Jornal do Ave nº 138

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20 de setembro 2018 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 20 de setembro de 2018 Nº 138 Ano 3 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70

08 Santo T irso

Autarquia apoia empresA AFETADA POR INCÊNDIO

07 Saúde

Famalicão vai ter centro de saúde com dentista

02 Saúde

aCeS DE sANTO TIRSO/TROFA E FAMALiCÃO NÃO REALIZAM CONSULTA PARA ABORTO 20 Desporto

07 Bombeiros

Vacaria arde em Refojos

Irmãos Figueiredo correram para 8 medalhas 04 E mpreendedorismo

Horto da Cidade criou vaso ecológico 11 E ducação

800 mil euros para requalificação da Escola do Bom Nome 08 Economia

Burger King abre em santo tirso antes do Natal 07 Atualidade

CORPO DE HOMEM DESAPARECIDO ENCONTRADO NO RIO 02 Santo T irso

Uma caneta para esterilizar gatos de rua 04 E mpreendedorismo

Empresa desenvolve cachecol com nebulizador 08 Santo T irso

Bombeiros salvam cão e gato

05 Cultura

livro dá a conhecer empresários do Vale do ave PUB


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Atualidade

// Santo Tirso

ACeS de Santo Tirso/Trofa e de Famalicão não realizam consulta para aborto O Bloco de Esquerda manifestou preocupação com o número de agrupamentos de centros de saúde (ACeS) que não disponibilizam consultas para a interrupção voluntária da gravidez (IVG). Num levantamento realizado após interpelação a todos os agrupamentos de saúde e unidades locais de saúde, os bloquistas ficaram a saber que pelo menos 33 dos 55 agrupamentos de centros de saúde do país não disponibilizam consulta prévia às utentes que tencionam realizar um aborto. Estes números, considera o partido, devem servir de “alerta para o Governo, porque revela que há uma resposta insuficiente do Serviço Nacional de Saúde nesta área”. Do levantamento, surgem referidos os agrupamentos de centros de saúde Santo Tirso/Trofa e Ave (Vila Nova

“Caminhada Rosa” marcada para 7 de outubro Outubro vai “pintar-se” de cor de rosa para assinalar a luta contra o cancro da mama. O mês alusivo à prevenção do tipo de cancro mais comum entre as mulheres é pródigo em iniciativas alusivas a este tema e Santo Tirso vai acolher uma delas. A Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso vai cumprir a organização de mais uma “Caminhada Rosa”, a 7 de outubro, com início junto à Câmara Municipal de Santo Tirso, pelas 9.30 horas, e fim no Parque Urbano Sara Moreira, na Rabada. “Esta caminhada, que conta com cerca de 2000 participantes, tem como objetivo informar da importância da prevenção e rastreio do mesmo”, explicou fonte da Liga. C.V.

de Famalicão), como sendo dos ACeS que não têm consulta prévia de IVG, uma vez que encaminham as mulheres para o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). Foi isso mesmo que explicou ao JA a diretora do ACeS Santo Tirso/Trofa. “Desde que se organizaram as consultas, e porque o CHMA tem consulta em Santo Tirso, que qualquer mulher que nos procure é de imediato encaminhada com carta para a consulta prévia do Hospital e de imediato seguida por aquele. Considerou-se que, no nosso caso, que a consulta prévia no centro de saúde poderia vir atrasar o seguimento da mulher. Assim, seja para IVG ou continuação da gravidez, é de imediato referenciada a esta consulta no Hospital”, explicou Ana Tato. C.V.

Uma caneta para esterilizar gatos de rua Preocupada com o controlo das populações de gatos de rua, a Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso está a promover uma campanha para esterilizar os animais. Chama-se “Uma Caneta para Ajudar” e para aderir basta adquirir uma caneta, que custa um euro, ou, colocar à venda no estabelecimento comercial. Há já alguns pontos de venda aderentes: Belle Époque Cabeleireiros (parque D. Maria II), Casa Tendências, Café Praça (rua dos bares), Centro Veterinário de Santo Tirso, Clínica Veterinária do Ave, Confeitaria Doces da Avó Luísa, Confeitaria Mónica (ao pé da feira), Ervanária Tirsense Lavandaria Bem lavar, Perfumaria Linda Martins, Restaurante Cantinho da Várzea e Ysensy (modelo). C.V.

// Vila Nova de Famalicão

Colheita de sangue em Bairro

I niciativa assinala mês da prevenção do cancro da mama

A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão promove uma colheita de sangue, no Salão Paroquial da freguesia de Bairro, com o apoio do Corpo Nacional de Escutas – 27, no próximo domingo, dia 23. A ação, aberta à população em geral, realiza-se entre as 9 e as 12.30 horas pelo Instituto Português do Sangue e do Transplantação (IPST). C.V.

26 de setembro Dia Europeu do Ex-Fumador O tabagismo é seguramente um dos mais importantes problemas de saúde pública e individual, sendo inclusive considerado um problema de saúde prioritário no âmbito de Plano Nacional de Saúde. A nível mundial, constitui mesmo a principal causa evitável de doença e de morte.0p Além disso, há estudos que mostram que 1 em cada 2 fumadores morrerá por uma doença associada ao tabaco e que as pessoas que deixam de fumar vivem, em média, mais dez anos quando comparadas com aquelas que continuam a fumar… 2,3,4 Mas então se, nos dias de hoje, já não restam dúvidas sobre os malefícios do tabaco, porque será que as pessoas continuam a fumar? De entre as milhares de substâncias que constituem o cigarro, existe uma, a nicotina, que tem a capacidade especial de “encantar” o fumador… De tal forma que ele vai querer usá-la, mesmo sabendo os seus efeitos nefastos. Chamamos a isto dependência! E, por isso, é que a cessação tabágica não é um processo fácil. No entanto, é perfeitamente alcançável, desde que o fumador esteja predisposto a essa mudança. É essa a primeira e indispensável condição para o sucesso do processo. Querer. E, como querer é poder, as restantes condições criam-se e gerem-se a seguir…pelo fumador, pelos que o rodeiam, pelo médico. E agora, dirigindo-me particularmente aos fumadores, numa semana em que se comemora o Dia Europeu do Ex-Fumador, aproveite para pensar neste assunto. Refletir. Se entretanto decidir que quer mudar, agarre essa decisão com todo o empenho. É, sem dúvida, uma das melhores decisões da sua vida! Se precisar de ajuda, fale com o seu médico. Ele saberá como o orientar. Ana Costa e Sá, Médica Interna da USF Vil’Alva

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Atualidade // Vila Nova de Famalicão

Juiz de Famalicão condenado por insultos e ameaças à ex-companheira O juiz de Famalicão acusado de violência doméstica foi cial e profissional, a “mediana” ilicitude dos factos, o pecondenado pelo Tribunal da Relação de Guimarães a um ríodo “curto” em que enviou mensagens e a ausência de ano e meio de prisão, com pena suspensa, e ao pagamen- antecedentes criminais à data dos factos, concluindo que ter-se-á tratado de um “acontecimento isolado” numa vida to de 7500 euros à ex-companheira. Mensagens de telemóvel e email que o arguido enviou “conforme ao direito”. O advogado do juiz, João Ribeiro, disse aos jornalisdepois do fim do relacionamento de quatro anos, em 2011, sustentaram a acusação, levando o tribunal a concluir que tas que não esperava “de todo” a condenação, admitinhouve demonstração de “desprezo e desconsideração” e do avançar com recurso após análise “ponderada” do “provocações de cariz sexual, insultos e ameaças veladas” acórdão. O advogado da ex-companheira do arguido, Pedro Mene “intenção, conseguida, de provocar medo e humilhar”. O acórdão refere ainda que o arguido sabia que a ex- des Ferreira, congratulou-se com a decisão, afirmando -companheira estava “particularmente vulnerável” pela tratar-se de um “acórdão realista, que traduz o que efetimorte do pai e que as mensagens lhe provocaram “inse- vamente se passou”. Na fase de inquérito do processo, o Ministério Públigurança, intranquilidade e medo”. E o nível de censurabilidade é acrescido, justifica o tri- co (MP) tinha ditado o arquivamento, mas a queixosa pediu a abertura de instrução e conseguiu que o caso fosbunal, pelo facto de o acusado ser juiz. Por outro lado, o tribunal ponderou a sua integração so- se a julgamento.

T ribunal da R elação condena Juiz

Ministério Público arquiva processo-crime contra abrigos de cães “Apesar de não prestar as ideais condições aos animais fesos, que se arrasta há anos”. que ali estão acolhidos, pois poderia e deveria estar mais A justificação do MP assenta no argumento de que “um limpo, não existe crueldade em manter animais num es- mau trato é antes um tratamento cruel, atroz, impiedoso, paço sujo, com lixo, dejetos e mau cheiro”. Foi esta a con- revelador de algum prazer em causar sofrimento ou inclusão do Ministério Público (MP) a um processo-crime diferença perante o sofrimento causado”, acrescentando movido a dois abrigos de cães em Santo Tirso. que, no caso, apurou-se que “os animais não estavam em O MP arquivou o processo que resultou da denúncia fei- sofrimento”. Joana Dias dos Santos, uma das promotoras ta em 2017 por populares a dois abrigos situados na Ser- da denúncia, afirmou sentir-se “impotente” perante o arra do Sobrado, em Santo Tirso, indignados com “uma si- quivamento do processo e depois de “tanto esforço emtuação de insalubridade, ameaça à saúde pública e mais penhado e risco pessoal em prol desta causa”, em que grave ainda, de maus tratos e negligência a animais inde- “ficou muita coisa por esclarecer”. No entanto, adiantou

que o grupo de denunciantes não vai recorrer da decisão. A “procura por soluções” para apoiar aqueles animais “vai continuar”, afirmou Joana Dias dos Santos, que acrescentou que aquando a denúncia, o cenário nos abrigos era “dantesco”, com “cães acorrentados por todo o lado, saudáveis, doentes, novos, velhos, alguns que já desistiram da vida e estão apenas a aguardar que a morte chegue”. A denunciante referiu ainda que no decorrer do processo, “houve no Cantinho das Quatro Patas uma tentativa de melhorar as coisas”, mas não conseguiu apurar “por continuar a ser impedido pelos proprietários o acesso ao local”.

Arrancou construção do novo Tribunal do Comércio Arrancaram as obras para o novo Tribunal do Comércio de Santo Tirso. O edifício que vai acolher a instância é maior do que a área disponível no Palácio da Justiça, o que vai trazer melhorias significativas.

reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt

CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS

As obras para o novo Tribunal do Comércio de Santo Tirso arrancaram. A instância, que atualmente funciona no Palácio da Justiça, vai passar para o antigo edifício das Finanças, na Rua Ângelo de Andrade. São cerca de 800 metros quadrados de área útil que, segundo o presidente da Comarca do Porto, José António Rodrigues da Cunha, “salvaguardam o bom funcionamento” da instância. “É um tribunal grande, com muita gente a trabalhar e um volume processual que é dos maiores do país”, adiantou no fim da visita às obras, ao fim da manhã de terça-feira, 18 de setembro. Santo Tirso acolhe um dos dois juízos de Comércio da Comarca do Porto - o outro está em Vila Nova de Gaia – e é competente pela área territorial a norte da Área Metropolitana. José António Rodrigues da Cunha diz que, para as necessidades atuais da Justiça, o novo edifício é suficiente,

Presidente da Câmara e presidente da Comarca visitaram obras

no entanto, poderá tornar-se exíguo “se entrar em vigor a nova reforma” que “prevê o aumento do juízo de Comércio”. Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, aponta já uma solução: “Há um espaço ao lado da antiga conservatória que também é do Estado e que pode ser utilizado para o efeito”. Já a pensar no melhoramento de outros serviços, o edil tirsense vaticinou a transferência do Tribunal da Família, atualmente a funcionar na instância do Trabalho, para o Palácio da Justiça. Para o autarca, este investimento de 800 mil euros, da responsabilidade do Governo, no novo Tribunal do Comércio “trará uma melhoria muito grande para a zona norte da Área Metropolitana, porque falamos de uma instância muito importante do aparelho da Justiça”. “É uma obra premente para a celeridade e dignificação da Justiça”, acrescentou. A participação da Câmara Municipal traduziu-se na elaboração – e pagamento - do projeto, já que os serviços autárquicos “revelaram-se mais céleres do que os do Estado”, assinalou Couto. É expectável que o novo Tribunal do Comércio esteja a funcional “em abril ou maio de 2019”, anunciou Joaquim Couto.


