JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

DESTAQUE

Ano XXXII - Nº 1.627 • Fundado em 12/05/1989

FERNANDO

CABRAL

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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

Covid, nutrição e saúde

Orlando Freitas, adeus a um imortal

Página 6

Página 8

ALEXANDRE MAGALHÃES

O que acontece em BD?

PAULO

HENRIQUE

Página 10

O banquinho do líder sindical Página 10

Lixo e entulho tirados dos bueiros da cidade lotaram 60 caminhões

Escola Egídio Benício poderá ser cedida à rede municipal de BD

Município vai à Justiça para Copasa levar água e esgoto até a Extrema

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Homem é multado após descartar lixo em local proibido; Prefeitura pede que moradores denunciem ENTREVISTA

Antônio Cançado, cidadão do mundo Há 35 anos morando na França, o bom-despachense Antônio Cançado – o Monsieur Pão de Queijo investe numa paixão que vem da infância em Bom Despacho. (PÁGINA 4)

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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Polícia Rodoviária prende motorista bêbado na MG164

Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

Entulho retirado de bueiros em BD encheu 60 caminhões Terminou no início de fevereiro a limpeza de 841 bueiros espalhados pela cidade. O trabalho, iniciado em novembro do ano passado, visou evitar alagamento de vias públicas. Conforme o Jornal de Negócios já mostrou, de dentro dos bueiros foram retirados restos de construção, lixo, barro, sacolas plásticas e garrafas PET. O secretário de Obras, Vital Guimarães, afirmou que esse trabalho nunca havia sido feito na cidade. Ele contou ao iBOM que no total foram retirados aproximadamente 60 caminhões de sujeira e detritos de dentro dos

Um motorista foi preso por embriaguez ao volante no km 136 da rodovia MG-164, próximo ao aeroporto de Bom Despacho. A ocorrência foi na tarde de domingo (13/2). De acordo com informações passadas ao IBOM pela Polícia Militar Rodoviária, quando os policiais abordaram o veículo perceberam que o motorista apresentava “sinais notórios de ter ingerido bebida alcoólica”. Ele fez o teste do bafômetro no local, que acusou 0,80mg/ l de álcool. O limite máximo previsto na legislação é de 0,04mg/l, ou vinte vezes menos que o apontado pelo

bafômetro. Diante do resultado, o motorista recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil em Bom Despacho. A PMRv faz um alerta para os riscos de acidentes nas rodovias da região de Bom Despacho devido ao aumento do fluxo de veículos e caminhões provocado por interdições em outras rodovias. A corporação informou ao iBOM que, por causa disso, incrementou as operações de fiscalização para aumentar a segurança no trânsito nesses trechos (iBOM / Foto: PMRv).

PM apreende 50 kg de cabos de cobre furtados

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bueiros. “O que mais chamou a atenção do pessoal da limpeza foi a dificuldade para retirar o barro. Ele estava endurecido e foi necessário usar ferramentas pesadas”. Segundo Vital, depois da limpeza, “a água da chuva que antes corria por cima da rua passou a correr pela rede pluvial, evitando alagamentos”.O peso do guindaste e das caçambas cheias tem provocado danos nos passeios do local, mas a Prefeitura informou que a empresa contratada para o serviço fará os reparos necessários sem ônus para os cofres públicos. (iBOM)

Fotos: Ascom PMBD

DESTAQUE

Canal da Dr. Roberto A Secretaria de Obras está fazendo também a limpeza do canal do ribeirão Machados, na avenida Dr. Roberto, que acumula muito barro, lixo e mato. Esse material é colocado em caçambas que são retiradas do canal por um guindaste. Até o dia 14/2, segundo a Prefeitura, foram retiradas mais de 30 caçambas de barro e lixo do canal. O peso do guindaste e das caçambas cheias tem provocado danos nos passeios do local, mas a Prefeitura informou que a empresa contratada para o serviço fará os reparos necessários sem ônus para os cofres públicos.

Homem é multado em BD após descartar lixo em local proibido Responsável, identificado pela Polícia Civil, foi obrigado a voltar no local e recolher o entulho

Cerca de 50 kg de cabos de cobre furtados foram apreendidos em BD pelo Tático Móvel da Polícia Militar no domingo (13/1). O material estava escondido num matagal atrás do antigo CAIC, saída para Leandro Ferreira. Segundo um militar ouvido pelo iBOM, há indícios de que os cabos estavam abandonados no mato há muitos dias. Eles foram encontrados quando os policiais investigavam denúncia de que haveria drogas escondidas no local. A Polícia suspeita que os cabos

tenham sido furtados de uma linha da Oi que passa perto do acesso de BD à BR 262. No início deste ano a PM foi chamada diversas vezes pela concessionária devido a furtos de cabo naquele trecho. O corte dos cabos faz soar um alarme na operadora. De acordo com o militar ouvido pelo iBOM, como em janeiro a Polícia apertou o cerco contra o comércio de cabos furtados, os responsáveis pe-los furtos “não tiveram cora-gem de sair oferecendo o material”.

Um homem foi multado pela Prefeitura por fazer descarte irregular de lixo próximo à avenida 1° de Junho, no bairro São Lucas, em Bom Despacho. Além de ter sido multado, o responsável foi obrigado a recolher o lixo jogado por ele no local. O episódio aconteceu no final de janeiro. A Prefeitura chegou ao responsável após receber

denúncia de morador da região, que filmou o descarte dos restos de construção (pisos) feitos no local. O vídeo com imagens do descarte e do veículo utilizado para transportar o material foi enviado à Prefeitura, que acionou a Polícia Civil. Através das imagens a Polícia Civil identificou o veículo e seu proprietário. Logo após os fiscais municipais foram

até o endereço do autor. Ele foi multado em R$ 331,43 com base no Código Ambiental do Município (Lei 1.561/96) e notificado para retirar o lixo no prazo de 24 horas. Os ficais acompanharam a retirada do entulho, feita pelo responsável com sua caminhonete, e o posterior descarga do material no aterro do município.

Denúncia A Prefeitura pede que moradores denunciem pessoas descartando lixo em local proibido. A denúncia pode ser feita pelo telefone 3520-1406. Se possível filmar o descarte e a placa dos veículos usados. Não é preciso se identificar.


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ENTREVISTA EXCLUSIVA: Antônio Cançado de Araújo

Antônio Cançado, cidadão do mundo Há 35 anos morando na França, o bom-despachense Antônio Cançado – o Monsieur Pão de Queijo - investe numa paixão que vem da infância em Bom Despacho Com 59 anos de idade, o bomdespachense Antônio Cançado de Araújo viveu a maior parte da sua vida na França, para onde se mudou em 1984. Filho de Antônio Cardoso de Araújo e Maria Aparecida Cançado – ambos falecidos -, ele morou até os 15 anos na avenida Rio Branco, região central de Bom Despacho, na época sem calçamento nem iluminação elétrica. Sua mãe era irmã da Roxa, que se tornou conhecida por várias gerações por seu trabalho no Clube Bom Despacho. Antônio morou 15 anos em Paris e há 20 vive em Lyon, terceira maior cidade francesa. Em 2017 tornou-se distribuidor do pão de queijo Forno de Minas na França. “A ideia veio da receptividade do público francês ao pão de queijo e das lembranças da minha família e vizinhos aí em Bom Despacho, onde houve tantos momentos alegres vividos em torno do pão de queijo”. Hoje, Antônio é conhecido na França como Monsieur Pão de Queijo e vai lançar sua própria marca num evento internacional. Nesta entrevista exclusiva ao editor Alexandre Coelho, do iBOM/Jornal de Negócios, Antônio relembra sua trajetória, fala dos momentos difíceis e das conquistas. “Eu decidi ser feliz, pois a felicidade é bom pra saúde, como disse Voltaire. Tive muitos momentos difíceis em minha vida mas resolvi que isso tudo participaria de minha decisão de ser feliz e tornar feliz o dia-a-dia das pessoas com quem convivo”, afirma. Fala também da saudade que sente de Bom Despacho – onde esteve pela última vez há 10 anos – e dos planos para o futuro. “Minha vida está na França, sou cidadão do mundo”, contou. Veja na entrevista a seguir ao editor Alexandre Coelho. O que o levou a mudar-se para a França aos 22 anos de idade? Tinha saído do seminário e cheguei à conclusão que o sacerdócio ia além de minhas forças. Não sei viver minhas opções pela metade. Eu tinha um diploma de Filosofia da PUC/MG (1985) e havia aprendido Francês no seminário. Resolvi fazer um curso de Francês na Sorbonne para trabalhar na área do turismo com os franceses. No final de 2 anos em Paris consegui uma equivalência de minha licenciatura de Filosofia em licenciatura de História na Sorbonne e cursei por mais 2 anos. Foi quando recebi proposta de emprego numa das maiores operadoras de turismo da França. Nela acabei trabalhando durante 20 anos. Onde fez seminário? Chegou a se ordenar padre? Estudei durante 3 anos em Manhumirim/MG com os Sacramentinos de Nossa Senhora, e 3 anos na Arquidiocese de Belo Horizonte com Dom Serafim Fernandes e Dom João Resende Costa. Não cheguei a cursar Teologia. Pedi para sair no final da Filosofia e não fui ordenado. Desisti porque achava o caminho muito difícil e não conseguia imaginar o celibato por toda uma vida. Você é fotógrafo? Trabalhou na França como fotógrafo? Não sou fotografo profissional no sentido de que ganho meu sustento com isso. A fotografia sempre foi uma paixão. Inicialmente, o desejo era levar as belezas do mundo para minha família e meus amigos do Brasil e, depois, com o intuito de eternizar momentos. Me lembro de uma exposição que eu fiz no Clube Social de Bom Despacho em 2002. Na época, um garotinho chegou até mim e disse: - Tio, eu não estou conseguindo acreditar que o mundo seja tão bonito quando o que você mostra.

