiliza imensa água, liberta imensos gases e a roupa além de durar pouco tempo, quando lavada liberta microfibras para a água, acabando no oceano e contribuindo para a poluição do mesmo. Todo o ciclo é devastador para o planeta e pode começar a ser resolvido se pensarmos se aquela camisola de 4 euros que vemos na loja vale mesmo a pena.

JA: Relativamente aos plásticos, como tem sido a adaptação à não utilização dos mesmos? Que estratégias adotou para usar o menos possível? É mais caro levar uma vida mais sustentável? JC: Desde há uns anos que me esforço para arranjar soluções que não envolvam o plástico. Obviamente que na nossa sociedade isso ainda é bastante difícil a 100 por cento, mas é incrível ver o quanto já consegui reduzir em JA: Que gestos considera mais apenas alguns anos. Há bem pousimples para as pessoas que cos meses, na empresa onde eu pensam começar a adotar um trabalho, conseguiram acabar estilo de vida mais sustentável? com os copos de plástico nas máJC: É preciso pensar no que quinas de água e café. Concluicompramos e no desperdício. Seja -se que nada disso era necessáno que for, é importante pensar rio, tendo em conta que existem “será que preciso disto?”, “como copos e chávenas de vidro para é que isto foi feito?” e “para onde o mesmo efeito. Mesmo na compra de cosmétié que isto vai depois?”. Por exemplo, é facilmente aplicável na rou- cos, existem soluções que não enpa que compramos. A indústria volvem a necessidade de haver da moda tem sido uma das maio- uma embalagem, como é o caso dos shampoos sólidos, barras de sabão, condicionadores em barra e mesmo barras hidratantes. Já existem mesmo lojas que permitem a devolução de embalagens ou que vendem recargas de cremes, por exemplo. Dependendo da situação, pode sim ser mais caro levar uma vida mais sustentável, mas no geral há bastantes situações em que a longo termo é possível poupar dinheiro. Um bom exemplo que está tão presente no dia a dia não as máquinas de café. O café comer-

Joana Coelho convive com a sustentabilidade ambiental desde criança cializado em cápsulas para mim nunca fez sentido pela quantidade de lixo que gera. Uma máquina de café normal é mais cara do que uma de cápsulas mas, a longo termo, o café fica bastante barato e polui muito menos. JA: Que reação foi tendo das pessoas que a rodeiam? Há algum tipo de preconceito ou incompreensão pelo modo de vida que adotou? JC: Sim, mas tornou-se recíproco também. Se há pessoas que não entendem bem as minhas escolhas, também há quem as veja e se consiga “converter” lentamente. Há ainda o lado contrário, em que vejo eu pessoas que em 2019 ainda nem reciclagem fazem e usam e abusam do plástico, nessa situação quem não consegue compreender sou eu e o máximo que conseguimos fazer é alertar para o desperdício. Penso que vivemos numa altura em que a informação viaja bastante rápido e que o que não vemos ou não sabemos, é porque não queremos. JA: O que considera que ainda é preciso ser feito para que a população se aperceba, verdadeiramente, dos impactos que a poluição terá no futuro? JC: Informação, ação e consciência. Nota-se que cada vez

mais o tema é abordado, já não passamos um dia sem ouvir as palavras sustentabilidade, clima ou plástico. Mas tudo se processa de forma muito lenta numa altura em que já não temos tempo. JA: Considera que discursos de ceticismo, como o de Donald Trump, podem contribuir para atrasar ainda mais o despertar de consciências? JC: Sim, por mais informação que tenhamos vai sempre haver quem não esteja a par ou não se queira informar. No caso dos Estados Unidos, o discurso de Donald Trump acaba por não afetar apenas o seu país, mas sim grande parte do planeta, já que os Estados Unidos da América são um dos países que mais emissões de gases lança para a atmosfera. JA: Integra alguma organização/associação de defesa do ambiente? JC: De momento não. Tento participar o máximo de vezes em limpezas de praia, que é uma coisa que se começa a ver cada vez no nosso país mais regularmente. Noto um grande interesse da parte de quem me rodeia em começar a participar e é ótimo ver a quantidade de pessoas que se junta nesses eventos.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

7

Atualidade // Santo Tirso

Parlamento dos Jovens na Escola da Ponte com deputada do PAN Bebiana Cunha, deputada do PAN na Assembleia da República, visitou a Escola da Ponte para falar de violência doméstica e no namoro. Elogiando o ambiente que encontrou no estabelecimento, a parlamentar fez saber as propostas do partido para o tema em debate e para o programa nacional intitulado ‘Formação José Pacheco’, como forma de “honrar a história da Escola da Ponte”. CÁTIA VELOSO No âmbito do Parlamento dos Jovens, a parlamentar esteve naquela escola de S. Tomé de Negrelos, no concelho de Santo Tirso, a 20 de janeiro, para debater com os jovens o tema “Violência doméstica e no namoro: da sensibilização à ação!”. “Os estudantes expuseram as suas preocupações e apresentaram várias propostas que visavam a informação e sensibilização para o tema, assim como o aumento de ajuda a pessoas vítimas de violência doméstica. Manifestaram-se muito interessados em poder contribuir para o combate a este flagelo social, sendo evidente uma boa capacidade de expressão de ideias e de mo-

tivação para a melhoria dos projetos”, revelou, em entrevista ao JA, a deputada. Du ra nte a sessão, Bebia na Cunha deu conta do trabalho do PAN desenvolvido sobre o combate à violência doméstica, nomeadamente, a proposta para que sejam criados “tribunais especializados neste tipo de crimes, com vista a acelerar os processos” e evitar que “vítimas tenham que passar anos a fio numa casa-abrigo à espera”. “Também não esquecemos a importância que os animais de companhia têm para as famílias, sendo necessário que as casas-abrigo possam também passar a acolher os animais que integram a família e que são muitas vezes motivo para se adiar um plano de saída de casa. Aliás, considera o PAN que os animais são frequentemente os primeiros elementos da família a serem alvo de violência, indiciando muitas vezes o risco de violência naquele contexto familiar”, acrescentou a deputada. Também em discussão de Orçamento do Estado, o PAN já apresentou propostas que visam “uma maior proteção através de apoio jurídico para vítimas de violência