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Empreendedorismo

// Santo Tirso

Horto da Cidade criou vaso ecológico

// Vila Nova de Famalicão

O “biosubstratpot” propõe-se a operar uma verdadeira revolução no funcionamento dos hortos. Torná-los mais sustentáveis do ponto de vista ambiental é o grande desafio, já que com a sua utilização se reduzirá o recurso a vasos de plástico e o consumo de água. A ideia partiu de Jorge Carvalho, da empresa de Santo Tirso Horto da Cidade, que candidatou o “biosubstratpot” ao Prémio Inovação NOS. Depois de constatar que, na Europa, se gastavam “cerca de 250 mil toneladas de vasos de plástico por ano” e que as mudas de vasos representavam a quebra de “5 por cento” de produção, o responsável decidiu arregaçar as mangas e estudar um produto inovador, com o apoio do grupo empresarial Plandor e da Universidade do Minho, contando com fundos comunitários. Composto por “65 por cento de biorresinas e biopolímeros, que depois na terra se decompõem naturalmente”, o biosubstratpot toma a forma de vasos com diferentes tamanhos, encaixando-se em função da fase de cresci-

Vaso ecológico já se encontra em fase de testes mento das plantas até estar pronta para ser colocada no jardim ou ser vendida. Jorge Carvalho atesta que não há, no mercado, nenhum produto com as características do biosubstratpot, que é “esponjoso, hidrófilo e permite hidroscopia distinta em função da sua composição”. Estes atributos permitem poupança no consumo de água (pode aguentar percentagens entre os 35% e os 65%), de fertilizantes e de fontes de calor, uma vez que protege as plantas de temperaturas negativas. Com previsão de chegada ao

mercado em 2020, o biosubstratpot encontra-se em fase de ensaios em quatro produtores, dois nacionais, um espanhol e outro italiano. E já há interessados no mercado europeu e americano. Falta agora conceber um equipamento que permita a produção em massa deste produto, sendo que foi idealizado para os hortos, mas poderá ser utilizado pelo consumidor final. O Horto da Cidade encontra-se ainda a investigar novas formulações do produto, para que se adeque a todo o tipo de plantas.

Empresa tirsense desenvolveu cachecol com nebulizador Encurtar o tempo de cura e facilitar a mobilidade das pessoas são algumas das funcionalidades do “Cachegrip”, um dispositivo criado pela empresa de Santo Tirso, Clever Action, que contém um nebulizador, que “permite fazer nebulizações contínuas ou regulares em espaços de tempo predeterminados”, explicou o gestor do projeto, Jorge Carvalho. Deste modo, acrescentou, vai permitir “debelar uma infeção, prevenir alergias ou distribuir medicamentos com efeitos paliativos, tornando as doenças crónicas mais fáceis de suportar”. O nebulizador, que tem um dispositivo que permite aos clínicos programar a dosagem do medicamento, funciona com pilha e é acionado por um botão para ligar e desligar. Está incorporado num cachecol, para facilitar o uso por parte de crianças e passar despercebido em locais públicos. “(A

pessoa) mete o cachecol e pode ir para o trabalho ou outro local a nebulizar, não tendo de se isolar. Pode fazer a sua vida normal, estando a sintomatologia agressiva a ser tratada em contínuo. O tempo de vida da doença no paciente é encurtado, comparativamente aos tratamentos normais, reduzindo a quantidade de medicação, as hospitalizações e outras situações associadas”, explicou Jorge

Carvalho. O primeiro protótipo resultou de um investimento de 300 mil euros e a próxima fase passa por garantir uma parceria “com uma empresa farmacêutica”. Cumprido esse desígnio, Jorge Carvalho acredita que será possível colocar o “Cachegrip” rapidamente no mercado. As previsões apontam para vendas na ordem dos “5,2 milhões de kits por ano”.

P rojeto propõe - se a melhorar a vida dos doentes

P rojeto inovador é 100 % português

Casaco para peões e ciclistas brilha no escuro com inteligência portuguesa Ter um casaco com iluminação inteligente já é possível. O projeto 100 por cento português já está no mercado e conta com a intervenção da empresa famalicense SCOOP. MUSGO é o nome do casaco que promete revolucionar a forma como peões e ciclistas se deslocam nas estradas durante a noite. O projeto inovador, criado em conjunto pelas startups VIME e LAPA e pela empresa famalicense SCOOP, propôs-se a criar um casaco iluminado cuja cor, intensidade e frequência da intermitência poderão ser adaptados ao “nível” de escuridão através de uma aplicação de telemóvel. “O sistema de iluminação inteligente com fibras óticas que desenvolvemos aumenta a segurança dos utilizadores através da iluminação ativa e é 'inteligente' graças ao recurso a sensores que existem num smartphone e que ajudam, por exemplo, a sinalizar a travagem de um ciclista ou informar um trabalhador que saiu da área de segurança”, explica Filipe Magalhães, diretor científico e tecnológico da VIME. Além disso, consegue indicar automaticamente a um caminhante/ corredor que alcançou uma determinada localização geográfica. Pesa menos de um quilo, tem um bolso que isola o corpo da radiação emitida pelo smartphone, uma “cauda” que protege a roupa de salpicos para quem pedala à chuva, bandas de silicone nos ombros para aumentar a aderência de mochilas e bolsos ventilados com fechos bidirecionais para regular a temperatura e um painel respirável cortado a laser. Os produtores querem avançar para a produção industrial do casaco, mas necessitam de apoio, por isso lançaram uma campanha de crowdfunding na plataforma Indiegogo, através da qual ambicionam angariar 70 mil euros. Para doadores, o casaco está disponível para venda por cerca de 250 euros. O processo de confeção do casaco é “amigo do ambiente”, com a utilização de cascas de coco. E segundo Filipe Magalhães, pode ser lavado “mais de 100 vezes sem comprometer a sua forma e estrutura, não vinca, seca 92 por cento mais depressa do que o algodão, elimina odores e bloqueia a radiação UV”. SCOOP É a partir de Cavalões, Vila Nova de Famalicão, que a SCOOP produz vestuário técnico para ski e montanha, golfe, ténis e fitness. No currículo da empresa está o fabrico dos equipamentos para a equipa olímpica de inverno da Rússia, o fardamento para a Federação Italiana de Ski e para a Expo’98 ou o vestuário para a edição comemorativa dos 50 anos da Liga de Futebol Norte-Americana.


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Atualidade

Livro dá a conhecer empresários do Vale do Ave “Os Empresários da Indústria Têxtil do Vale do Ave” é o nome do livro que o joanense Joaquim Lima apresentou, no dia 11 de setembro, na sede da AMAVE, em Guimarães, e que “procura dar a conhecer a forma como se constituiu e reproduziu (e reproduz ainda) a classe empresarial têxtil no Vale do Ave”.

classe que neste momento vive a blemas com a sucessão geracional, mudança do paradigma industrial, numa palavra, a reprodução de um após a falência do modelo tayloris- saber-fazer e de um capital simbóta/fordista, ao mesmo tempo que lico responsável pela reconfigurarenasce um novo saber-fazer têx- ção do tecido económico e do camtil, um novo habitus empresarial”. po empresarial da região”. Natural de Joane, Vila Nova de “Os Empresários da Indústria Têxtil do Vale do Ave” resulta de Famalicão, Joaquim Lima é licenoito anos de investigação de Joa- ciado em Filosofia pela Universiquim Lima, que teve oportunida- dade do Porto (1979) e Mestre em de de mergulhar no quotidiano de “Filosofia em Portugal e Cultura uma classe empresarial e de sentir Portuguesa” pela Universidade o pulsar do seu espírito empreen- do Minho (1995-98). Fez pós-gradedor, a sua importância socioeco- duação em “Prospetiva e Planeanómica no desenvolvimento regio- mento do Desenvolvimento Regional, as suas reformulações, o seu nal e Local” na Universidade Casentido de sobrevivência, os pro- tólica Portuguesa – Braga (2007)

CÁTIA VELOSO

A obra é considerada pelo autor, Joaquim Lima, “um contributo para o conhecimento e estudo de uma

e é doutor em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2017). Autor de diversas publicações, com destaque para o livro “Princípios de Antropologia em Bernardino Machado” (2007), com prefácio de Guilherme d’Oliveira Martins, Joaquim Lima é ainda fundador da Associação Teatro Construção (1977) e da Mais Plural – Cooperativa de Solidariedade Social de Apoio a Crianças, Jovens e Idosos, CRL (2005). Desde 1999, tem sido responsável por inúmeros projetos e iniciativas de desenvolvimento local e regional.

“A questão salarial está em mudança profunda no setor” Entrevistado pelo Jornal do Ave, Joaquim Lima explicou o que o levou a investigar um setor que protagonizou um dos grandes desastres económicos e sociais na região do Vale do Ave no início do século. O investigador sublinhou o papel dos “grandes empresários tradicionais”, que “conseguiram sobreviver ao vendaval da mudança de paradigma do setor têxtil” e apontou para uma “mudança profunda” da indústria do ponto de vista salarial, sem esquecer a escassez de recursos humanos. CÁTIA VELOSO

Jornal do Ave (JA): Porque é que decidiu fazer esta investigação e editá-la em livro? Joaquim Lima (JL): A investigação de que resultou o livro “Os Empresários da Indústria Têxtil no Vale do Ave: contributo para uma sociologia da formação do habitus económico” como se constituiu, como se reproduziu e se reproduz a classe empresarial têxtil na região do Vale do Ave partiu da intenção de entender a diversidade das dinâmicas sociais que percorrem o tecido empresarial têxtil do Vale do Ave, interpretar o papel dos mais diversos atores através da análise dos seus projetos empresariais e aferir os mecanismos de reprodução social. Esta viagem sociológica de oito anos procura ser apenas o incentivo para o despontar de novas investigações sobre a realidade empresarial do Vale do Ave, olhada de soslaio pelo país, envolta em alguns preconceitos, que secundarizam o seu papel social, transformando os empresários em meros

instrumentos funcionais de cariz produtivo, esquecendo-se que são importantes instrumentos de desenvolvimento regional. A investigação teve como ponto de partida testemunhos de empresários na primeira pessoa sobre os mais diversos projetos empresariais do distrito industrial que é o Vale do Ave, onde mergulhamos profundamente por forma a construir um processo de análise conceptual a partir das suas disposições e práticas empresariais. JA: Com a crise, assistiu-se a uma “dizimação” de unidades fabris com um papel preponderante para o território. Do que destaca do “renascimento” de grandes empresas? JL: O setor resiste e readaptou-se ao vendaval da China, ao fim do acordo multifibras de cariz protecionista, reajustando-se à liberalização dos mercados (2005), onde aconteceu uma redução da sua capacidade produtiva, com falências de empresas emblemáticas da região o que provocou importantes feridas sociais na região. O setor soube reencontrar o seu próprio rumo, afirmando-se hoje como um setor tecnologicamente muito competitivo, afirmando-se como um dos alicerces das exportações portuguesas, transformando a ameaça da asiatização do comércio mundial numa oportunidade. Em 2016, o setor atingiu um valor de mais sete mil milhões de euros, recuperando uma posição análoga à do ano de 1995, do período dourado do setor têxtil. O indicador das exportações cresceu imenso, batendo todos os anos recordes em termos de exportação.

O volume de emprego estabilizou em 132 mil trabalhadores, curiosamente metade dos postos de trabalho existentes em 1995 (263.181 trabalhadores). Hoje é um dos setores mais dinâmicos da economia portuguesa, que continua a crescer sobretudo em qualidade. Os grandes empresários tradicionais, que conseguiram sobreviver ao vendaval da mudança de paradigma do setor têxtil, são uma classe que conquistou um estatuto e um capital simbólico que resulta essencialmente do seu sucesso empresarial. Estes empreendedores, com origem em famílias de empresários self-made, são herdeiros de dinastias empresariais que hoje ganharam a batalha da reestruturação, mantendo vivos e competitivos projetos empresariais que permanecem referências no setor têxtil português, afirmando-se como guardiões de um capital simbólico relevante de classe, com uma forte ligação ao meio social.