do meu passado que ainda vivem no meu presente. Conhece muitos bomdespachenses que vivem na França ou na Europa? Mantém contato com eles? Graças às redes sociais tenho tipo oportunidade de reencontrar muitos conhecidos de meus 15 anos de Bom despacho pelo mundo afora

Antônio na Esplanada de La Défense, em Paris

Aquele menino me fez tomar a decisão de continuar fotografando as belezas do mundo e compartilhando com quem desejasse ver o que eu captava. Fiz exposição no Palácio da Unesco de Paris faz 10 anos, pois sou fotografo oficial de um evento que gosto muito: a Lavagem da Madalena, inspirado na Lavagem do Senhor do Bonfim, na Bahia. Minha exposição foi inaugurada pela então diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, que veio de Nova York para a ocasião e com quem tive o prazer de conversar durante mais de uma hora sobre a importância da valorização da cultura negra e sua influência na cultura européia de hoje. Irina me perguntou porque, com tamanha riqueza de cores, eu havia escolhido o preto e branco para minha exposição. Respondi que no preto e branco somos todos da mesma cor. Ela ficou encantada e me perguntou há quanto tempo eu estava na França. Quando contei que estava lá há 25 anos (na época) ela me disse que eu já não era mais brasileiro e que já teria pedido o passaporte francês. Respondi que continuo brasileiro e que nunca tinha precisado ser francês aqui para me sentir em casa e bem acolhido. Em setembro 2022 vamos fazer o lançamento de um livro, na Prefeitura de Paris, onde teremos dezenas de páginas com minhas fotografias. Qual é sua formação profissional? Tenho diploma de guia de Turismo pelo SENAC/MG. Sou um autodidata, curioso e apaixonado pelo aprendizado. No seminário aprendi a humanidade, a compaixão e o desejo de ajudar o outro a ser o que ele pode ser de melhor. Você morou em quais cidades da França? E atualmente, mora em qual cidade? Morei 15 anos em Paris e há 20 anos resido em Lyon. Mudei para Lyon depois que a França bateu o Brasil de 3x0 no Stade de France, na Copa de 1998. Naquela época eu tinha investido tudo o que tinha e o que eu não tinha na música da vitória do Brasil. Depois da Copa meu ex-patrão veio me ver e disse: - Sei que você não ganhou dinheiro com a Copa do Mundo. Quer voltar a trabalhar na minha agência de viagens? Respondi que voltaria se ele me desse um adiantamento de 50 mil euros para

pagar as dívidas. Ele respondeu: Acha que eu estou comprando passe de jogador de futebol? Perguntei qual faturamento ele esperava da empresa no primeiro ano em Lyon e ele disse que esperava faturar 1 milhão de euros. “Fechado. Eu vendo 1 milhão de euros para você e você me adianta meus 50 mil euros. Comecei a trabalhar 15 dias depois dessa conversa e faturamos 1,5 milhão de euros no primeiro ano. Deu certo. Na virada deste ano você postou em rede social que sua prece é gratidão “até mesmo pela dor que forjou o meu caráter”. Passou muitas dificuldades quando saiu de BD? Qual a maior dificuldade que encontrou nesses 35 anos? Em algum momento pensou em desistir? O que o motivou? A dor é uma realidade, o sofrimento é uma escolha. Eu decidi ser feliz, pois a felicidade é bom pra saúde, como disse Voltaire. Tive muitos momentos difíceis em minha vida mas resolvi que isso tudo participaria de minha decisão de ser feliz e tornar feliz o dia-a-dia das pessoas com quem convivo. A felicidade pra mim é uma escolha, um modo de funcionamento. A diferença entre um ganhador e um perdedor é o tempo que cada um leva para se levantar depois de uma queda. Quando eu caio sou igual bola de ping-pong: repico mais alto e vou ainda mais longe. Como disse Mandela, eu nunca perco. Ou eu ganho ou aprendo. O que o levou a investir no pão-de-queijo? Como surgiu essa ideia? Em 2017 eu recebi aqui em Lyon o Dom Raimundo Damasceno, cardeal emérito de Aparecida do Norte/SP. Ele veio trazer uma imagem de Nossa Senhora Aparecida para a comunidade brasileira de Lyon. Eu o acompanhei durante uma semana e na véspera da cerimônia fui a Portugal e voltei com 50 kg de pão de queijo para servir os convidados na Festa de Entronização de Nossa Senhora. Foi um sucesso enorme e meus amigos continuavam a pedir pão de queijo. Então me tornei distribuidor da marca Forno de Minas para a França A ideia veio da receptividade do público francês ao pão de queijo e das lembranças da minha família e

vizinhos aí em Bom Despacho, onde houve tantos momentos alegres vividos em torno do pão de queijo. Hoje você tem clientes de pão de queijo em quantas cidades da da Europa? Tem lojas próprias? Tenho clientes em dezenas de cidades da França e algumas outras da Europa. Não tenho lojas nem empregados. Por enquanto sou eu comigo mesmo. Como surgiu a designação Monsieur Pão de Queijo? Começou de brincadeira entre amigos, que começaram a me chamar do “cara” do Pão de Queijo. Numa entrevista ao programa ‘Empresários de Sucesso’, você afirmou que o brasileiro é muito bem aceito na França. Palavras suas: “Quando falo de Brasil o sorriso vai até as orelhas, os olhos brilham”. Por quê? O que nos torna tão especiais para os franceses? Nossa capacidade de encontrar soluções para problemas, nosso bom humor, alegria, musicalidade e carinho com que nos tratamos No mesmo programa você também disse que, na França, “sempre tenta valorizar a cultura brasileira (...) a cultura mineira”. E arrematou: “antes de ser brasileiro, eu sou mineiro”. Eu pergunto: antes de ser mineiro, você é bomdespachense. O que levou da sua história e da cultura bom-despachense para a França? Sem dúvida que sou bomdespachense apaixonado por minha cidade. Não passa um dia que eu não pense na minha terrinha, no Jardim de Infância Pequeno Príncipe (moro faz 20 anos na terra de Antoine de Saint Exupéry), no Coronel Praxedes, no Miguel Gontijo, no Clube Social onde aprendi com minha tia Roxa como se organizava um evento, com Oldack e Ozanan, Dona Jane Oliveira, Dona Branca, Dona Liquinha, Professor Tadeu Araújo, Juraci Floresta, Professor Elvino Paiva, Padre Jaime, Padre Leo, Padre Henrique, Padre Pedro, Doutor Washington, Odette e Geraldo da Casa Freitas e tantos personagens