Bebiana Cunha debateu com jovens

Deputada do PAN num Parlamento dos Jovens, na E scola da Ponte doméstica, com reforço das bolsas de horas de apoio judiciário gratuito e a consagração de um modelo de baixa (dez dias), integralmente remunerada, para pessoas vítimas de violência doméstica ou violação”. À margem da sessão, Bebiana Cunha não escondeu o encanto pela experiência que viveu na Escola da Ponte, a começar pela forma como foi recebida: “Na Escola da Ponte usufruímos de uma visita guiada por dois estudantes: o presidente e a vice-presidente da Assembleia de Escola, que de forma muito natural e explicativa, nos mostrou como funciona esta escola. Foi particularmente positivo o clima escolar que se sentiu, a relação de respeito entre todos, e pela própria escola enquanto contexto físico de segurança, organização e cuidado onde todos se sentem acolhidos”. Para a parlamentar, a Escola da Ponte “deve servir de referência” para o desenvolvimento de políticas educativas nacionais. “No nosso programa eleitoral, comprometemo-nos a honrar a histó-

ria da Escola da Ponte e a propor ao Governo um programa nacional intitulado 'Formação José Pacheco', por ter sido o primeiro responsável pela transformação desta comunidade educativa, já no final dos anos 70, e porque há muitos docentes interessados em conhecer as estratégias utilizadas para criar comunidades de aprendizagem”, revelou. PAN tem estrutura montada em Santo Tirso O PAN ganhou representação em Santo Tirso, com uma comissão política que foi eleita recentemente. Desde então, explicou Bebiana Cunha, “tem promovido ações que contribuem para a sensibilização da comunidade e a reflexão sobre vários problemas da atualidade”. “A título de exemplo, promoveu um debate através da exibição do documentário Cowspiracy. Também tem promovido algumas ações de limpeza, uma vez que para nós é fundamental sermos a mudança que queremos ver no mundo. A equipa tem estado a reunir com organizações e

entidades locais, para conhecer melhor a realidade e poder construir de forma alicerçada e com conhecimento de causa uma proposta política para o concelho de Santo Tirso”, declarou. Atualmente no Porto, para além da comissão distrital, estão formalmente constituídas as comissões políticas concelhias de Santo Tirso, Porto, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Valongo, Penafiel, Vila do Conde, estando em processo de formalização as restantes concelhias do distrito. Em Braga, existem já as comissões políticas de Famalicão, Braga e Guimarães, além da estrutura distrital. No distrito, o processo de afirmação do partido “também tem sido de franco crescimento”, sublinhou a deputada, que apontou para este ano a formalização de “uma série de concelhias”, como a de Barcelos. “Qualquer pessoa que se reveja na nossa visão para a sociedade é bem vinda. Acreditamos que um pequeno grupo de pessoas comprometido, pode efetivamente mudar o mundo”, concluiu.

// Vila Nova de Famalicão

PAN promove workshop sobre compostagem A Comissão Política do PA N Fa ma licão va i promover u m workshop de compostagem, este sábado, 8 de fevereiro, entre as 10 e as 12 horas, na Rua das Cavadas, em Lousado. O evento é gra-

tuito e sem inscrição obrigatória. Para o workshop, os participantes devem levar luvas e calçado adequado para andar na terra e um bloco de notas para algum apontamento que considerem im-

portante. “Vamos aprender a compostar?” é o desafio lançado pelo PAN Famalicão, na iniciativa que pretende sensibilizar os participantes para a potencialidade de se rea-

proveitar os restos alimentares. “Realizar compostagem diminui até 50 por cento o lixo descartado por uma família, o que resulta na redução da acumulação de resíduos em aterros. Como resulta-

do, pode-se obter um fertilizante natural, sem produtos tóxicos, melhorando a produtividade e qualidade dos produtos ou plantas”, alertou a estrutura concelhia do partido.


8

JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Leica desenvolve produto 100% português Em Ribeirão, no concelho de Famalicão, nascem uns binóculos totalmente desenvolvidos em solo português. São da Leica e corporizam a fase de ascensão da unidade portuguesa da empresa alemã de produção de câmaras e lentes óticas, graças ao Centro de Competências e Serviços. CÁTIA VELOSO O projeto começou “com duas pessoas, em 2016, de forma autónoma e ainda sem a aprovação da casa mãe, com o objetivo de a conquistar”, recordou Pedro Oliveira, administrador da empresa, que reconhece um percurso feito de “coisas bastante mal feitas”, Binóculos foram dados a conhecer no âmbito do Roteiro pela I novação de “alguns erros fruto da imaturidade”. “Sofremos das dores de “rondou os 2,5 milhões de euros”. Bandeira. Fazem parte da gama crescimento, mas depois perce- Por ano serão produzidos “1500 “Trinovi” e são inspirados no mobemos que era o melhor que po- binóculos”, com preço unitário a nóculo que a Leica desenvolveu dia ter acontecido”. para a Missão Apollo 11, que perultrapassar os mil euros. E depois de “aprender como O produto sai de Famalicão tes- mitiu a Neil Armstrong ser o prinão fazer”, fruto da saída da área tado, pronto a ser utilizado pelos meiro humano a pisar a Lua. de conforto, a Leica Portugal gal- consumidores e já disponível nas O desafio agora é olhar em frengou fronteiras e criou este novo mais de 70 lojas que a marca tem, te e com mais ambição, a partir produto, num investimento que incluindo a do Porto, na Rua Sá da do novo Centro de Competências,

que tem como objetivo “posicio- vação, a Câmara Municipal de nar esta unidade num nível estra- Vila Nova de Famalicão foi conhetégico para o grupo a nível mun- cer os novos projetos da empredial com um peso muito maior”. sa. Para Paulo Cunha, o que tes“Mais do que trazer minutos, ou temunhou são “sinais inequívoseja trazer um produto que vamos cos de que o que está a ser feito produzir qualquer coisa e admitir nesta unidade dá condições para mais meia dúzia de pessoas, nós ambicionar que Famalicão cheestamos focados em trazer com- gue ainda mais longe, no futuro”. petência, porque não queremos “Sabemos que o nosso concelho assegurar o amanhã, mas sim a tem uma marca industrial muipróxima década ou a próxima ge- to forte, mas também há espaço ração”, sublinhou Pedro Oliveira. para a inovação e para a criativiNa calha estão já protótipos ao dade”, atestou. A Leica decidiu transferir tamnível de objetivas, lentes e produtos óticos, que poderão repre- bém para Ribeirão o Centro de sentar novos produtos a lançar, o Reparação de Produtos da área SPORTOPTICS que, pela primeimais tardar, em 2021. O administrador salienta a ca- ra vez em 171 anos de existência, pacidade da unidade portuguesa sai de território alemão. A Leica inaugurou as suas node “marcar a diferença no time to market, fator que é tão importan- vas instalações em Ribeirão, em te quando tem a competência de 2013. Dos cerca de 600 trabalhacriar e industrializar”. “Isto sig- dores que emprega, 343 estão na nifica que, se não a tivéssemos, a empresa há mais de 20 anos e 142 Leica Portugal teria, certamente, há mais de 30. No último ano fiscal, um futuro muito menos risonho registou um volume de faturação de 52 milhões de euros. pela frente”. Ao abrigo do Roteiro pela Ino-