Joaquim L ima considera que setor soube reencontrar o seu próprio rumo

JA: Qual o impacto que tem, atualmente, a indústria no território? JL: A indústria têxtil é um dos principais símbolos da região do Vale do Ave, que deve ser promovida em termos nacionais, vendendo um setor, tecnologicamente muito avançado, que dá lições em termos de produção de qualidade.

vezes muito pouco pacíficos, que podem colocar em causa todo o projeto do fundador. Um grande empresário que entrevistei resumia essa questão na frase: “ As relações familiares são todas muito cordatas até um dia que começamos a falar em partilhas. As pessoas dão-se muito bem, almoçam aos sábados e domingos todos juntos… quando chega a altura do pai fechar os olhos ou a mãe fechar os olhos, tudo se complica”.

JA: Há uma ideia pré-concebida que a sucessão geracional nas administrações das empresas levou ao encerramento de muitas delas. Constatou algum padrão nesse sentido? JL: Os processos de sucessão familiar são sempre dolorosos, às

JA: O têxtil sempre foi visto como uma indústria com recursos humanos com remunerações baixas. Atualmente, comprova-se que essa realidade foi agravada ou estamos perante uma área mais “apetecível”? JL: Hoje, a questão salarial está

em mudança profunda no setor têxtil. Tudo o que é especialização tem remunerações mais altas, a começar nos engenheiros têxteis que, no passado, fugiram das universidades para outros cursos superiores. O mesmo já acontece com a escassez de costureiras. Mas, sobretudo nas empresas de garagem, apelidadas de sweating system, onde acontece um regime de subcontratação que impõe o esmagamento de preços e uma dependência produtiva, continuam a praticar-se salários associado ao salário mínimo, fruto ainda de um emprego esmagadoramente feminino com baixas qualificações, regra geral oriundo de situações de alguma fragilidade familiar ou do abandono escolar no passado.


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// Vila Nova de Famalicão

Autarquia convida população a reavivar memórias

Projetar o futuro, preservando o passado A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está à procura de fotografias antigas do concelho. Por isso, lançou um desafio a toda a população que tenha imagens antigas de locais icónicos, para que tire uma fotografia atual com a fotografia antiga na mão. Depois, é só partilhar no mural do facebook, instagram ou twitter com o hashtag #passadoemfamalicao. O objetivo, disse Paulo Cunha, presidente da autarquia, é “ reconhecer e valorizar o património local como fator de identidade e do bem comum”. A iniciativa está inserida na 3.ª edição do Festival Visão' 25 e decorre até 27 de setembro. “Comunidade de Futuro” é o epíteto da atividade, que está articulada com o colóquio “A linha do tempo e o tempo de reabilitar”, que se vai realizar no dia 26 de outubro, a partir das 9 horas, no Centro de Estudos Camilianos. O colóquio contará com um conjunto de convidados que irão debater diversos temas desde a arqueologia à arquitetura moderna religiosa, mas também a obra contemporânea. Serão discutidos os temas reabilitar em contexto rural, urbano e industrial. O evento

I niciativa está inserida na 3.ª edição do festival Visão’25 ficará ainda marcado pela entrega do prémio de arquitetura Januário Godinho. Famalicão Visão’ 25 O projeto Famalicão Visão 25 nasceu em 2014 no enquadramento da elaboração do Plano Estratégico 2014-2025 para o concelho, que apontou para o desenvolvimento de uma comunidade verde

tecno-industrial global, num território verde multifuncional. Nesta edição a reflexão faz-se em torno das questões sobre o que existe em Famalicão, o que nos dá o concelho que nos faz feliz e que nos faz sorrir, o que gostamos de usar e desfrutar, o que gostamos de ver, olhar e observar, o que gostamos de oferecer e mostrar e o que queremos continuar a ter no futuro.

“Queremos colocar os famalicenses em contacto com as suas memórias passadas no presente para a sua salvaguarda no futuro”

Arranca esta semana, em Vila Nova de Famalicão, a terceira edição do Festival Famalicão Visão’25, sob o tema Comunidade de Futuro. Ao longo de seis semanas, até 27 de outubro, mais de 60 entidades do concelho colaboram e são parceiras deste projeto, que proporcionará 25 ações diversificadas e descentralizadas, que irão envolver diretamente muitas centenas de pessoas. O programa de atividades começou a 19 de setembro e continua esta sexta-feira, às 18 horas, com o debate da “Geração Visão'25”, um grupo de 25 jovens que vai refletir, na Casa da Juventude, sobre como querem que seja o futuro do concelho. No sábado, a “Feira de Produtos da Terra”, atividade da Comissão Social Interfreguesias do Vale do Este, já reconhecida pelos Selos Visão’25, comemora o seu 4.º aniversário, com um debate sobre os produtos e espécies locais e a agricultura biológica. Em colaboração com pelouro da Família e Saúde da Câmara Municipal, será confecionada a “Sopa da Terra”, que percorrerá a Feira Rural de Joane, o Mercado em Riba de Ave e a Feira Grande. Recorde-se que o projeto Famalicão Visão 25 nasceu em 2014 no enquadramento da elaboração do Plano Estratégico 2014-2025 para o concelho, que apontou para o desenvolvimento de uma comunidade verde tecno-industrial global, num território verde multifuncional.

Jovens vão debater futuro do concelho

Paulo Cunha, presidente da CM Vila Nova de Famalicão

“Mais de 200 mil” na Feira de Artesanato e Gastronomia

A desão ao certame foi motivo de regozijo para organização “Foi uma excelente edição da Feira de Artesanato e Gastronomia, com números de adesão fantásticos que demonstram bem o sucesso e o interesse que este

Debate juvenil e “Sopa da Terra” no arranque do Festival Famalicão Visão’25

evento desperta nas pessoas”. Foi em notório regozijo que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Famalicão fez o balanço de mais uma edição da ini-

Dia Europeu Sem Carros a pedalar com estilo na cidade

Vila Nova de Famalicão está, de novo, na rota do “Cycle Chic”, o mociativa que levou ao parque da fei- vimento internacional que vai assinalar o Dia Europeu Sem Carros na ra, cerca de cem artesãos e vários cidade. O passeio de bicicleta, promovido pela associação YUPI, cumpre-se pela quarta vez e inicia pelas 17 horas de sábado, 22 de setembro, expositores gastronómicos. Segundo a autarquia, o certame na Rua de Santo António. A inscrição é obrigatória e pode ser efetuada “ultrapassou largamente a fasquia no site do Município, em www.vilanovadefamalicao.org. Mas o dia conta com mais atividades, com a chancela do Município dos 200 mil” visitantes, sendo que um dos picos de adesão se veri- através do pelouro da Mobilidade e no âmbito do Festival Famalicão Vificou no concerto de Piruka, com são'25. Várias artérias da cidade vão estar encerradas ao trânsito para “mais de 20 mil pessoas”. A Feira promover o uso de transportes suaves e amigos do ambiente. Entre as inúmeras atividades agendadas, destaque, por exemplo, para de Artesanato e Gastronomia encerrou com a entrega de prémios a realização de um workshop de Geocaching, às 10 horas, promovido aos artesãos. A toga “Becas” ela- pela associação PASEC e pela Comissão Social Interfreguesias da Área borada pelo artesão famalicense Urbana. A iniciativa, de inscrição obrigatória no site do Município, terá Manuel Campos conquistou o júri como local de concentração a Praça D. Maria II. Nota ainda para uma demonstração de bicicletas elétricas, para a inaudo concurso arrecadando o prémio de “Melhor Peça de Artesa- guração da exposição “Ciclovia como motor de desenvolvimento do nosnato”. Foram ainda entregues três so território”, na Rua de Santo António, e a realização de vários momentos menções honrosas aos artesãos culturais, com oficinas e leituras ao ar livre e a presença do Teatro Bus. Esta é uma das muitas atividades promovidas pela autarquia para ceMarta Cruz de Amarante, com tecelagem, às rendas de Bilros lebrar o Dia Europeu Sem Carros, assinalado anualmente no âmbito de Vila do Conde e a José Falcão da Semana Europeia da Mobilidade, que este ano decorre sob o lema pela capa em burel – L’Pardo. C.V. “Combina e Move-te”.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Famalicão vai ter centro de saúde com dentista Um dos centros de saúde do concelho de Vila Nova de Famalicão vai “ganhar” um consultório dentário, em meados do próximo ano. CÁTIA VELOSO A Câmara Municipal firmou, esta semana, um acordo com o Governo para aderir ao programa “Saúde Oral para Todos”, que vai permitir a disponibilização de consultas de medicina dentária através do Serviço Nacional de Saúde. A autarquia assume todos os encargos financeiros com os equipamentos necessários para a criação do consultório, através de um investimento municipal que deverá rondar os 50 mil euros. Por sua vez, o Governo compromete-se a realizar as obras necessárias no espaço dedicado às consultas de medicina dentária, assim como assegurar os recursos humanos habilitados (médico dentista e auxiliar técnico), os consumíveis necessários e as adequadas condi-

ções de funcionamento do espaço. “É uma excelente oportunidade para conseguirmos garantir a toda a população o acesso à prestação de cuidados de saúde essenciais e de proximidade”, afirma, a propósito, Paulo Cunha, edil famalicense, adiantando que o investimento do município surge no âmbito das “políticas de apoio social desenvolvidas pela Câmara Municipal, através de uma parceria com a Administração Regional de Saúde do Norte, que irá contribuir para a promoção de uma política efetiva de combate às assimetrias territoriais e sociais”. O autarca aproveitou a oportunidade para reafirmar a disponibilidade do município para continuar a cooperar com o Governo no que diz respeito aos cuidados de saúde, adiantando que “as autarquias desempenham, ao nível local, um papel preponderante, no âmbito do bem-estar das populações, constituindo-se como uma plataforma naturalmente capaz de

congregar os vários domínios de atuação das políticas públicas”. O protocolo será ratificado numa das próximas reuniões do executivo municipal. Santo Tirso já tem consultório dentário a funcionar no SNS Este programa já está em funcionamento no concelho de Santo Tirso, com consultas de saúde

// Santo Tirso

oral na unidade de saúde familiar Nova Saúde, em Vila Nova do Campo. Em abril, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, visitou o consultório em conjunto com o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto. As consultas de medicina dentária nesta unidade abrangem mais de 12 mil utentes do município, mas o objetivo da Câmara é

este serviço possa chegar a mais pessoas, por isso, está a ser dado seguimento a um protocolo com a CESPU – Cooperativa de Ensino Superior, Politécnico e Universitário para instalar serviços de saúde oral no Hospital de Santo Tirso. “Estamos trabalhar, para que seja uma realidade o mais rapidamente possível”, assegurou Joaquim Couto.

// Vila Nova de Famalicão reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt

Corpo de homem desaparecido encontrado no rio Mário Carvalho, de 67 anos, estava desaparecido de Vila Nova de Famalicão desde 14 de setembro. Tinha sido visto pela última vez em Brito, Guimarães, e desde essa altura que era procurado. Esta terça-feira, cerca das 17 horas, o seu corpo foi encontrado a boiar no Rio Ave, em Pedome, no concelho famalicense. Os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave retiraram o corpo do rio e transportaram-no para a morgue da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. C.V. pub

Vacaria ardeu em Refojos Bombeiros das três corporações de bombeiros do concelho de Santo Tirso combateram as chamas que deflagraram numa vacaria, em Refojos. CÁTIA VELOSO Foi um trabalho extenuante aquele que os soldados da paz tiveram para extinguirem um incêndio que deflagrou numa vacaria, na Rua de Vila Verde, em Refojos, no concelho de Santo Tirso, na manhã de quarta-feira, 19 de setembro. O alerta que chegou aos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso apontava para um incêndio numa

habitação, mas chegados ao local, os soldados da paz depararam-se com uma vacaria em chamas. O acesso à vacaria foi uma das dificuldades encontradas pelos efetivos, uma vez que a única entrada não permitia a passagem dos veículos pesados de combate dos Bombeiros. Depois da retirada, em segurança, de todos os animais daquele espaço, procedeu-se ao combate do fogo que se confinou a uma extensa área de armazenagem de fardos de palha. Foi também necessário o acionamento de efetivos e meios dos

Bombeiros Voluntários Tirsenses e de Vila das Aves, num teatro de operações que teve em ação um total de 24 operacionais, apoiados por nove veículos. Segundo o adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, Filipe Carneiro, pelas características do incêndio, as operações de rescaldo foram “demoradas” e obrigaram a um “grande desgaste físico dos operacionais”, já que foi necessário retirar “os fardos de palha” e proceder ao “arrefecimento da área ardida”.