Bom Despacho é uma síntese dos valores e tradições mineiras. A culinária doméstica na sua infância norteou sua decisão de investir no pão de queijo, produto tipicamente mineiro, que você anunciou na França como ‘o melhor do Brasil’? Sem dúvida, ainda hoje pensava em minha avó Alice, que guardou o costume de receber 25 litros de leite diariamente e as 18h00, todos os dias, ela fazia seu queijo delicioso, no biscoito da Dona Raimunda, da Aidê do Bayard. O pão de queijo faz parte de meu DNA. Quando criaram o dia nacional do pão de queijo ele caiu no dia do meu aniversario. Estando na Europa há 35 anos, do que mais sente saudades aqui na sua terra? Vem com que frequência à cidade? Minha última viagem ao Brasil foi em 2012. Sinto saudades e quero voltar para ver o meu povo e abraçar meus amigos, comer um feijão tropeiro do Zé Garapa… Tenho uma exposição de fotografias programada para maio 2023 em Santo Amaro da Purificação/ BA e seria muito bom programar uma mostra também em Bom Despacho, Numa postagem em rede social você escreveu: “Quando eu decido eu venço e quando eu esqueço nem precisa me lembrar porque tudo na minha vida é escolha”. Você saiu de BD com 22 anos, foi para a Europa e construiu sua vida. Cabe aqui a expressão “vim, vi e venci”. Que mensagem deixa para jovens bomdespachenses que buscam rumo na vida? Saí de Bom Despacho aos 15 anos para o seminário. Quando fecho os olhos me lembro das lágrimas rolando no ônibus da Santa Maria em direção a Belo Horizonte. Naquele momento eu cantava baixinho: ‘Por escutar uma voz que disse que faltava gente pra semear, deixei meu lar e sai cantando e assobiando pra não chorar’. Quais seus planos para o futuro? Expandir-se pela Europa? Pensa em voltar a morar no Brasil? Daqui a 3 semanas estou lançando minha marca própria de pão de queijo. O lançamento será num grande evento internacional com cerca de 300 fabricantes de queijo francês. Meu pão de queijo está conquistando a França e a Europa. Meu sonho é conseguir o tombamento do pão de queijo como Patrimônio Imaterial pela Unesco em homenagem a todas as mulheres bom-despachenses que marcaram minha vida e às lembranças do tempo em que eu ia arrancar mandioca com meus irmãos na roça, ou plantar arroz e cará. Minha vida está na França, sou cidadão do mundo. Tento honrar minha pátria, minha cidade, meus antepassados. Sou como o vento que abana as folhagens nas margens Rio São Francisco. Não faz sentido sonhar eu voltar para o Brasil. Faço mais pelo Brasil aqui na Europa que se estivesse do outro lado do rio (iBOM).


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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Em 1 mês, PrafrenteBD liberou mais de R$ 1,3 milhão em empréstimos Desde seu lançamento, dia 18/1, o programa PraFrenteBD (Programa de Apoio Financeiro para a Recuperação Econômica) liberou mais de R$ 1,3 milhão em financiamentos para pequenos empreendimentos de Bom Despacho. A apuração, feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico a pedido do iBOM, mostra os resultados até dia 15 de fevereiro. Nesse período foram liberados 89 financiamentos, num total de R$ 1.325.000,00 em recursos com taxa de 1,2% ao mês. Após receber o dinheiro, o empreendedor tem 12 meses de carência e mais 24 meses para pagar o empréstimo. No primeiro ano

os juros são custeados integralmente pelo município. Além dos 89 financiamentos já liberados, no dia 15/2 havia outros 49 pedidos de empréstimo sendo analisados por Credibom e Credesp – instituições financeiras

credenciadas que fazem o financiamento. O objetivo do PraFrenteBD é apoiar pequenos empreendimentos que foram prejudicados pela pandemia de Covid-19 em Bom Despacho.

Executivo prepara projeto de renegociação de dívidas tributárias com município A Prefeitura de Bom Despacho pretende lançar, até março próximo, um programa de refinanciamento de dívidas tributárias com o município. A medida incluirá débitos de IPTU, ISS e outras taxas. O iBOM apurou que o projeto de lei a ser enviado à Câmara está sendo preparado pelo secretário de Administração Wallace Campos. "A proposta é reduzir juros e multa e oferecer parcelamento da dívida para recuperar os créditos", afirmou o secretário. Hoje, em valores atualizados, o município tem 26 milhões a receber de contribuintes inadimplentes. Em 2020 e 2021 o município

Wallace: reduzir juros e multas paralisou as execuções fiscais devido à pandemia. Mas a lei

obriga o Executivo a cobrar os inadimplentes, sob pena de responsabilidade. “Cobrar de quem deve, além de ser obrigação do município, é também questão de justiça fiscal com os demais contribuintes que pagam seus impostos”, afirmou o prefeito Bertolino da Costa ao iBOM. “Além disso, a cobrança permite que o município recupere créditos para investir em obras e benefícios para a população”. Por isso, segundo o Prefeito, “devedores que não aderirem e não renegociarem seus débitos serão inscritos em dívida ativa, protestados e cobrados judicialmente”.

Servidores municipais: projeto prevê correção de 10,06% no salário O Executivo enviou à Câmara projeto de lei corrigindo em 10,06% o salário dos servidores municipais. Esse índice corresponde à reposição da inflação de 2021 e visa “manter o poder de compra dos servidores”, explicou o secretário de Administração Wallace Campos. Se aprovado pelos vereadores, o reajuste será retroativo a janeiro deste ano.

Essas e outras notícias todos os dias estão no site www.iBOM.com.br

Falando ao iBOM, o prefeito Bertolino da Costa afirmou que “as incertezas atuais na economia impõem cautela para a Prefeitura não descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não sabemos se o município poderá bancar aumentos reais de salário. Por isso mantivemos a proposta de correção para que os servidores não tenham perda. Mais à frente, com retomada da economia, esperamos dar ganho real ao funcionalismo”. Bertolino disse também que a

Municípios (CNM) e o governo federal para definir sobre o pagamento do piso salarial nacional dos professores. Este ano, o governo federal reajustou o piso em 33,24%, aumentando o salário base para R$ 3.845,63.

falta de aprovação da nova planta de valores pela Câmara Municipal em 2021, “além de impedir a isenção do IPTU para famílias carentes, também comprometeu a arrecadação do município este ano, dificultando a concessão de ganhos reais para os servidores”. Piso salarial dos professores A Prefeitura aguarda o resultado das discussões entre a Confederação Nacional dos

Bertolino disse ao iBOM que sua intenção é repassar aos professores o aumento do Fundeb. “Estamos prontos para dar o maior aumento possível aos professores, que de fato são merecedores. Queremos pagar o valor máximo, mas precisamos ter cautela para não estourar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirmou. Segundo o Prefeito, o problema afeta todas as prefeituras do país. “Por isso a CNM está discutindo com o governo, em Brasília, uma saída para viabilizar o pagamento do piso”.


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Covid, Nutrição e Saúde Desde o início da pandemia de covid que os pesquisadores têm observado que certos tipos de pessoas têm mais propensão a pegar a doença e sofrer mais com ela. Três elementos têm se mostrado mais relevantes: a nutrição, a saúde e a idade. Saúde e nutrição estão necessariamente relacionados, mas idade, por si só, não significa nem falta de saúde nem nutrição inadequada. Mas é certo que boa saúde vai além de boa nutrição. O problema é que a falta de saúde e de boa nutrição não pode ser resolvida com medicação. Tampouco pode ser resolvida da noite para o dia.

FERNANDO

CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

A magreza e a gordura A história antiga nos mostra que seus personagens raramente são gordos. Quando são, geralmente são trados como vilões; pessoas malvadas, glutonas, gananciosas. Não importa se procuramos entre egípcios, romanos, gregos ou troianos, nas civilizações antigas predominavam os magros. Entre asiáticos, africanos e nativos americanos não é diferente. Mas não temos apenas descrições. Temos obras de arte com representações humanas. As pirâmides e obeliscos egípcios registram figuras humanas. Na idade média a predominância dos magros continuou. É verdade que aparecem alguns gordos e gordas em pinturas da época, mas quando se verifica de perto, são exceção. Os poucos gordos que aparecem são geralmente monges, frades, reis, áulicos e vilões (vilão aqui no sentido de citadino). A gordura simbolizava a opulência, a preguiça, a vida sedentária. Outra fonte de informação sobre a presença (ou ausência) de gordos são os nativos encontrados pelos europeus em suas explorações ultramarinas. Chineses, japoneses e asiáticos seguiam o mesmo padrão de magreza generalizada, com raros gordos. Os povos das Américas, África, Austrália e ilhas do Pacífico também. Exceções existiam. Eram exceções. Nos últimos dois séculos temos uma documentação visual mais fiel da presença dos gordos entre os magros. Começamos com as primeiras fotografias, depois passamos a ter também filmes. Com o surgimento da televisão chegaram os videotapes.

Mais tarde as câmaras digitais e os celulares com câmaras. A comparação destas imagens históricas com imagens atuais revelam uma diferença enorme entre o peso médio das pessoas de hoje e de 50, 100 ou 200 anos. Por todos estes elementos podemos ter certeza de que ser magro era a regra; ser gordo, exceção. Hoje a situação já se inverteu: ser gordo é a regra; ser magro é exceção.