Empresa tinge roupa com café, cebola ou madeira Folha de eucalipto, café usado, casca de cebola, rubia, restos de madeira e sementes são os materiais que a empresa famalicense Minority Denim utiliza para tingir vestuário. A partir de um sistema “inovador” desenvolvido com desperdícios orgânicos, e “sem recurso a produtos químicos”, a marca faz do “BioTint” um hino à sustentabilidade num dos setores mais poluentes do mundo. Para já, a paleta conta com nove cores, onde moram o rosa, laranja e o amare-

lo. Em desenvolvimento estão cinco novas cores. “ Tentaremos trabalhar com clientes de diferentes áreas de produto para que o interesse não se esgote facilmente. Acreditamos que o mercado como cliente final será maioritariamente internacional, mas os nossos clientes poderão muito bem ser produtores nacionais. Contudo, tentaremos estar muito ligados às marcas que o utilizem para podermos passar o máximo de informação possível para potenciar a comunicação e a acreditação”, proje-

tou Diogo Aguiar, CEO da Minority Denim. A ideia germinou “há três anos” e foi ganhando corpo até entrar no mercado, no início deste ano. “O feedback está a ser muito positivo, porque este projeto vai muito mais além da questão da sustentabilidade. São resíduos que, à partida, não teriam valor acrescentado na economia e nós voltamos a dar-lhes uma segunda vida no tingimento das peças”, explicou o empresário de 34 anos, CEO da Minority Denim. A empresa, que conta com três

E mpresa famalicense desenvolveu sistema inovador de tingimento colaboradores, está instalada Par- malicão Made IN, iniciativa da Câque Industrial de Avidos, onde mara Municipal para promover o inaugurou as novas instalações, desenvolvimento económico do em abril de 2019, com o apoio Fa- concelho.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

9

Atualidade // Santo Tirso

A mesa de Santo Tirso que chegou a S. Bento A Riluc é uma empresa de Santo Tirso e pertence ao reduzido número de empresas que está em S. Bento… e não é no Mosteiro, em Santo Tirso, mas sim na residência oficial do primeiro-ministro, na cidade de Lisboa. “Design em São Bento: Traços da Cultura Portuguesa” é o nome da exposição que transformou a residência oficial do primeiro-ministro numa montra daquilo que melhor se faz em Portugal nos domínios do mobiliário, da luminária, dos têxteis e dos objetos decorativos. Santo Tirso está representado na mostra pela empresa Riluc, que concebeu uma mesa de pedra e metal. A exposição abriu portas a 27 de janeiro, em Lisboa. Em São Bento estão reunidas 85 peças que abrangem um período tão distante como o que começa no século XII e termina no século XXI e que percorre o Norte, o Sul e as Ilhas. “São peças que espelham um entendimento abrangente do design como uma capacidade inata do homem de transformar o mundo à sua volta com o intuito de conhecer e melhorar a

sua própria vida”, explica a diretora do MUDE - Museu do Design e da Moda e curadora desta exposição, Bárbara Coutinho, em entrevista ao Jornal Expresso. O Palacete de São Bento ganha nova vida ainda vinda do contraste entre peças delicadas e rudes e estão lá mais de 40 autores representados, e mais de 30 marcas nacionais. Destaque para a amostra de design dos anos 40 e 50, da década de 70 e da atualidade. De Daciano da Costa a Filipe Alarcão, de Almada Negreiros a Siza Vieira, de Toni Grilo a Miguel Arruda, de Henrique Cayatte a José Espinho e, claro, da empresa de Santo Tirso Riluc. Riluc no Top 10 das mais promissoras empresas de mobiliário A empresa Riluc produz peças de design e nasceu em 2009, em Santo Tirso. O ponto de partida é uma empresa familiar com 25 anos de know-how na arte de transformar metal, com extrema qualidade de fabricação e técnicas artesanais tradicionais. Em 2008, iniciou-se o processo de

M esa de pedra e metal faz parte da exposição

reinvenção. O designer responsável para dar forma à ideia de criar uma marca de mobiliário de destaque foi Toni Grilo. Na altura, foi criado “algo que não existia no mercado global, capaz de despertar a curiosidade e chamar a atenção para a qualidade do trabalho que temos vindo a produzir durante décadas” , tal como sonhou Ricardo Lucas, o fundador da marca Riluc. A primeira exposição da marca foi realizada em 2009, na Intercasa, em Lisboa, com a sensacional e escultural poltrona Bibendum. Este objeto de arte deu a volta ao mundo e a Riluc tornou-se uma marca icónica, conhecida pelas suas maravilhas artesanais, pela prova da existência do artesanato genuíno e do seu design de vanguarda. Palcos como a prestigiada Maison & Objet, em Paris, e na revista americana Details Magazine colocavam a Riluc na lista de “Os Maiores Fabricantes de Móveis do Mundo”, considerando a marca uma das dez empresas mais promissoras no setor mobiliário.

Filme rodado em Santo Tirso exibido no MIEC Estreia, esta sexta-feira, às 21.30 horas, no Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) de Santo Tirso, o filme de Joaquim Pavão “Sculp”. “Sculp” é o nome da película realizada por Joaquim Pavão, que foi rodada no MIEC e remete o público para um mundo pós- capitalismo, utilizando as esculturas espalhadas pela cidade como pedras basilares da vida. Joaquim Pavão defini-o como um filme de “carácter artístico, mas também de ficção científica”, que se atreve a dar “um salto em frente na tecnologia”. “Trata-se de um filme que foi trabalhado fotografia a fotografia, não há uma espécie de pós-produção normal para cinema (…), criando com isso uma textura com relevo e com algumas especificidades que acho que se vão sentir e que darão a quem o vê a certeza de haver algo ali de diferente”, explicou o cineas-

ta à Lusa. “Interrogar o presente e o futuro, falar sobre a problemática do que é um sistema livre, de que forma é que este 'admirável mundo novo' em que vivemos e nos sentimos cada vez melhor e, ao mesmo tempo, para onde é que ele nos leva quando não consegue encontrar o equilíbrio” são as bases que sustentam a trama, que situada num “mundo de pós-capitalismo” apresenta-nos um cenário em que “há hora para tudo”, inclusivamente para nascer e morrer. Em “Sculp”, o consumismo não existe, “todos se vestem de igual e habitam estruturas comuns, tudo é impessoal e cada um tem uma espécie de GPS, que diz tudo sobre si, mas que não dá qualquer espécie de escapatória”. O lado mais obscuro da história, explicou Joaquim Pavão, está no próprio sistema que, ao “injetar mensagens durante o sono às personagens, procura corrompê-las, levando-as a optar pela

F ilme foi rodado em esculturas de Santo T irso saída, para um deserto, numa outra sociedade onde nada existe”. O cineasta venceu quatro prémios , em dezembro de 2018, nos Red Carpet Film Awards, em Nova Iorque, entre os quais os

de melhor atriz (Isabel Fernandes Pinto) e de melhor cinematografia (José Oliveira), com a curta-metragem “Antes que a noite venha – Falas de Antígona”. Sculp só deverá chegar aos

cinemas em fevereiro do próximo ano. No MIEC, haverá sessões até 1 de março, de terça a sexta-feira, às 10, 14 e 16 horas, e aos sábados e domingos, às 15 e às 17 horas.