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Atualidade

// Santo Tirso

Autarquia apoia empresa afetada por incêndio Depois do incêndio que destruiu um armazém industrial de produtos de higiene, na noite de 12 de setembro, os responsáveis da empresa afetada estiveram reunidos na Câmara Municipal de Santo Tirso, que se dispôs a acionar os mecanismos autárquicos para salvaguardar os cerca de 15 postos de trabalho. CÁTIA VELOSO A Carvidet viu a atividade suspensa e precisava de novas instalações para retomar a produção. Foi essa a primeira preocupação da Câmara. “A doutora Vera Araújo, que é responsável pelo Santo Tirso Invest, procurou instalações alternativas e já diligenciou nesse sentido”, explicou Joaquim Couto, presidente da autarquia. Além disso, a Câmara dispôs-se a usar outros mecanismos para apoiar a administração e os próprios trabalhadores, através da Divisão de Coesão Social e do serviço de Emprego e Inserção Profissional, mediando o diálogo entre a empresa e o Instituto de Emprego, no sentido de resolver as candidaturas outrora submetidas para

formação e contratação de pessoal. Joaquim Couto deu ainda conta de que a administração terá que acionar, “em momento oportuno”, o processo para a “designação de interesse municipal” da empresa, para que esteja “em condições” de se “candidatar a incentivos fiscais de carácter nacional e municipal”. A Carvidet faturou cerca de um milhão de euros em 2017 e estava numa fase de crescimento económico. Incêndio combatido por 93 bombeiros O incêndio de 12 de setembro causou estragos avultados no armazém situado na Rua Alto da Cruz, perto do nó de Santo Tirso/Trofa da A3. As chamas foram combatidas por 93 bombeiros de nove corporações, que foram apoiados por 31 veículos. O fogo começou numa das extremidades da nave industrial e propagou-se para uma pequena zona florestal contígua, que foi rapidamente resolvida pelos bombeiros. No combate ao incêndio, um bombeiro sofreu ferimentos ligeiros e foi transporta-

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Câmara Municipal propôs - se encontrar instalações alternativas do para a unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave. Apesar de não ter alastrado para a empresa contígua, a Modelstone, o incêndio acabou por afetar a estrutura do armazém e,

por consequência, a laboração da fábrica, que esteve também condicionada. O JA sabe que a empresa já encontrou instalações provisórias no concelho de Santo Tirso.

Burger King abre em Santo Tirso Bombeiros de Riba de Ave salvam cão e gato antes do Natal Santo Tirso vai receber um investimento de um milhão de euros com a abertura da loja Burger King, cujas obras já se iniciaram na semana passada. A cadeira norte-americana que detém a Burger King já iniciou, na cidade de Santo Tirso, as obras de construção da sua loja, num investimento de cerca de um milhão de euros. O local escolhido pelo grupo para se instalar foi a zona das Rãs, junto à rotunda Timor Lorosae, e prevê-se que a obra fique

concluída “no prazo máximo de quatro meses”, ou seja, antes do Natal deste ano”, adiantou fonte do grupo. O grupo prevê investir 32 milhões de euros em Portugal, com a abertura de 26 restaurantes da insígnia Burger King, prevendo a criação de 676 postos de trabalho A Iberking, detentora da insígnia Burger King, que faturou 64,4 milhões de euros em 2017, explora 69 restaurantes desta marca e emprega cerca de 800 pessoas. A Burger King Espanha e Portugal firmou um acordo com a Iber-

sol, no qual esta última se compromete a abrir 40 restaurantes da marca Burger King ao longo dos próximos três anos. Para além das dezenas de aberturas, o acordo prevê a remodelação de 30 dos 80 estabelecimentos Burger King que a Ibersol já gere atualmente, para os adaptar a uma nova imagem, que se pretende mais “acolhedora”. O acordo tem opção de renovação por mais três anos. No nosso país, existem já cem restaurantes Burger King.

Gastão foi salvo pelos Bombeiros

Cadeia de restaurantes norte -americana vai abrir em Santo T irso

Em três dias, os Bombeiros Voluntários de Riba de Ave foram chamados para salvar um cão e um gato, em Riba de Ave e em Bairro. No dia 10 de setembro, o alerta chegou cerca das 7.30 horas, dando conta de que o Gastão, um cão de grande porte, tinha caído num poço, com cerca de cinco metros de profundidade, em Riba de Ave. Para o local, a corporação mobilizou cinco elementos e um veículo, tendo conseguido resgatar o animal. Já no dia 12, em Bairro, um gato ficou preso na conduta de um prédio. Alertados cerca das 12.35 horas, os soldados da paz deslocaram-se para o local com uma viatura e quatro elementos, que também foram bem sucedidos na operação de salvamento. C.V.


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Atualidade // Santo Tirso

ASAS promove workshop sobre coaching parental A ASAS vai promover um workshop sobre coaching parental. “Uma Nova Abordagem no Trabalho com Famílias” é o tema da iniciativa, que decorre na sede da associação em Santo Tirso, a 2 de outubro, e que se destina a psicólogos, técnicos de serviço social, mediadores, professores, educadores de infância, médicos, enfermeiros e outros profissionais que no dia a dia intervêm com famílias. O workshop decorre das 10 às 13 e das 14.30 às 17.30 horas e terá como formadoras Sandra Belo e Ângela Coelho, autoras do livro “Family Coaching: 36 desafios para pais extraordinários”. O valor da inscrição é de 35 euros e os interessados podem garantir presença até 24 de setembro, através dos contactos de telefone 252 413 496 ou email geral.cafap.cf@asassts.com. C.V.

A DECO aconselha...

Do banco para a universidade: crédito para estudantes Propinas, livros, alojamento: nem sempre se consegue encaixar a ida para a universidade no orçamento familiar. Pedir um crédito específico para financiar os estudos pode ser a solução. Não sendo a ideal, mas a possível. Os créditos específicos para pagar estudos superiores ou outras formações distinguem-se dos comuns empréstimos pessoais por apresentarem algumas vantagens como juros mais baixos, comissões menores e por permitirem a possibilidade de se receber o financiamento em tranches, poupando nos juros. Analise a TAEG (a taxa que reflete todos os custos do financiamento) para comparar. Mas nem todos os bancos disponibilizam este produto e é necessário comprovar a inscrição ou a frequência na instituição de ensino. Outra vantagem deste tipo de crédito é a eventual possibilidade de dispor de isenção de custos iniciais ou comissões mensais, dependendo do banco. O crédito para estudantes oferece ainda a possibilidade de se definir um período de carência de amortização do capital. Ou seja, nos primeiros anos pagam-se só juros e as prestações são bem mais reduzidas. Mas adiar a amortização do capital é fazer subir a conta dos juros no final do contrato. Não aconselhamos esta escolha. Uma boa opção é receber o financiamento de forma parcelar ao longo de uma parte do prazo contratado. Outra boa ideia é ter boas notas, pois alguns bancos preveem uma redução do spread aplicado ao crédito se o estudante tiver uma boa média. De qualquer forma, a melhor ideia de todas, claro, é não precisar de recorrer ao crédito para estudar na universidade. Crédito que é crédito vem associado às palavras “juros” e “custos”. Gabinete de Proteção Financeira - DECO Rua da Torrinha, 228H, 5º 5040-610 Porto (09h às 17h) deco.norte@deco.pt; www.gasdeco.net

Educação em Festa no Parque Urbano “Educação em Festa” é o epíteto da iniciativa através da qual a Câmara Municipal de Santo Tirso se propõe a assinalar o arranque do ano letivo. Acontece no sábado, 22 de setembro, a partir das 11 horas, e contará com diversas atividades. Aberto a toda a comunidade educativa, o evento realiza-se no Parque Urbano Sara Moreira, na Rabada, e servirá também para mostrar o que de melhor se faz nas escolas do concelho. O pontapé de saída é dado às 11 horas, com uma parada de bombos e marchas, seguindo-se a sessão de boas-vindas pelo professor Laborinho Lúcio, e pelo presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto. Pelo meio-dia, tem lugar um showcooking pelo concorrente vencedor do MasterChef Júnior

2017, Américo, que contará com a apresentação do Chef Giovani, personagem do espetáculo “O Tesouro da Alimentação Saudável”. Depois de uma paragem para um piquenique de almoço, o programa continua a partir das 14 horas com várias oficinas lúdico-pedagógicas, como robótica, ciências experimentais, novas tecnologias, atividades desportivas, educação ambiental, yoga para famílias, ateliês de artes plásticas, hora do conto e ciclismo. Do programa faz ainda parte uma sessão de cinema familiar, com a sequela animada “Dia de Surf 2”, às 16 horas. O filme conta a história de Cody Maverick, um pinguim surfista, numa segunda aventura, vai conhecer o famoso grupo de surfistas “Hang 5”. Cody e os amigos, Lani e Chicken Joe, vão aprender as vantagens de trabalhar em equipa e que a verda-

deira coragem revela-se na capacidade de superar os medos mais íntimos. O filme tem a duração de 84 minutos. Há ainda lugar para um sarau educativo, a partir das 16.30 horas, com mostra de diversas atividades por vários agrupamentos de escolas do concelho. O programa encerra às 18.30 com animação musical.

CITAÇÃO

“A Educação é uma das nossas

prioridades, esta é uma iniciativa que pretende motivar os alunos no arranque deste ano letivo e mostrar que a escola também tem uma componente lúdica e que a aprendizagem pode ser feita de forma divertida

Joaquim Couto, presidente da CM Santo Tirso


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Ano letivo com oferta de livros ao 7.º ano e garantia de abranger 8.º e 9.º no próximo Investimento de 400 mil euros da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão contempla oferta de manuais escolares aos alunos do 7.º ano e de livros de atividades aos do 1.º ciclo. Banco de Livros Escolares cedeu mais de mil livros a 254 famílias com alunos do 8 .º ao 12. ano. CÁTIA VELOSO

a todo o 3.º ciclo, ou seja, os manuais vão ser oferecidos aos alunos até ao 9.º ano. Para já, além dos livros do 7.º ano, a autarquia mantém a oferta das fichas de trabalho a todas as crianças do 1.º ciclo do ensino básico, beneficiando perto de cinco mil crianças. As famílias agradecem a medida, como declarou Manuel Fernandes, da Associação de Pais da Escola Básica de Ribeirão. “É uma ajuda enorme, porque estamos a falar de uma despesa muito grande para os pais, muitos deles a ganhar o salário mínimo na indústria têxtil”, afirmou. Durante a visita a algumas turmas do 7.º ano, Paulo Cunha fez questão de solicitar aos alunos que conservem os manuais escolares que no final do ano letivo serão devolvidos à escola, para que sejam reutilizados por outros alunos.