Por que as pessoas eram magras? As pessoas eram magras por três motivos. Primeiro, porque não havia comida sobrando. Era a conta para a subsistência. Segundo, porque a comida que comiam não era particularmente engordativa. Terceiro, porque todos gastavam uma quantidade enorme de energia por dia. Na verdade, não raro a magreza era também sinal de subnutrição. Hoje a situação é diferente. A comida é abundante. Tão abundante que quase um terço de todo o lixo coletado nas cidades é de alimento jogado fora! Bem diferente de antigamente, quando não se desperdiçava nada que pudesse ser aproveitado como alimento. Esta abundância tem um porém: a maior parte da comida é de baixa qualidade. Isto significa que ela é rica em calorias, mas tem baixo valor nutricional. Ou o que pior: é tóxica para nossos organismos. A pior consequência da comida barata, de má qualidade e tóxica (como os industrializados) foi o surgimento dos gordos subnutridos. Gordos carentes de minerais, vitaminas, gorduras essenciais. Em outras palavras, até o passado recente a desnutrição era companheira da magreza. Atualmente a desnutrição é companheira do excesso de peso. Dois alimentos exemplificam bem o que é comida engordativa, tóxica e de baixo valor nutricional: açúcar e

óleos de sementes. O açúcar só fornece calorias (energia) e mais nada. Como já temos energia demais, ela se transforma em gordura. Ao fazêlo, consome nossas reservas de vitaminas e micronutrientes. Os óleos de sementes (soja, principalmente) são produzidos mediante processos industriais que os tornam venenosos. Como são muito energéticos e inflamatórios, eles provocam doenças e são armazenados como gordura. Não se tornam fonte útil de energia. Finalmente, usamos carro, elevador, controle remoto, máquinas e mais um monte de coisas que nos dispensam de gastar nossa própria energia. Ou seja, atualmente gastamos energia elétrica e energia do petróleo do que energia corporal. Toda energia corporal economizada vira gordura. Assim, combinando comida energética e nutricionalmente pobre com uma vida sedentária, a humanidade vai engordando cada vez mais. A gordura não deveria ser nossa inimiga. Ela é uma reserva que a natureza nos permite criar quando temos comida. Mas esta reserva deveria ser usada em tempo de escassez. Contudo, com comida abundante o tempo todo, só armazenamos e nunca gastamos. É aí que começam os problemas. Comida abundante não significa comida nutritiva. Muito pelo contrário. As comidas industrializadas não têm nutrientes com a quantidade e com a qualidade que nossa saúde exige. Elas têm apenas gorduras de má qualidade (óleos) e carboidratos que se transformam instantaneamente em gordura. Ou seja, os carboidratos e estes tipos de gordura (óleos de sementes) nos engordam, mas não nos nutrem e não nos dão saúde. Esta falta de nutrientes com a falta de exercícios completa o quadro da doença. Seus nomes são vários, mas estão ligadas à mesma origem que são as doenças metabólicas: obesidade, diabetes, câncer, doenças cardíacas e circulatórias variadas. Todas estas doenças existem — mas são raras — onde não há problemas alimentares.

A covid neste cenário A covid ainda esconde muitos mistérios. No entanto, algumas características estão se revelando. Os cientistas já têm evidências de que suas consequências são mais graves entre pessoas que têm excesso de peso, diabetes e síndrome metabólica em geral. Os desnutridos sofrem mais – não apenas no caso da covid, mas no caso de todas as doenças. Também se sabe que em desnutridos e obesos o sistema imunológico é menos competente. A idade — um importante fator de risco para a covid-19 — não raro é acompanhada da desnutrição. Este fato e algumas morbidades contribuem para a maior letalidade da covid entre idosos. Neste cenário, alguns nutrientes têm recebido destaque por haver indícios de que sua falta agrava a doença. Exemplos são as vitaminas C e D e o zinco. Mas a verdade é que todos os micronutrientes são essenciais. Minerais ou vitaminas, o organismo precisa de todos eles de forma equilibrada. Porém, estes estão ausentes ou quase ausentes nos alimentos industrializados. Nestes, a única coisa que sobra abundantemente é um nutriente não essencial, os carboidratos. Todos os demais faltam ou estão desequilibrados. Sem falar nos tóxicos conhecidos como saborizantes, flavorizantes, conservantes, corantes. Por tudo isto não admira que os obesos sejam também desnutridos e sofram de variadas doenças — com destaque para o diabetes tipo II. Outro fator que torna o sistema imunológico menos competente é o sedentarismo. A prática regular de exercícios — que pode ser dispensado quando a pessoa faz muito trabalho braçal — melhora a saúde e fortalece o sistema imunológico.

ninguém fica obeso de um dia para outro. Ninguém desenvolve diabetes tipo II de um mês para outro. Estes males são resultado de um processo lento e continuado (mas não inexorável e irreversível). Mas, assim como o adoecimento, a recuperação também exige tempo. Ninguém consegue recuperar a saúde e o sistema imunológico de um dia para outro. Não adianta a pessoa tomar doses elevadas de vitaminas e minerais depois que a doença se instalou. A recuperação é também um processo lento e continuado. Isto não significa que, em alguns casos, uma dose suplementar de minerais ou de vitamina não possa ajudar na recuperação de uma crise aguda. No entanto, a recuperação da saúde integral só será conquistada com mudanças permanentes de nossos hábitos alimentares e com a adoção de uma vida com mais atividade física. Quanto aos alimentos, a primeira regra — a mais importante — é abandonar todos os alimentos industrializados e adotar comida de verdade. Comida de verdade é aquela que nossos avós comiam. Comida que vinha dos pastos, dos currais, dos chiqueiros, dos galinheiros, dos rios e lagos. Quanto aos exercícios, a primeira regra — a mais importante — é movimentar-se. Caminhar, correr, nadar, pedalar, ou simplesmente abandonar o carro, guardar os controles remotos, preferir a escada ao elevador, fazer trabalhos braçais e brincar. Academia também pode ajudar. Com estas mudanças na alimentação, e com a adoção de uma vida menos sedentária, poderemos acabar com nossa falta de saúde e fortalecer nosso sistema imunológico. Com isto estaremos mais preparados para evitar ou enfrentar não só a covid-19, mas também todas as demais doenças.

Resgate da saúde

A saúde começa pela boca, passa pelos exercícios e aumenta com o convívio intenso e harmonioso com nossos amigos e com nossa família.

Por desnutrição, obesidade ou envelhecimento, é certo que nossa saúde vai decaindo ao longo dos anos. Mas é bom observar que

Ninguém tem o segredo da vida eterna, mas todos temos os conhecimentos para uma vida mais alongada e mais saudável.


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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Escola Egídio Benício pode ser cedida à rede municipal Bertolino se reuniu com Secretária da Educação para discutir transferência da Escola O prefeito Bertolino da Costa reuniu-se com a secretária de Estado da Educação, Julia Figueiredo Sant’Anna, para discutir a transferência da Escola Egídio Benício ao município. “Precisamos do prédio para assumir mais turmas dos Anos Iniciais que serão repassadas pelo Estado”, afirmou o Prefeito ao iBOM. Segundo Bertolino, “quando o Estado começar a fechar turmas dos Anos Iniciais, conforme está previsto, o Governo de Minas poderá destinar o prédio da Escola para outros fins. Diante disso, estamos discutindo a transferência com a Secretaria da Educação, de forma que o prédio do Egídio Benício fique para uso da rede municipal”, explicou o Prefeito. Municipalização Em 2021 o Estado propôs transferir para o município todos os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Em contrapartida Bom Despacho receberia mais de R$ 6 milhões para reformar, ampliar e cons-

Francisco Cardoso (esq), chefe de gabinete, deputado Antônio Carlos Arantes, secretária de Estado da Educação Julia Figueiredo e o prefeito Bertolino truir novas Escolas para receber os alunos transferidos. Além disso, os professores estaduais seriam mantidos nas Escolas e pagos pelo Estado até se aposentarem.

O projeto dependia de aprovação da Câmara, que não o colocou em votação em 2021. “Bom Despacho perdeu o prazo do convênio e ficou sem os recursos. Por isso, com a cessão da

Escola Egídio Benício – ato que não depende de aprovação da Câmara - nós preservaremos o prédio daquela Escola para a rede municipal”, afirmou o Prefeito.

Vice-prefeita Juliana Leitor Jaber recebe Prêmio Mudança climática Destaque Social 2021 A vice-prefeita de Bom Despacho, Juliana Jaber Queiroz, 35, foi homenageada com o Prêmio Destaque Social 2021 em solenidade realizada em Divinópolis, dia 27/1. O evento - promovido pelo comunicador e radialista Paulo Henrique (PH) com o objetivo de homenagear pessoas que “fazem a diferença em Divinópolis e na região” -, reuniu empresários, autoridades regionais e artistas no espaço Mandalla RoofTop. Ao chamar Juliana para receber o troféu, o apresentador Paulo Henrique afirmou que a vice-prefeita de Bom Despacho “representa a força política da mulher”. Ele destacou que Juliana, “aos 35 anos foi diagnosticada com câncer e fundou uma ONG para apoiar famílias que enfrentam a doença, por acreditar num legado que sobrevive em meio às dores, não se romper a padrões e lutar por dias melhores”.