10 JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

“Dias à Mesa” com mais restaurantes e menus novos Mais restaurantes e mais fins de semana temáticos. A iniciativa gastronómica “Dias à Mesa”, “cozinhada” pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, veio para ficar e arranca já este mês, de 20 a 23 de fevereiro. CÁTIA VELOSO O coz ido à portug uesa va i “acompanhar” o Carnaval e convidar ao repasto por terras famalicenses. Os restaurantes aderentes são: Alfa, Amaury, Bisconde, Churrascão Sousa, Com Requinte, Fondue, Moutados, O Caçarola, O Prato, Outeirinho, Papas na Língua, Páteo das Figueiras, Príncipe, Sara Cozinha Regional, Torres, Tosco e Vinha Nova. Em 2020, foram “43” os restaurantes que aderiram ao programa “Dias à Mesa”, que se estenderá por todo o ano, em dez fins de semana. As novidades são os momentos reservados para a promoção do cabrito, na época da Páscoa, e da Galinha Mourisca, prato da ementa camiliana, associado às Festas Antoninas. Durante a apresentação da 2.ª edição do “Dias À Mesa”, no res-

taurante Moutados, a 3 de fevereiro, Paulo Cunha, presidente da edilidade famalicense, explicou que o município está a fazer da gastronomia “um argumento forte para a atração de pessoas” ao território, colocando os principais atores, os estabelecimentos gastronómicos, “ao serviço da projeção do melhor do concelho”. O “Passaporte Gastronómico” é a outra novidade deste ano, permitindo um desconto de dez por cento nos restaurantes aderentes aos utilizadores que carimbem a sua presença no evento de animação associado. O passaporte pode ser adquirido e carimbado nos restaurantes aderentes, na Loja Interativa de Turismo e, em alguns casos, nos stands do Turismo de Famalicão presentes nos eventos. Aos primeiros 20 visitantes que comprovem, através do passaporte, que participaram nas 10 experiências do “Dias à Mesa”, há a oferta de um jantar ou almoço para duas pessoas. Depois do Carnaval, o “Dias à Mesa” apresenta-se, em abril, com o cabrito a reconfortar o estômago na Páscoa, e, em maio, com

E dição deste ano do “Dias à M esa” foi apresentado no R estaurante Moutados os rojões a darem sabor à Festa das Flores & Trocas (dias 8, 9 e 10) e a Cozinha Internacional a acompanhar a Festa Intercultural (dias 21, 22, 23 e 24). Em junho, a Galinha Mourisca surge associada às Festas Antoninas (dias 11, 12, 13 e 14), enquanto

julho divide-se entre as francesinhas (dias 2, 3, 4 e 5) e o bacalhau (dias 9, 10, 11 e 12). Em setembro, a cozinha Vegetariana e o melhor dos produtos regionais biológicos complementam a Feira Grande de S. Miguel (dias 24, 25, 26 e 27). A castanha é

quem mais ordena em novembro, acompanhando a carne durante as festas em honra de S. Martinho (dias 12, 13, 14 e 15). O “Dias à Mesa” de 2020 encerra com massas, associadas à Meia Maratona (26, 27, 28 e 29).

Potencialidades turísticas promovidas na Galiza A iniciativa gastronómica “Dias à Mesa” e o Carnaval de Famalicão estão a ser promovidos pela autarquia famalicense na Feira de Xantar, em Ourense, na Galiza, até 9 de fevereiro. A Câmara Municipal pretende

captar a atenção do público espanhol e dos profissionais do turismo nas potencialidades do concelho, que estará em destaque esta quinta-feira, 6 de fevereiro, com a apresentação da Estratégia de Turismo de Famalicão e principais

produtos, por parte do vereador Augusto Lima, no palco principal. De seguida, haverá uma degustação de produtos de Famalicão. No stand dedicado ao concelho minhoto vão decorrer atividades promocionais até ao fim do certame,

Cooperação entre Famalicão e Fort Collins em destaque no Fórum Urbano Mundial O município de Vila Nova de Famalicão vai marcar presença na 10.ª edição do Fórum Urbano Mundial, organizado pela agência das Nações Unidas HABITAT, de 8 a 13 de fevereiro, em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos. O convite para a participação neste encontro internacional sobre urbanização sustentável partiu do Programa Internacional de

Cooperação Urbana, da Comissão Europeia, no qual o município famalicense participou, em 2018, com um projeto de cooperação com a cidade americana de Fort Collins para partilha de conhecimento, experiências e boas práticas no domínio do desenvolvimento e mobilidade sustentável. As duas cidades vão agora participar numa das várias sessões

que compõem o programa do Fórum Urbano Mundial, agendada para o dia 9 de fevereiro. A par de outras cidades, Vila Nova de Famalicão e Fort Collins vão partilhar com os participantes deste fórum mundial os fatores que contribuíram para o sucesso deste plano de cooperação, visto pela União Europeia como um caso de referência e boas práticas.

também relacionadas com produtos gastronómicos e vinhos. A Xantar, Feira Internacional de Turismo Gastronómico, é organizada pela Expourense - Fundación de Feiras e Exposicións de Ourense, e vai já na sua 21.ª edição. Entre

os principais objetivos desta iniciativa estão a promoção do turismo através da Enogastronomia; a promoção da competitividade no setor da restauração e a divulgação deste destino junto de operadores turísticos e do público em geral.