O início do ano letivo pesou menos na carteira das famílias com alunos que frequentam o 7.° ano no concelho de Vila Nova de Famalicão. Com a medida do Governo de oferecer os livros no 1.° e 2.° ciclo, a câmara municipal decidiu canalizar esse apoio que concedia desde 2001 para os alunos que iniciam o 3.° ciclo. “Por cada criança do 7.º ano, há um apoio de 176 euros e por cada criança do 1.º ciclo, há um apoio de 25 euros”. Estas foram as contas feitas pelo executivo lideraEscola de Ribeirão do por Paulo Cunha, que assinavai sofrer obras lou o momento da oferta dos manuais na Escola Básica de Ribeirão. O município disponibiliza ainda O edil famalicense considera que este é um apoio “muito signifi- uma verba de dez mil euros para cativo” no orçamento das famílias, aquisição de livros para o Banco através de um investimento autár- de Livros Escolares. Desse proquico de “400 mil euros”. Para o grama que abrange desde o 8.º ao ano, a medida vai ser abrangida 12.º ano, Paulo Cunha deu conta de

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NÚMEROS

6500

alunos abrangidos pela oferta dos manuais escolares, 1500 do 7.º ano e 5000 do 1.º ciclo

400 mil

euros investidos nesta medida

17.763 que foram oferecidos “mais de mil livros”, o que significou que “254 famílias tiveram acesso a livros emprestados, numa cobertura de cerca de 100 por cento em relação às que apresentaram essa intenção junto do Banco de Livros”. Neste primeiro dia de aulas na Escola Básica de Ribeirão, veio a boa-nova para a comunidade de que o edifício vai sofrer obras de requalificação. “Queremos que seja a primeira de várias intervenções”, anunciou Paulo Cunha, que

espera que a obra comece “até ao final do ano”. Elsa Ca rneiro, d iretora do Agrupamento de Escolas de Ribeirão, explicou que a primeira fase do projeto incide na zona do polivalente, que abrange a cantina, o bar, a biblioteca, a sala multiusos e sala de estudo. Num investimento de “cerca de meio milhão de euros”, o projeto é comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários e em 15 por cento pela Câmara Municipal.

fichas de apoio adquiridas pela Câmara para o 1.º ciclo 10.585 manuais escolares adquiridos pela Câmara para o 7.º ano

1238

manuais recolhidos e disponibilizados para empréstimo no Banco de Livros Escolares

1067 livros emprestados através do Banco de Livros Escolares, beneficiando 254 famílias

Município quer cooperar com Governo na requalificação da EB 2/3 Júlio Brandão “À semelhança do que fizemos no pré-escolar e no 1.º ciclo também estamos inteiramente disponíveis para fazê-lo noutros níveis de ensino, desde que nos sejam dados os meios e os recursos, nomeadamente financeiros para que isso aconteça”. Foi desta forma que Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão abriu, de novo, a porta a cooperar com a administração central para requalificar a Escola Básica 2/3 Júlio Brandão, que assinalou 50 anos 50 anos começou a funcionar em 1968 de atividade. Na cerimónia de comemoração Carlos Teixeira, considerando ponto de vista físico que são totalda data, a 9 de setembro, o autar- que o edifício necessita de obras. mente distintas daquelas que vai ca seguiu o mesmo sentido do di- “Não é desejável que uma criança ter no segundo ciclo, no terceiro e retor diretor do Agrupamento de quando começa a sua formação no no secundário”, assinalou Cunha. Escolas Camilo Castelo Branco, pré-escolar tenha condições do


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Atualidade // Santo Tirso

Projeto de 800 mil euros permitiu requalificação da Escola do Bom Nome

Entrar no novo ano letivo numa escola renovada Para cerca de 200 alunos de Vila das Aves, o início do ano letivo teve um sabor especial por estarem a estrear uma escola renovada. A requalificação da Escola Básica do Bom Nome foi concluída e a cerimónia de inauguração aconteceu no primeiro dia de aulas. CÁTIA VELOSO/HERMANO MARTINS

Com mais de 30 anos de existência, a Escola Básica do Bom Nome já não tinha condições satisfatórias para o funcionamento da escola. A diretora do Agrupamento, Severina Fontes, admitiu que esta era uma “obra necessária”. “O edifício estava degradado e já precisava de uma intervenção, até pela dimensão, com cerca de 200 alunos, duas turmas do pré-escolar e oito do 1.º ciclo”, adiantou. Severina Fontes referiu que, no interior, as salas “estão bastante confortáveis, quer em termos acústicos, quer em termos de climatização”, no espaço exterior, “há áreas de recreio pró-

prias com piso de borracha, muito mais seguro do que era antigamente, e com cobertura, que permite brincar mesmo em dias de chuva”. “Temos todas as condições para que os alunos saiam daqui mais bem preparados para prosseguirem os estudos”, acrescentou. Para o presidente da Câmara de Santo Tirso, que inaugurou a escola há mais três décadas, esta intervenção contribui para que a freguesia de Vila das Aves fique numa “situação invejável do ponto de vista das infraestruturas educativas”. Joaquim Couto salientou que, “quer sob o ponto de vista térmico, quer sob o ponto de vista da luz, quer sob o ponto de vista da comodidade para alunos e professores”, o edifício requalificado “não ter nada a ver com o antigo”. A requalificação da Escola do Bom Nome custou cerca de 800 mil euros, com cerca de 50 por cento de comparticipação de fundos comunitários e 50 por cento de financiamento autárquico.

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I nauguração aconteceu no primeiro dia de aulas O plano de requalificação do parque escolar do concelho ron-

da os cinco milhões de euros e prossegue, com intervenções na

EB 2/3 de Vila das Aves, na escola da Laje e S. Rosendo, por exemplo.


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Cultura

// Santo Tirso

Além de workshops e oficinas, há concertos e bailes na Quinta de Fora e Amigos do Sanguinhedo

Três dias de Palheta Bendita para exaltar música tradicional Concertos, feira de instrumentos, oficinas, bailes e palestras compõem o programa da 12.ª edição da Palheta Bendita, que a Câmara Municipal de Santo Tirso promove, de 21 a 23 de setembro, com o apoio da Associação Cultural Tirsense. A iniciativa tem como missão promover a música portuguesa, através da valorização dos “tocadores, construtores e dançadores”, assim como do “património material e imaterial que lhes está associado”. Em termos musicais, a aposta vai para os concertos da Velha Gaiteira, dia 21, pelas 22 horas, e do Trio de Pedro Caldeira Cabral, dia 22, à mesma hora. Já no domingo, pelas 16 horas, tem lugar o baile, um convite à dança, extensível a toda a comunidade e aos grupos de folclore do concelho em particular, com a participação do Núcleo de Etnogra-

fia e Folclore da Universidade do Porto e da Chulada da Ponte Velha. Concertos e baile decorrem na Quinta de Fora. Em termos de atividades paralelas, no dia 21, tem lugar pelas 21 horas, na Quinta de Fora, a palestra “Gaiteiros de Coimbra com António Freire”, e a partir da meia-noite a festa faz-se no bar Carpe Diem com os Dj’s “Gaiteirinho” e “Chega na Hora”. No dia 22, sábado, há oficinas de afinação de gaita-de-fole, técnica de gaita-de-fole em Coimbra, técnicas de cavaquinhos portugueses, oficina de construção de instrumentos à la minute e contradanças do Douro, a partir das 14 horas, na Escola Agrícola e na Fábrica de Santo Thyrso. A participação nas oficinas tem um custo de cinco euros, a inscrição deve ser feita através do email palheta.bendita@gmail. com. A partir da meia-noite há fo-

T rio de P edro Cabral faz concerto na Quinta de Fora liada, jam session e baile improvisado na Associação Amigos do Sanguinhedo. Em paralelo, a Quinta de Fora recebe a Feira de Construtores, sábado, entre as 14 e as 23 horas, no domingo, entre as 14 e as 18. À exceção das oficinas, a en-

trada nas atividades é gratuita, sendo, no entanto, necessário o levantamento de bilhete para o concerto do Trio de Pedro Caldeira Cabral, na Loja Interativa de Turismo. Para o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim

Couto, “esta é uma iniciativa importante, na medida em que procura não deixar cair no esquecimento um conjunto de técnicas e de instrumentos tradicionais, preservando um património cultural muito relevante e com tradição na região, como a gaita-de-foles”.

// Vila Nova de Famalicão

Famalicão recebe candidaturas Feira Rural de Joane este fim de semana para concurso de cinema Até 30 de setembro, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a receber as candidaturas ao concurso de cinema jovem Ymotion. Os prémios vão dos 250 aos 2500 euros e distribuem-se por sete categorias: “Grande Prémio Joaquim de Almeida”, com o maior prémio, “Prémio Escolas Secundárias”, “Prémio Público”, “Prémio Melhor Animação”, “Melhor Ator/Atriz”, “Melhor Direção Fotografia” e “Melhor Banda Sonora Original”. O festival é direcionado a jovens portu-

gueses dos 12 aos 35 anos e desafia à conceção de curtas-metragens, atribuindo um especial destaque ao plano da formação. O crítico de cinema Rui Pedro Tendinha é o comissário do festival, cujos prémios serão entregues a 10 de novembro, na Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão. O argumentistas Tiago R. Santos, os jornalistas Maria João Rosa e Tiago Fernando Alves, a atriz Teresa Tavares e o realizador Fernando Vendrell compõem o júri. C.V.

Re-Food promove ReFestival solidário ReFestival Re-Food é o epíteto da iniciativa que dá o mote para um “grande evento dedicado à solidariedade”. A iniciativa, que tem lugar no dia 29 de setembro, a partir das 21 horas, na Casa das Artes. “Este Festival contará com a participação de vários artistas e entidades do mundo das artes”, anunciou o Re-Food de Famalicão, que garantiu que não vão faltar “música, dan-

ça, arte circense e exposições”. A Re-food é uma organização independente orientada por cidadãos, cem por cento voluntária, que trabalha para eliminar o desperdício de alimentos e a fome em cada bairro. Através da doação dos excedentes alimentares provenientes de estabelecimentos de restauração, a organização distribui pelas famílias carenciadas. C.V.

O Parque da Ribeira, em Joane, é palco da Feira de Rural, que se realiza a 22 e a 23 de setembro. Cumprindo a décima edição da iniciativa, o Grupo Etnográfico Rusga de Joane preparou-a em parceria com a Junta de Freguesia local e a autarquia de Vila Nova de Famalicão. A entrada é livre. Para o primeiro dia estão reservados concertos de orquestras de percussão, um arraial minhoto e a atuação do Rancho Re-

gional de Fânzeres, de Gondomar. O ponto alto do segundo dia acontece com a recriação de um mercado à moda antiga, entre as 9 e as 19 horas, com a venda de produtos hortícolas, frutícolas, vinícolas, animais vivos, trajes, artesanato e tasquinhas tradicionais. O 10.º Encontro de Concertinas de Joane, às 15 horas, e a atuação do grupo Sons do Minho, às 16.30 horas, prometem animar o público. C.V.


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Atualidade // Vila Nova de Famalicão

Prova de vinhos e produtos regionais no Museu Dinamizar o mercado local e apresentar cerca de 20 produtores regionais são os principais objetivos do “Wine Fair”, uma prova de vinhos com degustação de produtos locais e regionais, que a Associação Industrial e Comercial de Vila Nova de Famalicão vai organizar, em parceria com as empresas E. Leclerc e o Famalicão Cash. O evento decorre das 15 às 20 horas, no Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, em Famalicão e destina-se ao público em geral, que pretenda conhecer alguns produtores e visitar o local. O acesso ao evento é feito por convite/ marcação prévia através do e-mail feiradosvinhos@famaliper.pt. C.V.

// Santo Tirso

Abóboras gigantes crescem na Agrela Este é o segundo ano que Américo Roque, 80 anos, se depara com abóboras gigantes a crescer no quintal onde cultiva, na Agrela, concelho de Santo Tirso. Este ano, foram mais de 80 as que colheu, sendo que uma parte já seguiu graciosamente para os vizinhos, que as aproveitam para cozinhar uma bela sopa ou doce. Segundo a sobrinha Vitória Alves contou ao JA, a maior que Américo Roque tem, atualmente, “pesa mais de 60 quilos e tem cerca de 70 centímetros de comprimento e 60 de altura”. “O processo de plantação passa por um bom fertilizante natural, onde são colocadas as sementes. Depois da planta crescer é transplantada. Fruto de muito mimo, assim se chama à rega, logo pela manhã, elas atingem estas dimensões”, afirmou. Para além das abóboras, crescem também cabaças gigantes, que “chegam a atingir 39 centímetros de largura e 53 de altura”. “Outrora utilizadas como garrafa para transportar vinho ou água para os campos, agora o senhor Américo seca-as para que sirvam de peças de artesanato”, acrescentou Vitória Alves.