Na edição passada do Jornal de Negócios há um artigo excelente de Fernando Cabral: “O caos e o logos”. Um artigo abordando assunto tão vasto e aflitivo, exposto com a síntese e a clareza daqueles que vivem e sabem para onde vai o momento. Telefonei ao autor parabenizando-o e li

Após receber a homenagem, Juliana disse ao iBOM que “é importante mostrar para as outras pessoas o quanto a gente pode chegar longe quando a gente não se deixa reter por obstáculos” (iBOM / Foto: Arquivo pessoal).

para ele um trabalho recente, abordando o mesmo quadro que temos diante dos olhos, o poema que envio a vocês, para que o publiquem se por bem acharem.

Vivalde Brandão C. Filho vbcouto@gmail.com Bom Despacho / MG

Os dias vêm caindo uns seguem os outros folhas mortas semanas e meses sobre a grama. E nossos olhos estendidos sob o tempo. As folhas dos dias batem sem a menor suavidade em nosso rosto. Cortam as faces e sangram os lábios. para quê sorrisos? para quê palavras? Tentam resgatar a memória das estações do ano. Não brinca com isto moço! Não brinca! Parecemos um bando de idiotas e não tomamos nenhuma providência! Acho que estamos entregando o punhal e oferecendo a garganta.


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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Orlando Freitas, adeus a um imortal Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Tomei emprestado o título acima ao jornalista e escritor Renato Fragoso em sua coluna da revista da Cooperbom, edição 15, de fevereiro/22, com o qual concordo em gênero, número e caso. A família de Orlando viu-o partir para o reino dos céus, em 26/01/22, em sua residência, nos braços de sua esposa, em Bom Despacho. A cidade de Bom Despacho, que o acolheu em 1975, quando desposou Jaine Amaral e, vindo de Nova Serrana, aqui viveu desde então. O casal teve 3 filhos, Débora, Flávio e Saulo, que lhes deram netos. Nascido em 14 de março de 1948, aqui faleceu pertinho de completar 73

Lançamento em Bom Despacho do livro “O Cercado de Pitangui”, dia 28/5/2014. Da esquerda para a direita estão o coordenador da Biblioteca, Ronan Nunes; a secretária de Planejamento Maria de Fátima Rodrigues; o autor Orlando Ferreira; o prefeito Fernando Cabral e a co-autora, Maria Beatriz Freitas (Foto: Arquivo PMBD)

anos. Desse tempo de vida, 46 anos ele viveu em Bom Despacho, a sua segunda pátria, que ele amou e serviu com brilhantismo e dedicação por mais de 46 anos. Orlando é hoje para os bom-despachenses um imortal sim, como escreveu o Renato Fragoso. Orlando foi o redentor da história de nosso município. Uma história baseada em ícones e lendas em que a luz da verdade da pesquisa histórica científica de um gênio da paleografia provou por seus estudos, por exemplo, que a cidade teve seu berço não na Praça da Matriz, mas lá nos píncaros da Cruz do Monte. Orlando reinventou e reescreveu com base nas verdades científicas, pesquisadas e confirmadas com talento, arte e dedicação incansável por esse gênio imortal que bons ventos trouxeram para habitar as terras da Senhora do Bom Despacho.

Instituto Histórico de Minas homenageou Orlando Creio que a publicação do Instituto histórico e Geográfico de Minas Gerais foi uma das páginas mais completas que falaram do Orlando, após seu falecimento. Porque ele é um dos mais íntimos amigos que tive, perdoem-me por tratá-lo só pelo primeiro nome. Foi a pedido meu que Orlando escreveu em janeiro de 2005, a mais completa obra de nossa terra natal: “Raízes de Bom Despacho.” Pela importância dessa publicação e outras mais, repito, Orlando se tornou um imortal do panteão de nossa história. Veja o texto abaixo: "Pesquisador nato, Orlando Ferreira de Freitas nasceu em Nova SerranaMG. Dedicou-se muito à Genealogia do CentroOeste mineiro, resgatando a história de sua terra natal e de Bom Despacho, além das raízes das principais e mais antigas famílias povoadoras da vasta região de Pitangui, a Sétima Vila do Ouro de Minas Gerais. Nos dizeres do também saudoso Dr. Guaracy de Castro Nogueira, Orlando

Livros publicados por Orlando Ferreira de Freitas Ferreira de Freitas nasceu “ para grandes voos. Estudioso, dedicado, persistente, sempre buscando a verdade ”. “ Dono de memória privilegiada, habilidade inata para a paleografia, tornouse consagrado genealogista e historiador de raça ”. Durante décadas, “ com muita seriedade e obstinação”, pesquisou em diversos arquivos, cartórios e cúrias. Firmando-se nas melhores fontes primárias, desvendou mistérios e desmistificou várias “lendas, mitos e fantasias” que distorciam o passado

da região onde nasceu. “Homem polivalente, bom administrador”, empresário, jornalista, exseminarista, desenhista, formado em desenho artístico e publicitário, atuou no movimento cooperativista. Gerente da Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho (COOPERBOM, 19831984), Presidente da CIPA-COOPERBOM, foi gerente e diretor comercial (1984-1991) da Cooperativa de Eletrificação Rural do Engenho do Ribeiro (CERER), além de sócio

Acompanhe esta coluna e notícias diárias da cidade no site www.iBOM.com.br

fundador e membro ativo do Conselho Fiscal da Cooperativa de Crédito Rural de Bom Despacho (CREDIBOM), sendo eleito, ainda, Diretor Secretário da Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural de Minas Gerais (FECOREMG). Com amor à comunicação e grande facilidade de expressão, fundou os jornais “Correio de Nova Serrana” (pioneiro em sua terra), “Informativo da Cerer” e “Correio Cooperbom”. “ Legítimo descendente

dos que plantaram a civilização dos povos pitanguienses”, do “belo trabalho genealógico “ e historiográfico de Orlando, destacam-se três importantes livros, o primeiro e o último em parceria com sua prima Maria Beatriz de Freitas Fonseca: “As Origens de Nova Serrana ” (Nova Serrana, Gráfica Sidil, 2002, 254 páginas), “Raízes de Bom Despacho” (Bom Despacho, Edição do Autor, 232 páginas), “Genealogia e Histórias do Cercado de Pitangui (Nova Serrana)” (Nova Serrana, Edição dos Autores, 2013, 2 volumes, 1.210 páginas). Este, em capa dura, constitui magnífica obra genealógica. Reúne informações preciosas sobre cerca de 300 famílias que iniciaram o povoamento do CentroOeste mineiro, a exemplo dos Assunção, Alves Corgozinho, Alves de Carvalho, Amorim, Bahia da Rocha, Caetano da Fonseca, Correia de Lacerda, Ferreira do Amaral, Gontijo, Gomes Ferreira, Teixeira Bueno, Pinto Ferreira, Pinto Coelho, Pinto da Fonseca, Cardoso de Oliveira

(descendentes do Padre Belchior Pinheiro de Oliveira), Novais da Cunha, além de mais de duas centenas de outros títulos. Orlando Ferreira de Freitas era membro do Instituto Histórico de Pitangui, do Instituto Maria de Castro Nogueira (Itaúna-MG), da Ordem Rosacruz e da Academia BomDespachense de Letras (ABDL). Aos 73 anos de idade deixa esplêndida obra, digna de todos os aplausos, referência obrigatória para estudiosos. Nossa solidariedade e nossos sentimentos à esposa, Jaine Amaral Freitas, aos filhos Flávio, Débora e Saulo, aos netos, demais familiares, amigos e todos os admiradores da pessoa e da obra desse grande homem, que tanto amou e valorizou a História e a Genealogia, especialmente do CentroOeste mineiro". Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2022 Comissão Cultural Permanente de Genealogia do Instituto Histórico e e Geográfico de Minas Gerais

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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Acusado de assassinato PRF prende dupla em da mulher se apresentou Gol com carga furtada à Polícia Civil no dia 8/2 AUTORES TENTARAM FUGIR MAS FORAM PERSEGUIDOS NA RODOVIA E PRESOS. VEJA O VÍDEO DA APREENSÃO