Espaço verde e qualificado nasce no Castro de S. Miguel-O-Anjo A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a executar trabalhos de limpeza florestal no terreno do Castro de S. Miguel-O-Anjo, na freguesia de Calendário. O espaço com cerca de 80 mil metros quadrados foi adquirido pela autarquia em 2017, com o objetivo de salvaguardar e preservar este património classificado como imóvel de interesse público desde 1990, permitindo o estudo e a investigação sobre o passado histórico deste local, que acolhe as ruínas de um povoado cujos achados apontam para uma datação que se situa entre o séc. I a.C. e o séc. I d.C.. Neste âmbito, a autarquia está a elaborar um plano estratégico com um conjunto de ações, donde sobressai a prospeção arqueológica do local e respetivo levantamento topográfico. Mas para já estão a ser desenvolvidos trabalhos, que permitirão disponibilizar em breve um espaço verde, cuidado e qualificado ao serviço da população. Para isso, os serviços municipais da proteção civil estão no terreno a desenvolver trabalhos de limpeza de eucaliptos e desmatação, protegendo e salvaguardando as espécies autóctones.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

11

Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Requião “ganha” espaço para apoiar cuidadores informais “Cuidar Maior” é o nome do saúde, orientação, formação, inprojeto que promete servir de formação e assuntos administratisuporte aos cuidadores infor- vos. A partir desta valência, abremais. Abriu portas no dia 28 de -se também portas para a criação janeiro, na Junta de Freguesia de uma rede de parceiros institude Requião, em Vila Nova de cionais, que possam ser apoiar as Famalicão, resultado de uma famílias no descanso do cuidado, parceria do Centro Social e Pa- assim como, oferecer respostas roquial de Requião, da Coope- criativas, lúdicas, desportivas e rativa de Ensino Didáxis, da de saúde a todos os cuidadores Junta de Freguesia de Requião informais”. e da Conferência Vicentina de Para assegurar a sua continuiRequião. dade depois de um ano de funcionamento, o presidente do CenPara arrancar, o projeto rece- tro Social e Paroquial de Requião, beu um incentivo oriundo de uma padre Domingos Machado, pediu candidatura ao Prémio BPI “la ajuda à autarquia que, pela voz do Caixa” Seniores, no valor de 26 edil Paulo Cunha, respondeu afirmativamente. mil euros. “Uma iniciativa repleta de virtuSegundo o presidente do Centro Social e Paroquial de Re- des”, referiu o autarca, que esteve quião, padre Domingos Macha- presente na abertura do projeto, do, o “Cuidar Maior” constitui- que considera ter uma “dimensão rá uma resposta às necessidades pioneira no território” e que “serdos cuidadores informais como a ve de retaguarda a uma comuni-

Valência foi instalada na Junta de F reguesia de R equião dade – o cuidador informal - que se sente sozinha e desguarnecida e que agora se sentirá mais protegida, amparada e segura”. “Do ponto de vista psicológico e anímico será um suplemento energético de grande importân-

cia para quem está a cuidar de outra pessoa e que, por vezes, é vencido pelo cansaço, obrigando à institucionalização de quem está a ser cuidado”, salientou. Este projeto nasce poucos meses depois da entrada em vigor

da legislação sobre o Estatuto do Cuidador Informal, que regula os direitos e deveres dos cuidadores informais, bem como da pessoa cuidada, e estabelece medidas de apoio.

Casa das Artes com mais de 85 mil espectadores em 2019

Faça a sua assinatura anual e esteja a par das notícias do Ave

A Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão recebeu, em 2019, mais de 85 mil espectadores e o cinema continua a ser a área que mais público leva à principal sala de espetáculos do concelho famalicense. Só no último ano, a sétima arte trouxe até à Casa das Artes mais de 17 mil espectadores, num total de 120 sessões integradas na programação regular de cinema de grande público, nas sessões do Close-UP: Observatório de Cinema e ainda na programação do Cineclube de Joane. Os números que agora são dados a conhecer superam os registados em 2018, ano em que mais de 15 mil pessoas escolheram a Casa das Artes de Famalicão para ir ao cinema. O teatro e a música são as outras duas áreas que lideram o pódio das preferências do público da Casa das Artes, com quase 20 mil espectadores. Aqui, destaque para as inúmeras coprodu-

ções teatrais realizadas ao longo do ano em parceria com diversas companhias locais, regionais e nacionais, como é o caso da Ensemble – Sociedade de Actores, o Teatro Nacional S. João, a ACE – Escola de Artes de Famalicão e a Narrativensaio. A presença do Instituto Nacional de Artes do Circo em Famalicão não passa despercebida na programação da Casa das Artes, que em 2019 presenteou o público com quase duas dezenas de espetáculos de artes circenses. Refira-se ainda que, para além de um espaço cultural de referên-

cia, a Casa das Artes é também cada vez mais um espaço de partilha de experiências e conhecimento, sendo muitas vezes palco de excelência para a realização de palestras, conferências e seminários, que só em 2019 levaram ao espaço cultural famalicense quase 45 mil pessoas. Inaugurada a 1 de junho de 2001, a Casa das Artes já conquistou um lugar como uma estrutura cultural de referência na região Norte do país. Concebida para ser a casa de todas as artes, o espaço conjuga uma programação contemporânea e eclética, com um espaço carismático e de qualidade, atraindo um público cada vez mais numeroso. Constituída por um grande auditório, um pequeno auditório, um Café-Concerto e um magnífico Foyer para exposições, a Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão tem recebido grandes nomes do espetáculo, a nível nacional, mas também internacional.


12 JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Cultura // Santo Tirso

Estranhões e bizarrocos em sessão de teatro para a infância

Espetáculo sensorial para bebés Produzido por “O Som do Algodão”, o espetáculo “Ovo”, para bebés entre os três meses e os três anos, é apresentado, este sábado, 8 de fevereiro, no Centro Cultural e Municipal de Vila das Aves. A sessão está marcada para as 10.30 horas e a entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória através do email centrocultural@cm-stirso.pt. O bilhete estará disponível no Centro Cultural. Dulce Moreira e Mariana Santos compõem o corpo técnico e artístico deste espetáculo, que remete para o ovo, como um “casulo de emoções”. “É a primeira casa,

é o calor que fermenta a vida, a explosão da expulsão. O Som do Algodão propõe uma viagem de descoberta, de renovação e de significados que se multiplicam. Um caminho que se desdobra em sons e significados, que trabalha e envolve os sentidos das crianças. Um conto para contar, onde a rima e o ritmo despertam os participantes, num jogo que pede a interação de todos na descoberta deste 'ovo' que se transforma, que se desdobra em novas histórias a cada página. E, roda-se o ovo, e a história continua”, refere a sinopse do espetáculo.

Lenços dos namorados em exposição E spetáculo é apresentado no dia 15 de fevereiro Uma viagem ao país dos contrários, na companhia de estranhões e bizarrocos. Este é o mote da peça que será apresentada, no âmbito do Ciclo de Teatro para a Infância, na Biblioteca Municipal de Santo Tirso. As sessões de “Estranhões e Bizarrocos”, uma produção ACE – Teatro do Bolhão, decorrem a 15 de fevereiro, às 10 e

11.30 horas, e dão a conhecer uma história escrita por José Eduardo Agualusa, que “ajuda a conhecer o mundo interior das crianças, o mundo onde elas se movimentam, e a explorar um tempo só por elas habitado, no qual todas as coisas duram para sempre”. A peça, dirigida para crianças com mais de seis anos, tem

direção artística de Joana Providência e interpretação de Joana Mont'Alverne. A entrada é livre, mediante inscrição obrigatória feita por contacto telefónico para o número 252 870 020 ou através do email cultura@cm-stirso.pt.