A mérico Roque já distribuiu muitas abóboras pela vizinhança No dia 30 de setembro, na Feira Franca de Santo Tirso, que tem lugar no Parque D. Maria II, Américo Roque vai levar peças de

artesanato único e também as abóboras gigantes, para quem quiser ver. C.V.


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Cultura

// Vila Nova de Famalicão

Associações culturais germinam no concelho

Cão Danado foi viver para o Lago Discount Um dos pav i l hões do Lago Discount é a nova “casa” da associação Cão Danado. A companhia cultural, dedicada às artes performativas, música, cinema e formação, mudou-se de “armas e bagagens” para o concelho famalicense com o objetivo de, aí, fortalecer os laços profissionais com outras instituições culturais que se desenvolvem, como a Academia Contemporânea do Espetáculo e o INAC, Instituto Nacional das Artes Circenses. Com uma equipa constituída por mais de meia centena de elementos, entre responsáveis, atores e outros participantes, a Cão Danado pretende retomar a experiência de um espaço e de uma programação regular multidisciplinar que a estrutura teve nos anos de 2004/2006, através de parcerias para cruzamento disciplinares. Aliás, é precisamente neste sentido que a associação está a desenvolver atualmente o projeto Germinal, aprovado pela Direção Geral das Artes (DGArtes e Ministério da Cultura) com um conjunto de atividades a decorrer em colaboração com o Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão. Neste âmbito, destaque para a residência artística com Davis Freeman, sob o tema da energia, que decorreu na Devesa, para recriação do espetáculo Expanding Energy marcado para 21 de setembro, entre as 18.30 e as 20 horas. Sob orientação de Davis Freeman e Leonor Keil e a participação dos músicos Jochen Arbeit e Sérgio Martins e da atriz Sara Barbosa, será preparado um cocktail de todos os problemas ambientais que promete levar os corações

Casa cheia no arranque do festival de teatro amador

ao limite numa explosão de energia. “A vinda do Cão Danado é uma boa notícia para Vila Nova de Famalicão que tem vindo a reunir um conjunto de companhias, espaços e associações culturais e educativas que está a fazer do concelho um espaço de criação e produção artística que vai ao encontro da nossa estratégia de afirmação e democratização cultural”, referiu Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

“Cerca de 500 espectadores” assistiram à primeira peça do 5.º Festival de Teatro Amador da Associação Cultural de Vermoim, que arrancou a 15 de setembro. “Vamos ao Teatro” iniciou com o espetáculo “Falar verdade a mentir”, de Almeida Garrett, que foi levado à cena pelo núcleo de teatro da coletividade famalicense, no salão paroquial de Vermoim. O festival continua até 20 de outubro, com sessões todos os sábados, pelas 21.30 horas, no mesmo local. O próximo acontece a 22 de setembro e é a vez dos vilacondenses do Teatro Amador do Círculo Católico Operário apresentarem “A Mansão”. C.V.

// Santo Tirso

CITAÇÃO

“Com os novos projetos na área de cruzamento disci- “O plinar, não hesitamos em eleger a cidade de Famalicão para o desenvolvimento dos mesmos, pela sua crescente dinâmica cultural, privilegiada localização e sobretudo pela forma acolhedora como sempre nos receberam criando parcerias que iriam motivar o projeto Germinal e (In)Formação projetos complementares à excelente oferta de formação artística nesta cidade Joana Barbosa, responsável da associação Cão Danado

Rei está a Morrer” em cena no Centro Cultural

Fértil leva teatro ao Vale do Este De 1 a 5 de outubro, decorre no Vale do Este, no concelho de Famalicão, a Semana de Teatro Dedicado à Infância e Juventude. “Porquê?” dá nome à iniciativa da Associação Fértil Cultural, com uma programação fortemente dirigida ao público escolar e participação de companhias de referência em Portugal na produção para a infância e juventude. Teatro e Marionetas de Mandrágora, Teatro Art’Imagem, Trigo Limpo/ACERT, Urze Teatro e Teatro do Montemuro são alguns dos nomes propalados neste festival. A 1 de outubro, o Teatro de Marionetas de Mandrágora leva à cena “Aurora”, na Junta de Freguesia de Castelões, para o 3.º ciclo, e no dia seguinte o Teatro Art'Imagem apresenta “A Maior Flor do Mundo” e “Outras Histórias Segundo José”, na sede da Banda de Música de Arnoso, para o 2.º ciclo. O Trigo Limpo Teatro aterra no dia 3 no Centro Paroquial do Louro para levar às crianças dos 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo, “Um Urso com Poucos Miolos”, e, no dia 4, é a vez de a Urze Teatro apresentar a sua interpretação da “Ilha do Tesouro” para o 1.º ciclo. Para encerrar o “Porquê?”, no dia 5 de outubro, às 16.30 horas, a Fértil propõe um espetáculo para toda a famí-

F estival tem a chancela da A ssociação F értil lia: “À espera que volte”, do Teatro Montemuro, na Casa da Pedreira. A Associação Fértil é uma estrutura financiada pela DGArtes/ Ministério da Cultura/ Governo de Portugal, desde 2018 e conta com o apoio do município famalicense desde a sua fundação, em 2008.

P eça de teatro em cena em Vila das Aves “Havia, num reino imaginário, um Rei que julgava possuir um poder eterno. Um dia, porém, tudo se desmorona e se precipita para a anarquia e o horror. É então que o Rei tem que aceitar o inevitável, o grande encontro com a sua morte. Será que vai mesmo morrer?” Este é o ponto de partida para a peça de teatro “O Rei Está a Morrer”, que a Associação de Teatro Aviscena vai levar a palco, no sábado, dia 22 de setembro, no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves, com entrada gratuita. O pano sobe às 21 horas, com o público a assistir a uma adaptação à tradução feita por Luís Américo Fernandes da peça “Le Roi Se Meurt”, de Ionesco. Cláudio Ribeiro veste a pele do Rei Bérenger, num elenco composto ainda por Olga Sousa (Rainha Margarida), Daniela Arcipreste (Rainha Maria), Cristiano Coelho (Guardião), Carlos Pimenta (Médico) e Yvonne Machado (Julieta). Está prometida uma apresentação “repleta de humor, sarcasmo e, talvez, uma pitada de tragédia”. C.V.


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Cultura

“Fantasmagoriana” em exposição na Ala da Frente “Fantasmagoriana”, de Adriana Molder, é a próxima exposição na Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão. A mostra, inaugurada a 22 de setembro, é composta por sete pinturas/retratos em acrílico sobre tela solta envoltos num ambiente predominantemente obscuro, fantasmagórico e cinematográfico, onde predominam as cores fortes. Para a artista, são trabalhos que lançam olhares “não tanto sombrios ou aterradores, mas cheios de uma melancolia singularmente doce”. A exposição pode ser vis-

ta até 19 de janeiro. “Fantasmagoriana” tem como base a coletânea de contos alemães com o mesmo nome, que será publicada em português no livro-catálogo que acompanha a nova exposição da Ala da Frente. Nascida em Lisboa, em 1975, Adriana Molder vive e trabalha em Berlim e na capital portuguesa. Em 2003 recebeu o prémio revelação CELPA/Vieira da Silva e, em 2007, o Herbert Zapp Preis für Junge Kunst (Prémio Jovem Artista). C.V.

Corpos, políticas e sexualidades da poesia na Fundação Cupertino Miranda

// Vila Nova de Famalicão

Mural de “Maria Moisés” homenageia Camilo

Mural perpetua obra de Camilo Castelo Branco “Maria Moisés” deu o mote para o novo mural de arte urbana que dá cor a um edifício localizado junto à Igreja Matriz Velha de Vila Nova de Famalicão. A proposta para este trabalho inspirado na obra de Camilo Castelo Branco foi feito pela Galeria Matriz Arte, em conjunto com a autarquia famalicense, ao artista portuense Frederico Draw. “O projeto foi interessante a dobrar. Primeiro, porque tenho muitos amigos em Famalicão e já tinha vontade de intervir cá e, segundo, porque não foi só chegar a Famalicão, inspirar-me na cidade e começar a trabalhar. Tive a oportunidade de conhecer a Casa de Camilo, de ler alguns dos seus contos e teve que haver um estudo prévio da conceção do projeto que me obrigou a ter um cuidado especial que me fez estar mais envolvido com a obra e com a cidade também”, explicou o autor do mural. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, felicitou o artista pelo “brilhantismo” da marca que deixou na cidade, que para o autarca constitui mais uma razão para que os famalicenses desfrutem do espaço público.

Joane na rota do Festival de Percussão

Grande parte do programa tem lugar na F undação Cupertino M iranda De dois em dois anos, a ideia é ir além dos que são os habituais festivais de poesia, em que apenas se ouve declamações. O “Poesia Carmina”, encontro promovido pela Fundação Cupertino de Miranda em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão, realiza-se de dois em dois anos para levar este estilo literário a outro patamar, através de debates e conversas. Este ano, a iniciativa, coordenada pela poetisa Ana Luísa Amaral e pela investigadora Marinela Freitas, realiza-se de 27 a 29 de setembro, subordinada ao tema “Poesia e Identidades: corpos, políticas, sexualidades”. No dia 27, o festival abre, pelas 21.45 horas, no pequeno auditório da Casa das Artes, com uma conversa com a realizadora Inês de Medeiros, num encontro que conta com a parceria do Cineclube de Joane. No dia seguinte, o programa leva à Fundação Cuperti-

no de Miranda a conversa em torno de “O som que os versos fazem ao abrir”, com Ana Luísa Amaral e Luís Caetano, pelas 17.30 horas, com gravação ao vivo para a Antena2. Antes disso, às 11 horas, fala-se de “Poesia e Corpos: A poesia tem sexo?”, com Maria Teresa Horta, Rosa Maria Martelo e Livia Apa. Às 15 horas, o assunto é “Poesia e Corpos: A crítica tem sexo?”, com Catherine Dumas, Eduardo Pitta e Graça Capinha. No último dia do evento, 29 de setembro, será lançada, pelas 10 horas, a antologia poética do corpo: outras habitações, organizada por Ana Luísa Amaral e Marinela Freitas. Meia hora depois, debate-se “A poesia tem… o quê?”, com Jorge Sousa Braga, Fernando Aguiar e Helga Moreira, numa conversa conduzida por Isabel Pires de Lima. Ao meio-dia, decorre “Leituras de Poesia” com Ana Luísa Amaral, João Rios, Rui Springer e Isaque Ferreira.

De 22 de setembro a 5 de outubro, o Peles vai dividir-se entre Famalicão e Guimarães, para apresentar ao público um programa onde se incluem os maiores nomes da percussão nacional e internacional. A terceira edição do Internacional Drum Fest (Peles), evento organizado pela CAISA – Cooperativa de Artes, Intervenção Social e Animação C.R.L., arranca em Joane, no Parque da Ribeira, e terá como um dos momentos altos a residência artística comunitária “Mantas e Retalhos”, que vai reunir em palco perto de uma centena de pessoas para a apresentação de uma performance alternativa, da autoria do baterista e percussionista Mário Gonçalves, pelas 21.30 horas. Krake, Magupi, Vasco Ramalho Quinteto, Atlantic Percussion e o brasileiro José Staneck são outros dos nomes que compõem o cartaz da edição deste ano do festival, que contará ainda com workshops e um concurso de composição internacional de percussão dirigido a compositores de todas as nacionalidades e idades. O diretor artístico do festival, Alberto Fernandes fala numa “edição mais arrojada” e num“programa de qualidade”, de um festival que é já “considerado único em Portugal”. Todos os concertos começam às 21.30 horas. Os concertos do primeiro dia e para a infância são gratuitos. Os restantes têm o custo de quatro euros para o público em geral e de três euros para utentes da CAISA e sócios da Associação Teatro Construção, onde vai decorrer parte da programação. C.V.