O homem de 37 anos acusado de matar a própria mulher por estrangulamento no bairro Babilônia, em BD, apresentouse à Polícia Civil na terça (8/2). Após se apresentar, o autor prestou depoimento à Polícia Civil. Testemunhas também foram ouvidas. Como já havia transcorrido o prazo do flagrante, o acusado só poderia ser preso por ordem judicial. Na semana anterior o delegado Rodrigo Noronha representou pedindo a prisão preventiva do acusado. O Ministério Público foi favorável à medida e requereu a prisão, mas o pedido foi indeferido pelo juízo

da 2ª Vara da comarca, responsável pelo caso. De acordo com a decisão judicial, o acusado não tinha antecedentes criminais, não oferecia risco à ordem pública e possui endereço fixo. O Ministério Público recorreu entendendo que o juiz não levou em conta “a gravidade e a repercussão local dos fatos” e “o histórico de violência do investigado”. Em entrevista ao iBOM, o delegado Noronha contou que, quando chegou na cena do crime, “o cenário com que nos deparamos no primeiro momento é de um crime de ímpeto, não planejado, não

premeditado, que teve início por um motivo banal e terminou em tragédia”. Ele confirmou que o casal tinha “relacionamento turbulento, conflituoso, com agressões mútuas”. Segundo o delegado, o corpo da vítima foi encontrado caído no chão da sala. Na avaliação dos peritos não foi utilizado nenhum instrumento no assassinato. A morte se deu por esganadura. A filha do casal, de 1 ano e quatro meses, estava em casa quando a mãe foi morta. “Após o crime o autor retirou a filha, deixou com sua mãe e fugiu”, afirmou o delegado.

Ministério Público recorre ao Tribunal contra decisão do juiz que negou prisão do acusado A 1ª Promotoria de Justiça de Bom Despacho entrou com recurso no Tribunal de Justiça contra decisão do juiz da 2ª vara da comarca de Bom Despacho, que negou o pedido de prisão preventiva do acusado de assassinar sua companheira por enforcamento, dia 2/2, no bairro Babilônia. De acordo com a Promotoria, o investigado “manteve relacionamento amoroso por aproximadamente três anos com a vítima, que tinha 23 anos, e teve com ela uma filha, atualmente com um ano e quatro meses. Depoimentos de testemunhas apontaram que o relacionamento do casal sempre foi conturbado e permeado por discussões, até mesmo por agressões verbais e físicas”. Ainda segundo a Promotoria, testemunhas afirmam que “o homem agredia

a vítima mesmo quando ela estava grávida de oito meses da filha do casal, dando-lhe socos no rosto, na cabeça e, ainda, tentando lhe esganar pelo pescoço”. O Ministério Público explicou que, “diante da gravidade dos fatos, o delegado de polícia local representou pela decretação da prisão preventiva do investigado, para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal. O MPMG, por sua vez, manifestou pelo acolhimento da representação da autoridade policial, requerendo a decretação da prisão preventiva do investigado”. Entretanto, o juízo responsável pelo caso negou o pedido, “desconsiderando totalmente a gravidade e a repercussão local dos fatos, o histórico de violência do investigado, os fundamentos

elencados pelo delegado de polícia e a manifestação feita pelo Ministério Público.” Na decisão, o juízo argumentou que o investigado não teria registros policiais em sua Ficha de Antecedentes Criminais (FAC), não ofereceria risco à ordem pública e tinha endereço comprovado – o que, no entender do julgador, afastaria a necessidade de prisão para “garantia da aplicação da lei penal”. No recurso ao Tribunal de Justiça, a Promotoria de Justiça demonstrou que, mesmo sem registros de antecedentes criminais, o investigado “possui um vasto registro de passagens pela polícia pelos mais diversos e graves crimes” (Texto final: iBOM c/ informações enviadas pelo Ministério Público de MG)

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Dois homens foram presos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR 262, em Bom Despacho, na manhã da terça (8/2). A dupla estava num VW Gol que recebeu ordem de parada ao passar pelo posto da PRF na rodovia. O motorista não obedeceu, tentou fugir e foi perseguido pelos policiais. Durante a perseguição o motorista do Gol perdeu o controle do veículo, saiu da pista e se acidentou no km 473. Os dois ocupantes desceram do carro e ainda tentaram escapar entrando numa mata, mas foram localizados e presos minutos depois. Dentro do Gol os policiais apreenderam 81 caixas de queijo gorgonzola da marca “Canto de Minas”. Segundo a PRF, a carga era produto de furto. Os selos das caixas indicavam que eles havia sido fabricados no dia 5 de fevereiro. De acordo com apuração feita pelo iBOM com fontes da PRF, os envolvidos são ladrões de carga identificados pelo serviço de inteligência da corporação, que realizava uma operação de combate ao crime na BR 262. Todo o queijo recuperado foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho, juntamente com os autores presos (iBOM / Foto e vídeo: PRF)

Assista ao vídeo da apreensão focando a câmera do celular no QR Code ao lado

PM apreende moto com numeração raspada Uma motocicleta Honda em situação irregular foi apreendida pela Polícia Militar durante patrulhamento na comunidade da Garça, município de Bom Despacho, na manhã de 8/2. A moto encontrada pelos policiais estava sem retrovisor, farol e placa de identificação – todos eles equipamentos obrigatórios. Ao vistoriar a motocicleta os militares constataram ainda que ela estava com o chassi raspado para esconder a

numeração. Enquanto os militares checavam a situação, um homem se apresentou dizendo ser o proprietário do veículo. Disse também que tinha comprado a moto de outra pessoa já com o chassi raspado. Diante das irregularidades a motocicleta foi apreendida e removida para o pátio credenciado do Detran. Seu proprietário foi detido e levado à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos (iBOM / Foto: Ascom 7°BPM/PMMG).

PM recupera Uno furtado na região central de BD Uma guarnição da Polícia Militar recuperou no domingo 13/2) um Fiat Uno furtado durante a madrugada na rua Martinho de Oliveira, bairro São João, região central de Bom Despacho. A PM foi acionada pelo proprietário do veículo pouco depois das 7h30 informando que seu carro havia sido levado. Após receber a denúncia,

unidades da PM passaram a fazer rastreamento até que o veículo foi localizado na comunidade rural da Garça. O Uno estava abandonado no local. Ninguém foi preso. Após o registro da ocorrência pela PM, a Delegacia de Polícia Civil de plantão autorizou a devolução do carro ao proprietário (iBOM / Foto: Ascom PMMG).


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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

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Afinal, o que está O banquinho usado acontecendo, BD? pelo líder sindical ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

Com açúcar, com afeto “Com açúcar, com afeto / Fiz seu doce predileto / Pra você parar em casa / Qual o quê / Com seu terno mais bonito / Você sai, não acredito / Quando diz que não se atrasa / Você diz que é um operário / Sai em busca do salário / Pra poder me sustentar / Qual o quê / No caminho da oficina / Há um bar em cada esquina / Pra você comemorar / Sei lá o quê / Sei que alguém vai sentar junto / Você vai puxar assunto / Discutindo futebol / E ficar olhando as saias / De quem vive pelas praias / Coloridas pelo sol / Vem a noite e mais um copo / Sei que alegre ma non tropo / Você vai querer cantar / Na caixinha um novo amigo / Vai bater um samba antigo / Pra você rememorar / Quando a noite enfim lhe cansa / Você vem feito criança / Pra chorar o meu perdão / Qual o quê / Diz pra eu não ficar sentida / Diz que vai mudar de vida / Pra agradar meu coração / E ao lhe ver assim cansado / Maltrapilho e maltratado / Como vou me aborrecer? / Qual o quê / Logo vou esquentar seu prato / Dou um beijo em seu retrato / E abro os meus braços pra você”.

não a cantará mais. A letra mostra uma amante submissa a seu amado, situação de muitas mulheres no mundo todo, até hoje. É uma discussão que acontece há anos, com especialistas defendendo a mudança nas obras históricas e outros defendendo que mantenhamse as obras, alertando o leitor ou ouvinte com notas de rodapé, explicando que aquela linguagem ou situação era normal na época na qual a obra foi composta ou feita. Um autor muito discutido é Monteiro Lobato, que chamava os negros e subalternos em suas obras com nomes que hoje seriam considerados racistas, mas que na época eram aceitos. No caso de “Com açúcar, com afeto” é um pouco diferente, pois o próprio autor entende que as críticas são justas,

apesar da letra e música serem maravilhosas, poéticas, mas claramente relatando uma época diferente. Que possamos continuar a ouvir a música, aproveitando sua beleza, e entendendo que é o retrato de uma época, como são a Penélope da Odisseia, obra de Homero, ou Ana Karenina de Leon Tolstói. O tema é tão relevante, e o Chico tão importante, que tenho lido diariamente na Folha de São Paulo e no Valor Econômico artigos sobre continuar contando ou não “Com açúcar, com afeto”. Na semana passada, a Folha de SP usou sua página de opinião para colocar dois artigos, um a favor e outro contra, discutindo o tema. Leia um dos textos da Folha apontando a câmera do celular para o QR Code