Teatro para combater violência no namoro A Câmara Municipal e a Rede Social de Santo Tirso promovem, dia 10 de fevereiro, a apresentação da peça “Marcas Violentas – Porque Namorar não é Magoar”, de David Carronha. O espetáculo, marcado para as 14h30, no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves, é destinado a maiores de 14 anos. Dar visibilidade à problemática da violência no namoro e sensibilizar para o combate da sua prática e aceitação, junto dos jovens é o grande objetivo da sessão que surge no âmbito das Jornadas de Formação Jovem. A peça, da autoria de David Carronha e com encenação de Alberto de Sousa e Ricardo Figueira, conta a história de Leonor, Duarte

P eça é apresentada no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves e Madalena. Três adolescentes levados ao limite em experiências que lhes marcara, a forma de ver o mundo. Histórias distintas com traços comuns de relacionamentos que começaram por ser contos de fadas e se tornaram num pesa-

delo que mudou as suas vidas e as daqueles que os rodeiam. A entrada é livre, mediante inscrição obrigatória pelo 913 487 037, ou através do e-mail juventude@cm-stirso.pt .

A exposição “Namorar Portugal – As Mensagens de Amor que Encantam o Mundo”, está patente, até 29 de fevereiro, no Centro Cultural e Municipal de Vila das Aves. A mostra é inspirada nos tradicionais lenços dos namorados, do Minho, que eram feitos por raparigas casadoiras para oferecer aos amados. “Revelados através de variados símbolos amorosos como a fidelidade, a dedicação e a amizade”, os lenços, feitos de linho ou algodão e bordados com cores ale-

gres e motivos florais e românticos, eternizam um “ícone carismático do artesanato português”, ganhando dimensão cultural através dos poemas “escritos em português arcaico, não raras vezes com erros ortográficos, evidenciando a falta de escolaridade das autoras”. A exposição pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 9 às 17.30 horas, e aos sábados, das 14.30 às 18.30 horas. A entrada é gratuita.

// Região

Pergaminho de 1016 pode ter origem na Igreja de Landim A notícia é do jornal i e dá conta de que a Torre do Tombo adquiriu, recentemente, um pergaminho de 1016, em letra visigótica, que será o primeiro original obtido desse ano, sendo que existem dois documentos que são cópias. Segundo o diário, que contactou Luís Carlos Amaral, professor do departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o pergaminho está relacionado “sobre questões patrimoniais” e poderá estar ligado “à Igreja de Landim”, concelho de Vila Nova de Famalicão. No entanto, persiste a dúvi-

da da sua origem, “uma vez que o topónimo se estende também a Santo Tirso”. Luís Carlos Amaral considera que o documento é um “pequeno grande tesouro” pelo valor histórico-cultural que encerra, pertencendo a um período do qual só existem cópias posteriores e constituindo, por isso, um raríssimo vestígio de um território que viria a integrar o primeiro Portugal. Deverá ser, igualmente, um dos últimos documentos escritos em letra visigótica, que foi substituída pela escrita carolina em meados do século XI. C.V.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

13

Economia Cédric Gautier, CEO da STELIA Aerospace

// Santo Tirso

“Portugal é um destino atrativo para os investidores estrangeiros” A STELIA Aerospace vai investir em Santo Tirso, 40 milhões de euros numa unidade de produção destinada à montagem de estruturas aeronáuticas. A nova filial do grupo francês de aeronáutica deverá empregar cerca de 300 colaboradores em 2023, ano em que a fábrica deverá atingir a velocidade de cruzeiro. Cédric Gautier, CEO da STELIA Aerospace, fala, em entrevista ao AICEP Portugal Global, deste investimento, do que representa para o grupo que lidera, mas também dos fatores de atratividade de Portugal enquanto destino de investimento estrangeiro, sublinhando o know-how já existente no setor aeronáutico, a qualificação dos trabalhadores e a proximidade às fábricas que detém em França. A STELIA Aerospace reforçou recentemente a sua capacidade de produção através de um investimento de 40 milhões de euros em Santo Tirso, Portugal. Pode descrever sucintamente os principais aspetos deste investimento? Para fazer face aos nossos desafios de crescimento do grupo e para consolidar a nossa posição entre os líderes mundiais da aeronáutica, decidimos investir numa nova unidade industrial em Portugal. A nova unidade irá dedicar-se a atividades de montagem de estruturas aeronáuticas, sobretudo de subconjuntos para o A350 e para a família A320 da Airbus, que serão encaminhadas para as oficinas da STELIA Aerospace de Méaulte e de Rochefort, para aí serem integradas. Quais as razões que levaram a STELIA Aerospace a investir em Portugal? Quais os fatores que mais pesaram nessa

decisão? Nós operamos num ambiente muito competitivo e, além do mais, em constante evolução. A abertura desta filial detida em 100 por cento pela STELIA Aerospace, em Santo Tirso, vem completar e reforçar a nossa capacidade de produção visando responder aos desafios industriais e económicos dos nossos clientes. A escolha de Portugal foi ditada por diversas razões, nomeadamente pelo conhecimento já existente no setor aeronáutico, que é complementado pela disponibilidade de mão-de-obra com forte potencial, mas também por se tratar de um país-membro da União Europeia e de geograficamente estar próximo das unidades de produção francesas da STELIA Aerospace, o que permite otimizar os fluxos logísticos. Quais são as próximas etapas? Iniciada no final do ano de 2019, a montagem da unidade de produção será feita progressivamente, para já num edifício provisório, que passará para um pavilhão definitivo a partir do início de 2021, para atingir a velocidade de cruzeiro em 2023. Entregaremos os primeiros subconjuntos ainda duCédric Gautier, CEO da STELIA A erospace rante o primeiro semestre de 2020. No que respeita aos recursos huPode fazer-nos uma breve apremanos, a nossa filial em Portugal rospace? Esta nova entidade enquadra- sentação do grupo STELIA Aedeverá contar, no final do primeiro ano de atividade, em finais de -se plenamente na abordagem rospace? Com 2,4 mil milhões de euros 2020, com cerca de uma centena de otimização industrial lançada de colaboradores para atingir, em pela STELIA Aerospace aquando de volume de negócios e 7.100 co2023, um número aproximado de da sua criação em 2015, para de- laboradores no mundo, dos quais 300 trabalhadores. O recrutamen- senvolver o desempenho e a com- 4.500 em França e 2.600 na Amérito dos funcionários para a nossa fi- petitividade global da empresa. ca do Norte, Tunísia e Marrocos, a Oferece-nos igualmente a possi- STELIA Aerospace é um dos lídelial portuguesa já começou! res mundiais no domínio das esbilidade de integrar potenciais O que representa este investi- aumentos de encomendas por truturas aeronáuticas, de assentos mento para o grupo STELIA Ae- parte dos nossos clientes, já que para pilotos e de poltronas para a unidade de Santo Tirso apresen- primeira classe e classe executita potencial de crescimento, tam- va dos aviões. Para tal, contamos bém para melhor enfrentar os de- atualmente com cinco unidades safios de amanhã, num mundo industriais em França e oito filiais no mundo: duas em França, cada vez mais competitivo. duas em Marrocos, uma na TuníQuais são os planos para o fu- sia, duas na América do Norte e, turo da STELIA Aerospace em agora, uma em Portugal. Portugal? Quais são os principais clienNum primeiro momento, o nosso objetivo é estabilizar e dimen- tes do grupo STELIA Aerospasionar a empresa às metas previs- ce? A nível de produtos de aeroestas para, de seguida, irmos crescendo de acordo com as necessi- truturas, temos uma experiência muito relevante na conceção dades do grupo.