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Desporto

// Modalidades

Famalicão Dança com dimensão mundial Vila Nova de Famalicão vai dançar ao ritmo do melhor que se faz no mundo. O Famalicão Dança realiza-se mais uma vez, mas 2018 representará um salto qualitativo assinalável com a inclusão do Campeonato do Mundo de Profissionais. CÁTIA VELOSO Pela primeira em Portugal será organizada uma competição desta natureza, com previsão de participação de 25 a 30 pares profissionais vindos de todo o planeta. Da chancela da Academia Gindança, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Famalicão, o Famalicão Dança, que se realiza a 3 e 4 de novembro, foi apresentado com grandes expectativas. “Aqui (Famalicão), vamos receber dança de grande nível, vamos poder assistir a um grande espetáculo de brilho, cor e ritmo. Toda a gente devia ver um espetáculo desta envergadura”, sugeriu Anabela Gomes, presidente da Academia Gindança, que confirmou a presença dos “melhores bailarinos do mundo”. Alberto Rodrigues, da Federa-

ção Portuguesa de Dança Desportiva, explicou que o Campeonato do Mundo é a prova de “maior importância” a nível global, fazendo de Vila Nova de Famalicão um dos “epicentros” da dança desportiva profissional. “Este evento acaba por nos colocar na montra dos países que sabem organizar e organizam bem”, asseverou. A autarquia, na linha da frente no apoio à iniciativa, também não esconde a vaidade de receber um evento com esta dimensão, que na ótica do vereador do Desporto, Mário Passos, demonstra o “carácter empreendedor” dos famalicenses. “Já são cerca de 30 os países que estarão representados e as P rovas do Famalicão Dança realizam- se a 3 de novembro inscrições mantêm-se abertas e ainda podem aparecer mais. -se insuficientes para responder decimento da dança desportiva Tudo isto se vai passar em Vila à envergadura do evento. Ana- nacional. “Ao longo dos últimos 15 anos, Nova de Famalicão e isto quer bela Gomes admite que a orgasignificar que fomos perfeita- nização já exigia “um multiusos”, a Gindança dinamizou a dança mente capazes de ombrear com mas garantiu que “as condições desportiva a nível local e formou aquilo que se realiza em Lisboa estão criadas” no Pavilhão Muni- alguns dos melhores atletas nae no Porto”, sustentou o gover- cipal de Famalicão para receber cionais, que têm integrado as seleções nacionais. E, depois, pas“cerca de 1500 pessoas”. nante. O patamar a que o evento che- sou à parte da organização, que E como em todos os projetos que evoluem, há novos desafios gou é fruto do reconhecimento elevou o nível das nossas provas que surgem. Neste caso, as con- do trabalho desenvolvido pela desportivas e ajudou a estreitar dições físicas começam a tornar- Academia Gindança no engran- laços com algumas entidades

Paragem forçada não fará Francisco Salgado desistir das motas Desde criança que as motas fazem parte do dia a dia de Francisco Salgado. Na oficina do pai, este jovem de Oliveira S. Mateus teve a certeza que estas teriam de fazer parte da sua vida, quando, aos sete anos, foi ver uma corrida de motocross. “Aquela emoção, adrenalina e espetáculo... fiquei contagiado pela modalidade”, confessou, em entrevista ao JA. Começou a praticar motocross em 2011 e foi ganhando lugar no panorama regional, ao conseguir o 2.º lugar, por duas vezes, no Campeonato Regional Norte e atingir o Top 5 no Campeonato de Motocross de MX2 (250cc). Mas não há nada como a primeira vitória. “O momento mais feliz foi quando ganhei a primeira corrida”, contou. Esta época, encontrava-se a

F rancisco Salgado sofreu lesão que o obrigou a terminar a época mais cedo competir nos campeonatos na- -lo neste momento”, admitiu o jocionais de motocross e super- vem de 24 anos. A contrariedade, porém, não o cross e regionais do Norte, mas uma lesão grave na perna esquer- fará desistir e Francisco já só penda obrigou-o a abandonar a com- sa em recuperar “a cem por cenpetição. “O momento mais difícil to” para regressar, “o quando anda minha carreira, estou a vivê- tes”, ao ativo.

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oficiais, que é muito importante numa modalidade da nossa dimensão, que é pequena ao nível dos apoios, infelizmente”, assinalou Alberto Rodrigues. A 3 de novembro, além do Campeonato do Mundo, o Famalicão Dança terá bailarinos a disputar a 7.ª e última prova do Circuito Nacional. O dia seguinte estará reservado para formação para atletas e treinadores.


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Desporto // Modalidades

Três horas a pedalar no coração da cidade Mais de 500 betetistas encheram a cidade de Famalicão para participar nas 3 Horas Noturnas, organizadas pelos Amigos do Pedal. CÁTIA VELOSO Lutar pelo troféu, cumprir um objetivo pessoal ou simplesmente conviver com amigos. Estes foram os principais ingredientes das 3 Horas Noturnas de BTT, que levaram à cidade de Famalicão mais de 500 amantes das bicicletas. Este ano, a iniciativa teve como elemento especial o estatuto de última prova do Troféu Urban Race, que pontuou em seis eventos do género na região. Numa organização dos Amigos do Pedal, as 3 Horas Noturnas deram um dinamismo especial à cidade famalicense. Em representação da associação, Bruno Fonseca fez um “balanço positivo” da iniciativa e regozijou-se pelo número de participantes, uma vez que na região decorriam “mais cinco provas”. “Terminamos a prova de coração cheio”, sublinhou, sem deixar de sugerir que ao slogan adotado pela Câmara – “Eu gosto de viver aqui” -, os Amigos do Pedal fizeram uma adaptação para “eu gosto de pedalar aqui”. Num percurso totalmente novo e marcadamente citadino, Nelson Sousa sagrou-se o grande vencedor da prova, com 22 voltas. Satisfeito por ter conseguido o 1.º lugar, o betetista fica com o “amargo de boca” de não ter alcançado a vitória no Troféu Urban Race. Já Susana Santos, com 17 voltas, triunfou entre o elenco feminino a solo.

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P rova estava inserida no T roféu Urban R ace As provas de bicicletas são já uma marca desportiva do concelho de Vila Nova de Famalicão, por isso, são acarinhadas pela autarquia. Foi isso mesmo que manifestou o vereador do Desporto, Mário Passos, que elogiou o trabalho dos Amigos do Pedal. “Não é novidade, para nós famalicenses, estar à espera de uma boa iniciativa, com enorme sucesso. E não só para a nossa comunidade, como também para as pessoas que vêm de fora do concelho. Tam-

bém estamos a prestar um serviço aos portugueses em geral, o que nos deixa orgulhosos e satisfeitos”, sublinhou. Os Amigos do Pedal vão agora concentrar energias para a organização do primeiro triatlo de Famalicão, em conjunto com o Grupo Desportivo de Natação de Famalicão. Acontece a 13 de outubro e conta com o apoio da Federação de Triatlo de Portugal e da Câmara Municipal.

Tomás Mota - Roda na Frente

Daniela Pereira União de Freguesias e Núcleo do termina Taça de XCO Sporting promovem passeio de bicicleta no 4.º lugar

Ciclista famalicense terminou a oito pontos do pódio A famalicense Daniela Pereira ficou em 4.º lugar da Taça de Portugal de Cross Country Olímpico. A ciclista, que representa a equipa Saertex Portugal | Edaetech, cumpriu a última prova da competição, em Avis, no passado fim de semana, não conseguindo anular os pontos de vantagem para a espanhola Lucia Crespo, com quem lutou desde o início pela 3.ª posição, sem conseguir suplantar a adversária. Daniela Pereira terminou no 4.º lugar do ranking, com 90 pontos, ficando a oito do pódio. A ciclista termina a participação na Taça de Portugal de XCO satisfeita com a sua prestação, uma vez que o seu objetivo era colocar-se no TOP 5. C.V.

A ideia partiu da União de Freguesias de Santo Tirso e foi, novamente, bem recebida pelo Núcleo do Sporting de Santo Tirso. O 2.º Circuito Urbano Toupeira, que se realizou na tarde de 15 de setembro, desafiou os amantes das bicicletas a um passeio pelas quatro localidades que compõem a atual União de Freguesias. Mais de 50 cicloturistas disseram “presente” e protagonizaram uma tarde de desporto e convívio, com o apoio do Clube de Cicloturismo de Santo Tirso que, com mais de 30 anos de experiência, traçou o circuito. “Os objetivos são os mesmos do ano passado, ou seja, promover o convívio entre os participantes e o exercício físico através do meio de transporte que é o ideal na cidade”, referiu Vítor Moreira, do Núcleo do Sporting de Santo Tirso. O executivo da União de Freguesias de Santo Tirso, que já aposta na promoção das bicicletas - através do

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I nciativa visa promover uso da bicicleta na cidade projeto Toupeira – considera a iniciativa mais uma ferramenta para “envolver a comunidade” e sinalizar a “importância do uso da bicicleta”. “Com a aposta do município nas vias cicláveis, é natural que eventos deste género possam vir a acontecer no futuro”, vaticinou Jorge Gomes, presidente da União de Freguesias. Com uma secção de cicloturismo em atividade, o Núcleo do Sporting de Santo Tirso ambiciona criar um es-

calão de formação, para promover o uso da bicicleta desde tenra idade, assim como organizar este evento, mas à escala municipal. “Que-

ríamos criar uma espécie de volta ao concelho de bicicleta”, adiantou Vítor Moreira. C.V/H.M.

CITAÇÃO

“Esta iniciativa integrada no nosso projeto de bicicletas

citadinas, que já se iniciou há cerca de 5 anos, tem por objetivo continuar a divulgação e sensibilização pela nossa União de Freguesias de todos os benefícios inerentes à utilização da bicicleta como meio de transporte amigo do ambiente e saudável Jorge Gomes, presidente da União de Freguesias de Santo Tirso


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Desporto

// Modalidades

Aves e Paços cortam relações e trocam acusações

FC Famalicão defronta Viseu no domingo

Vasco Oliveira

A 5.ª jornada da 2.ª Liga vai colocar frente a frente Futebol Clube Famalicão e Académico de Viseu. O jogo está marcado para as 16 horas de domingo, 23 de setembro, em Viseu. As equipas estão separadas por dois pontos, o Famalicão é 2.º, com nove pontos, e o Académico de Viseu está na 5.ª posição, com sete. C.V.

Desportivo das Aves queixa- se que bandeira do clube foi furtada

Do jogo entre o Paços de Ferreira e o desportivo das Aves para a 1.ª jornada do Grupo A da Taça da Liga, do que se falou menos foi mesmo do jogo, já que quer antes quer depois da partida foram outros acontecimentos que ganharam projeção mediática. O primeiro foi a ameaça de corte de relações feita pelo Desportivo das Aves com o clube pacense, pelo facto de este não ter recorrido do castigo de um jogo à porta fechada decidido pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. O emblema das Aves criticou o timing do aviso do castigo - 48 horas antes do jogo - e falou de um “total desrespeito pela instituição do CD Aves, respetivos sócios, adeptos e simpatizantes, bem como pela própria competição”. Se com isto as relações arrefeceram, gelaram após o jogo – que terminou com um empate a zero – com o anúncio do Desportivo das Aves de corte de relações com o Paços de Ferreira, justificando-se com o “furto” da “bandeira” do clube entregue ao clube pacense para ser hasteada, e com os “insultos” de que “toda a comitiva” do Aves foi alvo por parte de “um grupo de adeptos pacenses junto do parque de estacionamento”. “O presidente do conselho de administração (do Aves) viu a sua nacionalidade ser alvo de um ataque xenófobo sem precedentes. Tudo isto se passou na presença de dirigentes do FC Paços de Ferreira, responsáveis de segurança, forças policiais e delegados da Liga Portugal sem que ninguém tomasse medidas efetivas para afastar esse grupo de adeptos”, acrescentam os responsáveis pelo emblema de Vila das Aves.