A letra acima é da música “Com Açúcar, com afeto” e está sendo discutida há semanas. Seu autor é o grande Chico Buarque, que fez a música a pedido da também nada pequena Nara Leão. Depois de reclamações de grupos feministas, seu autor, o próprio Chico, decidiu que

O que está acontecendo,BD? Recentemente, vi duas histórias muito tristes em Bom Despacho. Em uma delas, eu conheci os envolvidos bem de perto. O que está acontecendo, Bom Despacho? A primeira história aconteceu há um mês, aproximadamente. Um antigo namorado matou o “atual” companheiro de uma mulher no bairro dos Cristais. Soube da história no exato momento em estava acontecendo. De madrugada, recebi uma ligação de uma bom-despachense muito próxima, dizendo que havia uma mulher pedindo socorro no sítio ao lado do terreno de seus pais. Ela havia chamado a polícia, que já estava a caminho. O resto da história já é conhecido na cidade... A segunda história é similar e também envolve ataque a mulheres. E, mais triste, eu conhecia as pessoas envolvidas, porque eram vizinhas até há pouco tempo da casa que fico em Bom Despacho. Neste caso, o homem matou a companheira, deixando sua pequena filha órfã. Durante alguns meses, talvez alguns anos, o casal viveu na casa bem ao lado da que fico. No começo,

ainda não tinham sua filha, que nasceu já nesta casa. Sempre foi possível escutar as brigas, os gritos e os barulhos de coisas quebrando durante os dias, noites e madrugadas. Presenciei uma das brigas, que terminou com uma garrafa de whiskie sendo atirado contra o carro do homem. Lembro que essa briga, especificamente, fez a vizinhança chamar a polícia, discutir ações para impedir que algo mais grave acontecesse... O casal mudou há uns meses e há duas semanas recebi uma mensagem da bom-despachense dona da casa em que fico, contando que nosso “exvizinho” havia asfixiado a companheira... lembrei de nossos vários encontros na porta de casa, dos “bons dias” ditos um para o outro, da companheira grávida, do casal com a criança recém nascida, dos pensamentos antecipando a tragédia... Por que, no século XXI, os homens continuam achando que as companheiras são suas posses e achando que podem decidir se elas devem viver ou não? Espero que Bom Despacho não continue a viver uma onda de feminicídio.

Ás águas de janeiro O mês de janeiro inteiro foi de muita chuva em São Paulo. Choveu todos os dias e em quase todos os dias, a quantidade de água foi enorme. Mesmo assim, apesar de todas as mortes e de toda a destruição causada pelas chuvas, as represas que abastecem a cidade de São Paulo continuam com níveis de água bem baixos. Veja: * Cantareira – 28,7% * Alto Tietê – 38,8% * Guarapiranga – 45,6% * Cotia – 47,8% * Rio Claro – 36,3% Como podemos ver na tabela acima, retirada da web dia 9/2/2022, a principal represa que abastece a minha cidade, a Cantareira, tem 28% de sua capacidade. Há oito anos, o governo fez um plano de evacuação da cidade, pois a água chegou a quase zero na Cantareira. Depois de tanta chuva, continuamos correndo o risco de ter de abandonar a cidade nos próximos anos Como consigo trabalhar à distância, menos quando dou aulas presenciais, já penso em mudar para uma cidade mais equilibrada, mais humana, com mais água... como Bom Despacho. Por isso, aguentemme, vou passar mais uma pequena temporada nesta linda cidade. Embarco hoje à noite. OBA!

PAULO

HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

Depois de prestar serviços como terceirizado de 2004 a 2006, fui servidor concursado do Banco Central do Brasil de 2006 a 2008. Tive a honra de ser, a propósito. Órgão técnico, de excelência, sério e comprometido com a estabilidade da moeda e com a saúde, segurança e constante aperfeiçoamento do sistema financeiro brasileiro. Pouco conhecido pela população, até pelo perfil sóbrio e discreto de sua comunicação institucional (já viu propaganda dele na TV ou em alguma rede social?), o Banco Central é reconhecido internacionalmente. Você sabia, por exemplo, que o Brasil é um dos líderes mundiais em tecnologia bancária? E para assim se manter, o Banco Central conta inclusive com uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento de inovações financeiras e tecnológicas, o LIFT. Lançado em 2018, o programa funciona como uma incubadora de inovações para o sistema financeiro, oferecendo condições técnicas para empreendedores desenvolverem e testarem novos produtos e serviços – outra referência internacional. Voltando aos meus tempos de Banco Central, pude contribuir um pouco e aprender muito naqueles anos em que estive lá. Gostaria, entretanto, de compartilhar uma experiência ruim que vivi naquele período. Aquela foi uma época de valorização das carreiras do serviço público federal, de corrida pelos muitos concursos e de crescimento impressionante das remunerações das principais carreiras de Estado. No Banco Central, aquele foi também um período de muitas greves. O “movimento paredista” era forte e muito presente no nosso dia a dia, muito mais do que o razoável, na minha opinião. Para vocês entenderem a complexidade, havia inclusive competição entre sindicatos. Isso mesmo, havia 3 sindicatos que disputavam quem seria o “legítimo representante” dos servidores do Banco Central! Três carros de som disputando a atenção dos servidores

durante as campanhas salariais, de 3 sindicatos ávidos por terem o maior número de filiações. Desculpe se você acredita e participa de um movimento sindical diferente, mas minhas experiências sempre foram ruins. Eu me sindicalizei duas vezes, uma no Banco Central e outra na Câmara dos Deputados, com promessas de um trabalho pela valorização do serviço público, pela defesa da probidade e eficiência no atendimento à sociedade. O discurso era de que os políticos tinham interesses escusos e nós servidores tínhamos interesses nobres. Dei votos de confiança e me decepcionei duas vezes. No Banco Central, uma figura ilustra bem o que vi no movimento sindical. Eu tinha um colega, da área de tecnologia como eu, que estava sempre presente e ativo nas assembleias dos servidores. As assembleias aconteciam normalmente ali atrás do edifício-sede do Banco Central, na entrada que dá acesso ao 2º subsolo. Os carros de som convocavam, colegas distribuíam panfletos na porta e também passavam andar por andar convocandonos a participar da defesa de nossos direitos. Nossos direitos... Lá embaixo, na calçada em frente à entrada, estava sempre esse colega, em pé sobre um banquinho, discursando incessantemente por horas para motivar a participação de todos. E, durante a assembleia, defendendo o início, a continuação ou a retomada de alguma greve. Em defesa de nossos direitos... Se eu conheci esse colega ali sobre o banquinho? Não, eu já o conhecera antes. Ele era notório por não se comprometer com o trabalho, por atrasar entregas, por não responder às demandas que recebia nos prazos estabelecidos, por mudar de área diversas vezes porque nenhum chefe conseguia fazêlo produtivo. Ok, ele poderia – e talvez deveria - ter sofrido um processo administrativo disciplinar para avaliar sua demissão. Isso infelizmente não acontece – mas não é o tema deste artigo. Quero destacar aqui o quanto ele era comprometido na defesa do movimento sindical. Era impressionante a energia, a eloquência e o entusiasmo dele ali sobre o banquinho. Mas no trabalho para o qual fora contratado por meio de concurso público, nada, ou quase nada.

Meu antigo colega é uma alegoria, claro, um exagero que uso para ilustrar o tipo de atuação que vi nos sindicatos em Brasília. Os discursos por valorização do serviço público, pela defesa da probidade e do interesse público eram substituídos na prática por campanhas em favor de nossos direitos, dos direitos de poucos, dos servidores daquele órgão. Acho justa a qualificação e valorização dos servidores públicos, mas eles não podem se colocar como fim. Nós somos todos meios para alcançar um fim, idealmente associado à oferta de melhores serviços e condições de vida à população como um todo. Infelizmente, somos frequentemente manipulados de forma a perdermos nosso propósito como “servidores” e enxergarmos apenas uma perspectiva de direitos. Nossos direitos exigem uma contrapartida justa e não podem estar à frente do interesse público, finalidade da nossa contratação. Longo preâmbulo feito, quero pedir uma reflexão dos profissionais da educação infantil em Bom Despacho sobre a municipalização do ensino. Senhoras e senhores, tenho muito respeito por vocês, devo muito de minha formação aos ensinamentos transmitidos por professores das redes municipal e estadual. Provei da capacidade dos professores de Bom Despacho e sei que vocês podem oferecer educação de alto nível para nossas crianças. Também sei que, infelizmente, o estado de Minas Gerais vem tendo dificuldades para oferecer esse serviço em alto nível - há muito mais tempo do que podemos tolerar. Precisamos e podemos oferecer mais. Questionem o projeto, briguem com a prefeitura, se necessário. Apresentem suas sugestões, ajudem a construir continuamente uma educação infantil melhor. Mas não forcem nossas famílias a se satisfazerem com uma educação limitada e limitante. É muito triste essa lógica vigente que não permite ao filho do pobre deixar de ser pobre. A responsabilidade por resolver isso não é exclusivamente de vocês, claro, mas vocês têm parcela fundamental. Não se esqueçam disso. Não caiam na conversa do colega que fica sobre o banquinho bradando palavras de ordem. Vocês são muito melhores do que isso.