e no fabrico de secções de fuselagem e de asas equipadas para os programas da Airbus, Bombardier e ATR. Em complemento à nossa atividade de montagem, desenvolvemos e produzimos para a Airbus, Boeing, Bombardier, Bell, Embraer, etc., componentes complexos de aeroestruturas metálicas e em compósito, bem como sistemas de tubulação complexos. As nossas poltronas para primeira classe e classe executiva equipam os Boeing e os Airbus de prestigiadas companhias aéreas em todoo mundo como a Air France, Iberia, Virgin Atlantic, Turkish Airlines, Etihad, Singapore Airlines, Thai Airways, Vietnam Airlines, Air Mauritius, China Airlines, Asiana Airlines… Finalmente, os nossos assentos para pilotos estão presentes em todos os aviões da marca Airbus, bem como noutros aviões comerciais e helicópteros. Como avalia Portugal enquanto destino de investimento estrangeiro? Devido à sua localização geográfica, à mão de obra qualificada, ao dinamismo económico do país e às condições de acolhimento oferecidas, Portugal é um destino atrativo para potenciais investidores. Além da atividade industrial ligada aos têxteis e ao setor automóvel, já muito presentes, há aqui potencial para desenvolver outros setores como o da aeronáutica. E como avalia o desempenho da AICEP no acompanhamento do processo que conduziu à instalação da STELIA Aerospace em Portugal? O apoio prestado pela AICEP, pelas suas competências e disponibilidade das suas equipas, foi um elemento-chave para a decisão de instalação da nossa empresa em Portugal. Além disso, e este é um aspeto importante, a missão da AICEP não se esgotou na criação da empresa. As suas equipas continuam a acompanhar a nova empresa durante o arranque da sua atividade. É uma garantia de seriedade e uma ajuda preciosa para começarmos nas melhores condições. Entrevista publicada na AICEP Portugal Global


14 JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt

Desporto

// Futebol

Taça de Portugal

Duas cambalhotas e o Benfica em vantagem com golo aos 95’ O SL Benfica venceu o FC Famalicão por 3-2, na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, num jogo cuja vantagem foi conseguida, primeiro, pelas águias, depois anulada pela “cambalhota” dos famalicenses e novamente virada para o lado dos benfiquistas, já em tempo de descontos. Com este resultado os “encarnados” partem em vantagem para o jogo da segunda mão, que se realiza a 11 de fevereiro, às 20.45 horas, em Vila Nova de Famalicão. No entanto, a equipa treinada por João Pedro Sousa tem uma palavra a dizer, já que joga em casa e beneficia da vantagem de ter dois golos marcados fora. No que ao jogo da Luz diz respeito, foi necessário esperar pela segunda parte para ver golos. A primeira parte foi boa em intensidade de jogo e com oportunidades de golos para ambos os lados, com um ligeiro ascendente por parte do Benfica na posse de bola e nos remates, mas a verda-

de é que a melhor ocasião pertenceu ao Famalicão. Pedro Gonçalves, aos 18 minutos, recebeu a bola de Diogo Gonçalves, já na pequena área do Benfica, e atirou a rasar a parte exterior do poste direito da baliza de Vlachodimos. A abrir a segunda parte, Fábio Martins teve nos pés duas oportunidades de golo, aos 47 e 49 minutos, mas não deu o melhor seguimento à bola. Na jogada seguinte, após uma desmarcação de Taarabt, Seferovic procurou centrar para o coração da área, mas Riccieli cortou o lance com o braço. O árbitro lisboeta Hugo Miguel assinalou grande penalidade e Pizzi, chamado a converter, colocou o Benfica em vantagem. Quando os “encarnados” estavam a crescer no terreno, Pedro Gonçalves vestiu a pele de Maradona, correu pelo campo fora, fintou quatro jogadores do Benfica, passou a bola a Diogo Gonçalves, que, temporizou, e o assistiu novamente para a igualdade, aos 60 minutos.

cruzado, aos 73 minutos, fez a reviravolta no marcador. Embora o Benfica tenha perdido alguma capacidade de ligação entre a linha de meio-campo e a do ataque, ganhou maior agressividade no momento do remate e, aos 78 minutos, viu Rafa fazer o 2-2, depois de uma jogada iniciada por André Almeida, que serviu Vinícius na área. O guarda-redes Vaná defendeu para frente e na recarga o internacional luso não desperdiçou. A cinco minutos do fim, João Pedro Sousa colocou em campo Roderick Miranda para o lugar de Pedro Gonçalves, num sinal claro que queria segurar a igualdade, contudo, aos 90+5 minutos, Gabriel selou o resultado na sequência de um canto, cobrado por Grimaldo. Antes da segunda mão da Taça de Portugal, a equipa famalicenFamalicenses ainda têm uma palavra a dizer na eliminatória se cumpre jogo para a 20.ª jornaCom 1-1 no marcador, Bruno mente) Pedro Gonçalves a gelar a da da 1.ª Liga, diante do Vitória, Lage colocou em campo Carlos luz. O jogador famalicense des- de Guimarães. A partida realizaVinícius e Rafa, para os lugares de marcou Toni Martínez, na direi- -se na cidade de Famalicão, no Chiquinho e Cervi, mas foi (nova- ta, e o espanhol, com um remate sábado, às 15.30 horas.C/ Lusa