Em resposta, o Paços de Ferreira assume que a bandeira do Aves desapareceu “do espaço onde se encontrava hasteada (sito no exterior do Estádio junto à via publica)” e garante que se prontificou a “liquidar todos os custos inerentes à sua substituição, o que foi prontamente recusado pelo representante do CD das Aves”. Já relativamente ao que terá acontecido no parque de estacionamento, o Paços de Ferreira tem uma versão diferente. “Como certamente se terão surpreendido pela forma correta e digna como foram recebidos, tornou-se necessário o recurso a argumentos falsos, sem fundamento, e pasme-se, colocando em causa quer o FC Paços de Ferreira, a Liga Portugal e as próprias forças policiais que negam veementemente a correspondência com a realidade dos factos que pretendiam criar fantasiosamente”, respondem os responsáveis pacenses, que consideram que o comunicado do opositor contribuiu “para que um grupo de adeptos com ligações ao clube em causa se fizesse deslocar ao centro da cidade de Paços de Ferreira e às instalações desportivas do Clube ameaçando e atentando contra a integridade física quer de adeptos quer de atletas e dirigentes da formação do FC Paços de Ferreira e ainda causar danos em estabelecimentos comerciais da cidade”. Aves joga na Luz Depois da pausa para cumprir o jogo da Taça da Liga, o Campeonato regressa, com o Desportivo das Aves a defrontar o SL Benfica, na Luz, no domingo, pelas 18.30 horas. Trata-se de uma partida referente à 5.ª jornada. Os avenses estão em penúltimo lugar, com um ponto.

2.ª eliminatória da Taça de Portugal Depois de garantirem passagem à 2.ª eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer o Machico e Vizela, respetivamente, S. Martinho e Clube Desportivo Trofense já conhecem os novos adversários na competição. Enquanto os campenses se deslocam ao terreno do Beira-Mar, que militam na Divisão de Elite da Associação de Futebol de Aveiro, a formação da Trofa recebe o Penafiel, da 2.ª Liga. O Grupo Desportivo de Joane, que disputa o Pró-nacional

da Associação de Futebol de Braga, perdeu na 1.ª eliminatória diante do Fafe, mas acabou repescado, tendo agora pela frente o Felgueiras, da série A do Campeonato de Portugal. Já o Futebol Clube de Famalicão, da 2.ª Liga, vai defrontar o Águeda, da série B do Campeonato de Portugal, em Aveiro. Os jogos estão agendados para 30 de setembro, às 15 horas. C.V.

Ginásio comemora 57 anos com homenagem a campeões e associados

O Ginásio Clube de Santo Tirso vai realizar a gala comemorativa do 57.º aniversário, no sábado, 22 de setembro. A nave da Fábrica de Santo Thyrso vai “pintar-se” de azul, a partir das 20 horas, para um jantar-convívio que terá como momentos altos a atribuição de galardões aos sócios com 25 e 50 anos de ligação à coletividade, a entrega dos prémios aos atletas do ano das várias modalidades e a homenagem aos campeões nacionais. C.V.

Equipas de volei e basquet do FAC apresentam-se No próximo sábado, 22 de setembro, as equipas seniores de voleibol e basquetebol do Famalicense Atlético Clube vão apresentar-se aos sócios em jogos de apresentação, que se realizam no Pavilhão Municipal de Vila Nova de Famalicão. Às 15 horas, a equipa de voleibol receberá o Voleibol Clube de Viana e, às 18 horas, será a vez do basquetebol, tendo como convidado o Maia Basket Clube. C.V.

3 Horas de BTT em Joane A Associação Amitorre, em parceria com o grupo de BTT AFIM de BTT, estão a organizar uma prova de 3 Horas de Resistência BTT que se realiza sábado, 22 de setembro, pelas 17 horas, em Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão. Esta é uma nova prova, cujo percurso contempla zonas limítrofes dos concelhos de Vila Nova de Famalicão e Guimarães. C.V.


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Desporto

Torneio de hóquei em Riba de Ave O Riba d'Ave Hóquei Clube promove o Torneio Cidade de Famalicão a 22 e 23 de setembro, no Pavilhão das Tílias, em Riba de Ave. A iniciativa contará com jogos entre a equipa sénior do clube anfitrião, do Famalicense Atlético Clube, da equipa B do Futebol Clube do Porto e da Associação Desportiva Os Limianos. Os jogos realizam-se às 15 e às 18 horas, nos dois dias. C.V.

Badminton

FAC representado na Belgian Challenge Quatro atletas do Famalicense Atlético Clube participaram no “Belgian Challenge”, competição de elevado nível no panorama do badminton europeu. Não foi feliz a prestação de Sónia Gonçalves, Adriana Gonçalves, Catarina Martins e Simão Ferreira, pois, nenhum logrou chegar ao quadro principal da prova. A dupla Sónia e Adriana entrou no principal quadro em pares sendo também eliminada. A ansiada subida no ranking mundial por Sónia Gonçalves fica assim em suspenso até à próxima prova internacional, na Escócia. A competição nacional começa já no próximo fim de semana.

“Famalicão em Forma” regressa aos treinos A iniciativa nasceu em maio de 2017 com a missão de ajudar a população a adotar um estilo de vida saudável, com a prática regular de atividade física, de forma gratuita. Atualmente, segundo dados fornecidos pela Câmara Municipal, o “Famalicão em Forma” ajuda “500 pessoas” a praticar exercício sob a orientação dos técnicos de educação física da autarquia. Através deste programa, é avaliado o estado de saúde de cada pessoa – com análise da composição corporal, da função respiratória e cardiovascular e a caraterização dos comportamentos e estilos de vida adotados – e depois prescrito o exercício físico adequado. Os interessados em inscrever-se no “Famalicão em Forma” devem dirigir-se ao Gabinete de Apoio, junto ao Centro Coordenador de Transportes. De outubro a abril (horário de inverno), o Gabinete funciona às segundas, quartas e sábados, das 09.30 às 12 horas, às segundas, quartas e sextas, das 17.30 às 19.30 horas, e às terças e quintas, das 17.30 às 20.30 horas. De maio a setembro (horário de verão), funciona às segundas, quartas e sábados, das 08.30 às 11 horas, às segundas, quartas e sextas, das 17.30 às 19.30 horas, e às terças e quintas, das 17.30 às 20.30 horas. Atualmente estão definidos dois tipos de treino: outdoor, no Parque da Devesa e no Parque de Sinçães, e indoor, no Pavilhão Municipal das Lameiras. Realizam-se às segundas, quartas e sábados, entre as 10 e as 11.30 horas (9 e as 10.30 horas no horário de Verão), e às terças e quintas, das 19.00 às 20.30 horas. Os balneários do Parque da Devesa estão também à dis-

// Modalidades

posição dos participantes do projeto. Estão abertos de segunda a sexta, das 8 às 22 horas (23 horas no horário de verão), e aos sábados, das 08 às 18 horas. Mais informações sobre o “Famalicão em Forma” através do número 252 316 467 ou do email famalicaoemforma@vilanovadefamalicao.org.

FAC apresenta modalidades para 2018/2019 Andebol, Badminton, Basquetebol, Bilhar, Ciclismo, Dança, Hóquei em Patins, Matraquilhos, Patinagem Artística e Voleibol. São estas as modalidades que vão representar o Famalicense Atlético Clube durante a época 2018/2019. As diferentes equipas, num total de cerca de 250 atletas, foram apresentadas no pavilhão municipal de Famalicão, a 7 de setembro. C.V.

Coletividade assume - se como a mais eclética do concelho

Concentração motard em Castelões A Associação Desportiva de Castelões organiza, no próximo sábado, 22 de setembro, a 2.ª edição da Concentração Motard de Castelões. Com início às 14 horas, no Centro Social de Castelões, a iniciativa inclui a bênção dos capacetes, pelo padre António, bastante conhecido no mundo motard, assim como a atuação de uma banda musical, passeio de motas e bike wash. O evento é grátis, sendo que a inscrição deverá ser feita no local. A organização terá ainda uma tenda a vender bebidas e petiscos durante toda a tarde. C.V. Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 | ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Diretora: Magda Machado de Araújo

Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@ jornaldoave.pt | Redação: Cátia Veloso, Patrícia Pereira , Liliana Oliveira Colaboração: António Costa, Rui Couto | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho | Assinatura Anual: Continente 22,5 €; Europa:69,50

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20JORNAL DO AVE 20 de setembro 2018

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Desporto

// Modalidades

Campeonato do Mundo de Masters

Irmãos Figueiredo correram para 8 medalhas Os famalicenses Davide e Joaquim Figueiredo conseguiram arrecadar oito medalhas no Campeonato do Mundo de Masters, que decorreu de 4 a 16 de setembro, em Málaga, Espanha. CÁTIA VELOSO Davide Figueiredo não levou muita expectativa na bagagem que levou para Málaga, onde participou no Campeonato do Mundo de Masters de Atletismo. Mas a verdade é que o atleta famalicense fez um brilharete e no regresso a casa trouxe na bagagem nada mais nada menos do que cinco medalhas. A participação na competição foi encarada como uma “preparação de pré-época” para 2018/2019, preparando-se porém, durante o mês de agosto, para estar “na melhor forma” em Málaga. O trabalho realizado acabou por dar frutos e na primeira prova, o cross de oito quilómetros, conseguiu o 2.º lugar em M45, com um tempo de 25 minutos e 30 segundos, ficando atrás do queniano Peter Bii (24:08 minutos). Seguiram-se os dez quilómetros e mais uma medalha. Desta feita, a de bronze, com uma prova em 32 minutos e 10 segundos, a um minuto e dez segundos de Bii. Mas o ponto alto aconteceu no domingo, 16 de setembro, com o “ouro” conquistado na meia-maratona, com um tempo de 1:11:32 horas, à frente do espanhol Elias Cabral (1:13:07 horas) e do bielorrusso Henadzi Zhauronak (1:13:34). “Foi a prova onde tive mais dificuldade. É a corrida na qual mais me identifico, mas tive uma primeira parte muito forte para ter uma distância de conforto em relação aos adversários e na parte final paguei pelo esforço.

A estas medalhas, o atleta junta ainda as de prata que conquistou coletivamente no cross e na meia-maratona.

Só que era quase impensável perder o ouro e a parte psicológica foi fundamental para cortar a meta com ritmo moderado”, contou em entrevista ao JA. Davide Figueiredo relatou ainda que “o momento mais marcante” foi a entrada no Estádio Cidade de Málaga, ao dar a volta à pista para a meta e “sentir que ia ser campeão do Mundo”. “Mas há outro momento que fica tatuado para a vida, que é o de ser chamado ao pódio e ouvir o hino nacional”, acrescentou. Esta conquista teve um sabor ainda mais especial por assinalar a revalidação do título, conquistado em 2016.

Joaquim Figueiredo também trouxe medalhas Os dotes desportivos estão no ADN da família Figueiredo. Joaquim, irmão de Davide, também participou no Campeonato do Mundo de Masters e arrecadou medalhas. A ida a Málaga nem começou bem para o atleta do S. Salvador do Campo, que ficou doente. “Ganhei uma infeção na garganta e nos ouvidos e ainda me questionei se valeria a pena participar. E como não podia tomar qualquer medicamento, devido aos controlos antidoping, desanimei, mas consegui encontrar um médico que me ajudou”, relatou. Ganhou força anímica para competir e nos dez mil metros conseguiu garantir o pódio em M50, com 33:42 minutos e o dissabor de perder o 2.º lugar “em cima da meta” para o holandês Edo Baart. “Não me apercebi que o adversário estava perto e ele aproveitou para me ultrapassar”, contou. Nos cinco mil metros em pista, Joaquim Figueiredo não tinha grandes expectativas, devido à forte concorrência, mas a ida ao pódio na outra prova deu-lhe ânimo. À passagem dos dois mil metros, “quando os dois melhores arrancaram”, Joaquim decidiu “arriscar”, conseguindo mesmo garantir o 3.º lugar (15:51.64 minutos) e mais uma medalha. Na meia-maratona, distância em que não é especialista, Joaquim Figueiredo pensou mais no resultado coletivo e conseguiu o 4.º lugar na geral (1:16:03 horas). Coletivamente, conseguiu o ouro.


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