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

Duas cartas de Pedro Rogério Off-road: a emoção Couto Moreira de superar desafios Aventura

LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR A propósito da coluna anterior, recebi duas cartas de um importante jornalista que viveu em Bom Despacho, Pedro Rogério Couto Moreira (foto acima, nascido em 1945, repórter da Globo entre 1978 e 1986, como se pode encontrar no site Memória Globo), o “Pedrim do Sô Benigno”, atualmente residente em Brasília. Pedro publicou os seguintes livros: “ Hidrografia Sentimental – Aventuras sem malícia de um repórter na Amazônia”; “O almanaque do Pedrim”; “Bela noite para voar – Um folhetim estrelado por JK”; “Jornal Amoroso”; “Jornal Amoroso – Edição Vespertina”; “Amor a Roma, amor em Roma”; “Memórias da diverticulite: Geografia sentimental de Miguel Torga em Minas”; “Passeio pela magia na história de Carlos Magno”; “Palavras cruzadas”; “Diário da falsa Cruz de Caravaca. Sob o céu de Belo Horizonte”; “O livro de Carlinhos Balzac e Fortuna Biográfica de Vivaldi Moreira”. Pedro Rogério viveu em Bom Despacho entre 1951 e 1958. Ele foi praticamente o co-autor do livro de Zé Toniquinho, tendo “preparado os originais” desse texto tão marcante para nós. Seguem as cartas:

“No recente artigo ‘Maura Lopes Cançado: nossa maior escritora’, de autoria do excelente jornalista Lúcio Emílio do Espírito Santo Júnior, foi dito que o meu romance “Bela Noite para Voar” inspirou a minissérie da TV Globo sobre a vida do presidente Juscelino Kubistchek. Há aqui um engano. Na verdade, o livro foi a base do roteiro do filme dirigido por Zelito Viana, com o mesmo título, estrelado por Mariana Ximenes.

A figura singular de Maura Lopes Cançado foi o molde da criação de Princesa, personagem do meu romance “Bela Noite para Voar”. Maura Lopes Cançado vive no coração de todas as mineiras que amam os desafios da vida”. A outra carta, encaminhada por Pedro Rogério, mas de outro autor, é de um bom-despachense que reside no Rio, o advogado José Márcio Machado Brandão Couto, neto do seu Benigno, que foi coletor federal de 1940 a 1960 em Bom Despacho. Recentemente, depois de ver as fotos de nossa cidade atual, escreveu:

“Só não tinha visto o Campinho do Padre e o pré-Seminário. Desde o final dos anos 80, Bom Despacho tenta modernizarse. Primeiro, as TVs e suas novelas tiraram a pureza de uma juventude recatada e avessa a excessos, depois a entrada dos computadores com seus sites acessados sem limite de idade. Engenheiros, querendo tornar a cidade uma megalópole, projetaram e realizaram obras absurdas pro tamanho de Bom Despacho, tais como prédios residenciais altíssimos que, num sinistro de fogo, nenhuma escada Magirus conseguiria salvar alguém. Tragédia à vista. Só nos resta mesmo a saudade de uma época lúdica – para nós – quando, inocentes, soltávamos papagaio e jogávamos finca na praça. Nem a chegada da cidade foi preservada: da estrada viase a majestosa torre da igreja matriz; hoje, o cimento de dois espigões empana as bençãos que dali mesmo já recebiam seus visitantes ou simples passantes". Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor

O bom-despachense Gilson Henrique Costa Silva (foto ao lado) é um dos integrantes do grupo de trilheiros que fez a 4ª Romaria Off Road de Nova Serrana até Aparecida do Norte-SP. De moto, o grupo composto de 11 integrantes saiu de Nova Serrana dia 20/1 e chegou em Aparecida dia 23/1. O trajeto de 780 km foi feito longe dos asfalto, passando por trilhas, estradas rurais e fazendas, com pontos de parada para descanso nas cidades de Campo Belo, Luminárias, Heliodora e finalmente Aparecida. “Fizemos isso por devoção a Nossa Senhora”, afirmou Gilson ao iBOM. Morador do Engenho do Ribeiro, ele também faz trilhas de moto na zona rural de Bom Despacho e municípios vizinhos. Para Gilson, “participar dessa romaria off-road foi um grande desafio porque não é um trajeto fácil. É um desafio pessoal para cada um dos envolvidos. Cada um tem sua motivação: dificuldade de tempo, de percurso, trilhas difíceis, enfim, são várias coisas. Por isso, quando a gente consegue chegar em Aparecida ficamos com um sentimento de gratidão, de conquista, de realização. É emocionante!”, afirmou.

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Bom Despacho (MG), 15 Fevereiro 2022

DESTAQUE

Município vai à Justiça para Copasa fornecer água e esgoto na Extrema A Prefeitura de Bom Despacho entrou na Justiça contra a Copasa para obrigar a concessionária a fornecer serviços de água e esgoto na comunidade rural de Extrema. No local residem aproximadamente 30 famílias que não recebem água tratada e não têm rede de esgotos. Na ação, a que o iBOM teve acesso, a Prefeitura pede que a Justiça conceda liminar obrigando a Copasa a providenciar, em 90 dias, “serviços de saneamento básico” e “fornecimento de água tratada e coleta e tratamento de esgoto” para todos os moradores da Extrema. Pede também multa diária de R$ 100 mil se a concessionária não cumprir a determinação judicial. De acordo com a Prefeitura, o Plano Municipal de Saneamento, aprovado em 2009, prevê “abastecimento de água a 100% da população da sede municipal e de seus distritos, dentre eles, o de Extrema”, bem como “a oferta de serviços de coleta e tratamento de esgoto

sanitário até o ano de 2010”. Apesar disso, “até o momento a Requerida ainda não implantou o serviço de fornecimento de água no Distrito de Extrema”. Para a Prefeitura, a Copasa deve ser “compelida a abastecer aquelas famílias do mesmo modo que faz na sede do município, seguindo as metas e objetivos do Plano de Saneamento Municipal”. Na ação, subscrita pelos procuradores Kleverson Mesquita Mell e Marina Oliveira Cardoso, a Prefeitura argumenta ainda que, “de forma pública e notória”, a Copasa “há anos vem prejudicando não só a comunidade da Extrema, bem como toda a população com sua má prestação de serviços, seja pela falta no fornecimento de água, pelos buracos em vias públicas, ou mesmo por despejar esgoto em cursos d‘água sem o devido tratamento”.

Capela do povoado da Extrema, zona rural de BD (Foto: Breno Tupy)

Até o fechamento dessa matéria a Copasa ainda não havia se manifestado na ação. (iBOM)

Patrulha Rural da PM pega envolvidos com furto e roubo de animais na região A Patrulha Rural do 7° Batalhão prendeu três homens envolvidos com furto e roubo de gado na região. O trio foi preso dia 7/2 na comunidade de Gerais, município de Paineiras, a 120 km de Bom Despacho. Os suspeitos foram presos após os policiais abordarem um caminhão boiadeiro transportando 27 cabeças de gado. Segundo a PM, o trio comprou os animais de maneira fraudulenta, fazendo o pagamento com cheques roubados. Eles receberam voz de prisão e foram levados para a Delegacia de Polícia Civil. Os animais foram restituídos ao proprietário. Depois da ocorrência, a PM divulgou recomendações para produtores rurais evitarem prejuízos com o abigeato – que é o furto ou roubo de animais no campo – e outros golpes praticados por bandidos. - Não instalar embarcadouros de gado perto de estradas e rodovias. Eles devem ser construidos perto da sede. - Não comprar gado de procedência duvidosa, sem nota fiscal e com preço abaixo do valor de mercado. - Ao vender gado, receber o pagamento através de transferência eletrônica. - Animais gordos, mansos e de melhor qualidade não devem ser deixados em pastos perto de estradas, especialmente à noite (iBOM / Fotos: Ascom 7°BPM)

Conteúdo novo todo dia no site www.iBOM.com.br


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