Aves vence pela primeira vez fora de casa O Desportivo das Aves conquistou os primeiros três pontos da época na condição de visitante, ao triunfar na Madeira, no terreno do Marítimo, por 1-2, em partida da 19.ª jornada 1.ª Liga de futebol, realizada a 2 de fevereiro. A partida, que marcou o regresso de Nuno Manta Santos aos Barreiros, depois de ter orientado os “verde rubros” no início da temporada, ditou a primeira vitória da equipa de Vila das Aves, após nove derrotas em outras tantas deslocações. O Desportivo das Aves continua no último lugar, mas agora com 12 pontos, menos dois do que o Portimonense, penúltimo, e menos quatro que o Paços de Ferreira, primeira equipa acima da linha de água. As duas equipas procuraram o golo desde cedo, com o Aves a ameaçar por Welinton Júnior,

aos nove minutos, de livre direto, e Rodrigo Pinho a ficar perto de marcar com um “chapéu”, aos 10, valendo o corte de Ricardo Mangas. O lateral-esquerdo avense não só impediu os insulares de festejarem como, oito minutos depois, conseguiu inaugurar o marcador, ao aproveitar a baliza maritimista vazia para finalizar uma jogada começada por Yamga, que lançou Mohammadi e o avançado, na tentativa de remate, acabou por assistir o colega de equipa. A partir do golo, a partida até então mais equilibrada passou a ser controlada pelo Marítimo e o empate surgiu à passagem do minuto 37, por Rodrigo Pinho, que surgiu ao segundo poste para apontar o quinto golo no campeonato, agradecendo o cruzamento de Correa. O Marítimo até chegou a completar a reviravolta antes do in-

ter valo, quando René Santos marcou de cabeça, aos 40 minutos, mas, após análise do vídeoárbitro, Luís Ferreira anulou o golo, por fora de jogo do central brasileiro. Os madeirenses continuaram a mandar no jogo no arranque da segunda parte, embora com dificuldades para definir os lances no último terço. Acabou por ser o Desportivo das Aves a ser mais feliz e voltar a ficar em vantagem, num livre indireto de Reko, ao minuto 62, em que o guardião Amir foi protagonista pelas piores razões, ao tentar agarrar a bola, mas acabando por largá-la para dentro da baliza. No domingo, 9 de fevereiro, a equipa avense recebe o Rio Ave, para a 20.ª jornada do campeonato. A partida começa às 20 horas. C/ Lusa.


www.jornaldoave.pt

6 de fevereiro DE 2020 JORNAL DO AVE

Atualidade // Santo Tirso

Grandes Planos quer duplicar número de trabalhadores O presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, visitou, esta terça-feira, 4 de fevereiro, a empresa Grandes Planos. Instalada na Avenida Sousa Cruz, em Santo Tirso, a empresa conta, atualmente, com 15 colaboradores e um volume de negócios que ascende ao meio milhão de euros. Tiago Silva, Joel Silva e Luís Gonçalves fundaram, em 2011, a Grandes Planos, uma agência digital que se divide em quatro áreas de atuação: programação web/mobile; marketing digital; publicidade e design gráfico. Impulsionar a transformação digital das empresas através de uma combinação de tecnologia, criatividade e inovação é um dos objetivos a que se propõem e que caminha lado a lado com a procura de soluções ideais para cada cliente. Com uma forte presença nos mercados nacional e internacional, 70 por cento da faturação atual da Grandes Planos provém da ligação ao mercado suíço. Só em 2019 a empresa registou um volume de negócios de cerca de meio milhão de euros, mas Joel

Silva garante que “o ano de 2019 serviu não tanto para crescer ao nível de faturação, de elementos a trabalhar na Grandes Planos ou de projetos, mas sim para organizar a estrutura interna, processos e toda a metodologia de trabalho”. Agora, garante, “a partir de 2020 iremos apostar fortemente no nosso objetivo de duplicar o número de trabalhadores”. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, destacou as “excelentes condições de trabalho da empresa” e assegurou que “a Grandes Planos em nada fica a dever às grandes empresas nacionais em termos de inovação e criatividade”. “Temos no concelho empresas e profissionais de grande qualidade e Santo Tirso tem mostrado uma evolução também ao nível da qualidade de vida e do crescimento do Município”, adiantou o autarca, lembrando que “a captação de talentos é sempre difícil, mas a instalação de mais empresas no concelho, a criação de mais emprego qualificado, a aposta que temos vindo a fazer na habi-

15

P residente da Câmara visitou empresa tação e todo o trabalho levamos a cabo para promover o desenvolvimento sustentável do Município tem ajudado a criar condições para que esses talentos venham para Santo Tirso e para que empresas como esta possam cres-

cer ainda mais”. A trabalhar para países como a Espanha, o Reino Unido, o Brasil, Singapura, Indonésia e África do Sul, a Grandes Planos foi, em 2015, finalista do Prémio inovação NOS, na categoria PME.

A visita insere-se no Roteiro Invest Santo Tirso, périplo que tem levado o presidente da autarquia a visitar o comércio e indústria do concelho, com vista à promoção de sinergias e à dinamização económica do Município.

A DECO aconselha

A potência de electricidade que tem em casa será a mais adequada aos seus equipamentos? A DECO dá-lhe mais do que umas luzes para ter uma fatura de electricidade mais amiga. Já lhe aconteceu o disjuntor disparar quando tem vários equipamentos ligados ao mesmo tempo? Sabia que isso é sinal de que a potência que contratou não é suficiente para si? Para fazer uma gestão mais eficiente e reduzir a fatura de eletricidade verifique, junto do seu comercializador, se a potência que contratou é a mais adequada aos seus consumos. Saiba que a alteração da potência contratada não tem custos associados, mas quanto maior o valor da potência, mais cara será a tarifa. A maior parte das casas contratam uma potência entre os 3,45 kVA e os 6,9 kVA. Para escolher uma potência adequada aos seus consumos, terá de ter em conta o número de aparelhos que costuma utilizar em simultâneo, bem como os consumos de cada um desses equipamentos. Por exemplo, para uma pessoa que use em simultâneo o frigorífico, a máquina de lavar a louça e uma televisão, é recomendada uma potência de 3,45 Kva. Já para uma pessoa que utilize, em paralelo, o frigorífico, uma arca congeladora, uma máquina de lavar a louça, dois aquecedores, 1 forno e três televisões, é recomendada uma potência de 6,9 kVA. No site FATURA AMIGA (www.fatura-amiga.pt) pode perceber faturas, gerir consumos, fazer simulações e poupar electricidade. Junte-se a esta iniciativa e tenha uma fatura de electricidade mais amiga! Para mais informações contacte a DECO: Rua da Torrinha 228h, 5º, 4050-610 Porto; deco.norte@deco.pt

Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 21834601 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@jornaldoave.pt | Redação: Cátia

Veloso | Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Tiragem 7500 exemplares| NIB:

PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus subscritores. Todos os textos e anúncios

publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave. pt/index.php/estatuto-editorial


16 JORNAL DO AVE 6 de fevereiro DE 2020

www.jornaldoave.pt www.jornaldoave.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.